PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Arte Queer exposição debate
1. “Essa semana, o Brasil resolveu discutir arte. O
que é arte? Qual o limite da arte? Pode ter pinto
na arte?
Mas toda essa discussão se baseia em que tipo
de conhecimento ou experiência sobre o tema? A
gente sabe do que tá falando?”
MsC. Aline Corso
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14. Sobre a
exposição
Era a primeira exposição de arte com temática
queer da América Latina. Contava com 264 obras
de 85 artistas brasileiros, mostrando mais de um
século das artes plásticas e seu relacionamento
com o universo LGBTQ. Exposição no Santander
Cultural de Porto Alegre - RS.
15. O desenho de São Sebastião é feito
levemente sobre papel, como se a
imagem pudesse desaparecer. "Como
um fantasma, os traç os leves
deixam-lhe o corpo que lhe foi
flagelado reencontrar, na natureza, a
matéria da carne que lhe foi atacada
pelo desejo e pela perversão", explica
o catálogo de Queermuseu.
16. A obra de Pedro Américo, um óleo sobre cartão, faz
parte do Acervo Pinacoteca Rubem Berta, de Porto
Alegre. "O caráter idealizado dessa pintura não
dissimula uma inclinaç ão para a sexualidade
erotizada da juventude, cuja construç ão cultural
está subjugada ao olhar do pintor, refletida na
instrumentalizaç ão hierá rquica da atribuiç ão de
erotismo do corpo. Se há um legado trazido pela
contemporaneidade, foi livrar-nos do obscurantismo
do olhar e atribuir uma visão crı́tica ao modo como
vemos as imagens", afirma o catálogo de
Queermuseu.
17. O óleo sobre tela de 1930 traz um menino cego de
um olho. "Com o olho direito cego, que coincide
justamente com o lado mais escuro da pintura, e
olhando em direç ão ao espectador com o outro, é
visı́vel sua tristeza, demonstrada pela posiç ão das
mãos e pela leve curvatura do corpo", descreve o
catálogo.
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O próprio artista se fotografa com adereços e
apresenta duas imagens de si mesmo, que
invocam, segundo os organizadores da mostra,
uma entidade supostamente contemporânea, "cuja
dimensão ficcional atribui uma dúvida dramática à
vocação do retrato".
19. Com 107 anos, essa obra em carvão
sobre papel, de Angelina Agostini, traz
a figura de um homem nu posando
para a artista.
20. Cibelle reproduz a figura de uma
crianç a comendo e segurando uma
tigela em que se lê a palavra "love".
Sobre seu rosto, um sticker de arco-
íris. Com uma linguagem que lembra a
publicidade, ela apresenta "o afeto
como interferê ncia na forma de um
'ruı́do conceitual''. "O ingresso de tal
caracterı́stica na realizaç ão desse
trabalho perturba a realidade material
da obra, cujos princı́pios não toleram
caracterı́sticas subjetivas dessa
natureza", diz o catálogo da
exposição.
21. A obra de Scandelari traz uma
madona carregando um chimpanzé e
é marcada por itens iconográficos que
remetem desde a pintura do século
16, como a caveira, até elementos
contemporâneos, como uma galinha
azul.
22. Destituídos de contexto, os objetos
retratados no desenho de Röhnet
"flutuam inadvertidamente". Os
organizadores da exposição explicam
que a obra foi produzido em "um
período em que a cultura do fumo vivia
em sintonia comum a erotização queer
da oralidade, em que a forma fálica do
cigarro ingressa no universo popular
uma intensidade inimaginável".
23. Um mulher nua em meio a um cenário
cromático recebe um facho de luz. "O
tı́tulo da pintura pode referir-se ao
universo 'contaminado' da mercadoria
e da comunicaç ão, visto que esses
'faróis' projetam sinais e parecem
consumir a identidade do sujeito", diz
o catálogo.
24. A fotografia de Silvio Giordani traz
uma menina com roupa de adulto,
ensaiando um passo de dança. "A
gestualidade notadamente queer
dessa menina, com seu vestido de
cores metá licas que acumulam as
cores do arco-ı́ris na extremidade e
repousam sobre o piso, reverbera em
diversas outras obras nesta
exposiç ão", explica o catálogo.
25. Do acervo do MARGS, a obra de
Sandro Ka fala sobre a identificação.
São duas figuras de veados, uma de
plástico e outra de porcelana. Um
brinquedo e um objeto de decoração.
Os dois objetos se olham, mas
apontam para a diferença como
complementar.
26. Essa obra tem 21 anos. A obra
“Cruzando Jesus Cristo com Deusa
Shiva”, de 1996, retrata “as inúmeras
pernas e braços da figura que
reverberam pela superfície da pintura,
exibindo objetos de toda ordem nas
mãos e pés, muitos deles relacionados
à história da arte e à cultura pop”,
explica o catálogo.
27. "Bia talvez seja uma das poucas
artistas brasileiras a enfrentar com
desenvoltura e coragem esse tema
tabu, que é a homossexualidade na
infâ ncia e o portentoso sofrimento que
crianç as atravessam na fase escolar e
no inı́cio da adolescê ncia. A artista
produziu essas pinturas a partir da
combinaç ão de fotografias das
crianç as retiradas do Tumblr
www.criancaviada.tumblr.com, onde
são postadas fotografias da infâ ncia
dos próprios usuá rios LGBT com
comentá rios", explica o catálogo da
exposição.
28. O óleo sobre tela de Adriana Varejão
era uma das peças de abertura da
exposição. Foi alvo de ataques
virtuais, mais de 20 anos depois de
ser pintada pela artista. Segundo o
catálogo da mostra, a peça apresenta
um drama erótico e sua "intensidade
histórica, conceitual e estética é
exemplar da força da imagem que é
possível encontrar nessa exposição".