Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza em 1910 e foi uma importante escritora brasileira. Sua obra mais conhecida é o romance O Quinze, publicado em 1930, que narra a história de uma família durante a seca no Nordeste brasileiro. Rachel colaborou com diversos jornais e revistas e publicou vários outros romances, peças de teatro e contos ao longo de sua carreira. Foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Faleceu no Rio de Janeiro em 2003, deixando um importante
O documento descreve a escritora brasileira Rachel de Queiroz, a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze" é considerado um marco do regionalismo nordestino, retratando a seca no Ceará em 1915 através de personagens como o vaqueiro Chico Bento.
Rachel de Queiroz nasceu no Ceará em 1910 e publicou seu primeiro romance "O Quinze" em 1930. O livro foi acusado de subversão e teve cópias queimadas. Ela se tornou a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras em 1977. "O Quinze" retrata a seca no sertão nordestino e os personagens Vicente, Conceição e Chico Bento.
Rachel de Queiroz foi uma escritora brasileira nascida em 1910 no Ceará. Foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze" foi premiado e trata da seca no Nordeste nos anos 1910 vista por uma criança. Rachel escreveu romances, crônicas e contos retratando a cultura nordestina com linguagem simples e regional. Foi uma importante autora na literatura brasileira.
O documento descreve o mimetismo de alguns animais que se disfarçam para se proteger de predadores ou capturar presas. Especificamente, menciona que o bicho-pau se parece com um graveto seco.
O documento descreve Monteiro Lobato, um escritor brasileiro nascido em 1882 considerado pioneiro da literatura infantil brasileira. Detalha sua obra "Urupês" de 1918, que reúne 14 contos, incluindo "Velha Praga". Discute o pré-modernismo no Brasil no início do século XX e caracteriza a personagem Jeca Tatu, um caboclo marginalizado que representa o atraso do homem no campo.
O documento é uma lista de exercícios sobre gêneros e tipologias textuais contendo 11 questões. As questões pedem para identificar características de textos narrativos, descritivos e dissertativos e analisar funções comunicativas de textos verbais e não verbais.
Relatório ensino fundamental 6ºano lingua portuguesaWilson Barbieri
O relatório apresenta os resultados da Avaliação de Aprendizagem em Processo do 1o bimestre de Língua Portuguesa para alunos do 6o ano. Foram avaliados 75 alunos distribuídos em 3 salas. O relatório destaca que as 3 questões mais errradas pelos alunos foram as questões 3, 4 e 6 e indica quais habilidades não foram contempladas nessas questões. Também mostra gráficos com o desempenho individual de cada sala.
O documento descreve as raízes do modernismo brasileiro, dividindo-o em Pré-modernismo, Modernismo e suas fases. Apresenta alguns dos principais autores pré-modernistas como Monteiro Lobato, Euclides da Cunha e Lima Barreto. Também discute a Semana de Arte Moderna de 1922 e destaca a figura do poeta modernista Manuel Bandeira e suas obras.
O documento descreve a escritora brasileira Rachel de Queiroz, a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze" é considerado um marco do regionalismo nordestino, retratando a seca no Ceará em 1915 através de personagens como o vaqueiro Chico Bento.
Rachel de Queiroz nasceu no Ceará em 1910 e publicou seu primeiro romance "O Quinze" em 1930. O livro foi acusado de subversão e teve cópias queimadas. Ela se tornou a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras em 1977. "O Quinze" retrata a seca no sertão nordestino e os personagens Vicente, Conceição e Chico Bento.
Rachel de Queiroz foi uma escritora brasileira nascida em 1910 no Ceará. Foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze" foi premiado e trata da seca no Nordeste nos anos 1910 vista por uma criança. Rachel escreveu romances, crônicas e contos retratando a cultura nordestina com linguagem simples e regional. Foi uma importante autora na literatura brasileira.
O documento descreve o mimetismo de alguns animais que se disfarçam para se proteger de predadores ou capturar presas. Especificamente, menciona que o bicho-pau se parece com um graveto seco.
O documento descreve Monteiro Lobato, um escritor brasileiro nascido em 1882 considerado pioneiro da literatura infantil brasileira. Detalha sua obra "Urupês" de 1918, que reúne 14 contos, incluindo "Velha Praga". Discute o pré-modernismo no Brasil no início do século XX e caracteriza a personagem Jeca Tatu, um caboclo marginalizado que representa o atraso do homem no campo.
O documento é uma lista de exercícios sobre gêneros e tipologias textuais contendo 11 questões. As questões pedem para identificar características de textos narrativos, descritivos e dissertativos e analisar funções comunicativas de textos verbais e não verbais.
Relatório ensino fundamental 6ºano lingua portuguesaWilson Barbieri
O relatório apresenta os resultados da Avaliação de Aprendizagem em Processo do 1o bimestre de Língua Portuguesa para alunos do 6o ano. Foram avaliados 75 alunos distribuídos em 3 salas. O relatório destaca que as 3 questões mais errradas pelos alunos foram as questões 3, 4 e 6 e indica quais habilidades não foram contempladas nessas questões. Também mostra gráficos com o desempenho individual de cada sala.
O documento descreve as raízes do modernismo brasileiro, dividindo-o em Pré-modernismo, Modernismo e suas fases. Apresenta alguns dos principais autores pré-modernistas como Monteiro Lobato, Euclides da Cunha e Lima Barreto. Também discute a Semana de Arte Moderna de 1922 e destaca a figura do poeta modernista Manuel Bandeira e suas obras.
O documento contém 10 questões de múltipla escolha sobre textos e tirinhas. As questões abordam temas como viagens, animais, receitas e poemas para identificar informações explícitas e implícitas nos textos.
O documento descreve problemas no terminal rodoviário de Niterói, como a ocupação dos pontos de embarque por ambulantes e a falta de organização. O autor questiona até quando essa situação irá persistir e se as autoridades só irão tomar providências quando pessoas ficarem doentes devido ao estresse.
O documento discute o patrimônio cultural e religioso de Minas Gerais, incluindo tradições orais, lendas e textos sagrados. Ele aborda como esses elementos culturais são transmitidos de geração em geração e preservam a identidade e memória dos povos. O documento também diferencia conceitos como hábitos, tradições e costumes e mostra exemplos de patrimônio material e imaterial encontrados em comunidades indígenas e africanas de Minas Gerais.
O documento discute diferentes escolas literárias ao longo da história, desde o Trovadorismo na Idade Média até o Parnasianismo no século XIX. Ele descreve as principais características, autores e obras de cada movimento literário, incluindo o contexto histórico e estético que os influenciaram.
Rachel de Queiroz foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Ela foi escritora, jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance "O Quinze" retratou a seca no Ceará em 1915 e ganhou um prêmio literário.
O documento fornece um resumo sobre o que é literatura de cordel, sua origem, estrutura e alguns dos principais autores deste gênero literatura no Brasil. Explica que a literatura de cordel surgiu na Idade Média com os trovadores e se espalhou pela cultura portuguesa e nordestina, sendo cantada e impressa em folhetos. Também destaca aspectos como a riqueza cultural do cordel no Nordeste e seu papel na alfabetização local.
1) O texto descreve uma questão sobre uma peleja poética entre dois personagens que trocam versos sobre errar na fala.
2) A tirinha mostra personagens usando gírias e o texto afirma que isso revela o afastamento da norma padrão da língua.
3) O trecho literário descreve um período no passado em que havia confusão sobre nomes e conceitos, e o texto analisa aspectos linguísticos do trecho.
Exercicios de fixação de coesão e coerênciaMarcos Amauri
O texto discute a coesão e coerência em textos. Apresenta alguns exercícios sobre identificar elementos que promovem a coesão e coerência em frases e parágrafos. Inclui também exercícios sobre identificar qual opção completa de forma coesa e coerente partes de um texto.
A primeira geração do modernismo brasileiro procurou romper com a tradição literária do passado através de revistas que reuniam intelectuais com afinidades estéticas. Os principais movimentos foram o Pau-Brasil, que valorizava a cultura nacional, e a Antropofagia, que propunha uma releitura crítica da história brasileira através da "devoração cultural seletiva".
O conflito gerador do enredo é a raposa que leva o cancão para alimentar seus filhotes. Os elementos que constroem a narrativa são a tentativa do cancão de escapar da raposa e seu pedido de ajuda às crianças, que acabam por distrair a raposa e permitir a fuga do cancão.
O documento discute os gêneros textuais em sala de aula. Em 3 frases:
O documento apresenta os conceitos de texto, gênero textual, suporte textual e tipos textuais. Discute a importância de se trabalhar com gêneros textuais em sala de aula como ferramenta de aprendizagem, ampliando tanto as capacidades individuais dos alunos quanto seu conhecimento sobre os objetos estudados. Propõe 4 passos para o trabalho com gêneros textuais: estudo do texto, produção do texto, aval
QUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNAVera Oliveira
1) O documento discute o Pré-Modernismo, as Vanguardas Europeias e a Semana de Arte Moderna no Brasil.
2) Aborda autores pré-modernistas como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato.
3) Também cobre os principais movimentos de vanguarda européia como Cubismo, Futurismo e Expressionismo e sua influência no Brasil.
O filme retrata a história real de uma professora que leciona em uma escola em Los Angeles em 1992. Ela enfrenta alunos problemáticos e o sistema educacional falho, mas usa a escrita criativa para ensiná-los e motiva-los a ter esperança. O filme destaca a importância da educação para ajudar jovens em risco e promover a diversidade cultural.
O documento apresenta 16 questões sobre uma charge que aborda dois temas: 1) a visão de duas famílias sobre o Natal e 2) o aquecimento global e seus impactos no Papai Noel. As questões pedem análise da charge, comparação entre as famílias, identificação de elementos da charge e elaboração de respostas e comentários sobre os temas.
O documento discute a história e seu ensino. A história é definida como o conjunto de transformações realizadas pelas ações humanas. O ensino de história deve desenvolver a capacidade de pensar historicamente e compreender como a história se processa. Os objetivos do ensino incluem facilitar a compreensão dos processos históricos e o desenvolvimento do senso crítico do estudante.
(1) O texto descreve uma avaliação escolar de Português com questões sobre diferentes textos literários e reconhecimento de elementos gramaticais e discursivos; (2) As questões abordam tópicos como pontuação, relações lógico-discursivas, identificação de gêneros textuais e inferência de informações; (3) O texto fornece um resumo conciso das informações essenciais da avaliação, incluindo os diferentes itens avaliados.
O documento descreve importantes autores e obras da literatura amazonense, incluindo Henrique João Wilkens, Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha, Francisco Pereira da Silva, Thiago de Mello, Luiz Bacellar, Jorge Tufic, Elson Farias e o Clube da Madrugada. Além disso, fornece breves biografias e excertos das obras de alguns desses autores.
O documento apresenta 10 questões de múltipla escolha sobre língua portuguesa para alunos do 5o ano. As questões abordam tópicos como expressões de tempo e lugar, interpretação de texto, figuras de linguagem e clima.
1) O aluno deveria analisar 8 obras de arte e identificar qual função da arte cada uma pertencia de acordo com um gabarito: pragmática, formalista ou naturalista. 2) O aluno deveria então completar um projeto extraclasse de artes sobre funções da arte para melhorar sua nota no primeiro bimestre. 3) A tarefa tinha como objetivo avaliar a compreensão do aluno sobre diferentes abordagens da arte.
O documento discute definições de arte, funções da arte e tipos de arte. Ele pergunta sobre ideal de beleza estética e moral, funções da arte como educativa, recreativa e libertadora, tipos de arte como visual e corporal, e o que é arte visual. Ele também relaciona exemplos como pintura e violão a funções da arte e pergunta sobre sentidos humanos e experiências artísticas.
Rachel de Queiroz foi uma importante escritora brasileira nascida em 1910 no Ceará. Ela foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e recebeu o Prêmio Camões em 1993. Seus romances retratavam a realidade social do Nordeste e a condição feminina no Brasil da época.
Raquel de Queiroz nasceu em Fortaleza em 1910 e foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras. Seu romance mais famoso, O Quinze, publicado em 1930, renovou a ficção regionalista ao retratar os impactos da seca no Nordeste. Ao longo de sua carreira, Raquel se destacou como professora, jornalista, romancista e cronista.
O documento contém 10 questões de múltipla escolha sobre textos e tirinhas. As questões abordam temas como viagens, animais, receitas e poemas para identificar informações explícitas e implícitas nos textos.
O documento descreve problemas no terminal rodoviário de Niterói, como a ocupação dos pontos de embarque por ambulantes e a falta de organização. O autor questiona até quando essa situação irá persistir e se as autoridades só irão tomar providências quando pessoas ficarem doentes devido ao estresse.
O documento discute o patrimônio cultural e religioso de Minas Gerais, incluindo tradições orais, lendas e textos sagrados. Ele aborda como esses elementos culturais são transmitidos de geração em geração e preservam a identidade e memória dos povos. O documento também diferencia conceitos como hábitos, tradições e costumes e mostra exemplos de patrimônio material e imaterial encontrados em comunidades indígenas e africanas de Minas Gerais.
O documento discute diferentes escolas literárias ao longo da história, desde o Trovadorismo na Idade Média até o Parnasianismo no século XIX. Ele descreve as principais características, autores e obras de cada movimento literário, incluindo o contexto histórico e estético que os influenciaram.
Rachel de Queiroz foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Ela foi escritora, jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatróloga. Seu primeiro romance "O Quinze" retratou a seca no Ceará em 1915 e ganhou um prêmio literário.
O documento fornece um resumo sobre o que é literatura de cordel, sua origem, estrutura e alguns dos principais autores deste gênero literatura no Brasil. Explica que a literatura de cordel surgiu na Idade Média com os trovadores e se espalhou pela cultura portuguesa e nordestina, sendo cantada e impressa em folhetos. Também destaca aspectos como a riqueza cultural do cordel no Nordeste e seu papel na alfabetização local.
1) O texto descreve uma questão sobre uma peleja poética entre dois personagens que trocam versos sobre errar na fala.
2) A tirinha mostra personagens usando gírias e o texto afirma que isso revela o afastamento da norma padrão da língua.
3) O trecho literário descreve um período no passado em que havia confusão sobre nomes e conceitos, e o texto analisa aspectos linguísticos do trecho.
Exercicios de fixação de coesão e coerênciaMarcos Amauri
O texto discute a coesão e coerência em textos. Apresenta alguns exercícios sobre identificar elementos que promovem a coesão e coerência em frases e parágrafos. Inclui também exercícios sobre identificar qual opção completa de forma coesa e coerente partes de um texto.
A primeira geração do modernismo brasileiro procurou romper com a tradição literária do passado através de revistas que reuniam intelectuais com afinidades estéticas. Os principais movimentos foram o Pau-Brasil, que valorizava a cultura nacional, e a Antropofagia, que propunha uma releitura crítica da história brasileira através da "devoração cultural seletiva".
O conflito gerador do enredo é a raposa que leva o cancão para alimentar seus filhotes. Os elementos que constroem a narrativa são a tentativa do cancão de escapar da raposa e seu pedido de ajuda às crianças, que acabam por distrair a raposa e permitir a fuga do cancão.
O documento discute os gêneros textuais em sala de aula. Em 3 frases:
O documento apresenta os conceitos de texto, gênero textual, suporte textual e tipos textuais. Discute a importância de se trabalhar com gêneros textuais em sala de aula como ferramenta de aprendizagem, ampliando tanto as capacidades individuais dos alunos quanto seu conhecimento sobre os objetos estudados. Propõe 4 passos para o trabalho com gêneros textuais: estudo do texto, produção do texto, aval
QUESTÕES DO PRÉ-MODERNISMO À SEMANA DE ARTE MODERNAVera Oliveira
1) O documento discute o Pré-Modernismo, as Vanguardas Europeias e a Semana de Arte Moderna no Brasil.
2) Aborda autores pré-modernistas como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato.
3) Também cobre os principais movimentos de vanguarda européia como Cubismo, Futurismo e Expressionismo e sua influência no Brasil.
O filme retrata a história real de uma professora que leciona em uma escola em Los Angeles em 1992. Ela enfrenta alunos problemáticos e o sistema educacional falho, mas usa a escrita criativa para ensiná-los e motiva-los a ter esperança. O filme destaca a importância da educação para ajudar jovens em risco e promover a diversidade cultural.
O documento apresenta 16 questões sobre uma charge que aborda dois temas: 1) a visão de duas famílias sobre o Natal e 2) o aquecimento global e seus impactos no Papai Noel. As questões pedem análise da charge, comparação entre as famílias, identificação de elementos da charge e elaboração de respostas e comentários sobre os temas.
O documento discute a história e seu ensino. A história é definida como o conjunto de transformações realizadas pelas ações humanas. O ensino de história deve desenvolver a capacidade de pensar historicamente e compreender como a história se processa. Os objetivos do ensino incluem facilitar a compreensão dos processos históricos e o desenvolvimento do senso crítico do estudante.
(1) O texto descreve uma avaliação escolar de Português com questões sobre diferentes textos literários e reconhecimento de elementos gramaticais e discursivos; (2) As questões abordam tópicos como pontuação, relações lógico-discursivas, identificação de gêneros textuais e inferência de informações; (3) O texto fornece um resumo conciso das informações essenciais da avaliação, incluindo os diferentes itens avaliados.
O documento descreve importantes autores e obras da literatura amazonense, incluindo Henrique João Wilkens, Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha, Francisco Pereira da Silva, Thiago de Mello, Luiz Bacellar, Jorge Tufic, Elson Farias e o Clube da Madrugada. Além disso, fornece breves biografias e excertos das obras de alguns desses autores.
O documento apresenta 10 questões de múltipla escolha sobre língua portuguesa para alunos do 5o ano. As questões abordam tópicos como expressões de tempo e lugar, interpretação de texto, figuras de linguagem e clima.
1) O aluno deveria analisar 8 obras de arte e identificar qual função da arte cada uma pertencia de acordo com um gabarito: pragmática, formalista ou naturalista. 2) O aluno deveria então completar um projeto extraclasse de artes sobre funções da arte para melhorar sua nota no primeiro bimestre. 3) A tarefa tinha como objetivo avaliar a compreensão do aluno sobre diferentes abordagens da arte.
O documento discute definições de arte, funções da arte e tipos de arte. Ele pergunta sobre ideal de beleza estética e moral, funções da arte como educativa, recreativa e libertadora, tipos de arte como visual e corporal, e o que é arte visual. Ele também relaciona exemplos como pintura e violão a funções da arte e pergunta sobre sentidos humanos e experiências artísticas.
Rachel de Queiroz foi uma importante escritora brasileira nascida em 1910 no Ceará. Ela foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e recebeu o Prêmio Camões em 1993. Seus romances retratavam a realidade social do Nordeste e a condição feminina no Brasil da época.
Raquel de Queiroz nasceu em Fortaleza em 1910 e foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras. Seu romance mais famoso, O Quinze, publicado em 1930, renovou a ficção regionalista ao retratar os impactos da seca no Nordeste. Ao longo de sua carreira, Raquel se destacou como professora, jornalista, romancista e cronista.
Rachel de Queiroz nasceu em 1910 no Ceará e foi uma importante escritora brasileira. Sua obra mais conhecida é o romance de estreia "O Quinze", publicado em 1930, que descreve a dura realidade da seca no Nordeste brasileiro. Ela também se envolveu com o Partido Comunista no início de sua carreira, mas posteriormente rompeu com o partido após eles tentarem censurar um de seus livros. Rachel de Queiroz foi a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras, em 1977.
Rachel de Queiroz foi uma escritora brasileira do século XX, primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras. Seu primeiro romance "O Quinze" retrata a seca no nordeste brasileiro e suas consequências, utilizando uma linguagem simples e realista. O romance apresenta personagens que lutam contra a pobreza e a fome durante a seca de 1915 no Ceará.
O quinze, de Rachel de Queiroz - análisejasonrplima
O romance O Quinze de Rachel de Queiroz descreve a seca de 1915 no Nordeste brasileiro através de duas histórias: a relação entre Vicente e Conceição, primos apaixonados mas de classes sociais diferentes, e a jornada trágica da família do vaqueiro Chico Bento em busca de sobrevivência durante a seca.
Da colega relações-públicas gaúcha Maria Amélia Maneque Cruz, repassando, via Facebook.
Veja um artigo da grande escritora Raquel de Queiroz na revista "O Cruzeiro", em 1947, mas que parece se encaixar perfeitamente nos dias atuais.
Artigo da Revista "O Cruzeiro", de 1947.
Para quem não conheceu a Revista "O Cruzeiro", digo que ela era a única, exclusiva à sua época, de edição semanal e tiragem limitada, num tempo em que não havia televisão e um telegrama - a correspondência mais rápida - chegava, às vezes, três dias após o seu registro. Quando ocorria um evento marcante, aquele que não tivesse um jornaleiro amigo ou conhecido, tinha que madrugar na porta da banca e aguardar a chegada da revista, senão...
A Rachel de Queiroz, uma escritora cearense de renome, era a titular da crônica da última página e era seguida por muitos e ardorosos fãs.
Era uma espécie de 'guru'. Todos acreditavam piamente em suas ideias transcritas com muita clareza num vocábulo sem meias palavras. Leiam o texto desta mensagem para entender melhor o que estou tentando explicar.
Encaminho porque acredito ser de UTILIDADE PÚBLICA... ainda que escrito em 1947!
Artigo de Raquel de Queiroz numa edição da Revista "O Cruzeiro" de 1947 (uma relíquia completamente atual).
A primeira fase do Modernismo brasileiro ocorreu entre 1922 e 1930. Neste período, escritores se voltaram contra o academicismo e padrões estéticos, propondo "palavras em liberdade". A Semana de Arte Moderna de 1922 marcou o início do movimento no Brasil, questionando a realidade brasileira e buscando uma arte nacional. Figuras como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira foram fundamentais para o desenvolvimento do Modernismo no país.
Este documento descreve um curso sobre a produção de Memorial de Formação Individual. Os alunos irão estudar o significado e estrutura dos memoriais, aprender sobre sua utilização em processos formativos e produzir seu próprio memorial reflexivo sobre sua trajetória acadêmica e profissional. O curso será dividido em duas partes, uma focada na teoria e outra na elaboração prática do memorial.
Trabalho de lingua portuguesa de Carine HolandaN:13Carine Holanda
O documento resume dois livros de Rachel de Queiroz, "Inocência" e "O Quinze". "Inocência" conta a história de amor impossível entre Cirino e Inocência, filha de um proprietário rural, enquanto "O Quinze" descreve a difícil migração de uma família nordestina para Fortaleza devido à seca.
Este documento descreve o período inicial do Modernismo brasileiro entre 1922 e 1930, caracterizado pelo rompimento com padrões estéticos do passado e a busca por uma identidade nacional. Apresenta os principais artistas e obras da época, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira, assim como os movimentos literários e manifestos que marcaram o período, como a Semana de Arte Moderna de 1922.
O Romanceiro da Inconfidência foi uma obra poética de Cecília Meireles que recontou os episódios da Inconfidência Mineira de forma não convencional, misturando gêneros literários. A obra não seguiu regras métricas rígidas e foi influenciada pelo movimento modernista brasileiro.
O documento descreve o contexto histórico e as principais características e autores do Modernismo brasileiro entre 1930-1945. Apresenta o período da Grande Depressão e a ditadura de Getúlio Vargas no Brasil. Destaca os romances regionais que misturavam temas sociais e as obras de Érico Veríssimo, Graciliano Ramos e Jorge Amado.
1. O documento fornece instruções sobre a estrutura e formatação de um memorial, incluindo seções sobre a finalidade do memorial, sua estrutura técnica com páginas pré-textuais, textuais e pós-textuais, e citando referências sobre o tema.
2. É destacado que o memorial deve ter uma narrativa que apresente de forma histórica e reflexiva a trajetória acadêmica e profissional do autor, contextualizando-a, e que deve ter uma estrutura com tópicos/títulos que
Lygia Fagundes Telles é uma importante escritora brasileira nascida em 1923. Sua biografia descreve sua infância em cidades do interior paulista e seus estudos em Direito e Educação Física. Seus principais romances incluem Ciranda de Pedra e As Meninas, que faz uma crítica velada ao regime militar da época através das histórias entrelaçadas de três jovens mulheres. Ao longo de sua carreira, Lygia Fagundes Telles recebeu inúmeros prêmios literários e ocup
A pele é o maior órgão do corpo e protege contra o calor, luz e infecções. A exposição excessiva ao sol causa envelhecimento precoce, insolação, queimaduras e câncer de pele. É importante usar protetor solar diariamente, reaplicando a cada duas horas, e não se expor ao sol entre 10h e 16h.
O documento discute tratamentos para manchas na pele oferecidos pela Mary Kay em comparação com o uso de ácido. O tratamento da Mary Kay é mais lento mas saudável, sem ácido. Ele inclui produtos para limpeza, hidratação e proteção solar, além de loção e máscara para uniformizar o tom da pele.
Cecília Meireles foi uma poeta brasileira que nasceu no Rio de Janeiro em 1901. Ela publicou seu primeiro livro de poemas "Espectro" aos 16 anos e organizou a primeira biblioteca infantil do país. Após o suicídio de seu marido na década de 1930, Cecília Meireles ampliou suas atividades como professora e jornalista para sustentar suas filhas.
Renata dos Santos, de 25 anos, narra sua história de vida. Ela nasceu em Sapucaia do Sul no Rio Grande do Sul e atualmente trabalha como professora em Canoas e estuda Pedagogia no IFRS. Ela teve uma infância normal, gosta de cultura gaúcha e sempre sonhou em ser professora. Atualmente está noiva e pretende se formar em Pedagogia para poder transformar vidas através da educação.
O documento resume as principais características da poesia da segunda fase do Modernismo no Brasil, apresentando os poetas Cecília Meireles, Jorge de Lima, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes.
Rachel de Queiroz nasceu em 1910 no Ceará e foi uma importante escritora brasileira. Sua carreira incluiu trabalhar como jornalista, publicar romances premiados como O Quinze que tratavam de temas sociais, e se tornar a primeira mulher eleita para a Academia Brasileira de Letras em 1977. Ela faleceu no Rio de Janeiro em 2003, deixando um legado significativo para a literatura brasileira.
Se você deseja compreender a obra da grande escritora Clarice Lispector, você não pode deixar de estudar a biografia dela. Para o Benjamim Moser, biógrafo de Clarice, "compreender a dor de Clarice como filha e como mãe ajuda a entender a escritora." As personagens e narradoras das obras clareceana, muitas vezes, fundem-se com a própria autora. Vida e obra se entrelaçam para manifestação da arte de escrever.
As 3 frases resumem o documento da seguinte forma:
1) O documento fornece contexto biográfico e bibliográfico sobre a escritora brasileira Clarice Lispector, nascida na Ucrânia e radicada no Brasil desde os 2 meses de idade.
2) Também descreve o contexto histórico-cultural da época em que Clarice viveu e escreveu, marcada por períodos de ditadura militar no Brasil.
3) Apresenta resumidamente a trama do romance "A H
Este documento fornece um resumo biográfico de Erico Verissimo, escritor brasileiro. Ele nasceu em 1905 no Rio Grande do Sul e se tornou um prolífico autor, romancista, tradutor e jornalista. Verissimo escreveu a famosa trilogia "O Tempo e o Vento" e recebeu vários prêmios literários ao longo de sua carreira.
O documento descreve a vida e obra da escritora brasileira Clarice Lispector. Ela nasceu na Ucrânia e imigrou com a família para o Brasil ainda criança. Seu trabalho é considerado o ponto mais alto da segunda fase do Modernismo brasileiro, abordando temas como a relação entre linguagem e existência humana. Ela publicou vários romances, contos e livros infantis que exploram a subjetividade feminina e a condição humana.
Análise Literária sobre a Escritora Clarice Lispector, abordando sobre sua vida pessoal e profissional. Trabalho feito na disciplina de Literatura seguindo as normas abnt 2016.
O documento descreve a vida e obra da escritora brasileira Clarice Lispector. Nasceu na Ucrânia mas mudou-se para o Brasil ainda criança. Publicou seu primeiro romance em 1943 recebendo elogios da crítica por seu estilo introspectivo e existencialista, diferente da literatura regionalista da época. Ao longo de sua carreira abordou temas como feminismo e conflitos existenciais através de personagens femininas. Faleceu em 1977 deixando como último trabalho o romance "A Hora da Estrela".
Clarice Lispector foi uma escritora ucraniana-brasileira que nasceu em 1920. Ela publicou vários romances e coletâneas de contos influentes que exploravam a subjetividade e a consciência, incluindo Perto do Coração Selvagem, Laços de Família e A Hora da Estrela. Laços de Família, de 1960, é considerado uma de suas principais obras por retratar a deterioração dos valores e estruturas sociais da época através dos olhares de mulheres presas aos laços familiares.
Este documento resume a vida e obra da escritora brasileira Clarice Lispector. Ela nasceu na Ucrânia em 1920 e morreu no Rio de Janeiro em 1977. Seus principais livros exploram a subjetividade e o fluxo da consciência, rompendo com o enredo factual. Seu livro de contos mais famoso, "Laços de Família", publicado em 1960, retrata o processo de aprisionamento dos indivíduos por meio dos laços familiares.
O romance narra a história de Macabéa, uma moça pobre que migra do Nordeste para o Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor. No entanto, ela enfrenta dificuldades de adaptação à grande cidade e leva uma vida solitária e sem propósito. Após ser abandonada por seu namorado e receber um diagnóstico médico preocupante, Macabéa consulta uma cartomante que prevê um futuro feliz, mas ela acaba sendo atropelada e morta logo em seguida.
José Lins do Rego foi um escritor brasileiro nascido em Pernambuco. Ele publicou seu primeiro livro em 1932 e passou a publicar um romance por ano, consagrando-se como mestre do regionalismo nordestino. Tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras em 1956, onde sofreu censura em seus discursos. Faleceu no Rio de Janeiro em 1957, aos 56 anos, vítima de problemas hepáticos.
José Lins do Rego foi um escritor brasileiro nascido em Pernambuco. Ele publicou seu primeiro livro em 1932 e passou a publicar um romance por ano, consagrando-se como mestre do regionalismo nordestino. Tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras em 1956, onde sofreu censura em seus discursos. Faleceu no Rio de Janeiro em 1957, aos 56 anos, vítima de problemas hepáticos.
A hora da estrela, de Clarice Lispector - análisejasonrplima
O documento fornece um resumo biográfico de Clarice Lispector e um resumo do enredo e das personagens principais de seu último romance publicado em vida, A Hora da Estrela. O resumo biográfico destaca que Clarice nasceu na Ucrânia e veio para o Brasil aos dois meses de idade, tornando-se uma escritora brasileira. O resumo do enredo explica que a protagonista Macabéa sonha em ser uma estrela de cinema e tem sua vida medíocre em questão após uma visita a uma
O documento apresenta biografias e excertos da obra de diversos escritores brasileiros e latino-americanos, como Mario Vargas Llosa, Isabel Allende, Pablo Neruda, Gabriel García Márquez, Jorge Amado, Clarice Lispector e Lígia Fagundes Teles. Resume as carreiras literárias destes autores e inclui breves citações de suas obras.
Segunda fase do modernismo . trabalho de portuguesAlenice01
O documento discute a literatura brasileira do período de 1930 a 1945, conhecido como a segunda fase do Modernismo brasileiro. A prosa e a poesia desta época refletem um momento histórico conturbado tanto no Brasil quanto no cenário internacional, com a Grande Depressão, o avanço do nazifascismo e a Segunda Guerra Mundial, assim como a ditadura de Getúlio Vargas no Brasil. As obras literárias passam a incorporar temas relativos ao destino humano e à condição do homem na socied
O documento descreve a vida e obra do poeta brasileiro Vinicius de Moraes, desde sua infância no Rio de Janeiro até seus primeiros trabalhos como diplomata e escritor. Vinicius é retratado como um apaixonado que viveu intensamente a paixão em sua vida e obra, influenciando gerações de poetas e músicos brasileiros.
Machado de Assis foi um escritor brasileiro nascido no século XIX que se tornou um mestre da literatura nacional. Sua obra mais famosa foi Dom Casmurro, publicada em 1899, que narra a história de um homem recluso chamado Bento Santiago que decide escrever suas memórias para entender melhor seu passado e sua desconfiança em relação à fidelidade de sua esposa Capitu.
Nasceu em Alagoas em 1892. Exerceu o cargo de prefeito em Palmeira dos Índios (AL) nos anos 1920. Publicou o romance Caetés em 1933, que chamou a atenção do editor carioca Augusto Frederico Schmidt. Faleceu no Rio de Janeiro em 1953, aos 60 anos, vítima de câncer de pulmão.
Graciliano Ramos foi um escritor brasileiro que enfrentou perseguição política na ditadura de Getúlio Vargas. Publicou seu primeiro livro "Caetés" em 1933 e seu romance mais famoso "Vidas Secas" em 1938. Faleceu em 1953 vítima de câncer, deixando uma importante obra que retratava a dura realidade nordestina e sua visão pessimista do homem.
Manicômios - Pesquisa de campo sociologiaLarissa Silva
Em um hospital psiquiátrico, os pacientes vivem separados da sociedade por muros e sob controle constante de uma equipe médica. Eles devem participar de atividades rigorosamente agendadas e há divisão entre os pacientes e a equipe dirigente. Cada grupo tende a ver o outro de forma estereotipada e hostil, com pouca mobilidade entre eles.
Os povos indígenas vêm conquistando pequenos direitos, como o programa E'ma Pia que fornece acesso ao ensino superior. A Constituição de 1988 protege os direitos indígenas à terra e cultura. Apesar disso, as leis de proteção indígena nem sempre são respeitadas. O futuro dos povos indígenas depende de parcerias entre o Estado e as comunidades para preservar sua cultura e identidade.
Primeira e Segunda Guerra mundial,Nazismo e FascismoLarissa Silva
O documento descreve a Primeira Guerra Mundial, incluindo suas causas e antecedentes, como a corrida armamentista e rivalidades entre países europeus. Também aborda o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália, além de resumir os principais eventos da Segunda Guerra Mundial entre 1939 e 1945.
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaLarissa Silva
A cidade de Uberlândia foi inicialmente ocupada por índios como os Caiapós e Bororós. João Pereira da Rocha foi o primeiro colonizador europeu a se estabelecer na região em 1818. Ao longo do tempo, a cidade atraiu mais colonizadores e escravos africanos, recebendo influências culturais indígenas e africanas.
O documento discute a geopolítica do Brasil, abordando tópicos como a consolidação das fronteiras brasileiras ao longo dos séculos através de expansão territorial e diplomacia, a ocupação do território como instrumento geopolítico, e as novas pressões conservacionistas internacionais sobre a Amazônia e os Cerrados.
O documento descreve a história do microscópio desde sua invenção no século 16 até os dias atuais. Relata as principais descobertas e melhorias realizadas ao longo dos séculos, incluindo o desenvolvimento de microscópios de uma lente por Van Leeuwenhoek e a invenção do microscópio eletrônico no século 20. Também lista e explica os diferentes tipos de microscópios atualmente disponíveis.
O documento descreve a história da imigração e da cafeicultura no Brasil durante o século XIX. Vários grupos imigraram para o Brasil nesse período, incluindo suíços, alemães, eslavos, italianos e japoneses. A cafeicultura se tornou uma importante atividade econômica, impulsionada pela demanda internacional por café e mão-de-obra imigrante. O café substituiu o açúcar como principal produto de exportação brasileiro no século XIX.
Os povos indígenas vem conquistando pequenos direitos, como o projeto E'ma Pia que fornece acesso ao ensino superior. A Constituição de 1988 protege os direitos dos indígenas à terra e cultura. Apesar disso, as leis de proteção não são sempre respeitadas e o futuro dos povos indígenas depende de parcerias entre o Estado e as comunidades para preservar sua identidade.
Tribos urbanas (Headbangers) são fãs do heavy metal que se identificam através de estilos visuais e musicais específicos, como cabelos compridos, roupas pretas e acessórios de metal. Eles se organizam principalmente em shows de heavy metal para compartilhar a paixão pela música através de danças e simbologias características. Diferentes vertentes do heavy metal, como black metal e viking metal, possuem ideologias e símbolos próprios que representam os ideais de cada tribo.
O documento descreve a história do microscópio, desde sua invenção por Hans Janssen e Zacharias no século 16 até os modelos modernos. Detalha os principais desenvolvimentos, incluindo as descobertas de Antonie van Leeuwenhoek usando microscópios de uma lente e as melhorias dos séculos 18 e 19, culminando nos poderosos microscópios eletrônicos de hoje.
Influências indígenas e africanas em UberlãndiaLarissa Silva
A União Europeia está enfrentando desafios sem precedentes devido à pandemia de COVID-19 e à invasão russa da Ucrânia. Isso destacou a necessidade de autonomia estratégica da UE em áreas como energia, defesa e tecnologia digital para garantir sua segurança e prosperidade a longo prazo. A Comissão Europeia propôs novas iniciativas para fortalecer a resiliência econômica e geopolítica do bloco.
O documento discute a geopolítica no Brasil, definindo-a como a interpretação dos fatos atuais e do desenvolvimento político dos países usando parâmetros geográficos. Aborda os objetivos da geopolítica brasileira em promover a integração nacional e as discussões sobre a ocupação do território e infraestrutura. Também menciona áreas de projeção da influência brasileira e temas estudados como a fome e recursos naturais.
A Guerra Fria foi um conflito ideológico e geopolítico entre os Estados Unidos e a União Soviética que durou de 1945 a 1991. Isso levou à divisão da Alemanha e de Berlim e à corrida armamentista e espacial entre os blocos capitalista e socialista.
2. Biografia
Rachel de Queiroz
"[...] tento, com a maior insistência, embora com tão
precário resultado (como se tornou evidente), incorporar
a linguagem que falo e escuto no meu ambiente nativo à
língua com que ganho a vida nas folhas impressas. Não
que o faça por novidade, apenas por necessidade.
Meu parente José de Alencar quase um século atrás vivia
brigando por isso e fez escola."
Rachel de Queiroz, nasceu em Fortaleza - CE, no dia 17 de novembro de 1910,
filha de Daniel de Queiroz e de Clotilde Franklin de Queiroz, descendendo, pelo lado
materno, da estirpe dos Alencar (sua bisavó materna — "dona Miliquinha" — era
prima José de Alencar, autor de "O Guarani"), e, pelo lado paterno, dos Queiroz,
família de raízes profundamente lançadas em Quixadá, onde residiam e seu pai era
Juiz de Direito nessa época.
Em 1913, voltam a Fortaleza, face à nomeação de seu pai para o cargo de promotor.
Após um ano no cargo, ele pede demissão e vai lecionar Geografia no Liceu. Dedica-
se pessoalmente à educação de Rachel, ensinando-a a ler, cavalgar e a nadar. As
cinco anos a escritora leu "Ubirajara", de José de Alencar, "obviamente sem entender
nada", como gosta de frisar.
Fugindo dos horrores da seca de 1915, em julho de 1917 transfere-se com sua
família para o Rio de Janeiro, fato esse que seria mais tarde aproveitado pela
escritora como tema de seu livro de estréia, "O Quinze".
Logo depois da chegada, em novembro, mudam-se para Belém do Pará, onde
residem por dois anos. Retornam ao Ceará, inicialmente para Guaramiranga e depois
Quixadá, onde Rachel é matriculada no curso normal, como interna do Colégio
Imaculada Conceição, formando-se professora em 1925, aos 15 anos de idade. Sua
formação escolar pára aí.
Rachel retorna à fazenda dos pais, em Quixadá. Dedica-se inteiramente à leitura,
orientada por sua mãe, sempre atualizada com lançamento nacionais e estrangeiros,
em especial os franceses. O constante ler estimula os primeiros escritos.
Envergonhada, não mostrava seus textos a ninguém.
Em 1926, nasce sua irmã caçula, Maria Luiza. Os outros irmãos eram Roberto, Flávio
e Luciano, já falecidos).
Com o pseudônimo de "Rita de Queluz" ela envia ao jornal "O Ceará", em 1927, uma
carta ironizando o concurso "Rainha dos Estudantes", promovido por aquela
publicação. O diretor do jornal, Júlio Ibiapina, amigo de seu pai, diante do sucesso
da carta a convida para colaborar com o veículo. Três anos depois, ironicamente,
3. quando exercia as funções de professora substituta de História no colégio onde havia
se formado, Rachel foi eleita a "Rainha dos Estudantes". Com a presença do
Governador do Estado, a festa da coroação tinha andamento quando chega a notícia
do assassinato de João Pessoa. Joga a coroa no chão e deixa às pressas o local, com
uma única explicação "Sou repórter".
Seu pai adquiri o Sítio do Pici, perto de Fortaleza, para onde a família se transfere.
Sua colaboração em "O Ceará" torna-se regular. Publica o folhetim "História de um
nome" — sobre as várias encarnações de uma tal Rachel — e organiza a página de
literatura do jornal.
Submetida a rígido tratamento de saúde, em 1930, face a uma congestão pulmonar
e suspeita de tuberculose, a autora se vê obrigada a fazer repouso e resolve escrever
"um livro sobre a seca". "O Quinze" — romance de fundo social, profundamente
realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a
seca — é mostrado aos pais, que decidem "emprestar" o dinheiro para sua edição,
que é publicada em agosto com uma tiragem de mil exemplares. Diante da reação
reticente dos críticos cearenses, remete o livro para o Rio de Janeiro e São Paulo,
sendo elogiado por Augusto Frederico Schmidt e Mário de Andrade. O livro logo
transformaria Rachel numa personalidade literária. Com o dinheiro da venda dos
exemplares, a escritora "paga" o empréstimo dos pais.
Em março de 1931, recebe no Rio de Janeiro o prêmio de romance da Fundação
Graça Aranha, mantida pelo escritor, em companhia de Murilo Mendes (poesia) e
Cícero Dias (pintura). Conhece integrantes do Partido Comunista; de volta a
Fortaleza ajuda a fundar o PC cearense.
Casa-se com o poeta bissexto José Auto da Cruz Oliveira, em 1932. É fichada como
"agitadora comunista" pela polícia política de Pernambuco. Seu segundo romance,
"João Miguel", estava pronto para ser levado ao editor quando a autora é informada
de que deveria submetê-lo a um comitê antes de publicá-lo. Semanas depois, em
uma reunião no cais do porto do Rio de Janeiro, é informada de que seu livro não
fora aprovado pelo PC, porque nele um operário mata outro. Fingindo concordar,
Rachel pega os originais de volta e, depois de dizer que não via no partido
autoridade para censurar sua obra, foge do local "em desabalada carreira",
rompendo com o Partido Comunista.
Publica o livro pela editora Schmidt, do Rio, e muda-se para São Paulo, onde se
aproxima do grupo trotskista.
Nasce, em Fortaleza, no ano de 1933, sua filha Clotilde.
Muda-se para Maceió, em 1935, onde faz amizade com Jorge de Lima, Graciliano
Ramos e José Lins do Rego. Aproxima-se, também, do jornalista Arnon de Mello (pai
do futuro presidente da República, Fernando Collor, que a agraciou com a Ordem
Nacional do Mérito). Sua filha morre aos 18 meses, vítima de septicemia.
O lançamento do romance "Caminho de Pedras", pela José Olympio - Rio, se dá em
1937, que seria sua editora até 1992. Com a decretação do Estado Novo, seus livros
são queimados em Salvador - BA, juntamente com os de Jorge Amado, José Lins do
Rego e Graciliano Ramos, sob a acusação de subversivos. Permanece detida, por três
meses, na sala de cinema do quartel do Corpo de Bombeiros de Fortaleza.
Em 1939, separa-se de seu marido e muda-se para o Rio, onde publica seu quarto
romance, "As Três Marias".
Por intermédio de seu primo, o médico e escritor Pedro Nava, em 1940 conhece o
também médico Oyama de Macedo, com quem passa a viver. O casamento duraria
até à morte do marido, em 1982. A notícia de que uma picareta de quebrar gelo, por
4. ordem de Stalin, havia esmigalhado o crânio de Trótski faz com que ela se afaste da
esquerda.
Deixa de colaborar, em 1944, com os jornais "Correio da Manhã", "O Jornal" e
"Diário da Tarde", passando a ser cronista exclusiva da revista "O Cruzeiro", onde
permanece até 1975.
Estabelece residência na Ilha do Governador, em 1945.
Seu pai vem a falecer em 1948, ano em que publica "A Donzela e a Moura Torta". No
ano de 1950, escreve em quarenta edições da revista "O Cruzeiro" o folhetim "O
Galo de Ouro".
Sua primeira peça para o teatro, "Lampião", é montada no Teatro Municipal do Rio de
Janeiro e no Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo, no ano de 1953. É agraciada, pela
montagem paulista, com o Prêmio Saci, conferido pelo jornal "O Estado de São
Paulo".
Recebe, da Academia Brasileira de Letras, em 1957, o Prêmio Machado de Assis, pelo
conjunto de sua obra.
Em 1958, publica a peça "A beata Maria do Egito", montada no Teatro Serrador, no
Rio, tendo no papel-título a atriz Glauce Rocha.
O presidente da República, Jânio Quadros, a convida para ocupar o cargo de ministra
da Educação, que é recusado. Na época, justificando sua decisão, teria dito: "Sou
apenas jornalista e gostaria de continuar sendo apenas jornalista."
O livro "As Três Marias", com ilustrações de Aldemir Martins, em tradução inglesa, é
lançado pela University of Texas Press, em 1964.
O golpe militar de 1964 teve em Rachel uma colaboradora, que "conspirou" a favor
da deposição do presidente João Goulart.
O presidente general Humberto de Alencar Castelo Branco, seu conterrâneo e
aparentado, no ano de 1966 a nomeia para ser delegada do Brasil na 21ª. Sessão da
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, junto à Comissão dos Direitos
do Homem.
Passa a integrar o Conselho Federal de Cultura, em 1967, e lá ficaria até 1985.
Depois de visitar a escritora na Fazenda Não me Deixes, em Quixadá, o presidente
Castelo Branco morre em desastre aéreo.
Estréia na literatura infanto-juvenil, em 1969, com "O Menino Mágico", em 1969.
No ano de 1975, publica o romance "Dôra, Doralina".
Em 1977, por 23 votos a 15, e um em branco, Rachel de Queiroz vence o jurista
Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda e torna-se a primeira mulher a ser eleita para
a Academia Brasileira de Letras. A eleição acontece no dia 04 de agosto e a posse,
em 04 de novembro. Ocupa a cadeira número 5, fundada por Raimundo Correia,
tendo como patrono Bernardo Guimarães e ocupada sucessivamente pelo médico
Oswaldo Cruz, o poeta Aluísio de Castro e o jurista, crítico e jornalista Cândido Mota
Filho.
Seu livro, "O Quinze", é publicado no Japão pela editora Shinsekaisha e na Alemanha
pela Suhrkamp, em 1978.
Em 1980, a editora francesa Stock lança "Dôra, Doralina". Estréia da Rede Globo de
Televisão a novela "As Três Marias", baseada no romance homônimo da escritora.
Com direção de Perry Salles, estréia no cinema a adaptação de "Dôra, Doralina", em
1981.
5. Em 1985, é inaugurada em Ramat-Gau, Tel Aviv (Israel), a creche "Casa de Rachel
de Queiroz". "O Galo de Ouro" é publicado em livro.
Retorna à literatura infantil, em 1986, com "Cafute & Perna-de-Pau".
A José Olympio Editora lança, em 1989, sua "Obra Reunida", em cinco volumes, com
todos os livros que Rachel publicara até então destinados ao público adulto.
Segundo notícia que circulou em 1991, a Editora Siciliano, de São Paulo, pagou
US$150.000,00 pelos direitos de publicação da obra completa de Rachel.
Já na nova editora, lança em 1992 o romance "Memorial de Maria Moura".
Em 1993, recebe dos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União
Brasileira de Escritores, o Juca Pato. A Siciliano inicia o relançamento de sua obra
completa.
1994 marca a estréia, na Rede Globo de Televisão, da minissérie "Memorial de Maria
Moura", adaptada da obra da escritora. Tendo no papel principal a atriz Glória Pires,
notícias dão conta que Rachel recebeu a quantia de US$50.000,00 de direitos
autorais.
Inicia seu livro de memórias, em 1995, escrito em colaboração com a irmã Maria
Luiza, que é publicado posteriormente com o título "Tantos anos".
Pelo conjunto de sua obra, em 1996, recebe o Prêmio Moinho Santista.
Em 2000, é publicado "Não me Deixes — Suas histórias e sua cozinha", em
colaboração com sua irmã, Maria Luiza.
Em novembro deste ano, quando a escritora completou 90 anos de idade, foi
inaugurada, na Academia Brasileira de Letras, a exposição "Viva Rachel". São 17
painéis e um ensaio fotográfico de Eduardo Simões resumindo o que os
organizadores da mostra chamam de “geografia interior de Rachel, suas lembranças
e a paisagem que inspirou a sua obra”.
Rachel de Queiroz chega aos 90 anos afirmando que não gosta de escrever e o faz
para se sustentar. Ela lembra que começou a escrever para jornais aos 19 anos e
nunca mais parou, embora considere pequeno o número de livros que publicou.
“Para mim, foram só cinco, (além de O Quinze, As Três Marias, Dôra, Doralina, O
Galo de Ouro e Memorial de Maria Moura), pois os outros eram compilações de
crônicas que fiz para a imprensa, sem muito prazer de escrever, mas porque
precisava sustentar-me”, recorda ela. “Na verdade, eu não gosto de escrever e se eu
morrer agora, não vão encontrar nada inédito na minha casa”.
Recebe, em 06-12-2000, o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual
do Rio de Janeiro.
Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz.
Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro.
Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de
Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de
Rachel de Queiroz.
Obras:
Individuais:
- Romances:
- O quinze (1930)
6. - João Miguel (1932)
- Caminho de pedras (1937)
- As três Marias (1939)
- Dôra, Doralina (1975)
- O galo de ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)
- Obra reunida (1989)
- Memorial de Maria Moura (1992)
- Literatura Infanto-Juvenil:
- O menino mágico (1969)
- Cafute & Pena-de-Prata (1986)
- Andira (1992)
- Cenas brasileiras - Para gostar de ler 17.
- Teatro:
- Lampião (1953)
- A beata Maria do Egito (1958)
- Teatro (1995)
- O padrezinho santo (inédita)
- A sereia voadora (inédita)
- Crônica:
- A donzela e a moura torta (1948);
- 100 Crônicas escolhidas (1958)
- O brasileiro perplexo (1964)
- O caçador de tatu (1967)
- As menininhas e outras crônicas (1976)
- O jogador de sinuca e mais historinhas (1980)
- Mapinguari (1964)
- As terras ásperas (1993)
- O homem e o tempo (74 crônicas escolhidas}
- A longa vida que já vivemos
- Um alpendre, uma rede, um açude: 100 crônicas escolhidas
- Cenas brasileiras
- Xerimbabo (ilustrações de Graça Lima)
- Falso mar, falso mundo - 89 crônicas escolhidas (2002)
- Antologias:
- Três romances (1948)
- Quatro romances (1960) (O Quinze, João Miguel, Caminho de Pedras,
As três Marias)
- Seleta (1973) - organização de Paulo Rónai
- Livros em parceria:
- Brandão entre o mar e o amor (romance - 1942) - com José Lins do Rego,
Graciliano Ramos, Aníbal Machado e Jorge Amado.
- O mistério dos MMM (romance policial - 1962) - Com Viriato Corrêa, Dinah Silveira
de Queiroz, Lúcio Cardoso, Herberto Sales, Jorge Amado, José Condé, Guimarães
7. Rosa, Antônio Callado e Orígines Lessa.
- Luís e Maria (cartilha de alfabetização de adultos - 1971) - Com Marion Vilas Boas
Sá Rego.
- Meu livro de Brasil (Educação Moral e Cívica - 1º. Grau, Volumes 3, 4 e 5 - 1971) -
Com Nilda Bethlem.
- O nosso Ceará (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), relato, 1994.
- Tantos anos (com sua irmã, Maria Luiza de Queiroz Salek), auto-biografia, 1998.
- O Não Me Deixes – Suas Histórias e Sua Cozinha (com sua irmã, Maria Luiza de
Queiroz Salek), 2000.
Obras traduzidas pela escritora:
- Romances:
AUSTEN, Jane. Mansfield Parlz (1942).
BALZAC, Honoré de. A mulher de trinta anos (1948).
BAUM, Vicki. Helena Wilfuer (1944).
BELLAMANN, Henry. A intrusa (1945).
BOTTONE, Phyllis. Tempestade d'alma (1943).
BRONTË, Emily. O morro dos ventos uivantes (1947).
BRUYÈRE, André. Os Robinsons da montanha (1948).
BUCK, Pearl. A promessa (1946).
BUTLER, Samuel. Destino da carne (1942).
CHRISTIE, Agatha. A mulher diabólica (1971).
CRONIN, A. J. A família Brodie (1940).
CRONIN, A. J. Anos de ternura (1947).
CRONIN, A. J. Aventuras da maleta negra (1948).
DONAL, Mario. O quarto misterioso e Congresso de bonecas (1947).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Humilhados e ofendidos (1944).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Recordações da casa dos mortos (1945).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os demônios (1951).
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os irmãos Karamazov (1952) 3 v.
DU MAURIER, Daphne. O roteiro das gaivotas (1943).
FREMANTLE, Anne. Idade da fé (1970).
GALSWORTHY, John. A crônica dos Forsyte (1946) 3 v.
GASKELL, Elisabeth. Cranford (1946).
GAUTHIER, Théophile. O romance da múmia (1972).
HEIDENSTAM, Verner von. Os carolinos: crônica de Carlos XII (1963).
HILTON, James. Fúria no céu (1944).
LA CONTRIE, M. D'Agon de. Aventuras de Carlota (1947).
LOISEL, Y. A casa dos cravos brancos (1947).
LONDON, Jack. O lobo do mar (1972).
MAURIAC, François. O deserto do amor (1966).
PROUTY, Oliver. Stella Dallas (1945).
REMARQUE, Erich Maria. Náufragos (1942).
ROSAIRE, Forrest. Os dois amores de Grey Manning (1948).
ROSMER, Jean. A afilhada do imperador (1950).
SAILLY, Suzanne. A deusa da tribo (1950).
8. VERDAT, Germaine. A conquista da torre misteriosa (1948).
VERNE, Júlio. Miguel Strogoff (1972).
WHARTON, Edith. Eu soube amar (1940).
WILLEMS, Raphaelle. A predileta (1950).
- Teatro:
CRONIN, A. J. Os deuses riem (1952).
Resumo Obra principal
Em sua obra de estréia, autora harmoniza o social e o psicológico no drama dos
retirantes.
Publicado em 1930, o romance O Quinze, de Rachel de Queiroz, não desfez o contraste
que ainda hoje persiste entre o êxito da estréia e a "singularidade mediana" com que
superou o naturalismo provinciano de um romance como A Fome (1890), de Rodolfo
Teófilo, por exemplo, mas não a estrutura fragmentária da narrativa de A Bagaceira
(1928), de José Américo de Almeida, inegavelmente marcado pela escrita elíptica dos
modernistas, Oswald de Andrade à frente.
É verdade que se tratava, como bem assinalou Augusto Frederico Schmidt, "de uma
mocinha de 19 anos", que trazia então, com todos os riscos de uma obra de estréia, uma
contribuição expressiva à vasta matéria da literatura das secas.
E o fazia de modo tão convincente que, nas palavras do poeta do Canto do Brasileiro,
deixava longe a literatura exaltada e sem entusiasmo de um romance como o Viagem
Maravilhosa, do modernista Graça Aranha, "em que a complicação - segundo Schmidt -
pretendia esconder a mediocridade irremediável da alma".
Mas lembremos que tal novidade, que aparece n'O Quinze como uma espécie de outra
face do modernismo - a da paisagem social e humana de um Brasil embrutecido e
atrasado que a ficção regionalista de 30 depois nos revelaria a fundo -, se comparada ao
conjunto das obras que compõem o ciclo inaugurado pela Bagaceira, mais do que um
avanço estético no arranjo do texto, o que fez foi escapar ao peso do contexto social do
romance anterior e assim liberar a subjetividade das personagens, que passam então a
falar e a agir fora do esquadro da observação naturalista.
Daí a nova atitude que o romance assume frente ao drama dos retirantes da seca, vistos
agora de uma perspectiva que harmoniza o social e o psicológico sem perder o foco de
entrada para alguns temas políticos da maior importância para a época, entre eles o da
afirmação social da mulher (no caso, a protagonista Conceição) naquele contexto difícil e
sabidamente adverso.
Sob este aspecto, se é correto dizer, como o fez a melhor crítica, que a heroína do Quinze
em última instância investiga e interroga o seu destino, a verdade é que, visto a partir
dele, o drama social dos flagelados parece diluir-se no pano de fundo da paisagem
calcinada que a linguagem de Rachel de Queiroz recupera de um ângulo lírico e alusivo,
mas cheio de verdade e corrosão.
9. Basta ver como os planos descontínuos que organizam o relato dependem do poético para
nos revelar ora a face humanizada dos retirantes que se descolam da realidade para
figurar na metáfora como símbolos de coragem e dignidade (Chico Bento, Cordulina,
Mocinha, os meninos Pedro e Josias), ora o despertar da consciência empenhada dos que,
como Conceição), reconhecem o peso das desigualdades e acabam se solidarizando com
sofrimento dos pobres, a ponto de dedicar-lhes o seu tempo.
Pólos - Entre os dois pólos, define-se o intervalo propriamente documental em que
aparecem os tipos mais afeitos à observação realista do romance. La estão os vaqueiros
João das Marrecas, Chico Pastora e Zé Bernardo, lá também a velha Inácia e Dona
Maroca das Aroeiras, proprietárias ingênuas, mas zelosas de suas posses, e ao seu lado o
vaqueiro Vicente, "todo vermelho e tostado de sol", a trabalhar pela manutenção da
fazenda com a fibra do sertanejo forte que não se curva ao destino, tópico que o romance
valoriza e quer igualmente demonstrar.
Mas, ao contrário do que ocorre em São Bernardo ou em Fogo Morto, por exemplo, esses
planos não se cruzam, os pólos opostos não entram em conflito, harmonizados que estão
pela distância poética da elocução centrada nos fragmentos líricos do desencanto. Afinal,
à medida que cresce o drama dos retirantes, aumenta em razão equivalente o drama do
coração ferido de Conceição, que vem para o centro da cena e oblitera o martírio dos
mutilados em marcha batida para fora do romance.
No Quinze, com efeito, o único ponto de fusão entre os pólos opostos viria de uma
resposta positiva do vaqueiro Vicente ao amor dissimulado que por ele nutria "aquela
mulher superior e inteligente" que era Conceição.
"Havia quase de ser um sonho ter, por toda a vida, aquela carinhosa inteligência a
acompanhá-lo", confessa ele, que também a amava em segredo. Amor no entanto que
afinal não vem e acaba diluído na ambigüidade ideológica do romance, exatamente como
o fluxo das imagens alusivas ao drama de tantos infelizes, numa espécie de figuração
reminiscente de quem vê a vida com a segurança dos que nada têm a temer.
Vazio - Nada que lembre, por exemplo, a consciência intransigente de Madalena frente à
prepotência de Paulo Honório no pólo extremo de seus interesses. O vazio que se
interpõe entre Conceição e o vaqueiro Vicente - onde se localiza o fulcro dinâmico do
relato - é o vazio da verossimilhança que apenas confirma as vicissitudes do lirismo que
separa as classes com a prudência dos que mandam na vida.
Sob esse aspecto, talvez a grandeza do Quinze venha dos núcleos temáticos que ele
anuncia, mas não realiza. Afinal, vários de seus temas e cenas, tomados no traçado
literário de seu contorno, foram depois recheados por Graciliano Ramos de uma real
notação de conflito, entre eles o episódio do soldado amarelo, no Vidas Secas, que lembra
em muitos aspectos a bela cena descrita por Rachel de Queiroz da discussão de Chico
Bento com o preposto que lhe negava as passagens para Quixadá, onde o vaqueiro
esperava abrigar a família esfomeada: - "Desgraçado! quando acaba, andam espalhando
que o governo ajuda os pobres... Não ajuda nem a morrer!"
11. - O livro "O Quinze" foi escrito por Rachel de Queiroz em 1928, quando tinha apenas 18
anos. - Jurandir Oliveira e Rachel de Queiroz se conheceram em 1997. Na época ele
substituiu um ator na montagem da peça "A Beata Maria do Egito", de autoria de Rachel.
- Estréia de Jurandir Oliveira como diretor de longa-metragem. - Jurandir Oliveira levou
um ano para concluir o roteiro, que passou por 5 versões. A própria Rachel de Queiroz
chegou a lê-lo e dar opiniões. - Inicialmente Jurandir Oliveira não atuaria em
O Quinze
, o que apenas fez atendendo a pedidos da produtora Letícia Menescal e de amigos. -
Cerca de 90% do filme foi rodado em Quixadá, no sertão central do Ceará. - Foram
necessárias 6 semanas de filmagens no Ceará e uma semana em Campos dos Goytacazes,
no estado do Rio de Janeiro, onde foram rodadas as sequências do trem. - A estação
ferroviária onde foram realizadas as filmagens leva o nome do pai da escritora Rachel de
Queiroz, Daniel de Queiroz. - Rachel de Queiroz faleceu em 4 de novembro de 2003,
duas semanas antes de Jurandir Oliveira dar o corte final do filme. - Apesar de ter sido
exibido no Festival de Gramado em 2004,
O Quinze
apenas foi lançado nos cinemas brasileiros em 2007.
Curiosidades Raquel de Queiroz
• Rachel de Queiroz nasceu no dia 17 de novembro de 1910, em Fortaleza, capital
cearense.
• Seu pai, que era juiz na cidade de Quixadá, no sertão do Ceará, mudou-se para
Fortaleza por causa da terrível seca que atingiu o nordeste em 1915. A família
ainda moraria no Rio de Janeiro e depois em Belém do Pará.
• Na infância, Rachel e suas primas costumavam tomar conta da avó que já estava
bem velhinha. Para distraí-la, as netas liam romances religiosos em francês.
• Uma das moças que frequentava a fazenda da família de Rachel namorou o
escritor Gonçalves Dias, autor de "Canção do Exílio". Ele era separado da mulher
e, por isso, o namoro era considerado pecaminoso. Dizem que o poema "Os Seus
Olhos" foi dedicado a essa tia-bisavó da escritora, por volta de 1850.
• Em 1925, Rachel se formou como normalista no colégio Imaculada Conceição de
Fortaleza. Dois anos mais tarde ela ingressava na carreira jornalística, como
colaboradora do jornal "O Ceará"
• A carreira de escritora começou quando Rachel foi eleita Rainha dos Estudantes,
aos 16 anos. Debochada, ela escreveu para o jornal "O Ceará" um artigo
zombando do título. Rachel assinou a carta com o pseudônimo de Rita de Queluz
e atiçou a curiosidade do dono do jornal, promotor do concurso. No começo
acharam que o artigo tivesse sido escrito por um homem, mas Jader de Carvalho,
amigo da garota, identificou-a: "Não, isso é a Rachelzinha, filha do Daniel". O
diretor do jornal mandou chamá-la e ela se tornou colaboradora da publicação.
• O primeiro livro de Rachel de Queiroz, "O Quinze", foi publicado quando ela
12. tinha 19 anos. Aos 30, ela ajudou a fundar o Partido Comunista do Ceará, mas se
desvinculou quando os colegas pediram que ela mudasse a história da obra "João
Miguel". A exigência era de que a personagem que representava uma prostituta
fosse filha do dono da terra e não do camponês.
• Em 1964, a escritora defendeu a implantação do regime militar no país por causa
de seu conterrâneo, o general Humberto Castelo Branco. Dois anos depois,
Castelo Branco, então presidente, nomearia Rachel delegada do Brasil na 21ª
Sessão da Assembleia Geral da ONU.
• Foi a primeira mulher a ingressar para a Academia Brasileira de Letras. Ela foi
eleita em 4 de agosto de 1977 e tomou posse em 4 de novembro do mesmo ano.
• É parente de outro escritor famoso brasileiro: José de Alencar, autor de "Iracema".
Uma de suas avós, Maria de Macedo Lima, era prima-irmã de Alencar.
• Rachel, que pertenceu ao Conselho Federal de Cultura de 1967 até 1985, é cidadã
carioca. O título foi concedido em 20 de novembro de 1970, pela Assembleia
Legislativa do Estado da Guanabara. A iniciativa da premiação foi da deputada
Ligia Maria Lessa Bastos.
• Rachel mantinha o hábito de infância de dormir em rede.
• Rachel morreu no dia 4 de novembro de 2003, pouco antes de completar 93 anos.
Ela sofreu um infarto enquanto dormia em sua casa no Leblon, zona sul do Rio de
Janeiro. O corpo foi velado no salão da Academia Brasileira de Letras e enterrado
no cemitério São João Batista, também no Rio de Janeiro.
Mais curiosidades
Precoce é um adjetivo que faz juwww.adorocinema.com
s à escritora Rachel de Queiroz. Aos cinco anos, já devorava todos os livros que lhe
caíam nas mãos. Ainda debutante, concluiu o curso normal. Porém, jamais lecionou:
preferiu caneta e papel a giz e quadro-negro. Hoje, o país lamentaria a perda da mestra,
não fosse a decisão tomada por ela aos 16 anos. Ingressou no jornalismo como quem
toma um caminho sem volta. Até hoje, ao menos uma crônica por semana vem impressa
com seu nome.
Logo no início, ela assinava sob a alcunha Rita de Queluz. Não levou muito tempo para
que saísse do anonimato. Com o lançamento de O Quinze (1930), obra precursora do
romance regionalista, a adolescente de 19 anos foi alçada ao rol dos grandes escritores de
seu tempo. Para dar noção do tamanho da proeza, vale dizer que as brasileiras só teriam
direito ao voto, decretado por Getúlio Vargas, dois anos mais tarde.
Rachel de Queiroz ainda iria romper uma tradição de 81 anos. Com sua eleição, em
agosto de 1977, a Academia Brasileira de Letras (ABL) deixou de ser um “clube do
Bolinha”. A mania de ser a primeira da turma a acompanha até hoje.
Esse ano a ABL homenageia três de seus acadêmicos: Miguel Reale, Carlos Chagas e
Rachel, que completam 90 anos. Embora seja a caçula e só faça aniversário dia 17 de
13. novembro, foi escolhida para dar o pontapé inicial à série de homenagens. A exposição
Viva Rachel reuniu fotos e objetos pessoais da grande dama do sertão. Tarcísio Padilha,
presidente da ABL, justificou a inversão alegando o "permanente pioneirismo de sua
passagem pela cultura brasileira".
O Educacional também deu uma de apressadinho. Como Rachel é avessa a homenagens,
melhor entrevistá-la antes que se refugie em sua fazenda, Não me Deixes, onde faz o que
mais gosta além de escrever: cozinhar. Sua próxima obra é um livro de receitas. Quem
leu até aqui já teve um gostinho da entrevista a seguir.
Como foi seu primeiro contato com os livros?
Rachel de Queiroz - Eu aprendi a ler com cinco anos de idade. De lá pra cá, não parei
mais. Eu desembestei e estou assim até hoje. Mamãe ia selecionando o que achava
melhor. Mas, de maneira geral, eu era onívora.
Ou seja, a sua formação como leitora se deve ao ambiente familiar. A senhora
acredita que a formação de um leitor se dá mais por influência da família ou da
escola?
Rachel de Queiroz - Se você tem, dentro de casa, pessoas que discutem os livros, as
novidades literárias, você se forma com mais facilidade. Foi o meu caso. Lá em casa
sempre foi um lugar muito adiantado ideologicamente e literariamente. Minha mãe tinha
muito bom gosto literário, a mesma coisa o meu pai.
E o gosto pelos livros a levou a se formar no curso de magistério. A senhora nunca
chegou a lecionar?
Rachel de Queiroz - Eu sou professora. É o único curso que fiz, no Colégio da
Imaculada Conceição, de Fortaleza. No resto, eu sou franco-atiradora, fui aprendendo
com a vida e comigo mesma. Eu não cheguei a lecionar propriamente. Só alfabetizei dois
irmãos meus, mas não ensinei em colégio nenhum. Eu comecei no jornalismo muito
cedo. Aos 16 anos, já estava colaborando em jornais e me mantenho jornalista até hoje.
A opção pelo jornalismo não era muito freqüente entre as mulheres da sua época...
Rachel de Queiroz - Não era tão infreqüente assim. Havia várias moças que já faziam
jornalismo: Suzana de Alencar Guimarães e várias outras. Já éramos algumas
companheiras, mas eu fui das primeiras.
Em uma de suas últimas crônicas, sobre seu bisneto, Pedro, a senhora comenta que
um dos erros dos pais é planejar o futuro dos filhos. Seus pais cometeram esse erro
com a senhora, quando perceberam que se encaminhava para o jornalismo?
Rachel de Queiroz - Meu grande êxito agora é meu bisneto, Pedro, que é uma grande
figura. Os pais sempre sonham com o futuro do filho. A minha casa sempre foi um
14. ambiente favorável a tudo que eu fizesse. Meus pais sempre me deram toda a liberdade e
apoio. Eram pessoas muito esclarecidas e apoiaram todas as minhas ousadias, inclusive
quando fui presa por motivo político. O jornal católico de Fortaleza se escandalizou
porque papai e mamãe foram me visitar na prisão. E quando me viram toda heróica, toda
Joana d'Arc, eles começaram a rir.
Sua estréia foi no jornal O Ceará, no período entre-guerras, de grandes debates
ideológicos. Como foi sua formação política?
Rachel de Queiroz - Era um jornal amaldiçoado pelos bispos, porque tinha comprado
uma briga com eles. Mas como meu pai era grande amigo do diretor do jornal, ele não se
opôs a que eu ficasse lá. Era o período de preparação da Segunda Guerra. Nós já
tínhamos as posições bem marcadas, éramos muito anti-hitleristas. Na época, tive uma
forte formação política, comunista. Foi o único período em que estive na militância,
depois eu fiquei somente como observadora, sem atuação política direta. Mas eu sempre
fui espírito de porco, sempre do contra. Sou da família daquele cara que disse: "Há
governo, sou contra."
Apesar de curta, sua militância lhe valeu um período no cárcere. Como foi isso?
Rachel de Queiroz - Eu fui presa várias vezes. A mais demorada - passei seis dias na
cadeia - foi quando o Getúlio estava preparando o golpe para se apossar do poder. Ele
botou todos os jornalistas da oposição em cana e deu o golpe de estado. E ninguém podia
falar. Depois, quando a imprensa já estava toda amordaçada, continuou sem poder falar.
Isso foi antes ou depois da publicação do romance O Quinze?
Rachel de Queiroz - Eu tinha dezenove anos quando publiquei O Quinze. Foi antes da
minha prisão. Eu comecei no jornalismo muito discretamente. Aí lancei o livro, que fez
uma enorme zoada, e continuei as duas carreiras paralelamente.
Então, a senhora já era uma mulher muito famosa...
Rachel de Queiroz - Não era famosa, era falada.
Digo isso porque ouvi falar sobre deliciosos episódios seus enquanto esteve presa. É
verdade que os guardas a paqueravam e quem a tirou de lá foi o seu pai?
Rachel de Queiroz - Eu era novinha, não é? Mas não houve paquera. Os guardas eram
meus amigos. Sabe como é, na província. Você é conhecida, tem amigos, ou são amigos
da família. Posso dizer que minhas prisões eram mais uma formalidade. Quando
resolveram me soltar, chamaram papai, e ele foi me buscar.
E como foi a repercussão de O Quinze? O livro foi a sensação de 1930, não foi?
Rachel de Queiroz - Não digo tanto, mas o livro foi muito bem recebido. Era um tema
15. nacional, a seca. Mário de Andrade e Manuel Bandeira o elogiaram muito. Eu ganhei o
prêmio Graça Aranha com a publicação. Era um prêmio novo, mas muito importante,
porque me abriu o caminho da crítica literária.
A senhora se surpreendeu com a boa recepção do livro? Afinal era edição de autor...
Rachel de Queiroz - Meu pai financiou a edição e nós lançamos. O livro deu sorte e de
lá pra cá não posso me queixar. Enquanto a José Olympio existiu, eu tinha uma editora
poderosa. Agora, estou muito bem com a Siciliano.
Por que com esse tremendo sucesso a senhora nunca deixou de escrever para
jornais?
Todo escritor, no decorrer da carreira, escolhe um gênero que mais se adapta ao seu
estilo: a crônica, o romance, o conto ou a poesia. A senhora se sente mais cronista
que romancista, é isso?
Rachel de Queiroz - Eu escrevi em O Cruzeiro até a revista desaparecer. Durante trinta
anos, eu escrevi a sua última página, que era uma crônica, não um artigo. Foi assim que
eu fiquei conhecida no país inteiro, porque O Cruzeiro era vendido em toda parte. Sinto-
me mais cronista. Romancista eu me sinto muito fraca. Toda semana eu mando um artigo
para O Estado de S. Paulo. Já são milhares de crônicas, em vários livros. Faz-se uma
seleção das menos ruins e se publica..
E sua entrada na Academia Brasileira de Letras nos anos 70? Ela deve ter sido vista
como mais uma conquista feminina da época. Como foi a repercussão?
Rachel de Queiroz - Não havia mulheres na Academia porque o regulamento não previa,
não que não permitisse. Eu já vivia nesse meio, de forma que não foi um escândalo. Não
houve repercussão, era esperado. Como todos os meus amigos estavam lá dentro, quando
era dia de sessão, eles me abandonavam. Então, eles acharam que eu tinha que estar lá
também. Manuel Bandeira e outros fizeram um movimento e abriu-se a academia às
mulheres. As mulheres já vinham avançando em todos os terrenos. Eu fui a primeira, mas
poderia ter sido a segunda ou a terceira. Depois, entraram Dinah Silveira de Queiroz e as
outras.
Mas quem é de fora percebe que a escolha de um novo acadêmico sempre envolve
uma certa disputa, uma eleição. Como é o debate dentro da Academia?
Rachel de Queiroz - A Academia é um clube de escritores. Os acadêmicos são, na
verdade, velhos conhecidos. Não há disputas, não há inimigos lá dentro. Nós somos, na
maioria, amigos. Nos reunimos uma vez por semana e discutimos os livros recém-
publicados e os nossos projetos.
E o que a senhora achou da exposição em sua homenagem feita pela Academia?
16. Rachel de Queiroz - Foi muito bonita, muito bem-feita. Eu fiquei muito orgulhosa.
A propósito, a senhora deve estar se preparando para viver um fim de ano repleto
de homenagens por seus 90 anos. O seu estado lhe deve uma bela homenagem, não
é?
Rachel de Queiroz - Eu acho que não, espero que não. A gente fica meio encabulada. O
Ceará já se armou várias vezes para isso e eu tenho conseguido escapulir. Qualquer dia
eles conseguem.
O que a senhora pode adiantar sobre seu novo livro?
Rachel de Queiroz - Ah, não! Estou com um livro muito ainda em preparo, não dá para
falar ainda. Ele está muito em gestação. Prometo a você que daqui a alguns meses eu
conto o que estou fazendo.
Eu sei que a senhora prefere não comentar... Mas sabe-se que é um livro de
culinária. É verdade mesmo?
Rachel de Queiroz - Ah! O de culinária? Ele está pronto. São algumas receitas da Não
me Deixes. Não me Deixes é o nome da minha fazenda. É lá que eu me exercito na
cozinha, com a culinária que a gente pratica no interior do Ceará. O livro está para sair.
A senhora é muito caseira, não é muito afeita a homenagens. A senhora se sente tão
à vontade na cozinha quanto em seu escritório?
Rachel de Queiroz - Sou boa cozinheira, sou melhor cozinheira que escritora, de forma
que espero que esse meu livro de cozinha seja minha obra-prima.
E quais são seus pratos prediletos? Quem foram seus mestres na culinária?
Rachel de Queiroz - São os salgados, eu não sou muito de doces. Vatapá, galinha... Eu
cultivo a cozinha brasileira clássica. De um modo geral, eu fui autodidata, sempre me
interessei muito por cozinha e as cozinheiras velhas do sertão me ajudaram muito.
Seu último livro, então, não é o de culinária... É uma boa notícia, porque saiu na
imprensa que a senhora teria dito que detestava escrever, que não escreveria mais.
A notícia dava a entender que a senhora teria tido um desgosto muito grande
recentemente...
Rachel de Queiroz - Não, não, esses meninos repórteres exageram. A gente faz uma
brincadeira e eles levam a sério. Eu sempre recebi mais do que mereci do público
Outra novidade é que Memorial de Maria Moura vai ser filmado. Ainda não foi
escolhida a protagonista. Dizem que será a Patrícia Pilar. Mas as filmagens já
17. começaram, não é?
Rachel de Queiroz -Talvez você tenha mais notícias do que eu, porque viajei ao sertão e
me desliguei um pouco disso. Eu não tenho tido sorte com esse negócio de cinema. Eu
me interesso e tal, mas os filmes não vão adiante. Aliás, o cinema brasileiro é difícil, não
é uma indústria com capital. O entusiasta começa a fazer, juntando dinheiro, juntando
gente. É um esforço pessoal.
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