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Antecedentes,
pressupostos e
princípios da
promoção da saúde
HSP 284 Promoção da Saúde
Helena Akemi Wada Watanabe
Saúde-Doença
problemas de saúde ao longo
da história estão relacionados
à vida em comunidade
há evidências de atividades
ligadas à saúde comunitária na
antiguidade: saneamento e
habitação, limpeza e
religiosidade
A forma como se entende o processo
saúde doença reflete a maneira de
enxergar a realidade da saúde e define
as medidas de intervenção sobre ele.
Esse entendimento não se dissocia do
conhecimento dominante da sociedade,
num determinado contexto histórico, não
significando, entretanto, que seja a
única forma existente.
Concepção Mágica e Sobrenatural
 saúde = inexistência de doença
 doença = causada por fatores exógenos
ao indivíduo: espíritos, feitiços, deuses
 Punição, maldição, posseção
 Agente de saúde: feiticeiros, sacerdotes
(categoria à parte da sociedade), com
poderes supernaturais; fazem uso de
amuletos, feitiços, exorcismo, sangrias e
cerimônias de purificação como medidas
preventivas e de cura.
Modelo Biológico
Concepção Mágica
No Egito antigo há cerca de 5000
anos
Naturalização da saúde e da doença
junto com as crenças mágicas e
religiosas. Criam que havia um princípio
que aderido à matéria fecal poderia
chegar ao sangue, coagulando-o e
levando ao apodrecimento do corpo,
supuração e abcessos (Sevalho, 1993)
Concepção Empírica
Concepção Empírica
Grécia Antiga - saúde-doença =
estrutura de elementos, qualidades,
humores, órgãos, temperamentos,
horários do dia e períodos do ano.
Saúde = harmonia entre quatro humores
básicos - quente, frio, úmido e seco;
doença = resultante da dominância
inapropriada de um desses elementos
decorrente da relação entre a natureza
(clima, estação do ano, astros, animais)
e o homem.
 Fatores relacionados às doenças: clima, solo,
água modo de vida e nutrição. Na colonização
a partir de 1000 aC, além das exigências
religiosas e militares, aspectos de salubridade
passam a ser considerados.
 Aterros e drenagem de pântanos acabavam
com as febres, mas a doença era relacionada
ao maus odores e não à extinção dos
mosquitos. Malária = mal ar
 Ênfase na higiene aristocrática, o ideal de saúde
se baseava em nutrição, excreção, exercício e
descanso.
 Arte de curar cabia ao médico. Atividade
itinerante, a medicina nas cidades grandes
podia ser exercida por médico municipal
 Roma conquista o mundo mediterrâneo e
assume o legado da cultura grega. Como
engenheiros construíram sistemas de esgoto e
banhos, de suprimento de água e outras
instalações sanitárias.
 Como administradores organizaram uma
Câmara de Água, comissão específica de
saúde, oficiais para supervisão dos banhos
públicos (aquecimento, limpeza e policiamento),
da limpeza das ruas, o controle do suprimento
de alimentos e a fiscalização de mercados
Migração intensa para Roma e envio de
prisioneiros para o trabalho escravo,
gerando problemas urbanos compatíveis
com os dias atuais. Crescimento vertical,
aglomeração, ruas estreitas.
Comércio Mediterrâneo e por via
terrestre = deslocamento de populações
= deslocamento de doentes e
portadores de germes provenientes da
Ásia e África – malária, varíola
Divisão do Império Romano(séc IV),
decadência comercial de Roma
 Indivíduo são era aquele que gozava de
emancipação. Visão elitista de saúde.
Valorização dos aspectos físicos da saúde
pessoal.
 Jogos, exercícios, desenvolvimento de todas
as faculdades humanas foi o princípio
filosófico orientador.
 Primeiras referências à importância das
condições de vida – “Ar, águas e lugares” de
Hipócrates. Panacéia e Higéia (moderação no
viver)
13 Promoção da Saúde na antiguidade
Roma: valorização do Estado e
não do indivíduo
Pré requisitos para a saúde:
liberdade e independência
econômica
Reconhecimento dos
determinantes sócio ambientais:
desenvolvimento de sistema
sanitário
14
Idade Média
Império Bizantino conservou a tradição e a
cultura romana. Constantinopla tornou-se a
sede da cultura médica da Europa. Os
árabes contribuem de forma significativa
para o desenvolvimento da medicina
Na Europa instala-se uma vida rural. Volta-se
a enfrentar os problemas de saúde em
termos mágicos e religiosos. O cristianismo
afirmava haver conexão entre doença e
pecado. Ao mesmo tempo, sendo o corpo
o vaso da alma, cabia o seu fortalecimento
para enfrentar o demônio
Atividades comunais de saúde são realizadas
na Igreja. Conhecimento de higiene e saúde
se preservou nos claustros e igrejas
Desenvolvimento das cidades, fortificações
dificultavam a expansão urbana e levavam à
aglomeração. A manutenção de animais
grandes e pequenos nas cidades, a falta de
calçamento e o a cúmulo de lixo e a falta de
sistema de esgoto levaram a se atribuir as
doenças ao ar pestilento e aos maus odores.
Medidas sanitárias: limpeza, ventilação
enterro dos mortos, abastecimento de
água (códigos sanitários municipais)
Policiamento do mercado para proteger
os cidadãos de produtos adulterados.
Isolamento dos pacientes com doenças
contagiosas: hanseníase, peste, febre
tifóide
Medicina inicialmente exercida por
clérigos, como caridade. Posteriormente
há o exercício privado assalariado
(senhor ou cidade). Havia separação
entre cirurgiões e médicos
Criação de hospitais no mundo islâmico
e hospitais monásticos no Ocidente e ao
longo das vias usadas pelos cruzados e
instituições beneficentes (asilos e abrigos)
a partir do séc XIII os hospitais começam
a passar para a jurisdição secular
Cuidado com o corpo X espírito como
principal elemento da saúde
Higiene coletiva: banhos
Árabes: importância do ar livre. Hospitais
contavam com bibliotecas, jardins,
contadores de história, música ambiente
Subsídio financeiro para os doentes
hospitalizados até estarem recuperados
para o trabalho
19 Promoção da saúde na
Idade Média
Renascimento
Surgimento da burguesia, ligada ao
comércio. Rápida evolução e difusão da
ciência.
Manutenção dos padrões de saúde
pública criados na Idade Média.
Rudolf Virchow - doença epidêmica =
manifestação de desajustamento social e
cultural
Individualização da doença baseada na
observação clínica e epidemiológica.
Retomada da observação empírica e
experimentos.
Utilização da matemática para estudos
de problemas de saúde e para saber a
prosperidade e o poder nacionais
Concebe-se a existência de partículas
invisíveis. Doença: presença de “germes”
que penetram no corpo e tomam o
corpo.
Intui-se uma teoria lógica da infecção:
transmissão pessoa-pessoa, através de
fômites e à distância.
Medidas sanitárias: quarentena, isolamento
Limpeza e drenagem das ruas.
Suprimento de água: captação em fontes.
Desenvolvimento da fisiologia e da
anatomia
Século XIX: quarentena e isolamento trazem
problemas de ordem política e econômica,
levando ao ressurgimento da teoria dos
miasmas.
John Snow - Sobre o modo de transmissão
do cólera
Através da informação empírica
acumulada através de gerações, alguns
conceitos foram se moldando,
influenciando inclusive a área de
alimentação e de dietoterapia dos
sistemas tradicionais.
Por exemplo: a classificação de alimentos,
enfermidades e pessoas em “quente” e
“frio” (não quantificável) ainda hoje estão
bem difundidos; “energia vital” do
alimento (Qi -Med. Tradicional Chinesa)
Avanços na medicina
Se considerava que a proteção à
saúde devia ser feita pelo Estado
que o fazia por meio de leis e
regulações políticas
Iluminismo:o homem é bom, o
Estado é corrupto, instrumento de
tirania e opressão – Educação era
a grande panacéia
24 PS nos Séculos XVII e XVIII
Iluminismo
Efeitos sociais das doenças levou
mercadores, médicos, clérigos e cidadãos
a lutar por melhoramentos.
Promoção do bem-estar das crianças, cuja
mortalidade em alguns lugares chegava a
90%
Reforma do tratamento de insanos
Criação de hospitais e dispensários
Melhoramentos urbanos, filtração da água,
sistema de esgoto sanitário
Polícia médica: saúde responsabilidade do
Estado
Direitos do homem. Preocupação com os
problemas de saúde de grupos específicos.
Desenvolvimento da política de saúde das
freguesias. Lei dos Pobres
Uso da estatística de saúde e da topografia
médica
Desenvolvimento tecnológico:
microbiologia, Koch descobre o agente
causador do carbúnculo.
Doença: causada por agente externo ao
organismo.
Agente de saúde: médico
Jenner desenvolve vacina contra a varíola
Tratamento e prevenção: vacina,
antibiótico
Idade Moderna
Mobilização da força de trabalho
Nova lei dos Pobres: mais restritiva
Saúde Pública inerente à civilização
industrial. Expansão de moradias não
acompanha aumento populacional.
Há falta de opções de lazer, de
sistema de esgoto sanitário.
Concepção sanitária de que o
estado do ambiente físico e social
afetava a saúde.
Era bacteriológica
descoberta de agentes
patogênicos de várias doenças
prevenção de doenças baseadas
no conhecimento da patogênese
introdução da antissepsia e
assepsia na cirurgia
identificação de vetores na
transmissão de doenças
Desenvolvimento científico
O movimento higienista: identificação do
agente biológico causal.
Polícia sanitária como política de saúde
Lei dos Pobres na Inglaterra – inaugura a
Promoção da saúde nos espaços de vida
“Saúde e doença são resultado do nível
de prevenção e das condições sanitárias
que rodeiam o indivíduo”
(Arredondo – 1993)
32 Séc XIX – Medicina Social
Epidemia de Tifo na paupérrima
Silésia analisou o contexto sócio
cultural
Relacionou saúde à democracia,
educação, liberdade e
prosperidade da população
pobre da região estudada,
melhoria da agriculura, e as vias
de acesso, criação de
cooperativas
33 Virchow
O ideário hegemônico no campo
da saúde que influencia a prática
médica até hoje:
curativismo
biologismo
individualismo
especialização.
34 1910 – Relatório Flexner
 1941 – Henry Sigerist
◦ “A saúde se promove proporcionando
condições de vida decentes, boas
condições de trabalho, educação, cultura
física e formas de lazer e descanso”
◦ 4 funções da medicina
 Promoção da saúde
 Prevenção de doenças
 Restauração do doente
 reabilitação
35 Século XX:
Teoria da multicausalidade
do processo saúde-doença
Leavell & Clark, 1965: Doença é
causada por vários fatores que se
ordenam dentro de três possíveis
variáveis:
 agente
 hospedeiro
 meio ambiente
Desequilíbrio em uma das
categorias leva à doença.
História Natural da doença
Prevenção primária
 Promoção da saúde
 Prevenção específica
Prevenção secundária
 diagnóstico e tratamento precoce
 Limitação da invalidez
Prevenção terciária
 reabilitação
37 1965 – Leavell & Clark
História natural da doença
Doença = desequilíbrio entre os
fatores de conduta, do hospedeiro,
do agente e do ambiente
Saúde e doença são dinâmicos.
Estímulo patológico + reação do
homem = processo
Níveis de prevenção
Agente de saúde: equipe de saúde
A compreensão do processo saúde-
doença na visão da História Natural
da Doença, mostrou-se
inapropriada para as Doenças e
Agravos Não Transmissíveis (DANT)
pois a promoção da saúde, para
essas doenças e agravos passou a
ser associada a medidas
preventivas sobre o ambiente físico
e sobre os estilos de vida
41
Verificou que a destinação dos
recursos se dava principalmente
para a organização e manutenção
de serviços assistenciais e não sobre
condicionantes das doenças mais
prevalentes
Condicionantes dessas doenças
eram o ambiente, e os
comportamentos ou estilos de vida,
que em conjunto eram responsáveis
por mais de 80% das causas dessas
enfermidades.
42 1974 no Canadá - Informe
Lalonde – “Para além da
Assistência à Saúde”
 Segundo o Informe Lalonde, o campo da
saúde, que reúne os chamados
determinantes da saúde, é composto
por
◦ Biologia humana: herança genética,
processos de amadurecimento e
envelhecimento;
◦ Ambiente: fatores relacionados à saúde
externos ao organismo humano e sobre os
quais as pessoas teriam pouco ou nenhum
controle: qualidade dos alimentos, do ar, da
água, eliminação de dejetos;
43
Estilo de vida: conjunto de decisões
que o indivíduo toma com relação à
sua saúde e sobre os quais exerce
certo grau de controle; e
Organização do sistema de saúde:
quantidade, qualidade, ordem e
relações entre pessoas e os recursos de
prestação da atenção à saúde.
44
Destes 4, Carol Buck (1984) aponta que
inúmeros fatores relacionados ao meio
ambiente são sérios obstáculos à saúde:
Ambientes perigosos: violência (trânsito,
desastres no trabalho, assaltos), poluição –
mortalidade, incapacidade
Necessidades e amenidades não assistidas:
alimentação, vestuário, habitação.
Amenidades são coisas que tornam a vida
mais fácil e agradável: transporte,
recreação, beleza e estímulos para o
alcance do potencial humano (atividades
agradáveis, sons e visões
45
PS com foco na modificação de
hábitos e estilo de vida, centrado
na prevenção das doenças
crônicas.
Responsabilização individual e
culpabilização
1977 – “Saúde para Todos em
2000”
Saúde como direito, não só de
acesso, mas como trabalho de
cooperação entre outros setores da
sociedade
46 Anos 70
Determinação Social
Processo saúde-doença é diferente para
cada grupo social, dependendo do
contexto histórico, do modo de
produção e de classe social a que
pertence.
Tem como variáveis a dimensão histórica,
a classe social, o desgaste no trabalho e
a produção do indivíduo.
A qualidade de vida de cada grupo
social é diferente, sendo também
diferente a sua exposição a processos de
risco que produzem o aparecimento de
doenças e formas de morte específicas,
assim como seu acesso a bens e serviços.
Cada grupo social leva inscrito em sua
condição de vida o correspondente
perfil de saúde-doença uma complexa
trama de processos e formas de
determinação, que para fins de estudo,
a epidemiologia separou em três
dimensões (Breilh e Granda, 1986):
 A dimensão estrutural: formada pelos
processos de desenvolvimento da
capacidade produtiva e das relações sociais
 A dimensão particular, formada pelos
processos de reprodução social, isto é,
aqueles processos relativos à forma de
produzir e consumir de cada grupo
socioeconômico; e
 A dimensão individual, formada pelos
processos que levam os indivíduos a
adoecerem ou morrerem, ou que favorecem
a manutenção da saúde e o desenvolvimento
somático e psíquico.
 Assim, para cada classe social, definem-se
modalidades de trabalhos e de consumo, que
permitem destacar os problemas e as idades
de impacto mais frequentes, e só então, se
estabelecem os processos de saúde
associados.
 Saúde não é ausência de doença
 É bem estar físico, mental e social ( hoje até
espiritual.
 É produto de determinações biológicos,
econômicas, sociais, políticas, culturais, educativas
e outras
 Saúde está relacionada à qualidade de vida.
 Pré requisitos para QV: paz, acesso a educação,
habitação, renda, alimentação, acesso a serviços
de saúde, segurança, ecossistema saudável,
recursos renováveis, justiça social e equidade
51
Conceito de saúde em que
a Promoção da Saúde se
baseia
Paradigma da produção
social da saúde
Conceito de campo da
saúde envolve quatro
elementos:
biologia humana;
meio ambiente;
estilos de vida; e
organização da atenção sanitária
ser saudável significa, além de não estar
doente, ter a possibilidade de atuar, de
produzir sua própria saúde, quer por meio
de cuidados tradicionalmente
conhecidos, quer por ações que
influenciem o seu meio
 Define PS como o “um processo que confere ao povo
os meios para segurar um maior controle e melhoria
de sua própria saúde, não se limitando a ações de
responsabilidade do setor saúde”, propõe a
capacitação das pessoas para uma gestão mais
autônoma da saúde e dos determinantes da mesma.
 “a saúde é o maior recurso para o desenvolvimento
social, econômico, pessoal, assim como uma
importante dimensão da qualidade de vida “
(Carta de Ottawa, 1986)
54
1986 – Primeira Conferência
Internacional de Promoção da
Saúde
No contexto da promoção da
saúde considera-se a saúde não
como um estado abstrato (ideal-
utópico) mas como capacidade
de desenvolver o projeto
potencial pessoal de vida e
responder de forma positiva aos
estímulos do ambiente
55 Saúde
A saúde passa a ser
compreendida dentro de uma
perspectiva contextual, histórica e
coletiva, socialmente produzida
56
A compreensão da saúde enquanto produção
social implica reconhecer que:
 determinantes de saúde são mediados pelo
sistema social e determinados pelas relações
sociais;
 as ações que visam a resolução das
distorções e desigualdades existentes exigem
atos coordenados em várias esferas de
governo, ações intersetoriais;
 são necessárias mudanças profundas nos
padrões econômicos e a intensificação de
políticas sociais.
57
 a sociedade civil organizada deve exigir das
autoridades governamentais a elaboração
e a implementação de políticas públicas
saudáveis para a superação do quadro de
desigualdades e iniquidades
 a integração e a articulação de vários
saberes e práticas dentro do setor saúde e
entre os diversos setores é imprescindível
para a proposição de soluções aos
problemas existentes em um determinado
território (nacional, estadual e/ou local)
58
Tem várias formas de ser abordada
Biomédica
Comportamental
Sócio ambiental
59 Promoção da saúde
60
CONCEPÇÕES DE SAÚDE E DIFERENTES VISÕES DA
PROMOÇÃO DA SAÚDE
Abordagens biomédica comportamental socioambiental
Conceito de
saúde
Ausência de
Doença e
incapacidade
Capacidades físico-
funcionais; bem estar
físico e mental dos
indivíduos.
Estado positivo.
Bem estar bio-psico-social e
espiritual;
Realização de aspirações e
atendimento de necessidades
Determinantes
de saúde
Condições
biológicas e
fisiológicas
para
categorias
específicas de
doenças,
Biológicos,
comportamentais,
estilos de vida
inadequados à saúde.
Condições de risco biológicas,
psicológicas, socioeconômicas,
educacionais, culturais, políticas e
ambientais
Principais
estratégias
Vacinas,
análises
clínicas
individuais e
populacionais,
terapia com
drogas,
cirurgias.
Mudanças de
comportamento para
adoção de estilos de
vida saudáveis
 Coalizões para advocacia e ação
política;
 Promoção de espaços saudáveis
 Empoderamento da população;
 Desenvolvimento de habilidades,
conhecimentos, atitudes.;
 Reorientação dos serviços de
Saúde.
Desenvolvi-
mento de
programas
Gerenciamento
profissional
Gerenciamento pelos
indivíduos,
comunidades de
profissionais
Gerenciados pela comunidade em
diálogo crítico com profissionais e
agências.
Porque promover a saúde?
Enfrentar a complexidade da
realidade sanitária: predomínio
das doenças crônicas não
transmissíveis, violência, novas
endemias, cultura da
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integrada, multidisciplinar,
intersetorial com participação
popular

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Antecedentes da Promoção da Saúde ao longo da História

  • 1. Antecedentes, pressupostos e princípios da promoção da saúde HSP 284 Promoção da Saúde Helena Akemi Wada Watanabe
  • 2. Saúde-Doença problemas de saúde ao longo da história estão relacionados à vida em comunidade há evidências de atividades ligadas à saúde comunitária na antiguidade: saneamento e habitação, limpeza e religiosidade
  • 3. A forma como se entende o processo saúde doença reflete a maneira de enxergar a realidade da saúde e define as medidas de intervenção sobre ele. Esse entendimento não se dissocia do conhecimento dominante da sociedade, num determinado contexto histórico, não significando, entretanto, que seja a única forma existente.
  • 4. Concepção Mágica e Sobrenatural  saúde = inexistência de doença  doença = causada por fatores exógenos ao indivíduo: espíritos, feitiços, deuses  Punição, maldição, posseção  Agente de saúde: feiticeiros, sacerdotes (categoria à parte da sociedade), com poderes supernaturais; fazem uso de amuletos, feitiços, exorcismo, sangrias e cerimônias de purificação como medidas preventivas e de cura. Modelo Biológico
  • 6.
  • 7. No Egito antigo há cerca de 5000 anos Naturalização da saúde e da doença junto com as crenças mágicas e religiosas. Criam que havia um princípio que aderido à matéria fecal poderia chegar ao sangue, coagulando-o e levando ao apodrecimento do corpo, supuração e abcessos (Sevalho, 1993)
  • 9. Concepção Empírica Grécia Antiga - saúde-doença = estrutura de elementos, qualidades, humores, órgãos, temperamentos, horários do dia e períodos do ano. Saúde = harmonia entre quatro humores básicos - quente, frio, úmido e seco; doença = resultante da dominância inapropriada de um desses elementos decorrente da relação entre a natureza (clima, estação do ano, astros, animais) e o homem.
  • 10.  Fatores relacionados às doenças: clima, solo, água modo de vida e nutrição. Na colonização a partir de 1000 aC, além das exigências religiosas e militares, aspectos de salubridade passam a ser considerados.  Aterros e drenagem de pântanos acabavam com as febres, mas a doença era relacionada ao maus odores e não à extinção dos mosquitos. Malária = mal ar  Ênfase na higiene aristocrática, o ideal de saúde se baseava em nutrição, excreção, exercício e descanso.  Arte de curar cabia ao médico. Atividade itinerante, a medicina nas cidades grandes podia ser exercida por médico municipal
  • 11.  Roma conquista o mundo mediterrâneo e assume o legado da cultura grega. Como engenheiros construíram sistemas de esgoto e banhos, de suprimento de água e outras instalações sanitárias.  Como administradores organizaram uma Câmara de Água, comissão específica de saúde, oficiais para supervisão dos banhos públicos (aquecimento, limpeza e policiamento), da limpeza das ruas, o controle do suprimento de alimentos e a fiscalização de mercados
  • 12. Migração intensa para Roma e envio de prisioneiros para o trabalho escravo, gerando problemas urbanos compatíveis com os dias atuais. Crescimento vertical, aglomeração, ruas estreitas. Comércio Mediterrâneo e por via terrestre = deslocamento de populações = deslocamento de doentes e portadores de germes provenientes da Ásia e África – malária, varíola Divisão do Império Romano(séc IV), decadência comercial de Roma
  • 13.  Indivíduo são era aquele que gozava de emancipação. Visão elitista de saúde. Valorização dos aspectos físicos da saúde pessoal.  Jogos, exercícios, desenvolvimento de todas as faculdades humanas foi o princípio filosófico orientador.  Primeiras referências à importância das condições de vida – “Ar, águas e lugares” de Hipócrates. Panacéia e Higéia (moderação no viver) 13 Promoção da Saúde na antiguidade
  • 14. Roma: valorização do Estado e não do indivíduo Pré requisitos para a saúde: liberdade e independência econômica Reconhecimento dos determinantes sócio ambientais: desenvolvimento de sistema sanitário 14
  • 15. Idade Média Império Bizantino conservou a tradição e a cultura romana. Constantinopla tornou-se a sede da cultura médica da Europa. Os árabes contribuem de forma significativa para o desenvolvimento da medicina Na Europa instala-se uma vida rural. Volta-se a enfrentar os problemas de saúde em termos mágicos e religiosos. O cristianismo afirmava haver conexão entre doença e pecado. Ao mesmo tempo, sendo o corpo o vaso da alma, cabia o seu fortalecimento para enfrentar o demônio
  • 16. Atividades comunais de saúde são realizadas na Igreja. Conhecimento de higiene e saúde se preservou nos claustros e igrejas Desenvolvimento das cidades, fortificações dificultavam a expansão urbana e levavam à aglomeração. A manutenção de animais grandes e pequenos nas cidades, a falta de calçamento e o a cúmulo de lixo e a falta de sistema de esgoto levaram a se atribuir as doenças ao ar pestilento e aos maus odores.
  • 17. Medidas sanitárias: limpeza, ventilação enterro dos mortos, abastecimento de água (códigos sanitários municipais) Policiamento do mercado para proteger os cidadãos de produtos adulterados. Isolamento dos pacientes com doenças contagiosas: hanseníase, peste, febre tifóide
  • 18. Medicina inicialmente exercida por clérigos, como caridade. Posteriormente há o exercício privado assalariado (senhor ou cidade). Havia separação entre cirurgiões e médicos Criação de hospitais no mundo islâmico e hospitais monásticos no Ocidente e ao longo das vias usadas pelos cruzados e instituições beneficentes (asilos e abrigos) a partir do séc XIII os hospitais começam a passar para a jurisdição secular
  • 19. Cuidado com o corpo X espírito como principal elemento da saúde Higiene coletiva: banhos Árabes: importância do ar livre. Hospitais contavam com bibliotecas, jardins, contadores de história, música ambiente Subsídio financeiro para os doentes hospitalizados até estarem recuperados para o trabalho 19 Promoção da saúde na Idade Média
  • 20. Renascimento Surgimento da burguesia, ligada ao comércio. Rápida evolução e difusão da ciência. Manutenção dos padrões de saúde pública criados na Idade Média. Rudolf Virchow - doença epidêmica = manifestação de desajustamento social e cultural Individualização da doença baseada na observação clínica e epidemiológica.
  • 21. Retomada da observação empírica e experimentos. Utilização da matemática para estudos de problemas de saúde e para saber a prosperidade e o poder nacionais Concebe-se a existência de partículas invisíveis. Doença: presença de “germes” que penetram no corpo e tomam o corpo. Intui-se uma teoria lógica da infecção: transmissão pessoa-pessoa, através de fômites e à distância.
  • 22. Medidas sanitárias: quarentena, isolamento Limpeza e drenagem das ruas. Suprimento de água: captação em fontes. Desenvolvimento da fisiologia e da anatomia Século XIX: quarentena e isolamento trazem problemas de ordem política e econômica, levando ao ressurgimento da teoria dos miasmas. John Snow - Sobre o modo de transmissão do cólera
  • 23. Através da informação empírica acumulada através de gerações, alguns conceitos foram se moldando, influenciando inclusive a área de alimentação e de dietoterapia dos sistemas tradicionais. Por exemplo: a classificação de alimentos, enfermidades e pessoas em “quente” e “frio” (não quantificável) ainda hoje estão bem difundidos; “energia vital” do alimento (Qi -Med. Tradicional Chinesa)
  • 24. Avanços na medicina Se considerava que a proteção à saúde devia ser feita pelo Estado que o fazia por meio de leis e regulações políticas Iluminismo:o homem é bom, o Estado é corrupto, instrumento de tirania e opressão – Educação era a grande panacéia 24 PS nos Séculos XVII e XVIII
  • 25. Iluminismo Efeitos sociais das doenças levou mercadores, médicos, clérigos e cidadãos a lutar por melhoramentos. Promoção do bem-estar das crianças, cuja mortalidade em alguns lugares chegava a 90% Reforma do tratamento de insanos Criação de hospitais e dispensários
  • 26. Melhoramentos urbanos, filtração da água, sistema de esgoto sanitário Polícia médica: saúde responsabilidade do Estado Direitos do homem. Preocupação com os problemas de saúde de grupos específicos. Desenvolvimento da política de saúde das freguesias. Lei dos Pobres Uso da estatística de saúde e da topografia médica
  • 27. Desenvolvimento tecnológico: microbiologia, Koch descobre o agente causador do carbúnculo. Doença: causada por agente externo ao organismo. Agente de saúde: médico Jenner desenvolve vacina contra a varíola Tratamento e prevenção: vacina, antibiótico
  • 28.
  • 29.
  • 30. Idade Moderna Mobilização da força de trabalho Nova lei dos Pobres: mais restritiva Saúde Pública inerente à civilização industrial. Expansão de moradias não acompanha aumento populacional. Há falta de opções de lazer, de sistema de esgoto sanitário. Concepção sanitária de que o estado do ambiente físico e social afetava a saúde.
  • 31. Era bacteriológica descoberta de agentes patogênicos de várias doenças prevenção de doenças baseadas no conhecimento da patogênese introdução da antissepsia e assepsia na cirurgia identificação de vetores na transmissão de doenças
  • 32. Desenvolvimento científico O movimento higienista: identificação do agente biológico causal. Polícia sanitária como política de saúde Lei dos Pobres na Inglaterra – inaugura a Promoção da saúde nos espaços de vida “Saúde e doença são resultado do nível de prevenção e das condições sanitárias que rodeiam o indivíduo” (Arredondo – 1993) 32 Séc XIX – Medicina Social
  • 33. Epidemia de Tifo na paupérrima Silésia analisou o contexto sócio cultural Relacionou saúde à democracia, educação, liberdade e prosperidade da população pobre da região estudada, melhoria da agriculura, e as vias de acesso, criação de cooperativas 33 Virchow
  • 34. O ideário hegemônico no campo da saúde que influencia a prática médica até hoje: curativismo biologismo individualismo especialização. 34 1910 – Relatório Flexner
  • 35.  1941 – Henry Sigerist ◦ “A saúde se promove proporcionando condições de vida decentes, boas condições de trabalho, educação, cultura física e formas de lazer e descanso” ◦ 4 funções da medicina  Promoção da saúde  Prevenção de doenças  Restauração do doente  reabilitação 35 Século XX:
  • 36. Teoria da multicausalidade do processo saúde-doença Leavell & Clark, 1965: Doença é causada por vários fatores que se ordenam dentro de três possíveis variáveis:  agente  hospedeiro  meio ambiente Desequilíbrio em uma das categorias leva à doença.
  • 37. História Natural da doença Prevenção primária  Promoção da saúde  Prevenção específica Prevenção secundária  diagnóstico e tratamento precoce  Limitação da invalidez Prevenção terciária  reabilitação 37 1965 – Leavell & Clark
  • 38. História natural da doença Doença = desequilíbrio entre os fatores de conduta, do hospedeiro, do agente e do ambiente Saúde e doença são dinâmicos. Estímulo patológico + reação do homem = processo Níveis de prevenção Agente de saúde: equipe de saúde
  • 39.
  • 40.
  • 41. A compreensão do processo saúde- doença na visão da História Natural da Doença, mostrou-se inapropriada para as Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) pois a promoção da saúde, para essas doenças e agravos passou a ser associada a medidas preventivas sobre o ambiente físico e sobre os estilos de vida 41
  • 42. Verificou que a destinação dos recursos se dava principalmente para a organização e manutenção de serviços assistenciais e não sobre condicionantes das doenças mais prevalentes Condicionantes dessas doenças eram o ambiente, e os comportamentos ou estilos de vida, que em conjunto eram responsáveis por mais de 80% das causas dessas enfermidades. 42 1974 no Canadá - Informe Lalonde – “Para além da Assistência à Saúde”
  • 43.  Segundo o Informe Lalonde, o campo da saúde, que reúne os chamados determinantes da saúde, é composto por ◦ Biologia humana: herança genética, processos de amadurecimento e envelhecimento; ◦ Ambiente: fatores relacionados à saúde externos ao organismo humano e sobre os quais as pessoas teriam pouco ou nenhum controle: qualidade dos alimentos, do ar, da água, eliminação de dejetos; 43
  • 44. Estilo de vida: conjunto de decisões que o indivíduo toma com relação à sua saúde e sobre os quais exerce certo grau de controle; e Organização do sistema de saúde: quantidade, qualidade, ordem e relações entre pessoas e os recursos de prestação da atenção à saúde. 44
  • 45. Destes 4, Carol Buck (1984) aponta que inúmeros fatores relacionados ao meio ambiente são sérios obstáculos à saúde: Ambientes perigosos: violência (trânsito, desastres no trabalho, assaltos), poluição – mortalidade, incapacidade Necessidades e amenidades não assistidas: alimentação, vestuário, habitação. Amenidades são coisas que tornam a vida mais fácil e agradável: transporte, recreação, beleza e estímulos para o alcance do potencial humano (atividades agradáveis, sons e visões 45
  • 46. PS com foco na modificação de hábitos e estilo de vida, centrado na prevenção das doenças crônicas. Responsabilização individual e culpabilização 1977 – “Saúde para Todos em 2000” Saúde como direito, não só de acesso, mas como trabalho de cooperação entre outros setores da sociedade 46 Anos 70
  • 47. Determinação Social Processo saúde-doença é diferente para cada grupo social, dependendo do contexto histórico, do modo de produção e de classe social a que pertence. Tem como variáveis a dimensão histórica, a classe social, o desgaste no trabalho e a produção do indivíduo.
  • 48. A qualidade de vida de cada grupo social é diferente, sendo também diferente a sua exposição a processos de risco que produzem o aparecimento de doenças e formas de morte específicas, assim como seu acesso a bens e serviços. Cada grupo social leva inscrito em sua condição de vida o correspondente perfil de saúde-doença uma complexa trama de processos e formas de determinação, que para fins de estudo, a epidemiologia separou em três dimensões (Breilh e Granda, 1986):
  • 49.  A dimensão estrutural: formada pelos processos de desenvolvimento da capacidade produtiva e das relações sociais  A dimensão particular, formada pelos processos de reprodução social, isto é, aqueles processos relativos à forma de produzir e consumir de cada grupo socioeconômico; e  A dimensão individual, formada pelos processos que levam os indivíduos a adoecerem ou morrerem, ou que favorecem a manutenção da saúde e o desenvolvimento somático e psíquico.  Assim, para cada classe social, definem-se modalidades de trabalhos e de consumo, que permitem destacar os problemas e as idades de impacto mais frequentes, e só então, se estabelecem os processos de saúde associados.
  • 50.
  • 51.  Saúde não é ausência de doença  É bem estar físico, mental e social ( hoje até espiritual.  É produto de determinações biológicos, econômicas, sociais, políticas, culturais, educativas e outras  Saúde está relacionada à qualidade de vida.  Pré requisitos para QV: paz, acesso a educação, habitação, renda, alimentação, acesso a serviços de saúde, segurança, ecossistema saudável, recursos renováveis, justiça social e equidade 51 Conceito de saúde em que a Promoção da Saúde se baseia
  • 52. Paradigma da produção social da saúde Conceito de campo da saúde envolve quatro elementos: biologia humana; meio ambiente; estilos de vida; e organização da atenção sanitária
  • 53. ser saudável significa, além de não estar doente, ter a possibilidade de atuar, de produzir sua própria saúde, quer por meio de cuidados tradicionalmente conhecidos, quer por ações que influenciem o seu meio
  • 54.  Define PS como o “um processo que confere ao povo os meios para segurar um maior controle e melhoria de sua própria saúde, não se limitando a ações de responsabilidade do setor saúde”, propõe a capacitação das pessoas para uma gestão mais autônoma da saúde e dos determinantes da mesma.  “a saúde é o maior recurso para o desenvolvimento social, econômico, pessoal, assim como uma importante dimensão da qualidade de vida “ (Carta de Ottawa, 1986) 54 1986 – Primeira Conferência Internacional de Promoção da Saúde
  • 55. No contexto da promoção da saúde considera-se a saúde não como um estado abstrato (ideal- utópico) mas como capacidade de desenvolver o projeto potencial pessoal de vida e responder de forma positiva aos estímulos do ambiente 55 Saúde
  • 56. A saúde passa a ser compreendida dentro de uma perspectiva contextual, histórica e coletiva, socialmente produzida 56
  • 57. A compreensão da saúde enquanto produção social implica reconhecer que:  determinantes de saúde são mediados pelo sistema social e determinados pelas relações sociais;  as ações que visam a resolução das distorções e desigualdades existentes exigem atos coordenados em várias esferas de governo, ações intersetoriais;  são necessárias mudanças profundas nos padrões econômicos e a intensificação de políticas sociais. 57
  • 58.  a sociedade civil organizada deve exigir das autoridades governamentais a elaboração e a implementação de políticas públicas saudáveis para a superação do quadro de desigualdades e iniquidades  a integração e a articulação de vários saberes e práticas dentro do setor saúde e entre os diversos setores é imprescindível para a proposição de soluções aos problemas existentes em um determinado território (nacional, estadual e/ou local) 58
  • 59. Tem várias formas de ser abordada Biomédica Comportamental Sócio ambiental 59 Promoção da saúde
  • 60. 60 CONCEPÇÕES DE SAÚDE E DIFERENTES VISÕES DA PROMOÇÃO DA SAÚDE Abordagens biomédica comportamental socioambiental Conceito de saúde Ausência de Doença e incapacidade Capacidades físico- funcionais; bem estar físico e mental dos indivíduos. Estado positivo. Bem estar bio-psico-social e espiritual; Realização de aspirações e atendimento de necessidades Determinantes de saúde Condições biológicas e fisiológicas para categorias específicas de doenças, Biológicos, comportamentais, estilos de vida inadequados à saúde. Condições de risco biológicas, psicológicas, socioeconômicas, educacionais, culturais, políticas e ambientais Principais estratégias Vacinas, análises clínicas individuais e populacionais, terapia com drogas, cirurgias. Mudanças de comportamento para adoção de estilos de vida saudáveis  Coalizões para advocacia e ação política;  Promoção de espaços saudáveis  Empoderamento da população;  Desenvolvimento de habilidades, conhecimentos, atitudes.;  Reorientação dos serviços de Saúde. Desenvolvi- mento de programas Gerenciamento profissional Gerenciamento pelos indivíduos, comunidades de profissionais Gerenciados pela comunidade em diálogo crítico com profissionais e agências.
  • 61. Porque promover a saúde? Enfrentar a complexidade da realidade sanitária: predomínio das doenças crônicas não transmissíveis, violência, novas endemias, cultura da medicalização através de ação integrada, multidisciplinar, intersetorial com participação popular