1. NOÇÕES BÁSICAS NO CENTRO CIRÚRGICO
PARAMENTAÇÃO - TÉCNICAS DE PREPARO
Profª Ericka Diniz
2. PARAMENTAÇÃO
FINALIDADE:
• Tem como finalidade a formação de uma
barreira microbiológica contra penetração de
microrganismos no sítio cirúrgico do paciente,
oriundos dele mesmo, dos profissionais, materiais,
equipamentos e ar ambiente.
• Os Componentes de paramentação cirúrgica
constituem-se de: uniforme privativo (jaleco e
calça), avental, máscara, gorro, luvas, protetor
ocular e propés.
3. COMPONENTES DA PARAMENTAÇÃO
CIRURGICA
FUNÇOES:
AVENTAIS: Evitar o contato da equipe com sangue e fluidos corporais
que possam contaminar a roupa primitiva.
MÁSCARAS: Proteger o paciente da contaminação de
microorganismos, oriundos do nariz e da boca dos profissionais; protege
a mucosa dos profissionais de respingos de secreções provenientes do
procedimento cirúrgico.
GORROS: Evitar a contaminação do sítio cirúrgico por cabelo ou
microbiota presente nele. Evitar que os cabelos sejam sujos por
aerossóis e fluídos.
LUVAS: Proteger o paciente das mãos dos profissionais e proteger a
equipe de fluidos potencialmente contaminados. Reduzir e prevenir o
risco de exposição ao sangue.
ÓCULOS DE PROTEÇÃO: Necessário para evitar contaminações por
parte do profissional e como proteção do globo ocular.
PROPÉS: Seu uso é atualmente uma questão muito polêmica. Consiste
em manter o piso o mais limpo possível.
4. O uso adequado da paramentação inicia-se pela sequência de
sua colocação:
• Da touca, seguida da roupa do setor, camisa e calça
comprida, e estas são colocados no vestiário.
• O propé é calçado ao sair do vestiário.
• A máscara é transportada no bolso do uniforme (e não no
pescoço, para evitar sua colonização antecipada), é usada por
todos os membros da equipe apenas para entrar na área
restrita.
OBS: Os cabelos devem estar presos.
Paramentação
5. Paramentação
Os outros componentes da paramentação são colocados quando se inicia a
cirurgia, conforme a função de cada categoria e o momento do ato operatório.
• Os óculos são usados em toda a cirurgia por cirurgiões e instrumentadores e em
alguns momentos, por anestesistas e circulantes (em procedimentos com risco de
respingos de substâncias orgânicas como indução anestésica, aspiração, etc.).
• O avental é vestido pelos cirurgiões e instrumentadores na CC, após a degermação
e secagem das mãos, permanecendo até o final das cirurgias.
• As luvas são calçadas pelos cirurgiões e instrumentadores, depois da colocação dos
aventais nas técnicas adequadas.
• Os anestesistas e circulantes calçam luvas em situações específicas (realização de
procedimentos assépticos ou em que há riscos de exposição ocupacional com
substâncias orgânicas dos clientes). Tais componentes não devem ser usados fora
da área restrita. Jóias não são recomendadas.
6.
7. LAVAGEM DAS MÃOS
É a medida individual mais que visa prevenir a propagação das infecções
relacionadas à assistência à saúde.
Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por “higienização
das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento.
finalidades:
• Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da
microbiota da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao
contato;
• Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas
9. DEGERMAÇÃO DAS MÃOS
É um processo que visa a retirada de sujeira e detritos.
Inicialmente é necessário a retirada de jóias e acessórios da região das mãos, punhos e
antebraços.
A torneira deve ser acionada por pé ou cotovelo e não manualmente;
As mãos e antebraços são molhados com água corrente.
A solução antisséptica preconizada (PVPI degermante ou clorehexidina) deve ser aplicada
sobre a palma das mãos, iniciando pelas extremidades dos dedos com especial atenção
sobre os espaços interdigitais (escovação),
O processo deve continuar pelas faces das mãos e antebraços (fricção).
O enxágüe deve ser executado com água corrente a partir das mãos em direção ao
cotovelo.
A torneira deve ser fechada com o cotovelo ou por outro profissional, mas não com as mãos.
Durante todo o processo, as mãos devem estar sempre acima do nível dos cotovelos.
O processo todo deve durar rigorosamente cinco minutos para a primeira cirurgia e três
minutos entre dois procedimentos cirúrgicos
(CATANEO et al, 2004).
12. AUXILIO DA EQUIPE NA PARAMENTAÇÃO
A paramentação da equipe deve ser feito no ato da cirurgia. Os técnicos de
enfermagem circulantes devem auxiliar os médicos, instrumentador, anestesista,
enfermeiros e todos que vão participar da cirurgia a se paramentarem.
13. VESTINDO O CAPOTE
Após entrada da sala devemos nos dirigir a mesa auxiliar onde
encontraremos os pacotes com os capotes que serão abertos pela
técnica de enfermagem (circulante) com o máximo de cuidado
desfazendo o pacote pelas pontas. Não deve-se tocar na face mantida
estéril. Apenas manusear o capote pela gola, introduzindo o membro
superior direito e depois membro superior esquerdo.
Cabe ao circulante o termino do serviço , amarrando a gola que estará
o cadarço de sustentação e depois o cadarço da cintura tendo muito
cuidado para não tocar em outras partes do capote, a pessoa vestida
vai ajudar segurando o cadarço pelo meio para facilitar o manuseio.