O documento descreve o que é um perfil jornalístico, diferenciando-o de uma biografia. Um perfil jornalístico retrata aspectos marcantes da vida de uma pessoa como se fossem fatos, enquanto uma biografia descreve a vida integral de forma impessoal. O documento também explica a estrutura da jornada do herói comum em perfis e como o gênero se popularizou em revistas a partir da década de 1930, destacando a The New Yorker.

1. Perfil Jornalístico
São narrativas que retratam pessoas como se fossem fatos
O perfil jornalístico se diferencia da biografia porque não fala apenas do
percurso de vida, mas de fatores importantes e marcantes referentes à vida do
entrevistado.
O perfil é um retrato da pessoa
Diferenças
PERFIL
- retrata momentos da vida da pessoa
- perece com o tempo
- é de natureza autoral
BIOGRAFIA
- retrata a vida integral da pessoa
- é atemporal
- é de natureza impessoal
Perfil:
Criação de processos multidimentisonais (memória, conhecimento, imaginação,
síntese e sentimento
Fluxo de consciência
Humanizaçõao
Alternância do foco narrativo
Descrição detalhada
Descxrição psicológica
Jornada do Herói
1) Cotidiano (o protagonista é apresentado em seu mundo comum)
2) Chamado à aventura (momento em que o herói rompe com a
cotidianidade)
3) Recusa do Chamado (o personagem hesita em aceitar, aceita ou recusa o
chamado)
4) Testes (período de crises, desafios e oportunidades)
5) Internalização (fase de reflexões sobre o que se passou)
6) Recompensa (objetivo inicial é alcançado)
7) Retorno (volta ao cotidiano após a aventura)
O perfil é o retrato de um personagem
- números
- dados sociais
Os perfis tiveram sua popularização a partir da década de 1930, principalmente
nas páginas das revistas: Esquire, The New Yorker,, Vanity Fair, Life e Harper’s.
No Brasil: Cruzeiro e Realidade

2. A The New Yorker (fundada em 1925) é apontada como a precursora do gênero.
A revista iniciou no gênero com a contratação de Joseph Mitchell, tido como o
maior construtor de perfis do jornalismo do século XX. É dele o perfil “O Segredo
de Joe Gould), que narra a história de um mendigo de Nova York, que planejava
escrever um grande livro. Mitchel retratou ainda extivdores, operários,
pescadores e agricultores.
Outro especialista em perfis foi Lincoln Barnett, repórter da Life, entre 1937 e
1946.
Segundo Barnett, o autor de biografias leva vantagem pois lida com personagens
mortos. Já o autor de reportagens trabalha com atributos transitórios e externos,
com os atos e as palavras dos personagens
Realidade (1966-68)
- Imersão total do repórter no processo de captação
- os jornalistas eram autores e personagens das matérias
- ênfase em detalhes reveladores
- descrição do cotidiano
- valorização dos detalhes físicos
- estímulo ao debate