1) O artigo discute o conceito de "Igreja em Saída" presente na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco.
2) O Papa Francisco convoca a Igreja a sair de si mesma, rompendo com uma postura autorreferencial, e a se dirigir às "periferias existenciais", como as periferias do pecado e da injustiça.
3) Uma Igreja em saída deve ser uma Igreja que "primeira", que toma a iniciativa em levar a Boa Nova do
O documento discute a noção teológica de cristão e leigo. Um cristão é alguém batizado que vive de acordo com o compromisso do batismo, buscando a santidade. Um leigo é um membro integral da Igreja com função definida e importante, participando da missão de Cristo por meio do batismo.
O documento descreve a história da catequese ao longo dos séculos, desde os primeiros cristãos até os dias atuais. A catequese começou como um processo de conversão para se tornar cristão e participar da comunidade, evoluiu para um foco na instrução doutrinária individual durante a Idade Moderna, e agora visa a educação para a fé e vida comunitária após o Concílio Vaticano II.
O documento descreve a história da vida religiosa ao longo dos séculos, dividida em diferentes períodos: do Deserto ao período das Congregações dedicadas ao ensino. Também aborda aspectos como a essência, os votos e a missão da vida consagrada na Igreja.
PARÓQUIA SÃO GERALDO - INICIAÇÃO CRISTÃRamon Gimenez
O documento descreve os principais aspectos da catequese ao longo da história, desde os primeiros séculos até os dias atuais, enfatizando a transição de um modelo de instrução para um modelo de iniciação cristã centrado na comunidade e na vivência dos valores do Evangelho.
O documento descreve a história da catequese no cristianismo desde os primeiros séculos até os dias atuais. Começa com a catequese no início do cristianismo focada na conversão e vida fraterna comunitária. A seguir, detalha como a catequese se desenvolveu na Idade Média como parte da sociedade cristianizada, e na Idade Moderna com foco na instrução individual. Por fim, discute a catequese pós-Concílio Vaticano II enfatizando a educação comunitária para a fé e vida.
1) O documento discute a catequese como parte essencial da missão evangelizadora da Igreja.
2) A catequese tem como objetivo aprofundar o primeiro anúncio de Jesus Cristo e levar o catequizando ao conhecimento, celebração e vivência do mistério de Deus revelado em Jesus.
3) A comunidade cristã é a fonte, o lugar e a meta da catequese, que deve ser um processo de educação da fé através da interação entre o catequizando, a comunidade e a mensagem evangélic
A MISSÃO DA IGREJA, PRESSUPOSTO DA MISSÃO DO FIEL CRISTÃO E DA MISSÃO LAICALPedro Francisco Moraes De
1) O documento discute a missão da Igreja como pressuposto da missão dos fiéis cristãos e dos leigos.
2) A missão de Cristo foi confiada aos apóstolos e, através deles, chegou à Igreja, que tem a responsabilidade de realizar a continuidade da missão salvadora de Cristo.
3) A Igreja recebeu uma missão universal de anunciar a salvação a todos os homens e povos.
O documento discute a noção teológica de cristão e leigo. Um cristão é alguém batizado que vive de acordo com o compromisso do batismo, buscando a santidade. Um leigo é um membro integral da Igreja com função definida e importante, participando da missão de Cristo por meio do batismo.
O documento descreve a história da catequese ao longo dos séculos, desde os primeiros cristãos até os dias atuais. A catequese começou como um processo de conversão para se tornar cristão e participar da comunidade, evoluiu para um foco na instrução doutrinária individual durante a Idade Moderna, e agora visa a educação para a fé e vida comunitária após o Concílio Vaticano II.
O documento descreve a história da vida religiosa ao longo dos séculos, dividida em diferentes períodos: do Deserto ao período das Congregações dedicadas ao ensino. Também aborda aspectos como a essência, os votos e a missão da vida consagrada na Igreja.
PARÓQUIA SÃO GERALDO - INICIAÇÃO CRISTÃRamon Gimenez
O documento descreve os principais aspectos da catequese ao longo da história, desde os primeiros séculos até os dias atuais, enfatizando a transição de um modelo de instrução para um modelo de iniciação cristã centrado na comunidade e na vivência dos valores do Evangelho.
O documento descreve a história da catequese no cristianismo desde os primeiros séculos até os dias atuais. Começa com a catequese no início do cristianismo focada na conversão e vida fraterna comunitária. A seguir, detalha como a catequese se desenvolveu na Idade Média como parte da sociedade cristianizada, e na Idade Moderna com foco na instrução individual. Por fim, discute a catequese pós-Concílio Vaticano II enfatizando a educação comunitária para a fé e vida.
1) O documento discute a catequese como parte essencial da missão evangelizadora da Igreja.
2) A catequese tem como objetivo aprofundar o primeiro anúncio de Jesus Cristo e levar o catequizando ao conhecimento, celebração e vivência do mistério de Deus revelado em Jesus.
3) A comunidade cristã é a fonte, o lugar e a meta da catequese, que deve ser um processo de educação da fé através da interação entre o catequizando, a comunidade e a mensagem evangélic
A MISSÃO DA IGREJA, PRESSUPOSTO DA MISSÃO DO FIEL CRISTÃO E DA MISSÃO LAICALPedro Francisco Moraes De
1) O documento discute a missão da Igreja como pressuposto da missão dos fiéis cristãos e dos leigos.
2) A missão de Cristo foi confiada aos apóstolos e, através deles, chegou à Igreja, que tem a responsabilidade de realizar a continuidade da missão salvadora de Cristo.
3) A Igreja recebeu uma missão universal de anunciar a salvação a todos os homens e povos.
Livro Catequese com estilo catecumenal - Padre LeloVitor Nunes Rosa
O documento discute a catequese com estilo catecumenal, que promove a visão conjunta dos três sacramentos da iniciação cristã (batismo, confirmação e eucaristia) como um processo de amadurecimento da fé. Apresenta os desafios de superar a fragmentação da catequese de iniciação e envolver mais a comunidade. Também aborda a relação entre o modelo pastoral e o modelo catecumenal proposto pelos documentos da CNBB e do CELAM.
O documento discute a visão do teólogo católico Karl Rahner sobre a graça divina na vida humana. Aborda a biografia e pensamento de Rahner, que via a graça como auto-revelação de Deus presente em todos os seres humanos. Também analisa os desafios de viver a graça no contexto da modernidade líquida e a necessidade de uma mensagem evangelizadora renovada centrada em Jesus Cristo.
1. O documento discute os fundamentos bíblicos e teológicos da vocação leiga e dos ministérios leigos na Igreja. 2. A vocação cristã é seguir Jesus e fazer parte de Sua Igreja. Todos os batizados têm igual dignidade, ainda que com diferentes papéis. 3. Há diversidade de dons e carismas no Espírito Santo, incluindo diferentes vocações leigas e de clero, para a construção do Reino de Deus.
1) A música sacra deve promover a elevação espiritual e os sentimentos de piedade cristã, embora enriquecida pelas diversidades culturais.
2) A voz humana e o órgão são os principais instrumentos musicais na liturgia, podendo outros ser usados se não forem profanos.
3) Todos os fiéis devem ter oportunidade de participar ativamente na música litúrgica de acordo com suas habilidades.
Este documento resume a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe realizada em Aparecida, Brasil. O documento destaca a presença de Maria e do Papa Bento XVI na conferência, e apresenta os principais desafios da Igreja na América Latina, como a necessidade de proteger a fé do povo de Deus e renovar a missão evangelizadora diante dos novos tempos.
O documento discute a necessidade de renovação da catequese para responder aos desafios do mundo moderno. Ele enfatiza a importância da formação de uma comunidade cristã missionária e a transmissão da mensagem do Evangelho de forma nova, mas não uma mensagem nova. A catequese deve ter como objetivo final fazer ecoar a Palavra de Deus.
A Exortação Apostólica Evangelii NuntiandiJoão Pereira
Este documento resume a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi assinada por Paulo VI em 1975. A exortação reflete os frutos do Sínodo de 1974 sobre a evangelização do mundo moderno e enfatiza que a evangelização é a principal tarefa da Igreja. A exortação discute temas como a relação entre evangelização e cultura, o conteúdo da mensagem evangélica, e os meios e destinatários da evangelização.
O documento descreve o processo de catecumenato, que é uma iniciação à fé cristã através da catequese, liturgia e conversão. O processo inclui o querigma (anúncio inicial), catequese, exorcismos, escrutínios, celebração dos sacramentos do batismo, crisma e eucaristia na Vigília Pascal, e a mistagogia (aprofundamento da fé no Mistério Pascal após a Páscoa). O documento também discute conceitos como conversão, eleição e desafios de adapt
O documento apresenta um itinerário de formação da fé para adultos baseado no modelo catecumenal dos primeiros séculos da Igreja. O processo de iniciação cristã inclui etapas de encontro, aprofundamento da fé, conversão e celebração pascal, culminando na recepção dos sacramentos do batismo, confirmação e eucaristia. O objetivo é promover uma formação integral que une anúncio, liturgia, serviço e testemunho.
Este documento resume um livro do Papa Francisco sobre sua visão de uma Igreja misericordiosa e missionária. Ele deseja uma Igreja que saia de si mesma para anunciar o Evangelho, especialmente aos pobres, e que tenha uma voz profética contra as injustiças sociais. O Papa quer levar a Igreja para fora de sua zona de conforto e mantê-la em um estado constante de missão.
1) O documento apresenta os fundamentos teológico-pastorais da catequese na Igreja brasileira, destacando conquistas recentes como a catequese renovada e desafios atuais.
2) Discutem-se os objetivos e finalidades da catequese como parte da missão evangelizadora da Igreja, enfatizando a iniciação cristã e o papel da comunidade.
3) Aborda-se a necessidade de contextualizar a catequese à luz da história, especialmente no Brasil e América Latina.
O documento discute a espiritualidade no ministério, afirmando que (1) a espiritualidade deve estar ligada à liturgia e à transformação social, (2) os ministérios geram frutos espirituais por meio dos dons do Espírito Santo, e (3) a espiritualidade eucarística fortalece o ministério ao aproximar de Cristo.
Este documento apresenta orientações pastorais sobre a Renovação Carismática Católica (RCC) no Brasil. Ele discute o papel do Espírito Santo na Igreja e propõe diretrizes para que a RCC esteja em comunhão com as Igrejas locais e contribua para a evangelização.
Cartilha 2 cm2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas Cartilha de Pr...Bernadetecebs .
2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas
Cartilha de Preparação
Tema: O missionário presbítero para uma Igreja em saída
Lema: Ide sem medo para servir
O documento discute a Eucaristia como princípio e projeto da missão da Igreja. Citando textos bíblicos e pontifícios, argumenta que a participação na Eucaristia impele os cristãos ao compromisso missionário de propagar o Evangelho. Também reflete sobre os desafios missionários atuais e como dioceses e paróquias podem se tornar mais abertas à missão "ad gentes".
O documento descreve o processo catecumenal como um caminho gradual de formação na fé para se tornar membro da Igreja por meio dos sacramentos de iniciação. Ele é composto por quatro etapas: pré-catecumenato, catecumenato, catequese quaresmal e mistagogia. A catequese tem como objetivo levar o catequizando a conhecer, celebrar, viver e anunciar o mistério de Deus revelado em Jesus Cristo.
1) O documento introduz a Exortação Apostólica "Vita Consecrata" do Papa João Paulo II sobre a vida consagrada na Igreja e sua missão. 2) Ele descreve a riqueza e diversidade das formas de vida consagrada ao longo da história, incluindo a vida monástica no Oriente e Ocidente. 3) O documento também destaca institutos dedicados à contemplação e formas como a ordem das virgens, eremitas e viúvas.
1) O documento apresenta diretrizes gerais para a ação evangelizadora da Igreja no Brasil entre 2015-2019, tendo como objetivo principal evangelizar para que todos tenham vida rumo ao Reino definitivo de Deus.
2) Ele destaca a importância de partir de Jesus Cristo e da contemplação de sua pessoa e mensagem ao evangelizar, assim como da Igreja como lugar de encontro com Cristo.
3) Também enfatiza atitudes fundamentais do discípulo missionário como a alteridade, gratuidade, justiça, paz e reconciliação.
O documento discute as dimensões missionárias da Igreja com base em documentos eclesiásticos. Apresenta três aspectos importantes da missão de Jesus em Marcos: anunciar a Boa Nova, dirigida à libertação dos oprimidos; alcançar o mundo inteiro; e ser destinada a toda a humanidade. Também descreve eixos da missão como o cristológico, antropológico, dialogal e diaconal e as dimensões da missão nas comunidades: evangelização, comunhão, diaconia e liturgia.
O documento discute como a catequese pode se tornar um caminho de discipulado, formando missionários de Jesus Cristo. Ser discípulo significa seguir Jesus e assimilar Seus ensinamentos, dando continuidade a Seu projeto. A catequese deve levar as pessoas ao encontro com Cristo e aprofundar seu conhecimento na fé, para que nasçam discípulos missionários capazes de anunciar o Evangelho.
Livro Catequese com estilo catecumenal - Padre LeloVitor Nunes Rosa
O documento discute a catequese com estilo catecumenal, que promove a visão conjunta dos três sacramentos da iniciação cristã (batismo, confirmação e eucaristia) como um processo de amadurecimento da fé. Apresenta os desafios de superar a fragmentação da catequese de iniciação e envolver mais a comunidade. Também aborda a relação entre o modelo pastoral e o modelo catecumenal proposto pelos documentos da CNBB e do CELAM.
O documento discute a visão do teólogo católico Karl Rahner sobre a graça divina na vida humana. Aborda a biografia e pensamento de Rahner, que via a graça como auto-revelação de Deus presente em todos os seres humanos. Também analisa os desafios de viver a graça no contexto da modernidade líquida e a necessidade de uma mensagem evangelizadora renovada centrada em Jesus Cristo.
1. O documento discute os fundamentos bíblicos e teológicos da vocação leiga e dos ministérios leigos na Igreja. 2. A vocação cristã é seguir Jesus e fazer parte de Sua Igreja. Todos os batizados têm igual dignidade, ainda que com diferentes papéis. 3. Há diversidade de dons e carismas no Espírito Santo, incluindo diferentes vocações leigas e de clero, para a construção do Reino de Deus.
1) A música sacra deve promover a elevação espiritual e os sentimentos de piedade cristã, embora enriquecida pelas diversidades culturais.
2) A voz humana e o órgão são os principais instrumentos musicais na liturgia, podendo outros ser usados se não forem profanos.
3) Todos os fiéis devem ter oportunidade de participar ativamente na música litúrgica de acordo com suas habilidades.
Este documento resume a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe realizada em Aparecida, Brasil. O documento destaca a presença de Maria e do Papa Bento XVI na conferência, e apresenta os principais desafios da Igreja na América Latina, como a necessidade de proteger a fé do povo de Deus e renovar a missão evangelizadora diante dos novos tempos.
O documento discute a necessidade de renovação da catequese para responder aos desafios do mundo moderno. Ele enfatiza a importância da formação de uma comunidade cristã missionária e a transmissão da mensagem do Evangelho de forma nova, mas não uma mensagem nova. A catequese deve ter como objetivo final fazer ecoar a Palavra de Deus.
A Exortação Apostólica Evangelii NuntiandiJoão Pereira
Este documento resume a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi assinada por Paulo VI em 1975. A exortação reflete os frutos do Sínodo de 1974 sobre a evangelização do mundo moderno e enfatiza que a evangelização é a principal tarefa da Igreja. A exortação discute temas como a relação entre evangelização e cultura, o conteúdo da mensagem evangélica, e os meios e destinatários da evangelização.
O documento descreve o processo de catecumenato, que é uma iniciação à fé cristã através da catequese, liturgia e conversão. O processo inclui o querigma (anúncio inicial), catequese, exorcismos, escrutínios, celebração dos sacramentos do batismo, crisma e eucaristia na Vigília Pascal, e a mistagogia (aprofundamento da fé no Mistério Pascal após a Páscoa). O documento também discute conceitos como conversão, eleição e desafios de adapt
O documento apresenta um itinerário de formação da fé para adultos baseado no modelo catecumenal dos primeiros séculos da Igreja. O processo de iniciação cristã inclui etapas de encontro, aprofundamento da fé, conversão e celebração pascal, culminando na recepção dos sacramentos do batismo, confirmação e eucaristia. O objetivo é promover uma formação integral que une anúncio, liturgia, serviço e testemunho.
Este documento resume um livro do Papa Francisco sobre sua visão de uma Igreja misericordiosa e missionária. Ele deseja uma Igreja que saia de si mesma para anunciar o Evangelho, especialmente aos pobres, e que tenha uma voz profética contra as injustiças sociais. O Papa quer levar a Igreja para fora de sua zona de conforto e mantê-la em um estado constante de missão.
1) O documento apresenta os fundamentos teológico-pastorais da catequese na Igreja brasileira, destacando conquistas recentes como a catequese renovada e desafios atuais.
2) Discutem-se os objetivos e finalidades da catequese como parte da missão evangelizadora da Igreja, enfatizando a iniciação cristã e o papel da comunidade.
3) Aborda-se a necessidade de contextualizar a catequese à luz da história, especialmente no Brasil e América Latina.
O documento discute a espiritualidade no ministério, afirmando que (1) a espiritualidade deve estar ligada à liturgia e à transformação social, (2) os ministérios geram frutos espirituais por meio dos dons do Espírito Santo, e (3) a espiritualidade eucarística fortalece o ministério ao aproximar de Cristo.
Este documento apresenta orientações pastorais sobre a Renovação Carismática Católica (RCC) no Brasil. Ele discute o papel do Espírito Santo na Igreja e propõe diretrizes para que a RCC esteja em comunhão com as Igrejas locais e contribua para a evangelização.
Cartilha 2 cm2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas Cartilha de Pr...Bernadetecebs .
2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas
Cartilha de Preparação
Tema: O missionário presbítero para uma Igreja em saída
Lema: Ide sem medo para servir
O documento discute a Eucaristia como princípio e projeto da missão da Igreja. Citando textos bíblicos e pontifícios, argumenta que a participação na Eucaristia impele os cristãos ao compromisso missionário de propagar o Evangelho. Também reflete sobre os desafios missionários atuais e como dioceses e paróquias podem se tornar mais abertas à missão "ad gentes".
O documento descreve o processo catecumenal como um caminho gradual de formação na fé para se tornar membro da Igreja por meio dos sacramentos de iniciação. Ele é composto por quatro etapas: pré-catecumenato, catecumenato, catequese quaresmal e mistagogia. A catequese tem como objetivo levar o catequizando a conhecer, celebrar, viver e anunciar o mistério de Deus revelado em Jesus Cristo.
1) O documento introduz a Exortação Apostólica "Vita Consecrata" do Papa João Paulo II sobre a vida consagrada na Igreja e sua missão. 2) Ele descreve a riqueza e diversidade das formas de vida consagrada ao longo da história, incluindo a vida monástica no Oriente e Ocidente. 3) O documento também destaca institutos dedicados à contemplação e formas como a ordem das virgens, eremitas e viúvas.
1) O documento apresenta diretrizes gerais para a ação evangelizadora da Igreja no Brasil entre 2015-2019, tendo como objetivo principal evangelizar para que todos tenham vida rumo ao Reino definitivo de Deus.
2) Ele destaca a importância de partir de Jesus Cristo e da contemplação de sua pessoa e mensagem ao evangelizar, assim como da Igreja como lugar de encontro com Cristo.
3) Também enfatiza atitudes fundamentais do discípulo missionário como a alteridade, gratuidade, justiça, paz e reconciliação.
O documento discute as dimensões missionárias da Igreja com base em documentos eclesiásticos. Apresenta três aspectos importantes da missão de Jesus em Marcos: anunciar a Boa Nova, dirigida à libertação dos oprimidos; alcançar o mundo inteiro; e ser destinada a toda a humanidade. Também descreve eixos da missão como o cristológico, antropológico, dialogal e diaconal e as dimensões da missão nas comunidades: evangelização, comunhão, diaconia e liturgia.
O documento discute como a catequese pode se tornar um caminho de discipulado, formando missionários de Jesus Cristo. Ser discípulo significa seguir Jesus e assimilar Seus ensinamentos, dando continuidade a Seu projeto. A catequese deve levar as pessoas ao encontro com Cristo e aprofundar seu conhecimento na fé, para que nasçam discípulos missionários capazes de anunciar o Evangelho.
Palestra realizada em Assaí (PR) para os coordenadores de pastoral da Paróquia São José.
Baseada na palestra sobre a Pastoral Orgânica e de Conjunto dentro do contexto da Igreja Latino Americana - com foco na Pastoral Familiar como fomentadora de uma organicidade de conjunto.
O documento descreve os cinco encontros de uma conferência de bispos sobre a evangelização na América Latina e Caribe, que teve como objetivo impulsionar a Igreja na região a ter um novo impulso missionário. O documento ressalta a importância da experiência do encontro com Cristo e dos lugares onde isso ocorre, especialmente na piedade popular e nos mais pobres.
Este documento apresenta uma introdução sobre a importância da teologia do laicato e da missão dos leigos na Igreja. Ele discute a identidade e missão do leigo no mundo e na Igreja com base no pensamento do Papa João Paulo II, especialmente sua exortação apostólica Christifideles Laici. O documento é estruturado em três capítulos que abordam a missão da Igreja, a identidade do leigo como cristão, e o papel do leigo na Igreja e no mundo.
1) O documento discute desafios e perspectivas pastorais para a evangelização da juventude no Brasil.
2) Ele apresenta elementos sobre a realidade juvenil atual e deseja oferecer orientações para o trabalho com jovens na Igreja.
3) O documento é dividido em três partes: conhecimento da realidade juvenil, olhar de fé a partir da Bíblia e do Magistério, e linhas de ação para a evangelização de jovens.
1) O documento da CNBB discute os desafios e perspectivas pastorais para a evangelização da juventude no Brasil.
2) Ele fornece alguns elementos sobre a realidade juvenil atual, como as transformações culturais e as novas atitudes dos jovens diante do mundo.
3) O documento propõe que a Igreja conheça melhor os jovens, anuncie Jesus Cristo a eles, e os acompanhe em um processo de crescimento na fé ao longo da vida.
A liturgia é a obra de Cristo e da Igreja para glorificar a Deus e santificar os homens. Através da liturgia, Cristo continua sua obra de salvação na terra por meio de gestos e palavras que o tornam presente e realizam a salvação. A liturgia é a fonte e o ápice da vida e missão da Igreja.
O documento discute a Igreja Católica, incluindo a importância do Crisma, a natureza e missão da Igreja, os papéis do Papa, bispos, padres e leigos, e como preparar um altar para a celebração da Eucaristia.
Lição 4 – Missões Transculturais no Novo Testamento.pptxCelso Napoleon
A lição descreve como o Novo Testamento revela um Deus missionário e como as missões ocupam uma posição relevante nos Evangelhos e em Atos dos Apóstolos. As cartas paulinas, cartas gerais e o livro de Apocalipse também demonstram o propósito missionário de instrução e consumação.
O documento discute a Eucaristia como princípio e projeto da missão da Igreja. Aponta que a experiência eucarística impele os cristãos a testemunhar a fé e evangelizar. Também destaca a necessidade de as dioceses e paróquias terem uma consciência missionária, indo ao encontro daqueles que ainda não conhecem Cristo e acompanhando os que esfriaram na fé.
Arquidiocese de São Paulo: Testemunha de Jesus Cristo na cidade - 11º Plano d...Região Episcopal Belém
1) O documento descreve a história recente e os projetos pastorais da Arquidiocese de São Paulo, com ênfase na evangelização.
2) São destacados os desafios da ação evangelizadora em São Paulo, como a pobreza, violência e falta de formação das consciências.
3) A Arquidiocese se compromete com uma "conversão pastoral" para cumprir melhor sua missão de evangelizar a complex a cidade.
O documento discute a identidade da catequese ao longo da história da Igreja, desde as primeiras comunidades cristãs até o Concílio Vaticano II. Inicialmente, a catequese era entendida como a pregação para converter os não-batizados e instruir os cristãos. Ao longo dos séculos, assumiu diferentes ênfases de acordo com os contextos históricos. Atualmente, após o Concílio Vaticano II, a catequese busca educar a fé de forma orgânica e sistemática para que as
Este documento resume os principais pontos do Papa Francisco sobre a necessidade da Igreja sair de si mesma em espírito missionário, as cinco atitudes fundamentais para isso e como a Virgem Maria inspira esta missão através de sua fé e alegria em servir.
O documento descreve a identidade da catequese ao longo da história da Igreja. A catequese originalmente se concentrava na preparação para o batismo e instrução dos cristãos, mas evoluiu para enfocar a educação na fé e acompanhamento dos fiéis. Atualmente, o Concílio Vaticano II redirecionou a catequese para ajudar as pessoas a viverem os mistérios da fé e participarem plenamente da vida da Igreja.
O documento discute a festa da Ascensão de Jesus. Explica que a Ascensão não deve ser vista literalmente, mas como uma representação literária da missão da Igreja após a partida de Jesus. Também discute os ensinamentos de Jesus sobre a missão universal da Igreja de pregar o Evangelho por todo o mundo.
1) O documento discute a origem e significado da palavra "Igreja", que significa "convocação" e designa a assembleia do povo de Deus.
2) A Igreja reconhece-se como herdeira da assembleia do povo eleito diante de Deus no Antigo Testamento.
3) A Igreja tem três significados inter-relacionados: a assembleia litúrgica local, a comunidade local de crentes e a comunidade universal de todos os crentes.
A Exortação Apostólica "A Alegria do Evangelho" do Papa Francisco discute a transformação missionária da Igreja através de uma pastoral em saída, enfatizando a necessidade de primeirar, envolver-se, acompanhar e frutificar. O Papa também defende uma Igreja com as portas abertas, acolhendo a todos.
Este livro serve para desmitificar a crença que o apostólo Pedro foi o primeiro Papa. Não havia papa no cristianismo nem nos tempos de Jesus, nem nos tempos apostólicos e nem nos tempos pós-apostólicos. Esta aberração estrutural do cristianismo se formou lá pelo quarto século. Nesta obra literária o genial ex-padre Anibal Pereira do Reis que faleceu em 1991 liquida a fatura em termos de boas argumentações sobre a questão de Pedro ser Papa. Sempre que lemos ou ouvimos coisas que vão contra nossa fé ou crença, criamos uma defesa para não se convencer. Fica a seu critério ler este livro com honestidade intelectual, ou simplesmente esquecer que teve esta oportunidade de confronto consigo mesmo. Qualquer leigo de inteligência mediana, ao ler o livro de Atos dos Apóstolos que é na verdade o livro da história dos primeiros anos do cristianismo, verá que até um terço do livro de Atos vários personagens se alternam em importância no seio cristão, entre eles, Pedro, Filipe, Estevão, mas dois terço do livro se dedica a conta as proezas do apóstlo Paulo. Se fosse para colocar na posição de papa, com certeza o apóstolo seria Paulo porque ele centraliza as atenções no livro de Atos e depois boa parte dos livros do Novo Testamento foram escritos por Paulo. Pedro escreveu somente duas epístolas. A criação do papado foi uma forma de uma elite criar um cargo para centralizar o poder sobre os cristãos. Estudando antropologia, veremos que sempre se formam autocratas nas sociedades para tentar manter um grupo coeso, só que no cristianismo o que faz a liga entre os cristãos é o próprio Cristo.
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade.pptxCelso Napoleon
Lição 10 - Desenvolvendo Uma Consciência de Santidade
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
Resguardada as devidas proporções, a minha felicidade em entrar no Museu do Cairo só percebeu em ansiedade a de Jean-François Champollion, o decifrador dos hieróglifos. Desde os meus 15 anos que estudo a Bíblia e consequentemente acabamos por estudar também a civilização egípcia, uma vez que o surgimento da nação de Israel tem relação com a imigração dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José ao Egito. Depois temos a história do Êxodo com Moisés e quando pensamos que o Egito não tem mais relação com a Bíblia, ai surge o Novo Testamento e Jesus e sua família foge de Belém para o Egito até Herodes morrer, uma vez que perseguiu e queria matar o ainda menino Jesus. No museu Egípcio do Cairo eu pude saborear as obras de arte, artefatos, sarcófagos, múmias e todo esplendor dos faraós como Tutancâmon. Ao chegar na porta do Museu eu fiquei arrepiado, cheguei mesmo a gravar um vídeo na hora e até printei este momento único. Foi um arrepio de emoção, estou com 54 anos e foram quase 40 anos lendo e estudando sobre a antiga civilização do Egito e ao chegar aqui no museu do Cairo, eu concretizei um sonho da adolescência e que esperei uma vida inteira por este momento. Neste livro vou pincelar informações e mostrar fotos que tirei no museu sempre posando do lado destas peças que por tantos anos só conhecia por fotos e vídeos. Recomendo que antes de visitar o Museu leia este livro par você já ir com noções do que verá lá.
Oração Para Pedir Bênçãos Aos AgricultoresNilson Almeida
Conteúdo recomendado aos cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material publicado gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
Eu comecei a ter vida intelectual em 1985, vejam que coincidência, um ano após o título deste livro, e neste ano de 1985 me converti a Cristo e passei a estudar o comunismo e como os cristãos na União Soviética estavam sofrendo. Acompanhava tudo através de dois periódicos cristãos chamados: Missão Portas Abertas e “A voz dos mártires.” Neste contexto eu e o Eguinaldo Helio de Souza, que éramos novos convertidos tomamos conhecimento das obras de George Orwell, como a Revolução dos Bichos e este livro chamado “1984”. Ao longo dos últimos anos eu assino muitas obras como DIREITA CONSERVADORA CRISTÃ e Eguinaldo Helio se tornou um conferencista e escritor reconhecido em todo território nacional por expor os perigos do Marxismo Cultural. Naquela época de 1985-88 eu tinha entre 15 a 17 anos e agora tenho 54 anos e o que aprendi lendo este livro naquela época se tornou tão enraizado em mim que sempre oriento as pessoas do meu círculo de amizade ou grupos de whatsapp que para entender política a primeira coisa que a pessoa precisa fazer é ler estas duas obras de George Orwell. O comunismo, o socialismo e toda forma de tirania e dominação do Estado sobre o cidadão deve ser rejeitado desde cedo pelo cidadão que tem consciência política. Só lembrando que em 2011 foi criado no Brasil a Comissão da Verdade, para reescrever a história do período do terrorismo comunista no Brasil e ao concluir os estudos, a “Comissão da Verdade” colocou os heróis como vilões e os vilões como heróis.
Oração Ao Sagrado Coração De Jesus E Maria (2)Nilson Almeida
Presente especial para os cristãos e cristãs do Brasil e do mundo. Material distribuído gratuitamente. Desejo muitas luzes e bênçãos para todos. Devemos sempre ser caridosos com os nossos semelhantes.
Eu tomei conhecimento do livro DIDÁTICA MAGNA quando estava fazendo licenciatura em História e tínhamos que adquirir conhecimentos sobre métodos de ensinos. Não adianta conhecer história e não ter métodos didáticos para transmitir estes conhecimentos aos alunos. Neste contexto conheci Comenius e fiquei encantado com este livro. Estamos falando de um livro de séculos atrás e que revolucionou a metodologia escolar. Imagine que a educação era algo somente destinada a poucas pessoas, em geral homens, ricos, e os privilegiados. Comenius ficaria famoso e lembrado para sempre como aquele educador que tinha como lema: “ensinar tudo, para todos.” Sua missão neste mundo foi fantástica: Ele entrou em contato com vários príncipes protestantes da Europa e passou a criar um novo modelo de escola que depois se alastrou para o mundo inteiro. Comenius é um orgulho do cristianismo, porque ele era um fervoroso pastor protestante da Morávia e sua missão principal era anunciar Jesus ao mundo e ele sabia que patrocinar a educação a todas as pessoas iria levar a humanidade a outro patamar. Quem estuda a história da educação, vai se defrontar com as ideias de Comenius e como nós chegamos no século XXI em que boa parte da humanidade sabe ler e escrever graças em parte a um trabalho feito por Comenius há vários séculos atrás. Até hoje sua influencia pedagógica é grande e eu tenho a honra de republicar seu livro DIDÁTICA MAGNA com comentários. Comenius ainda foi um dos líderes do movimento enciclopédico que tentava sintetizar todo o conhecimento humano em Enciclopédias. Hoje as enciclopédias é uma realidade.
PROFECIAS DE NOSTRADAMUS SÃO BÍBLICAS_.pdfNelson Pereira
As profecias bíblicas somente são fantasias para os analfabetos bíblicos e descrentes. A Escatologia é uma doutrina central das Escrituras que anunciam a Primeira Vinda no AT e o NT a Segunda.
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno.pptxCelso Napoleon
Lição 11 - A Realidade Bíblica do Inferno
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
Renovados na Graça
renovadosnagraca@gmail.com
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1. Caderno Teológico da PUCPR, Curitiba, v.3, n.3, p.5-22 2015
SILVA, MARIA RITA; BRIGHENTI, AGENOR. UMA IGREJA EM ALEGRE SAÍDA MISSIONÁRIA. CADERNO
TEOLÓGICO DA PUCPR, CURITIBA, V.3, N.3, P.5-22, 2015.
UMA IGREJA EM ALEGRE SAÍDA MISSIONÁRIA
SILVA, Maria Rita 1
BRIGHENTI, Agenor
2
Resumo: O presente artigo aborda a categoria “Igreja em Saída”, na Exortação Apostólica
Evangelii Gaudium, do Papa Francisco. Desde o início de seu pontificado, o novo Bispo de
Roma vem convocando a Igreja toda a sair de si mesma, rompendo a espiral de uma Igreja
autorreferencial. Sair de si mesma, em “saída alegre”, porquanto ela é depositária da Boa Nova
do Reino, que faz de sua missão uma “doce e confortadora alegria de evangelizar”. Sair de si
mesma em direção “periferias existenciais”, não só geográficas, mas também existenciais, como
as periferias do pecado, da dor, da injustiça, da ignorância e da prescindência religiosa, do
pensamento, de toda miséria. Enfim, sair de si mesma, em saída alegre às periferias existenciais,
“para tornar presente o Reino de Deus”, sendo uma Igreja samaritana e profética.
Palavras-chave: Reino de Deus. Igreja. Missão. Periferias existenciais. Igreja samaritana. Igreja
profética.
1
Maria Rita da Silva, Bacharel em Teologia pela PUCPR, e-mail: mritamad@yahoo.com.br
2
Agenor Brighenti, Professor do Curso de Teologia da PUCPR, e-mail: agenor.brighenti@pucpr.br
Licenciado sob uma Licença
Creative Commons
Caderno Teológico da PUCPR
ISSN:2318-8065
2. Caderno Teológico da PUCPR, Curitiba, v.3, n.3, p.5-22 2015
Introdução
A primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco - Evangelii Gaudium - (A Alegria do
Evangelho) foi gestada a partir da XIII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos,
realizado no ano de 2012, cujo tema era “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.
Em sua exortação, o Papa não expõe um resumo do XIII Sínodo, antes escreve um texto próprio,
ainda que a partir Sínodo. Basicamente, Evangelii Gaudium convoca a Igreja toda para uma nova
postura em seu agir missionário, marcada pela saída de si mesma. Para isso, se faz necessário ser
portadora da alegria do encontro do Cristo Ressuscitado, característica de todo batizado e motor
para sua saída missionária.
Evangelii Gaudium traz consigo o jeito do Papa Francisco de ser. Ela é considerada como
que um programa para seu pontificado, em estilo pastoral, coloquial, como que “uma espécie de
conversa entre pai e os filhos” (AMADO, 2014, p. 27). É um documento em continuidade com
os anteriores do magistério pontifício, dado que é ”uma exortação na linha do que tem sido a
preocupação da Igreja desde o final do século XX” a importância do anúncio do Evangelho no
mundo atual (Id., p. 29).
Francisco não propõe nada de novo, dado que ele se insere no mesmo movimento que o
Concílio Vaticano II expôs há 50 anos, ou seja, de voltar às fontes bíblicas e patrísticas para
retornar o caminho proposto pelo próprio Jesus Cristo. Prova disso, é que a eclesiologia da
Evangelii Gaudium é eclesiologia do Concílio Vaticano II, com um diferencial: a acolhida da
missiologia do Documento de Aparecida, do qual o então Cardeal Bergoglio foi o Presidente da
Equipe de Redação, por ocasião da realização da V Conferência Geral dos Bispos da América
Latina e do Caribe, em 2007.
Enfim, “depois de um papa comunicador e do papa teólogo, agora temos um papa com
um DNA missionário” (SUESS, 2015, p. 9). Um Papa “que veio do fim do mundo”, convocando
a Igreja toda superar a “autorreferencialidade” e “sair de si mesma’, em direção às “periferias
existenciais”. Ele frisa que todos os batizados são discípulos-missionários por excelência,
convidados a “primeiriar” pelo mundo, levando a Boa-Nova de Jesus Cristo e desta alegria
ninguém é excluído, tendo presente que os pobres são “os destinatários privilegiados do
Evangelho”. Para o Papa Francisco, esta Igreja “em saída” precisa ser “a mãe de coração aberto”
e o “pai do filho pródigo”, a “casa aberta do pai”, para que assim ousemos a “sair e oferecer a
todos a vida de Jesus Cristo”, pois dele “renasce sem cessar a alegria”.
3. Caderno Teológico da PUCPR, Curitiba, v.3, n.3, p.5-22 2015
O que pretendemos neste artigo é caracterizar a dimensão missionária da Igreja segundo a
Evangelii Gaudium, a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo e da alegria decorrente deste
encontro, que se traduz em saída para o anúncio e a realização da Boa Nova do Reino.
1. Uma “Igreja em saída”
A “Igreja em saída” tão frisada na Evangelii Gaudium remete a duas atitudes necessárias
para a Nova Evangelização, que é compreensão de que a mesma missão que Jesus realizou em
sua vida terrena é a nossa, pois, a partir de seu mandato missionário somos agora nós os
anunciadores da Boa Notícia de seu Reino.
A outra atitude que se espera da Igreja é a saída de si mesma, ou seja, o “primeirar”,
tomar a iniciativa, como nos recorda o Papa Francisco. Esta saída não se refere apenas a Igreja,
mas também a nossa saída, deixarmos de lado o nosso comodismo e assumirmos a nossa
responsabilidade de batizados e anunciadores da Boa Nova de Jesus.
1.1. A missão da Igreja como continuação da obra de Jesus
A missão da Igreja nasce da mesma missão de Jesus, que é enviado pelo Pai ao mundo
para comunicar o amor de Deus por nós e instaurar o Reino pela pregação da Boa Nova. Ele é o
modelo a ser seguido, como nos afirma Francisco “Jesus é o primeiro e o maior evangelizador.
[...] Em toda a vida da Igreja, deve sempre manifestar-se que a iniciativa pertence a Deus,
‘porque Ele nos amou primeiro’ (1 Jo 4,19) e é ‘só Deus que faz crescer’ (1Cor 3,7) ” (EG 12).
Jesus assume em sua vida a missão que o Pai lhe confia, a começar pela sua encarnação e
toda a sua vida pública será marcada por ela:
Pela encarnação, o Verbo Divino, entrando na história humana como ser humano, revela
Deus e a sua face de amor. O ser de Deus é revelado pelo seu agir na história e, em
particular, pela forma como assumiu a natureza humana, fazendo-se próximo ao ser
humano tanto pela situação como pela linguagem humana com a qual comunica o seu
amor. Pela evangelização que inaugurou e realizou Jesus Cristo, na unção do Espírito
Santo, a sua missão foi dirigida, não aos justos ou aos que se consideravam justos, mas
aos pecadores e aos que necessitavam de médico (Cf. Mt 9, 13; Mc 2, 17; Lc 5, 32).
Jesus Cristo, com missionário do Pai, tornou-se o primeiro evangelizador do Reino de
Deus que veio inaugurar, como salvação libertadora, anunciada na força da sua palavra
e dos seus atos (Cf. Lc 4, 14-21) (FERNANDES, 2014, p. 283).
Por meio da pregação, dos gestos, da paixão, morte e ressurreição de Jesus, os primeiros
discípulos recebem o mandato missionário do Ressuscitado, pois serão eles as testemunhas e os
4. Caderno Teológico da PUCPR, Curitiba, v.3, n.3, p.5-22 2015
missionários a Boa Nova do Reino de Deus, como nos recorda Francisco “a evangelização
obedece ao mandato missionário de Jesus: ‘Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações,
batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo – Ensinai-os a observar tudo o que vos
tenho ordenado (Mt 28,19-20)’” (EG 19).
Após este envio missionário do Ressuscitado, a sua missão agora passa a ser a nossa; dela
ninguém pode ficar de fora e se fazer de indiferente, pois ela tem sua ratificação plena em nosso
batismo:
Em virtude do Batismo recebido, cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo
missionário (cf. Mt 28, 19). Cada um dos batizados, independentemente da própria
função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito ativo de evangelização, e
seria inapropriado pensar num esquema de evangelização realizado por agentes
qualificados enquanto o resto do povo fiel seria apenas receptor das suas ações. A nova
evangelização deve implicar um novo protagonismo de cada um dos batizados. Esta
convicção transforma-se num apelo dirigido a cada cristão para que ninguém renuncie
ao seu compromisso de evangelização, porque, se uma pessoa experimentou
verdadeiramente o amor de Deus que o salva, não precisa de muito tempo de preparação
para sair a anunciá-lo, não pode esperar que lhe deem muitas lições ou longas
instruções. Cada cristão é missionário na medida em que se encontrou com o amor de
Deus em Cristo Jesus; não digamos mais que somos “discípulos” e “missionários”, mas
sempre que somos “discípulos missionários” (EG 120).
Francisco, ainda, completa que, “naquele ‘Ide’ de Jesus, estão presentes os cenários e os
desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta
nova ‘saída’ missionária” (EG 20). Portanto, para nós batizados “a missão é um estimulo
constante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer” (EG 121).
Um dos passos para a concretização da Igreja em saída é reconhecimento da força, do
protagonismo e da importância dos leigos na atividade missionária. Eles são o fermento no meio
da massa que é a nossa sociedade:
Reconhecer os leigos e leigas como “verdadeiros sujeitos eclesiais”, interlocutores
competentes entre Igreja e a sociedade (DAp 497 a), reconhecendo que os bispos devam
“abrir para eles espaços de participação e confiar-lhes ministérios e responsabilidades”
(DAp 211). Dotados de uma formação adequada (DAp 212), devem os fiéis leigos (as)
“ser parte ativa e criativa na elaboração e execução de projetos pastorais a favor da
comunidade” (DAp 213), participando “do discernimento, da tomada de decisões, do
planejamento adverte para a necessidade de uma mudança de mentalidade de toda a
Igreja, especialmente da hierarquia (DAp 213) (MIRANDA, 2014, p. 189).
1.2. Uma Igreja que “priemeirie”
5. Caderno Teológico da PUCPR, Curitiba, v.3, n.3, p.5-22 2015
Eis aí o grande apelo e o desejo de nosso Papa Francisco, uma Igreja que saia, que tome a
iniciativa e “priemeirie”:
A Igreja “em saída” é a comunidade de discípulos missionários que “primeireiam”, que
se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. Primeireiam –, tomam a
iniciativa! A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa,
precedeu-a no amor (cf. 1Jo 4,10), e, por isso, ela sabe ir à frente, sabe tomar a iniciativa
sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos
para convidar os excluídos. [...]. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa! [...]
Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta
as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana,
tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o
“cheiro de ovelha”, e estas escutam a sua voz (EG 24).
A Igreja precisa tomar a iniciativa de sair, de ir ao encontro de nossos irmãos e não ficar
parada a espera que estes venham até ela. Por este motivo ela se fará presente no meio da
sociedade e irá contrair o cheiro do povo e não o cheiro mofado de nossas sacristias.
Em sequência Francisco expõe o seu desejo:
[...] espero que todas as comunidades se esforcem por atuar os meios necessários para
avançar no caminho duma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar as
coisas como estão. Neste momento, não nos serve uma ‘simples administração’.
Constituamo-nos em ‘estado permanente de missão’, em todas as regiões da terra” (EG
25).
A Igreja “em saída” é aquela que entende a importância de ir aos ”novos areópagos e
desvendar o contexto onde estamos situados, com todas as suas variantes e interrogações que o
tempo hodierno nos traz” (KUSMA, 2014, p. 200-201). Esta é a nova evangelização no mundo
atual, porque “é a saída que caracteriza a Igreja em sua essência, que a faz missionária” (Id., p.
201).
Uma das características mais ricas que Francisco coloca da “Igreja em Saída” é que ela é
a “uma mãe de coração aberto” (EG 46):
A Igreja “em saída” também será uma Igreja mãe de portas abertas (EG 46). Uma casa
paterna/materna, ao modo da casa do “filho pródigo” (Lc 15, 11-32), que está aberta
para acolher a todos e, na abertura, coloca-se em sinal de espera, de atenção a tudo o
que circunda o seu existir. Não se trata de uma espera passiva, mas ativa, inquieta, que
se antecipa ao encontro e vai em direção dos que mais precisam e estão fadigados pelo
cansaço da vida (Cf. Mt 11, 28). É a mãe que sai e se dispõe a enxugar as lágrimas, a
curar as feridas, a dar consolo e abrigo, fazendo da sua casa a casa de todos. A Igreja
entendida como mãe não julgará aqueles que dela se aproximam, pois não é a este fim
que ela foi enviada, mas para acolher no mesmo amor que a impulsiona, que regenera e
6. Caderno Teológico da PUCPR, Curitiba, v.3, n.3, p.5-22 2015
que faz novas as coisas (Cf. Ap 21, 5). A Igreja “não é uma alfândega, mas a casa
paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fatigosa” (KUSMA, 2014, p. 203-
204).
Quem dera se nossas Igrejas e o nosso agir missionário fossem como esta Mãe e este Pai,
e mais, ainda, com as portas abertas para acolher a todos e de modo essencial os pobres, aqueles
que estão afastados sem nenhum julgamento moral. Não tenhamos medo de sair para anunciar o
Evangelho de Jesus Cristo aos nossos irmãos que estão longe, ou com medo de ferir nossos pés
ou de cometer algum erro em nosso agir pastoral:
Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! [...] Prefiro uma Igreja
acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo
fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja
preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e
procedimentos. Se alguma coisa nos deve santamente inquietar e preocupar a nossa
consciência é que haja tantos irmãos nossos que vivem sem a força, a luz e a consolação
da amizade com Jesus Cristo, sem uma comunidade de fé que os acolha, sem um
horizonte de sentido e de vida. Mais do que o temor de falhar, espero que nos mova o
medo de nos encerrarmos nas estruturas que nos dão uma falsa proteção, nas normas
que nos transformam em juízes implacáveis, nos hábitos em que nos sentimos
tranquilos, enquanto lá fora há uma multidão faminta e Jesus repete-nos sem cessar:
“Dai-lhes vós mesmos de comer (Mc 6, 37)” (EG 49).
A “Igreja em saída” não é a proprietária do Evangelho de Jesus Cristo, mas é seu dever
“estar a serviço da implantação do Reino de Deus; ela não é fim, ela é meio, instrumento de
Deus, sinal e sacramento de salvação, pois deve visibilizar pela vida de seus membros que este
Reino não é uma utopia, mas uma realidade no interior da história da humanidade pelo
testemunho de vida dos cristãos” (MIRANDA, 2015, p. 185).
Mas não é só a “Igreja em Saída” que deve estar em atitude de saída. Francisco nos exorta
que é preciso que também nós saiamos de nós mesmos “como seria bom, salutar, libertador,
esperançoso, se pudéssemos trilhar este caminho! Sair de si mesmo para se unir aos outros faz
bem. Fechar-se em si mesmo é provar o veneno amargo da imanência” (EG 87), deste modo,
“todos nós somos convidados aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem
de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (EG 20).
A saída do discípulo missionário é o “êxodo e do dom, de sair de si mesmo, de caminhar
e semear sempre de novo, sempre mais além” (EG 21), de levar a Boa Nova a exemplo do Cristo
“pois foi para isto que eu ‘saí’ (Mc 1, 38). Ele, depois de lançar a semente num lugar, não se
demora lá a explicar o melhor lugar ou a cumprir novos sinais, mas o Espírito leva-O a partir
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para outras aldeias” (EG 21). O Evangelho é dinâmico, não pode estacionar se há outros lugares
esperando pela sua alegria, “Alegria do Evangelho”.
2. Uma Igreja “em saída alegre”
A Igreja em saída missionária tem uma marca especial em seu anúncio que é a alegria.
Ela se faz presente desde a espera do Messias libertador, onde toda a história da salvação passa a
ser permeada por esta alegria, e quando o Messias já se faz presente e em nosso meio, ela se
transforma em realidade e resplandece por meio de sua Ressurreição.
Por este detalhe que Francisco nos recorda a não vivermos eternamente com cara de
quaresma, mas, com a alegria da Boa Nova do Ressuscitado. Quem de fato se encontra como o
Ressuscitado e o experimenta em sua vida, encontrará a mola propulsora para uma alegre saída
missionária da Igreja.
2.1. A alegria do Evangelho
Esta Igreja que “Sai” não vai de qualquer jeito e nem com qualquer fisionomia. Francisco
convida a alegria, ao “Gaudium”, e esta por sinal deve ser a característica de nós cristãos, pois
ela nasce do encontro com Cristo: “a alegria do evangelho enche o coração e a vida inteira
daqueles que se encontram com Jesus” (EG 1), por isso que “quando alegria deixa a desejar, é
indicativo que algo está falhando na nossa vida de encontro pessoal com o Senhor!” (COSTA,
2014, p. 148).
Parece que nossas paróquias, comunidades e lideranças esqueceram-se da alegria que
vem do Evangelho, “parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa” (EG 06).
Francisco chamará a falta de alegria como uma das tentações do discípulo missionário, “umas
das tentações mais sérias que sufoca o fervor e a ousadia é a sensação de derrota que nos
transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara de vinagre” (EG 85),
esforcemo-nos para não evangelizarmos deste modo.
Toda a história da salvação é permeada pela alegria. Alegria esta, que vem da espera do
Messias “Os livros do Antigo Testamento prenunciaram a alegria da salvação, que havia de
tornar-se superabundante nos tempos messiânicos” (EG 4). E no Novo Testamento “o
Evangelho, em que resplandece gloriosa a Cruz de Cristo, convida insistentemente à alegria”
(EG 5), e “a nossa alegria cristã brota da fonte do seu coração transbordante” (Id., 5), ela se faz
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presente no testemunho dos primeiros discípulos, ‘que logo que saíram proclamaram cheios de
alegria encontramos o Cristo (Jo 1, 41)’” (EG 120), também “os primeiros cristãos e tantos
irmãos e irmãs se mantiveram transbordantes de alegria, cheios de coragem, incansáveis no
anúncio e capazes de uma grande resistência ativa” (EG 263).
A Igreja “em saída” traz em si algo que marca o tríplice múnus conferido a nós no
batismo por meio da Ressurreição de Cristo, “a alegria é a fonte energética da pastoral
missionária que tem a sua origem na proximidade do Senhor Ressuscitado. Ela impulsiona as
forças criativas dos discípulos missionários em todas as dimensões pastorais e vivenciais: na
dimensão espiritual, diaconal e litúrgica” (SUESS, 2014, p. 15).
2.2. Alegria que encoraja e coloca em marcha
É a alegria que brota do Evangelho a mola propulsora para a saída missionária da Igreja.
“Alegria nos deixa leves e abertos ao que está sendo proposto. Ela nos desarma e nos encoraja,
coloca-nos em marcha, para frente” (KUSMA, 2015, p. 207), “nada e ninguém poderá tirá-la de
nós” (EG 84).
Não podemos deixar que a alegria emanada do Evangelho ceda lugar à burocratização do
sagrado afastando os fiéis de nossas comunidades, sem contar que na hora em que estes mais
necessitam do cuidado da Igreja, ela deixa a desejar:
[...] É necessário reconhecer que, se uma parte do nosso povo batizado não sente a sua
pertença à Igreja, isso se deve também à existência de estruturas com clima pouco
acolhedor em algumas das nossas paróquias e comunidades, ou à atitude burocrática
com que se dá resposta aos problemas, simples ou complexos, da vida dos nossos
povos. Em muitas partes, predomina o aspecto administrativo sobre o pastoral, bem
como uma sacramentalização sem outras formas de evangelização (EG 63).
É preciso compreender que “a Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração” (EG
14) e todos têm direito de receber o evangelho. “Os cristãos têm o dever de anunciá-lo, sem
excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma
alegria” (EG 14). Longe de nós tornarmos “profetas das desgraças” (EG 84) e “prisioneiros da
negatividade” (EG 159).
A alegria do Evangelho de Francisco nos remete a “alegria com que João XXIII, no dia
11 de outubro de 1962, abriu o Concilio Vaticano II ‘Alegra-se a Santa Mãe Igreja, porque [...]
amanheceu o dia tão ansiosamente esperado em que solenemente se inaugura o Concílio
9. Caderno Teológico da PUCPR, Curitiba, v.3, n.3, p.5-22 2015
Ecumênico Vaticano II’” (SUESS, 2015, p. 13). O que une estes dois papas é que “Ambos
acreditam na possibilidade da ‘conversão eclesial’ e na necessidade da ‘reforma perene da Igreja’
(Cf. EG 26)” (Id., p. 13).
Quem verdadeiramente se encontra com Cristo não consegue guardar para si a alegria do
seu Evangelho, mas corre para espalhá-la. Foi o que fizeram os dois discípulos de Emaús, que
após reconhecerem Jesus ao partir do Pão, voltaram apressados a Jerusalém e testemunharam aos
onze a presença do Ressuscitado (Cf. Lc 24, 13-35). Portanto, “essa alegria é missionária, nos
converte ao Evangelho e nos leva no Espírito Santo a outras aldeias” (EG 21).
Maria é a nossa intercessora e modelo para a plenitude de uma Igreja em alegre saída
missionária. Sua atitude missionária é explicitada na visita que realiza a sua parenta Isabel, ela
sai de sua comodidade e parte apressadamente para ajudar a quem mais precisava dela (Cf. Lc 1,
39-45). Ela ainda é o ícone da alegria do Evangelho ao cantar o Magnificat, por que reconheceu
que o Poderoso fez nela maravilhas e que Ele é fiel as promessas que fizera ao seu povo eleito
(Cf. Lc 1, 46-55).
3. Em saída “às periferias existenciais”
Francisco insiste no fato de sairmos às “periferias existenciais” de nossa realidade. Mas
para que haja esta saída, se faz importante a nossa conversão pastoral e a conversão estrutural da
Igreja toda, a começar pela cúria romana, até chegar as nossas paróquias e comunidades.
Outro grande grito que soa de nossas “periferias existenciais” é a causa do pobre. Ainda
hoje eles são a sobra da sociedade, e por este motivo continuam sendo os preferidos de Deus e a
categoria teológica da Igreja. Somente haverá uma verdadeira acolhida ao pobre quando a Igreja
for desapegada e também pobre, e este é o sonho de Francisco: “uma Igreja pobre e para os
pobres”.
3.1 O imperativo de uma conversão pastoral
Já refletimos que para uma nova evangelização é necessário que todos os batizados
assumam em si sua missão de evangelizadores da Boa Nova do Reino de Deus, por meio do
envio de Jesus Cristo que se concretiza em nosso batismo. Esta atitude não parte apenas dos
batizados, mas de todos nós como Igreja e dela como instituição.
10. Caderno Teológico da PUCPR, Curitiba, v.3, n.3, p.5-22 2015
Igreja tende a converter a uma nova postura que “abandone qualquer tentativa de
retrocesso ou engessamento no passado, ou ainda que queira ser ou que se entenda ela mesma
como autorreferencial (KUZMA, 2014, p. 202). Esta autorreferencialidade da Igreja “substitui o
Sol de Cristo pela lua da Igreja”, este foi um dos discursos do então Cardeal Bergoglio em sua
mensagem aos colegas no Pré-conclave em março de 2013 (SUESS, 2015, p. 11 e 12).
Francisco nos propõe uma Igreja descentralizada do poder, das velhas estruturas, que se
deixa renovar, começando pelas estruturas romanas: “a descentralização da Igreja se remete,
sobretudo à cúria romana, justamente por onde o Papa Francisco começou a reforma da Igreja
(BRIGHENTI, 2014, p. 23), “também o papado e as estruturas da Igreja Universal precisam
ouvir a este apelo a uma conversão pastoral” (EG 32).
Em nossas paróquias também devem ocorrer à mudança de uma “paróquia caduca” a uma
paróquia “comunidade de comunidades, santuário onde os sedentos vão beber para continuarem
a caminhar, e centro constante de envio missionário” (EG 28).
Esta Igreja em alegre saída missionária irá realizar a mudança de mentalidade de uma
pastoral de conservação “fez-se sempre assim” (EG 33) a uma pastoral em “chave missionária” e
em “estado em permanente de missão” (EG 25).
Não é de hoje que sentimos a necessidade de uma descentralização da Igreja, não só da
cúria romana, mas, “também a certo episcopalismo presente em muitas dioceses, bem como uma
paroquialismo, seja em relação à Igreja local, seja da Igreja- Matriz em relação às demais
comunidades de paróquia (BRIGHENTI, 2014, p. 23).
Esta essencial mudança e renovação, “é ainda, a razão de fundo para os pronunciamentos
e decisões deste atual Papa. Palavras como participação, descentralização, diálogo, espírito de
serviço, sensibilidade humana, proximidade aos pobres e marginalizados, brotam de sua
preocupação central do Reino de Deus. (MIRANDA, 2014, p. 185), ele ainda nos estimula “Não
tenhamos medo de revê-los” (EG 43).
3.2 Uma Igreja Pobre e para os Pobres
Não há como separar os pobres da Igreja. Eles são os destinatários privilegiados do
Evangelho, das atitudes e do cuidado de Jesus. Francisco exige a nossa presença junto deles “há
que afirmar sem rodeios que existe um vínculo indissolúvel entre nossa fé e os pobres. Não os
deixemos jamais sozinhos” (EG 48).
11. Caderno Teológico da PUCPR, Curitiba, v.3, n.3, p.5-22 2015
Numa de suas falas, o Papa Francisco expressou seu sonho “como eu gostaria de uma
Igreja pobre, para os pobres!” (Cf. EG 198). E de imediato ele começou por ele mesmo, “pagou
suas contas no dia seguinte à sua eleição, simplificou seus trajes, trocando o trono por uma
cadeira, conservando a cruz peitoral e seus sapatos pretos, utilizando carro modesto”
(BRIGHENTI, 2014, p. 17), para este Papa vindo do fim do mundo a “sua preocupação não é a
sua autoridade ou imagem pública, nem a doutrina da Igreja ou discursos bem arquitetados, mas
o sofrimento e a causa dos pobres no mundo, que são a causa de Deus” (Id., p. 18).
Deus nunca se esqueceu dos pobres, sempre viu e ouviu seu clamor (Cf. Ex 3, 7), e seu
próprio Filho experimentou na forma encarnada a vida do pobre:
No coração de Deus, ocupam lugar preferencial os pobres, tanto que até Ele mesmo “se
fez pobre” (2 Cor 8,9). Todo o caminho da nossa redenção está assinalado pelos pobres.
Esta salvação veio a nós através do “sim” duma jovem humilde, de uma pequena
povoação perdida na periferia de um grande império. O Salvador nasceu num presépio,
entre animais, como sucedia com os filhos dos mais pobres; foi apresentado no Templo,
juntamente com duas pombinhas, a oferta de quem não podia permitir-se pagar um
cordeiro (cf. Lc 2,24; Lv 5,7); cresceu num lar de simples trabalhadores e trabalhou com
as suas mãos para ganhar o pão. Quando começou a anunciar o Reino, seguiam-no
multidões de deserdados, pondo assim em evidência o que Ele mesmo dissera: “O
Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos
pobres” (Lc 4,18). Aos que sentiam o peso do sofrimento, acabrunhados pela pobreza,
assegurou que Deus os tinha no âmago do seu coração: “Felizes vós, os pobres, porque
vosso é o Reino de Deus” (Lc 6,20); e com eles se identificou: “Tive fome e destes-me
de comer” (cf. Mt 25, 34-40), ensinando que a misericórdia para com eles é a chave do
Céu (EG 197).
É salutar que a Igreja em saída missionária volte seus cuidados e atenção aos pobres, aos
excluídos, aos rejeitados e aos abandonados nas periferias existenciais de nossa sociedade:
Dado que esta exortação se dirige aos membros da Igreja católica, desejo afirmar, com
dor, que a pior discriminação que sofrem os pobres é a falta de cuidado espiritual. A
imensa maioria dos pobres possui uma especial abertura à fé; tem necessidade de Deus e
não podemos deixar de lhe oferecer a sua amizade, a sua benção, a sua Palavra, a
celebração dos Sacramentos e a proposta de um caminho de crescimento e
amadurecimento na fé. A opção preferencial pelos pobres deve traduzir-se,
principalmente, numa solicitude religiosa privilegiada e prioritária (EG 200).
“Oxalá se nossas comunidades paróquias, religiosas, pastorais e movimentos nunca se esqueçam
dos pobres, amados de Deus e “critério-chave” no seguimento de Cristo e na pertença à Igreja”
(GONZAGA, 2014, p 92).
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A Igreja em alegre saída missionária não que ser assistencialista, o Papa a convida ao
cuidado e a atenção “o nosso compromisso não consiste em exclusivamente em ações ou em
programas de promoção e assistência” (EG 199), mas, “primeiramente uma atenção prestada ao
outro ‘considerando-o como um só consigo mesmo’. Esta atenção amiga é o início de uma
verdadeira preocupação pela pessoa” (EG 199), “nisto está à essência do Evangelho, pois recolhe
o modo de relação de Jesus com o sofrimento dos doentes, dos pobres, dos desprezados, sejam
eles pecadores ou publicanos, crianças silenciadas ou mulheres desprezadas” (BRIGHENTI,
2014, p. 18).
Francisco não quer um pobrismo na Igreja de Jesus Cristo e nos leva a encarar e a tocar
nesta “carne sofredora de Cristo”, que é uma categoria “teológica” e por este motivo não se pode
aceitar apenas uma “teologia de Gabinete” (EG 133):
Para a Igreja, a opção pelos pobres é mais uma categoria teológica que cultural,
sociológica, política ou filosófica. Deus “manifesta a sua misericórdia antes de mais” a
eles. Esta preferência divina tem consequências na vida de fé de todos os cristãos,
chamados a possuírem “os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus” (Fl 2,5).
Inspirada por tal preferência, a Igreja fez uma opção pelos pobres, entendida como uma
“forma especial de primado na prática da caridade cristã, testemunhada por toda a
Tradição da Igreja”. Como ensinava Bento XVI, esta opção “está implícita na fé
cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para nos enriquecer com a sua
pobreza”. Por isso, desejo uma Igreja pobre para os pobres. Estes têm muito para nos
ensinar. Além de participar do sensus fidei, nas suas próprias dores conhecem Cristo
sofredor. É necessário que todos nos deixemos evangelizar por eles. A nova
evangelização é um convite a reconhecer a força salvífica das suas vidas e a colocá-los
no centro do caminho da Igreja. Somos chamados a descobrir Cristo neles: não só a
emprestar-lhes a nossa voz nas suas causas, mas também a ser seus amigos, a escutá-los,
a compreendê-los e a acolher a misteriosa sabedoria que Deus nos quer comunicar
através deles (EG 198).
Esta é a exigência da Alegria do Evangelho, “[...] uma Igreja que sabe encontrar os
pobres, apresentar-lhes a dignidade e direito de filhos de Deus. Esse encontro com os pobres
acontece quando a Igreja é despojada, simples, pobre” (STEINER, 2014, p. 142).
4. Uma Igreja em saída “para tornar presente o Reino de Deus”
A saída missionária da Igreja tornará a presença do Reino de Deus no mundo, por meio
da atitude de uma Igreja samaritana e uma Igreja profética. Samaritana no sentido de curar as
feridas de seu povo, sejam eles os próximos ou os afastados. Por este cuidado a Igreja não deverá
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ter medo de se envolver e irá se esforçar para realizar a revolução da ternura que o Papa
Francisco nos exorta.
A Igreja Profética será atenta aos sinais de cada tempo, e por este motivo se pronunciará
contra toda a espécie de injustiça, perseguição, sofrimento que a pessoa humana enfrenta à luz do
Evangelho de Jesus Cristo. E assim como seu Mestre não temerá em anunciar e a denunciar.
4.1 A presença do Reino em uma “Igreja Samaritana”
Para tornar presente o Reino de Deus pela missão evangelizadora, o Papa Francisco,
antes de tudo, coloca em evidência o imperativo de uma “Igreja samaritana”:
Em comunhão com Paulo VI, em entrevista à Revista Civiltà Cattolica, advoga por uma
‘Igreja samaritana’: vejo com clareza que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a
capacidade de curar as suas feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade.
Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar
a um ferido grave se tem o colesterol ou o nível de açúcar alto. Primeiro, deve-se curar
as suas feridas. Depois podemos nos ocupar do restante. Curar as feridas... E é
necessário começar de baixo (BRIGHENTI, 2014, p. 16).
Se “enquanto no mundo, especialmente em alguns países, se reacendem várias formas de
guerras e conflitos, nós cristãos, insistimos na proposta de reconhecer o outro, de curar as
feridas, de construir pontes, de estreitar laços e do ajudarmos a carregar ‘os fardos uns dos
outros’ (Gl 6, 2)” (EG 67). É urgente que apressemos a arte do cuidado, e assim aprendamos “a
descalçar sempre as sandálias diante da terra santa do outro (Cf. Ex 3, 5). Devemos dar nosso
caminhar um ritmo salutar de proximidade, com um olhar respeitoso e cheio de compaixão, mas
que ao mesmo tempo cure, liberte e anime a amadurecer na vida cristã” (EG 169).
Esta é a atitude que os feridos das periferias existenciais aguardam dos discípulos
missionários. Francisco insiste que “precisamos todos a aprender a abraçar, como fez São
Francisco”, esta foi uma de suas frases mais marcantes em sua visita ao Hospital São Francisco
de Assis, durante a Jornada Mundial da Juventude de 2013 e que Evangelii Gaudium reportará a
“revolução da ternura” (EG 88).
A Igreja samaritana é aquela que acolhe e que não julga os que dela se distanciam ou os
que ainda não experimentaram da Boa Nova do Cristo que ela proclama:
A vocação e a missão da Igreja começam, segundo o papa, “pelo exercício da
maternidade da Igreja, que se dá pelo exercício da misericórdia”. Só a misericórdia
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“gera, amamenta, faz crescer e corrige, alimenta, conduz pela mão [...]. Por isso, faz
falta uma Igreja capaz de redescobrir as entranhas maternas da misericórdia. Sem a
misericórdia, temos hoje poucas possibilidades de nos inserir em um mundo de
‘feridos’, que tem necessidade de compreensão, de perdão, de amor” (BRIGHENTI,
2014, p. 16).
4.2 A presença do Reino em uma Igreja Profética
Outro imperativo para tornar presente o Reino de Deus pela missão evangelizadora é o de
uma Igreja, que além de samaritana também seja profética, alicerçada em sua “capacidade
sempre vigilante de estudar os sinais dos tempos” (EG 51).
Em tempos onde vivemos uma economia excludente, que fere e maltrata a pessoa
humana a partir da “cultura do descartável”. “O ser humano é considerado, em si mesmo, como
um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Assim teve início à cultura do
‘descartável’, que, aliás, chega a ser promovida. [...] Os excluídos não são ‘explorados’, mas
resíduos, ‘sobras’” (EG 53). Diante desta realidade a Igreja não pode se calar.
Não podemos deixar que a “cultura do bem-estar” entorpeça a nossa ação de discípulos
missionários perante a nossa realidade atual:
[...] Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os
clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos
por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos
incumbe. A cultura do bem-estar anestesia-nos, a ponto de perdermos a serenidade se o
mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas estas vidas ceifadas
por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não nos incomoda de
forma alguma (EG 54).
A Igreja “em saída” não é desvinculada do mundo e por este motivo não pode ficar alheia
as situações que geram morte e a exclusão:
A economia não deve funcionar como os agrotóxicos: aplicar veneno para aumentar a
produção e os lucros envenenados. A EG poderá: ‘a economia não pode mais recorrer a
remédios que são um novo veneno, como quando se pretende aumentar a rentabilidade
reduzindo o mercado de trabalho e criando assim novos excluídos’ (204). A partir do
Evangelho e de outros referenciais da humanidade, precisa-se ‘formar uma nova
mentalidade política e econômica’ que ajude a ‘superar a dicotomia absoluta entre
economia e o bem comum social’ (205). O trem dessa nova mentalidade tem dois
trilhos: a ética da solidariedade universal e a luta pela justiça, que é a luta pelo pão de
cada dia para todos. ‘Se realmente queremos alcançar uma economia global saudável,
precisamos, neste momento da história, de um modo mais eficiente de interação que,
sem prejuízo da soberania das nações, assegure o bem-estar econômico a todos os países
e não apenas alguns’ (206). [...] A Igreja ‘não pode nem deve ficar a margem na luta
pela justiça’ (183) (SUESS, 2015, p. 62).
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A Igreja em alegre saída missionária exercerá com todo o seu vigor o exercício da
profecia a exemplo do Mestre Jesus, que não se calou diante de qualquer injustiça, maldade ou
opressão que atingia a vida de seu povo (Cf. Jo 2, 13-22; 5, 19-30;8, 1-11).
Considerações finais
A Alegria do Evangelho proposta pelo Papa Francisco é encantadora, e muito mais do
que se encantar é preciso tomar a iniciativa para que ela se torne realidade para toda a Igreja a
partir de nosso agir pastoral de discípulos missionários.
Uma Igreja em alegre saída missionária é consciente de que toda a sua ação é ministerial,
pois pelo batismo somos todos responsáveis pelo anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo em vista
da concretização do Reino de Deus. Por isso, ela não é centralizadora da Palavra de Deus e nem
autorreferencial, mas a serva de Jesus Cristo. Esta Igreja está convicta que para a sua saída, é
preciso abertura para um diálogo com o mundo ao seu redor, sabe reconhecer suas falhas e está
disposta a trabalhar para uma mudança. A Igreja em alegre saída missionária manterá as portas e
seu coração aberto para acolher a todos sem nenhuma distinção e curar as feridas de cada um.
Esta Igreja em saída não tem medo de primeirar, pois tomar a iniciativa muitas vezes
implica ao erro e se acidentar no caminho, mas é preferível ter a atitude de ir às periferias
existenciais da pessoa humana, a ficar fechada em si mesma e olhando para o próprio umbigo de
nossos templos.
A Igreja em alegre saída missionária não tem medo de abraçar, de se envolver, pois a
verdadeira evangelização se dá pela atração de Jesus Cristo e não pelo nosso proselitismo. Traz
em sua face a alegria de quem encontrou com o Ressuscitado e não pode guardar para si está boa
notícia, mas corre para espalhá-la não com uma fisionomia triste ou vivência de uma eterna
quaresma, mas aspirando os ares da Alegria do Evangelho.
Ainda é capaz de ver no pobre a imagem da carne sofredora do Cristo, e não um mero
assistencialismo, mas como a categoria teológica de toda a ação da Igreja e os preferidos do
Reino de Deus. Não podemos excluí-los da alegria do Evangelho e tão pouco deixá-los sozinhos.
A Igreja missionária que desejamos não deixará suas portas fechadas, mas abertas, para
que todos possam se achegar, e ali não haverá julgamentos ou condenações e sim a recuperação
de suas feridas e o cuidado pastoral. Estes são os gestos e a face de uma Igreja samaritana. A
profecia será outra vertente da Igreja em saída missionária. A profecia não consiste apenas ao
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anúncio da Boa Nova do Cristo Ressuscitado, mas na denúncia de práticas que não condizem ao
projeto do Reino de Deus e tão pouco como o Evangelho de Jesus Cristo.
Enfim, a Igreja em alegre saída missionária que almejamos, depende do nosso empenho
de batizados e não podemos delegar aos outros. A maneira, o método e o exemplo já temos:
Jesus Cristo, seu Evangelho, os santos e as santas de ontem e de hoje, e tantos exemplos de
homens e mulheres que não se cansam em levar a Alegria do Evangelho.
Portanto sigamos os passos de Francisco à luz do Cristo Ressuscitado, e convictos de uma
Igreja em alegre saída missionária. E quando as nossas forças estiverem acabando ou estivermos
desanimando roguemos a Maria como fez Francisco ao final de sua Exortação:
Estrela da nova evangelização, ajudai-nos a refulgir com o testemunho da comunhão, do
serviço, da fé ardente e generosa, da justiça e do amor aos pobres, para que a alegria do
Evangelho chegue até os confins da terra e nenhuma periferia fique privada da luz. Mãe
do Evangelho vivente, manancial de alegria dos pequeninos, rogai por nós. Amém
Aleluia! (EG 288).
Referências
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Submetido em 30 de setembro de 2015
Aprovado em 27 de outubro de 2015