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Allan Kardec
Codificador do Espiritismo
1804 Lion / 1869 França
Convite ao engrandecimento Espiritual
Fraternidade Espírita
Bezerra de Menezes
Fundada em 23 de Abril de 1986
Itu / São Paulo / Brasil
Espiritismo
Online
Idealização
Regina Bittencourt
JESUS, GUIA E MODELO DO ESPIRITISMO
O veneno da traição
“Todo aquele que repudia sua
mulher e casa com outra, comete
adultério” (Mateus 5:32º)
O Evangelho Segundo o Espiritismo
EDUARDO AUGUSTO LOURENÇO
eduardoalourenco@hotmail.com
Americana, São Paulo (Brasil)
Crônicas e Artigos --- O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita
Ano 3 - N° 122 - 30 de Agosto de 2009
S
O
M
A traição foi motivo de muitos
escândalos em todas as épocas da
humanidade, não somente a traição no
campo do sentimento, mas nos
negócios, nas amizades, nos ideais em
todos os aspectos humanos. Trair, seja a
confiança, um relacionamento, uma
amizade, sempre deixa marcas
profundas, sequelas difíceis de
apagarem das lembranças; só nos
ofendemos por aqueles a quem
realmente amamos e que por uma
ocasião tenha nos ferido..
O termo traição pode ser entendido
como deslealdade, desapontamento da
expectativa de alguém; é desvendar os
segredos de outrem, entregar um amigo
aos seus inimigos; distanciamento; é
também decepcionar um amigo, além
de ser contada como engano e
infidelidade, perfídia, desonestidade. A
traição é baseada na mentira. É um dos
piores, senão o pior golpe que alguém
pode receber de um amigo ou de uma
pessoa que se considera ou que se ama.
Há personagens que simbolizam tal
atitude, o traidor Joaquim Silvério dos
Reis, que entregou Tiradentes, o Alferes
mártir do movimento separatista da
Inconfidência Mineira, aos seus
julgadores e executores, os
representantes da Coroa Portuguesa.
Por razões políticas, Joana D'Arc foi
traída por companheiros franceses.
Aprisionada, foi acusada pelos ingleses
de heresia e bruxaria, para depois ser
condenada por um tribunal da Igreja e
queimada viva em Ruão em 1431.
Antes da publicação do “O Livro dos
Espíritos”, Allan Kardec é orientado pelo Espírito
de Verdade. Ele diz no livro “Obras Póstumas”
que: “a missão dos reformadores é cheia de
escolhos e perigos; a tua é rude; previno-te, porque
é ao mundo inteiro que se trata de agitar e de
transformar. Não creias que te seja suficiente
publicar um livro, dois livros, dez livros, e ficares
tranquilamente em tua casa; não, é preciso te
mostrares no conflito; contra ti se açularão terríveis
ódios, implacáveis inimigos tramarão a tua perda;
estarás exposto à calúnia, à traição, mesmo
daqueles que te parecerão mais dedicados; as tuas
melhores instruções serão impugnadas e
desnaturadas; sucumbirás mais de uma vez ao
peso da fadiga; em uma palavra, é uma luta quase
constante que terás de sustentar com o sacrifício
do teu repouso, da tua tranquilidade, da tua saúde
e mesmo da tua vida, porque tu não viverás muito
tempo”.
Allan Kardec então escreve uma nota, no dia 1° de
janeiro de 1867, dizendo que: “Passados dez anos e meio
depois que esta comunicação me foi dada, e verifico que
ela se realizou em todos os pontos, porque experimentei
todas as vicissitudes que nela me foram anunciadas.
Tenho sido alvo do ódio de implacáveis inimigos, da
injúria, da calúnia, da inveja e do ciúme; têm sido
publicados contra mim infames libelos; as minhas
melhores instruções têm sido desnaturadas; tenho sido
traído por aqueles em quem depositara confiança, e
pago com a ingratidão por aqueles a quem tinha
prestado serviços. A Sociedade de Paris tem sido um
contínuo foco de intrigas, urdidas por aqueles que se
diziam a meu favor, e que, mostrando-se amáveis em
minha presença, me detratavam na ausência. Disseram
que aqueles que adotavam o meu partido eram
assalariados por mim com o dinheiro que eu arrecadava
do Espiritismo. Não mais tenho conhecido o repouso;
mais de uma vez, sucumbi; sob o excesso do
trabalho, tem-se-me alterado a saúde e comprometido a
vida”.
O discípulo Judas Iscariotes entregou o
Cristo aos seus inimigos, os sacerdotes
hebreus, com um beijo em sua face, ele
é preso pelos romanos. É considerado
culpado de sacrilégio pelo sumo
sacerdote e entregue ao aparelho judicial
romano, na pessoa de Pôncio Pilatos.
Jesus é condenado, como se fosse um
vulgar criminoso, à morte na cruz.
No momento mais difícil da vida do
Mestre, Pedro sequer admite que havia
convivido com ele, negando por três
vezes. Judas, por sua vez, aproveita-se da
proximidade de Jesus para denunciá-lo
de modo mais eficaz e seguro. Se
analisarmos bem, ambos são traidores
porque traíram o Mestre, suas atitudes
até podem ser explicadas, Pedro estava
com medo e inseguro, sentindo-se
fragilizado e inútil diante da prisão de
Jesus, Judas enganou-se completamente
sobre a mensagem do Mestre e por sua
ação pacífica e mansa, esperando mais
um líder político e belicoso, como o rei
Davi.
Pedro e Judas eram seguidores do
Mestre, indivíduos que foram escolhidos
por ele para ajudar na divulgação da Boa
Nova, exemplificando através das ações
altruístas e pela conduta reta divulgando
a mensagem libertadora e
transformadora do Cristo. Muito mais
do que apóstolos eram seus amigos,
sujeitos que compartilhavam na sua
mais profunda intimidade.
Todos nós invariavelmente possuímos
imperfeições e fraquezas humanas e
temos que entender os erros dos
outros, porque podemos passar pela
mesma situação. Podemos errar pelos
mais diversos motivos, o que torna
compreensíveis os erros, mas isso não
altera e nem justifica a realidade gerada
por uma ação errada.
No entanto, aquele que comete este ato
tão condenável que é traição, por si
só, já se condenou, pois o sofrimento, o
abandono, a discriminação e o
escândalo do ato são, às vezes, muito
piores, gerando uma prisão íntima que é
alimentada pelo remorso e pela própria
consciência. Quando não vem, a “dor
moral” que custa muito a passar. Às
vezes doendo muito mais em quem
cometeu o ato, do que na própria vítima.
O algoz pelo erro se condena e se julga
por duas vezes, por si mesmo e pelo
outro.
O arrependimento e a culpa
frequentemente são tão dolorosos
processos que martelam nossos
pensamentos; pelo relato de Mateus, não
foi Jesus quem sofreu, mas Pedro e Judas
é que sentiram o forte impacto do erro
que cometeram. Porque o Mestre sabia o
peso da reação perante as duas
consciências, Jesus lhes perdoou.
Contudo, é evidente a diferença no
modo como os dois lidaram com o erro
que cometeram e com o remorso e o
sentimento de culpa que sentiram. Judas
não aguentou a pressão e suicidou-se, já
Pedro tornou-se um grande líder da
comunidade cristã. Judas infelizmente
não suportou a força do próprio erro e
caiu nas malhas da autodestruição,
enquanto Pedro foi capaz de superá-lo e
ir adiante.
Judas simboliza uma maneira destrutiva
e pessimista de encarar as próprias faltas
e imperfeições, enquanto Pedro mostra
um modo mais altruísta de reagir.
A diferença entre os dois é que Judas
não foi capaz de perdoar a si mesmo, de
encontrar forças para ter esperança e
coragem de seguir adiante, buscando no
suicídio uma alternativa para fugir de
suas falhas, gerando pelo ato mais dor e
sofrimento.
O perdão é uma força libertadora e
regeneradora, na medida em que nos dá
uma oportunidade de tentarmos de novo
e melhorar sempre. Rejeitar a si mesmo
é negar a reabilitação íntima, é jogar
fora a possibilidade de uma nova
oportunidade de ser feliz e fazer
diferente, é abandonar os sonhos, a
esperança, é desperdiçar aquilo que
temos de mais precioso: a vida que o
criador nos deu, e isso já é, por si
mesmo, uma punição estrondosa. Judas
é um pouco de todos nós. Sua figura, por
todo desespero e angústia que
sofreu, não merece malhação, merece
compaixão e compreensão.
São experiências dolorosas que nos
pedem reconciliação com a nossa
consciência e com aqueles que ferimos;
nada pior do que lesar o outro no campo
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complexas de serem superadas, muitas
vezes são décadas para se reconstruir
um relacionamento rompido pelas
marcas da traição, outras vezes são
inúmeras reencarnações para se acertar
os desatinos ocorridos no passado. A
instituição chamada família sempre é o
palco destes resgates, maridos e
esposas, filhos e pais vão polindo as
arestas e desfazendo as diferenças
criadas em muitas existências
pregressas.
As atitudes de uma pessoa estão
diretamente ligadas à sua condição
moral e evolutiva, a vida terrena gera as
situações onde precisamos nos
corrigir, surgindo de forma natural em
consequência da nossa conduta, vítimas
e algozes se encontrão e aí caberá a cada
um lutar ou recair no mesmo erro.
A traição provém de vários fatores que
levam para este ato: questões
culturais, carências, insatisfação em
relação a desejos e expectativas com o
(a) parceiro (a), vingança, a busca pelo
novo, o estímulo provocado pela
sensação de perigo, ou mesmo de poder.
O ato de trair não precisa necessariamente
consumar o ato sexual. Não compartilhar
mais as regras de fidelidade com o parceiro
já pode ser encarado como traição. Uma
terceira pessoa presente nos pensamentos é
uma traição. Cobiçar a mulher ou o homem
alheio é uma forma de adultério, como nos
orienta Mateus “Ouvistes que foi dito: Não
adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo
aquele que olhar para uma mulher para
cobiçar, já em seu coração cometeu
adultério com ela. Como tratou Jesus a
mulher adúltera?” (5:27-28).
Todo pensamento, palavra e ação que
tomamos têm na sua consequência uma
direção psíquica voltada para nós
mesmos, porque todo pensamento é
vida, com isso, tudo aquilo que
projetamos retorna à sua
origem, iniciando um tipo de
comportamento condizente com aquilo
que pensamos. Devemos ser
responsáveis pelos nossos pensamentos
e entender que podemos contribuir com
os nossos mais íntimos desejos com a
infelicidade ou a felicidade do outro.
Tudo começa no pensamento, Jesus fala
da força do pensamento, considerando-o
como algo concreto e real. Entendemos
que tudo o que sai da mente como
pensamento, sentimento, palavra e
finalização da ação, retorna na mesma
intensidade, pois projetamos os nossos
desejos, sonhos e toda
vontade, direcionando nossa fé, crenças
e os nossos verdadeiros tesouros. Fé não
é apenas algo relacionado ao divino, fé é
tudo aquilo que você acredita, seja por
temor ou amor.
Pesquisa, Compilação
e Formatação
Regina Bittencourt
regicourt@uol.com.br
Itu / São Paul0 / Brasil
Agradeço se você ajudar
na divulgação,
repassando este texto.
"Só quem entende a
beleza do perdão pode
julgar seus
semelhantes.“ Sócrates
Leia Kardec para entender Jesus
Esclarecimento: O tema desta apresentação, ( O Veneno da Traição ),
elaborado no Windows 8 – PowerPoint 2010, não consta neste Site.
Se desejar guarda-lo para futura leitura, sugiro criar uma pasta em: Meus Documentos.
Nosso Site ( Windows XP – PowerPoint 2003 ), com 145 temas da Doutrina.
Clicar  www.temasespiritas.net.br
Para ler os temas do Site, não é necessário cadastrar-se
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A traição e o perdão segundo o Espiritismo

  • 1. Allan Kardec Codificador do Espiritismo 1804 Lion / 1869 França Convite ao engrandecimento Espiritual Fraternidade Espírita Bezerra de Menezes Fundada em 23 de Abril de 1986 Itu / São Paulo / Brasil Espiritismo Online Idealização Regina Bittencourt JESUS, GUIA E MODELO DO ESPIRITISMO
  • 2. O veneno da traição “Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra, comete adultério” (Mateus 5:32º) O Evangelho Segundo o Espiritismo EDUARDO AUGUSTO LOURENÇO eduardoalourenco@hotmail.com Americana, São Paulo (Brasil) Crônicas e Artigos --- O Consolador Revista Semanal de Divulgação Espírita Ano 3 - N° 122 - 30 de Agosto de 2009 S O M
  • 3. A traição foi motivo de muitos escândalos em todas as épocas da humanidade, não somente a traição no campo do sentimento, mas nos negócios, nas amizades, nos ideais em todos os aspectos humanos. Trair, seja a confiança, um relacionamento, uma amizade, sempre deixa marcas profundas, sequelas difíceis de apagarem das lembranças; só nos ofendemos por aqueles a quem realmente amamos e que por uma ocasião tenha nos ferido..
  • 4. O termo traição pode ser entendido como deslealdade, desapontamento da expectativa de alguém; é desvendar os segredos de outrem, entregar um amigo aos seus inimigos; distanciamento; é também decepcionar um amigo, além de ser contada como engano e infidelidade, perfídia, desonestidade. A traição é baseada na mentira. É um dos piores, senão o pior golpe que alguém pode receber de um amigo ou de uma pessoa que se considera ou que se ama.
  • 5. Há personagens que simbolizam tal atitude, o traidor Joaquim Silvério dos Reis, que entregou Tiradentes, o Alferes mártir do movimento separatista da Inconfidência Mineira, aos seus julgadores e executores, os representantes da Coroa Portuguesa. Por razões políticas, Joana D'Arc foi traída por companheiros franceses. Aprisionada, foi acusada pelos ingleses de heresia e bruxaria, para depois ser condenada por um tribunal da Igreja e queimada viva em Ruão em 1431.
  • 6. Antes da publicação do “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec é orientado pelo Espírito de Verdade. Ele diz no livro “Obras Póstumas” que: “a missão dos reformadores é cheia de escolhos e perigos; a tua é rude; previno-te, porque é ao mundo inteiro que se trata de agitar e de transformar. Não creias que te seja suficiente publicar um livro, dois livros, dez livros, e ficares tranquilamente em tua casa; não, é preciso te mostrares no conflito; contra ti se açularão terríveis ódios, implacáveis inimigos tramarão a tua perda; estarás exposto à calúnia, à traição, mesmo daqueles que te parecerão mais dedicados; as tuas melhores instruções serão impugnadas e desnaturadas; sucumbirás mais de uma vez ao peso da fadiga; em uma palavra, é uma luta quase constante que terás de sustentar com o sacrifício do teu repouso, da tua tranquilidade, da tua saúde e mesmo da tua vida, porque tu não viverás muito tempo”.
  • 7. Allan Kardec então escreve uma nota, no dia 1° de janeiro de 1867, dizendo que: “Passados dez anos e meio depois que esta comunicação me foi dada, e verifico que ela se realizou em todos os pontos, porque experimentei todas as vicissitudes que nela me foram anunciadas. Tenho sido alvo do ódio de implacáveis inimigos, da injúria, da calúnia, da inveja e do ciúme; têm sido publicados contra mim infames libelos; as minhas melhores instruções têm sido desnaturadas; tenho sido traído por aqueles em quem depositara confiança, e pago com a ingratidão por aqueles a quem tinha prestado serviços. A Sociedade de Paris tem sido um contínuo foco de intrigas, urdidas por aqueles que se diziam a meu favor, e que, mostrando-se amáveis em minha presença, me detratavam na ausência. Disseram que aqueles que adotavam o meu partido eram assalariados por mim com o dinheiro que eu arrecadava do Espiritismo. Não mais tenho conhecido o repouso; mais de uma vez, sucumbi; sob o excesso do trabalho, tem-se-me alterado a saúde e comprometido a vida”.
  • 8. O discípulo Judas Iscariotes entregou o Cristo aos seus inimigos, os sacerdotes hebreus, com um beijo em sua face, ele é preso pelos romanos. É considerado culpado de sacrilégio pelo sumo sacerdote e entregue ao aparelho judicial romano, na pessoa de Pôncio Pilatos. Jesus é condenado, como se fosse um vulgar criminoso, à morte na cruz.
  • 9. No momento mais difícil da vida do Mestre, Pedro sequer admite que havia convivido com ele, negando por três vezes. Judas, por sua vez, aproveita-se da proximidade de Jesus para denunciá-lo de modo mais eficaz e seguro. Se analisarmos bem, ambos são traidores porque traíram o Mestre, suas atitudes até podem ser explicadas, Pedro estava com medo e inseguro, sentindo-se fragilizado e inútil diante da prisão de Jesus, Judas enganou-se completamente sobre a mensagem do Mestre e por sua ação pacífica e mansa, esperando mais um líder político e belicoso, como o rei Davi.
  • 10. Pedro e Judas eram seguidores do Mestre, indivíduos que foram escolhidos por ele para ajudar na divulgação da Boa Nova, exemplificando através das ações altruístas e pela conduta reta divulgando a mensagem libertadora e transformadora do Cristo. Muito mais do que apóstolos eram seus amigos, sujeitos que compartilhavam na sua mais profunda intimidade.
  • 11. Todos nós invariavelmente possuímos imperfeições e fraquezas humanas e temos que entender os erros dos outros, porque podemos passar pela mesma situação. Podemos errar pelos mais diversos motivos, o que torna compreensíveis os erros, mas isso não altera e nem justifica a realidade gerada por uma ação errada.
  • 12. No entanto, aquele que comete este ato tão condenável que é traição, por si só, já se condenou, pois o sofrimento, o abandono, a discriminação e o escândalo do ato são, às vezes, muito piores, gerando uma prisão íntima que é alimentada pelo remorso e pela própria consciência. Quando não vem, a “dor moral” que custa muito a passar. Às vezes doendo muito mais em quem cometeu o ato, do que na própria vítima. O algoz pelo erro se condena e se julga por duas vezes, por si mesmo e pelo outro.
  • 13. O arrependimento e a culpa frequentemente são tão dolorosos processos que martelam nossos pensamentos; pelo relato de Mateus, não foi Jesus quem sofreu, mas Pedro e Judas é que sentiram o forte impacto do erro que cometeram. Porque o Mestre sabia o peso da reação perante as duas consciências, Jesus lhes perdoou.
  • 14. Contudo, é evidente a diferença no modo como os dois lidaram com o erro que cometeram e com o remorso e o sentimento de culpa que sentiram. Judas não aguentou a pressão e suicidou-se, já Pedro tornou-se um grande líder da comunidade cristã. Judas infelizmente não suportou a força do próprio erro e caiu nas malhas da autodestruição, enquanto Pedro foi capaz de superá-lo e ir adiante.
  • 15. Judas simboliza uma maneira destrutiva e pessimista de encarar as próprias faltas e imperfeições, enquanto Pedro mostra um modo mais altruísta de reagir. A diferença entre os dois é que Judas não foi capaz de perdoar a si mesmo, de encontrar forças para ter esperança e coragem de seguir adiante, buscando no suicídio uma alternativa para fugir de suas falhas, gerando pelo ato mais dor e sofrimento.
  • 16. O perdão é uma força libertadora e regeneradora, na medida em que nos dá uma oportunidade de tentarmos de novo e melhorar sempre. Rejeitar a si mesmo é negar a reabilitação íntima, é jogar fora a possibilidade de uma nova oportunidade de ser feliz e fazer diferente, é abandonar os sonhos, a esperança, é desperdiçar aquilo que temos de mais precioso: a vida que o criador nos deu, e isso já é, por si mesmo, uma punição estrondosa. Judas é um pouco de todos nós. Sua figura, por todo desespero e angústia que sofreu, não merece malhação, merece compaixão e compreensão.
  • 17. São experiências dolorosas que nos pedem reconciliação com a nossa consciência e com aqueles que ferimos; nada pior do que lesar o outro no campo do sentimento; é uma das lições mais complexas de serem superadas, muitas vezes são décadas para se reconstruir um relacionamento rompido pelas marcas da traição, outras vezes são inúmeras reencarnações para se acertar os desatinos ocorridos no passado. A instituição chamada família sempre é o palco destes resgates, maridos e esposas, filhos e pais vão polindo as arestas e desfazendo as diferenças criadas em muitas existências pregressas.
  • 18. As atitudes de uma pessoa estão diretamente ligadas à sua condição moral e evolutiva, a vida terrena gera as situações onde precisamos nos corrigir, surgindo de forma natural em consequência da nossa conduta, vítimas e algozes se encontrão e aí caberá a cada um lutar ou recair no mesmo erro.
  • 19. A traição provém de vários fatores que levam para este ato: questões culturais, carências, insatisfação em relação a desejos e expectativas com o (a) parceiro (a), vingança, a busca pelo novo, o estímulo provocado pela sensação de perigo, ou mesmo de poder.
  • 20. O ato de trair não precisa necessariamente consumar o ato sexual. Não compartilhar mais as regras de fidelidade com o parceiro já pode ser encarado como traição. Uma terceira pessoa presente nos pensamentos é uma traição. Cobiçar a mulher ou o homem alheio é uma forma de adultério, como nos orienta Mateus “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Como tratou Jesus a mulher adúltera?” (5:27-28).
  • 21. Todo pensamento, palavra e ação que tomamos têm na sua consequência uma direção psíquica voltada para nós mesmos, porque todo pensamento é vida, com isso, tudo aquilo que projetamos retorna à sua origem, iniciando um tipo de comportamento condizente com aquilo que pensamos. Devemos ser responsáveis pelos nossos pensamentos e entender que podemos contribuir com os nossos mais íntimos desejos com a infelicidade ou a felicidade do outro.
  • 22. Tudo começa no pensamento, Jesus fala da força do pensamento, considerando-o como algo concreto e real. Entendemos que tudo o que sai da mente como pensamento, sentimento, palavra e finalização da ação, retorna na mesma intensidade, pois projetamos os nossos desejos, sonhos e toda vontade, direcionando nossa fé, crenças e os nossos verdadeiros tesouros. Fé não é apenas algo relacionado ao divino, fé é tudo aquilo que você acredita, seja por temor ou amor.
  • 23.
  • 24. Pesquisa, Compilação e Formatação Regina Bittencourt regicourt@uol.com.br Itu / São Paul0 / Brasil Agradeço se você ajudar na divulgação, repassando este texto. "Só quem entende a beleza do perdão pode julgar seus semelhantes.“ Sócrates
  • 25. Leia Kardec para entender Jesus Esclarecimento: O tema desta apresentação, ( O Veneno da Traição ), elaborado no Windows 8 – PowerPoint 2010, não consta neste Site. Se desejar guarda-lo para futura leitura, sugiro criar uma pasta em: Meus Documentos. Nosso Site ( Windows XP – PowerPoint 2003 ), com 145 temas da Doutrina. Clicar  www.temasespiritas.net.br Para ler os temas do Site, não é necessário cadastrar-se Sugestão: Adicione em : Meus Favoritos.