4. MÉTODOS CIENTÍFICOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS e
APLICADAS – Falando a mesma língua
A classificação das Áreas do Conhecimento
tem finalidade eminentemente prática, objetivando proporcionar às
Instituições de ensino, pesquisa e inovação uma maneira ágil e funcional
de sistematizar e prestar informações concernentes a projetos de pesquisa
e recursos humanos aos órgãos gestores da área de ciência e tecnologia.
A organização das Áreas do Conhecimento na tabela CAPES apresenta uma
hierarquização em quatro níveis, do mais geral ao mais específico,
abrangendo nove grandes áreas nas quais se distribuem as 48 áreas de
avaliação da CAPES.
Estas áreas de avaliação, por sua vez, agrupam áreas básicas (ou áreas do
conhecimento), subdivididas em subáreas e especialidades:
5. MÉTODOS CIENTÍFICOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS e
APLICADAS – Falando a mesma língua
1º nível - Grande Área: aglomeração de diversas áreas do conhecimento, em virtude da afinidade de
seus objetos, métodos cognitivos e recursos instrumentais refletindo contextos sociopolíticos
específicos;
2º nível – Área do Conhecimento (Área Básica): conjunto de conhecimentos inter-relacionados,
coletivamente construído, reunido segundo a natureza do objeto de investigação com finalidades de
ensino, pesquisa e aplicações práticas;
3º nível - Subárea: segmentação da área do conhecimento (ou área básica) estabelecida em função
do objeto de estudo e de procedimentos metodológicos reconhecidos e amplamente utilizados;
4º nível - Especialidade: caracterização temática da atividade de pesquisa e ensino. Uma mesma
especialidade pode ser enquadrada em diferentes grandes áreas, áreas básicas e subáreas.
http://www.capes.gov.br/avaliacao/instrumentos-de-apoio/tabela-de-areas-do-conhecimento-avaliacao
6. ÁREAS DO CONHECIMENTO
CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS
MULTIDISCIPLINAR
A classificação original das Áreas do Conhecimento apresentou uma hierarquização em quatro níveis, que vão do
mais geral aos mais específicos, abrangendo 08 grandes áreas, 76 áreas e 340 subáreas do conhecimento.
Área de Avaliação: INTERDISCIPLINAR
A Área Multidisciplinar, criada em 1999, passou a ser designada Área Interdisciplinar em 2008, compondo a
Grande Área Multidisciplinar.
Desde sua criação em 1999, a Área Interdisciplinar vem apresentando a maior taxa de crescimento na CAPES. Isto
decorre provavelmente de dois fatores até certo ponto independentes, mas de atuação concomitante.
Em primeiro lugar, a existência da Área propiciou e induziu a proposição, na Pós-graduação brasileira, de cursos
em áreas inovadoras e interdisciplinares, acompanhando a tendência mundial de aumento de grupos de pesquisa
e programas acadêmicos com foco em questões complexas. Em segundo lugar, a Área Interdisciplinar serviu de
abrigo para propostas de novos cursos de universidades mais jovens ou distantes dos grandes centros urbanos,
com estruturas de Pós-graduação em fase de formação e consolidação
7. Um programa interdisciplinar caracteriza-se por:
1. Contar com corpo docente disposto a abrir as fronteiras do conhecimento, o que exige grande experiência,
competência e produtividade nas respectivas especialidades.
2. Conter uma proposta integradora de preferência com poucas áreas de concentração bem caracterizadas por
objetivos focalizados.
3. Apresentar corpo docente, com formação disciplinar diversificada mas coerente com as áreas de
concentração, linhas ou projetos de pesquisa integradores.
4. Dispor de docentes dispostos a ampliar a base do conhecimento fora de suas respectivas áreas de
especialização, para poderem aprofundar uma cooperação produtiva. No caso ideal, essa cooperação já deve
estar em andamento, na ocasião da submissão da proposta para abertura do curso.
5. Apresentar grade curricular apropriada à formação dos alunos, que deve ser sólida e integradora, constituída
por um conjunto de disciplinas coerentes com as áreas de concentração, evidenciando a construção de linhas
de pesquisa fundamentadas.
6. Propor a oferta de cursos que favoreçam a formação de profissionais com um perfil inovador e a emergência
de novas áreas do saber que permitirão descobertas e invenções que, de resto, seriam impossíveis de serem
alcançadas sem a concorrência das áreas clássicas.
8. POR UMA INTERDISCIPLINARIDADE “FOCALIZADA” NAS CIÊNCIAS
HUMANAS E SOCIAIS
Patrick Charaudeau
Do conceito ao uso da palavra interdisciplinaridade
Para o autor é preciso entender a diferença entre os termos:
Multidisciplinaridade: é aberta, sem limites, sobre grandes questões,
sem problematização particular.
Pluridisciplinaridade: é centrada em um questionamento comum
entre as disciplinas envolvidas.
Transdisciplinaridade: como parece indicar o prefixo trans-,
corresponde a um movimento de transversalidade das disciplinas,
resultando em uma “co-construção dos saberes que atravessam
literalmente as disciplinas constituídas”.
9. INTERDISCIPLINARIDADE
A interdisciplinaridade é mais difícil de se conseguir, ela “não é fácil como
parece”, visto que ela consiste em estabelecer verdadeiras conexões entre
conceitos, instrumentos de análise e modos de interpretação de várias
disciplinas.
Não basta apenas usar diferentes disciplinas em um mesmo objeto de análise; é
preciso confrontar várias competências disciplinares com o intuito de tornar
mais pertinentes esses conceitos e instrumentos de análise, ou ampliar o campo
de interpretações a partir dos resultados advindos dos procedimentos de análise
comuns.
A interdisciplinaridade é o esforço que diferentes disciplinas empreendem para
articular entre si conceitos, instrumentos e resultados das análises. (p. 11).
10. INTERDISCIPLINARIDADE
Isso não pode ser feito com várias disciplinas ao mesmo tempo, visto que, para
levantar uma questão ou tomar de empréstimo conceitos, é preciso levar em
consideração seu quadro teórico, afim de não deformá-los, para poder
questioná-los à luz de uma outra disciplina e explicar até que ponto e com que
propósito de análise podem ser tomados de empréstimo e incorporados em
uma outra disciplina.
A interdisciplinaridade também pode ser realizada em um movimento de
extensão de uma análise por uma outra, que traz uma luz complementar ao fato
estudado, seja por trabalhos de campo, seja por procedimentos experimentais
(p.18).
11. A importância da sua pesquisa, participação e
produção científica no DHJUS
- A interdisciplinaridade no estudo dos Direitos
Humanos e Desenvolvimento da Justiça
A avaliação do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e
Desenvolvimento da Justiça – DHJUS na área Interdisciplinar
https://www.gov.br/capes/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/avaliacao/sobre-a-
avaliacao/areas-avaliacao/sobre-as-areas-de-avaliacao/sobre-as-areas-de-avaliacao#areas
12. O CURRÍCULO LATTES
Qual a função do Currículo Lattes?
A Plataforma Lattes é um ambiente virtual criado pelo Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq. Ela tem o objetivo
de integrar, em um único sistema, as bases de dados de currículos,
grupos de pesquisas e de instituições de todo o país.
O Currículo Lattes se tornou um padrão nacional no registro do percurso
acadêmico de estudantes e pesquisadores do Brasil. Atualmente é
adotado pela maioria das instituições de fomento, universidades e
institutos de pesquisa do país.
13. O REGISTRO ORCID
O QUE É ORCID?
ORCID é uma organização sem fins lucrativos ajudando a criar um
mundo onde todos que participam de pesquisas, bolsas de estudo e
inovações sejam identificados de forma única e conectados a seus
contribuidores e afiliações, entre disciplinas, fronteiras e tempo.
ORCID fornece um meio de identificar exclusivamente pesquisadores –
autores, pareceristas, editores – em periódicos, publishers, idiomas e
bases de dados.
Quando usado por publishers, ORCID oferece suporte ao processo de
pesquisa, permitindo busca, descoberta, reconhecimento e colaboração.
14. O/ MESTRANDO/A
AVALIAÇÃO DO DHJUS
O que é a Plataforma SUCUPIRA?
É uma nova e importante ferramenta para coletar informações, realizar
análises e avaliações e ser a base de referência do Sistema Nacional de Pós-
Graduação (SNPG).
A Plataforma deve disponibilizar em tempo real e com muito mais
transparência as informações, processos e procedimentos que a CAPES realiza
no SNPG para toda a comunidade acadêmica.
Igualmente, a Plataforma propiciará a parte gerencial-operacional de todos
os processos e permitirá maior participação das pró-reitorias e
coordenadores de programas de pós-graduação.
15. PLATAFORMA SUCUPIRA
Plataforma – O nome da Plataforma Sucupira é uma homenagem ao professor Newton Sucupira, autor do
Parecer nº 977 de 1965.
O documento conceituou, formatou e institucionalizou a pós-graduação brasileira nos moldes dos dias de
hoje.
Newton Lins Buarque Sucupira nasceu em Alagoas em 9 de maio de 1920 e faleceu no Rio de Janeiro em
26 de agosto de 2007. O acadêmico tinha formação em história e filosofia da educação e foi referência na
educação brasileira.
O Parecer Sucupira tem sete tópicos referentes à pós-graduação:
origem,
necessidade,
conceito,
Definição,
Caracterização (exemplo dos Estados Unidos),
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1961, e
Estatuto do Magistério.
16. PLATAFORMA BRASIL
A Plataforma Brasil é um sistema eletrônico criado pelo Governo Federal para sistematizar o
recebimento dos projetos de pesquisa que envolvam seres humanos nos Comitês de Ética em
todo o país.
Deve ser submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos todo e
qualquer projeto que seja relativo a seres humanos (direta ou indiretamente), inclusive os
projetos com dados secundários, pesquisas sociológicas, antropológicas e epidemiológicas.
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) é um colegiado interdisciplinar e independente, com
função pública, que deve existir nas instituições que realizam pesquisas envolvendo seres
humanos no Brasil, criado para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua
integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões
éticos (Normas e Diretrizes Regulamentadoras da Pesquisa Envolvendo Seres Humanos).
19. THOMAS KHUN
O autor escreveu “A estrutura das
revoluções científicas”, sua tese de
doutorado, no final dos anos 50, nos EUA.
Criou uma polêmica quando classificou as
ciências em paradigmáticas (naturais) e
subparadigmáticas (humanas e sociais)
Para o autor as ciências paradigmáticas
operam revoluções científicas passando por
fases.
• PRINCIPAIS CONCEITOS:
PARADIGMA
INCOMENSURABILIDADE
20. História e a Ciência
INCOMENSURABILIDADE
Isto quer dizer que não temos uma medida comum
completamente objetiva e exterior a cada paradigma para
afirmar que um paradigma é superior a outro.
21. Para Kuhn, as ciências evoluem através de paradigmas
os “paradigmas são as realizações cientificas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo,
fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência”
(Kuhn, 1991, p.13).
Em uma definição simples, para Kuhn, a ciência desenvolver-se-ia pela criação e abandono de
paradigmas, modelos consensuais adotados pela comunidade científica de uma época.
Depois do estabelecimento de um paradigma, haveria um período histórico em que os cientistas
desenvolveriam as noções e problemas a partir do paradigma adotado.
Esse período foi chamado por ele de “Ciência Normal”, período no qual se acumulam descobertas, um
período de estabilidade de opiniões a respeito de pontos fundamentais. Quando o paradigma é
questionado, surge um momento de crise; no entanto, o paradigma ainda não é abandonado.
Os cientistas mobilizam seus esforços para resolver as anomalias. Chega-se a um ponto, porém, em
que não é mais possível resolver tais anomalias e isso leva a uma revolução científica, momento no
qual desponta um novo paradigma.
Esse paradigma não é superior ao anterior, apenas atende mais as necessidades do período histórico
em que os cientistas estão inseridos.
22.
23. História e a Ciência
Por que razões são os paradigmas incomensuráveis?
1. Porque cada paradigma é uma visão do mundo incompatível com qualquer outra.
Sem respostas a dar, o
paradigma entra em
crise
A crise é porque não
consegue dar conta das
questões novas, dos
problemas emergentes.
Há uma inquietação
geral na comunidade
científica....
CRISE DO PARADIGMA
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo:
ed. Perspectiva, 1998.
25. CONJECTURAS E REFUTAÇÕES
O PROGRESSO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO
KARL R. POPPER
"Quando pode uma teoria ser classificada como científica?
Existe um critério para classificar uma teoria como científica?"
Estas são as questões principais que o grande filósofo da ciência, Karl R. Popper, tentará responder
em seu livro Conjecturas e Refutações, de 1963.
Ao observador desatento, pode parecer que a Ciência seja estática, pronta,
completa e intocável. Mas esse pensamento é errôneo.
O conhecimento científico, em termos de pressupostos, não é algo linear. Ele tem
fundamentos que mudam conforme o contexto histórico.
Tais fundamentos são analisados pela Filosofia da Ciência.
26. A filosofia de Popper é marcada por duas
características principais:
1) a crítica à logica indutiva, segundo a qual seria possível a obtenção de leis gerais a partir da
observação dos fatos singulares
(Popper critica dizendo que "..independentemente de quantos cisnes brancos possamos observar, isso não
justifica a conclusão de que todos os cisnes são brancos").
2) o problema da demarcação, ou seja, como distinguir Ciência de pseudociência?
A resposta mais comum dada a essa questão era a de que “a ciência se caracterizava pela
sua base na observação e pelo método indutivo,
enquanto a pseudociência e a metafísica se caracterizavam pelo método especulativo”.
Em outras palavras, o que diferenciaria a Ciência da pseudociência seria o caráter de
verificabilidade da Ciência.
27. O princípio da refutabilidade ou falsificabilidade
Segundo esse princípio, uma teoria, para ser considerada científica,
deve possuir pelo menos um falsificador potencial.
Vamos tentar esclarecer a questão com um exemplo:
suponhamos a teoria de que "todos os corvos são pretos".
Ela é falseável (não confundir com falsa), pois o encontro de
um único corvo não-preto desmente a teoria.
Já a asserção "todos os corvos são brancos ou não-brancos" não é
falseável, ou seja, ela não seria científica.
Uma teoria que proíbe nada, não seria científica.
28. Em oposição à lógica indutiva, Popper
propunha o modelo hipotético-dedutivo
A melhor maneira de fazer ciência é
elaborar imaginativamente teorias ou conjecturas ousadas, mas
submetê-las depois a testes rigorosos concebidos para as refutar
ou falsificar.
As teorias científicas são invenções, construções humanas:
“As teorias podem ser vistas como livres criações da nossa mente, o
resultado de uma intuição quase poética, da tentativa de compreender
intuitivamente as leis da natureza”. Conjecturas e
Refutações - Karl R. Popper.
29. Conceitos de método
"Caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido
fixado de antemão de modo refletido e deliberado". (Hegenberg, 1976:II-115).
"Forma de selecionar técnicas e avaliar alternativas para ação científica". (Ackoff In: Hegenberg,
1976:II-116).
"Forma ordenada de proceder ao longo de um caminho". (Trujillo, 1974:24).
"Ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado".
(Jolivet, 1979:71).
"Conjuntos de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e
demonstração da verdade". (Cervo e Bervian, 1978:17).
"Caracteriza-se por ajudar a compreender, no sentido mais amplo, não os resultados da
investigação científica, mas o próprio processo de investigação". (Kaplan In: Grawitz, 1975:I-18).
30.
31. Conhecimento
empírico
O conhecimento empírico surge da relação do
ser com o mundo.
Todo ser humano apodera-se gradativamente
deste conhecimento, ao passo que lida com sua
realidade diária.
Não há uma preocupação direta com o ato
reflexivo, ocorre espontaneamente.
É um conhecimento do tipo abrangente dentro
da realidade humana. Sem necessidade de
investigações científicas.
Empírico (popular, vulgar; senso comum ou
atitude natural), transmitido de geração em
geração por meio da educação informal e
baseado na imitação e na experiência pessoal.
32. CONHECIMENTO EMPÍRICO
Reflexivo
conhecimento limitado pela experiência do sujeito
com o objeto, não pode ser generalizado
Assistemático
não possui ordenação na forma de aquisição e
validação do conhecimento
Acrítico
Conhecimento dos fatos sem questionar as causas
Falível e inexato
aparência: "porque vi", "porque senti", "porque
disseram", "porque todo mundo diz“.
Valorativo
referente a vivências, estados de ânimo e emoções
33. CONHECIMENTO TEOLÓGICO
Apoia-se em doutrinas que contêm proposições
sagradas, valorativas, por terem sido reveladas pelo
sobrenatural, inspiracional e, por esse motivo, tais
verdades são consideradas infalíveis, indiscutíveis
e exatas.
É um conhecimento sistemático do mundo (origem,
significado, finalidade e destino) como obra de um
criador divino. Suas evidências não são verificadas. Está
sempre implícita uma atitude de fé perante um
conhecimento revelado.
O conhecimento religioso ou teológico parte do princípio
de que as verdades tratadas são infalíveis e indiscutíveis,
por consistirem em revelações da divindade, do
sobrenatural.
34. CONHECIMENTO FILOSÓFICO
O conhecimento filosófico surge da relação do homem com seu dia-a-
dia, porém, preocupa-se com respostas e especulações destas relações.
Não é um conhecimento estático, ao contrário sempre está em
transformação.
Considera seus estudos de modo reflexivo e crítico.
É um estudo racional, entretanto, não há uma preocupação de
verificação.
35. Valorativo – seu ponto de partida consiste em hipóteses,
que não poderão ser submetidas à observação. As
hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência e não na
experimentação.
Não verificável – os enunciados das hipóteses filosóficas
não podem ser confirmados nem refutados.
Racional – consiste num conjunto de enunciados
logicamente correlacionados.
Sistemático – suas hipóteses e enunciados visam a uma
representação coerente da realidade estudada, numa
tentativa de apreendê-la em
sua totalidade.
Infalível e exato – suas hipóteses e postulados não são
submetidos ao decisivo teste da observação,
experimentação.
36. CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Real, factual – lida com ocorrências, fatos, isto é, toda forma de
existência que se manifesta de algum modo.
Contingente – suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade
ou falsidade conhecida através da experimentação e não pela razão, como
ocorre
no conhecimento filosófico.
Sistemático – saber ordenado logicamente, formando um sistema de
ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos.
Verificável – as hipóteses que não podem ser comprovadas não
pertencem ao âmbito da ciência.
Falível – em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final.
Aproximadamente exato – novas proposições e o
desenvolvimento de novas técnicas podem reformular o acervo de teoria
existente.
37.
38. BORGES, José Ferreira; PAIVA, Marta; TAVARES, Orlando. Filosofia 11º ano - Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva. Editora Porto. Porto. 2011.
39.
40.
41. Metodologia
Metodologia científica é o estudo dos métodos ou dos
instrumentos necessários para a elaboração de um
trabalho científico.
É o conjunto de técnicas e processos empregados para a
pesquisa e a formulação de uma produção científica.
A metodologia de uma pesquisa é um procedimento
formal, reflexivo, uma condição orientadora no processo de
construção do conhecimento científico.
42. MÉTODO COMO ARTE
Alberto Marradi
METODOLOGIA
MÉTODO
TÉCNICA
São as mesmas coisas?
Crítica à contraposição que
habitualmente é feita entre qualitativo e
quantitativo nas ciências humanas
43. MÉTODOS CIENTÍFICOS
Todas as ciências caracterizam-se
pela utilização de métodos
científicos; em contrapartida, nem
todos os ramos de estudo que
empregam estes métodos são
ciências.
Dessas afirmações podemos
concluir que a utilização de
métodos científicos não é da
alçada exclusiva da ciência, mas
não há ciência sem o emprego de
métodos científicos.
44. MÉTODO CIENTÍFICO
Para que um pesquisador consiga explicar um
fenômeno ou a composição de um material, por
exemplo, ele deve utilizar o método científico.
1º - Observação: É a etapa em que o pesquisador
observa uma determinada matéria ou fenômeno.
45. 2º - Elaboração do problema (fase do
questionamento)
Nessa etapa, o cientista ou pesquisador elabora perguntas sobre o fenômeno ou material
analisado, tais como:
Por que esse fenômeno ocorre?
Como esse fenômeno ocorre?
Quais são os fatores que originaram esse fenômeno?
Qual é a composição do material?
Que substâncias formam esse material?
Qual é a importância desse material?
http://www.compromissoeatitude.org.br/3-em-cada-5-mulheres-jovens-ja-sofreram-violencia-em-relacionamentos-aponta-
pesquisa-agencia--03122014/
46. 3º - Hipóteses
É a etapa em que o pesquisador responde às perguntas
feitas na etapa anterior.
Essas respostas podem ser pautadas em seu
conhecimento prévio sobre materiais ou fenômenos
semelhantes.
A elaboração das hipóteses deve ser feita com muita
cautela, porque é por meio delas que a fase da
experimentação será realizada, ou seja, elas serão o ponto
de partida da experimentação.
Uma hipótese é uma afirmação que pode ser desafiada.
Como tal, uma hipótese de trabalho é uma frase que
possibilita questionar o "Como?", "De que modo?" e o Por
quê? de algo.
O objetivo de uma hipótese é aclarado com a questão
"Para quê?"
47. TODA PESQUISA TEM UMA HIPÓTESE?
NÃO. Existem pesquisas, muito úteis, que são apenas exploratórias.
Sua finalidade é abrir campo para que se possam construir hipóteses,
como em geral ocorre em fase inicial de pesquisas de doutoramento.
Portanto, o objetivo é apresentar novas evidências, ideias, clarificar
algo, e até mesmo concluir que algo não existe.
Em dissertações é comum a eleição de pesquisas exploratórias a fim
de apresentar uma síntese crítica de determinada teoria ou
problematizar certa prática.
Técnica típica da pesquisa exploratória é a do estudo de caso, a de
observação e a de análise histórica de informações.
48.
49. MÉTODO INDUTIVO
Galileu foi o precursor da indução experimental; ou seja, do método indutivo.
Nesse MÉTODO, o pesquisador sai das constatações particulares sobre os fenômenos
observados até as leis e teorias gerais. Pode-se concluir que a trajetória do pensamento
vai de casos particulares a leis gerais sobre os fenômenos investigados.
O exercício do método indutivo requer alguns procedimentos por parte do pesquisador,
quais: observação sistemática dos fenômenos; elaboração de classificações a partir da
descoberta de relação entre os fenômenos observados;
construção de hipóteses (verdades provisórias) a partir das relações observadas;
verificação das hipóteses por meios de experimentações e testes;
construção de generalizações, a partir dos resultados experimentados e testados, servindo
como explicação para outros estudos que apresentem casos similares;
confirmação das hipóteses para se estabelecer as leis gerais sobre os fenômenos
investigados.
Diniz, Célia Regina. Metodologia científica / Célia Regina Diniz; Iolanda Barbosa da Silva. – Campina Grande; Natal: UEPB/UFRN - EDUEP, 2008
50.
51. O Método Dedutivo
O método dedutivo parte das teorias e leis consideradas gerais e universais buscando explicar a ocorrência de
fenômenos particulares. O exercício metódico da dedução parte de enunciados gerais (leis universais) que
supostos constituem as premissas do pensamento racional e deduzidas chegam a conclusões. O exercício do
pensamento pela razão cria uma operação na qual são formuladas premissas e as regras de conclusão que se
denominam demonstração.
Veja-se o exercício metódico da dedução, com o exemplo clássico “Todo mamífero tem um coração.
Ora, todos os cães são mamíferos.
Logo, todos os cães têm um coração.”
Neste argumento para que a conclusão seja considerada verdadeira, estabelece-se como condição que todas
as premissas sejam verdadeiras e que a verdade da conclusão já estava implícita nessas premissas.
LAKATOS, E. M; MARCONI, M. de A. Metodologia Científica. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 2000, p. 63.
52. O Método Hipotético – Dedutivo
O método hipotético-dedutivo surge de uma crítica profunda ao indutivismo metodológico.
Esse método pressupõe o uso de inferências dedutivas como teste de hipóteses. Karl Popper
(apud FERREIRA, 1998) propõe como caminho para essa trajetória metodológica o
cumprimento das seguintes etapas:
expectativas e teorias existentes;
formulação de problemas em torno de questões teóricas e empíricas;
solução proposta, consistindo numa conjectura;
dedução das consequências na forma de proposições passíveis de teste sobre os fenômenos
investigados;
teste de falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela observação e
experimentação das hipóteses criadas sobre o(s) problema(s) investigado(s).
A partir dessas etapas que envolvem a relação entre pesquisador e objeto do conhecimento,
deduz-se encaminhamentos metodológicos da pesquisa
53.
54. MÉTODO CIENTÍFICO
Entende-se por Método científico a metodologia usada por cientistas na busca do
conhecimento, em uma definição mais precisa: um conjunto de regras básicas para desenvolver
uma experiência a fim de produzir novos conceitos, bem como corrigir e integrar
conhecimentos pré-existentes.
A palavra “método” vem do grego méthodos, que significa
“caminho para chegar a um fim”.
Seguir um método científico é o que define uma área de estudo
como uma Ciência, tal qual são as ciências da natureza, como a
Química, Ciências Sociais, a Biologia e a Física...