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Cildo Meireles
“Eu não me considero
brasileiro, ou isso ou aquilo,
eu me considero artista
plástico e acho que a arte é
um território de liberdade.
Uma das maiores
obrigações do artista é
manter a arte como território
livre porque isso é a
garantia de compreensão
do que passou e de criação
de condições para que
outras coisas venham.”
- Inicia seus estudos em arte em 1963, na Fundação Cultural do Distrito Federal, em
Brasília, orientado pelo ceramista e pintor peruano Barrenechea (1921). Começa a
realizar desenhos inspirados em máscaras e esculturas africanas.
- Em 1967, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde estuda por dois meses na Escola
Nacional de Belas Artes (Enba). Nesse período, cria a série Espaços Virtuais: Cantos,
com 44 projetos, em que explora questões de espaço, desenvolvidas ainda nos
trabalhos Volumes Virtuais e Ocupações (ambos de 1968-1969).
- É um dos fundadores da Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna do Rio
de Janeiro (MAM/RJ), em 1969, na qual leciona até 1970.
- Viaja para Nova York, onde trabalha na instalação Eureka/Blindhotland, no LP Sal
sem Carne (gravado em 1975) e na série Inserções em Circuitos Antropológicos.
- Após seu retorno ao Brasil, em 1973, passa a criar cenários e figurinos para teatro e
cinema e, em 1975, torna-se um dos diretores da revista de arte Malasartes.
BIOGRAFIA E TRAJETÓRIA
- Em 2000, a editora Cosac & Naify lança o livro Cildo Meireles, originalmente
publicado, em Londres em 1999, pela Phaidon Press Limited.
- Participa das Bienais de Veneza, 1976; Paris, 1977; São Paulo, 1981, 1989 e
2010; Sydney, 1992; Istambul, 2003; Liverpool, 2004; Medellín, 2007; e do
Mercosul, 1997 e 2007; além da Documenta de Kassel, 1992 e 2002.
- Tem retrospectivas de sua obra feitas no IVAM Centre del Carme, em Valência,
1995; no The New Museum of Contemporary Art, em Nova York, 1999; na Tate
Modern, em Londres, 2008; e no Museum of Fine Arts de Houston, 2009.
- Recebe, em 2008, o Premio Velázquez de las Artes Plásticas, concedido pelo
Ministerio de Cultura da Espanha.
- Em 2009, é lançado o longa-metragem Cildo, sobre sua obra, com direção de
Gustavo Moura.
BIOGRAFIA E TRAJETÓRIA
- Período de transição entre o neoconcretismo e a arte conceitual.
- Cria arte conceitual, mas que dialoga de maneira pessoal com o
legado poético do neoconcretismo brasileiro de Lygia Clark e
Hélio Oiticica. Seu trabalho pioneiro no campo da arte da
instalação prima pela diversidade de suportes, técnicas e
materiais, apontando quase sempre para questões mais amplas,
de natureza política e social.
- Obras de cunho político que instigam a interação do público.
Posteriormente ao golpe militar de 1964, passou a desenvolver
trabalhos artísticos de crítica à ditadura militar.
CARACTERÍSTICAS
Tiradentes: Totem monumento ao preso
político (1970) foi considerada uma de suas
obras mais radicais. Composta por estaca de
madeira, tecido branco, termômetro clínico,
10 galinhas vivas, gasolina e fogo. 
Documentação: fotográfica da performance
em abril de 1970. A obra consiste na queima
das galinhas e se trata de uma homenagem
aos mortos pela ditadura militar no Brasil.
- Investigação da falibilidade humana diante das
coisas já fixadas, sendo estas falhas refletidas em
desvios do raciocínio.
- O intuito de desmaterializar o objeto artístico traz à
palavra a importância de assumir-se como matéria
da arte, de modo que se torna responsável na
edificação do sentido conceitual, como uma
incógnita a ser desvendada para se obter o sentido
da ideia, ou seja, a palavra tem participação
colaborativa da composição da ideia da obra.
CARACTERÍSTICAS
“O texto e o objeto de arte têm trajetórias
diferentes, mas é claro que em um determinado
ponto de tangência em que se cruzam que deve
ser melhor do que um haiku japonês, aquele
verso sintético. Com as palavras vicie tenta
chegar a um ponto concreto, sólido. E as artes
plásticas partem de um sólido, uma coisa mais
bruta - pedra, terra, um material - e tentam
chegar a algo muito abstrato."
CARACTERÍSTICAS
“Eu sempre tive uma certa implicância com estilos.
Minha utopia seria que cada trabalho fosse
inteiramente diferente do anterior (…). De uma certa
maneira, estilo é uma coisa que interessa,
sobretudo, para o mercado. Porque você pode ter
uma embalagem, não importa do que você esteja
falando… Antigamente, exigiam do artista
exatamente o estilo e, na verdade, acho que o estilo
é um pouco a morte do artista, porque estimula
mais a improdutividade do que a criatividade.”
ESTILO
“Acho que sempre tem aquele primeiro momento
em que passa alguma coisa na sua cabeça, você
não sabe onde é o pé e onde é a cabeça, o que é
exatamente, qual é a cor. Você vai tentando se
aproximar daquilo, materializar… e vem, então, a
parte toda chata, de fazer a exposição, falar
sobre…"
CRIAÇÃO
“Me interessa fazer trabalhos que emanem algum
tipo de sedução emocional também. Na verdade,
me interessa muito que os trabalhos tenham esse
tipo de característica.”
EMOÇÃO
- Emoção
- Arte conceitual (anos 1960/1970)
“A música, a literatura, o cinema acontecem no
tempo. Para você saber se um filme é bom ou
não, você tem que pegar uma hora ou duas horas
da sua vida e vê-lo. Um livro é um pouco isso…
Você não vai ter um julgamento estético final de
uma peça musical se você não gastar uns 10
minutos ou meia hora ouvindo-a. Já as artes
plásticas têm essa generosidade, você olha, dá as
costas e vai embora."
EMOÇÃO
“Nem sempre a função é buscar a beleza. Talvez o
percurso esteja muito mais ligado à questão da verdade do
que da beleza. O que eu acho interessante no objeto de
arte é quando ele sequestra o espectador, naquele lugar e
naquele momento. Mesmo que seja por milionésimos de
segundo, está você e o objeto, você sai daquele lugar,
daquele momento, e vive uma experiência única, por mais
breve que seja… Não é um êxtase, mas é alguma coisa
que altera profundamente a tua relação normal com aquele
espaço, aquela rua, aquela cidade, aquele país. É quando
o objeto faz o sujeito esquecer-se de si mesmo. Para mim,
isso está muito próximo do que é beleza em arte.“
BELEZA
“Em arte, você não pode garantir. (…) Você não
sabe 90% das coisas que fazemos, 99,9% são
absolutamente redundantes, são variações das
coisas já feitas, não tem ali nada de ruptura, não
tem um dado realmente novo, entende? Tem essa
produção que cumpre seu papel, que serve para
criar alguma coisa na parede e serve para que
muitos artistas possam viver."
ARTISTAS
OBRAS
Desvio para o vermelho, 1967 - 1984
- Desvio para o Vermelho é um de seus trabalhos mais complexos e ambiciosos
concebido em 1967, montado em diferentes versões desde 1984 e exibido em
Inhotim em caráter permanente desde 2006.
- Formado por trás ambientes articulados entre si, no primeiro deles
(Impregnação) nos deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de
móveis, objetos e obras de arte em diferentes tons, reunidos de maneira
plausível mas improvável por alguma idiossincrasia doméstica.
- Nos ambientes seguintes, Entorno e Desvio, têm lugar o que o artista chama
de explicações anedóticas para o mesmo fenômeno da primeira sala, em que a
cor satura a matéria, se transformando em matéria.
- Aberta a uma série de simbolismos e metáforas, desde a violência do sangue
até conotações ideológicas, o que interessa ao artista nesta obra é oferecer
uma sequência de impactos sensoriais e psicológicos ao espectador: uma série
de falsas lógicas que nos devolvem sempre a um mesmo ponto de partida.
Através, 1983 - 1989
“O Através é legal porque é uma experiência na qual você passa
sozinho aqueles 15 metros andando. Essa experiência individual do
absurdo, do homem só, na história, no universo, me interessa muito.
É sempre a questão do ser, em última análise, do ser sozinho."
Camelô, 1998
”Em 1990 queria fazer um trabalho que tivesse um milhão de unidades, do
qual só tinha o título Um Milhão. Mais tarde, lembrei-me de uma imagem de
três camelôs que vi quando criança, numa das vindas com meu pai do Rio
de Janeiro, na calçada da rua Araújo Porto Alegre entre avenida Rio Branco
e rua Mexico. Cada camelô tinha uma pequena banquinha, coberta de
papel de embrulho colorido. Um vendia só alfinetes de cabeça, outro só
barbatanas de plástico para colarinho de camisa social. São as coisas mais
toscas em termos de produtos industriais. Na minha cabeça de criança,
achava incompreensível, e ao mesmo tempo atraente e estranho, que
alguém pudesse viver vendendo esses objetos tão insignificantes. Mais que
isso, me perguntava como poderiam existir industrias empenhadas na
produção desses objetos. O terceiro camelô vendia marionetes de papel e
borracha, que ele manipulava com uma linha no braço. Eu achava aquilo
mágico. Em 1995, decidi juntar essas três imagens, que resultaram no
Camelô. Para ele, criei a palavra humiliminimalismo, o minimalismo do muito
humilde, da quase insignificância física."
Missão/Missões (How to build cathedrals), 1987
- objeto filosófico ou pensamento materializado
- literal x simbólico
- sinestésico
A obra aborda o custo humano do trabalho missionário (1610) e sua
conexão com a exploração da riqueza nas colônias: o teto é composto
de 2.000 ossos, enquanto o chão compreende 600.000 moedas. Unindo
simbolicamente esses dois elementos, há uma coluna de 800 hóstias.
Os missionários esperavam salvar a população indígena do que eles
entendiam ser a mais selvagem das práticas, o canibalismo. Como
Paulo Herkenhoff explica: “Em um apelo para erradicar o canibalismo,
os missionários ofereceram em troca a Eucaristia e a Santa Comunhão -
o consumo do corpo de Cristo.” No entanto, o desejo dos missionários
de absorver e substituir as crenças e práticas do próprio povo indígena
constituiu uma forma de canibalismo cultural, uma cultura ou civilização
absorvendo outra.
Fonte: http://www.tate.org.uk/whats-on/tate-modern/exhibition/cildo-meireles/cildo-meireles-explore-exhibition/cildo-meireles-0
- Poder material + Poder espiritual = tragédia
- Diferença de indivíduo para indivíduo
- Pecuária na região de São Miguel das Missões
- Ambiguidade (símbolos + material de trabalho)
- Antropofagia
- Materialidade x Imaterialidade
- Vida
- Morte
- Circo
- Deuses e Deusas x religiões
- Canibalismo civilizacional (colonização)
“O circo fora, culturalmente, muito importante no
Brasil, no século XIX. (…) Tentei guardar essa ideia
para cada peça, ou seja, que cada peça tivesse
uma autonomia, que pudesse ser montada dentro
de um museu, de uma instituição, de uma galeria,
mas também na rua. E aí veio essa cortina, que é
também uma maneira de envelopar a peça. Enfim,
você vê aquela coisa negra na sua frente, e depois
você tem aquela explosão de luz, a ideia era essa."
Fonte: Seduções
Kukka Kakka:112 urinóis com fezes verdadeiras ao lado de vasos
com flores artificiais e 112 vasos com 118 dúzias de rosas
dispostos ao lado de fezes artificiais
Um sanduíche muito branco (1966)
“A arte é uma inutilidade indispensável."
Acervos
Instituto Inhotim - Brumadinho - MG
Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil - São Paulo - SP
Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM RJ - Rio de Janeiro - RJ
Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - SP
Tate Modern Collection - Londres - UK
Museum of Modern Arte (MoMA) - Nova York - EUA
Fontes
Seduções: Waleska Soares, Cildo Meireles, Ernesto Neto. Zurich: Daros- Latino America,
2006.
CILDO Meireles. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo:
Itaú Cultural, 2018. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10593/
cildo-meireles>. Acesso em: 22 de Mai. 2018.
https://comunicacaoeartes20122.wordpress.com/2013/02/18/cildo-meireles/
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Cildo Meireles

  • 2. “Eu não me considero brasileiro, ou isso ou aquilo, eu me considero artista plástico e acho que a arte é um território de liberdade. Uma das maiores obrigações do artista é manter a arte como território livre porque isso é a garantia de compreensão do que passou e de criação de condições para que outras coisas venham.”
  • 3. - Inicia seus estudos em arte em 1963, na Fundação Cultural do Distrito Federal, em Brasília, orientado pelo ceramista e pintor peruano Barrenechea (1921). Começa a realizar desenhos inspirados em máscaras e esculturas africanas. - Em 1967, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde estuda por dois meses na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Nesse período, cria a série Espaços Virtuais: Cantos, com 44 projetos, em que explora questões de espaço, desenvolvidas ainda nos trabalhos Volumes Virtuais e Ocupações (ambos de 1968-1969). - É um dos fundadores da Unidade Experimental do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em 1969, na qual leciona até 1970. - Viaja para Nova York, onde trabalha na instalação Eureka/Blindhotland, no LP Sal sem Carne (gravado em 1975) e na série Inserções em Circuitos Antropológicos. - Após seu retorno ao Brasil, em 1973, passa a criar cenários e figurinos para teatro e cinema e, em 1975, torna-se um dos diretores da revista de arte Malasartes. BIOGRAFIA E TRAJETÓRIA
  • 4. - Em 2000, a editora Cosac & Naify lança o livro Cildo Meireles, originalmente publicado, em Londres em 1999, pela Phaidon Press Limited. - Participa das Bienais de Veneza, 1976; Paris, 1977; São Paulo, 1981, 1989 e 2010; Sydney, 1992; Istambul, 2003; Liverpool, 2004; Medellín, 2007; e do Mercosul, 1997 e 2007; além da Documenta de Kassel, 1992 e 2002. - Tem retrospectivas de sua obra feitas no IVAM Centre del Carme, em Valência, 1995; no The New Museum of Contemporary Art, em Nova York, 1999; na Tate Modern, em Londres, 2008; e no Museum of Fine Arts de Houston, 2009. - Recebe, em 2008, o Premio Velázquez de las Artes Plásticas, concedido pelo Ministerio de Cultura da Espanha. - Em 2009, é lançado o longa-metragem Cildo, sobre sua obra, com direção de Gustavo Moura. BIOGRAFIA E TRAJETÓRIA
  • 5.
  • 6. - Período de transição entre o neoconcretismo e a arte conceitual. - Cria arte conceitual, mas que dialoga de maneira pessoal com o legado poético do neoconcretismo brasileiro de Lygia Clark e Hélio Oiticica. Seu trabalho pioneiro no campo da arte da instalação prima pela diversidade de suportes, técnicas e materiais, apontando quase sempre para questões mais amplas, de natureza política e social. - Obras de cunho político que instigam a interação do público. Posteriormente ao golpe militar de 1964, passou a desenvolver trabalhos artísticos de crítica à ditadura militar. CARACTERÍSTICAS
  • 7.
  • 8. Tiradentes: Totem monumento ao preso político (1970) foi considerada uma de suas obras mais radicais. Composta por estaca de madeira, tecido branco, termômetro clínico, 10 galinhas vivas, gasolina e fogo.  Documentação: fotográfica da performance em abril de 1970. A obra consiste na queima das galinhas e se trata de uma homenagem aos mortos pela ditadura militar no Brasil.
  • 9. - Investigação da falibilidade humana diante das coisas já fixadas, sendo estas falhas refletidas em desvios do raciocínio. - O intuito de desmaterializar o objeto artístico traz à palavra a importância de assumir-se como matéria da arte, de modo que se torna responsável na edificação do sentido conceitual, como uma incógnita a ser desvendada para se obter o sentido da ideia, ou seja, a palavra tem participação colaborativa da composição da ideia da obra. CARACTERÍSTICAS
  • 10. “O texto e o objeto de arte têm trajetórias diferentes, mas é claro que em um determinado ponto de tangência em que se cruzam que deve ser melhor do que um haiku japonês, aquele verso sintético. Com as palavras vicie tenta chegar a um ponto concreto, sólido. E as artes plásticas partem de um sólido, uma coisa mais bruta - pedra, terra, um material - e tentam chegar a algo muito abstrato." CARACTERÍSTICAS
  • 11.
  • 12. “Eu sempre tive uma certa implicância com estilos. Minha utopia seria que cada trabalho fosse inteiramente diferente do anterior (…). De uma certa maneira, estilo é uma coisa que interessa, sobretudo, para o mercado. Porque você pode ter uma embalagem, não importa do que você esteja falando… Antigamente, exigiam do artista exatamente o estilo e, na verdade, acho que o estilo é um pouco a morte do artista, porque estimula mais a improdutividade do que a criatividade.” ESTILO
  • 13. “Acho que sempre tem aquele primeiro momento em que passa alguma coisa na sua cabeça, você não sabe onde é o pé e onde é a cabeça, o que é exatamente, qual é a cor. Você vai tentando se aproximar daquilo, materializar… e vem, então, a parte toda chata, de fazer a exposição, falar sobre…" CRIAÇÃO
  • 14. “Me interessa fazer trabalhos que emanem algum tipo de sedução emocional também. Na verdade, me interessa muito que os trabalhos tenham esse tipo de característica.” EMOÇÃO
  • 15. - Emoção - Arte conceitual (anos 1960/1970)
  • 16. “A música, a literatura, o cinema acontecem no tempo. Para você saber se um filme é bom ou não, você tem que pegar uma hora ou duas horas da sua vida e vê-lo. Um livro é um pouco isso… Você não vai ter um julgamento estético final de uma peça musical se você não gastar uns 10 minutos ou meia hora ouvindo-a. Já as artes plásticas têm essa generosidade, você olha, dá as costas e vai embora." EMOÇÃO
  • 17. “Nem sempre a função é buscar a beleza. Talvez o percurso esteja muito mais ligado à questão da verdade do que da beleza. O que eu acho interessante no objeto de arte é quando ele sequestra o espectador, naquele lugar e naquele momento. Mesmo que seja por milionésimos de segundo, está você e o objeto, você sai daquele lugar, daquele momento, e vive uma experiência única, por mais breve que seja… Não é um êxtase, mas é alguma coisa que altera profundamente a tua relação normal com aquele espaço, aquela rua, aquela cidade, aquele país. É quando o objeto faz o sujeito esquecer-se de si mesmo. Para mim, isso está muito próximo do que é beleza em arte.“ BELEZA
  • 18. “Em arte, você não pode garantir. (…) Você não sabe 90% das coisas que fazemos, 99,9% são absolutamente redundantes, são variações das coisas já feitas, não tem ali nada de ruptura, não tem um dado realmente novo, entende? Tem essa produção que cumpre seu papel, que serve para criar alguma coisa na parede e serve para que muitos artistas possam viver." ARTISTAS
  • 19. OBRAS
  • 20. Desvio para o vermelho, 1967 - 1984
  • 21. - Desvio para o Vermelho é um de seus trabalhos mais complexos e ambiciosos concebido em 1967, montado em diferentes versões desde 1984 e exibido em Inhotim em caráter permanente desde 2006. - Formado por trás ambientes articulados entre si, no primeiro deles (Impregnação) nos deparamos com uma exaustiva coleção monocromática de móveis, objetos e obras de arte em diferentes tons, reunidos de maneira plausível mas improvável por alguma idiossincrasia doméstica. - Nos ambientes seguintes, Entorno e Desvio, têm lugar o que o artista chama de explicações anedóticas para o mesmo fenômeno da primeira sala, em que a cor satura a matéria, se transformando em matéria. - Aberta a uma série de simbolismos e metáforas, desde a violência do sangue até conotações ideológicas, o que interessa ao artista nesta obra é oferecer uma sequência de impactos sensoriais e psicológicos ao espectador: uma série de falsas lógicas que nos devolvem sempre a um mesmo ponto de partida.
  • 22.
  • 24. “O Através é legal porque é uma experiência na qual você passa sozinho aqueles 15 metros andando. Essa experiência individual do absurdo, do homem só, na história, no universo, me interessa muito. É sempre a questão do ser, em última análise, do ser sozinho."
  • 25.
  • 27. ”Em 1990 queria fazer um trabalho que tivesse um milhão de unidades, do qual só tinha o título Um Milhão. Mais tarde, lembrei-me de uma imagem de três camelôs que vi quando criança, numa das vindas com meu pai do Rio de Janeiro, na calçada da rua Araújo Porto Alegre entre avenida Rio Branco e rua Mexico. Cada camelô tinha uma pequena banquinha, coberta de papel de embrulho colorido. Um vendia só alfinetes de cabeça, outro só barbatanas de plástico para colarinho de camisa social. São as coisas mais toscas em termos de produtos industriais. Na minha cabeça de criança, achava incompreensível, e ao mesmo tempo atraente e estranho, que alguém pudesse viver vendendo esses objetos tão insignificantes. Mais que isso, me perguntava como poderiam existir industrias empenhadas na produção desses objetos. O terceiro camelô vendia marionetes de papel e borracha, que ele manipulava com uma linha no braço. Eu achava aquilo mágico. Em 1995, decidi juntar essas três imagens, que resultaram no Camelô. Para ele, criei a palavra humiliminimalismo, o minimalismo do muito humilde, da quase insignificância física."
  • 28.
  • 29. Missão/Missões (How to build cathedrals), 1987
  • 30. - objeto filosófico ou pensamento materializado - literal x simbólico - sinestésico
  • 31.
  • 32. A obra aborda o custo humano do trabalho missionário (1610) e sua conexão com a exploração da riqueza nas colônias: o teto é composto de 2.000 ossos, enquanto o chão compreende 600.000 moedas. Unindo simbolicamente esses dois elementos, há uma coluna de 800 hóstias. Os missionários esperavam salvar a população indígena do que eles entendiam ser a mais selvagem das práticas, o canibalismo. Como Paulo Herkenhoff explica: “Em um apelo para erradicar o canibalismo, os missionários ofereceram em troca a Eucaristia e a Santa Comunhão - o consumo do corpo de Cristo.” No entanto, o desejo dos missionários de absorver e substituir as crenças e práticas do próprio povo indígena constituiu uma forma de canibalismo cultural, uma cultura ou civilização absorvendo outra. Fonte: http://www.tate.org.uk/whats-on/tate-modern/exhibition/cildo-meireles/cildo-meireles-explore-exhibition/cildo-meireles-0
  • 33.
  • 34. - Poder material + Poder espiritual = tragédia - Diferença de indivíduo para indivíduo - Pecuária na região de São Miguel das Missões - Ambiguidade (símbolos + material de trabalho) - Antropofagia - Materialidade x Imaterialidade - Vida - Morte - Circo
  • 35. - Deuses e Deusas x religiões - Canibalismo civilizacional (colonização)
  • 36.
  • 37. “O circo fora, culturalmente, muito importante no Brasil, no século XIX. (…) Tentei guardar essa ideia para cada peça, ou seja, que cada peça tivesse uma autonomia, que pudesse ser montada dentro de um museu, de uma instituição, de uma galeria, mas também na rua. E aí veio essa cortina, que é também uma maneira de envelopar a peça. Enfim, você vê aquela coisa negra na sua frente, e depois você tem aquela explosão de luz, a ideia era essa." Fonte: Seduções
  • 38. Kukka Kakka:112 urinóis com fezes verdadeiras ao lado de vasos com flores artificiais e 112 vasos com 118 dúzias de rosas dispostos ao lado de fezes artificiais
  • 39. Um sanduíche muito branco (1966)
  • 40. “A arte é uma inutilidade indispensável."
  • 41. Acervos Instituto Inhotim - Brumadinho - MG Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil - São Paulo - SP Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM RJ - Rio de Janeiro - RJ Coleção Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - SP Tate Modern Collection - Londres - UK Museum of Modern Arte (MoMA) - Nova York - EUA Fontes Seduções: Waleska Soares, Cildo Meireles, Ernesto Neto. Zurich: Daros- Latino America, 2006. CILDO Meireles. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10593/ cildo-meireles>. Acesso em: 22 de Mai. 2018. https://comunicacaoeartes20122.wordpress.com/2013/02/18/cildo-meireles/ REFERÊNCIAS