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1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................6
4 REFERÊNCIAS.........................................................................................................7
3
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho é o resumo do conhecimento adquirido nas disciplinas até então
estudas, as quais são: Direitos e Seguridade Social: Constitucionalização e Marco
Legal das Políticas Setoriais e de Defesa de Direitos; Estado, Questão Social e
Políticas Públicas; Seguridade Social: Política de Assistência Social e o Suas –
Princípios, Gestão e Instâncias da Política. Faz menção a Questão Social, as
Políticas Públicas, Direito e Seguridade Social, referindo-se a possibilidades de
melhorias e também aos entraves que encontra na contemporaneidade. Nomeia a
Seguridade Social como garantidora dos direitos sociais de todo o cidadão e da
importância do Estado neste papel, tendo como marco histórico e base legal a
Constituição Federal de 1988, através da previdência, da saúde, da assistência
social, e das políticas sociais que proporcionam avanços na defesa dos direitos
fundamentais priorizando o direito à vida que é o embasamento aos direitos de
igualdade, liberdade, educação, segurança e outros mais de ordem inerente ao ser
humano, em avanços e retrocessos de possibilidades e limitações conforme avanços
e retrocessos da ideologia do capitalismo neoliberal que exerce força sobre a classe
trabalhadora, na mesma proporção tencionando as políticas públicas.
4
2 DESENVOLVIMENTO
Como sabemos, a Questão Social é a contradição entre o capital e o trabalho,
e tem como conseqüências a desigualdade social, a exclusão social, a pobreza, a
violência, o desemprego, a precariedade das condições de trabalho, etc. Segundo
Iamamoto (1999, p. 27), a Questão Social pode ser definida como:
O conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista
madura, que têm uma raiz comum: a produção social é cada vez mais
coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a
apropriação dos seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma
parte da sociedade.
E embora, a ordem política atual seja diferente de outrora, a gênese da
questão social é a mesma e se deu através processo de industrialização juntamente
ao da urbanização originando o empobrecimento do proletariado, ao tempo que,
como classe percebeu sua condição de exploração a que se submetia e começou a
contestar. Assim a Questão Social alcançou patamares problemáticos, em especial
para a burguesia, que para enfrentá-la passou a implementar políticas sociais na
ideologia de controle social que tem se criado e recriado ao longo da história.
As políticas sociais começaram a vigorar no Brasil, a partir da Constituição Federal
de 1988, a qual é o Marco Legal da Assistência Social, para as conquistas mais
relevantes que temos hoje, como a lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, o
Plano Nacional da Assistência Social - PNAS, bem como a criação do Sistema único
de Assistência Social - SUAS, que configura como um avanço relevante nas
Políticas Sociais brasileira, assegurando e garantindo direitos e condições dignas de
vida, cujo papel do Estado provê-las conforme determina a CF88. A partir destas
leis, as políticas sociais ainda são a melhor forma de enfrentamento da questão
social, nas vulnerabilidades que produz a vida humana devido a própria condição
que o Sistema Capitalista impõe. Embora, que muitas vezes contraditórias, são
políticas que garantem direitos e geram possibilidades de melhorias futuras na
dignidade do cidadão brasileiro.
Com a descentralização e municipalização das políticas sociais, as possibilidades de
participação popular para formulação, fiscalização e gestão das políticas sociais, se
tornam mais próximas da realidade de cada município e potencializadas,
favorecendo a efetiva destinação e bom emprego dos recursos públicos através do
5
controle social.
No entanto, embora possibilidades vão surgindo entre brechas no tranco e
retranco da ideologia vigente, a qual automaticamente limita o avanço dos direitos
sociais, uma vez que a relação capital/trabalho, é uma via de mão dupla onde um
depende do outro. Vejo as possibilidades na lei acordada e na organização da
classe trabalhadora e no chamado “exército de reserva” (Marx), enquanto que as
limitação que parecem intransponíveis estão na fetichização distorcida da realidade
que a mídia a todo custo assegura ser para o bem do cidadão enquanto que o bem
social produzido por muitos é apropriado por uma minoria detentora de poder que
torna a todos massa manipulável. A possibilidade verdadeira de mudança é
educação (estudo crítico), na compreensão e apreensão consciente da realidade
que insiste em persistir, buscando torná-la mais humanizada.
6
3 CONCLUSÃO
O Estado tem papel preponderante na justiça social, uma vez que tem como fim a
distribuição de renda e promover o acesso de todos aos bens materiais e imateriais
mister à dignidade humana. Respaldado pela Constituição Federal de 88,
implementou a Seguridade Social; saúde, previdência e assistência social, com
princípios de universalização e descentralização dos serviços de proteção social
públicos, buscaram fortalecer o controle social e a participação da sociedade civil no
espaço público, favorecendo a manutenção de direitos adquiridos e facilitando a
ampliação e formalização de novas possibilidades de direitos, transpondo limites e
buscando, abrindo e traçando novos caminhos em vista de uma sociedade mais
humanizada, menos excludente.
7
REFERÊNCIAS
IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na contemporaneidade; trabalho e
formação profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
BRASIL.Constituição da República Federativa do Brasil; promulgada em 5 de
outubro de 1988.Disponível
emHTTP://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em
28 Jun. 2012.
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Questão Social e Políticas Públicas no Brasil

  • 1. Santa Maria - RS 2012 CLEUSA LAGO LONDERO ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL: POLÍTICAS PÚBLICAS, REDES E DEFESAS DE DIREITOS QUESTÃO SOCIAL E GARANTIA DE DIREITOS NO BRASIL: Limites e Possibilidades na Contemporaneidade.
  • 2. Santa Maria - RS 2012 QUESTÃO SOCIAL E GARANTIA DE DIREITOS NO BRASIL: Limites e Possibilidades na Contemporaneidade. Trabalho de Especialização em Gestão Social: Políticas Públicas, Redes e Defesas de Direitos, apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina Módulo I – Questão Social, Políticas Públicas e Direitos. Orientador: Prof. MS Rodrigo Eduardo Zambon CLEUSA LAGO LONDERO
  • 3. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................3 2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4 3 CONCLUSÃO...........................................................................................................6 4 REFERÊNCIAS.........................................................................................................7
  • 4. 3 1 INTRODUÇÃO Este trabalho é o resumo do conhecimento adquirido nas disciplinas até então estudas, as quais são: Direitos e Seguridade Social: Constitucionalização e Marco Legal das Políticas Setoriais e de Defesa de Direitos; Estado, Questão Social e Políticas Públicas; Seguridade Social: Política de Assistência Social e o Suas – Princípios, Gestão e Instâncias da Política. Faz menção a Questão Social, as Políticas Públicas, Direito e Seguridade Social, referindo-se a possibilidades de melhorias e também aos entraves que encontra na contemporaneidade. Nomeia a Seguridade Social como garantidora dos direitos sociais de todo o cidadão e da importância do Estado neste papel, tendo como marco histórico e base legal a Constituição Federal de 1988, através da previdência, da saúde, da assistência social, e das políticas sociais que proporcionam avanços na defesa dos direitos fundamentais priorizando o direito à vida que é o embasamento aos direitos de igualdade, liberdade, educação, segurança e outros mais de ordem inerente ao ser humano, em avanços e retrocessos de possibilidades e limitações conforme avanços e retrocessos da ideologia do capitalismo neoliberal que exerce força sobre a classe trabalhadora, na mesma proporção tencionando as políticas públicas.
  • 5. 4 2 DESENVOLVIMENTO Como sabemos, a Questão Social é a contradição entre o capital e o trabalho, e tem como conseqüências a desigualdade social, a exclusão social, a pobreza, a violência, o desemprego, a precariedade das condições de trabalho, etc. Segundo Iamamoto (1999, p. 27), a Questão Social pode ser definida como: O conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que têm uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos se mantém privada, monopolizada por uma parte da sociedade. E embora, a ordem política atual seja diferente de outrora, a gênese da questão social é a mesma e se deu através processo de industrialização juntamente ao da urbanização originando o empobrecimento do proletariado, ao tempo que, como classe percebeu sua condição de exploração a que se submetia e começou a contestar. Assim a Questão Social alcançou patamares problemáticos, em especial para a burguesia, que para enfrentá-la passou a implementar políticas sociais na ideologia de controle social que tem se criado e recriado ao longo da história. As políticas sociais começaram a vigorar no Brasil, a partir da Constituição Federal de 1988, a qual é o Marco Legal da Assistência Social, para as conquistas mais relevantes que temos hoje, como a lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, o Plano Nacional da Assistência Social - PNAS, bem como a criação do Sistema único de Assistência Social - SUAS, que configura como um avanço relevante nas Políticas Sociais brasileira, assegurando e garantindo direitos e condições dignas de vida, cujo papel do Estado provê-las conforme determina a CF88. A partir destas leis, as políticas sociais ainda são a melhor forma de enfrentamento da questão social, nas vulnerabilidades que produz a vida humana devido a própria condição que o Sistema Capitalista impõe. Embora, que muitas vezes contraditórias, são políticas que garantem direitos e geram possibilidades de melhorias futuras na dignidade do cidadão brasileiro. Com a descentralização e municipalização das políticas sociais, as possibilidades de participação popular para formulação, fiscalização e gestão das políticas sociais, se tornam mais próximas da realidade de cada município e potencializadas, favorecendo a efetiva destinação e bom emprego dos recursos públicos através do
  • 6. 5 controle social. No entanto, embora possibilidades vão surgindo entre brechas no tranco e retranco da ideologia vigente, a qual automaticamente limita o avanço dos direitos sociais, uma vez que a relação capital/trabalho, é uma via de mão dupla onde um depende do outro. Vejo as possibilidades na lei acordada e na organização da classe trabalhadora e no chamado “exército de reserva” (Marx), enquanto que as limitação que parecem intransponíveis estão na fetichização distorcida da realidade que a mídia a todo custo assegura ser para o bem do cidadão enquanto que o bem social produzido por muitos é apropriado por uma minoria detentora de poder que torna a todos massa manipulável. A possibilidade verdadeira de mudança é educação (estudo crítico), na compreensão e apreensão consciente da realidade que insiste em persistir, buscando torná-la mais humanizada.
  • 7. 6 3 CONCLUSÃO O Estado tem papel preponderante na justiça social, uma vez que tem como fim a distribuição de renda e promover o acesso de todos aos bens materiais e imateriais mister à dignidade humana. Respaldado pela Constituição Federal de 88, implementou a Seguridade Social; saúde, previdência e assistência social, com princípios de universalização e descentralização dos serviços de proteção social públicos, buscaram fortalecer o controle social e a participação da sociedade civil no espaço público, favorecendo a manutenção de direitos adquiridos e facilitando a ampliação e formalização de novas possibilidades de direitos, transpondo limites e buscando, abrindo e traçando novos caminhos em vista de uma sociedade mais humanizada, menos excludente.
  • 8. 7 REFERÊNCIAS IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na contemporaneidade; trabalho e formação profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999. BRASIL.Constituição da República Federativa do Brasil; promulgada em 5 de outubro de 1988.Disponível emHTTP://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em 28 Jun. 2012. Webeaulas do curso de Especialização em gestão Social, Políticas Públicas, Redes e Defesa de Direitos. 2012 ]