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Niterói
2018
DANIELLE DE OLIVEIRA CARNEIRO
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO
PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIA
CARDÍACA
Niterói
2018
2
DANIELLE DE OLIVEIRA CARNEIRO
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO
PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIA
CARDÍACA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
à Instituição Anhanguera Educacional, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Enfermagem.
Orientador: Camila Lacerda Moro
3
DANIELLE DE OLIVEIRA CARNEIRO
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO
PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIA
CARDÍACA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
à Instituição Anhanguera Educacional, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Enfermagem.
BANCA EXAMINADORA
Prof (a). Titulação Nome do Professor (a)
Prof (a). Titulação Nome do Professor (a)
Prof (a). Titulação Nome do Professor (a)
Niterói, 01 de junho de 2018
4
Dedico este trabalho…
A Deus e minha Família
Obrigado pela paciência
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu pai Jarmes Pereira Carneiro, Mestre de Obras, que me
incentivou a começar na área da saúde, homem simples pouco estudos, mas sábio
que reconheceu em mim todo potencial para que eu pudesse chegar nessa nova
etapa.
Agradeço a minha mãe Maria de Oliveira Carneiro, dona de casa, e a minha
filha Vitoria Karla pela paciência e compreensão pelos momentos tensos que
compartilhei na construção do meu aprendizado acadêmico.
Agradeço imensamente a Deus, por ter me concedido saúde, força e
disposição para fazer a faculdade e o trabalho de final de curso. Sem ele, nada disso
seria possível. Também sou grata ao senhor por ter dado saúde aos meus familiares
e tranquilizado o meu espírito nos momentos mais difíceis da minha trajetória
acadêmica até então.
Agradeço ao Centro Universitário Anhanguera de Niterói, por me proporcionar
um ambiente criativo e amigável para os estudos. Sou grata a cada membro do
corpo docente, à direção e a administração dessa instituição de ensino.
6
CARNEIRO, Danielle de Oliveira. O Papel do enfermeiro no tratamento do
paciente com diagnóstico de patologia cardíaca. 2018. No total de 27 folhas.
Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem - Anhanguera, Niterói,2018.
RESUMO
O enfermeiro tem um papel fundamental na intervenção imediata no
tratamento do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca o cuidado e as suas
condutas iniciais ajudam no diagnóstico, no atendimento, no tratamento, na redução
da mortalidade e na reabilitação dos pacientes acometidos. Objetivo: compreender
como o enfermeiro contribui para o tratamento do paciente com diagnostico de
patologia cardíaca. Metodologia: Trata-se de um estudo caracterizado de revisão
de literatura de artigos científicos provenientes do Google Acadêmico com recorte
temporal dos últimos 10 anos compreendendo de 2006 a 2015. Essa revisão de
literatura foi construída por 39 artigos científicos, que abordam o tema proposto e
previamente selecionados por meios de critérios estabelecidos. O passo seguinte foi
uma leitura exploratória das publicações apresentadas na Scientific Electronic
Library online – Scielo, nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Revistas Científicas
de Enfermagem e Normativas do Cofen. Considerações finais: Espera-se que essa
revisão de literatura possa contribuir para que o enfermeiro tenha uma melhor
compreensão do que seja uma intervenção imediata baseada em conhecimentos
científicos junto aos pacientes com diagnostico de patologia cardíaca.
Palavras-chave: Patologia Cardíaca; Papel do Enfermeiro; Intervenção.
7
CARNEIRO, Danielle de Oliveira. The Role of the nurse in the treatment of the
patient with diagnosis of cardiac pathology. 2018. In total of 27 sheets. Nursing
Course Completion Work - Anhanguera, Niterói, 2018.
ABSTRACT
The nurse plays a key role in the immediate intervention in the treatment of the
patient with a diagnosis of cardiac pathology, and their initial behaviors help in
diagnosis, treatment, reduction of mortality and rehabilitation of the patients affected.
Objective: to understand how the nurse contributes to the treatment of the patient
with a diagnosis of cardiac pathology. Methodology: This is a study of a literature
review of scientific articles from academic google with a temporal cut of the last 10
years, comprising from 2006 to 2015. This literature review was constructed by 39
scientific articles that deal with the topic proposed and previously selected by means
of established criteria. The next step was an exploratory reading of the publications
presented in the Scientific Electronic Library online - Scielo, in the Brazilian Archives
of Cardiology, Scientific Journals of Nursing and Normatives of Cofen. Final
considerations: It is expected that this literature review may contribute to the nurses
having a better understanding of an immediate intervention based on scientific
knowledge among patients with a diagnosis of cardiac pathology.
Key words: Cardiac Pathology; Role of the Nurse; Intervention.
8
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
COFEN Conselho Federal de Enfermagem
SCIELO Scientific Electronic Library online
9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….10
2. PATOLOGIAS CARDÍACAS E SEU TRATAMENTO……………………..…....12
3. PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO PACIENTE
CARDIOPATA…………………………………………………………………………..16
4. INTERVENÇÃO IMEDIATA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM AO PACIENTE
CARDÍACO………………………………………………………….…………………..20
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS….………..……………….………..………………....24
REFERÊNCIA……….………………….…….………..………..………..…………….25
10
1. INTRODUÇÃO
Entende-se que o papel do enfermeiro ao paciente com diagnóstico de
patologia cardíaca é fundamental para um tratamento eficaz e colabora para a sua
melhora sendo de grande importância o envolvimento com o paciente. Para isso, é
essencial que tenha conhecimento sobre as patologias cardíacas a fim de
estabelecer a melhor conduta e assistência ao paciente portador desses distúrbios,
o qual necessita, na maioria das vezes, de um atendimento diferenciado e
qualificado. Considera de grande importância o enfermeiro estar atualizado em sua
prática profissional para um atendimento integral no tratamento do paciente com
diagnóstico de patologia cardíaca.
Neste sentido, é necessário que esteja capacitado para interpretar sinais
clínicos e métodos de diagnóstico precoce das patologias cardíacas. A assistência
de enfermagem a pacientes com diagnóstico de patologia cardíaca tem sido de
grande relevância uma vez que estes necessitam de cuidados essenciais para uma
boa evolução e prognóstico. E o papel do enfermeiro nesse momento é de
fundamental importância na prevenção e diagnóstico precoce das complicações e na
manutenção do conforto do paciente, com observação rigorosa, detalhada e
sistematizada do mesmo. A partir deste pressuposto o problema de pesquisa a ser
respondido é: em que medida o enfermeiro contribui para a intervenção imediata no
tratamento do paciente com diagnostico de patologia cardíaca?
Objetiva se no desenvolvimento do trabalho monográfico compreender como
o enfermeiro contribui para o tratamento do paciente com diagnóstico de patologia
cardíaca; identificar a produção científica que registram estudos sobre as patologias
cardíacas e seu tratamento; apresentar o papel do enfermeiro no tratamento do
paciente com diagnóstico de patologia cardíaca; descrever a intervenção imediata
da equipe de enfermagem ao paciente com diagnóstico de patologia cardíaca.
A proposta justifica se por entender a importância da inserção do enfermeiro
em um ambiente que permite a prática profissional voltada para o ensino e a
pesquisa baseados em evidências que fundamentem a assistência, determina que o
cuidado sistematizado reduza o impacto negativo dos desfechos das patologias
cardíacas mediante suas complicações e que o enfermeiro tem um papel importante
na assistência, para isso tem sido discutido políticas e estratégias de saúde em
relação as patologias cardíacas, atuando na promoção e recuperação da saúde
através de intervenções as quais buscam alcançar os resultados esperados,
11
estabelecendo protocolos que consiste em passos a serem dados para a realização
de suas ações sistemáticas na sequência que devem ser executado. O enfermeiro,
por meio de seus cuidados, é um profissional essencial na assistência e
recuperação da saúde do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca. Os
profissionais que prestam atendimento a pacientes com diagnóstico de patologia
cardíaca têm a responsabilidade não só de organizar a informação, a educação e o
treinamento, como também de capacitar-se para atuar com competência técnica
científica, ética e humanística no cuidado e no tratamento das patologias cardíacas.
Pacientes e profissionais de saúde principalmente o enfermeiro, devem trabalhar
juntos no intuito de reduzir o intervalo entre o início dos sintomas, a tomada de
decisão e a iniciativa de procurar socorro.
Trata-se de um estudo caracterizado de revisão de literatura de artigos
científicos provenientes do Google Acadêmico com recorte temporal dos últimos 10
anos compreendendo de 2006 a 2015. A pesquisa atual, foram encontrados 13.600
artigos sendo aplicado filtragem da língua portuguesa e utilizados 39 artigos que tem
como finalidade explicar a proposta a partir de uma referência teórica, deixando o
pesquisador apto a procurar todas as fontes de conhecimento para aquele
determinando problema. Após a definição do tema foi feita uma busca no Google
Acadêmico foram utilizadas as palavras-chave: Patologia Cardíaca, Papel do
Enfermeiro, Intervenção. O passo seguinte foi uma leitura exploratória das
publicações apresentadas na Scientific Electronic Library online – Scielo, nos
Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Revistas Científicas de Enfermagem e
Normativas do Cofen. Os critérios de inclusão foram: serem publicados nos últimos
dez anos e responderem aos objetivos do estudo, sendo assim as Normativas do
Cofen fizeram parte dessa seleção pela relevância da informação mesmo não
estando no recorte temporal que compreende entre 2006 a 2015. Realizada a leitura
exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica, por meio da leitura
das obras selecionadas, que possibilitou a organização das ideias por ordem de
importância e a sintetização destas que visou à fixação das ideias essenciais para a
solução do problema da pesquisa.
12
2. PATOLOGIAS CARDÍACAS E SEU TRATAMENTO
As cardiopatias isquêmicas geralmente são desajustes entre a demanda
cardíaca e o suprimento vascular de sangue oxigenado, não causa apenas
insuficiência de oxigênio, mas também de nutrientes, e altera a remoção de
metabólitos sua principal causa é o fluxo coronariano reduzido como a aterosclerose
e das cardiopatias isquêmicas a forma aguda são o infarto agudo do miocárdio e
angina instável e a forma crônica é a angina estável e também a morte cardíaca
súbita que é a morte imprevista dentro de 1 h do início dos sintomas. (ROBBINS;
COTRAN, 2006).
Segundo Mussi (2006) a cardiopatia isquêmica é um dos principais problemas
de saúde pública que se encontra no Brasil, para que haja um tratamento preventivo,
as modificações para estilo de vida mais saudável, incluindo dieta e atividade física
regular, são estratégias importantes da orientação terapêutica.
Fatores que alteram a demanda e a oferta de oxigênio, portanto, são os
responsáveis pela evolução do paciente para síndrome coronária aguda e angina
crônica estável. O grau de obstrução da artéria responsável pelo episódio agudo, a
ocorrência de lesões em outros vasos e o grau de circulação colateral são os
determinantes mais importantes da diminuição da oferta; a pressão arterial
sistêmica, a frequência cardíaca e a hipertrofia e contratilidade ventricular são as
variáveis mais importantes na determinação da demanda de oxigênio (FALK; SHAH;
FUSTER, 2007).
Apesar da contribuição de todos esses fatores na determinação da isquemia
miocárdica, a doença aterosclerótica coronária é o substrato anatômico mais
importante na fisiopatogenia da cardiopatia isquêmica. A partir de estudos
importantes da literatura sabemos hoje da importância do processo atero trombótico
não só no desencadeamento da isquemia aguda como também na progressão da
doença aterosclerótica com relação à gravidade da obstrução da luz vascular O
processo aterosclerótico é insidioso, iniciando-se na adolescência com as placas
gordurosas e progredindo para complicações trombóticas na idade adulta e na
população geriátrica (DEWOOD; LEIMGRUBER; SHIELDS, 2006).
Na patogenia da doença aterosclerótica, um conjunto de fatores de risco
clássicos e emergentes têm sido correlacionados. Contudo, as lipoproteínas,
principalmente as lipoproteínas de baixa densidade têm ocupado um papel de
destaque na etiologia da doença aterosclerótica, ainda que, muitos indivíduos
13
desenvolvem doença cardiovascular na ausência de anormalidades no perfil das
lipoproteínas (BADIMON; FUSTER; CHEREBRO, 2007).
A aterosclerose é uma doença multifatorial, lenta e progressiva, resultante de
uma série de respostas celulares e moleculares altamente específicas. O acúmulo
de lipídeos, células inflamatórias e elementos fibrosos, que se depositam na parede
das artérias, são os responsáveis pela formação de placas ou estrias gordurosas, e
que geralmente ocasionam a obstrução das mesmas e os principais alvos da doença
são a aorta e as artérias coronárias e cerebrais, tendo como principais
consequências o infarto do miocárdio, a isquemia cerebral e o aneurisma aórtico
(LIBBY, 2006).
Existem duas fases interdependentes na evolução da doença aterosclerótica:
a fase aterosclerótica, formação anatômica da lesão aterosclerótica sob a influência
dos fatores de risco aterogênicos clássicos e que leva décadas para evoluir. A fase
trombótica, a formação aguda de trombo sobre a placa aterosclerótica, fenômeno
este diretamente ligado aos eventos agudos coronarianos, como infarto do
miocárdio, angina instável e morte súbita (BADIMON; FUSTER; CHEREBRO, 2007).
Manifestações agudas, como angina instável e o infarto agudo do miocárdio,
são geralmente desencadeadas por desestabilização da placa aterosclerótica, com
redução significativa e abrupta da luz do vaso devida à formação local do trombo.
(CLEMENTE; JECKEL-NETO, 2008).
De acordo com Davies (2006) o infarto do miocárdio causada por isquemia
prolongada, isquemia essa causada por trombose e/ou vaso espasmo sobre uma
placa aterosclerótica que migra do subendocárdico para o subepicárdico na maior
parte é causada por rotura súbita e formação de trombo sobre placas vulneráveis,
inflamadas, ricas em lipídios e com capa fibrosa delgada, uma menor está associada
à erosão da placa aterosclerótica.
Um padrão dinâmico de trombose e trombose simultaneamente, associadas a
vaso espasmo, o que pode causar obstrução do fluxo intermitente e embolização
distal, um dos mecanismos responsáveis pela falência da reperfusão tecidual apesar
da obtenção de fluxo na artéria acometida (TOPOL; YADAV, 2006).
O miocárdio sofre progressiva agressão representada pelas áreas de
isquemia, lesão e necrose sucessivamente. Na primeira, predominam distúrbios
eletrolíticos, na segunda, alterações morfológicas reversíveis e na última, danos
definitivos correlacionados com a diversidade de apresentações clínicas que variam
14
da angina instável e infarto, por isso, é necessário o rápido diagnóstico, a
desobstrução imediata da coronária, a manutenção do fluxo, a profilaxia da
embolização distal e a reversão de suas complicações potencialmente fatais as
arritmias, a falência cardíaca e os distúrbios mecânicos. (BRAUNWALD; ZIPES;
LIBBY, 2006).
O quadro clínico da cardiopatia isquêmica depende de qual síndrome clínica o
paciente esteja apresentando. Entretanto, a dor anginosa caracteriza-se por
sensação de aperto, compressão, constrição, estrangulamento ou queimação
espalhada na região precordial (retroesternal), e não em um ponto localizado do
precórdio; habitualmente o paciente relata a sensação com a mão espalmada nessa
região. A sensação de dor muitas vezes não é relatada. É importante ressaltar que
se o paciente já é comprovadamente portador de doença coronária, ele já conhece
as características da dor isquêmica e isso ajuda no diagnóstico final de isquemia
miocárdica (DAVIES; THOMAS, 2008).
Na angina crônica, caracteristicamente, o paciente apresenta desconforto
precordial aos esforços, com duração de alguns minutos, melhorando com repouso
ou com nitrato sublingual; entretanto, no Infarto Agudo do Miocárdio e na angina
instável a dor precordial é desencadeada em repouso com duração mais prolongada
no primeiro (acima de 30 min) e menos duradoura no segundo (até 15 min). Dor
precordial com duração de segundos ou que se apresenta constante, o dia inteiro ou
semanas, não é de etiologia isquêmica. A intensidade da dor é outro fator que se
deve levar em consideração, já que ela não está relacionada especificamente com a
gravidade do quadro, mas com a percepção individual do paciente (PRYOR;
HARREL; LEE, 2009).
A considerar segundo Wenger (2008) sobre a eficácia e segurança da
reabilitação cardíaca com os pacientes com diagnostico de patologia cardíaca
passando a ter um sentido mais amplo, podendo ser entendida como um processo
que inclui a promoção da saúde, a prevenção da doença e o seu tratamento.
De acordo com Moraes, Nóbrega e Castro (2006) a reabilitação cardíaca é
definida como o conjunto de atividades necessárias para assegurar, da melhor
maneira possível, as condições físicas, mentais e sociais do doente cardíaco,
possibilitando o seu retorno à comunidade e proporcionando uma vida ativa e
produtiva da melhor maneira possível.
15
Atualmente, e segundo a Organização Mundial da Saúde, a reabilitação
cardíaca é um processo contínuo de desenvolvimento e manutenção do conjunto de
mecanismos necessários para assegurar ao indivíduo as melhores condições
físicas, mentais e sociais de modo a possibilitar a manutenção e/ou retorno das suas
atividades socioprofissionais e familiares pelos seus próprios meios (BETHELL;
LEWIN; DALAL, 2009).
A terapêutica de portadores de cardiopatia isquêmica vem sofrendo
modificações nos últimos anos, havendo significativos avanços clínicos, percutâneos
e cirúrgicos, a revascularização do miocárdio é uma das opções no tratamento
desses indivíduos, tendo como objetivo o aumento da sobrevida, o alívio da dor
anginosa, a proteção do miocárdio isquêmico, a melhora da função ventricular, a
prevenção de novo infarto agudo do miocárdio e a recuperação física, psíquica e
social do paciente, melhorando sua qualidade de vida (CARVALHO; MATSUCA;
SCHNEIDER, 2006).
De acordo com Davies (2006) muitos pesquisadores têm verificado o
aumento na idade de candidatos à cirurgia cardíaca, a presença de maior número de
mulheres e indicação de cirurgia frente a manifestações clínicas de angina menos
grave. Somando-se a isso, encontra-se uma maior incidência de infarto agudo do
miocárdio recente, mais disfunção ventricular esquerda, aumento do número de
reoperações, taxas mais altas de candidatos à cirurgia com doenças arteriais e com
maior número de fatores condicionantes, tais como hipertensão arterial, diabetes
mellitus, dislipidemia, arritmias e insuficiência cardíaca.
Além desses fatores, a idade, o sexo feminino, presença de comorbidades
como doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência renal e doença vascular
periférica constituem condições especiais para a indicação cirúrgica, o perfil do
paciente com cardiopatia isquêmica tem se modificado ao longo dos anos, uma vez
que os pacientes apresentam-se com mais fatores de risco cardiovasculares
associados, tornando-os mais graves para enfrentarem os procedimentos
terapêuticos, assim como suscetíveis às complicações. Dentre as complicações pós-
operatórias estão o infarto agudo do miocárdio, a síndrome do baixo débito,
arritmias, disfunções pulmonares, insuficiência renal, acidentes vasculares cerebrais
e infecções (CARVALHO; MATSUCA; SCHNEIDER, 2006).
16
3. PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO PACIENTE
CARDIOPATA
De acordo com Ceia (2009) uma patologia cardíaca pode evoluir ao longo de
anos de forma progressiva, silenciosa e assintomática. A sua primeira manifestação
pode ser a morte súbita ou a incapacidade grave resultante de uma Parada
Cardíaca, revelando-se demasiado tarde para realizar uma intervenção. Esta
evolução trágica da doença é também cada vez mais precoce relativamente à idade.
Segundo Brandão (2006) todo enfermeiro tem um papel importante na
assistência atuando na promoção e recuperação da saúde através de intervenções
as quais objetiva alcançar os resultados esperados, estabelecendo protocolos que
consiste em passos a serem dados para a realização de suas ações sistemáticas na
sequência que devem ser executado e o enfermeiro, por meio de seus cuidados, é
um profissional essencial na assistência e recuperação da saúde dos pacientes com
diagnostico de patologia cardíaca principalmente as cardiopatias cardíacas.
O enfermeiro em sua prática profissional é responsável pelo atendimento
integral ao cliente. Neste sentido, é necessário que esteja capacitado para
interpretar sinais clínicos e métodos de diagnóstico precoce das patologias
cardíacas. Para isso, é essencial que tenha conhecimento sobre os diversos fatores
que podem acometer quem possui uma cardiopatia cardíaca, a fim de estabelecer a
melhor conduta e assistência ao paciente portador desses distúrbios ou com maior
risco, o qual necessita, na maioria das vezes, de um atendimento diferenciado e
qualificado. (LEMOS; TOMAZ; BORGES, 2010).
Conforme Mussi (2006) o papel do enfermeiro fundamenta-se na prevenção,
promoção, manutenção e restauração da saúde do paciente. Além disso, pode-se
perceber que essa assistência no processo de tratamento é uma meta da
enfermagem ocupando uma posição estratégica, sendo de vital importância na
percepção do contexto geral da assistência ao paciente, pois através de um olhar
holístico, ele é capaz de prestar uma assistência de melhor qualidade para o
paciente.
De acordo com Pesaro (2006) o enfermeiro, para realizar sua prática
profissional, prestando assistência de enfermagem ao paciente cardiopata, necessita
ter conhecimento científico e domínio dos procedimentos, a fim de desempenhar
suas atividades de forma ordenada e sistematizada, essencialmente para avaliar o
estado de saúde do cliente e suas complicações.
17
Segundo Stipp (2012) na assistência de enfermagem, ao utilizarmos os
modelos assistenciais, em especial o modelo de gerência do processo saúde
doença, deve-se considerar o uso das mais diversas tecnologias e o ambiente em
que o paciente se encontra, é uma contínua busca de novas estratégias de encarar
o adoecimento, de promover o bem-estar e a qualidade da saúde.
Nesse contexto, a completa avaliação de enfermagem, baseada na
identificação dos sinais e sintomas do período pré-operatório e na história de saúde
pregressa, pode sinalizar o comportamento pós-operatório dos pacientes
submetidos à Revascularização do Miocárdio. A partir desse conhecimento, a
formulação dos diagnósticos de enfermagem e do planejamento individualizado dos
cuidados, guia o enfermeiro no desenvolvimento do raciocínio clínico para prever e
prover os cuidados necessários a cada situação (CARVALHO; MATSUDA;
SCHENEIDER, 2006).
Quando da hospitalização dos pacientes cardiopatas, cria-se uma carga
emocional muito intensa, e estes necessitam de várias informações desde o
conhecimento de sua doença, de seus direitos e deveres na instituição, bem como
os de cidadão. Assim sendo, faz-se necessário que o enfermeiro pense na
necessidade de muitas vezes modificar suas ações de cuidar diárias, pois o modelo
biomédico restringe-se a tratar o paciente em suas manifestações agudas da doença
não resolutiva a equipe de enfermagem e os próprios familiares, de um modo
mecânico, passam, muitas vezes, a realizar e assumir as decisões e as ações que o
paciente poderia efetuar (COSTA; ALVES; LUNARDI, 2006).
Para Waldow (2006) o enfermeiro deve permitir ao paciente crônico cardíaco
hospitalizado expressar as apreensões e o medo e criar, desse modo, uma
oportunidade benéfica para ele e sua família, que poderá compreendê-lo melhor
quanto aos seus sentimentos. Os pacientes cardiopatas geralmente apresentam
uma associação muito difícil entre o seu estado emocional e a capacidade de
externar tais emoções. Nesses casos, a demonstração de interesse e consideração
do enfermeiro pode ser favorável e promover alívio de ansiedade com o
esclarecimento de dúvidas e a desmistificação de fantasias e medos.
O enfermeiro ao fazer uso do método científico em enfermagem fortalece a
profissão como ciência. É da competência desse profissional desenvolver
raciocínios, conceitos e julgamentos para que seja capaz de articular argumentos e
18
demonstrar soluções para a construção de conhecimentos de enfermagem
(SAMPAIO; PELLIZZETTI, 2006).
Conforme Waldow (2006) o profissional, ao personalizar o atendimento ao
paciente, proporciona um cuidado de forma individual, que é embasado em
conhecimento, a fim de que possa intervir a qualquer momento. Para que o processo
de cuidar ocorra há um desenvolvimento de ações, atitudes e comportamentos com
base em conhecimento científico, experiência, intuição e pensamento crítico
realizado em prol do paciente, no sentido de promover, manter e recuperar a
dignidade humana. Além, de possuir esses atributos, o enfermeiro deve perceber a
situação e o paciente com um todo. Quando isso acontece, o pensamento crítico,
por meio da reflexão, inicia o processo, estabelecendo-se o começo da ação do
enfermeiro cuidador.
Uma atividade que é exclusiva do enfermeiro é a consulta de enfermagem é
cujo objetivo propicia condições para melhoria da qualidade de vida por meio de
uma abordagem contextualizada e participativa, além da competência técnica, o
profissional enfermeiro deve demonstrar interesse pelo ser humano e pelo seu modo
de vida, a partir da consciência reflexiva de suas relações com o indivíduo, à família
e a comunidade (MACHADO; LEITÃO; HOLANDA, 2006).
De acordo com a resolução do Conselho Federal de Enfermagem 159/1993 a
Consulta de Enfermagem utiliza componentes do método científico para identificar
situações de saúde/doença, prescrever e implementar medidas de enfermagem que
contribuam para a promoção, prevenção, proteção da saúde, recuperação e
reabilitação do indivíduo, família e comunidade e tem como fundamento os
princípios de universalidade, equidade, resolutividade e integralidade das ações de
saúde, compõe-se de histórico de enfermagem (a entrevista), exame físico,
diagnóstico de enfermagem, prescrição e implementação da assistência e evolução
de enfermagem.
Segundo a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem (Lei Nº 7498/86), a
consulta de enfermagem deve ser realizada com o intuito de atingir a promoção,
prevenção, recuperação e reabilitação da saúde onde o enfermeiro incorpora
competência profissional, alcançada através dos padrões intelectuais e éticos,
associados às atitudes pessoais e experiência profissional.
Está regulamentado pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) através
da Resolução Nº 358/2009 a utilização da Sistematização da Assistência de
19
Enfermagem em instituições de saúde, e para que seja implementado é necessário
a utilização das seguintes fases: histórico de enfermagem, exame físico, diagnóstico
de enfermagem, prescrição de enfermagem, evolução de enfermagem, sua
execução no contexto da prática da enfermagem provêm de um guia para o
desenvolvimento de pensamentos que direcionam os julgamentos clínicos
necessários e por meio da utilização dos diagnósticos de enfermagem, é possível
identificar de forma prática e eficaz, quais são as situações de saúde que as ações
da enfermagem podem promover modificações.
Segundo Cavalcanti e Coelho (2007) o envolvimento dos profissionais da
enfermagem com os pacientes com diagnostico de patologia cardíaca reforça a ideia
de que a educação em saúde é um processo contínuo, que é parte inerente ao
exercício profissional, além disso, entendemos que por ser o enfermeiro o
profissional responsável pelo gerenciamento do cuidado, permanecendo
ininterruptamente no ambiente de cuidado, é um dos profissionais mais indicados
para abordar aspectos relacionados ao processo saúde doença; orientar sobre os
procedimentos diversos; promover o acolhimento dos pacientes, além de
estabelecer vínculos com os familiares e atuar como educador em saúde, buscando
a conscientização dos indivíduos sobre a necessidade de reorientar hábitos de vida.
20
4. INTERVENÇÃO IMEDIATA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE CARDÍACO
Para Cintra (2008) toda intervenção imediata acontece com o olhar clínico
que o enfermeiro capacitado deve desenvolver ao longo de sua trajetória exercendo
nos atendimentos de emergências que é dada situação que assume quando um
conjunto de circunstâncias a modifica que se caracteriza pela necessidade de um
paciente ser atendido em um curtíssimo espaço de tempo onde não pode haver uma
protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato. O enfermeiro em atuação
nas emergências cardiológicas principalmente nas duas primeiras horas são os mais
importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas.
A admissão dos pacientes com patologia cardíaca em unidades de
emergência exige, por parte da equipe, uma avaliação rápida e eficiente visando
condutas baseadas nas melhores evidências disponíveis. Nessa perspectiva, o
exame clínico constitui uma ferramenta clássica para o diagnóstico e o manejo do
paciente, pois a anamnese e o exame físico, combinando baixo custo e factibilidade
são componentes capazes de individualizar as intervenções mais adequadas
(NOHRIA; TSANG; LEWIS, 2006).
De acordo com Scanavacca (2012) a interpretação das cardiopatias
cardíacas, pelos enfermeiros, é de fundamental importância para conduzir a equipe
de enfermagem nas intervenções, permitindo uma aplicação de metodologias de
assistência visando a prevenção destas doenças de modo a favorecer a
administração do cuidado de enfermagem. Sendo assim, o eletrocardiograma ou o
monitoramento cardíaco é uma das ferramentas importantes para uma assistência
adequada ao paciente, fazendo-se necessário que o enfermeiro saiba interpretar o
seu traçado, e desta forma qualificando a assistência ao paciente.
Uma das funções do enfermeiro na abordagem do paciente, com sofrimento
cardíaco é a avaliação imediata da história clínica do exame físico. A etapa seguinte
é a realização do Eletrocardiograma, com o conhecimento de alguns elementos
revelados pelo traçado podem ser fundamentais para as próximas condutas o
enfermeiro não é um simples executor de tarefas ou de normas ditadas por outros
profissionais, ele deve ser um profissional que possui responsabilidades específicas
inclusive sabendo distinguir as diversas alterações que o Eletrocardiograma
evidencia e assim direcionar os cuidados ao paciente que a ele competem. São
alguns desses elementos: a idade do paciente, dados clínicos, identificação das
21
derivações, observação da qualidade do traçado, identificação do ritmo cardíaco,
que fazem a diferença no atendimento inicial do paciente (SCANAVACCA, 2013).
Segundo Bezerra (2011) o enfermeiro tem papel importante na conduta
adequada frente a sintomatologia do paciente, sendo um profissional essencial na
condução do atendimento adequado, atuando no esclarecimento de dúvidas,
avaliando suas necessidades, atendendo expectativas, além de manter participação
ativa nos procedimentos, proporcionando contribuição imediata aos pacientes
cardiopatas.
A capacitação profissional, a dedicação e o conhecimento teórico e prático,
fazem a diferença no momento do atendimento ao paciente. Quando a equipe é
treinada e capacitada, o atendimento é realizado com mais rapidez e agilidade, o
que consequentemente gera uma assistência adequada e com qualidade ao
paciente. O Enfermeiro tem como competência do seu próprio exercício profissional
e como sua missão oferecer ao paciente uma assistência de qualidade, evitando
sofrimento, erros e até mesmo a morte, é necessário manter-se em constante
atualização, cabendo a si o comprometimento em participar dos treinamentos, assim
como planejá-los (SILVA; SEIFFERT, 2009).
A equipe de enfermagem é responsável pela assistência e cuidados, portanto
estabelece contato direto com o paciente, dessa forma torna-se necessário, que seja
realizada a supervisão de forma eficaz, clara e objetiva, onde todos possam ser
avaliados, e a partir dela sejam implementadas ações, que visem a redução de erros
e a melhoria da qualidade da assistência prestada (BEGAT; SEVERINSSON, 2006).
Um dos profissionais que compõem a equipe em sua grande maioria são os
técnicos de enfermagem. Os técnicos de enfermagem, apresentam segundo a
legislação, formação mínima de ensino médio. Independentes da execução de seu
tipo específico de serviço dentro do âmbito hospitalar, as habilidades adquiridas em
sala de aula em estágios são as mesmas (FURUKAWA; CUNHA, 2011).
Nesse contexto, a supervisão em enfermagem torna-se uma ferramenta
indispensável para adequação da mão de obra em cada tipo específico de execução
do serviço exercício pelos técnicos de enfermagem, influenciando diretamente na
qualidade da assistência. É por meio dela que são feitos os ajustes necessários no
serviço, de modo que a segurança do paciente seja mantida de acordo com as
normas e diretrizes de saúde (CRUZ; ALMEIDA, 2010).
22
Ainda não há um conceito único para o termo supervisão em enfermagem. Os
autores Carvalho e Chaves (2011) definem supervisão de acordo com o tipo de
serviço a ser supervisionado. Mas a um certo consenso na literatura para a
supervisão de modo geral. Assim, a supervisão em enfermagem pode ser entendida
como um instrumento gerencial usado pela enfermagem, com intuito de avaliar o
desempenho das atividades realizadas, a qualidade dos serviços a serem ofertados
e a avaliação do desempenho, e a dinâmica organizacional.
Portanto, a supervisão emerge de dentro das funções dos enfermeiros, como
uma ferramenta capaz de detectar precocemente problemas de variados tipos e
gravidades, bem como também direcionar para a resolução destes. Ainda, a
supervisão é capaz de criar um ambiente organizacional que favoreça os recursos
humanos e materiais, de modo a otimizar o desempenho do serviço tornando a
assistência eficaz e com grande qualidade (KRISTOFFERZON; MARTENSSON;
LOFMARK A, 2013).
Para Araújo (2008) é de primordial importância que a equipe de enfermagem,
em especial os enfermeiros, como líderes e orientadores da equipe de enfermagem,
estejam atualizados, para que a assistência prestada seja a melhor possível. Para
que a equipe tenha motivação, julga-se que seria extremamente importante um
treinamento teórico e prático aos enfermeiros com atualizações sobre o assunto,
para que estes pudessem ser multiplicadores destas informações junto à equipe, os
enfermeiros devem estar preparados tecnicamente para enfrentar o desafio do
evento súbito e grave, com a consciência da necessidade de diagnóstico precoce e
intervenção efetiva, considerando que o prognóstico do paciente está diretamente
ligado à rapidez e eficácia das ações.
Cabe ao enfermeiro prestar cuidados diretos aos pacientes graves e em risco
de vida, que exijam conhecimentos com base científica e capacidade de tomar
decisões imediatas, atuando na recuperação e reabilitação da saúde. Nesse sentido,
salienta-se a necessidade de treinamentos sobre o tema, visto que os profissionais
envolvidos encontram dificuldades frente a essa emergência, cabendo ao enfermeiro
atualizar-se e estar preparado para capacitar os profissionais das equipes, pois o
sucesso está diretamente ligado à atuação imediata e eficaz (MIYADAHIRA;
QUILICI; MARTINS, 2008).
O processo de trabalho na enfermagem é pautado prioritariamente pela
assistência/cuidar e gerência/administrar do cuidado. Na primeira, voltada para as
23
intervenções às necessidades do cuidado de enfermagem, buscando um cuidado
integral. Na segunda, vincula as atividades de organização do trabalho e dos
recursos humanos em enfermagem, com o intuito de criar e efetivar condições
favoráveis para o cuidado ao cliente e melhor desempenho aos trabalhadores
(ALMEIDA; SEGUI; MAFTUM, 2011).
O enfermeiro desempenha funções administrativas e assistenciais com o
objetivo de alcançar os resultados esperados através do planejamento do cuidado a
ser prestado. Para avaliação do seu trabalho deverá utilizar ferramentas para
revisão dos cuidados de enfermagem, a fim de adaptar o seu processo de trabalho
ao cliente assistido, tomando como base deste processo a tomada de decisão
(SANTOS; LIMA, 2011).
24
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se o papel do enfermeiro de grande relevância uma vez que estes
pacientes necessitam de cuidados essenciais para uma boa evolução e prognóstico
com observação rigorosa, detalhada e sistematizada por isso a questão que norteou
o estudo foi em que medida o enfermeiro contribui para a intervenção imediata no
tratamento do paciente com diagnostico de patologia cardíaca, pode ser respondida
ao compreender como o enfermeiro contribui para o tratamento do paciente com
diagnóstico de patologia cardíaca nos capítulos que compõem o estudo. Foram
identificados estudos teóricos que fundamentam os capítulos sobre as patologias
cardíacas e seu tratamento além de apresentar o papel do enfermeiro no tratamento
do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca e também descrever a
intervenção imediata da equipe de enfermagem ao paciente com diagnóstico de
patologia cardíaca.
Sobre as patologias cardíacas têm se observado um aumento significativo na
incidência de indivíduos acometidos resultando em índices alarmantes de
mortalidade foram encontrados nos registros científicos consideráveis patologias
cardíacas e métodos de tratamentos bem claros para uma melhor qualidade de vida.
Foi apresentado que o enfermeiro tem um papel fundamental neste
tratamento influenciando as atitudes dos pacientes com diagnostico de patologia
cardíaca em sua melhor adesão através da educação em saúde reduzindo as
internações além de contribuir para a sua melhora.
A saber da importância da equipe de enfermagem estarem aptas em
conhecimento teórico e prático para intervir imediatamente com segurança e
destreza os pacientes com patologias cardíacas que necessitam de uma intervenção
imediata e forma que não haja erros levando a óbito o paciente.
25
REFERÊNCIAS
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utilizados na tomada de decisão do enfermeiro no contexto hospitalar, 20:131-
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O Papel do Enfermeiro no Tratamento do Paciente com Diagnostico de Patologia Cardíaca

  • 1. Niterói 2018 DANIELLE DE OLIVEIRA CARNEIRO O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIA CARDÍACA
  • 2. Niterói 2018 2 DANIELLE DE OLIVEIRA CARNEIRO O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIA CARDÍACA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Instituição Anhanguera Educacional, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem. Orientador: Camila Lacerda Moro
  • 3. 3 DANIELLE DE OLIVEIRA CARNEIRO O PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIA CARDÍACA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Instituição Anhanguera Educacional, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Enfermagem. BANCA EXAMINADORA Prof (a). Titulação Nome do Professor (a) Prof (a). Titulação Nome do Professor (a) Prof (a). Titulação Nome do Professor (a) Niterói, 01 de junho de 2018
  • 4. 4 Dedico este trabalho… A Deus e minha Família Obrigado pela paciência
  • 5. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu pai Jarmes Pereira Carneiro, Mestre de Obras, que me incentivou a começar na área da saúde, homem simples pouco estudos, mas sábio que reconheceu em mim todo potencial para que eu pudesse chegar nessa nova etapa. Agradeço a minha mãe Maria de Oliveira Carneiro, dona de casa, e a minha filha Vitoria Karla pela paciência e compreensão pelos momentos tensos que compartilhei na construção do meu aprendizado acadêmico. Agradeço imensamente a Deus, por ter me concedido saúde, força e disposição para fazer a faculdade e o trabalho de final de curso. Sem ele, nada disso seria possível. Também sou grata ao senhor por ter dado saúde aos meus familiares e tranquilizado o meu espírito nos momentos mais difíceis da minha trajetória acadêmica até então. Agradeço ao Centro Universitário Anhanguera de Niterói, por me proporcionar um ambiente criativo e amigável para os estudos. Sou grata a cada membro do corpo docente, à direção e a administração dessa instituição de ensino.
  • 6. 6 CARNEIRO, Danielle de Oliveira. O Papel do enfermeiro no tratamento do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca. 2018. No total de 27 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem - Anhanguera, Niterói,2018. RESUMO O enfermeiro tem um papel fundamental na intervenção imediata no tratamento do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca o cuidado e as suas condutas iniciais ajudam no diagnóstico, no atendimento, no tratamento, na redução da mortalidade e na reabilitação dos pacientes acometidos. Objetivo: compreender como o enfermeiro contribui para o tratamento do paciente com diagnostico de patologia cardíaca. Metodologia: Trata-se de um estudo caracterizado de revisão de literatura de artigos científicos provenientes do Google Acadêmico com recorte temporal dos últimos 10 anos compreendendo de 2006 a 2015. Essa revisão de literatura foi construída por 39 artigos científicos, que abordam o tema proposto e previamente selecionados por meios de critérios estabelecidos. O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações apresentadas na Scientific Electronic Library online – Scielo, nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Revistas Científicas de Enfermagem e Normativas do Cofen. Considerações finais: Espera-se que essa revisão de literatura possa contribuir para que o enfermeiro tenha uma melhor compreensão do que seja uma intervenção imediata baseada em conhecimentos científicos junto aos pacientes com diagnostico de patologia cardíaca. Palavras-chave: Patologia Cardíaca; Papel do Enfermeiro; Intervenção.
  • 7. 7 CARNEIRO, Danielle de Oliveira. The Role of the nurse in the treatment of the patient with diagnosis of cardiac pathology. 2018. In total of 27 sheets. Nursing Course Completion Work - Anhanguera, Niterói, 2018. ABSTRACT The nurse plays a key role in the immediate intervention in the treatment of the patient with a diagnosis of cardiac pathology, and their initial behaviors help in diagnosis, treatment, reduction of mortality and rehabilitation of the patients affected. Objective: to understand how the nurse contributes to the treatment of the patient with a diagnosis of cardiac pathology. Methodology: This is a study of a literature review of scientific articles from academic google with a temporal cut of the last 10 years, comprising from 2006 to 2015. This literature review was constructed by 39 scientific articles that deal with the topic proposed and previously selected by means of established criteria. The next step was an exploratory reading of the publications presented in the Scientific Electronic Library online - Scielo, in the Brazilian Archives of Cardiology, Scientific Journals of Nursing and Normatives of Cofen. Final considerations: It is expected that this literature review may contribute to the nurses having a better understanding of an immediate intervention based on scientific knowledge among patients with a diagnosis of cardiac pathology. Key words: Cardiac Pathology; Role of the Nurse; Intervention.
  • 8. 8 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS COFEN Conselho Federal de Enfermagem SCIELO Scientific Electronic Library online
  • 9. 9 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….10 2. PATOLOGIAS CARDÍACAS E SEU TRATAMENTO……………………..…....12 3. PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO PACIENTE CARDIOPATA…………………………………………………………………………..16 4. INTERVENÇÃO IMEDIATA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CARDÍACO………………………………………………………….…………………..20 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS….………..……………….………..………………....24 REFERÊNCIA……….………………….…….………..………..………..…………….25
  • 10. 10 1. INTRODUÇÃO Entende-se que o papel do enfermeiro ao paciente com diagnóstico de patologia cardíaca é fundamental para um tratamento eficaz e colabora para a sua melhora sendo de grande importância o envolvimento com o paciente. Para isso, é essencial que tenha conhecimento sobre as patologias cardíacas a fim de estabelecer a melhor conduta e assistência ao paciente portador desses distúrbios, o qual necessita, na maioria das vezes, de um atendimento diferenciado e qualificado. Considera de grande importância o enfermeiro estar atualizado em sua prática profissional para um atendimento integral no tratamento do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca. Neste sentido, é necessário que esteja capacitado para interpretar sinais clínicos e métodos de diagnóstico precoce das patologias cardíacas. A assistência de enfermagem a pacientes com diagnóstico de patologia cardíaca tem sido de grande relevância uma vez que estes necessitam de cuidados essenciais para uma boa evolução e prognóstico. E o papel do enfermeiro nesse momento é de fundamental importância na prevenção e diagnóstico precoce das complicações e na manutenção do conforto do paciente, com observação rigorosa, detalhada e sistematizada do mesmo. A partir deste pressuposto o problema de pesquisa a ser respondido é: em que medida o enfermeiro contribui para a intervenção imediata no tratamento do paciente com diagnostico de patologia cardíaca? Objetiva se no desenvolvimento do trabalho monográfico compreender como o enfermeiro contribui para o tratamento do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca; identificar a produção científica que registram estudos sobre as patologias cardíacas e seu tratamento; apresentar o papel do enfermeiro no tratamento do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca; descrever a intervenção imediata da equipe de enfermagem ao paciente com diagnóstico de patologia cardíaca. A proposta justifica se por entender a importância da inserção do enfermeiro em um ambiente que permite a prática profissional voltada para o ensino e a pesquisa baseados em evidências que fundamentem a assistência, determina que o cuidado sistematizado reduza o impacto negativo dos desfechos das patologias cardíacas mediante suas complicações e que o enfermeiro tem um papel importante na assistência, para isso tem sido discutido políticas e estratégias de saúde em relação as patologias cardíacas, atuando na promoção e recuperação da saúde através de intervenções as quais buscam alcançar os resultados esperados,
  • 11. 11 estabelecendo protocolos que consiste em passos a serem dados para a realização de suas ações sistemáticas na sequência que devem ser executado. O enfermeiro, por meio de seus cuidados, é um profissional essencial na assistência e recuperação da saúde do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca. Os profissionais que prestam atendimento a pacientes com diagnóstico de patologia cardíaca têm a responsabilidade não só de organizar a informação, a educação e o treinamento, como também de capacitar-se para atuar com competência técnica científica, ética e humanística no cuidado e no tratamento das patologias cardíacas. Pacientes e profissionais de saúde principalmente o enfermeiro, devem trabalhar juntos no intuito de reduzir o intervalo entre o início dos sintomas, a tomada de decisão e a iniciativa de procurar socorro. Trata-se de um estudo caracterizado de revisão de literatura de artigos científicos provenientes do Google Acadêmico com recorte temporal dos últimos 10 anos compreendendo de 2006 a 2015. A pesquisa atual, foram encontrados 13.600 artigos sendo aplicado filtragem da língua portuguesa e utilizados 39 artigos que tem como finalidade explicar a proposta a partir de uma referência teórica, deixando o pesquisador apto a procurar todas as fontes de conhecimento para aquele determinando problema. Após a definição do tema foi feita uma busca no Google Acadêmico foram utilizadas as palavras-chave: Patologia Cardíaca, Papel do Enfermeiro, Intervenção. O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações apresentadas na Scientific Electronic Library online – Scielo, nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Revistas Científicas de Enfermagem e Normativas do Cofen. Os critérios de inclusão foram: serem publicados nos últimos dez anos e responderem aos objetivos do estudo, sendo assim as Normativas do Cofen fizeram parte dessa seleção pela relevância da informação mesmo não estando no recorte temporal que compreende entre 2006 a 2015. Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica, por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das ideias por ordem de importância e a sintetização destas que visou à fixação das ideias essenciais para a solução do problema da pesquisa.
  • 12. 12 2. PATOLOGIAS CARDÍACAS E SEU TRATAMENTO As cardiopatias isquêmicas geralmente são desajustes entre a demanda cardíaca e o suprimento vascular de sangue oxigenado, não causa apenas insuficiência de oxigênio, mas também de nutrientes, e altera a remoção de metabólitos sua principal causa é o fluxo coronariano reduzido como a aterosclerose e das cardiopatias isquêmicas a forma aguda são o infarto agudo do miocárdio e angina instável e a forma crônica é a angina estável e também a morte cardíaca súbita que é a morte imprevista dentro de 1 h do início dos sintomas. (ROBBINS; COTRAN, 2006). Segundo Mussi (2006) a cardiopatia isquêmica é um dos principais problemas de saúde pública que se encontra no Brasil, para que haja um tratamento preventivo, as modificações para estilo de vida mais saudável, incluindo dieta e atividade física regular, são estratégias importantes da orientação terapêutica. Fatores que alteram a demanda e a oferta de oxigênio, portanto, são os responsáveis pela evolução do paciente para síndrome coronária aguda e angina crônica estável. O grau de obstrução da artéria responsável pelo episódio agudo, a ocorrência de lesões em outros vasos e o grau de circulação colateral são os determinantes mais importantes da diminuição da oferta; a pressão arterial sistêmica, a frequência cardíaca e a hipertrofia e contratilidade ventricular são as variáveis mais importantes na determinação da demanda de oxigênio (FALK; SHAH; FUSTER, 2007). Apesar da contribuição de todos esses fatores na determinação da isquemia miocárdica, a doença aterosclerótica coronária é o substrato anatômico mais importante na fisiopatogenia da cardiopatia isquêmica. A partir de estudos importantes da literatura sabemos hoje da importância do processo atero trombótico não só no desencadeamento da isquemia aguda como também na progressão da doença aterosclerótica com relação à gravidade da obstrução da luz vascular O processo aterosclerótico é insidioso, iniciando-se na adolescência com as placas gordurosas e progredindo para complicações trombóticas na idade adulta e na população geriátrica (DEWOOD; LEIMGRUBER; SHIELDS, 2006). Na patogenia da doença aterosclerótica, um conjunto de fatores de risco clássicos e emergentes têm sido correlacionados. Contudo, as lipoproteínas, principalmente as lipoproteínas de baixa densidade têm ocupado um papel de destaque na etiologia da doença aterosclerótica, ainda que, muitos indivíduos
  • 13. 13 desenvolvem doença cardiovascular na ausência de anormalidades no perfil das lipoproteínas (BADIMON; FUSTER; CHEREBRO, 2007). A aterosclerose é uma doença multifatorial, lenta e progressiva, resultante de uma série de respostas celulares e moleculares altamente específicas. O acúmulo de lipídeos, células inflamatórias e elementos fibrosos, que se depositam na parede das artérias, são os responsáveis pela formação de placas ou estrias gordurosas, e que geralmente ocasionam a obstrução das mesmas e os principais alvos da doença são a aorta e as artérias coronárias e cerebrais, tendo como principais consequências o infarto do miocárdio, a isquemia cerebral e o aneurisma aórtico (LIBBY, 2006). Existem duas fases interdependentes na evolução da doença aterosclerótica: a fase aterosclerótica, formação anatômica da lesão aterosclerótica sob a influência dos fatores de risco aterogênicos clássicos e que leva décadas para evoluir. A fase trombótica, a formação aguda de trombo sobre a placa aterosclerótica, fenômeno este diretamente ligado aos eventos agudos coronarianos, como infarto do miocárdio, angina instável e morte súbita (BADIMON; FUSTER; CHEREBRO, 2007). Manifestações agudas, como angina instável e o infarto agudo do miocárdio, são geralmente desencadeadas por desestabilização da placa aterosclerótica, com redução significativa e abrupta da luz do vaso devida à formação local do trombo. (CLEMENTE; JECKEL-NETO, 2008). De acordo com Davies (2006) o infarto do miocárdio causada por isquemia prolongada, isquemia essa causada por trombose e/ou vaso espasmo sobre uma placa aterosclerótica que migra do subendocárdico para o subepicárdico na maior parte é causada por rotura súbita e formação de trombo sobre placas vulneráveis, inflamadas, ricas em lipídios e com capa fibrosa delgada, uma menor está associada à erosão da placa aterosclerótica. Um padrão dinâmico de trombose e trombose simultaneamente, associadas a vaso espasmo, o que pode causar obstrução do fluxo intermitente e embolização distal, um dos mecanismos responsáveis pela falência da reperfusão tecidual apesar da obtenção de fluxo na artéria acometida (TOPOL; YADAV, 2006). O miocárdio sofre progressiva agressão representada pelas áreas de isquemia, lesão e necrose sucessivamente. Na primeira, predominam distúrbios eletrolíticos, na segunda, alterações morfológicas reversíveis e na última, danos definitivos correlacionados com a diversidade de apresentações clínicas que variam
  • 14. 14 da angina instável e infarto, por isso, é necessário o rápido diagnóstico, a desobstrução imediata da coronária, a manutenção do fluxo, a profilaxia da embolização distal e a reversão de suas complicações potencialmente fatais as arritmias, a falência cardíaca e os distúrbios mecânicos. (BRAUNWALD; ZIPES; LIBBY, 2006). O quadro clínico da cardiopatia isquêmica depende de qual síndrome clínica o paciente esteja apresentando. Entretanto, a dor anginosa caracteriza-se por sensação de aperto, compressão, constrição, estrangulamento ou queimação espalhada na região precordial (retroesternal), e não em um ponto localizado do precórdio; habitualmente o paciente relata a sensação com a mão espalmada nessa região. A sensação de dor muitas vezes não é relatada. É importante ressaltar que se o paciente já é comprovadamente portador de doença coronária, ele já conhece as características da dor isquêmica e isso ajuda no diagnóstico final de isquemia miocárdica (DAVIES; THOMAS, 2008). Na angina crônica, caracteristicamente, o paciente apresenta desconforto precordial aos esforços, com duração de alguns minutos, melhorando com repouso ou com nitrato sublingual; entretanto, no Infarto Agudo do Miocárdio e na angina instável a dor precordial é desencadeada em repouso com duração mais prolongada no primeiro (acima de 30 min) e menos duradoura no segundo (até 15 min). Dor precordial com duração de segundos ou que se apresenta constante, o dia inteiro ou semanas, não é de etiologia isquêmica. A intensidade da dor é outro fator que se deve levar em consideração, já que ela não está relacionada especificamente com a gravidade do quadro, mas com a percepção individual do paciente (PRYOR; HARREL; LEE, 2009). A considerar segundo Wenger (2008) sobre a eficácia e segurança da reabilitação cardíaca com os pacientes com diagnostico de patologia cardíaca passando a ter um sentido mais amplo, podendo ser entendida como um processo que inclui a promoção da saúde, a prevenção da doença e o seu tratamento. De acordo com Moraes, Nóbrega e Castro (2006) a reabilitação cardíaca é definida como o conjunto de atividades necessárias para assegurar, da melhor maneira possível, as condições físicas, mentais e sociais do doente cardíaco, possibilitando o seu retorno à comunidade e proporcionando uma vida ativa e produtiva da melhor maneira possível.
  • 15. 15 Atualmente, e segundo a Organização Mundial da Saúde, a reabilitação cardíaca é um processo contínuo de desenvolvimento e manutenção do conjunto de mecanismos necessários para assegurar ao indivíduo as melhores condições físicas, mentais e sociais de modo a possibilitar a manutenção e/ou retorno das suas atividades socioprofissionais e familiares pelos seus próprios meios (BETHELL; LEWIN; DALAL, 2009). A terapêutica de portadores de cardiopatia isquêmica vem sofrendo modificações nos últimos anos, havendo significativos avanços clínicos, percutâneos e cirúrgicos, a revascularização do miocárdio é uma das opções no tratamento desses indivíduos, tendo como objetivo o aumento da sobrevida, o alívio da dor anginosa, a proteção do miocárdio isquêmico, a melhora da função ventricular, a prevenção de novo infarto agudo do miocárdio e a recuperação física, psíquica e social do paciente, melhorando sua qualidade de vida (CARVALHO; MATSUCA; SCHNEIDER, 2006). De acordo com Davies (2006) muitos pesquisadores têm verificado o aumento na idade de candidatos à cirurgia cardíaca, a presença de maior número de mulheres e indicação de cirurgia frente a manifestações clínicas de angina menos grave. Somando-se a isso, encontra-se uma maior incidência de infarto agudo do miocárdio recente, mais disfunção ventricular esquerda, aumento do número de reoperações, taxas mais altas de candidatos à cirurgia com doenças arteriais e com maior número de fatores condicionantes, tais como hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, arritmias e insuficiência cardíaca. Além desses fatores, a idade, o sexo feminino, presença de comorbidades como doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência renal e doença vascular periférica constituem condições especiais para a indicação cirúrgica, o perfil do paciente com cardiopatia isquêmica tem se modificado ao longo dos anos, uma vez que os pacientes apresentam-se com mais fatores de risco cardiovasculares associados, tornando-os mais graves para enfrentarem os procedimentos terapêuticos, assim como suscetíveis às complicações. Dentre as complicações pós- operatórias estão o infarto agudo do miocárdio, a síndrome do baixo débito, arritmias, disfunções pulmonares, insuficiência renal, acidentes vasculares cerebrais e infecções (CARVALHO; MATSUCA; SCHNEIDER, 2006).
  • 16. 16 3. PAPEL DO ENFERMEIRO NO TRATAMENTO DO PACIENTE CARDIOPATA De acordo com Ceia (2009) uma patologia cardíaca pode evoluir ao longo de anos de forma progressiva, silenciosa e assintomática. A sua primeira manifestação pode ser a morte súbita ou a incapacidade grave resultante de uma Parada Cardíaca, revelando-se demasiado tarde para realizar uma intervenção. Esta evolução trágica da doença é também cada vez mais precoce relativamente à idade. Segundo Brandão (2006) todo enfermeiro tem um papel importante na assistência atuando na promoção e recuperação da saúde através de intervenções as quais objetiva alcançar os resultados esperados, estabelecendo protocolos que consiste em passos a serem dados para a realização de suas ações sistemáticas na sequência que devem ser executado e o enfermeiro, por meio de seus cuidados, é um profissional essencial na assistência e recuperação da saúde dos pacientes com diagnostico de patologia cardíaca principalmente as cardiopatias cardíacas. O enfermeiro em sua prática profissional é responsável pelo atendimento integral ao cliente. Neste sentido, é necessário que esteja capacitado para interpretar sinais clínicos e métodos de diagnóstico precoce das patologias cardíacas. Para isso, é essencial que tenha conhecimento sobre os diversos fatores que podem acometer quem possui uma cardiopatia cardíaca, a fim de estabelecer a melhor conduta e assistência ao paciente portador desses distúrbios ou com maior risco, o qual necessita, na maioria das vezes, de um atendimento diferenciado e qualificado. (LEMOS; TOMAZ; BORGES, 2010). Conforme Mussi (2006) o papel do enfermeiro fundamenta-se na prevenção, promoção, manutenção e restauração da saúde do paciente. Além disso, pode-se perceber que essa assistência no processo de tratamento é uma meta da enfermagem ocupando uma posição estratégica, sendo de vital importância na percepção do contexto geral da assistência ao paciente, pois através de um olhar holístico, ele é capaz de prestar uma assistência de melhor qualidade para o paciente. De acordo com Pesaro (2006) o enfermeiro, para realizar sua prática profissional, prestando assistência de enfermagem ao paciente cardiopata, necessita ter conhecimento científico e domínio dos procedimentos, a fim de desempenhar suas atividades de forma ordenada e sistematizada, essencialmente para avaliar o estado de saúde do cliente e suas complicações.
  • 17. 17 Segundo Stipp (2012) na assistência de enfermagem, ao utilizarmos os modelos assistenciais, em especial o modelo de gerência do processo saúde doença, deve-se considerar o uso das mais diversas tecnologias e o ambiente em que o paciente se encontra, é uma contínua busca de novas estratégias de encarar o adoecimento, de promover o bem-estar e a qualidade da saúde. Nesse contexto, a completa avaliação de enfermagem, baseada na identificação dos sinais e sintomas do período pré-operatório e na história de saúde pregressa, pode sinalizar o comportamento pós-operatório dos pacientes submetidos à Revascularização do Miocárdio. A partir desse conhecimento, a formulação dos diagnósticos de enfermagem e do planejamento individualizado dos cuidados, guia o enfermeiro no desenvolvimento do raciocínio clínico para prever e prover os cuidados necessários a cada situação (CARVALHO; MATSUDA; SCHENEIDER, 2006). Quando da hospitalização dos pacientes cardiopatas, cria-se uma carga emocional muito intensa, e estes necessitam de várias informações desde o conhecimento de sua doença, de seus direitos e deveres na instituição, bem como os de cidadão. Assim sendo, faz-se necessário que o enfermeiro pense na necessidade de muitas vezes modificar suas ações de cuidar diárias, pois o modelo biomédico restringe-se a tratar o paciente em suas manifestações agudas da doença não resolutiva a equipe de enfermagem e os próprios familiares, de um modo mecânico, passam, muitas vezes, a realizar e assumir as decisões e as ações que o paciente poderia efetuar (COSTA; ALVES; LUNARDI, 2006). Para Waldow (2006) o enfermeiro deve permitir ao paciente crônico cardíaco hospitalizado expressar as apreensões e o medo e criar, desse modo, uma oportunidade benéfica para ele e sua família, que poderá compreendê-lo melhor quanto aos seus sentimentos. Os pacientes cardiopatas geralmente apresentam uma associação muito difícil entre o seu estado emocional e a capacidade de externar tais emoções. Nesses casos, a demonstração de interesse e consideração do enfermeiro pode ser favorável e promover alívio de ansiedade com o esclarecimento de dúvidas e a desmistificação de fantasias e medos. O enfermeiro ao fazer uso do método científico em enfermagem fortalece a profissão como ciência. É da competência desse profissional desenvolver raciocínios, conceitos e julgamentos para que seja capaz de articular argumentos e
  • 18. 18 demonstrar soluções para a construção de conhecimentos de enfermagem (SAMPAIO; PELLIZZETTI, 2006). Conforme Waldow (2006) o profissional, ao personalizar o atendimento ao paciente, proporciona um cuidado de forma individual, que é embasado em conhecimento, a fim de que possa intervir a qualquer momento. Para que o processo de cuidar ocorra há um desenvolvimento de ações, atitudes e comportamentos com base em conhecimento científico, experiência, intuição e pensamento crítico realizado em prol do paciente, no sentido de promover, manter e recuperar a dignidade humana. Além, de possuir esses atributos, o enfermeiro deve perceber a situação e o paciente com um todo. Quando isso acontece, o pensamento crítico, por meio da reflexão, inicia o processo, estabelecendo-se o começo da ação do enfermeiro cuidador. Uma atividade que é exclusiva do enfermeiro é a consulta de enfermagem é cujo objetivo propicia condições para melhoria da qualidade de vida por meio de uma abordagem contextualizada e participativa, além da competência técnica, o profissional enfermeiro deve demonstrar interesse pelo ser humano e pelo seu modo de vida, a partir da consciência reflexiva de suas relações com o indivíduo, à família e a comunidade (MACHADO; LEITÃO; HOLANDA, 2006). De acordo com a resolução do Conselho Federal de Enfermagem 159/1993 a Consulta de Enfermagem utiliza componentes do método científico para identificar situações de saúde/doença, prescrever e implementar medidas de enfermagem que contribuam para a promoção, prevenção, proteção da saúde, recuperação e reabilitação do indivíduo, família e comunidade e tem como fundamento os princípios de universalidade, equidade, resolutividade e integralidade das ações de saúde, compõe-se de histórico de enfermagem (a entrevista), exame físico, diagnóstico de enfermagem, prescrição e implementação da assistência e evolução de enfermagem. Segundo a Lei do Exercício Profissional da Enfermagem (Lei Nº 7498/86), a consulta de enfermagem deve ser realizada com o intuito de atingir a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde onde o enfermeiro incorpora competência profissional, alcançada através dos padrões intelectuais e éticos, associados às atitudes pessoais e experiência profissional. Está regulamentado pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) através da Resolução Nº 358/2009 a utilização da Sistematização da Assistência de
  • 19. 19 Enfermagem em instituições de saúde, e para que seja implementado é necessário a utilização das seguintes fases: histórico de enfermagem, exame físico, diagnóstico de enfermagem, prescrição de enfermagem, evolução de enfermagem, sua execução no contexto da prática da enfermagem provêm de um guia para o desenvolvimento de pensamentos que direcionam os julgamentos clínicos necessários e por meio da utilização dos diagnósticos de enfermagem, é possível identificar de forma prática e eficaz, quais são as situações de saúde que as ações da enfermagem podem promover modificações. Segundo Cavalcanti e Coelho (2007) o envolvimento dos profissionais da enfermagem com os pacientes com diagnostico de patologia cardíaca reforça a ideia de que a educação em saúde é um processo contínuo, que é parte inerente ao exercício profissional, além disso, entendemos que por ser o enfermeiro o profissional responsável pelo gerenciamento do cuidado, permanecendo ininterruptamente no ambiente de cuidado, é um dos profissionais mais indicados para abordar aspectos relacionados ao processo saúde doença; orientar sobre os procedimentos diversos; promover o acolhimento dos pacientes, além de estabelecer vínculos com os familiares e atuar como educador em saúde, buscando a conscientização dos indivíduos sobre a necessidade de reorientar hábitos de vida.
  • 20. 20 4. INTERVENÇÃO IMEDIATA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CARDÍACO Para Cintra (2008) toda intervenção imediata acontece com o olhar clínico que o enfermeiro capacitado deve desenvolver ao longo de sua trajetória exercendo nos atendimentos de emergências que é dada situação que assume quando um conjunto de circunstâncias a modifica que se caracteriza pela necessidade de um paciente ser atendido em um curtíssimo espaço de tempo onde não pode haver uma protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato. O enfermeiro em atuação nas emergências cardiológicas principalmente nas duas primeiras horas são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas. A admissão dos pacientes com patologia cardíaca em unidades de emergência exige, por parte da equipe, uma avaliação rápida e eficiente visando condutas baseadas nas melhores evidências disponíveis. Nessa perspectiva, o exame clínico constitui uma ferramenta clássica para o diagnóstico e o manejo do paciente, pois a anamnese e o exame físico, combinando baixo custo e factibilidade são componentes capazes de individualizar as intervenções mais adequadas (NOHRIA; TSANG; LEWIS, 2006). De acordo com Scanavacca (2012) a interpretação das cardiopatias cardíacas, pelos enfermeiros, é de fundamental importância para conduzir a equipe de enfermagem nas intervenções, permitindo uma aplicação de metodologias de assistência visando a prevenção destas doenças de modo a favorecer a administração do cuidado de enfermagem. Sendo assim, o eletrocardiograma ou o monitoramento cardíaco é uma das ferramentas importantes para uma assistência adequada ao paciente, fazendo-se necessário que o enfermeiro saiba interpretar o seu traçado, e desta forma qualificando a assistência ao paciente. Uma das funções do enfermeiro na abordagem do paciente, com sofrimento cardíaco é a avaliação imediata da história clínica do exame físico. A etapa seguinte é a realização do Eletrocardiograma, com o conhecimento de alguns elementos revelados pelo traçado podem ser fundamentais para as próximas condutas o enfermeiro não é um simples executor de tarefas ou de normas ditadas por outros profissionais, ele deve ser um profissional que possui responsabilidades específicas inclusive sabendo distinguir as diversas alterações que o Eletrocardiograma evidencia e assim direcionar os cuidados ao paciente que a ele competem. São alguns desses elementos: a idade do paciente, dados clínicos, identificação das
  • 21. 21 derivações, observação da qualidade do traçado, identificação do ritmo cardíaco, que fazem a diferença no atendimento inicial do paciente (SCANAVACCA, 2013). Segundo Bezerra (2011) o enfermeiro tem papel importante na conduta adequada frente a sintomatologia do paciente, sendo um profissional essencial na condução do atendimento adequado, atuando no esclarecimento de dúvidas, avaliando suas necessidades, atendendo expectativas, além de manter participação ativa nos procedimentos, proporcionando contribuição imediata aos pacientes cardiopatas. A capacitação profissional, a dedicação e o conhecimento teórico e prático, fazem a diferença no momento do atendimento ao paciente. Quando a equipe é treinada e capacitada, o atendimento é realizado com mais rapidez e agilidade, o que consequentemente gera uma assistência adequada e com qualidade ao paciente. O Enfermeiro tem como competência do seu próprio exercício profissional e como sua missão oferecer ao paciente uma assistência de qualidade, evitando sofrimento, erros e até mesmo a morte, é necessário manter-se em constante atualização, cabendo a si o comprometimento em participar dos treinamentos, assim como planejá-los (SILVA; SEIFFERT, 2009). A equipe de enfermagem é responsável pela assistência e cuidados, portanto estabelece contato direto com o paciente, dessa forma torna-se necessário, que seja realizada a supervisão de forma eficaz, clara e objetiva, onde todos possam ser avaliados, e a partir dela sejam implementadas ações, que visem a redução de erros e a melhoria da qualidade da assistência prestada (BEGAT; SEVERINSSON, 2006). Um dos profissionais que compõem a equipe em sua grande maioria são os técnicos de enfermagem. Os técnicos de enfermagem, apresentam segundo a legislação, formação mínima de ensino médio. Independentes da execução de seu tipo específico de serviço dentro do âmbito hospitalar, as habilidades adquiridas em sala de aula em estágios são as mesmas (FURUKAWA; CUNHA, 2011). Nesse contexto, a supervisão em enfermagem torna-se uma ferramenta indispensável para adequação da mão de obra em cada tipo específico de execução do serviço exercício pelos técnicos de enfermagem, influenciando diretamente na qualidade da assistência. É por meio dela que são feitos os ajustes necessários no serviço, de modo que a segurança do paciente seja mantida de acordo com as normas e diretrizes de saúde (CRUZ; ALMEIDA, 2010).
  • 22. 22 Ainda não há um conceito único para o termo supervisão em enfermagem. Os autores Carvalho e Chaves (2011) definem supervisão de acordo com o tipo de serviço a ser supervisionado. Mas a um certo consenso na literatura para a supervisão de modo geral. Assim, a supervisão em enfermagem pode ser entendida como um instrumento gerencial usado pela enfermagem, com intuito de avaliar o desempenho das atividades realizadas, a qualidade dos serviços a serem ofertados e a avaliação do desempenho, e a dinâmica organizacional. Portanto, a supervisão emerge de dentro das funções dos enfermeiros, como uma ferramenta capaz de detectar precocemente problemas de variados tipos e gravidades, bem como também direcionar para a resolução destes. Ainda, a supervisão é capaz de criar um ambiente organizacional que favoreça os recursos humanos e materiais, de modo a otimizar o desempenho do serviço tornando a assistência eficaz e com grande qualidade (KRISTOFFERZON; MARTENSSON; LOFMARK A, 2013). Para Araújo (2008) é de primordial importância que a equipe de enfermagem, em especial os enfermeiros, como líderes e orientadores da equipe de enfermagem, estejam atualizados, para que a assistência prestada seja a melhor possível. Para que a equipe tenha motivação, julga-se que seria extremamente importante um treinamento teórico e prático aos enfermeiros com atualizações sobre o assunto, para que estes pudessem ser multiplicadores destas informações junto à equipe, os enfermeiros devem estar preparados tecnicamente para enfrentar o desafio do evento súbito e grave, com a consciência da necessidade de diagnóstico precoce e intervenção efetiva, considerando que o prognóstico do paciente está diretamente ligado à rapidez e eficácia das ações. Cabe ao enfermeiro prestar cuidados diretos aos pacientes graves e em risco de vida, que exijam conhecimentos com base científica e capacidade de tomar decisões imediatas, atuando na recuperação e reabilitação da saúde. Nesse sentido, salienta-se a necessidade de treinamentos sobre o tema, visto que os profissionais envolvidos encontram dificuldades frente a essa emergência, cabendo ao enfermeiro atualizar-se e estar preparado para capacitar os profissionais das equipes, pois o sucesso está diretamente ligado à atuação imediata e eficaz (MIYADAHIRA; QUILICI; MARTINS, 2008). O processo de trabalho na enfermagem é pautado prioritariamente pela assistência/cuidar e gerência/administrar do cuidado. Na primeira, voltada para as
  • 23. 23 intervenções às necessidades do cuidado de enfermagem, buscando um cuidado integral. Na segunda, vincula as atividades de organização do trabalho e dos recursos humanos em enfermagem, com o intuito de criar e efetivar condições favoráveis para o cuidado ao cliente e melhor desempenho aos trabalhadores (ALMEIDA; SEGUI; MAFTUM, 2011). O enfermeiro desempenha funções administrativas e assistenciais com o objetivo de alcançar os resultados esperados através do planejamento do cuidado a ser prestado. Para avaliação do seu trabalho deverá utilizar ferramentas para revisão dos cuidados de enfermagem, a fim de adaptar o seu processo de trabalho ao cliente assistido, tomando como base deste processo a tomada de decisão (SANTOS; LIMA, 2011).
  • 24. 24 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Considera-se o papel do enfermeiro de grande relevância uma vez que estes pacientes necessitam de cuidados essenciais para uma boa evolução e prognóstico com observação rigorosa, detalhada e sistematizada por isso a questão que norteou o estudo foi em que medida o enfermeiro contribui para a intervenção imediata no tratamento do paciente com diagnostico de patologia cardíaca, pode ser respondida ao compreender como o enfermeiro contribui para o tratamento do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca nos capítulos que compõem o estudo. Foram identificados estudos teóricos que fundamentam os capítulos sobre as patologias cardíacas e seu tratamento além de apresentar o papel do enfermeiro no tratamento do paciente com diagnóstico de patologia cardíaca e também descrever a intervenção imediata da equipe de enfermagem ao paciente com diagnóstico de patologia cardíaca. Sobre as patologias cardíacas têm se observado um aumento significativo na incidência de indivíduos acometidos resultando em índices alarmantes de mortalidade foram encontrados nos registros científicos consideráveis patologias cardíacas e métodos de tratamentos bem claros para uma melhor qualidade de vida. Foi apresentado que o enfermeiro tem um papel fundamental neste tratamento influenciando as atitudes dos pacientes com diagnostico de patologia cardíaca em sua melhor adesão através da educação em saúde reduzindo as internações além de contribuir para a sua melhora. A saber da importância da equipe de enfermagem estarem aptas em conhecimento teórico e prático para intervir imediatamente com segurança e destreza os pacientes com patologias cardíacas que necessitam de uma intervenção imediata e forma que não haja erros levando a óbito o paciente.
  • 25. 25 REFERÊNCIAS ALMEIDA ML, SEGUI MLH, MAFTUM MA, PERES AM. Instrumentos gerenciais utilizados na tomada de decisão do enfermeiro no contexto hospitalar, 20:131- 7, 2011. ARAÚJO K. A. Reconhecimento da parada cardiorrespiratória em adultos: nível de conhecimento dos enfermeiros de um pronto-socorro municipal na cidade de São Paulo. Revista do Instituto de Ciências da Saúde. São Paulo, v. 26, n. 2, p. 183- 190, jan. 2008. BADIMON JJ, FUSTER V, CHEREBRO JH, et al. Coronary atherosclerosis: a multifactorial disease. Circulation. 2007; 87 suppl II: II3-16. BEGAT I, SEVERINSSON E. Reflection on how clinical nursing supervision enhances nurses' experiences of well-being related to their psychosocial work environment. Journal of nursing management. Nov 2006;14(8):610-616. BETHELL H, LEWIN R, DALALl H. Cardiac rehabilitation in the United Kingdom. Heart. 2009;95(4):271-5. BEZERRA, A. A. A conduta de enfermagem frente ao paciente infartado. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição. 2011 jan-jul 1(1) 1-10. BRAUNWALD E, ZIPES D, LIBBY P. Heart disease: a textbook of cardiovascular medicine. 6Thed. Philadelphia: W B Saunders; 2006. CARVALHO JFdS, CHAVES LDP. Supervisão de enfermagem no contexto hospitalar: uma revisão integrativa. Rev. Eletr. Enf. 2011;13(3):7. CARVALHO MSS, MATSUDA LM, SCHNEIDER DSLG. Pós-operatório de revascularização miocárdica: tipos de complicações. Ciênc. Cuid. Saúde.2006;5(1):50-9. CAVALCANTI ACD, COELHO MJ. A linguagem como ferramenta do cuidado do enfermeiro em cirurgia cardíaca. Esc. Anna Nery Rev. Enferm. 2007;11(2):220-6. CEIA, F. O desafio da prevenção cardiovascular, parte II. Revista Fatores de Risco, 2009;14(7-9), 28-32. CLEMENTE E, JECKEL-NETO EA. Aspectos Biológicos e Geriátricos do Envelhecimento. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2008. p.135-47. COFEN. Conselho Federal de enfermagem. Lei do exercício profissional 159/1993. [Acesso em 23 Mar 2018]. Disponível em: http://site.portalcofen.gov.br/node/4241. COFEN. Conselho Federal de enfermagem. Lei nº 7.498/1986. 25/06/1986 [Acesso em 14 Mar 2018]. Disponível em: http://site.portalcofen.gov.br/node/4161. COFEN. Conselho Federal de enfermagem. Resolução Cofen-358/2009. [Acesso em 27 Mar 2018]. Disponível em: http://site.portalcofen.gov.br/node/4384.
  • 26. 26 COSTA, V. T.; ALVES, P. C.; LUNARDI, V. L. Vivendo uma doença crônica e falando sobre ser cuidado. Revista de Enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, v.14, n.1, p.2731, jan. / mar. 2006. CRUZ ADE M DA, ALMEIDA MDE A. [Competencies in the education of nursing technicians to implement the nursing care systematization]. Revista da Escola de Enfermagem da U S P. Dec 2010;44(4):921-927. DAVIES MJ. The pathophysiology of acute coronary syndromes. Heart 2006; 83:361.6. DAVIES MJ, THOMAS AC. Plaque fissuring: the cause of acute myocardialinfarction, sudden ischaemic death, and crescendo angina. Br Heart J 53: 363-73, 2008. DEWOOD MA, LEIMGRUBER PP, SHIELDS JP et al. Trhombosis in acute myocardial infarction and sudden death: angiographic aspects. Cardiovasc Clin 18: 195-211, 2006. FALK E, SHAH P, FUSTER V. Coronary plaque disruption. Circulation 92: 657- 71, 2007. FURUKAWA PDO, CUNHA ICKO. Perfil e competências de gerentes de enfermagem de hospitais acreditados. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2011;19(1):9. FUSTER V. Mechanisms leading to myocardial infartion: insights from studies of vascular biology. Circulation. 2006;90:2126-46. KRISTOFFERZON ML, MARTENSSON G, LOFMARK A. Nursing students' perceptions of clinical supervision: the contributions of preceptors, head preceptors and clinical lecturers. Nurse education today. Oct 2013;33(10):1252- 1257. LIBBY P. Inflammation in atherosclerosis. Nature. 2006;420:868-74. MACHADO MMT, LEITÃO GCM, HOLANDA FUX. O conceito de ação comunicativa: uma contribuição para a consulta de enfermagem. Rev Latino-Am Enfermagem 2006 Out; 13(5):723-8. MIYADAHIRA AMK, QUILICI AP, MARTINS CC, Ressuscitação cardiopulmonar com a utilização do desfibrilador externo semi-automático: avaliação do processo ensino – aprendizagem. Rev Esc Enferm USP. 2008; 42(3):532-8. MORAES RS, NÓBREGA ACL, CASTRO RRT; Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretriz de reabilitação cardíaca. Arq. Bras. Cardiol. 2006;84(5):431- 40. MUSSI, F. C. O infarto e a ruptura com o cotidiano: possível atuação da enfermagem na prevenção. Rev. Latino-Am. Enfermagem. São Paulo, v. 12, n. 5, p. 751-759, out 2006.
  • 27. 27 NOHRIA A, TSANG SW, LEWIS EF, Clinical assessment identifies hemodynamic profiles that predict outcomes in patients admitted with heart failure. JACC Cardiovasc Imaging. 2006;41(10):1797-804. PESARO, A.E.P. Acute myocardial infarction: acute coronary syndrome with St segment elevation. Rev Assoc Med. Bras São Paulo, v. 50, n. 2, 2006. PRYOR DB, HARREL FE, LEE KL. Estimating the likelihood of significant coronary artery disease. Am J Med 75: 771-80, 2009. ROBINS; COTRAN .Pathologic basis of disease. Seventh Edition (2006). SAMPAIO, L. A. B. N.; PELLIZZETTI, N. Método científico–instrumento básico da enfermeira. In: CIANCIARULLO, T. I. (Org.). Um Desafio para a qualidade de assistência. São Paulo: Atheneu, 2006. p.25-38. SANTOS JLG, LIMA MADS. Gerenciamento do cuidado: ações dos enfermeiros em um serviço hospitalar de emergência. Revista Gaúcha Enfermagem. Porto Alegre 32(4): 695-702, 2011. SILVA GMDA, SEIFFERT OMLB. Educação continuada em enfermagem: uma proposta metodológica. Rev. Bras. Enferm 2009;62(3):362-66. TOPOL EJ, YADAV JS. Recognition of the importance of embolization in atherosclerotic vascular disease. Circulation 2006; 101:570.80. WALDOW, V. R. Definições de cuidar e assistir: uma mera questão de semântica? Rev. Gaúcha Enferm. Porto Alegre. v.19, n. 1, p. 20-32, 2006. WENGER NK. Current status of cardiac rehabilitation. J Am Coll Cardiol. 2008;51(17):1619-31.