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Desenvolver propostas e soluções para o déficit habitacional no pais,
principalmente entre as classes menos favorecidas
Processo de planejamento de longo prazo para o setor habitacional no país
• Implementar o modelo de construção participativa através da
Autogestão dos beneficiários;
• Diminuir a corrupção e o desvio de verbas e recursos;
• Promover a distribuição de moradias nas classes menos favorecidas;
• Criar mecanismos de acesso a instrumentos urbanos nos
• povoamentos existentes;
• Gerencias os conflitos urbanos;
Mecanismo de planejamento para redução do deficit habitacional do país
No fim do século XIX, no Brasil, há uma conjunção de
acontecimentos que influenciaram decisivamente a
ampliação e a formação dos espaços urbanos no país. O fim
da escravidão fez com que milhares de negros fossem
expulsos do campo e migrassem para a cidade.
Concomitantemente, imigrantes europeus chegaram ao Brasil
para trabalhar no campo e também na nascente indústria
brasileira. Esses fatores provocaram o aumento da população
nas cidades, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro,
fato que acarretou uma demanda por moradia, transporte e
demais serviços urbanos, até então inédita
(MARICATO,1997).
1920
• A primeira favela atual foi registrada no início dos anos 1920, Morro da Proviência -
Rio de Janeiro
1940
• A era de crescimento explosivo das favelas tem início nos anos 1940 / Governo
Getúlio vargas / Industrialização
1970
• A maioria das favelas atuais começou na década de 1970 / Regime militar / Exodo
Rural / Centros Urbanos ricos
1980
• 480.595 domicílios em favelas, o que correspondia a 1,89% dos domicílios brasileiros
(IBGE)
1991
• 1,14 milhões de domicílios em favelas, representando 3,28% do total dos domicílios
brasileiros (IBGE)
2000
• 6,5 milhões de domicílios em favelas (IBGE)
2010
• 11,4 milhões de domicílios em favelas (IBGE)
2020
• um relatório divulgado pela ONU apontou uma estimativa de que o Brasil terá cerca
de 55 milhões de pessoas morando em favelas, 25% da população do país.
a criação da Fundação da
Casa Popular, 1946
POLITICA NACIONA
DE HABITAÇÃO
LEI Nº 11.124 - 16/06/2005.
Dispõe sobre o Sistema
Nacional de Habitação de
Interesse Social – SNHIS,
cria o Fundo Nacional de
Habitação de Interesse
Social – FNHIS e institui o
Conselho Gestor do FNHIS.
A Fundação da Casa Popular foi o primeiro
órgão federal brasileiro na área de moradia
com a finalidade de centralizar a política de
habitação, criado em 1º de maio de 1946,
durante o governo do presidente Eurico
Gaspar Dutra, embora as primeiras gestões
para sua criação tenham acontecido no
governo de Getúlio Vargas.
• Primeira medida – delegar a situação habitacional a iniciativa privada
• Diferença de preços entre as casas formais e informais
• Passaram a investir em loteamentos para classe alta e edifícios para habitação coletiva para
que as pessoas pudessem permanecer no centro das cidades e próximo de seus locais de
trabalho.
• Inicio do século XX até 1930 - Agravo generalizado da situação habitacional – Somente no
final da década de 30 com a revolução industrial que o setor habitacional tomo novo
impulso., neste momento começa a se esboçar a politica para habitação
• Neste momentos há um desenvolvimento da ciência e da técnica, portanto os conceitos de
embelezamento e os problemas urbanos em geral são colocados na chave do social.
• Fica evidente, então, que o setor privado não seria capaz de resolver o problema da
habitação para as camadas populares e que tal tarefa teria que ser assumida pelo Estado,
que passou a sofrer pressões dos trabalhadores e do empresariado
• Resposta do governo – o financiamento, por meio dos Institutos de Aposentadoria e Pensão,
de casas a serem destinadas ao aluguel. Tal medida, além de insuficiente para modificar a
situação da moradia no Brasil, atendia apenas aos associados dos institutos
• 1937 - O Estado Novo, passa a tratar os assuntos relativos às favelas e seus moradores como
uma questão de polícia, o que levou à realização de diversas remoções, com a adoção de
uma política de erradicação de favelas.
• Mas a principal marca da política habitacional do período populista foi a criação da Fundação
da Casa Popular (FCP), que, apesar dos resultados modestos, foi o primeiro órgão nacional
criado para prover residências para a população pobre. A FCP foi criada em 1946 para
funcionar como uma resposta social a um contexto de fortes pressões dos trabalhadores.
• Na década de 1950 houve um grande avanço da indústria brasileira, com intenso crescimento
urbano e intervenções do Estado para adequar o espaço urbano à circulação de automóveis.
• No entanto, a expansão urbana foi marcada por grande desigualdade: a classe média crescia
e tinha acesso a financiamentos de apartamentos e a bens duráveis, ao passo que às classes
pobres restavam as favelas e os loteamentos ilegais na periferia.
• Apesar das tentativas de reformulação, a FCP, em quase 20 anos de existência, produziu
apenas cerca de 17.000 moradias, não tendo sido, como era a proposta inicial, o carro chefe
da política habitacional do país.
• Com o golpe militar, em 1964, a FCP foi extinta, sendo criado o Plano Nacional de Habitação,
o primeiro grande plano do governo militar. Para além das ações diretamente relacionadas à
habitação, o Plano buscava a dinamização da economia, o desenvolvimento do país (geração
de empregos, fortalecimento do setor da construção civil etc.) e, sobretudo, controlar as
massas, garantindo a estabilidade social.
• Portanto, a política da habitação desse período centrou-se na produção de moradias e obras
de infra-estrutura na cidade legal (formal).
• 1964 - As ações públicas voltadas para as vilas e favelas são sufocadas; os movimentos sociais
e as associações são reprimidos, lançados na ilegalidade e impedidos de atuar; os favelados,
bem como suas ocupações e associações, passam novamente a ser tratados como problema
de polícia.
• Para concretizar essa concepção de cidade e de política para habitação, o Banco Nacional de
Habitação (BNH) se torna o principal órgão da política habitacional e urbana do país .
• A trajetória do SFH e do BNH não foi linear e pode ser dividida em três fases.
• A primeira - 1964 a 1969 - A implantação e expansão do BNH e das COHABs, com um
considerável financiamento de moradias para o “mercado popular” (40% dos investimentos),
convergindo com o objetivo do governo de se legitimar junto às massas.
• A segunda - 1970 a 1974 - O esvaziamento e uma crise do SFH, sobretudo devido à perda do
dinamismo das COHABs, que se tornavam financeiramente frágeis devido à inadimplência
• Isso fez com que os financiamentos passassem a ser, cada vez mais, destinados às famílias de
classe média, uma vez que os juros para essa camada eram mais altos e o índice de
inadimplência, se comparado com o das classes mais pobres, era menor.
• A terceira - 1975 a 1980 - Reestruturação e pelo revigoramento das COHABs, com aumento
do número de moradias produzidas, a grande maioria destinada à classe média.
• Desse modo, as alternativas encontradas pelas famílias pobres eram as favelas e os
loteamentos clandestinos das periferias das capitais e das cidades das regiões metropolitanas
Repare que lembranças TERRÍVEIS : Os governos militares...
Duplicaram a Via Dutra.
E a rodovia Rio-Juiz de Fora também !
Construiram a Ponte Rio-Niterói !
Induziram a Petrobrás a produzir 10 vezes mais !
Obrigaram nossa economia a ir de 45º para 8º lugar no mundo
!
Arranjaram 13 milhões de empregos ! Onde já se viu isto ?
E fixeram do Brasil o 2º maior construtor mundial de NAVIOS !
E fizeram TUCURUÍ, ILHA SOLTEIRA e JUPIÁ...
Pra que isto ?
E ainda vieram com a enorme ITAIPU !
Absurdo !
E metrôs para todo lado !
E Projeto Rondon, Mobral, FGTS, PIS e PASEP,
FUNRURAL e ainda TV a côres !
EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS,
IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM.
• Década - 70, um grande crescimento dos loteamentos clandestinos nas periferias, devido a
combinação entre lotes ilegais e autoconstrução.
• Na tentativa de conter esses processos , o governo federal criou programas para “oferecer
uma alternativa no SFH e tentar conter o crescimento das favelas.
• Todavia, houve forte rejeição a esse Programa, pois os lotes eram muito afastados dos
centros urbanos, o que dificultava e/ou impedia o acesso à cidade e aos seus serviços.
• Década – 80, crise financeira compromete o SFH, culminando na extinção do BNH em 1986,
que transfere para a Caixa Econômica Federal suas funções.
• Entre 1964 e 1986, o SNH financiou cerca de quatro milhões de moradias, número bastante
expressivo para a realidade do país. Porém, os investimentos atingiram predominantemente
a classe média emergente, alijando da política de financiamento da casa própria os
trabalhadores que recebiam menos de um salário mínimo.
• Do total de moradias produzidas, 35% foram destinadas ao “mercado popular”, com
comprometimento de apenas 13% de todos os recursos investidos pelo BNH.
• Dois anos após a extinção do BNH houve uma queda drástica nos recursos destinados às
COHABs e os financiamentos se concentraram ainda mais na classe média.
• Para tentar minimizar essa situação, o governo federal lançou, em 1987, o Programa Nacional
de Mutirões Habitacionais, da Secretaria especial de Ação Comunitária (SEAC), que tinha
como objetivo financiar habitações para famílias com renda inferior a três salários mínimos
• No Governo Collor (1990-1992), o mais importante programa habitacional lançado foi o PAIH
(Plano de Ação Imediata para a Habitação), que propunha o financiamento de 245 mil
habitações em 180 dias, mas não cumpriu suas metas.
• O governo Itamar (1992 a 1994) criou os Programas Habitar Brasil e Morar Município, que
tinham como objetivo financiar a construção de moradias para população de baixa renda, a
serem construídas em regime de “ajuda mútua”. Todavia, esses Programas tinham uma
padronização excessiva e muitas exigências legais, o que impedia muitos municípios de
captarem os recursos disponibilizados.
• Porém, nesse mesmo governo, temos dois avanços: o primeiro (ainda que associado às
exigências das agências internacionais) foi uma mudança conceitual, com incentivo à
formação de conselhos e à criação de fundos para habitação; o segundo foi a constituição,
em 1992, do Fórum Nacional de Habitação, composto por entidades da sociedade civil,
setores do Estado e empresários da construção civil , cujo objetivo era construir uma aliança
entre os interesses envolvidos no financiamento, na produção e no uso da moradia.
• O período FHC (1995-2002) avançou no reconhecimento da necessidade de regularização
fundiária, da ampliação da participação e de uma visão integrada da questão habitacional.
Porém, essa concepção não foi colocada em prática devido à orientação neoliberal do
governo e às restrições impostas pelos bancos internacionais, como o FMI.
• Início dos anos 2000, foi aprovada a Lei Federal 10.257, conhecida como Estatuto das
Cidades, com o objetivo fornecer suporte jurídico às estratégias e processos de
planejamento urbano, garantindo a função social da propriedade, o planejamento
participativo nas políticas urbanas e o acesso universal à cidade.
• Estatuto reforçou instrumentos para garantia da função social da propriedade e da
regularização fundiária, tais como imposto sobre propriedade imobiliária urbana progressivo,
desapropriação com títulos da dívida pública, usucapião urbano, concessão especial para fins
de moradia, demarcação de zonas especiais de interesse social etc.
• No governo Lula (2003-2010), a principal política para a habitação foi o Programa Minha Casa
Minha Vida, lançado em abril de 2009, meta de construir um milhão de moradias, totalizando
R$ 34 bilhões de subsídios para atender famílias com renda entre 0 a 10 salários mínimos.
• Principal objetivo foi estimular a criação de empregos e de investimentos no setor da
construção, uma reação do governo Lula à crise econômica mundial do fim de 2008.
• Assim como nos outros grandes programas federais para produção de moradia (a FCP e o
BNH), a iniciativa privada é protagonista na provisão de habitações também no Programa
Minha Casa Minha Vida, pois 97% do subsídio público são destinados à oferta e produção
direta por construtoras privadas e apenas 3% a cooperativas e movimentos sociais.
• Concentração dos recursos na construção de habitações destinadas a famílias com renda
entre 3 e 10 salários mínimos, apesar de a maior demanda por moradia ser das famílias com
renda de 0 a 3 salários mínimos.
• Prefeituras têm perdido poder, pois o programa “estimula um tipo de urbanização e de
captura dos fundos públicos que, por si só, torna mais difícil a aplicação” dos instrumentos
de reforma urbana previstos no Estatuto das Cidades, como a participação no planejamento
e na execução de políticas urbanas.
Em resumo, o histórico das políticas nacionais para a habitação mostra
como os principais programas nacionais tornaram o problema
habitacional - uma obrigação do Estado e um direito - uma questão de
mercado (AZEVEDO & ANDRADE, 1982), repassando para o setor
privado o protagonismo na produção de habitações a serem
financiadas. Tal modelo, baseado na lógica de mercado, fez com que
as unidades produzidas sempre fossem concebidas como mercadorias,
rentáveis aos seus proponentes, o que explica o fato de as políticas
sempre terem atingido, predominantemente, a classe média e terem
atendido aos interesses do empresariado da construção civil. Essa
distorção da política habitacional revela a incompatibilidade da
finalidade social da política habitacional com o modo empresarial de
produção da moradia. Na impossibilidade de conciliação, os interesses
dos empresários influenciaram (e até certo ponto determinaram) os
investimentos públicos para habitação e o público para o qual eles
seriam direcionados, em detrimento da função social da política
habitacional.
Demandamaterial concreta: Moradias
O primeiro tipo - Refere-se à reivindicação do direito de permanência e acesso à
moradia;
O segundo tipo - Diz respeito a questões de infraestrutura e, de modo geral,
ocorrem em bairros de periferia e em favelas, onde os moradores reivindicam
sua implantação ou melhorias;
O terceiro tipo - São aqueles motivados por obras de urbanização, geralmente
realizadas pelo poder público, que implicam em mudanças no modo de vida ou
em remoções;
Governo
Demandamaterial concreta: Moradia
Iniciativa PrivadaMovimentos Sociais
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, de 5 de outubro de 1988
Capítulo II
Dos Direitos Sociais
Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança,
a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição.
Lei 11.124/05, que estruturou o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social SNHIS.
O Ministério das Cidades coordenou a elaboração do Plano Nacional de Habitação PlanHab, um dos mais
importantes instrumentos para a implementação da nova Política Nacional de Habitação PNH
PlanHab é parte de um processo de planejamento de longo prazo para o setor habitacional, que pressupõe
revisões periódicas e articulação com outros instrumentos de planejamento orçamentário e financeiro do
Governo Federal, como os planos plurianuais, permitindo que suas metas de produção física e de avanços
institucionais possam estar associadas ao planejamento dos recursos necessários para sua cobertura e tendo
o ano de 2023 como horizonte final para a elaboração de estratégias e de propostas
Politica publica da habitação
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  • 1.
  • 2. Desenvolver propostas e soluções para o déficit habitacional no pais, principalmente entre as classes menos favorecidas Processo de planejamento de longo prazo para o setor habitacional no país
  • 3. • Implementar o modelo de construção participativa através da Autogestão dos beneficiários; • Diminuir a corrupção e o desvio de verbas e recursos; • Promover a distribuição de moradias nas classes menos favorecidas; • Criar mecanismos de acesso a instrumentos urbanos nos • povoamentos existentes; • Gerencias os conflitos urbanos; Mecanismo de planejamento para redução do deficit habitacional do país
  • 4. No fim do século XIX, no Brasil, há uma conjunção de acontecimentos que influenciaram decisivamente a ampliação e a formação dos espaços urbanos no país. O fim da escravidão fez com que milhares de negros fossem expulsos do campo e migrassem para a cidade. Concomitantemente, imigrantes europeus chegaram ao Brasil para trabalhar no campo e também na nascente indústria brasileira. Esses fatores provocaram o aumento da população nas cidades, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, fato que acarretou uma demanda por moradia, transporte e demais serviços urbanos, até então inédita (MARICATO,1997).
  • 5. 1920 • A primeira favela atual foi registrada no início dos anos 1920, Morro da Proviência - Rio de Janeiro 1940 • A era de crescimento explosivo das favelas tem início nos anos 1940 / Governo Getúlio vargas / Industrialização 1970 • A maioria das favelas atuais começou na década de 1970 / Regime militar / Exodo Rural / Centros Urbanos ricos 1980 • 480.595 domicílios em favelas, o que correspondia a 1,89% dos domicílios brasileiros (IBGE) 1991 • 1,14 milhões de domicílios em favelas, representando 3,28% do total dos domicílios brasileiros (IBGE) 2000 • 6,5 milhões de domicílios em favelas (IBGE) 2010 • 11,4 milhões de domicílios em favelas (IBGE) 2020 • um relatório divulgado pela ONU apontou uma estimativa de que o Brasil terá cerca de 55 milhões de pessoas morando em favelas, 25% da população do país. a criação da Fundação da Casa Popular, 1946 POLITICA NACIONA DE HABITAÇÃO LEI Nº 11.124 - 16/06/2005. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS, cria o Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social – FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS. A Fundação da Casa Popular foi o primeiro órgão federal brasileiro na área de moradia com a finalidade de centralizar a política de habitação, criado em 1º de maio de 1946, durante o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, embora as primeiras gestões para sua criação tenham acontecido no governo de Getúlio Vargas.
  • 6.
  • 7. • Primeira medida – delegar a situação habitacional a iniciativa privada • Diferença de preços entre as casas formais e informais • Passaram a investir em loteamentos para classe alta e edifícios para habitação coletiva para que as pessoas pudessem permanecer no centro das cidades e próximo de seus locais de trabalho. • Inicio do século XX até 1930 - Agravo generalizado da situação habitacional – Somente no final da década de 30 com a revolução industrial que o setor habitacional tomo novo impulso., neste momento começa a se esboçar a politica para habitação • Neste momentos há um desenvolvimento da ciência e da técnica, portanto os conceitos de embelezamento e os problemas urbanos em geral são colocados na chave do social. • Fica evidente, então, que o setor privado não seria capaz de resolver o problema da habitação para as camadas populares e que tal tarefa teria que ser assumida pelo Estado, que passou a sofrer pressões dos trabalhadores e do empresariado • Resposta do governo – o financiamento, por meio dos Institutos de Aposentadoria e Pensão, de casas a serem destinadas ao aluguel. Tal medida, além de insuficiente para modificar a situação da moradia no Brasil, atendia apenas aos associados dos institutos
  • 8.
  • 9. • 1937 - O Estado Novo, passa a tratar os assuntos relativos às favelas e seus moradores como uma questão de polícia, o que levou à realização de diversas remoções, com a adoção de uma política de erradicação de favelas. • Mas a principal marca da política habitacional do período populista foi a criação da Fundação da Casa Popular (FCP), que, apesar dos resultados modestos, foi o primeiro órgão nacional criado para prover residências para a população pobre. A FCP foi criada em 1946 para funcionar como uma resposta social a um contexto de fortes pressões dos trabalhadores. • Na década de 1950 houve um grande avanço da indústria brasileira, com intenso crescimento urbano e intervenções do Estado para adequar o espaço urbano à circulação de automóveis. • No entanto, a expansão urbana foi marcada por grande desigualdade: a classe média crescia e tinha acesso a financiamentos de apartamentos e a bens duráveis, ao passo que às classes pobres restavam as favelas e os loteamentos ilegais na periferia. • Apesar das tentativas de reformulação, a FCP, em quase 20 anos de existência, produziu apenas cerca de 17.000 moradias, não tendo sido, como era a proposta inicial, o carro chefe da política habitacional do país.
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  • 11. • Com o golpe militar, em 1964, a FCP foi extinta, sendo criado o Plano Nacional de Habitação, o primeiro grande plano do governo militar. Para além das ações diretamente relacionadas à habitação, o Plano buscava a dinamização da economia, o desenvolvimento do país (geração de empregos, fortalecimento do setor da construção civil etc.) e, sobretudo, controlar as massas, garantindo a estabilidade social. • Portanto, a política da habitação desse período centrou-se na produção de moradias e obras de infra-estrutura na cidade legal (formal). • 1964 - As ações públicas voltadas para as vilas e favelas são sufocadas; os movimentos sociais e as associações são reprimidos, lançados na ilegalidade e impedidos de atuar; os favelados, bem como suas ocupações e associações, passam novamente a ser tratados como problema de polícia. • Para concretizar essa concepção de cidade e de política para habitação, o Banco Nacional de Habitação (BNH) se torna o principal órgão da política habitacional e urbana do país .
  • 12. • A trajetória do SFH e do BNH não foi linear e pode ser dividida em três fases. • A primeira - 1964 a 1969 - A implantação e expansão do BNH e das COHABs, com um considerável financiamento de moradias para o “mercado popular” (40% dos investimentos), convergindo com o objetivo do governo de se legitimar junto às massas. • A segunda - 1970 a 1974 - O esvaziamento e uma crise do SFH, sobretudo devido à perda do dinamismo das COHABs, que se tornavam financeiramente frágeis devido à inadimplência • Isso fez com que os financiamentos passassem a ser, cada vez mais, destinados às famílias de classe média, uma vez que os juros para essa camada eram mais altos e o índice de inadimplência, se comparado com o das classes mais pobres, era menor. • A terceira - 1975 a 1980 - Reestruturação e pelo revigoramento das COHABs, com aumento do número de moradias produzidas, a grande maioria destinada à classe média. • Desse modo, as alternativas encontradas pelas famílias pobres eram as favelas e os loteamentos clandestinos das periferias das capitais e das cidades das regiões metropolitanas
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  • 14. Repare que lembranças TERRÍVEIS : Os governos militares... Duplicaram a Via Dutra. E a rodovia Rio-Juiz de Fora também ! Construiram a Ponte Rio-Niterói ! Induziram a Petrobrás a produzir 10 vezes mais ! Obrigaram nossa economia a ir de 45º para 8º lugar no mundo ! Arranjaram 13 milhões de empregos ! Onde já se viu isto ? E fixeram do Brasil o 2º maior construtor mundial de NAVIOS ! E fizeram TUCURUÍ, ILHA SOLTEIRA e JUPIÁ... Pra que isto ? E ainda vieram com a enorme ITAIPU ! Absurdo ! E metrôs para todo lado ! E Projeto Rondon, Mobral, FGTS, PIS e PASEP, FUNRURAL e ainda TV a côres ! EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM. • Década - 70, um grande crescimento dos loteamentos clandestinos nas periferias, devido a combinação entre lotes ilegais e autoconstrução. • Na tentativa de conter esses processos , o governo federal criou programas para “oferecer uma alternativa no SFH e tentar conter o crescimento das favelas. • Todavia, houve forte rejeição a esse Programa, pois os lotes eram muito afastados dos centros urbanos, o que dificultava e/ou impedia o acesso à cidade e aos seus serviços.
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  • 16. • Década – 80, crise financeira compromete o SFH, culminando na extinção do BNH em 1986, que transfere para a Caixa Econômica Federal suas funções. • Entre 1964 e 1986, o SNH financiou cerca de quatro milhões de moradias, número bastante expressivo para a realidade do país. Porém, os investimentos atingiram predominantemente a classe média emergente, alijando da política de financiamento da casa própria os trabalhadores que recebiam menos de um salário mínimo. • Do total de moradias produzidas, 35% foram destinadas ao “mercado popular”, com comprometimento de apenas 13% de todos os recursos investidos pelo BNH. • Dois anos após a extinção do BNH houve uma queda drástica nos recursos destinados às COHABs e os financiamentos se concentraram ainda mais na classe média. • Para tentar minimizar essa situação, o governo federal lançou, em 1987, o Programa Nacional de Mutirões Habitacionais, da Secretaria especial de Ação Comunitária (SEAC), que tinha como objetivo financiar habitações para famílias com renda inferior a três salários mínimos
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  • 18. • No Governo Collor (1990-1992), o mais importante programa habitacional lançado foi o PAIH (Plano de Ação Imediata para a Habitação), que propunha o financiamento de 245 mil habitações em 180 dias, mas não cumpriu suas metas. • O governo Itamar (1992 a 1994) criou os Programas Habitar Brasil e Morar Município, que tinham como objetivo financiar a construção de moradias para população de baixa renda, a serem construídas em regime de “ajuda mútua”. Todavia, esses Programas tinham uma padronização excessiva e muitas exigências legais, o que impedia muitos municípios de captarem os recursos disponibilizados. • Porém, nesse mesmo governo, temos dois avanços: o primeiro (ainda que associado às exigências das agências internacionais) foi uma mudança conceitual, com incentivo à formação de conselhos e à criação de fundos para habitação; o segundo foi a constituição, em 1992, do Fórum Nacional de Habitação, composto por entidades da sociedade civil, setores do Estado e empresários da construção civil , cujo objetivo era construir uma aliança entre os interesses envolvidos no financiamento, na produção e no uso da moradia.
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  • 20. • O período FHC (1995-2002) avançou no reconhecimento da necessidade de regularização fundiária, da ampliação da participação e de uma visão integrada da questão habitacional. Porém, essa concepção não foi colocada em prática devido à orientação neoliberal do governo e às restrições impostas pelos bancos internacionais, como o FMI. • Início dos anos 2000, foi aprovada a Lei Federal 10.257, conhecida como Estatuto das Cidades, com o objetivo fornecer suporte jurídico às estratégias e processos de planejamento urbano, garantindo a função social da propriedade, o planejamento participativo nas políticas urbanas e o acesso universal à cidade. • Estatuto reforçou instrumentos para garantia da função social da propriedade e da regularização fundiária, tais como imposto sobre propriedade imobiliária urbana progressivo, desapropriação com títulos da dívida pública, usucapião urbano, concessão especial para fins de moradia, demarcação de zonas especiais de interesse social etc.
  • 21. • No governo Lula (2003-2010), a principal política para a habitação foi o Programa Minha Casa Minha Vida, lançado em abril de 2009, meta de construir um milhão de moradias, totalizando R$ 34 bilhões de subsídios para atender famílias com renda entre 0 a 10 salários mínimos. • Principal objetivo foi estimular a criação de empregos e de investimentos no setor da construção, uma reação do governo Lula à crise econômica mundial do fim de 2008. • Assim como nos outros grandes programas federais para produção de moradia (a FCP e o BNH), a iniciativa privada é protagonista na provisão de habitações também no Programa Minha Casa Minha Vida, pois 97% do subsídio público são destinados à oferta e produção direta por construtoras privadas e apenas 3% a cooperativas e movimentos sociais. • Concentração dos recursos na construção de habitações destinadas a famílias com renda entre 3 e 10 salários mínimos, apesar de a maior demanda por moradia ser das famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos. • Prefeituras têm perdido poder, pois o programa “estimula um tipo de urbanização e de captura dos fundos públicos que, por si só, torna mais difícil a aplicação” dos instrumentos de reforma urbana previstos no Estatuto das Cidades, como a participação no planejamento e na execução de políticas urbanas.
  • 22. Em resumo, o histórico das políticas nacionais para a habitação mostra como os principais programas nacionais tornaram o problema habitacional - uma obrigação do Estado e um direito - uma questão de mercado (AZEVEDO & ANDRADE, 1982), repassando para o setor privado o protagonismo na produção de habitações a serem financiadas. Tal modelo, baseado na lógica de mercado, fez com que as unidades produzidas sempre fossem concebidas como mercadorias, rentáveis aos seus proponentes, o que explica o fato de as políticas sempre terem atingido, predominantemente, a classe média e terem atendido aos interesses do empresariado da construção civil. Essa distorção da política habitacional revela a incompatibilidade da finalidade social da política habitacional com o modo empresarial de produção da moradia. Na impossibilidade de conciliação, os interesses dos empresários influenciaram (e até certo ponto determinaram) os investimentos públicos para habitação e o público para o qual eles seriam direcionados, em detrimento da função social da política habitacional.
  • 24. O primeiro tipo - Refere-se à reivindicação do direito de permanência e acesso à moradia; O segundo tipo - Diz respeito a questões de infraestrutura e, de modo geral, ocorrem em bairros de periferia e em favelas, onde os moradores reivindicam sua implantação ou melhorias; O terceiro tipo - São aqueles motivados por obras de urbanização, geralmente realizadas pelo poder público, que implicam em mudanças no modo de vida ou em remoções;
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  • 27. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, de 5 de outubro de 1988 Capítulo II Dos Direitos Sociais Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Lei 11.124/05, que estruturou o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social SNHIS. O Ministério das Cidades coordenou a elaboração do Plano Nacional de Habitação PlanHab, um dos mais importantes instrumentos para a implementação da nova Política Nacional de Habitação PNH PlanHab é parte de um processo de planejamento de longo prazo para o setor habitacional, que pressupõe revisões periódicas e articulação com outros instrumentos de planejamento orçamentário e financeiro do Governo Federal, como os planos plurianuais, permitindo que suas metas de produção física e de avanços institucionais possam estar associadas ao planejamento dos recursos necessários para sua cobertura e tendo o ano de 2023 como horizonte final para a elaboração de estratégias e de propostas