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POLUIÇÃO DIFUSA
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária
PHD 2537 – Águas em Ambientes Urbanos
Profª. Drª. Mônica Ferreira do Amaral Porto
2010
Fontes de poluição das águas
O que são cargas difusas
de poluição?
• São cargas poluidoras que provêm de
atividades que depositam poluentes de forma
esparsa sobre a área de contribuição da bacia
hidrográfica
• São cargas poluidoras que chegam aos
corpos hídricos de forma intermitente,
associadas a eventos de precipitação
• São geradas a partir de extensas áreas de
ocupação antrópica
• É difícil associar-se a elas um ponto de
origem
O que são cargas difusas
de poluição?
• A quantidade e o
tipos de poluentes
que chegam ao
corpo hídrico
dependem do uso
e ocupação do solo
da bacia
Fonte: Projeto PADCT, Rio Cabuçu de Baixo
CARGAS DIFUSAS
URBANAS DE POLUIÇÃO
Cargas difusas das áreas
urbanas são significativas?
• Cargas difusas urbanas e agrícolas são hoje a
principal causa de degradação dos corpos hídricos
naqueles países que já reduziram as cargas pontuais
(EUA e Europa, por exemplo)
Lançamento DBO5 Sólidos
Suspensos
Nitrogênio
Total
Fósforo
Total
Coliforme
Total
Drenagem
Urbana
10-
250
10 –11000 3 - 10 0,2 -0,7 103 - 108
Esgoto
Bruto
(160) (235) (35) (10) 107 – 109
Esgoto
Tratado
(20) (20) (30) (10) 104 -106
Fonte: Novotny & Olem, 1994
Principais fontes geradoras
• Distinguir entre sistemas separadores de
coleta esgotos e drenagem e sistemas
combinados
• No caso brasileiro, tem-se uma situação mista
e muitas áreas sem coleta
Principais fontes geradoras
ESGOTOS SEM COLETA OU LANÇADOS NA
REDE DE DRENAGEM
Principais fontes geradoras
DEPOSIÇÃO ATMOSFÉRICA
• seca
• úmida
1. compostos químicos:
óxidos, nitritos, nitratos...
2. enxofre
3. metais
4. micropoluentes orgânicos
5. partículas solo, fungo,
pólen
6. asfalto, cinzas...
7 a 30 t/Km2.mês!
Fonte: Novotny & Olem, 1994
Principais fontes geradoras
DESGASTE DO PAVIMENTO
 pedaços de asfalto
 cimento, areia...
VEÍCULOS
 combustível
 óleo lubrificante
 fluido de freio e
refrigeração
 asbesto
 partículas de borracha
 tinta
 ferrugem
Apenas 5% em peso,
Apenas 5% em peso,
Apenas 5% em peso,
Apenas 5% em peso,
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mas t
mas tó
ó
ó
óxicos!
xicos!
xicos!
xicos!
Principais fontes geradoras
LIXO
 não coletado
 lançado nas ruas
 lançado nos rios
 Embalagens
 Resíduos orgânicos
 restos
Principais fontes geradoras
EROSÃO
 Expansão da área urbana
 Abertura de novos
loteamentos
 Remoção da cobertura
vegetal
 Aceleração do
escoamento superficial
Avaliação e Transporte da
Carga Poluidora
• A carga chega ao corpo hídrico quando há
eventos de precipitação:
– Parte vem na própria água da chuva
– Parte é arrastada pelo escoamento superficial
• Sua ocorrência é aleatória; varia também a
quantidade transportada:
– Função das perdas iniciais do escoamento
superficial
– Função da lâmina e velocidade do escoamento
Avaliação e Transporte da
Carga Poluidora
CARGA DE LAVAGEM
– É a remoção inicial do material acumulado entre episódios de chuva
– Nem sempre ocorre: depende das perdas iniciais do escoamento superficial
– Torna difícil prever a variação temporal da concentração de poluentes
polutograma
hidrograma
t
Q, C
Avaliação e Transporte da
Carga Poluidora
Exemplo:Bacia do rio Cabuçu de Baixo
Medidas de Controle
• 5 conceitos principais:
– Gestão da bacia hidrográfica
– Minimizar a área impermeável e
diretamente conectada
– Promover infiltração
– Controle na fonte: evitar a disposição de
tóxicos sobre a superfície
– ‘Tratar’ as águas provenientes da
drenagem urbana
Fonte: EPA, 2002
Medidas de Controle
SÃO PRATICAMENTE AS MESMAS
MEDIDAS PARA MINIMIZAÇÃO DOS
PROBLEMAS DE ENCHENTES URBANAS
REDUZINDO-SE O VOLUME ESCOADO,
REDUZ-SE A CARGA POLUIDORA
Medidas de Controle
SÃO CHAMADAS DE MELHORES PRÁTICAS DE
MANEJO (Best Management Practices – BMP’s)
ou
Práticas de Manejo
Medidas de Controle
• Gestão da bacia hidrográfica:
– Estabelecimento da autoridade legal e da
estrutura institucional de controle
– Planejamento
– Políticas de financiamento e sustentação
financeira
– Participação pública
– Integração dos agentes envolvidos
Medidas de Controle
• Controle na fonte:
– Redução da erosão
– Redução do uso de fertilizantes e controle da
aplicação
– Redução do uso de agrotóxicos e controle da
aplicação
– Controle da disposição de rejeitos industriais
– Disposição adequada de tóxicos (mesmo nas
residências)
– Controle e gerenciamento da disposição final de
resíduos sólidos
Medidas de Controle
• Minimizar a área impermeável:
– Políticas de uso e ocupação do solo:
• Prevenir a ocupação em áreas sensíveis
• Códigos de edificação
• Trabalhar com parâmetros ocupação,
verticalização, adensamento
Medidas de Controle
• Minimizar a área diretamente conectada:
– Pavimentos permeáveis
– Armazenamento no lote com infiltração
Medidas de Controle
• Promover a infiltração:
Medidas de Controle
• Medidas Estruturais: ‘Tratar’ a drenagem
– Bacias de detenção secas
– Bacias de detenção úmidas
– Bacias de retenção secas
– Bacias de retenção úmidas
– Alagados (wetlands)
Medidas de Controle
• Bacias de detenção secas
– Pouco eficientes para qualidade da água
pelo baixo tempo que o volume escoado
permanece
Medidas de Controle
• Bacias de detenção úmidas
– Melhor em relação à qualidade da água,
mas a verificar o tempo que o volume
escoado permanece
Medidas de Controle
• Bacias de retenção
– Melhores em relação à qualidade da água, pois
armazenam a água por períodos longos de tempo
– A saída principal é usualmente a infiltração, ou
tomadas de saída muito pequenas
Medidas de Controle
• Alagados (‘wetlands’)
– Soluções boas com relação à qualidade da água
– Equivale à preservação natural da várzea
– Problemas de manutenção
Projeto Bom Pastor
Santo André, SP
Objetivos do Projeto
• Parceria SEMASA/USP, com financiamento CT-
Hidro/PROSAB e Cooperação Brasil-Itália
• Diagnóstico dos problemas ambientais do
reservatório
• Integrar o reservatório à paisagem urbana
• Melhorar a qualidade de água
• Manter a função de controle de cheias
• Desenvolver tecnologia para integração deste tipo
de equipamento no ambiente urbano
A bacia e o município
Bacia e Reservatório
Via
Anchieta
Ribeirão dos
Meninos
Reservatório
Bom Pastor
Córrego
Araçatuba
Descarregador
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Córrego
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Levantamento das causas da rejeição pela
população das estruturas de detenção – o
envolvimento dos moradores
• Gestão por moradores
• Gestão compartilhada
• Valorização da água urbana
• Monitoramento da água pelos moradores no domicílio e
seus arredores
Envolvimento social: participação comunitária
 Dinâmica 4: Percepções – Grau de contentamento
0
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Equipamentos de Monitoramento
• Estação Meteorológica
• Estação Fluviométrica
• Réguas de Coleta de Água
Estação Meteorológica
Controle de Nível
Monitoramento da qualidade da água
Localização dos pontos de monitoramento
Físico-Químico – Tempo Seco – 14, 15 e 16/01/08
Metais – Tempo Seco – 14, 15 e 16/01/08
Amostragem de Qualidade
Polutograma
Físico-Químico – Tempo Úmido – 30/01/08
Metais – Tempo Úmido – 30/01/08
Alternativas de Solução (a)
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Filtro
Wetland
Filtro
Definição da técnica de recuperação de
qualidade da água na estrutura de detenção
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  • 1. POLUIÇÃO DIFUSA Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária PHD 2537 – Águas em Ambientes Urbanos Profª. Drª. Mônica Ferreira do Amaral Porto 2010
  • 2. Fontes de poluição das águas
  • 3. O que são cargas difusas de poluição? • São cargas poluidoras que provêm de atividades que depositam poluentes de forma esparsa sobre a área de contribuição da bacia hidrográfica • São cargas poluidoras que chegam aos corpos hídricos de forma intermitente, associadas a eventos de precipitação • São geradas a partir de extensas áreas de ocupação antrópica • É difícil associar-se a elas um ponto de origem
  • 4. O que são cargas difusas de poluição? • A quantidade e o tipos de poluentes que chegam ao corpo hídrico dependem do uso e ocupação do solo da bacia Fonte: Projeto PADCT, Rio Cabuçu de Baixo
  • 6. Cargas difusas das áreas urbanas são significativas? • Cargas difusas urbanas e agrícolas são hoje a principal causa de degradação dos corpos hídricos naqueles países que já reduziram as cargas pontuais (EUA e Europa, por exemplo) Lançamento DBO5 Sólidos Suspensos Nitrogênio Total Fósforo Total Coliforme Total Drenagem Urbana 10- 250 10 –11000 3 - 10 0,2 -0,7 103 - 108 Esgoto Bruto (160) (235) (35) (10) 107 – 109 Esgoto Tratado (20) (20) (30) (10) 104 -106 Fonte: Novotny & Olem, 1994
  • 7. Principais fontes geradoras • Distinguir entre sistemas separadores de coleta esgotos e drenagem e sistemas combinados • No caso brasileiro, tem-se uma situação mista e muitas áreas sem coleta
  • 8. Principais fontes geradoras ESGOTOS SEM COLETA OU LANÇADOS NA REDE DE DRENAGEM
  • 9. Principais fontes geradoras DEPOSIÇÃO ATMOSFÉRICA • seca • úmida 1. compostos químicos: óxidos, nitritos, nitratos... 2. enxofre 3. metais 4. micropoluentes orgânicos 5. partículas solo, fungo, pólen 6. asfalto, cinzas... 7 a 30 t/Km2.mês! Fonte: Novotny & Olem, 1994
  • 10. Principais fontes geradoras DESGASTE DO PAVIMENTO pedaços de asfalto cimento, areia... VEÍCULOS combustível óleo lubrificante fluido de freio e refrigeração asbesto partículas de borracha tinta ferrugem Apenas 5% em peso, Apenas 5% em peso, Apenas 5% em peso, Apenas 5% em peso, mas t mas t mas t mas tó ó ó óxicos! xicos! xicos! xicos!
  • 11. Principais fontes geradoras LIXO não coletado lançado nas ruas lançado nos rios Embalagens Resíduos orgânicos restos
  • 12. Principais fontes geradoras EROSÃO Expansão da área urbana Abertura de novos loteamentos Remoção da cobertura vegetal Aceleração do escoamento superficial
  • 13. Avaliação e Transporte da Carga Poluidora • A carga chega ao corpo hídrico quando há eventos de precipitação: – Parte vem na própria água da chuva – Parte é arrastada pelo escoamento superficial • Sua ocorrência é aleatória; varia também a quantidade transportada: – Função das perdas iniciais do escoamento superficial – Função da lâmina e velocidade do escoamento
  • 14. Avaliação e Transporte da Carga Poluidora CARGA DE LAVAGEM – É a remoção inicial do material acumulado entre episódios de chuva – Nem sempre ocorre: depende das perdas iniciais do escoamento superficial – Torna difícil prever a variação temporal da concentração de poluentes polutograma hidrograma t Q, C
  • 15. Avaliação e Transporte da Carga Poluidora Exemplo:Bacia do rio Cabuçu de Baixo
  • 16. Medidas de Controle • 5 conceitos principais: – Gestão da bacia hidrográfica – Minimizar a área impermeável e diretamente conectada – Promover infiltração – Controle na fonte: evitar a disposição de tóxicos sobre a superfície – ‘Tratar’ as águas provenientes da drenagem urbana Fonte: EPA, 2002
  • 17. Medidas de Controle SÃO PRATICAMENTE AS MESMAS MEDIDAS PARA MINIMIZAÇÃO DOS PROBLEMAS DE ENCHENTES URBANAS REDUZINDO-SE O VOLUME ESCOADO, REDUZ-SE A CARGA POLUIDORA
  • 18. Medidas de Controle SÃO CHAMADAS DE MELHORES PRÁTICAS DE MANEJO (Best Management Practices – BMP’s) ou Práticas de Manejo
  • 19. Medidas de Controle • Gestão da bacia hidrográfica: – Estabelecimento da autoridade legal e da estrutura institucional de controle – Planejamento – Políticas de financiamento e sustentação financeira – Participação pública – Integração dos agentes envolvidos
  • 20. Medidas de Controle • Controle na fonte: – Redução da erosão – Redução do uso de fertilizantes e controle da aplicação – Redução do uso de agrotóxicos e controle da aplicação – Controle da disposição de rejeitos industriais – Disposição adequada de tóxicos (mesmo nas residências) – Controle e gerenciamento da disposição final de resíduos sólidos
  • 21. Medidas de Controle • Minimizar a área impermeável: – Políticas de uso e ocupação do solo: • Prevenir a ocupação em áreas sensíveis • Códigos de edificação • Trabalhar com parâmetros ocupação, verticalização, adensamento
  • 22. Medidas de Controle • Minimizar a área diretamente conectada: – Pavimentos permeáveis – Armazenamento no lote com infiltração
  • 23. Medidas de Controle • Promover a infiltração:
  • 24. Medidas de Controle • Medidas Estruturais: ‘Tratar’ a drenagem – Bacias de detenção secas – Bacias de detenção úmidas – Bacias de retenção secas – Bacias de retenção úmidas – Alagados (wetlands)
  • 25. Medidas de Controle • Bacias de detenção secas – Pouco eficientes para qualidade da água pelo baixo tempo que o volume escoado permanece
  • 26. Medidas de Controle • Bacias de detenção úmidas – Melhor em relação à qualidade da água, mas a verificar o tempo que o volume escoado permanece
  • 27. Medidas de Controle • Bacias de retenção – Melhores em relação à qualidade da água, pois armazenam a água por períodos longos de tempo – A saída principal é usualmente a infiltração, ou tomadas de saída muito pequenas
  • 28. Medidas de Controle • Alagados (‘wetlands’) – Soluções boas com relação à qualidade da água – Equivale à preservação natural da várzea – Problemas de manutenção
  • 30. Objetivos do Projeto • Parceria SEMASA/USP, com financiamento CT- Hidro/PROSAB e Cooperação Brasil-Itália • Diagnóstico dos problemas ambientais do reservatório • Integrar o reservatório à paisagem urbana • Melhorar a qualidade de água • Manter a função de controle de cheias • Desenvolver tecnologia para integração deste tipo de equipamento no ambiente urbano
  • 31. A bacia e o município
  • 32. Bacia e Reservatório Via Anchieta Ribeirão dos Meninos Reservatório Bom Pastor Córrego Araçatuba Descarregador
  • 33. Localiza Localiza Localiza Localiza Localiza Localiza Localiza Localizaç ç ç ç ç ç ç ção do Reservat ão do Reservat ão do Reservat ão do Reservat ão do Reservat ão do Reservat ão do Reservat ão do Reservató ó ó ó ó ó ó ório de Amortecimento rio de Amortecimento rio de Amortecimento rio de Amortecimento rio de Amortecimento rio de Amortecimento rio de Amortecimento rio de Amortecimento na Bacia Hidrogr na Bacia Hidrogr na Bacia Hidrogr na Bacia Hidrogr na Bacia Hidrogr na Bacia Hidrogr na Bacia Hidrogr na Bacia Hidrográ á á á á á á áfica fica fica fica fica fica fica fica Córrego Itororó Rib. Meninos Reservatório do Bom Pastor A = 20ha
  • 34. Levantamento das causas da rejeição pela população das estruturas de detenção – o envolvimento dos moradores • Gestão por moradores • Gestão compartilhada • Valorização da água urbana • Monitoramento da água pelos moradores no domicílio e seus arredores
  • 35. Envolvimento social: participação comunitária Dinâmica 4: Percepções – Grau de contentamento 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 P e r i o d i c i d a d e d a m a n u t e n ç ã o A b a s t e c i m e n t o d e á g u a C o l e t a d e e s g o t o E n c h e n t e s D i n â m i c a s G e s t ã o c a s a S e m a s a a m b i e n t e M o r a d o r e s a m b i e n t e P i s c i n ã o C o n t e n t a m e n t o c o n s i g o
  • 36. Equipamentos de Monitoramento • Estação Meteorológica • Estação Fluviométrica • Réguas de Coleta de Água Estação Meteorológica Controle de Nível
  • 37. Monitoramento da qualidade da água Localização dos pontos de monitoramento
  • 38. Físico-Químico – Tempo Seco – 14, 15 e 16/01/08
  • 39. Metais – Tempo Seco – 14, 15 e 16/01/08
  • 41.
  • 43. Físico-Químico – Tempo Úmido – 30/01/08
  • 44. Metais – Tempo Úmido – 30/01/08
  • 45. Alternativas de Solução (a) Interceptação
  • 46. Alternativas de Solução (b) Filtro Wetland Filtro
  • 47. Definição da técnica de recuperação de qualidade da água na estrutura de detenção Biofiltro + Wetland + Soluções de paisagismo
  • 50. FIM