No século XVII, as taxas de natalidade e mortalidade eram altas devido às condições de vida precárias e à dependência da agricultura. No século XVIII, houve melhorias como novos alimentos e transportes que levaram à queda da mortalidade e crescimento populacional, embora alguns vissem isso como problema e outros como benefício para a economia. Ao longo dos dois séculos, a demografia foi marcada por flutuações devido a fomes, epidemias e guerras.
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População - séc. XVII e XVIII
1. 1 1 º A N O
H I STÓ R I A A
VO LU M E 1
A População nos séc. XVII e XVIII
2. A População no Antigo Regime
A demografia nos séc. XVII e XVIII caracterizaram-se por
grandes flutuações nos índices na população, que
registavam por vezes diminuição e outras crescimento.
Estas flutuações deviam-se à maior ou menor
disponibilidade de recursos alimentares, ao preço de
cereais, às alterações climáticas, às epidemias, às guerras,
às condições de higiene e de saúde pública, bem como às
condições materiais de vida das populações.
3. A População no séc. XVII
No antigo regime:
As mulheres casavam tarde;
Existiam altas taxas de natalidade (40-45%) a par das taxas de
mortalidade (30-35%);
1 em cada 4 crianças não completavam 1 ano (pelas condições de
vida na infância) e 1 em cada 4 crianças não chegavam aos 20 anos;
A esperança média de vida era de 30 a 33 anos;
O frágil equilíbrio entre os nascimentos e os óbitos foi quebrado
frequentemente durante o séc. XVII devido à economia praticada na
época (pré-industrial) essencialmente agrícola e de subsistência
agravava a dependência dos homens face aos alimentos;
4. A População no séc. XVII
Este tipo de economia pré-industrial estava dependente
das condições climáticas (pelo que dois anos de más
colheitas comprometiam a produção, causando o
aumento do preço dos cereais). Estes problemas eram
agravados:
Pela dificuldade de conservação de sementes;
Pela deficiente condição de abastecimento das populações (rede
insuficiente de transporte e comunicação);
5. A População no séc. XVII
Estas crises de subprodução de alimentos foram cíclicas e
fizeram-se sentir com regularidade tornando a fome uma
estrutura de vida quotidiana. As crises de subsistência e s
fomes nem sempre eram gerais ou douradoras mas quando
coincidiam com as epidemias e/ou guerras tornavam-se mais
amplas ou nacionais.
A falta de cereais conduzia a uma subida dos preços, o que
impedia a maior parte da população de adquirir alimentos
despoletando fomes e consequentemente fazendo aumentar
o número de óbitos.
Esta situação de estagnação e regressão demográfica
inverteu-se no discurso do séc. XVII.
6. A População no séc. XVIII
Ao longo do séc. XVIII verificou-se melhorias nos
indicadores populacionais, devido à diminuição da
frequência e intensidade das crises demográficas que
marcaram o século anterior.
Também as pestes, as fomes e as guerras tornaram
menos frequentes. Assistiu-se assim a partir de 1745-50,
à diminuição da mortalidade e ao aumento consequente
da esperança média de vida, em cerca de 10 anos.
7. A População no séc. XVIII
Os fatores que contribuíram para a redução das taxas de mortalidade foram:
As melhorias climáticas, que se traduziram em boas colheitas, diminuindo as crises
de subsistências;
A introdução de novos alimentos (milho, batata, legumes e fruta), contribuíram
para colmatar as ausências de trigo e carestia;
A melhoria dos transportes, que possibilitou uma maior circulação de bens
alimentares;
A melhoria das condições materiais de vida (habitações com telhado de telha, não
colmo e com chaminés…);
A promoção de medidas de saúde pública por parte dos Estados e Governos para
combater às epidemias e a obrigatoriedade do enterramento fora dos limites da
cidade;
O uso do quinino e outras substancias orgânicas;
A assistência durante o parto, o uso de instrumentos mais adequados e a criação de
maternidades;
O uso do vestuário de algodão;
A Alteração dos cuidados com as crianças (abandono do enfaixamento,
generalização do berços, amamentação).
8. A População no séc. XVIII
Perante as consequências deste crescimento da
população que marcou a demografia do séc. XVIII, as
opiniões dividiram-se entre os contemporâneos:
Thomas Malthus – O aumento da população tinha consequências
negativas pois os recursos alimentares não aumentavam
proporcionalmente à população;
Ivan Possochkov – O crescimento populacional seria positivo para a
economia pois tal significava o aumento do número de
trabalhadores.
Certo era , que estava em marcha o fim do regime demográfico
antigo.