1. O documento discute o significado e prática do batismo cristão, especialmente em relação ao batismo infantil.
2. A autora defende o batismo infantil com base na continuidade da aliança de Deus entre o Antigo e Novo Testamentos, que abençoa as crianças dos crentes.
3. Objeções comuns ao batismo infantil, como a ausência de mandamento bíblico explícito ou exemplos claros, são abordadas e refutadas com base em interpretação orgânica da Bíblia.
O documento discute a oração sacerdotal de Jesus antes de Sua partida, registrada em João 17. A oração trata de temas como a proteção e unidade dos discípulos, a glorificação de Jesus, e os assuntos doutrinários da verdade, palavra e amor de Deus.
O evangelho de Marcos descreve (1) o entusiasmo inicial dos discípulos ao seguirem Jesus, (2) o desencontro e crise quando eles não compreendem a verdadeira identidade de Jesus, e (3) o fracasso total dos discípulos diante da cruz, apesar da fidelidade de alguns não-eleitos. O objetivo é provocar uma conversão nos cristãos e despertar nova esperança.
Este documento resume a 14a aula de uma cronologia bíblica sobre o período da igreja primitiva após o ano 90 d.C. Ele discute como a igreja cresceu através do poder do evangelho, do testemunho dos cristãos, da prioridade da oração e da supremacia da Palavra. Também lista alguns dos principais pais da igreja e eventos após o ano 100 d.C.
1. O Evangelho de Marcos foi escrito para os romanos para apresentar Jesus como o Servo perfeito que veio para servir.
2. Marcos retrata a vida de Jesus de forma rápida e dinâmica, enfatizando Seus milagres e serviço aos outros.
3. O livro tem como objetivo mostrar que Jesus, apesar de ter autoridade e poder, veio principalmente para servir e dar Sua vida por muitos.
O documento fornece um resumo das principais características do Evangelho de Lucas, incluindo seu autor Lucas, destinatários gentios, e apresentação de Jesus como o Homem Perfeito. Ele também discute os temas centrais, estrutura e lições do livro.
IBADEP BASICO - EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS AULA2 - 1 e 2 CORINTIOSRubens Sohn
Este documento fornece uma introdução sobre a Primeira e Segunda Epístolas de Paulo aos Coríntios. Ele descreve Corinto como uma cidade antiga da Grécia que era intelectualmente arrogante, materialmente próspera e moralmente corrupta. Paulo fundou a igreja em Corinto e depois enfrentou vários problemas na jovem igreja que requereram sua orientação. A Primeira Epístola aos Coríntios trata dos problemas da igreja e instrui sobre assuntos como divisão, sexualidade, dons espirituais e
1) O documento apresenta uma lição sobre a ordenança da Ceia do Senhor, incluindo sua origem, significado e elementos.
2) É destacado que a Ceia memorializa a morte de Cristo e antecipa Sua volta.
3) Participar da Ceia requer autoexame e discernimento para evitar julgamento.
Liturgia: SAGRADA CEIA DO SENHOR: “O MISTÉRIO DA FÉ”Leandro Couto
Este documento fornece um resumo da estrutura da missa católica, incluindo seus principais elementos como a liturgia da palavra, a eucaristia e a presença de Cristo. Ele explica os ritos iniciais, as leituras bíblicas, a homilia, a oração universal e a procissão das oferendas que levam à oração eucarística. O documento também descreve símbolos como o altar, o incenso e a importância da palavra de Deus na missa.
O documento discute a oração sacerdotal de Jesus antes de Sua partida, registrada em João 17. A oração trata de temas como a proteção e unidade dos discípulos, a glorificação de Jesus, e os assuntos doutrinários da verdade, palavra e amor de Deus.
O evangelho de Marcos descreve (1) o entusiasmo inicial dos discípulos ao seguirem Jesus, (2) o desencontro e crise quando eles não compreendem a verdadeira identidade de Jesus, e (3) o fracasso total dos discípulos diante da cruz, apesar da fidelidade de alguns não-eleitos. O objetivo é provocar uma conversão nos cristãos e despertar nova esperança.
Este documento resume a 14a aula de uma cronologia bíblica sobre o período da igreja primitiva após o ano 90 d.C. Ele discute como a igreja cresceu através do poder do evangelho, do testemunho dos cristãos, da prioridade da oração e da supremacia da Palavra. Também lista alguns dos principais pais da igreja e eventos após o ano 100 d.C.
1. O Evangelho de Marcos foi escrito para os romanos para apresentar Jesus como o Servo perfeito que veio para servir.
2. Marcos retrata a vida de Jesus de forma rápida e dinâmica, enfatizando Seus milagres e serviço aos outros.
3. O livro tem como objetivo mostrar que Jesus, apesar de ter autoridade e poder, veio principalmente para servir e dar Sua vida por muitos.
O documento fornece um resumo das principais características do Evangelho de Lucas, incluindo seu autor Lucas, destinatários gentios, e apresentação de Jesus como o Homem Perfeito. Ele também discute os temas centrais, estrutura e lições do livro.
IBADEP BASICO - EPISTOLAS PAULINAS E GERAIS AULA2 - 1 e 2 CORINTIOSRubens Sohn
Este documento fornece uma introdução sobre a Primeira e Segunda Epístolas de Paulo aos Coríntios. Ele descreve Corinto como uma cidade antiga da Grécia que era intelectualmente arrogante, materialmente próspera e moralmente corrupta. Paulo fundou a igreja em Corinto e depois enfrentou vários problemas na jovem igreja que requereram sua orientação. A Primeira Epístola aos Coríntios trata dos problemas da igreja e instrui sobre assuntos como divisão, sexualidade, dons espirituais e
1) O documento apresenta uma lição sobre a ordenança da Ceia do Senhor, incluindo sua origem, significado e elementos.
2) É destacado que a Ceia memorializa a morte de Cristo e antecipa Sua volta.
3) Participar da Ceia requer autoexame e discernimento para evitar julgamento.
Liturgia: SAGRADA CEIA DO SENHOR: “O MISTÉRIO DA FÉ”Leandro Couto
Este documento fornece um resumo da estrutura da missa católica, incluindo seus principais elementos como a liturgia da palavra, a eucaristia e a presença de Cristo. Ele explica os ritos iniciais, as leituras bíblicas, a homilia, a oração universal e a procissão das oferendas que levam à oração eucarística. O documento também descreve símbolos como o altar, o incenso e a importância da palavra de Deus na missa.
O documento discute o significado e a natureza das missões, incluindo:
1) Missões significam servir a Deus espalhando o evangelho;
2) A Igreja deve crescer e se expandir para glorificar a Deus e espalhar Seu reino;
3) Um procurador de missões representa a causa missionária e motiva outros a participar.
O documento discute os princípios bíblicos, históricos e práticos da liturgia e do culto religioso. Apresenta como a liturgia tem suas origens no Antigo Testamento como forma de celebrar os atos de Deus e alimentar a esperança no futuro, e como Jesus propôs mudanças no culto judaico para enfatizar o amor e a inclusão. Também descreve elementos do culto na igreja primitiva e exemplos bíblicos que mostram a liturgia como forma de adoração, confissão e
O documento fornece uma introdução ao Antigo Testamento, abordando tópicos como a Bíblia, os formatos dos livros, traduções históricas, a estrutura do Antigo Testamento e conceitos importantes para a compreensão. Ele também apresenta resumos sobre o livro de Gênesis e a era patriarcal, incluindo eventos-chave como a criação, o dilúvio, a torre de Babel, Abraão, Isaque e Jacó.
O documento discute a cristologia, ou o estudo de Jesus Cristo. Apresenta diferentes perspectivas sobre a identidade de Jesus, como Filho de Deus, profeta ou salvador. Também discute a necessidade de entender Jesus histórico e Cristo da fé como um único sujeito, não separando a etapa terrena de Jesus da glorificação após a ressurreição.
Este documento discute a importância da evangelização para a igreja. A igreja deve evangelizar porque Jesus mandou e para cumprir sua obrigação de levar as pessoas ao salvamento. O documento fornece métodos de evangelização diretos e indiretos e enfatiza a necessidade de conhecer a Bíblia, falar com convicção sobre Cristo e ser perseverante ao evangelizar.
O dízimo como expressão de generosidadeElder Moraes
O documento discute a importância da generosidade na contribuição financeira à igreja, comparando o conceito de "dízimo" com o de "contribuição". A fé é indicada pela generosidade, e os recursos financeiros são necessários para sustentar a obra missionária ao redor do mundo.
O documento apresenta um resumo do Evangelho de João. Ele destaca que João enfatiza a teologia e o relacionamento de Jesus, diferentemente dos outros evangelhos. Apresenta informações sobre autor, data, local, propósito e ênfases do livro, como a divindade de Jesus Cristo. Finaliza comentando as contribuições e uso prático do Evangelho de João.
“Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para segui-lo, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora”. (DAp. nº 287 e IVC nº 51- CNBB 97)
O documento discute as qualidades necessárias para o preparo espiritual, familiar e ético de um obreiro. Ele deve ter preparo espiritual firme em Deus, família bem conduzida, e características como honestidade, hospitalidade e dom de ensinar. Qualidades como soberba, ira e ganância de dinheiro são inadequadas. Um obreiro precisa ter boa reputação entre crentes e não-crentes.
O documento discute a glorificação de Jesus após a ressurreição. Apresenta vários versículos que descrevem como Jesus ressuscitou em um corpo glorificado com autoridade sobre todas as coisas e sentou-se à direita de Deus no céu. Também explora analogias usadas por Jesus e Paulo sobre a semente que morre para dar fruto, referindo-se à ressurreição gloriosa de Jesus.
❶ As fontes legítimas de recursos da igreja local são os dízimos e as ofertas.
❷ A base bíblica para os dízimos e ofertas está no Antigo e Novo Testamento.
❸ A mordomia dos dízimos e ofertas envolve gratidão, cálculo do dízimo sobre a renda bruta e entrega na igreja local.
O documento discute as razões e requisitos para o batismo cristão, comparando-o com o batismo de João Batista. Afirma que o batismo cristão é um ato de obediência e compromisso para aqueles que crêem em Jesus como seu salvador e desejam testemunhar uma vida transformada.
Este documento apresenta um resumo de vários ensinamentos bíblicos discutidos em uma disciplina de doutrinas bíblicas. Ele inclui resumos sobre a doutrina da Trindade, a doutrina de Cristo, a doutrina do Espírito Santo, e a doutrina da salvação, fornecendo versículos bíblicos para apoiar cada ponto enquanto sintetiza os principais ensinamentos de cada tópico.
O documento apresenta uma introdução à antropologia teológica e soteriologia, definindo os termos, finalidades e desenvolvimento histórico da antropologia teológica. Resume esquematicamente os principais tópicos da antropologia como origem da alma, unidade da humanidade, imagem de Deus no ser humano, natureza constitucional e pecaminosa do ser humano. Apresenta também as principais correntes antropológicas como dualismo, realismo, transcendentalismo e existencialismo.
Conjunto de slides sobre o tema "discipulado". Em breve disponibilizarei todos os slides do curso completo sobre discipulado. Tem disponível entre os materiais postados a apostila do curso completo: Discipulado - uma ideia transformadora.
O documento fornece um resumo da história da Igreja desde seus primórdios até os dias atuais, dividindo-a em fases. Apresenta brevemente o contexto histórico, religioso, cultural e social do mundo do Novo Testamento, com foco no período persa, grego e macabeu. Explora também temas como o gnosticismo, o montanismo e o sincretismo religioso nos primeiros séculos.
Este documento fornece orientações sobre como mobilizar uma igreja para o crescimento. Ele explica que o crescimento deve ser natural e resultado da vida espiritual, e lista sintomas de uma igreja que não está crescendo. Em seguida, apresenta um ciclo de crescimento baseado em Atos 2 e sugere implementar um processo de crescimento natural por meio de oração, equipe de mobilização, metas e plano de ação.
1) O documento apresenta uma apostila sobre o livro dos Atos dos Apóstolos destinada a um curso de teologia para leigos.
2) Aborda tópicos como o objetivo do livro dos Atos, como lê-lo, o poder político na Palestina na época, os principais problemas enfrentados e grupos religiosos e sociais.
3) Apresenta resumos de cada capítulo dos Atos dos Apóstolos, destacando os principais acontecimentos neles narrados.
O documento discute as principais etapas na formação da Bíblia, incluindo o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Descreve as principais eras do povo judeu e como os livros foram escritos ao longo de mil anos, incorporando tradições orais e escritas em vários gêneros literários. Conclui que, embora tenha muitos autores, a Bíblia transmite uma mensagem universal de Deus para a humanidade.
O documento discute conceitos fundamentais de evangelismo e evangelização, incluindo a definição de termos como evangelho, evangelismo e evangelização. Também aborda princípios gerais de evangelização, o papel do evangelista e de Cristo como o principal evangelista.
- Deus fez alianças no passado com figuras como Abraão e Moisés, mas o povo frequentemente desobedecia a Deus.
- Deus prometeu uma Nova Aliança superior, baseada em promessas eternas, que seria cumprida por um salvador vindouro.
- A Nova Aliança traria um coração novo, um espírito novo e a salvação para todos os povos da terra, não apenas um grupo específico.
O documento discute o significado e a natureza das missões, incluindo:
1) Missões significam servir a Deus espalhando o evangelho;
2) A Igreja deve crescer e se expandir para glorificar a Deus e espalhar Seu reino;
3) Um procurador de missões representa a causa missionária e motiva outros a participar.
O documento discute os princípios bíblicos, históricos e práticos da liturgia e do culto religioso. Apresenta como a liturgia tem suas origens no Antigo Testamento como forma de celebrar os atos de Deus e alimentar a esperança no futuro, e como Jesus propôs mudanças no culto judaico para enfatizar o amor e a inclusão. Também descreve elementos do culto na igreja primitiva e exemplos bíblicos que mostram a liturgia como forma de adoração, confissão e
O documento fornece uma introdução ao Antigo Testamento, abordando tópicos como a Bíblia, os formatos dos livros, traduções históricas, a estrutura do Antigo Testamento e conceitos importantes para a compreensão. Ele também apresenta resumos sobre o livro de Gênesis e a era patriarcal, incluindo eventos-chave como a criação, o dilúvio, a torre de Babel, Abraão, Isaque e Jacó.
O documento discute a cristologia, ou o estudo de Jesus Cristo. Apresenta diferentes perspectivas sobre a identidade de Jesus, como Filho de Deus, profeta ou salvador. Também discute a necessidade de entender Jesus histórico e Cristo da fé como um único sujeito, não separando a etapa terrena de Jesus da glorificação após a ressurreição.
Este documento discute a importância da evangelização para a igreja. A igreja deve evangelizar porque Jesus mandou e para cumprir sua obrigação de levar as pessoas ao salvamento. O documento fornece métodos de evangelização diretos e indiretos e enfatiza a necessidade de conhecer a Bíblia, falar com convicção sobre Cristo e ser perseverante ao evangelizar.
O dízimo como expressão de generosidadeElder Moraes
O documento discute a importância da generosidade na contribuição financeira à igreja, comparando o conceito de "dízimo" com o de "contribuição". A fé é indicada pela generosidade, e os recursos financeiros são necessários para sustentar a obra missionária ao redor do mundo.
O documento apresenta um resumo do Evangelho de João. Ele destaca que João enfatiza a teologia e o relacionamento de Jesus, diferentemente dos outros evangelhos. Apresenta informações sobre autor, data, local, propósito e ênfases do livro, como a divindade de Jesus Cristo. Finaliza comentando as contribuições e uso prático do Evangelho de João.
“Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para segui-lo, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora”. (DAp. nº 287 e IVC nº 51- CNBB 97)
O documento discute as qualidades necessárias para o preparo espiritual, familiar e ético de um obreiro. Ele deve ter preparo espiritual firme em Deus, família bem conduzida, e características como honestidade, hospitalidade e dom de ensinar. Qualidades como soberba, ira e ganância de dinheiro são inadequadas. Um obreiro precisa ter boa reputação entre crentes e não-crentes.
O documento discute a glorificação de Jesus após a ressurreição. Apresenta vários versículos que descrevem como Jesus ressuscitou em um corpo glorificado com autoridade sobre todas as coisas e sentou-se à direita de Deus no céu. Também explora analogias usadas por Jesus e Paulo sobre a semente que morre para dar fruto, referindo-se à ressurreição gloriosa de Jesus.
❶ As fontes legítimas de recursos da igreja local são os dízimos e as ofertas.
❷ A base bíblica para os dízimos e ofertas está no Antigo e Novo Testamento.
❸ A mordomia dos dízimos e ofertas envolve gratidão, cálculo do dízimo sobre a renda bruta e entrega na igreja local.
O documento discute as razões e requisitos para o batismo cristão, comparando-o com o batismo de João Batista. Afirma que o batismo cristão é um ato de obediência e compromisso para aqueles que crêem em Jesus como seu salvador e desejam testemunhar uma vida transformada.
Este documento apresenta um resumo de vários ensinamentos bíblicos discutidos em uma disciplina de doutrinas bíblicas. Ele inclui resumos sobre a doutrina da Trindade, a doutrina de Cristo, a doutrina do Espírito Santo, e a doutrina da salvação, fornecendo versículos bíblicos para apoiar cada ponto enquanto sintetiza os principais ensinamentos de cada tópico.
O documento apresenta uma introdução à antropologia teológica e soteriologia, definindo os termos, finalidades e desenvolvimento histórico da antropologia teológica. Resume esquematicamente os principais tópicos da antropologia como origem da alma, unidade da humanidade, imagem de Deus no ser humano, natureza constitucional e pecaminosa do ser humano. Apresenta também as principais correntes antropológicas como dualismo, realismo, transcendentalismo e existencialismo.
Conjunto de slides sobre o tema "discipulado". Em breve disponibilizarei todos os slides do curso completo sobre discipulado. Tem disponível entre os materiais postados a apostila do curso completo: Discipulado - uma ideia transformadora.
O documento fornece um resumo da história da Igreja desde seus primórdios até os dias atuais, dividindo-a em fases. Apresenta brevemente o contexto histórico, religioso, cultural e social do mundo do Novo Testamento, com foco no período persa, grego e macabeu. Explora também temas como o gnosticismo, o montanismo e o sincretismo religioso nos primeiros séculos.
Este documento fornece orientações sobre como mobilizar uma igreja para o crescimento. Ele explica que o crescimento deve ser natural e resultado da vida espiritual, e lista sintomas de uma igreja que não está crescendo. Em seguida, apresenta um ciclo de crescimento baseado em Atos 2 e sugere implementar um processo de crescimento natural por meio de oração, equipe de mobilização, metas e plano de ação.
1) O documento apresenta uma apostila sobre o livro dos Atos dos Apóstolos destinada a um curso de teologia para leigos.
2) Aborda tópicos como o objetivo do livro dos Atos, como lê-lo, o poder político na Palestina na época, os principais problemas enfrentados e grupos religiosos e sociais.
3) Apresenta resumos de cada capítulo dos Atos dos Apóstolos, destacando os principais acontecimentos neles narrados.
O documento discute as principais etapas na formação da Bíblia, incluindo o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Descreve as principais eras do povo judeu e como os livros foram escritos ao longo de mil anos, incorporando tradições orais e escritas em vários gêneros literários. Conclui que, embora tenha muitos autores, a Bíblia transmite uma mensagem universal de Deus para a humanidade.
O documento discute conceitos fundamentais de evangelismo e evangelização, incluindo a definição de termos como evangelho, evangelismo e evangelização. Também aborda princípios gerais de evangelização, o papel do evangelista e de Cristo como o principal evangelista.
- Deus fez alianças no passado com figuras como Abraão e Moisés, mas o povo frequentemente desobedecia a Deus.
- Deus prometeu uma Nova Aliança superior, baseada em promessas eternas, que seria cumprida por um salvador vindouro.
- A Nova Aliança traria um coração novo, um espírito novo e a salvação para todos os povos da terra, não apenas um grupo específico.
1) O documento discute três sistemas de governo da igreja - episcopal, presbiteriano e congregacional.
2) Cada sistema é explicado em termos de onde reside a autoridade e como as decisões são tomadas.
3) O autor argumenta que o sistema congregacional melhor reflete os princípios bíblicos, mas nenhum sistema é perfeito.
antonio inacio ferraz-Igreja presbiteriana no Brasil-técnico em agropecuária ...ANTONIO INACIO FERRAZ
O documento descreve a história da Igreja Presbiteriana, começando com suas origens na Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero e João Calvino. O presbiterianismo se popularizou na Grã-Bretanha com o trabalho de John Knox e chegou aos Estados Unidos no século 17. O primeiro missionário presbiteriano no Brasil foi o americano Ashbel Green Simonton, que fundou a primeira igreja no Rio de Janeiro em 1859.
Este documento discute a Aliança Mosaica entre Deus e o povo de Israel. Ele explica como Deus libertou Israel do cativeiro no Egito, e como a Aliança Mosaica estabeleceu leis e princípios éticos e morais para organizar a nação. O documento também descreve os Dez Mandamentos, sacrifícios e ofertas no Antigo Testamento, e como apontavam para Cristo como o verdadeiro sacrifício.
O documento descreve a história da Igreja Presbiteriana do Brasil em três frases:
1) Sua origem veio da Europa no século 19, trazida por missionários americanos como Ashbel Green Simonton em 1859.
2) Ela cresceu e se organizou no Brasil, formando o primeiro Presbitério em 1865 e a Assembléia Geral em 1910.
3) Atualmente existem várias denominações presbiterianas no Brasil, como a IPB, a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil e a Igreja Pres
Cristo é Sacramento de Deus Pai e a Igreja é Sacramento de Cristo, servindo a comunidade e proporcionando momentos de transformação nos eventos da vida. Os sacramentos são vitais para a espiritualidade cristã, alimentando-a e dando força e motivação. O documento discute a definição de sacramento e os efeitos do batismo.
1) O documento discute os conceitos bíblicos de aliança, comparando a antiga aliança com a nova aliança estabelecida por Jesus Cristo.
2) As alianças entre Deus e o homem revelam o amor, a graça e a misericórdia de Deus, apesar da desobediência humana.
3) A nova aliança baseia-se no sacrifício perfeito de Jesus, diferindo da antiga aliança que dependia de sacrifícios imperfeitos de animais.
O documento discute vários aspectos da vida cristã como o batismo, a ceia do Senhor, dízimos e ofertas. Ele explica que o batismo representa a imersão em água de um crente em Jesus Cristo em confirmação pública de sua fé e foi ordenado por Jesus. A Ceia do Senhor relembra a morte e ressurreição de Jesus através do pão e do vinho. O dízimo é 10% da renda dada a Deus por gratidão e as ofertas são doações voluntárias baseadas na generosidade do
O documento discute a Nova Aliança de Cristo no Novo Testamento, incluindo (1) a história bíblica como uma história de salvação realizada por Deus em Cristo, (2) o cumprimento das promessas de Israel em Jesus, e (3) a estrutura da mensagem salvífica ao longo dos evangelhos, Atos, cartas paulinas e apocalipse.
Uma narração sobre a antiga Aliança que Deus realizou com seu povo, como sombra e precursora da Nova e eterna Aliança que foi realizada através do sangue de Jesus e fundou a Igreja estendendo os benefícios das alianças de Deus a todo homem que crer e aceitar a proposta do Senhor.
IGREJA PRESBITERIANA - O GOVERNO DA IGREJA Joao Franca
Este documento discute o governo da igreja segundo a Bíblia. Apresenta três formas de governo: episcopal (governo de um bispo), congregacional (governo conjunto do povo) e presbiteriano (governo representativo por presbíteros eleitos). Argumenta que o governo presbiteriano é o modelo bíblico, tendo raízes no Antigo Testamento com os presbíteros como líderes, e continuando no Novo Testamento.
O documento discute a importância da educação para o desenvolvimento econômico e social de um país. Ele destaca como educação de qualidade leva a uma mão de obra mais qualificada e produtiva, aumentando o potencial de crescimento de longo prazo da economia. Da mesma forma, educação promove valores democráticos e reduz desigualdades sociais.
A História da Igreja Presbiteriana no BrasilJocarli Junior
O documento resume a história da Igreja Presbiteriana, desde suas origens na Reforma Protestante liderada por Lutero e Calvino até seu desenvolvimento nos Estados Unidos e no Brasil por missionários como o Rev. Ashbel Green Simonton e o Rev. José Manoel da Conceição.
1) A expiação refere-se ao pagamento da dívida dos pecados. 2) Os calvinistas acreditam que a expiação de Cristo foi limitada aos eleitos por Deus, não para toda a humanidade. 3) Jesus morreu para salvar aqueles que o Pai lhe deu e para manifestar o amor de Deus, não para salvar todos indiscriminadamente.
Lição 9 - O Batismo – A Primeira Ordenança da Igreja.pptxCelso Napoleon
EBD | 1° Trimestre De 2024 | CPAD Adultos | Tema: O CORPO DE CRISTO - Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo | Escola Bíblica Dominical | Lição 9 - O Batismo – A Primeira Ordenança da Igreja
Slides elaborados por Celso Napoleon
O documento discute o batismo cristão, incluindo o que é, por que é importante e como deve ser realizado. Ele explica que o batismo é um sacramento no qual as pessoas se tornam sagradas e recebem uma nova vida em Cristo, e que os pais e padrinhos assumem o compromisso de educar a criança na fé cristã. Ele também discute os papéis dos pais, padrinhos e catequese na formação contínua da fé após o batismo.
Revista Licoes Biblicas_Professor - 1º Trim 2024.pdfSergio Luis
O documento apresenta uma lição bíblica sobre a origem da Igreja com o objetivo de: 1) Descrever a trajetória do povo de Deus na Bíblia e na história; 2) Apresentar a Igreja como uma criação divina; 3) Identificar a Igreja como a comunidade de salvos. O professor José Gonçalves irá conduzir a discussão sobre esses tópicos e como a Igreja foi planejada por Deus para ser o Corpo de Cristo no mundo.
Apostila os Ministérios e Dons da Igreja de Jesus Cristo Robson Rocha
O documento discute os cinco dons ministeriais mencionados em Efésios 4:11 - apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Ele define cada um destes ministérios e discute suas qualificações e propósitos de acordo com a Bíblia.
1. O documento discute a importância do treinamento de discipulado para formação de seguidores de Jesus e multiplicação.
2. Ele descreve a experiência do autor em implementar métodos de discipulado em diferentes igrejas, resultando em centenas de batismos.
3. Passagens bíblicas mostram como o discipulado foi praticado na igreja primitiva, fazendo o número de discípulos crescer rapidamente.
O documento convoca os jovens a aproveitarem o Ano da Fé para reavivarem e aprofundarem sua fé em Deus, explorando recursos como o Catecismo da Igreja Católica e os documentos do Vaticano II. Também encoraja os jovens a usarem a mídia social para discutirem a fé e se engajarem em iniciativas promovidas por associações e movimentos eclesiais durante este ano especial.
Este documento fornece diretrizes sobre a celebração do batismo de crianças segundo o rito romano reformado pelo Concílio Vaticano II. Ele discute a dignidade do batismo, as funções e ministérios na celebração, incluindo o papel dos padrinhos, e os ministros ordinários do batismo.
1) O documento descreve os preliminares gerais da iniciação cristã através dos sacramentos do batismo, confirmação e eucaristia. 2) Ele destaca a dignidade do batismo como porta da vida e do reino de Deus e como sacramento da fé e da adesão a Cristo. 3) São descritas as funções e ministérios na celebração do batismo, incluindo a preparação, os padrinhos e os ministros ordinários.
O documento discute a Pastoral do Batismo, que tem como objetivo preparar pais e padrinhos para o sacramento do batismo e conscientizá-los sobre seu significado e compromisso. A pastoral realiza encontros para ensinar sobre o batismo e importância de educar as crianças na fé católica. O batismo introduz a criança na vida cristã e na Igreja.
1. O documento discute como estudos bíblicos em pequenos grupos podem ajudar os membros a mergulhar mais profundamente na Bíblia e trazer suas verdades para o coração.
2. O objetivo é que cada participante encontre o Senhor revelado nas Escrituras e Ele encontre lugar em seus corações.
3. A reunião de pequenos grupos é importante porque Cristo prometeu estar presente quando Seus seguidores se reunirem em Seu nome.
1) O documento discute desafios e perspectivas pastorais para a evangelização da juventude no Brasil.
2) Ele apresenta elementos sobre a realidade juvenil atual e deseja oferecer orientações para o trabalho com jovens na Igreja.
3) O documento é dividido em três partes: conhecimento da realidade juvenil, olhar de fé a partir da Bíblia e do Magistério, e linhas de ação para a evangelização de jovens.
1) O documento da CNBB discute os desafios e perspectivas pastorais para a evangelização da juventude no Brasil.
2) Ele fornece alguns elementos sobre a realidade juvenil atual, como as transformações culturais e as novas atitudes dos jovens diante do mundo.
3) O documento propõe que a Igreja conheça melhor os jovens, anuncie Jesus Cristo a eles, e os acompanhe em um processo de crescimento na fé ao longo da vida.
1) O documento convida a Arquidiocese de Pouso Alegre a viver o Ano da Fé em preparação para os 120 anos da criação da diocese, com o objetivo de renovar a conversão ao Senhor e fortalecer a fé.
2) Ele destaca a importância da Pastoral do Batismo, da Catequese e da Liturgia para educar na fé e transmitir a experiência do encontro com Cristo.
3) Pede que se dê atenção especial às famílias e aos jovens neste processo de formação e crescimento na f
1) O manual do pastor tem como objetivo fornecer orientações para pastores e líderes das Igrejas Irmãs Menonitas do Brasil sobre questões doutrinárias, éticas, de culto e administração.
2) Aborda tópicos como a definição de igreja, missão, distintivos, governo, relacionamento com outras denominações, ética pastoral e procedimentos para batismo, ceia, admissão e desligamento de membros.
3) Também inclui informações sobre disciplina na igreja, ordenação,
IBADEP BÁSICO -HERESIOLOGIA - CAPITULO 2.pptxRubens Sohn
O documento discute o movimento G12 e o catolicismo romano, criticando alguns aspectos de ambos. Sobre o G12, aponta que ele não está de acordo com a Bíblia, promove heresias e visa ganhos financeiros. Quanto ao catolicismo, resume que ele surgiu no século IV com Constantino e concílios que estabeleceram doutrinas, mas que não representam a igreja original de Cristo.
1) O documento discute a pregação de John Wesley sobre a necessidade da experiência pessoal da ação renovadora do Espírito Santo.
2) Wesley colocou essa experiência no centro de sua pregação, o que trouxe críticas de que ele era um "entusiasta".
3) No entanto, Wesley via a experiência do Espírito como fundamental para a certeza da salvação e aceitação por Deus, não buscando sinais externos como falar em línguas, mas a transformação interior.
Este documento fornece diretrizes para a pastoral do batismo de crianças na Igreja Católica. Ele discute a dignidade do batismo, princípios e normas, preparação e celebração, ministros, responsabilidades dos pais e padrinhos, condições para padrinhos, diálogo com famílias e data e local da celebração.
O documento discute o sacramento cristão do batismo. Em três frases:
1) O batismo é a primeira iniciação cristã e consagração à Santíssima Trindade. 2) Os pais e padrinhos se preparam para o batismo de uma criança, incluindo discussões sobre os significados do nome, vida como dom de Deus, e incorporação na Igreja. 3) Os símbolos e mandamentos cristãos, como o sinal da cruz e os Dez Mandamentos, são explicados como parte da preparação para o batismo.
Este documento da CNBB fornece orientações para a evangelização da juventude no Brasil. Ele discute a importância da juventude para a Igreja e a sociedade, e enfatiza a necessidade de conhecer a realidade dos jovens para evangelizá-los de forma efetiva. O documento é dividido em três partes: a primeira analisa elementos da realidade juvenil; a segunda fornece um olhar de fé com base na Bíblia e no Magistério; e a terceira propõe linhas de ação para a evangelização dos jovens
Semelhante a Para Vós e Vossos Filhos - O Batismo Cristão - Paulo Anglada (20)
O documento discute as bases criacionistas versus evolucionistas, comparando os princípios do uniformitarismo e catastrofismo. Apresenta evidências geológicas e fósseis que desafiam a visão evolucionista, como achados de espécies supostamente de eras diferentes coexistindo, e a ausência de fósseis verdadeiramente transitórios. Critica também a seleção natural como mecanismo de evolução gradual das espécies.
O documento discute evidências de que a Terra atual é resultado de uma grande catástrofe global no passado, o Dilúvio de Gênesis. Apresenta argumentos de que a Terra pré-diluviana era muito diferente e mais adequada à vida, e que os registros fósseis e rochas mostram evidências de um mundo destruído e soterrado rapidamente pelo dilúvio. Também discute evidências geológicas como bacias sedimentares, fases de transgressividade e regressividade que apoiam um dilúvio global, não local.
O documento discute vários fósseis e achados arqueológicos que foram usados no passado para apoiar a teoria da evolução humana, mas que posteriormente foram reconhecidos como fraudes ou mal interpretados. Questiona as classificações de espécies como ancestrais do homem e argumenta que neandertais eram seres humanos como nós.
O documento discute a origem do homem segundo a Bíblia versus a visão evolucionista. A Bíblia afirma que o homem foi criado separadamente dos animais e à imagem de Deus, enquanto os evolucionistas acreditam que o homem evoluiu de ancestrais símios. No entanto, há poucas evidências fósseis para apoiar esta visão, e as semelhanças anatômicas entre homens e macacos podem ser interpretadas de ambos os lados.
Este documento apresenta o prefácio de um livro sobre a doutrina reformada das Escrituras. O prefácio destaca a importância de reafirmar os princípios fundamentais da Reforma sobre a suficiência e autoridade da Bíblia, em um contexto onde estas doutrinas têm sido questionadas. O livro pretende demonstrar a centralidade da Palavra de Deus para a fé e prática cristãs com base nas Escrituras e na história.
O documento descreve a instituição da Ceia do Senhor por Jesus Cristo. Em três frases:
1. Jesus Cristo instituiu a Ceia do Senhor na noite em que foi traído, pouco antes de seus sofrimentos, para armar e animar o espírito de seus discípulos naquele momento difícil e no futuro.
2. Ao tomar, abençoar, partir e distribuir o pão e o cálice, Cristo mostrou que a Ceia do Senhor é um banquete espiritual para suprir as graças dos crentes, não para empanturrar
O sermão discute como os cristãos não devem procurar vingança, ensinando a voltar a outra face, deixar a capa e ir duas milhas com quem pede serviço. Isso significa perdoar os outros e viver segundo os princípios do Evangelho, como Jesus fez ao perdoar seus crucificadores.
O sermão discute como os cristãos devem falar de forma diligente, cumprindo promessas e falando a verdade. Jesus ensinou que os cristãos não devem fazer distinções entre juramentos, mas sim cumprir todas as promessas feitas. Isso significa que nossas palavras devem ser "sim, sim" ou "não, não", sem mentiras.
O sermão discute a compreensão do pecado segundo Jesus Cristo no Evangelho de Mateus. Cristo mostra que o pecado começa nos pensamentos e desejos do coração, não apenas nos atos externos. Isso porque somos todos pecadores internamente. A compreensão correta do pecado nos leva a depender unicamente da salvação por Cristo crucificado, que nos livra da condenação.
1) O sermão discute como o pecado é compreendido de forma errada, levando as pessoas a acharem jeitos de contornar as leis de Deus.
2) Cristo ensina que o divórcio só é permitido em caso de adultério, não por qualquer motivo.
3) Sem entender a santidade de Deus e o pecado, as pessoas procuram jeitos de se satisfazer com o errado, mas não há como enganar Deus.
O sermão discute a compreensão do pecado e suas consequências. Ele enfatiza que (1) o pecado começa no coração, (2) não devemos subestimar a gravidade do pecado, e (3) a falta de compreensão do pecado leva as pessoas a se afastarem de Cristo.
Eu tomei conhecimento do livro DIDÁTICA MAGNA quando estava fazendo licenciatura em História e tínhamos que adquirir conhecimentos sobre métodos de ensinos. Não adianta conhecer história e não ter métodos didáticos para transmitir estes conhecimentos aos alunos. Neste contexto conheci Comenius e fiquei encantado com este livro. Estamos falando de um livro de séculos atrás e que revolucionou a metodologia escolar. Imagine que a educação era algo somente destinada a poucas pessoas, em geral homens, ricos, e os privilegiados. Comenius ficaria famoso e lembrado para sempre como aquele educador que tinha como lema: “ensinar tudo, para todos.” Sua missão neste mundo foi fantástica: Ele entrou em contato com vários príncipes protestantes da Europa e passou a criar um novo modelo de escola que depois se alastrou para o mundo inteiro. Comenius é um orgulho do cristianismo, porque ele era um fervoroso pastor protestante da Morávia e sua missão principal era anunciar Jesus ao mundo e ele sabia que patrocinar a educação a todas as pessoas iria levar a humanidade a outro patamar. Quem estuda a história da educação, vai se defrontar com as ideias de Comenius e como nós chegamos no século XXI em que boa parte da humanidade sabe ler e escrever graças em parte a um trabalho feito por Comenius há vários séculos atrás. Até hoje sua influencia pedagógica é grande e eu tenho a honra de republicar seu livro DIDÁTICA MAGNA com comentários. Comenius ainda foi um dos líderes do movimento enciclopédico que tentava sintetizar todo o conhecimento humano em Enciclopédias. Hoje as enciclopédias é uma realidade.
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxCelso Napoleon
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
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Este livro serve para desmitificar a crença que o apostólo Pedro foi o primeiro Papa. Não havia papa no cristianismo nem nos tempos de Jesus, nem nos tempos apostólicos e nem nos tempos pós-apostólicos. Esta aberração estrutural do cristianismo se formou lá pelo quarto século. Nesta obra literária o genial ex-padre Anibal Pereira do Reis que faleceu em 1991 liquida a fatura em termos de boas argumentações sobre a questão de Pedro ser Papa. Sempre que lemos ou ouvimos coisas que vão contra nossa fé ou crença, criamos uma defesa para não se convencer. Fica a seu critério ler este livro com honestidade intelectual, ou simplesmente esquecer que teve esta oportunidade de confronto consigo mesmo. Qualquer leigo de inteligência mediana, ao ler o livro de Atos dos Apóstolos que é na verdade o livro da história dos primeiros anos do cristianismo, verá que até um terço do livro de Atos vários personagens se alternam em importância no seio cristão, entre eles, Pedro, Filipe, Estevão, mas dois terço do livro se dedica a conta as proezas do apóstlo Paulo. Se fosse para colocar na posição de papa, com certeza o apóstolo seria Paulo porque ele centraliza as atenções no livro de Atos e depois boa parte dos livros do Novo Testamento foram escritos por Paulo. Pedro escreveu somente duas epístolas. A criação do papado foi uma forma de uma elite criar um cargo para centralizar o poder sobre os cristãos. Estudando antropologia, veremos que sempre se formam autocratas nas sociedades para tentar manter um grupo coeso, só que no cristianismo o que faz a liga entre os cristãos é o próprio Cristo.
Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (3)Nilson Almeida
Presente especial para os cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material distribuído gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
Eu comecei a ter vida intelectual em 1985, vejam que coincidência, um ano após o título deste livro, e neste ano de 1985 me converti a Cristo e passei a estudar o comunismo e como os cristãos na União Soviética estavam sofrendo. Acompanhava tudo através de dois periódicos cristãos chamados: Missão Portas Abertas e “A voz dos mártires.” Neste contexto eu e o Eguinaldo Helio de Souza, que éramos novos convertidos tomamos conhecimento das obras de George Orwell, como a Revolução dos Bichos e este livro chamado “1984”. Ao longo dos últimos anos eu assino muitas obras como DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ e Eguinaldo Helio se tornou um conferencista e escritor reconhecido em todo território nacional por expor os perigos do Marxismo Cultural. Naquela época de 1985-88 eu tinha entre 15 a 17 anos e agora tenho 54 anos e o que aprendi lendo este livro naquela época se tornou tão enraizado em mim que sempre oriento as pessoas do meu círculo de amizade ou grupos de whatsapp que para entender política a primeira coisa que a pessoa precisa fazer é ler estas duas obras de George Orwell. O comunismo, o socialismo e toda forma de tirania e dominação do Estado sobre o cidadão deve ser rejeitado desde cedo pelo cidadão que tem consciência política. Só lembrando que em 2011 foi criado no Brasil a Comissão da Verdade, para reescrever a história do período do terrorismo comunista no Brasil e ao concluir os estudos, a “Comissão da Verdade” colocou os heróis como vilões e os vilões como heróis.
PROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdfNelson Pereira
As profecias bíblicas somente são fantasias para os analfabetos bíblicos e descrentes. A Escatologia é uma doutrina central das Escrituras que anunciam a Primeira Vinda no AT e o NT a Segunda.
Resguardada as devidas proporções, a minha felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a Bíblia e consequentemente acabamos por estudar também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento da nação de Israel tem relação com a imigração dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois temos a história do Êxodo com Moisés e quando pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia, ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na hora e até printei este momento único. Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo, eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei uma vida inteira por este momento. Neste livro vou pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu sempre posando do lado destas peças que por tantos anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com noções do que verá lá.
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxCelso Napoleon
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade
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REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
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Lição 12 - A Bendita Esperança: A Marca do Cristão.pptxCelso Napoleon
Lição 12 - A Bendita Esperança: A Marca do Cristão
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Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)Nilson Almeida
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2. p*b a VOS epara
vossos FILHOS
0 BATISMO CRISTÃO
PAULO ANGLADA l «
3. PREFÁCIO
O batismo infantil (ou pedobatismo) é considerado uma prática
estranha por boa parte dos evangélicos no contexto brasileiro, forma
do prindpalmente por igrejas batistas e pentecostais (credobatistas).
Para esses irmãos, a ordenança do batismo precisa ser acompanhada
de profissão de fé - o que as crianças pequenas obviamente não são
capazes de fazer. Além disso, no Brasil, a igreja conhecida por batizar
crianças é a Igreja de Roma, a qual realiza o rito de maneira indiscri
minada, batizando qualquer criança.
Nessa situação, é importante explicar as razões que nos levam
(igrejas reformadas) a receber como membros da Igreja, através do
batismo, os filhos menores das famílias da aliança. É verdade, observa
John Murray, que "pensar a revelação da Escritura organicamente é
muito mais difícil do que pensar atomisticamente”.10 argumento em
defesa do batismo infantil não se baseia no ensino direto de textos bí
blicos avulsos. Ele "se fundamenta no reconhecimento de que a ação
redentiva e revelacional de Deus neste mundo é pactuai”.12Nem por
isso, entretanto, as bases para o batismo infantil por aspersão ou ablu-
ção são mais fracas ou menos bíblicas do que os argumentos opostos.
1 John Murray, Christian Baptism (Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed,
1980), ii.
4. 6 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
Muito pelo contrário. Elas são fortes, profundas, abrangentes e con
sistentes. Elas refletem “um conceito chave no Novo Testamento”:
Todo o povo de Deus (judeu ou gentio - passado ou presente) é abençoado
de acordo com a aliança (isto é, a promessa de bênção) que Deus fez com
Abraão.3
Conforme explica o apóstolo Paulo:
Os dajè é que sãofilhos deAbraão.Ora, tendo a Escritura previsto que Deus
justificaria pela fé os gentios, preanundou o evangelho a Abraão: Em ti,
serão abençoados todos os povos. De modo que os dajè são abençoados com
o crente Abraão... Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele
próprio maldição em nosso lugar... para que a bênção deAbraão chegasse aos
gentios, emJesus Cristo.4
Meu objetivo, portanto, ao publicar este pequeno livro, é escla
recer os leitores quanto ao conceito e prática reformada relacionados
ao significado, simbolismo e forma do batismo; e, principalmente,
explicar as razões pelas quais praticamos o batismo infantil. A obra
não tem nenhuma pretensão acadêmica. Não pretendi ser exaustivo
ou realizar uma pesquisa histórica, exegética ou teológica profunda,
para acadêmicos, teólogos ou especialistas.
Também não desejo, com esta pequena obra, provocar polê
mica, menosprezar ou ofender aqueles que pensam de maneira di
ferente. Durante quase vinte anos tive o privilégio de ensinar várias
disciplinas em um seminário batista, e de comungar,-respeitar e amar
irmãos de várias denominações batistas e pentecostais que ali estuda
ram ou ensinaram ao longo desses anos. Amo-os sinceramente em
Cristo, para tencionar de maneira alguma ofendê-los ou feri-los.
Minha motivação é puramente pastoral. Meu desejo sincero ao
produzir esse material, foi, primeiramente, esclarecer os membros
da minha própria igreja com relação às razões das nossas práticas
3 Bryan Chapell, Wfty Do We Baptize Infants? Basics of the Faith (Phiilipsburg, NJ:
Puritan and Refòrmed, 2006), 7 (ênfase do autor).
4 Gálatas 3:7-9 (ênfase minha).
5. PREFÁCIO 7
acerca do batismo e das questões controvertidas associadas a esse
sacramento. Este estudo foi realizado inicialmente no contexto do
meu ministério como pastor da Igreja Presbiteriana Central do Pará,
para instrução da igreja e principalmente dos pais, por ocasião da
realização de batismos infantis.
Ele foi posteriormente publicado, em uma forma mais resumi
da, há quatorze anos atrás, em uma obra coletiva, juntamente com
artigos deJohn Sartelle, John Evans eJoseph Pipa.5
Na presente forma, esses estudos apresentam-se desenvolvidos
com a inclusão de novas seções e conteúdos, enriquecidos com novas
pesquisas bíblicas, e aprofundados com citações e referências a obras
clássicas e contemporâneas significativas sobre o tema.
Expresso os meus agradecimentos a todos quantos, direta ou
indiretamente, contribuíram para a preparação e publicação desta
obra: aos meus pais, Hélio e Beatriz (em memória); aos meus filhos,
Karis Beatriz, Paulus Roberto e Anna Layse; e, espedalmente, à mi
nha esposa, Layse. Agradeço também aos membros da Igreja Pres
biteriana Central do Pará e ao irmão em Cristo Josias Baía e família,
pela importante contribuição para a publicação deste livro. Sou grato
principalmente a Deus, pela graciosa salvação, vocação e providência
em CristoJesus.
Espero que o Supremo Pastor condescenda em fazer uso dessa
pequena obra para esclarecimento de dúvidas dos leitores acerca do
significado e práticas relacionadas ao batismo cristão, com vistas à
edificação da sua Igreja.
Charlotte, NC, 26 de maio de 2014
Paulo R. B. Anglada
5 Paulo Anglada, "Batismo: A Circuncisão Cristã”, em O Batismo Infantil: O Que os
Pais Deveríam SaberAcerca deste Sacramento (São Paulo: Editora Os Puritanos, 2000),
37-52.
6. ÍNDICE
Prefácio........................................................................................................5
Introdução............................................................................................... ll
1 Significado do Batismo C ristão........................................................ 13
Atestado de Salvação?................................................................................ 14
Meio de Salvação?........................................................................................ 15
Essencial à Salvação?....................................................................................16
Continuação da Circuncisão.......................................................................17
Sinal e Selo do Pacto da Graça.................................................................... 19
Representa União com Cristo
e Todos os Benefícios Decorrentes............................................................ 22
2 O Batismo e as C rianças da Afiança...............................................25
No Antigo Testam ento..............................................................................25
No Novo Testamento................................................................................. 27
3 O bjeções Contra o Batismo Infantil............................................... 33
Não Existe Mandamento
Bíblico Explícito para Batizar Crianças.......................................................33
Não Existem Exemplos Claros de
Batismo Infantil no Novo Testamento.......................................................35
Jesus Só foi Batizado aos Trinta Anos de Idade.........................................35
7. 10 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
As Crianças Não Preenchem as
Condições Necessárias: Arrependimento e F é ........................................36
Dedicar ou Apresentar Crianças
Não é mais Bíblico do que Batizá-las?......................................................38
Não é uma Incoerência Batizar Crianças
e Não Permitir que Participem da Ceia?..................................................38
Que Benefícios o Batismo Infantil Pode Proporcionar?.........................39
4 B enefícios do Batismo Infantil..........................................................41
Para a Igreja..................................................................................................42
Para os Pais...................................................................................................43
Para as Crianças...........................................................................................45
Conclusão....................................................................................................46
5 Simbolismo e M o do d o Batismo.........................................................49
A Prática Batista e Pentecostal....................................................................49
A Prática Reformada e Protestante............................................................ 50
C o nclusã o .................................................................................................59
Bibliografia, 61
8. INTRODUÇÃO1
O batismo e a ceia do Senhor são os dois sacramentos ordena
dos por Jesus para serem observados na dispensação da graça. Na
concepção reformada:
Os sacramentos são santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente
instituídos por Deus para representar Cristo e seus benefícios, e confirmar
o nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível
entre os que pertencem à Igreja e o restante do mundo, e solenemente
comprometê-los no serviço de Deus em Cristo, segundo a sua Palavra.2
A ceia do Senhor foi instituída por ocasião da ultima participa
ção de Cristo na páscoa (Mt 26:26-30).’O batismo cristão foi ordena
do na grande comissão, em Mateus 28:18-20 e Marcos 16:15-16.
Existem algumas questões controvertidas relacionadas ao ba
tismo, especialmente no que diz respeito ao batismo de crianças e
ao modo do batismo. Algumas denominações evangélicas batistas e
pentecostais, as quais constituem a maioria em nosso contexto, não
batizam crianças e reconhecem unicamente o batismo por imersão.
Entretanto, o batismo infantil representa a prática Cristã histórica. As
outras denominações protestantes históricas (luterana, reformada,*1
' Ler Gn 17:1-14; Cl 2:8-12; Mt 28:18-20; e Tt 3:4-7.
1 “Confissão de Fé de Westminster”, em SímbolosdeFé: ConfissãodcFéde Wcstminstcr,
Catecismo Maior; BreveCatecismo (São Paulo: Cultura Cristã, 2005), 27:1.
1 Conferir também Mc 14:22-26; Lc 22:14-20; e 1 Co 11:23-26.
9. 12 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
anglicana, presbiteriana, metodista, etc.) batizam crianças e reco
nhecem a legitimidade de ambos os métodos (imersão e aspersão),
dando preferência ao segundo.
Em virtude dessas controvérsias e da prática católico-romana de
batizar indiscriminadamente qualquer criança, é importante esclare
cermos porque batizamos filhos menores de crentes professos, e pra
ticamos batismo por aspersão ou ablução. Esta obra pretende explicar,
resumidamente, a razão das nossas práticas concernente ao batismo,
especialmente no que se refere a essas questões controvertidas.
O livro contém cinco capítulos. O capítulo primeiro aborda o
tema do significado do batismo cristão: como ele deve ser compre
endido, na ótica reformada. O capítulo segundo lida com a questão
do batismo infantil: o lugar dos filhos da aliança no Antigo e no Novo
Testamento. O capítulo terceiro apresenta respostas reformadas às
principais objeções levantadas contra o batismo infantil. O capítulo
quarto indica os benefícios e as implicações do batismo infantil para
a igreja, para os pais e para as crianças. O capítulo cinco discute a
questão do simbolismo e do modo do batismo, sustentando que os
batismos por aspersão e ablução são tão legítimos quanto o batismo
por imersão.
Que o Senhor da Igreja, o próprio conteúdo do batismo cristão,
faça uso deste pequeno livro para a instrução e a edificação do povo
da aliança.
10. Capítulo 1
SIGNIFICADO
DO BATISMO CRISTÃO
Do ponto de vista reformado, o equívoco básico daqueles que
não batizam crianças e que exigem o método da imersão reside na
compreensão inadequada da continuidade da revelação da história
da redenção. A progressividade da revelação da obra da salvação, pla
nejada por Deus na eternidade, não deve eclipsar a sua continuidade
e unidade,1 como cumprimento das promessas da aliança.12 “Existe
uma unidade fundamental da aliança da graça à medida que ela se
desdobra progressivamente por toda a Escritura, de Gênesis 3:15
até o seu clímax, com a vinda de Cristo na ‘plenitude do tempo’ (G1
4:4)”.3 Sinclair Ferguson resume bem a unidade histórica da Igreja,
como segue:
A igreja é organicamente uma em toda a história da revelação redentiva.
Ela consiste de todos os que são abraçados pela aliança de Deus. A graça de
Deus é uma; a fundação da salvação é uma, administrada diferentemente
1 Cf.Jr 31:31-34; Os 1:10-11; Am 9:11-15; Rm 2:28-29; 9:6-8; e G13:7;
2 Cf. Lc 1:54-55, 68-70,72-73; At 2:14-40; 13:32-33; e G13:13-14.
3 Daniel R. Hyde,Jesus Laves the Little Cbildren: Wky WeBaptizc Chihhiv Kà .iiulvillr.
MI: Reformed Fellowship, 2006), 30.
11. 14 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
nas épocas de promessa e cumprimento; o instrumento da justificação é
um, ou seja, fé salvadora; há um único Israel de Deus.4
O Antigo e o Novo Testamento não ensinam duas religiões
diferentes. A Igreja Cristã não é outra igreja. A igreja de Deus no
Antigo e no Novo Testamento pode ser comparada a uma lagarta e
uma borboleta. Elas são consideravelmente diferentes quanto à for
ma, mas a mesma na essência.5Tanto é assim, que as palavras igreja/
congregação6e Israel são aplicadas tanto ao povo de Deus no Antigo
Testamento, como ao povo de Deus, no Novo.7
O apóstolo Paulo explica claramente que a igreja Cristã não é
uma nova árvore, e sim apenas um galho enxertado na mesma árvo
re, cuja raiz é Abraão (Rm 11:13-24), o “pai de todos os crentes” (Rm
4:11). Abraão é o pai tanto de circuncisos, como de incircuncisos,
“que andam nas pisadas da fé que teve nosso pai Abraão antes de
ser circuncidado” (Rm 4:11-12). Ele foi um pecador salvo pela graça
de Deus, mediante a fé nas suas promessas, assim como todo crente
genuíno, em todas as épocas.
O que representa o batismo, no entendimento reformado? Ve
jamos, primeiramente, o que o batismo não é, para, depois, conside
rarmos o que ele é.
ATESTADO DE SALVAÇÃO?
Primeiramente, é preciso ressaltar que o batismo não é neces
sariamente um atestado de salvação, um sinal visível de que a pessoa
está incondicionalmente salva. Não se trata de um rito de admissão
pública na igreja invisível, mas na igreja visível - e esta inclui salvos e
não salvos. Conforme argumenta o apóstolo Paulo:
4 Sinclair B. Ferguson, "Infant Baptism View”, em Baptism: Three Views, ed. David F.
Wright (Downers Grove, IL: InterVarsity, 2009), 100-101.
5 Larry Wilson, Why Does the OPC Baptize Infantsf A Messagefrom the Orthodox Pres-
byterian Church (Willow Grove, PA: The Committee on Christian Education of the
Orthodox Presbyterian Church, 2007), 3.
6 Tradução do termo grego èKKr)oía, correspondente ao hebraico: bnp,
7 ( :f. 1Ib 2:12 (citando o Sl 22:22); At 7:38 e G16:16.
12. 1 SIGNIFICADO DO BATISMO CRISTÃO D
Nem todos os de Israel são, de fato, israelitas; nem por serem descendentes
de Abraão, são todos seus filhos; mas em Isaque será chamada a sua
descendência. Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da
carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da
promessa (Rm 9:6-8).
Existem vários exemplos de membros professos na igreja no
Antigo e no Novo Testamento, os quais foram circuncidados ou ba
tizados, mas nunca experimentaram o lavar regenerador do Espírito
Santo. Auxiliares diretos do apóstolo Paulo, como Demas, abando
naram a fé cristã por amarem o presente século (2 Tm 4:10). Tais
pessoas são ‘mcircuncisas de coração” (Jr 9:26; At 7:51). Elas trazem
o sinal da circuncisão ou do batismo, mas não a realidade que eles
representam.89
Referindo-se a essa classe de pessoas, o apóstolo João explica
que "eles saíram do nosso meio [isto é, da igreja visível], porque não
eram dos nossos [membros da igreja invisível]; porque se tivessem
sido dos nossos [da igreja invisível], teriam permanecido conosco [na
igreja visível]; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que
nenhum deles é dos nossos [da igreja invisível]” (1 Jo 2:19).
Parece desnecessário demonstrar o que a História da Igreja e a
experiência tornam evidente: o batismo não atesta, necessariamente,
a salvação daqueles que o recebem.
MEIO DE SALVAÇÃO?
O batismo também não é um instrumento de salvação. O único
meio de salvação, segundo Bíblia, é a graça de Deus, mediante o arre
pendimento e a fé, operados exclusivamente por meio da Palavra de
Deus lida ou pregada. O batismo não tem poder divino inerente. Em
simesmo, ele não pode regenerar ninguém. Essa doutrina, da regene
ração batismal, parece ter sido sustentada por vários Pais da Igreja,''
8 Cf. Mt 7:22-23.
9 Tais como Irineu, Cirilo de Alexandria, Tertuliano, Gregóriode Nazi.mzo. rime
outros. Cf. William A. BeVier, “Water Baptism in the First Five Ccnmries. Ini II
Modes of Water Baptism in the Ancient Church”, Bibliotheat Siunt 11e> lf. l < i‘ivh
230-32.
13. 16 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
e é ensinada pela Igreja Católico-Romana. Para a Igreja de Roma,
o batismo confere o mérito de Cristo e o poder do Espírito Santo,
purificando da corrupção interna, garantindo remissão da culpa do
pecado e a infusão da graça santificadora, unindo o batizado com
Cristo, abrindo-lhe as portas dos céus.1011Na teologia católico-romana,
a eficácia do batismo não depende nem dos méritos do oficiante,
nem dos méritos do batizado, mas da própria ação sacramental.
Para nós, reformados, entretanto, o batismo não é eficaz em si
mesmo. Ele não opera uma nova vida. Ele a pressupõe e fortalece,
mas não a opera nem garante, como declara a Confissão de Fé de
Westminster:
Posto que seja grande pecado desprezar ou negligenciar esta ordenança,
contudo a graça e a salvação não se acham tão inseparavelmente ligadas
a ela, que sem ela uma pessoa não possa ser regenerada e salva, ou que
sejam indubitavelmente regenerados todos os que são batizados."
É preciso ressaltar, como faz Pierre Marcei, que, à luz das Es
crituras:
A Palavra ouvida e crida, antes e depois do batismo, contém todos os dons,
os quais são plenamente alcançados mediante a fé. Não existe um só dom
que não possa ser comunicado pela Palavra, e sim pelo sacramento.12
ESSENCIAL A SALVAÇÃO?
A Igreja Católica considera que o batismo é necessário para a
salvação. Nós, protestantes, não pensamos assim. O batismo é obri
gatório, por obediência aos preceitos de Deus - e a nossa desobediên
cia a esse preceito naturalmente resulta em empobrecimento espiri
tual, como acontece com a desobediência a outros preceitos bíblicos.
Entretanto, essa concepção do batismo como essencial à salvação é
contrária ao caráter espiritual do evangelho, que não condiciona a
10 Newman, Lectures onJustificoticm, 257. Citado em Alexander Hodge, Ouüines of
Theology (Edinburgh: Banner of Truth, 1972), 625.
11 Capítulo XXVIII, parágrafo V
12 Pierre Charles Marcei, ElBautismo: Sacramento deiPacto de Grada (Rijswijk: Funda-
cion Editorial de Literatura Reformada, 1968).
14. 1 SIGNIFICADO DO BATISMO CRISTÃO 17
salvação a formas externas (Jo 4:21-24). O ladrão arrependido na cruz
é evidência incontestável desse fato. Jesus afirmou que naquele mes
mo dia ele estaria consigo no paraíso, apesar de não haver recebido o
sacramento do batismo.
Do ponto de vista protestante, considerar o batismo como in
dispensável à salvação significa atribuir a essa ordenação bíblica um
caráter supersticioso, incompatível com o evangelho de Cristo.
CONTINUAÇÃO DA CIRCUNCISÃO
Se o batismo não é um atestado de salvação, um meio de salva
ção, nem é essencial à salvação, o que é ele, então? É a continuação
da circuncisão. É a versão evangélica da circuncisão; o correspondente
neotestamentário do sacramento vétero-testamentário da circuncisão.
Os dois sacramentos do Antigo Testamento, a páscoa e a cir
cuncisão, não foram abolidos, e, sim, substituídos. A páscoa, o sacra
mento comemorativo da igreja visível, foi transformada porJesus na
santa-ceia, a ceia da nova aliança, quando ele participou da páscoa
pela última vez (Mt 26:26-30). A circuncisão, o sacramento de admis
são na igreja visível, foi transformada no batismo cristão, visto que
não mais haveria necessidade de derramamento de sangue, uma vez
que o Cordeiro Pascal estava prestes a ser imolado.
Colossenses 2:11-12 “relaciona daramente a circuncisão com o
batismo, e ensina que a circundsão de Cristo, isto é, a do coração,
representada pela circuncisão da carne, é cumprida pelo batismo, ou
seja, pelo que este significa”.13 Nessa importante passagem bíblica,
“enfatizando a continuidade da aliança, assim como a natureza
da mudança do sinal que a acompanha”,14 o batismo cristão é
chamado explidtamente de “circundsão de Cristo”, isto é, a cir
cuncisão cristã:15
13 Ibid., 159.
14 Chapell, WhyDo WeHaplizetnfanlsí, 14.
15 Trata-se de um uso comum do genitivo (o genitivo descritivo), com função adjeti
va, como nos seguintes exemplos: tò CTüjpaTÍjç àpapTÍaç, ocorpodopecado, isto é,
pecaminoso (Rm 6:6); êv tü atópan Tfjç crapicós, nocorpodacarne, isto é, carnal (Cl
1:22); TÒ (MuTKTpa ’lomvou, o batismodeJoão, isto éjoanino (Mt 21:25).
15. 18 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
Nele, também fostes drcunddados, não por intermédio de mãos, mas no
despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido
sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes
ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre
os mortos.
O argumento do apóstolo Paulo é evidente: nós, cristãos, tam
bém fomos drcunddados, não com o corte do prepúcio, mas com
o batismo cristão, o qual, por ter o mesmo significado e substituir a
circuncisão judaica na nova aliança, pode ser referido como circunci
são cristã. Conforme explica Ferguson:
A preocupação de Paulo, em Colossenses 2:11-15, é ressaltar a importância
da obra de Cristo, a qual simultaneamente cumpre o significado da
circuncisão e fundamenta o significado do batismo. Nesse sentido, os dois
sinais, cada um dentro da sua própria aliança, apontam para uma mesma
realidade.16
Marcei destaca a correspondência entre a drcundsão e o batis
mo, como segue:
A promessa, que é o fundamento da circuncisão, é igualmente do batismo;
o representado é o mesmo; a causa, que é o amor de Deus, é a mesma; o
conteúdo, Jesus Cristo, é o mesmo; a razão e o motivo pelos quais nos foi
dado o sinal são os mesmos... o uso e eficácia são idênticos, assim como
as condições de admissão. Eles só diferem com relação à natureza do sinal
externo: depois de Jesus Cristo, um sacramento não podia mais ser um
sacrifício sangrento.17
É importante reconhecer, com relação à circuncisão, conforme
ressalta Murray, que:
A sua significação primária e essencial era que ela era sinal e selo das mais
elevadas e ricas bênçãos espirituais que Deus dispensa aos homens... A
16 Sinclair B. Ferguson, “Infant Baptism Response”,em Baptism: Three Views, ed. Da-
vid F. Wright (Downers Grove, IL: InterVarsity, 2009), 58.
17 Marcei, El Bautismo: Sacramento deiPacto deGrada, 158 (ênfases do autor). Quanto
à diferença relacionada às mulheres, Marcei escreve: "visto que esse sinal do Senhor
[a circuncisão] demonstrava a santificação da sementede Israel, é certo que o mesmo
servia tanto para os varões como para as mulheres; sem dúvida, não era aplicado às
mulheres, porque a sua natureza não permitia” (ibid, 161; ênfase do autor).
16. 1 SIGNIFICADO DO BATISMO CRISTÃO 19
aliança feita com Abraão é, nos termos em que ele recebeu a promessa,
que nele seriam abençoadas as famílias da terra. É nos termos dessa
aliança que ele é o pai de todos os fiéis. E essa aliança que é desdobrada no
Novo Testamento e é nos termos dessa aliança que a bênção de Abraão
vem aos gentios.18
Subsidiariamente, a circuncisão indica uma identidade nacio
nal e implica em bênçãos materiais. Contudo, nem a aliança, nem
o seu selo, a circuncisão, devem ser limitados a essa identidade
nacional. A natureza espiritual (mais ampla e profunda) da aliança
com Abraão e do seu sinal e selo, é indicada nas palavras da própria
aliança: “Serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (cf. Jr 31:33; Gn
17:7; Êx 19:5-6; Dt 7:6).1920
SINAL E SELO DO PACTO DA GRAÇA
Visto que o batismo cristão corresponde à circuncisão judaica,
ele representa, para a igreja visível no Novo Testamento, o mesmo
que a circuncisão representava para a igreja visível no Antigo Testa
mento: o sinal visível e o selo21’da aliança que Deus fez com Abraão,
o “pai de todos os crentes”.21 Esse é o papel da circuncisão, con
forme as palavras do próprio Senhor a Abraão, por ocasião da
instituição dessa ordenança, em Gênesis 17:1-13:
Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o
SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha
presença e sê perfeito. Farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei
extraordinariamente... será contigo aminhaaliança;seráspaide numerosas
18 Murray, Christian Baptism, 46.
19 Ibid., 47. Com relação ao significado espiritual da circuncisão, ver Dt 30:6;Jr 4:4;
Rm4:ll; eFp3:3.
20 Cf. Rm 4:10. Assim como uma aliança de casamento simboliza e sela o pacto de
companheirismo e fidelidade entre um homem e uma mulher que se unem por
amor; ou a autenticação de um documento em cartório.
21 A aliança com Abraão é uma administração histórica do pacto etemo da redenção,
entre as trêspessoas da Trindade, com vistas à salvação dos eleitos de Deus, por meio
da obra redentora de Cristo e operação do Espírito Santo. Mais sobre o pacto da
redenção em Paulo Anglada, Imago Dei: Antropologia Reformada (Ananindeua: Knox
Publicações, 2013). 135-96.
17. 20 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
nações... estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência
no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da
tua descendência. Disse mais Deus a Abraão: Guardarás a minha aliança,
tu e a tua descendência no decurso das suas gerações... Circundareisa carne
do vossoprepúcio; será isso porsinal de aliança entremim evós.O que tem oito
dias será drcuncidado entre vós, todo macho nas vossas gerações, tanto o
escravo nascido em casa como o comprado a qualquer estrangeiro, que
não for da tua estirpe. Com efeito, será drcuncidado o nascido em tua
casa e o comprado por teu dinheiro; a minha aliança estará na vossa carne
e será aliança perpétua (ênfase minha).
A circuncisão dos israelitas e dos prosélitos do judaísmo era,
portanto, um sinal externo de confirmação do pacto de Deus com
Abraão, segundo o qual ele (Abraão) e seus descendentes constitui
ríam a igreja visível de Deus na terra - e não meramente símbolo da
fé dos beneficiários. “Como todos os sinais de aliança, a circuncisão
significava a atividade e graça divinas, às quais os recipientes eram
chamados a responder com fé (cf. Gn 17:11). Ela não significava a
própria fé”.22Por conseguinte:
O pacto da graça é o fundamento do batismo.
Quando buscamos o fundamento do batismo, não basta dizer que o
encontramos em Cristo. Ele é o conteúdo do batismo, e como tal, seu
lugar é eminente. Mas o verdadeiro fundamento dessa ordenança deve
buscar-se na profundidade do decreto de Deus pelo qual Cristo nos foi
dado, graças ao qual o Eterno veio a ser “Deus conosco”, e nos é revelado
no pacto da graça.23
Como resume Samuel Miller: a "circuncisão era um sinal de
visível membresia na família de Deus, e da obrigação pactuai para
com Ele”.24 O batismo cristão, assim como a circuncisão judaica,
22 Ferguson, "Infant Baptism Response”, 55.
23 Marcei, EIBautismo: Sacramento deiPacto de Grada, 154 (ênfases do autor). Ver ex
planação completa de Marcei sobre o pacto da graça como fundamento do batismo,
nas páginas 154-58.
24 Samuel Miller, Infant Baptism: Scriptural and Reasonable and Baptism by Sprinkling
orEffitsion: theMost Suitableand EdifyingMode (Philadelphia:Joseph Whethan, 1835;
reimpressão, Dahlonega, GA: Crown Rights Book Company, 2008), 23.
18. 1 SIGNIFICADO DO BATISMO CRISTÃO 21
é, por conseguinte, o sinal externo solene de admissão na igreja visí
vel, distinguindo o povo da aliança das demais pessoas. Conforme
explica a Confissão de Fé de Westminster, tanto o batismo, como
a ceia do Senhor (os sacramentos):
São santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por
Deus para representar Cristo e os seus benefícios, e confirmar o nosso
interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível entre os que
pertencem à Igreja e o restante do mundo, e solenemente obrigá-los ao
serviço de Deus em Cristo, segundo a sua Palavra.25
O sinal da circuncisão não implicava necessariamente em que
todos os de Israel, a igreja visível no Antigo Testamento, fossem ou
seriam verdadeiros israelitas (isto é, membros da igreja invisível), ou
seja: que necessariamente fossem ou seriam objeto da graça salva
dora. Para isso, eles precisavam se arrepender dos seus pecados c
crer nas promessas da aliança, principalmente na obra messiânica
da redenção (a aliança é condicional).26 A circuncisão também não
implicava em que os gentios não pudessem se tornar membros
da aliança - eles também poderiam ser admitidos na igreja visível
e receber o seu sinal e selo. O sinal da circuncisão implicava, sim,
em que os judeus e gentios circuncidados (prosélitos do judaís
mo) seriam considerados povo de Deus, objeto do seu cuidado
peculiar e da sua bênção, possuidores da sua revelação especial, e
instrumentos da sua graça para todos os povos.
Os compatriotas de Paulo segundo a carne desfrutaram de
privilégios especiais, tais como "a adoção, e também a glória, as
25 Capítulo XXVII, parágrafo I.
26 Quanto ao aspecto negativo da circuncisão e do batismo, como consequência da
desobediência obstinada aos termos da aliança, ver Hyde, Jesus Loves the Littk Chil-
dren, 15-16 e 22-25. Hyde ressalta que "o batismo [assim como a circuncisão] também
é um sinal de maldição... Para aqueles que crêem no que o batismo significa, ele é
um sinal e selo das suas bênçãos em Cristo, mas para aqueles que rejeitam o que o
batismo significa, é um sinal e selo dojulgamento deles como violadores da aliança”
(Ibid., 22). Na mesma linha, Ferguson escreve: ''Reversamente, quando se depara
com obstinada incredulidade, esses sinais [batismo e ceia do Senhor] confirmarão o
julgamento que eles implicam (cf. 1 Co 11:27-32; cf. Hb 3:7; 47)'' (“Infant Baptism
View”, 93; ver também pp. 96-100).
19. 22 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
alianças, a legislação, o culto e as promessas; deles são os patriarcas
e também deles descende o Cristo, segundo a carne...” (Rm 9:3-4).
Após demonstrar a culpabilidade universal de gentios e judeus o
apóstolo Paulo pergunta: "Qual é, pois, a vantagem do judeu? Ou
qual a utilidade da circuncisão?” Ele mesmo responde: “Muita, sob
todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confia
dos os oráculos de Deus” (Rm 3:1-2).
À luz do que foi dito até aqui, podemos chegar à seguinte con
clusão: obatismo, assim comoa circuncisão, éoritopúblico ouforma externa
determinadaporDeuspara simbolizareselara admissão depessoasna igreja
visível, como beneficiárias do pacto eterno da graça e objeto do seu cuidado
especial, com vistas à promoção do reino edaglória de Deus no mundo.
REPRESENTA UNIÃO COM CRISTO
E TODOS OS BENEFÍCIOS DECORRENTES
Passagens bíblicas como Romanos 6:3-6; 1 Coríntios 12:13;
Gálatas 3:27-28; e Colossenses 2:11-12, indicam que o batismo repre
senta a união mística do crente com Cristo, e todas as bênçãos da
aliança, realizadas pela operação do Espírito, mediante a fé salvadora
na sua obra redentora. Afinal, todas as promessas da aliança têm
cumprimento nele (2 Co 1:20). Conforme explica Marcei:
Quando alguém recebe o evangelho com fé verdadeira, recebe os
benefícios que o mesmo promete; quando recebe o batismo com fé,
recebe as bênçãos de que este é sinal e selo. Para quem o recebe - exceto se
não for sincero - o batismo é um ato de fé, pelo qual e no qual se apropria
das bênçãos da redenção de Cristo que lhe são oferecidas.27
As próprias palavras da instituição do batismo, em Mateus 28:19,
apontam para essa realidade: “Fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em [ou para]28nome do Pai, e do Filho, e do Espírito San
to”. Com base nessa e em outras passagens bíblicas, Ferguson chama
atenção para a amplitude do significado do batismo, como segue:
27 Marcei, El Baulismo: Sacramento dei Pacto de G rada, 166.
28 Tradução da preposição grega eiç, para, em direção à, para dentro de.
20. 1 SIGNIFICADO DO BATISMO CRISTÃO 23
No batismo, o nome do Senhor nos é dado (Mt 28:18-20). Batismo é uma
cerimônia nominativa. Nesse sentido, batismo em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo consuma a bênção triúna da aliança da época mosaica
(Nm 6:22-26). Nosso grande Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, anuncia as
bênçãos. Somos batizados para o seu nome, com vistas aos seus recursos
salvíficos, suas posses, autoridade e comunhão. Batismo, portanto, aponta
primariamenteparaCristo,dequem asmultifacetáriasbênçãosdaredenção,
justificação e santificação são recebidas pela união de fé (1 Co 1:30).29
O batismo significa tudo o que está em Cristo para nós; ele aponta para
tudo o que ele fará por nós e tudo o que nos tomaremos nele.30
O batismo simboliza, portanto,justificação, redenção, regenera
ção, purificação dos pecados, e todas as bênçãos decorrentes da nossa
união com Cristo,31 sendo união e purificação os seus simbolismos
proeminentes.
Murray também explica o significado básico do batismo:
Batismo significa união com Cristo em virtude da sua morte e do poder
da sua ressurreição, purificação da contaminação do pecado pela graça
renovadora do Espírito Santo, e purificação da culpa do pecado pela
aspersão do sangue de Cristo.32
Ser "batizado em Cristo” é ser unido a ele nos laços dessa união que nos
toma beneficiários de todas as bênçãos da redenção e nos compromete
com seu Senhorio.33
Por que razão Deus escolheu esses símbolos específicos: circun
cisão e batismo, como sinais e selos do pacto da redenção? Em função
do significado purificador que eles encerram. Eles comunicam a idéia
de limpeza e purificação.34A circuncisão e o batismo apontam para
o gracioso lavar regenerador do Espírito Santo (Tt 3:5; At 22:16), por
29 Ferguson, “Infant Baptism View”, 89-90.
30 Ibid., 91.
31 Cf. At 2:38; 22:16; Ef 5:26; Hb 10:22; Rm 4:11; e 1 Co 1:30.
32 Murray, Christian Baptism, 5.
33 Ibid., 29-30. Ver também Marcei, El Bautismo: Sacramento dei Pacto de (Inicia.
145-52.
34 Cf. Isaías 52:1, onde apalavra drcundsão é empregada como sinônimo di- Iiiii| hv.i
21. 24 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
meio do arrependimento e da fé salvadora em Cristo. Os símbolos
não operam, não garantem, nem são essenciais à salvação. Contudo,
eles apontam para a separação cerimonial, espiritual e moral do povo
da aliança, e para as realidades espirituais por eles significadas, asso
ciadas à obra redentora de Cristo.35
Isso não significa, também, que a circuncisão e o batismo, sinais
de admissão na igreja visível, sejam sempre subsequentes aos benefí
cios espirituais simbolizados. “A eficácia do batismo não se limita [ou
está atada] ao momento em que é administrado”.36
Por que a circuncisão foi substituída pelo batismo na nova alian
ça? Devido ao caráter tipológico do Antigo Testamento e ao caráter
universal do Novo. O sangue derramado na circuncisão, como em
quase todas as cerimônias da antiga aliança, apontava para o sangue
purificador do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. A
água, utilizada no batismo, explicaJohn Sartelle:
É um agente universal de limpeza. Não seria de esperar que poeira, folhas
ou suco de frutas fossem usados para significar limpeza. Eles não são
usados para tornar limpos os nossos corpos. A água, entretanto, é usada
diariamente no mundo inteiro como agente de limpeza.37
35 O perdão dos pecados (At 2:38), da união com Cristo (Gl 3:26-29), do revesti
mento de Cristo (Gl 3:28), da nova vida em Cristo (Rm 6:4), da unidade cristã (1
Co 12:13), etc.
36 "Confissão de Fé de Westminster”, 28:6.
37 John P. Sartelle, What Christian Parents Should Know about Infant Baptism (Phillips-
burg, NJ: Presbyterian and Reformed, 1985), 7.
22. Capítulo 2
O BATISMO
E AS CRIANÇAS DA ALIANÇA
E com relação às crianças: elas devem ser batizadas? A resposta
a essa pergunta depende da resposta a uma questão mais ampla: qual
é a condição das crianças no pacto da graça ou da redenção? Elas
fazem parte da família da aliança?
NO ANTIGO TESTAMENTO
A questão realmente importante acerca do batismo infantil
como a circuncisão cristã, portanto, é a seguinte: as crianças foram
incluídas como beneficiárias do pacto que Deus fez com Abraão? A
resposta é evidentemente positiva. Na instituição da circuncisão, as
crianças foram explicitamente incluídas como beneficiárias da alian
ça, isto é, como membros da igreja visível no Antigo Testamento.
Por essa razão, elas deveríam ser circuncidadas: "o que tem oito dias
será circunddado entre vós, todo macho nas vossas gerações” (Gn
17:9-12). A circuncisão podería ter sido instituída apenas para os adul
tos. Deus podería ter ordenado a Abraão que as crianças de Israel
l<>ssemrecebidas como membros do pacto apenas quando se tornas
sem adultas e evidenciassem fé nas promessas da aliança. Entretant(>,
isso não ocorreu. As crianças também foram incluídas, porque ei a
23. 26 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
propósito de Deus que a sua aliança fosse com Abraão é com a sua
descendência, desde a mais tenra idade.'
É importante compreender que a aliança que Deus fez com
Abraão, o pacto da graça, é a implementação histórica de uma
aliança eterna, que nunca foi anulada. Essa aliança, cujo selo era a
circuncisão, e agora é o batismo, a "circuncisão de Cristo”, é ante
rior à lei de Moisés e, portanto, continua vigorando. O pacto da lei
foi abolido, é verdade, bem como as suas leis cerimoniais - a lei de
Moisés representa um parêntesis na história da redenção. Entretan
to, a aliança da graça com Abraão, instituída cerca de quatrocentos
anos antes da lei de Moisés, jamais foi revogada. Trata-se de uma
"aliança eterna”. As ordenanças, os símbolos dessa aliança, sofreram
transformações: primeiro, havia somente a circuncisão; depois, foi
acrescentada a páscoa; posteriormente, ambas foram substituídas
pelo batismo e pela ceia do Senhor. A forma externa, portanto, dos
sacramentos da aliança mudou, porém a aliança permanece em vi
gor (cf. Gl 3:7-9,14,29).
É esse o argumento do apóstolo Paulo em Gaiatas 3:17. De
monstrando que a lei de Moisés não pode invalidar a aliança com
Abraão, ele assevera que “uma aliança já anteriormente confirmada
por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois não a pode
ab-rogar, de forma que venha a desfazer a promessa.”
Por conseguinte, a aliança mencionada no Novo Testamento
não é outra aliança, uma aliança recentemente estabelecida, que
anulou a aliança feita com Abraão. E a mesma aliança, renovada por
Jesus, o Mediador da aliança (cf. Gl 3:27,29). A palavra traduzida por
nova, na expressão "nova aliança”, não traduz o termo grego véoç,12
e, sim, K aivós, como em novos céus e nova terra - onde a palavra
certamente não denota outros céus e outra terra, mas os mesmos
céus e a mesma terra renovados.
1 Na realidade, os filhos foram incluídos não apenas na aliança com Abraão, mas
em codas as alianças no Antigo Testamento: com Adão (Gn 15:3), com Noé (Gn 9:8),
com Moisés (Dt 29:1-15), etc.
2 Novo, geralmente usada com o sentido dejovem, recente; outro.
24. 2 O BATISMO E AS CRIANÇAS DA ALIANÇA 27
O fato é que a igreja é a mesma. Somos membros de um mesmo
corpo. Pertencemos à “comunidade do pacto”. Somos os verdadei
ros descendentes de Abraão: “os da fé é que são filhos de Abraão” (G1
3:7). A Igreja Cristã são os ramos que, enxertados, tornaram-se parti
cipantes da mesma raiz e da mesma seiva da oliveira que representa o
povo de Deus na antiga dispensação (Rm 11:17). O meio de salvação
também não mudou. Somos salvos, hoje, da mesma maneira como
foram salvos os crentes na antiga dispensação, isto é, pela graça sobe
rana de Deus mediante o arrependimento e a fé nas suas promessas,
entre as quais a principal era a vinda e a obra do Messias, o Redentor
de Israel.3‘A dispensação do evangelho é o desdobramento da alian
ça com Abraão, a extensão e o alargamento da bênção comunicada
por meio dessa aliança ao povo do Antigo Testamento. Abraão é o
pai de todos os crentes”.4 A diferença é meramente relacionada ao
tempo: “No tempo do Antigo Testamento, as pessoas eram salvas ao
confiarem na obra redentora que Deus proveria em Cristo. Hoje, as
pessoas são salvas ao confiarem na obra redentora que Deus proveu
em Cristo”.5Como resume Miller:
Tudo o que é essencial à identidade eclesiástica é evidentemente
encontrado aqui [na igreja na antiga e na nova aliança |. O mesmo Cabeça
divino; as mesmaspreciosas alianças; o mesmo grande propósito espiritual;
o mesmo sangue expiatório; o mesmo Espírito santificador...6
Logo, por que razão os filhos dos membros da aliança na nova
dispensação deveríam ser excluídos da comunidade do pacto, isto é, da
igreja visível? Por que negar-lhes o selo da aliança: o batismo cristão?
NO NOVO TESTAMENTO
Se o batismo é o selo do pacto da graça, e as crianças na an
tiga dispensação estavam incluídas como beneficiárias desse pacto, a
pergunta que deve ser feita, agora, na dispensação do evangelho, é a
3 Verjo 8:56; Rm 4:1-17; e Ef 2:20-23 (cf. Hb 10:1-12).
4 Murray, ChristianBaptism, 48.
5 Wilson, WhyDoes the OPCBaptizeInjànts?, 3.
6 Miller, InfantBaptism, 18.
25. 28 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
seguinte: o Novo Testamento exclui as crianças da condição de bene
ficiárias do pacto da graça? A resposta é não. Em nenhum lugar no
Novo Testamento os filhos dos que pertenciam à aliança — os quais
tão enfática e explidtamente nela foram incluídos em Gênesis 17 —
são excluídos. Pelo contrário, no Novo Testamento há declarações
que não teriam sentido se elas devessem ser excluídas dessa condição.
Primeiramente, o próprio SenhorJesus afirma que as crianças
pertencem ao seu reino: "deixai vir a mim os pequeninos e não os
embaraceis, porque dos tais é o reino dos céus” (Lc 18:16). Fazendo
referência a este acontecimento, Francis Turretin, teólogo reformado
do século XVII, pergunta:
Poisbem,se foicorreto osinfantes serem trazidos aCristo,porque também
não serem recebidos para batismo, o símbolo da nossa comunhão com
Cristo? Por que a Igreja não deveria receber no seu seio aqueles a quem
Cristo recebeu no seu?7
Pedro confirma que a promessa incluios filhosdapromessa: “pois
para vós outros é apromessa, para vossos filhos e para todos os que ain
da estão longe” (At 2:39). Pedro podería ter dito apenas que apromessa
era “para vós outros e para todos os que ainda estão longe”. Mas acres
centou “para vossos filhos”. Por que razão ele diria isso, se os filhos
devessem ser excluídos da família da aliança na nova dispensação?8
7 Francis Turretin, Institutes of Elenctíc Theology, trad. George Musgrave Giger, ed,
James T. Dennison, vol. 3 (Philippsburg: Puritan & Reformed, 1997), 417. Por que,
então (alguém pode perguntar),Jesus apenas abençoou, mas não batizou essas crian
ças? Porque, Jesus não julgou oportuno batizar ninguém naquele estágio da história
de redenção (cf.Jo 4:2). Contudo, como explica Ferguson, a linguagem pactuai deJe
sus, ao abençoar essas crianças, estabelece “o fundamento teológico para o batismo
infantil” (Ferguson, “InfantBaptismView”, 109).
8 Os credobatistas limitam o significado do termo “promessa”, aqui, exdusiva-
mente ao derramamento do Espírito, praticamente eliminando a sua relação com
a aliança com Abraão (cf. Bruce A. Ware, “Believers' Baptism View”, em Baptism:
Three Views, ed. David F. Wright [Downers Grove, IL: InterVarsity, 2009], 35-37). Essa
interpretação, entretanto, não explica a inclusão deliberada da expressão “e paravos
sos filhos”, entre “para vós” e "para todos os que ainda estão longe”;nem fazjustiça
à perspectiva futura da promessa da aliança (como em Jeremias 31:31-34 e 32:38-40),
conforme argumenta Ferguson (“Infant Baptism Response”, 57-58; e “Infant Bap
tism View”, 103).
26. 2 O BATISMO E AS CRIANÇAS DA ALIANÇA 29
O apóstolo Paulo, por sua vez, reconhece a posição dos filhos
como “santos”, quando pelo menos um dos pais é crente. Escreven
do aos Coríntios, ele orienta os cônjuges que haviam se convertido
a não se separarem pelo fato do outro cônjuge continuar descrente,
argumentando que “o marido incrédulo é santificado no convívio
da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido
crente”. E acrescenta: "Doutra sorte, os vossos filhos seriam impu
ros; porém, agora são santos” (1 Co 7:14). Isto é, os filhos de pelo
menos um cônjuge crente são considerados "santos”9- no sentido
cerimonial, designando separação do mundo para Deus, consagração,
frequentemente empregado para designar membros da igreja visível,
no Novo Testamento, especialmente nas cartas de Paulo.1011
Existem também exemplos implícitos da prática do batismo
infantil nas páginas do Novo Testamento, quando casas inteiras (fa
mílias) foram batizadas. É o caso de Lídia, do carcereiro de Filipos e
de Estéfanas, entre outros.
Acerca de Lídia, é dito que o Senhor abriu o seu coração para
crer, e logo foi “batizada, ela e toda a sua casa” (At 16:14,15). Com
relação ao carcereiro de Filipos, havendo ele perguntado a Paulo e
Silas o que deveria fazer para ser salvo, eles responderam-lhe: “crê no
SenhorJesus, e serás salvo, tu e a tua casa. E lhe pregaram a palavra
de Deus e a todos os de sua casa... A seguir foi ele batizado, e todos os
seus” (At 16:30-33).“ Dentre as poucas pessoas que o apóstolo Paulo
havia batizado estava a “casa de Estéfanas” (I Co 1:16). E improvável
que não houvesse crianças nessas famílias judaicas (geralmente nu
9 Por que, então, não batizamos os cônjuges não-crentes e os filhos adultos, junta
mente com os filhos pequenos? Porque, na condição de adultos, eles são responsá
veis por fazer ou não a sua própria profissão de fé, enquanto as crianças, incapazes de
professar fé, são admitidas nessa condição, com base na fé dos pais (ou de um deles),
até alcançarem a idade da razão.
10 Cf. Rm 1:7; 8:27; 12:13; 15:25,26; 16:15; 1 Co 1:2; 6:1,2; 14:33; 16:1,15; 2 Co 1:1; 8:4;
9:1,12; 13:13; Ef 1:1,15; 2:19; 3:8,18; 4:12; 5:3; 6:18; Fp 1:1; 4:21,22; Cl 1:2,4; 3:12; etc.
11 A expressão "por terem crido em Deus”, no verso 34, está no singular no original
(TTemaTeuKCÍis) - assim como "crê”, no verso 31 - devendo, portanto, ser traduzida:
“por tercrido em Deus”, fazendo referenda apenas à fé do carcereiro.
27. 30 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
merosas), ou que todos os membros adultos tenham se convertido
no mesmo momento, ou, ainda, que os membros adultos da família
fossem batizados com base apenas na fé dos pais. A referência, por
tanto, deve ser aos filhos menores.
A realidade é que o batismo de famílias não é exceção, mas a
norma no Novo Testamento: dos nove casos nominais de batismo
mencionados: Simão, o mágico (At 8:13), o eunuco etíope (At 8:38),
Paulo (At 9:18), Cornélio (At 10:48; 11:14), Lídia (At 16:15), o carcerei
ro de Filipe (At 16:33), Crispo (At 18:8; 1 Co 1:14), Gaio (1 Co 1:14) e
Estéfanas (1 Co 1:16); dois não tinham família: o eunuco etíope e Pau
lo; e cinco tiveram as suas famíliasbatizadas: Cornélio, o carcereiro de
Filipe, Lídia, Crispo e Estéfanas. Não obstante, lembra Ferguson:
Isso, em si mesmo, não é o ponto significativo. O ponto é que o batismo
de uma casa inteira, como tal (At 16:15; 1 Co 1:16), ecoa o padrão que
governa a circuncisão cm Gênesis 17:11-14.12
Ademais, vários Pais da Igreja reconhecem e mencionam a prá
tica do batismo infantil. Especialmente a partir do século terceiro,
quando a produção literária cristã preservada se torna mais abundan
te, há evidências explícitas da prática generalizada de batismo infantil,
por exemplo, nos escritos de Tertuliano (160-230), Flipólito de Roma
(170-236), Orígenes (185-254) e Cipriano (200-258).13Posteriormente,
Agostinho afirmou que “nenhum conciliojamais ordenara o batismo
infantil por ser esta uma prática que vinha desde os tempos apostóli
cos; e que nunca ouvira ou lera de alguém na igreja que sustentasse
o contrário”. O Concilio de Cartago recebeu consulta se era lícito
batizar crianças antes de oito dias. O que significa que a prática do
batismo infantil a partir do oitavo dia de vida era comum.14
12 lêrguson, “Infant Baptism View”, 106.
13 Na presidência do Concilio de Cartago, no ano 253, expressando a decisão unâni
me de sessenta e seis bispos presentes no Concilio. (Cf. Miller, InfantBaptism, 34-35).
14 Mais informações históricas acerca da prática de batismo infantil, em Joachim Je
remias, Infant Baptism in the First Four Centuries, trad. David Caims (London: SCM
Press, 1960); Miller, Infant Baptism, 32-44.
28. 2 O BATISMO E AS CRIANÇAS DA ALIANÇA 31
Não precisamos estranhar que Deus tenha incluído os filhos e
a descendência na sua aliança na nova dispensação. Ele se relaciona
salvífica e judicialmente não apenas com indivíduos, mas com famí
lias. “Em todos os casos, no Antigo Testamento, o padrão de admi
nistração da aliança inclui um princípio de inclusão da família e de
gerações subsequentes”.15Foi assim com Adão (Rm 5:12,15,18,19; 1
Co 15:21-22), com Noé (Gn 6:18; 9:8-9; Hb 11:7), com Abraão (Gn
17:7-8; cf. Êx 2:24-25), com Moisés (Êx 2:24; cf. 6:1-8; 12:24-27), com
Davi (2 Sm 22:51; 23:5; 1 Re 11:11-12; Sl 89:1-4), e com outros no
Antigo Testamento. Conforme argumenta Miller:
A ligação íntima e afetuosa entre pais e filhos fornece um forte argumento
em favor da membresia eclesiástica da descendência infantil dos crentes.
A voz da natureza se levanta e dama muito poderosamente em favor
da nossa causa. A idéia de separar os pais da sua prole, com relação à
mais importante das relações nas quais aprouve a Deus na sua adorável
providênda colocá-los, é igualmente repugnante ao sentimento cristão e
à lei natural.16
Essa verdade bíblica é expressa na conhecida exclamação de
Moisés:
Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em
misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que
perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o
culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até
à terceira e quarta geração!17
E conduziu o salmista a escrever:
A misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade, sobre os que
o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos, para com os que
guardam a sua aliança e para com os que se lembram dos seus preceitos
e os cumprem.18
15 Gregg Strawbridge, Baptism in the Bible and Infant Baptism, 4, Internet; http:/ /
www.paedobaptism.com/fUes/baptisminthebible.pdf, acessado em 8/05/2014.
16 Miller, InfantBaptism, 16.
17 Em Êx 34:6-7.
18 Sl 103:17-18.
29. Capítulo 3
OBJEÇÕES CONTRA
O BATISMO INFANTIL
Algumas objeções são comumente levantadas contra o batismo
infantil. As mais frequentes são as seguintes:
NÃO EXISTE MANDAMENTO
BÍBLICO EXPLÍCITO PARA BATIZAR CRIANÇAS
E verdade. Se houvesse, não havería razão para a discussão so
bre o assunto. Como observa Chapell: "A igreja não teria debatido
as questões que envolvem o batismo infantil durante séculos, se as
respostas certas fossem óbvias”.1Contudo, um mandamento como
esse não seria necessário, pois as crianças (filhos da aliança) sempre
foram reconhecidas como membros da igreja visível no Antigo Tes
tamento. Seria de se esperar o contrário, isto é, um mandamento
(que também não existe, é preciso ressaltar) para excluir as crianças
da igreja no Novo Testamento, uma vez que as próprias promessas
da nova aliança explicitamente incluíam a descendência.12Conforme
argumenta Ferguson:
1 Chapell, WhyDoWeBaptizelnfants?, 15.
2 Cf. Dt 30:6; Jr 31:33-37; 32:37-40; Ez 37:24-26; J1 2:1-29; Is 44:3; 54:10-13; 59:20-21;
eM l 4:5-6.
30. 34 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
Visto que... todas as administrações anteriores da aliança incluem os
filhos da aliança, e ambos, o povo de Deus e o caminho da graça são
organicamente um em toda a Escritura, a ab-rogação do princípio “tu e
a tua descendência” requereria uma proclamação decisiva e específica.
Na realidade, à luz do relacionamento integral entre aliança e o princípio
da descendência, pode ser questionado se ele podería ser abandonado e a
própria administração pactuai permanecer.34
Também não existe mandamento explícito instituindo o do
mingo como o dia do descanso cristão, nem há mandamento bíblico
explícito facultando às mulheres participação na ceia do Senhor! Não
existe, igualmente, nenhuma passagem nas Escrituras ensinando ex
plicitamente a doutrina da Trindade. Nem por isso, entretanto, os que
questionam o batismo infantil rejeitam essas práticas e doutrina.
O que determina se uma doutrina ou prática é bíblica não é
apenas se ela é ensinada explicitamente nas Escrituras. Doutrinas e
práticas são igualmente bíblicas quando elas são lógica e claramente
inferidas do ensino geral da Bíblia, como as acima mencionadas. A
Confissão de Fé de Westminster expressa bem esse princípio teológi-
co-hermenêutico, quando afirma:
Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para
a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente
declarado na Escritura ou pode ser lógica e daramente deduzido dela.'1
Respondendo a essa objeção, Samuel Miller conclui a sua argu
mentação em defesa da legitimidade do batismo infantil, como segue:
Quando o próprio Mestre dedara com relação aos infantes, “dos tais é
o reino dos céus”; quando um apóstolo inspiradamente proclama: “a
promessa é para nós e para os nossos filhos”;e quando vemos daramente,
3 Ferguson, “Infant Baptism View, 102-03. Chapell também ressalta que “a elimina
ção de qualquer sinal da aliança nos filhos dos crentes teria sido uma enorme mudan
ça na prática e conceito para as famíliasjudaicas. Depois de dois mil anos de prática
de aliança familiar (estabelecida desde Gênesis), um pai judeu crente não sabería
como interpretar a continuidade da aliança abraâmica que não administrasse o sinal
da aliança aos filhos” (Chapell, WJtyDo WeBaptize Infants?, 16).
4 "AConfissão de Fé de Westminster", 1:6.
31. 3 OBJEÇÕES CONTRA O BASTISMO INFANTIL . 4 5
sob a administração apostólica da igreja, famílias inteiras recebidas na
igreja, repetidas vezes, com base na profissão de fé de indivíduos que eram
seus cabeças representativos, exatamente como sabemos que ocorria na
antiga dispensação, quando a membiesia de infantes era indisputada;
quando lemos coisas como essas no Novo Testamento, certamente não
podemos reclamar da falta de testemunho que deveria satisfazer qualquer
inquiridor razoável.5
NÃO EXISTEM EXEMPLOS CLAROS DE
BATISMO INFANTIL NO NOVO TESTAMENTO
É verdade. Entretanto, existem exemplos implícitos: as referên
cias a batismos de famílias inteiras, etc.
Por outro lado, se não existe exemplo explícito de batismo in
fantil no Novo Testamento, convém observar que também não exis
tem referências explícitas a batismos de adultos nascidos e criados
em lares cristãos - o que seria de esperar que acontecesse, se eles não
fossem batizados na infância. Apesar disso, o batismo dessa classe de
pessoas é defendido por aqueles que rejeitam o batismo infantil.
JESUS SÓ FOI BATIZADO
AOS TRINTA ANOS DE IDADE
O batismo de Jesus não serve de argumento contra o batismo
infantil. O batismo deJoão não deve ser identificado com o batismo
cristão. Tanto é assim que pessoas batizadas por ele, quando conver
tidas à fé cristã, foram batizadas novamente, em nome deJesus.6
O batismo de Jesus por João Batista provavelmente deve ser
entendido como um marco do início do ministério público de Jesus,
semelhante à solenidade de lavagem dos sacerdotes, no Antigo Tes
tamento, antes de realizarem o seu oficio.7É provável, como sugere
George Ladd, que o pano de fundo geral do batismo de Jesus esteja
nos ritos de lavagem cerimonial da antiga dispensação:
5 Miller, InfantBaptism, 48-49.
6 Cf. At 19:3-5.
7 Cf. Nm 19:7.
32. 36 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
É possível que o pano de fundo para o batismo deJoão não esteja nem em
Qumran nem no batismo de prosélitos, mas no cerimonial de purificação
do Antigo Testamento. Era exigido que os sacerdotes se lavassem como
preparação para o ministério no santuário, e que o povo participasse de
determinadas purificações em várias ocasiões (Lv 11-15; Nm 19). Muitas
conhecidas passagens proféticas exortam à purificação moral sob a
figura de lavagem com água (Is l:16ss; Jr 4:14), e outras antecipam uma
purificação por Deus nos últimos tempos (Ez 36:25; Zc 13:1).89
Conforme explica Ferguson:
N o seu batismo, Jesus é identificado como o verdadeiro Sacerdote que
lida com os pecados. O próprio João, que o batiza, pertence à linhagem
do sacerdócio levítico (Lc 1:5). Por meio do batismo de Jesus (então com
trinta anos, a idade estipulada para assumir os deveres sacerdotais, cf. Nm
4:3 com Lc 3:23) e sua consagração com água (ver Ex 30:17-21; Lv 8:6),
João o nomeia tanto como Sacerdote Real, como Sacrifício. Este será
batizado não com batismo de água, mas de sangue, em favor do seu povo;
ele próprio batizará com o Espírito e com fogo (uma profecia cumprida
tanto em símbolo como em realidade no dia de Pentecoste, Atos 2:1-4)7
AS CRIANÇAS NÃO PREENCHEM
AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS: ARREPENDIMENTO E FÉ
O mesmo argumento excluiría as crianças do céu, pois as Escri
turas também declaram: “se não vos arrependerdes, todos igualmen
te perecereis” (Lc 13:3); e "quem nele crê não éjulgado; o que não crê
já estájulgado” (Jo 3:18). Apesar disso,Jesus não as excluiu, e mesmo
os que levantam essa objeção não as excluem.
Evidentemente, o argumento diz respeito apenas aos adultos,
os quais podem exercer fé, e não às crianças. O batismo de adultos
deve realmente ser precedido de uma profissão de fé crível. Quanto
às crianças, a Bíblia também declara: "se alguém não quer trabalhar,
também não coma” (2 Ts 3:10) - e nem por isso alguém argumenta-
8 George Eldon Ladd, The New Testament and Criticism (Grand Rapids: Eerdmans,
1967), 41. Ver também Miller, InfantBaptism, 51-52.
9 Ferguson, "Infant Baptism View”, 91.
33. 3 OBJEÇÕES CONTRA O BASTISMO INFANTIL 37
ria que as crianças devem ser deixadas com fome, porque não podem
exercer uma profissão.
Esse argumento invalidaria também a circuncisão, no Antigo
Testamento. Afinal, as crianças, filhas da aliança, também não podiam
se arrepender e ter fé nas promessas - condição para a salvação tam
bém no Antigo Testamento.1011Não obstante, elas eram circuncidadas
e consideradas membros da igreja visível e beneficiárias da aliança, na
condição de filhas da promessa, com base na sua relação com os pais
ou responsáveis, exatamente como ocorre no Novo Testamento.
Os infantes, filhos da promessa, não eram circuncidados no An
tigo Testamento porque criam. Eles eram circuncidados com base na
instituição divina, que os incluiu na aliança. Da mesma forma, os filhos
de crentes na nova aliança não são batizados porque crêem ou porque
sejam presumidamente eleitos - esse conhecimento não nos pertence.
Eles são batizados com base na mesma instituição divina, porque en
tendemos que não foram excluídos da aliança, no Novo Testamento."
Por outro lado, isso não significa que as crianças devam ser tra
tadas como descrentes. Como observa Chapell:
Não existe razão para presumir que, porque as crianças não são capazes
de expressar fé madura, elas devam ser tratadas como descrentes. Não há
hipocrisia em levá-las à igreja, encorajá-las a expressar a alegria por Cristo,
amá-las, ou permitir que orem antes de dormir, ou manifestem outras
expressões de fé infantil. Pelo contrário, seria antibíblico tratar nossos
filhos como descendência de Satanás, não amados por Deus, e inimigos
da família da fé, até eles expressarem fé salvadora.12
Convém ressaltar ainda que o batismo - mesmo de adultos -
não representa fé salvadora. Ele representa a pacto da graça, que dá
origem à fé. Como escreve Marcei:
10 A circuncisão é explicitamente chamada de “selo dajustiça da fé” (Rm 4:11), embo
ra os infantes que a recebiam, com oito dias de vida, não pudessem ainda exercê-la.
11 Para uma discussão mais elaborada do assunto, ver Murray, Christian Baptism, 51
58.
12 Chapell, WhyDo WeBaptíze Infants?, 28.
34. 38 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
O batismo representa, sobretudo, um ato da graça de Deus - uma
oferta e um dom - cumprido em virtude da sua promessa. É necessário
enfatizar esse fundamento objetivo do batismo: os adultos são batizados em
razão do pacto que lhes é oferecido e que eles aceitam; não em razão da suafé ou
arrependimento, que sãofrutos dopacto. O fundamento do batismo não é a
fé e o arrependimento do crente que o pede, e sim o pacto, em virtude do
qual tais fé e arrependimento se tornam possíveis.13
DEDICAR OU APRESENTAR CRIANÇAS
NÃO É MAIS BÍBLICO DO QUE BATIZÁ-LAS?
Não. As passagens bíblicas geralmente apresentadas em defesa
da apresentação ou dedicação de crianças, ao invés de batizá-las - com
referência a Samuel, Sansão,João Batista eJesus - não dizem respeito
à recepção delas na igreja, mas à consagração ao serviço sagrado, seja
de nazireu, profeta, ou sacrificial (no caso deJesus). Sua apresentação
no templo representa um cumprimento profético, como antítipo do
cordeiro pascal.
Além disso, esses episódios não substituem a circuncisão ou o
batismo, os sinais e selos de recepção na igreja visível no Antigo e no
Novo Testamento.14
NÃO É UMA INCOERÊNCIA BATIZAR
CRIANÇAS E NÃO PERMITIR QUE PARTICIPEM DA CEIA?
De forma alguma. Assim como não representa uma incoerência
o fato de que as crianças nascem como cidadãs de um país, mas não
se encontram habilitadas a desfrutar de certos privilégios e responsa
bilidades, como dirigir veículos, ser alunas de uma faculdade, votar,
ser votadas, etc., enquanto não alcançam determinadas idades.
Assim como a páscoa, a instituição da ceia do Senhor exige que
os participantes discirnam a natureza do fato. Por natureza, na condi
13 Marcei, ElBautismo: SacramentodeiPacto de Gracia, 162 (ênfase do autor).
14 Para uma refutação mais elaborada da prática eclesiástica da dedicação ou apre
sentação de menores na igreja, em substituição ao batismo infantil, ver Hyde,Jesus
LovestheLittle Children, 49-53.
35. 3 OBJEÇÕES CONTRA O BASTISMO INFANTIL 39
ção de sacramento rememorativo, a participação na ceia do Senhor
requer auto-exame, julgamento, discernimento e compreensão das
doutrinas bíblicas fundamentais representadas nesse sacramento (1
Co 11:27-32).
Por essa razão, segundo a legislação pós-êxodo e estudiosos do
judaísmo, apenas após alcançarem certa idade, e de haverem sido
devidamente purificados, aqueles que haviam sido circuncidados aos
oito dias estavam autorizados a participar de todos os atos cerimo
niais ligados à páscoa, como, entre outras coisas, oferecer sacrifícios
no templo.15
QUE BENEFÍCIOS O BATISMO
INFANTIL PODE PROPORCIONAR?
Se as crianças não têm compreensão para discernir a razão do
batismo, por que batizá-las? Qual o objetivo ou benefícios que o ba
tismo lhes proporcionaria? Os mesmos benefícios que a circuncisão
de crianças proporcionava na antiga aliança. Afinal, também pode
riamos perguntar: que benefícios a circuncisão traria às crianças na
antiga dispensação? Elas também não tinham capacidade para com
preender o significado da circuncisão. Porque, então, Deus ordenou
claramente que elas fossem submetidas àquele rito tão doloroso, no
Antigo Testamento?
A realidade é que, assim como a circuncisão infantil na antiga
aliança, o batismo infantil proporciona vários benefícios, não apenas
para as crianças, mas também para a igreja e para os pais, conforme
veremos no próximo capítulo. Como ressalta Miller:
O batismo é sinal de muitas verdades importantes, e selo de muitas
importantesbênçãos pactuais.... Não há beneficio em dedicarsolenemente
15 Cf. Êx 23:18; 34:23; Nm9:13;Dt 16:5-6; c Miller, Injànt Baptism, 67-68. Uma investi
gação histórica mais pormenorizada acercada instituição, legislações e celebração da
páscoa ao longo da história, indusive com referendas quanto à partidpação nas suas
cerimônias, pode ser encontrada em James Strong e John Mcdintock, "Passover",
em Cydopedia of Biblical, Theologicaland Ecdesiastiad Literature, vol. 7 (Rio, WI: Ages,
2000), 106-62.
36. 40 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
nossos filhos a Deus, por meio de uma cerimônia apropriada, apontada
por Ele mesmo? Não há beneficio em nos obrigar formalmente, por meio
de compromissos pactuais, a criar os nossos filhos “na disciplina e na
admoestação do Senhor”? Não há beneficio em ratificar publicamente a
ligação dos nossos filhos, bem como a nossa, com a igreja visível, e como
que compromissá-los a uma aliança com o Deus dos seus pais?16
16 Miller, InfantBaptism, 55.
37. Capítulo 4
BENEFÍCIOS
DO BATISMO INFANTIL
Os sacramentos não são apenas sinais e selos. Eles são meios de
graça. Isso significa que tanto a ceia do Senhor como o batismo cris
tão são instrumentos, por meio dos quais, Deus comunica bênçãos
ao seu povo. Isso não ocorre de modo automático ou mecânico, as
sim como a pregação do evangelho também não comunica bênçãos
de maneira mecânica ou automática, independentemente da atitude
dos ouvintes. "Não é o ministro, nem a água, e sim Cristo quem san
tifica e dá significado” ao batismo.1Na medida em que a igreja e os
pais desempenharem bem as suas responsabilidades, em obediência
à vontade revelada de Deus, pela graça de Deus, por intermédio da
obra de Cristo e pela operação do Espírito, todos se beneficiam do
batismo infantil.
O batismo implica também, portanto, em responsabilidades
por parte da igreja, dos pais e, em tempo próprio, das crianças. “Des
se ponto de vista, o batismo é sinal e selo das obrigações do crente
para com Deus e para com a sua igreja”.12
1 Marcei, EIBautismo: Sacramento deiPacto de Grada, 165. Cf. Mt 3:11; 1 Co 6:11; Hb
9:13; ejo 1:7.
2 Ibid., 183.
38. 42 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
PARA A IGREJA
Primeiramente, destaco a edificação dos membros da família
da aliança, os quais são relembrados dos privilégios que seus próprios
filhos desfrutam como membros da comunidade do pacto da graça,
na condição de filhos da promessa, debaixo do favor e do cuidado
especial de Deus, e das condições favoráveis à fé em que eles se en
contram como membros da igreja visível. Quando contemplamos o
batismo dos filhos da aliança, nós, como igreja, somos abençoados,
edificados e encorajados, diante das circunstâncias morais e espiritu
almente difíceis em que eles viverão. Não precisamos hesitar, como
tantos, para gerar e colocar nossos filhos neste mundo mau. Deus
será com eles, de maneira especial, porquanto são filhos da promessa,
e lhes proporcionará os cuidados e benefícios espirituais necessários
para o bem-estar espiritual deles, por meio dos cuidados da igreja e,
principalmente, dos pais.
Acerca dos benefícios do batismo para a igreja, Marcei escreve:
O batismo não diz respeito unicamente a quem o recebe. Não é - como
vê a perspectiva individualista - o meio de acrescentar um crente a outros
crentes. A igreja, como família, é mais do que a soma dos crentes que a
compõem: a igreja é o corpo de Cristo, um organismo vivo. Na igreja,
cada membro não vive apenaspara si, esim para todoocorpo... Obatismo
não somente promove um novo crente, mas edifica, santifica, purifica e
glorifica a igreja...3
Em segundo lugar, ressalto a lembrança da responsabilidade da
igreja inteira com relação ao ensino, ao exemplo, à oração e à orien
tação das crianças e, principalmente, dos pais, com relação aos deve
res e privilégios dos filhos da aliança. Quando uma criança é recebida
como membro da igreja visível, por intermédio do batismo, é como
se ouvíssemos uma pregação, com o seu caráter exortativo. “No ba
tismo, os pais ligam a subsistência dos seus filhos à vida espiritual da
igreja. Eles prometem entrelaçar a vida de fé das suas famílias com a
’ Ibid.,179-80. Cf. Rm 12:3-8; Ef 4:1-6; 5:25-27; e 1 Co 12:11-27.
39. 4 BENEFÍCIOS DO BATISMO INFANTIL 43
vida da igreja”.4Por esse meio, portanto, somos todos admoestados
e exortados acerca das nossas responsabilidades para com os filhos da
promessa. Por um lado, somos lembrados de que apenas a graça de
Deus, por meio da obra redentora de Cristo e santificadora do Espíri
to Santo, nos purifica do pecado. Por outro lado, somos encorajados
e animados a ser bons modelos para eles e para os seus pais, bem
como à realização dos nossos deveres espirituais mútuos: de orarmos
uns pelos outros, particularmente pelos membros não-comungantes
da igreja; de ensiná-los e lembrá-los dos privilégios espirituais que
possuem na condição de filhos da promessa, bem como das suas
responsabilidades, à medida que forem crescendo; e a exortá-los e
repreendê-los - principalmente por intermédio dos pais - quando,
porventura, se desviarem do bom caminho ou se conduzirem de ma
neira indigna do evangelho. Não apenas pastores e presbíteros, mas
todos os membros da igreja compartilham certas responsabilidades
para com os membros não-comungantes da família da aliança.
PARA OS PAIS
Primeiramente, o batismo infantil é um ato de devoção dos
pais. Ele é uma manifestação pública de obediência a Deus, depen
dência da sua vontade soberana e confiança na sua fidelidade. Ao
apresentarem seus filhos para receberem o selo da aliança, os pais
crentes também confessam que eles e seus filhos são pecadores e in
suficientes para cumprirem, por.si mesmos, os termos da aliança, à
parte da graça de Deus, da obra redentora de Cristo e da capacitação
do Espírito Santo.
Em segundo lugar, ressalto o conforto que os pais crentes têm,
decorrente de saberem que seus filhos são membros da família da
aliança, filhos da promessa, membros da comunidade do pacto da
graça. A não ser que eles rejeitem a promessa quando adultos, pela
graça soberana de Deus, essa é a condição em que se encontram, e
o Senhor lhes proverá todos os meios necessários com vistas à salva
4 Chapell, WhyDoWeBaplizelnfants?, 25.
40. 44 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
ção deles, a uma vida íntegra, santa e útil à igreja e à sodedade, para
a glória de Deus. Na condição de filhos da promessa, a salvação é
espedalmente para eles, e para outros a quem o Senhor nosso Deus
eficazmente chamar, pelo seu Espírito, mediante a Palavra.
Evidentemente, eles são seres humanos responsáveis, e, ao
chegarem à idade da razão, se assim Deus na sua soberana provi
dência permitir, eles precisarão confirmar a sua condição de filhos da
promessa, professando publicamente a fé genuína em Cristo como
único e suficiente salvador, dizendo: “Eu sou do Senhor, creio em
Jesus como meu único e suficiente Salvador, e prometo viver em
obediência a sua vontade revelada, para honra e glória do seu nome,
com a sua graça e com a assistência do seu Espírito”.
Em terceiro lugar, o batismo infantil responsabiliza os pais pela
criação dos seus filhos. A Bíblianos ensina que a soberania de Deus na
obra da salvação não é incompatível, mas anda de mãos dadas com a
responsabilidade humana. Nem sempre sabemos como harmonizar
essas verdades bíblicas fundamentais. Entretanto, as Escrituras en
sinam claramente que embora Deus seja absolutamente soberano,
inclusive na obra da salvação, nós somos responsáveis pelos nossos
atos, os quais incluem a criação dos nossos filhos na disciplina e na
admoestação do Senhor, e a obediência por fé, da parte deles, à von
tade de Deus (cf. Ef 6:4 e Rm 16:26).
Assim sendo, o batismo infantil implica em uma série de res
ponsabilidades dos pais para com os seus filhos, conforme as promes
sas feitas por eles, na ocasião do batismo dos seus filhinhos, diante da
igreja e de Deus. Entre outras coisas, eles prometem fazer com que
os seus filhos saibam que são herdeiros da promessa e conheçam os
privilégios e responsabilidades envolvidos nisso, por terem nascido
não em lares pagãos, mas em famílias cristãs; prometem ensinar-lhes
a Bíblia e educá-los na fé; prometem ser fiéis a Deus, dando-lhes bom
testemunho e servindo-lhes de exemplo de fé e de vida; prometem
trazê-los regularmente com eles à igreja; ensiná-los a adorar a Deus
com reverência e a amar os irmãos; prometem livrá-los das más com
41. 4 BENEFÍCIOS DO BATISMO INFANTIL 45
panhias; orar com eles e por eles; e criá-los na disciplina e admoesta-
ção do Senhor.5
Logo após Deus haver ordenado que a circuncisão, o sinal da
aliança com Abraão, fosse aplicado à sua descendência, ele disse, com
referência ao pai da fé: "Porque eu o escolhi para que ordene a seus
filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do
Senhor e pratiquem a justiça e o juízo” (Gn 18:19), indicando a sua
responsabilidade na criação dos seus filhos no temor do Senhor.6
É verdade, como observa Sartelle, que:
Não há como podermos dizer que temos obedecido completamente
ao Senhor nessa matéria. E a questão não é se temos sido perfeitos. E se
temos nos empenhado em guardar nossos votos da melhor maneira que
podemos.7
Que o Senhor nos conceda graça para perseverarmos fiéis aos
nossos votos, e vigilantemente educarmos nossos filhos com fideli
dade e sabedoria, na condição de herdeiros da promessa.
PARA AS CRIANÇAS
Quando chegarem à idade da razão, elas saberão que pertencem
à aliança e se perguntarão: o que isto significa? E serão tão beneficia
das com o batismo quanto aqueles que são batizados na idade adulta.
Não devemos pensar que os benefícios do batismo estejam restritos
ao momento do batismo. Como esclarece Chapell:
A validade de um selo não depende do tempo em que as condições
que acompanham a aliança são satisfeitas. Assim como o selo de um
documento, o selo da circuncisão podia ser aplicado muito antes dos
beneficiários da promessa e as bênçãos significadas encontrassem as
condições da aliança. O selo era simplesmente a garantia visível de Deus
de que, quando as condições da sua aliança fossem cumpridas, as bênçãos
que ele prometeu se aplicariam.8
5 Ver "Segunda Forma para o Batismo de Crianças”, em Manual Litúrgico ãa Igreja
Presbiterianado Brasil (São Paulo: Cultura Cristã, 2005), 60.
6 Ver Sartelle, What Christian Parents Should KnowaboutInfantBaptism, 19.
7 Ibid., 20-21.
8 Chapell, WkyDo WeBaptizeInfantsi, 12. (cf. Confissão de Fé de Westminster, 28.6).
42. 46 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
As crianças desfrutam dos privilégios espirituais relacionados ao
batismo no decurso da vida, e, quando alcançarem a idade da razão,
compreenderão e discernirão esses benefícios, e poderão declarar,
pessoal e publicamente, fé salvadora em Cristo.9
Elas também usufruem, desde agora, de todos os privilégios
que a igreja visívelproporciona aos seus membros: oração intercessó-
ria, orientação, admoestação, ensino da Palavra, exemplo dos outros
fiéis, e principalmente das promessas referentes ao pacto. Por meio
da presença aos cultos e da comunhão com os demais membros da
igreja, as crianças participam de fato, não como estranhas, mas como
membros, de todos os privilégios espirituais que Cristo dispensa ao
seu povo por intermédio da igreja, com exceção da participação na
ceia do Senhor. Dela, eles compartilharão apenas quando alcançarem
a idade da razão e professarem publicamente a sua fé em Cristo.
Finalmente, os filhos da afiança devem responder positivamen
te ao privilégio de fazerem parte do povo da promessa, manifestando
e professando fé salvadora na obra redentora de Cristo e procurando
viver em obediência de fé, para a glória de Deus. O batismo infantil
é, em tempo apropriado, uma convocação ao arrependimento e à
obediência de fé.
CONCLUSÃO
O batismo, seja ele de adultos ou de infantes, por ser uma ce
rimônia de iniciação na igreja visível, sinal e selo do pacto da graça,
e representar a nossa união com Cristo e todos os benefícios dela
decorrentes, não deve ser visto como um fato acabado, mas como o
início de uma experiência vitalícia.
A descrição que o Catecismo Maior de Westminster oferece
das implicações do batismo continua a merecer a nossa atenção e
reflexão:
9 É interessante notar que muitas igrejas que não reconhecem o batismo infantil
adotam alguma forma externa para ligarem seus filhos ao povo de Deus, por meio
de rituais de apresentação solene dos seus filhos à igreja.
43. 4 BENEFÍCIOS DO BATISMO INFANTIL 47
O dever necessário, mas muito negligenciado, de tirar proveito de nosso
Batismo, deve sercumpridopornós durante anossa vida, espedalmente no
tempo da tentação e quando assistimos à administração desse sacramento
a outros, por meio de séria e grata consideração da sua natureza e dos fins
para os quais Cristo o instituiu, dos privilégios e benefícios conferidos e
selados por ele e do voto solene que nele fizemos; por meio de humilhação
devida à nossa corrupção pecaminosa, às nossas faltas, e ao andarmos
contrários à graça do Batismo e aos nossos votos; por crescermos até à
certeza do perdão de pecados e de todas as demais bênçãos a nós seladas
por esse sacramento; porfortalecer-nospela morte e ressurreição de Cristo,
em cujo nome fomos batizados para mortificação do pecado e vivificação
da graça e por esforçar-nos a viver pela fé, a ter a nossa conversação em
santidade e retidão, com o convém àqueles que deram os seus nomes a
Cristo, e a andar em amor fraterna], como batizados pelo mesmo Espírito
em um só corpo.1011
Quando os filhos são criados “nessa atmosfera”, observa Chapell:
A fé naturalmente germina e amadurece de sorte que é possível, e mesmo
comum para os filhos de pais crentes, nunca conhecerem um dia em que
não crêem que Jesus é o seu Salvador e Senhor. Esse crescimento pactuai
de uma criança é, na realidade, a vida cristã normal que Deus pretende
para o seu povo."
10 “O Catecismo Maior de Westminster”, em Símbolos de Fé: Confissão de Fé de
Westminster, Catecismo Maior; Breve Catecismo (São Paulo: Cultura Cristã, 2005),
resposta 167.
11 Chapell, WhyDo WeBaptizeInfants?, 27.
44. Capítulo 5
SIMBOLISMO
E MODO DO BATISMO
Com relação ao simbolismo e ao modo do batismo, desejo ape
nas indicar aos leitores as principais razões pelas quais nossos irmãos
batistas e pentecostais exigem o batismo por imersão, e apresentar
algumas razões de natureza exegética, histórica e prática pelas quais
nós, presbiterianos, reconhecemos ambas as formas de batismo: por
imersão ou por aspersão/ablução, e porque preferimos a segunda.
A PRÁTICA BATISTA E PENTECOSTAL
Os nossos irmãos batistas e pentecostais (estes historicamente
procedentes dos primeiros) sustentam que a imersão é a única forma
legítima de batismo. A primeira razão que apresentam está relacio
nada ao simbolismo do batismo. Para eles, com base em Romanos
6:3-5 e Colossenses 2:12, o batismo é uma prescrição para imergir,
como símbolo da morte, sepultamento e ressurreição do crente com
Cristo. Eis os textos:
Ou,porventura, ignoraisquetodos nósque fomosbatizadosem Cristojesus,
fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte
pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela
glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se
45. 50 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos
também na semelhança da sua ressurreição (Rm 6:3-5).
Tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual
igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o
ressuscitou dentre os mortos (Cl 2:12).'
A segunda razão diz respeito à inexistência, segundo eles, de
exemplos de batismos por aspersão ou ablução no Novo Testamento.
A PRÁTICA REFORMADA E PROTESTANTE
Nós, reformados, não negamos a legitimidade do batismo por
imersão. Negamos apenas que essa seja a única modalidade aceitável
de batismo. Para nós, imersão, ablução e aspersão são modos legíti
mos de batismo12 (sendo as duas últimas bíblicas e historicamente
bem fundamentadas), pelas seguintes razões:
Principalmente, porque o simbolismo do batismo não se en
contra na imersão, mas na união com Cristo e na purificação, no la
var purificador. Assim como a circuncisão simbolizava a remoção da
impureza, o batismo com água, que é a circuncisão cristã, simboliza
o lavar purificador do Espírito Santo em virtude da obra de Cristo e
da nossa união com ele: "Ele [Deus] nos salvou mediante o lavar re-
generador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente,
por meio deJesus Cristo, nosso salvador” (Tt 3:5).3
Esse simbolismo do batismo é exemplificado no relato do
apóstolo Paulo das palavras de Ananias, por ocasião do seu próprio
batismo: "levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados...” (At
22:16). O batismo não purifica do pecado, ele simboliza a purificação
do pecado. Conforme o Catecismo de Heidelberg:
1 Outras passagens bíblicas, como Mateus 3:6, Marcos 1:5; Mateus 3:16; Atos 8:38 e
1 Coríntios 10 são geralmente apresentadas em favordo batismo por imersão. Entre
tanto, nenhuma delas diz qualquer coisa acerca do modo do batismo.
2 Cf. “Confissão de Fé de Westminster”, 28:3.
3 As várias lavagens cerimoniais no Antigo Testamento e promessas referentes à
dispensação do evangelho apresentam o mesmo simbolismo (cf. Lv 14:7; Nm 8:7; Ez
36:25; Hb 9:13-14; e 1 Pe 1:2).
46. 5 SIMBOLISMO E MODO DO BATISMO 5 1
Cristo instituiu este lavar externo com água e por ele prometeu que me
encontro tão seguramente lavado com seu sangue e com seu Espírito
das impurezas de minha alma e de todos os meus pecados, como lavado
externamente com água que é usada para remover a sujeira do meu corpo.4
Em um sentido mais amplo, todas as bênçãos espirituais decor
rentes da salvação estão implícitas no símbolo: o ingresso no corpo
de Cristo por meio da nossa união com ele, a morte para o pecado,
o novo nascimento, etc. Muitas figuras são empregadas na Bíblia
para simbolizar essas realidades espirituais: morrer com Cristo, ser
sepultado com Cristo, ressuscitar com Cristo (Rm 6:3-5; Cl 2:12),
ser crucificado com Cristo (Gl 2:19), viver em Cristo (2 Tm 3:12),
estar em Cristo (Rm 16:7), andar em Cristo (Cl 2:6), estar radicado e
edificado em Cristo (Cl 2:7), revestir-se de Cristo (Gl 3:27), etc. Entre
tanto, isso não significa que qualquer dessas figuras indique o modo
de batismo.5
A simbologia própria do batismo reside na purificação pela lava
gem de água, apontando para a ação purificadora do Espírito Santo
e para o sangue de Cristo, que nos separa do uso comum ou impuro
e que nos une a Ele, e não no modo como essa lavagem é realizada.
Mesmo em Romanos 6, o contexto geral é de união com Cristo e de
purificação do pecado:
Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça
mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado,
nós os que para ele morremos?... Sabendo isto: que foi crucificado com
ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e
não sirvamos o pecado como escravos... Não reine, portanto, o pecado
em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões... (vs.
1-2, 6, 12).
4 "O Catecismo de Heidelberg”, em A Constituição da Igreja Presbiteriana da América.
Parte I: 0 Livro das Confissões (São Paulo: Missão Presbiteriana do Brasil Central,
1969), resposta 69.
5 Na realidade, identificar o simbolismo da morte, sepultamento e ressurreição com
Cristo com o batismo por imersão é um anacronismo, visto que, na época, como
aconteceu com Jesus, os mortos não eram sepultados embaixo da terra, mas tinham
seus corpos colocados em sepulcros abertos nas rochas.
47. 52 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
Comentando Romanos 6:4, Charles Hodge observa correta
mente:
Não é necessário assumir que haja qualquer referência aqui à imersão do
corpo no batismo, como se fosse um sepultamento. Nenhuma alusão
como esta pode ser suposta nos próximos versos, onde é dito que somos
plantados com ele. A referência não é ao modo do batismo, mas ao seu
(feito. Nosso batismo nos une a Cristo, de sorte que morremos com ele
e ressuscitamos com ele... A mesma doutrina acerca do batismo, e da
natureza da união com Cristo, aqui expressas, é ensinada em Gaiatas 3:27
e Colossenses 2:12.6
O mesmo ocorre com relação a Colossenses 3:12. Tanto o ver
so anterior, como o posterior, relacionam o batismo à circuncisão,
como símbolo de purificação espiritual, por meio da obra redentora
de Cristo na cruz:
Nele, também fostes drcunddados, não por intermédio de mãos, mas no
despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo... E a vós
outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela indrcundsão
da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os
nossos delitos (Cl 2:11,13).
O essencial com relação ao batismo, portanto, para nós refor
mados, é explicitamente indicado na sua instituição e nas demais pas
sagens do Novo Testamento, isto é, que seja realizado com água (At
10:47), em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28:19).7
Segundo, por causa do uso dos verbos correlatos |3aTTTÍ.£tü e
(Mtítü) na Septuaginta (versão grega antiga do Antigo Testamento).8
6 Charles Hodge, A Commentary on Romans, The Geneva Series of Commentar-
ies (Reimpressão, Edinbuigh e Carlisle, Pennsylvania: The Banner of Truth Trust,
1975), 194-95 (ênfases minhas). Ver a sua argumentação inteira sobre Romanos 6:3-5,
nas páginas 193 a 196. Observação: sua referência a “plantados com ele” é tradução
literal da expressão grega ouvetácpripev oúv atrccô (traduzida na versão de Almeida
como: "unidos com ele”).
7 Ver análise dessas e de outras passagens relacionadas, do ponto de vista reforma
do, em Murray, Christian Baptism, 26-30.
8 O verbo |3aTTTL((üoéempregado apenas quatro vezes na Septuaginta, em 2 Reis 5:14;
Judite 12:7; Isaías 21:4 e Eclesiástico 34:25. O verbo j3áiTTtúébem mais frequente na
Septuaginta. Ele ocorre cerca dezessete vezes.
48. 5 SIMBOLISMO E MODO DO BATISMO 53
Esses verbos não são empregados sempre, ou mesmo preferencial
mente, no sentido específico de mergulhar ou imergir, como sugerem
os defensores do batismo por imersão. O sentido geral comum des
ses verbos é molhar, umedecer, lavar, purificar, podendo essa lavagem
ou purificação ocorrer por imersão, ablução ou aspersão. Em Judite
12:7, por exemplo, onde se lê que "toda noite ela saía ao vale de Betú-
lia e purificava-se (èpanTÍCeTo) numa fonte de água no acampamen
to”;e em Daniel 4:339 (ver também 5:21), onde lemos: “no mesmo
instante cumpriu-se a palavra sobre Nabucodonosor; e foi expulso de
entre os homens e passou a comer erva como os bois, o seu corpo
foi molhado (epá^p) do orvalho do céu...”;esses verbos não indicam
imersão, mas aspersão ou ablução. Além disso, pelo menos nas se
guintes passagens na Septuaginta, o verbo páuTto dificilmente pode
significar imergir: Levíticos 14:6 e 16; Rute 2:14; e 1 Samuel 14:27.1011
Mesmo em passagens como 2 Reis 5:14, onde a imersão é pro
vável (mas não necessária), trata-se de uma lavagem como símbolo
de purificação, conforme indicam os versos 10,12 e 13.
Terceiro, em virtude de referências, no Novo Testamento, aos
ritos de purificação do Antigo Testamento, os quais eram frequen
temente realizados por meio de aspersões de sangue ou de água."
Esses ritos de purificação de pessoas, utensílios, etc., são chamados
de batismos no Novo Testamento:
E, vendo que alguns dos discípulos dele comiam o pão com as mãos
impuras, isto é, por lavar [cüátttoiç] (pois os fariseus e todos os judeus,
observando a tradição dos anciãos, não comem sem lavar [vu|jcuvTai]
cuidadosamente as mãos; quando voltam da praça não comem sem se
aspergirem QBctTTTLcTtovTCLL]; e há muitas outras coisas que receberam para
observar, como a lavagem [(jarmaiiouç] de copos, jarros e vasos de metal
e camas), interpelaram-no os fariseus e os escribas: Por que não andam os
teus discípulos de conformidade com a tradição dos anciãos, mas comem
com as mãos por lavar [raivais-impuras]? (Mc 7:2-5; ênfase minha).
9 Verso 30 na Septuaginta.
10 Para uma análise mais pormenorizada do significado de páiTTüjnessas e em outras
passagens na Septuaginta, ver Murray, Christian Baptism, 7-11.
11 Cf. N m l9:9,13e20.
49. 54 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
O autor da Carta aos Hebreus também se refere a esses ritos
de purificação cerimonial do povo, do tabernáculo e dos utensílios
sagrados como batismos (PairTiapols).12
Quarto, devido ao uso do verbo (5aTm£oj no Novo Testamento.
Ele é intercambiável com vítttü) (lavar), como se pode verificar em
Marcos 7:3-4 (já citado); Lucas 11:38 e Mateus 15;2,20. Observação: o
modo comum de lavar as mãos no oriente era pelo derramamento de
água, como hoje - só que com um jarro, ao invés de torneira. Além
disso, a contenda dos discípulos de João sobre o batismo (Jo 3:22-30)
é reconhecidamente uma contenda sobre purificação (v. 25).
Em adição, João Batista, Jesus e o apóstolo Pedro se referem
ao derramamento do Espírito Santo, anunciado pelos profetas,13com
o termo batismo (cf. Mt 3:11; Mc 1:8; Lc 3:16; At 1:15; 11:16). Por
essa razão, ressaltando a propriedade do simbolismo do batismo por
aspersão ou ablução, Miller escreve:
Se o batismo, quanto ao seu significado simbólico, tem a intenção de
representar a lavagem do Espírito Santo, como todos concordam; é
evidente que nenhum modo de aplicar a água batismal pode ser mais
visivelmente adequado para comunicar o seu significado simbólico, ou
mais fortemente expressivo do grande beneficio que a ordenança tenciona
manifestar e selar, do que aspeigindo ou derramando.14
Quinto, e muito importante, por causa do caráter espiritual do
culto no Novo Testamento, que não enfatiza a forma, mas o espírito.
A ênfase do culto no Novo Testamento não está na roupa dos ofician-
tes, no templo, no rito ou em formas externas, mas na sua natureza
espiritual e verdadeira. Consequentemente, em nenhum lugar no
Novo Testamento é explicitada a forma do batismo (imersão, asper
são ou ablução). Nem mesmo as palavras de instituição do batismo
dizem qualquer coisa acerca do modo como ele deveria ser realiza
do. Logo, por que razão enfatizaríamos nós, por razões teológicas,
12VerHb 9:10 (cf. w. 13,19 e 21). Vertambém Murray, Christian Baptism, 17-20.
13 Ver Isaías 32:15; 44:3; Ezequiel 39:29; Joel 2:28-29 (cf. Atos 2:17-18); Zacarias
12:10.
14 Miller, Infant Baptism, 88. Ver também Murray, Christian Baptism, 20-21.
50. 5 SIMBOLISMO E MODO DO BATISMO 55
uma forma específica de batismo, ao ponto de negar participação
na ceia do Senhor a crentes professos e piedosos, simplesmente por
não terem sido batizados por imersão? E preciso cuidado para não
se considerar a água batismal de modo supersticioso, atribuindo a
ela - muito menos ao modo como ela é aplicada - mais importância
do que à obra salvadora de Cristo e do seu Espírito.
Sexto, é interessante observar, ainda, que não existeum só exem
plo de batismo no Novo Testamento que especifique de modo explí
cito e inequívoco a forma de batismo praticada: imersão, aspersão ou
ablução. Isso não parece compatível com a insistência daqueles que
sustentam como legítimo exclusivamente o batismo por imersão.
Na realidade, o contexto e alguns desses exemplos de batismos
tornam bastante improvável a possibilidade de imersão. E o caso do ba
tismo das grandes multidões na cidade de Jerusalém, onde a água era
escassa (At 2:37-41);” do eunuco no deserto (At 8:26-40);1516de Paulo na
casa deJudas, por Ananias;17e do carcereiro de Filipos (At 16:30-33).18
15 Além disso, quanto tempo e esforço fisico seriam necessários para Pedro (mesmo
supondo que contasse com a ajuda dos demais apóstolos) batizar por imersão quase
três mil pessoas em um só dia (cf. At 2:41)?
16 A expressão “onde havia água”, no verso 36, traduz as palavras gregas “értí Ti
Ü5u)p”, que significam literalmente “em cima de” ou “próximo a alguma água”. E
as expressões “desceram à água” (Kare^r)aav ápípótepoi £Íç rò Ü5wp), literalmen
te: "desceram ambos para a água” (v. 38), e “saíram da água” (àve^ijoav éx toO
iíSaroç), no verso 39, não implica em imersão. Elas podem significar apenas que eles
desceram do carro ou das encostas do riacho ou poça/olho d agua para a água (cf.
Mt 17:27;Jo 2:12; At 7;15; e 18:22, onde expressões semelhantes são empregadas, sem
significar imersão). Se as expressões significassem imersão, em Atos 8:38-39, então
ambos teriam imergido: Filipe e o eunuco - o que não faria sentido.
17 Nada no relato indica que saíram da casa para um rio (cf. At 9:17-19) - nem Paulo
teria condições físicas para isso, prostrado que estava, sem comer ou beber durante
três dias (cf. w. 9 e 19).
18 Além de não haver qualquer referência no relato quanto a terem saído da casa
do carcereiro para um algum rio, as circunstâncias tomam isso altamente imprová
vel, diante das condições físicas de Paulo e Silas (cf. w. 23 e 33), do horário: após a
meia-noite, e do local: nos aposentos do carcereiro, provavelmente da área externa
do cárcere, mas dentro das edificações da prisão. Cf. I. Howard Marshall, Atos dos
Apóstolos:Introduçãoe Comentário; Série Cultura Bíblica (São Paulo: Vida Nova, 1982;
reimpressão, 2001), 258; e John R. Stott, A Mensagem de Atos: Até os Confins da Tenra
(São Paulo: ABU, 1994; reimpressão, 2003), 301.
51. 56 PARA VÓS E PARA VOSSOS FILHOS
Finalmente, alguns desenhos, gravuras e pinturas mais antigas
de cenas de batismos cristãos (desde o final do primeiro ou início
do segundo século) retratam o derramamento de água sobre o ba
tizando. Em alguns casos, o ministrante do batismo e o batizando
encontram-se ambos dentro da água (com água até o tornozelo,
pernas ou cintura), às vezes em batistérios, mas o batismo está sendo
realizado por aspersão ou ablução.19
O batismo por imersão parece ter sido uma prática comum na
igreja primitiva, mas não a única. Vários escritos e autores antigos,
como o Didaquê, Clemente de Roma, Justino Mártir, Tertuliano,
Irineu, Basílio Magno, Cipriano, Gregório de Nazianzo, Ambrosio,
Hilário, Jerônimo e Agostinho, também reconhecem a prática do
batismo por aspersão e/ou ablução.20Além disso, algumas situações
inviabilizam o batismo por imersão, como no caso de escassez de
água, de regiões muito frias e de pessoas enfermas no leito, mencio
nado por Cipriano de Cartago, no terceiro século, como comum na
época, e amplamente praticado desde então.21
Não obstante todas as evidências mencionadas em favor do batis
mo por aspersão ou ablução, convido o leitor a refletir sobre a seguinte
observação de Samuel Miller, em seu clássico sobre batismo infantil:
19 Cf. Clement Francis Rogers, "Baptism and Christian Archaelogy”, em Studia Bib-
UcaetEcclesiastica, vol. 5, parte IV (Oxford: Claredon Press, 1903), 241-44.
20 Outras evidêndas de batismo por aspersão ou ablução na Igreja Primitiva po
dem ser encontradas em Rogers, 'Baptism and Christian Archaelogy”;Vertambém:
James W Dale, Christic Baptism and Patristic Baptism: BAÍITIZO: An Inquire into the
Meaningof the WordasDetermined bythe Usageof TheHoly Scripturesand Patristic Writ-
ings (Wauconda, 1L: Bolchazy-Carducri; Phillipsburg, NJ: Puritan 8i Reformed; and
Toney, AL: Loewe Belfort Project, 1995; reimpressão da segunda edição, Philadel-
phia: Presbyterian Board of Publication, 1874), 532-39. William A. BeVier, "Water
Baptism in the Andent Church, Part I”, Bibliotheca Sacra 116:462 (1959): 136-45;
idem., “Water Baptism in the First Five Centuries”:230-41.
21 Batismo conhecido como “clínico”, do latim dinici (termo originado da expressão
grega: kv tt) kXÍi/q,no leito). B. B. Waríield, 'Archaeology of the Mood of Baptism”,
Bibliotheca Sacra 53:212 (1896): 609. Esse artigo de Waríield contém uma história por
menorizada do modo do batismo cristão (pp. 601-604). Ver também Dale, Ckristic
Baptism andPatristic Baptism, 523-32.
52. 5 SIMBOLISMO E MODO DO BATISMO 57
Mesmo que pudesse ser provado (o que sabemos que não pode ser) que o
modo debatismo adotado no tempo de Cristo e seus apóstolos era [apenas]
por imersão; ainda assim, se esse modo de administração da ordenança não
for significativo de alguma verdade que outro modo não possa representar,
temos plena liberdade para considerá-lo como uma circunstância não
essencial, a qual podemos não observar, quando a conveniência requerer,
como todos fazemos em outros casos... A Ceia do Senhor, por exemplo,
foi sem dúvida instituída com pão asmo - e essa foi, provavelmente, a
prática comum no início. Entretanto, visto que ser ou não levedado nada
tem a ver com o objetivo e escopo da ordenança... a maioria dos crentes
professos, incluindo nossos irmãos batistas, consideram-se autorizados a
celebrar a ceia do Senhor com pão fermentado, sem a menor hesitação.22
22
Miller, Infant Baptism, 100.