A Primeira Guerra Mundial foi um conflito devastador entre 1914-1918 na Europa que resultou em milhões de mortes. Rivalidades imperiais e nacionalismos exacerbadas levaram as principais potências européias à guerra. A guerra começou como um conflito de movimentos, mas se transformou em uma sangrenta guerra de trincheiras com enormes perdas humanas. A derrota alemã levou a tratados de paz severos e ao fim do Império Alemão e Austro-Húngaro.
7. 1. (1914-1915) → Guerra de movimentos
2. (1915-1918) → Guerra de trincheiras (etapa
mais cruel da guerra)
3. (1917) → Retirada da Rússia da guerra
(Revolução Russa) e entrada dos E U A.
4. (1918) → Rendição da Alemanha
8.
9. Mais de dez milhões de mortos
30 milhões de feridos
Elevado custo econômico
Diminuição na produção
Endividamento dos países beligerantes (guerreiros)
10. Entregar a Alsácia-Lorena à França
Ceder outras regiões à Bélgica, Dinamarca e à França.
Entregar seus navios à França, Inglaterra e à Bélgica.
Indenizar os países vencedores
Reduzir o poderio do exército
Não possuir aviação militar
11. DESMEMBRAMENTOS:
Império Autro-Húngaro
Império Turco-Otomano
CRIAÇÃO DA LIGA DAS NAÇÕES:
Mediar conflitos internacionais
E U A não participou (veto do senado)
Alemanha não pertencia à liga
A União Soviética foi excluída
12.
13.
14. A partir dos cartazes da Primeira Guerra Mundial, podemos
avaliar quais elementos são explorados em diferentes
propagandas de governo fabricadas nessa época.
Para avaliar as propagandas governamentais é preciso ter
em mente:
-as ideologias correntes nesse período(movimentos
nacionalistas);
- que muitos soldados se lançavam nos campos de batalha
defendendo, acima de tudo, a soberania de sua nação;
- que em uma guerra um país precisa ampliar seus
contingentes militares rapidamente e racionar seus
recursos por conta da devastação dos conflitos, entrando ai
o papel importante da propaganda.
15. PÔSTER 01
“União do Império Britânico:
‘Uma vez alemão – sempre
alemão’”
O uso da xenofobia como crítica aos
inimigos de guerra.
16. PÔSTER 02
“Preserve os produtos
perecíveis. Se você tem um
pomar, você deve fabricar
conservas”
O racionamento como forma de
suportar as dificuldades impostas
pelos conflitos militares.
17. PÔSTER 03
“Quatro razões para comprar
bônus de guerra”
A utilização da imagem dos
inimigos de guerra para buscar a
ajuda financeira da população
canadense.
18. PÔSTER 04
“Por que eu não vou? O
148º Batalhão precisa
de mim.”
O dever cívico sendo
utilizando como forma
de convencimento ao
alistamento militar
voluntário.
19. PÔSTER 05
"Mulheres da Grã-
Bretanha, digam: ‘Vá!’”
Produzido pelo governo
britânico. A dimensão da guerra
necessitava de um grande esforço
de recrutamento de homens e
que era preciso fazer com que
toda a população estivesse
envolvida. Com a ausência
masculina, as mulheres
assumiram importantes papéis
na economia e na sociedade dos
países europeus.
20. PÔSTER 06
"Homens da Inglaterra! Vocês
aceitarão isto? Setenta e oito
mulheres e crianças foram
mortas e 228 mulheres e crianças
foram feridas pelos soldados
alemães. Aliste-se agora"
Governo Britânico
O esforço da população para
ajudar as tropas, o uso de
tecnologias nos combates e a
preocupação com alvos civis.
21. Grã-Bretanha conclamando as pessoas a guerra.
Os cartazes oficiais foram largamente utilizados para conclamar a participação dos
europeus na Primeira Guerra Mundial.
22. Os ideais de patriotismo, bravura e ódio nem sempre
abraçam todos os aspectos desse conflito.
O relato de muitos homens que participaram de lados
opostos desse conflito pode mostrar como o medo,
o cansaço e a desolação fazem parte das
pequenas histórias contidas em diários perdidos nos
campos de batalha.
23. “A mesma velha trincheira, a mesma paisagem... Os
mesmos ratos, crescendo como mato... Os mesmos
abrigos, nada de novo... Os mesmos e velhos
cheiros, tudo na mesma... Os mesmos cadáveres no
front... A mesma metralha, das duas às quatro... Como
sempre cavando, como sempre caçando... A mesma
velha guerra dos diabos.” (soldado inglês)
24. “Estamos tão exaustos que dormimos, mesmo sob
intenso barulho. A melhor coisa que poderia acontecer
seria os ingleses avançarem e nos fazerem prisioneiros.
Ninguém se importa conosco. Não seremos
substituídos. Os aviões lançam projéteis sobre nós.
Ninguém mais consegue pensar. As rações estão
esgotadas – pão, conservas, biscoitos, tudo terminou!
Não há uma única gota de água. É o próprio inferno.”
(soldado alemão).
25. “...Com os pés enterrados, sacudo pedaços de barro gelado que me
pesam nas mãos... Retomo a minha marcha, as pernas
abertas, atravessando a terra mole desbarrancada, sondando
prudentemente a lama que esconde buracos.
Apesar de tudo, às vezes, o lugar onde lancei meu impulso se
desmancha, o barro puxa minha perna, a agarra, a paralisa; tenho
que fazer um grande esforço para libertá-la. Do fundo do buraco que
logo se encheu de água, meu pé tira uma confusão de fios onde
reconheço a linha telefônica.
Justamente aí aparece o telefonista encarregado de consertar as
linhas, tem o rosto contraído pelas agulhas geladas da chuva:"Que
caos! Não sobrou nada aí dentro! Só barro e cadáveres!".
Sim, cadáveres. Os mortos nos combates de outono, que haviam sido
enterrados superficialmente na barreira de proteção da
trincheira, aparecem aos pedaços nos desprendimentos de terra".
Fonte: Texto adaptado de Paul Tuffrau. 1914-1918, quatre années sur le front : Carnets d'un combattant. Paris: Imago, 2004.
26. "Apareceram primeiro uns esqueletos de companhia, conduzidos as vezes
por um oficial sobrevivente que se apoiava num bastão; todos andavam, ou
melhor avançavam passo a passo, com os joelhos dobrados, inclinados
sobre si mesmos e cambalhando como se estivessem bêbados (...) iam com
a cabeça baixa, o olhar sombrio, encurvados pelo peso da mochila e do
fuzil. A cor de seus rostos não se diferenciava dos capotes, de tal maneira
estavam cobertos e recobertos de barro seco; os uniformes com a pele,
estavam totalmente incrustados desse barro. Os automóveis precipitavam-
se com seus roncos em colunas cerradas esparramando esta lamentável
maré de sobreviventes da grande hecatombe, mas eles não diziam nada,
nem sequer gemiam porque haviam perdido a força inclusive para queixar-
se. Quando esses forçados da guerra levantavam a cabeça para os
telhados da aldeia se admirava neles, em seus olhares, um incrível abismo
de dor e, neste gesto, suas expressões pareciam fixadas pelo pó e tensos
pelo sofrimento, parecia que esses rostos mudos gritavam alguma coisa
aterradora: o horror incrível do seu martírio. Alguns soldados da segunda
reserva que os estavam olhando ao meu lado, permaneciam pensativos e
dois deles choravam em silêncio..." - Gaudy, subtenente, preparando-se
para a substituição na batalha de Verdun em 1916.
27. QUAL O CONTEXTO DESTA FOTOGRAFIA? ONDE
ESTÃO OS SOLDADOS? O QUE ESTÃO FAZENDO? EM
QUE CONDIÇÕES ESTÁ O LOCAL?
28. Procure imaginar a você mesmo
em uma trincheira da 1ª Guerra
Mundial. Quais seriam as suas
reações? Como você se
comportaria? Como você veria a
Primeira Guerra Mundial?