SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
Nerize Portela Madureira Leôncio1
O ESTUDO DAARTE E SUAS DIFERENTES VISÕES
Num primeiro momento, convém destacar o que, para Xavier Parral em História
da Arte (1994), significou o estudo da arte, de acordo com os vários tipos de orientações
e concepções de diferentes autores, dado sua época e influências. Feito isso,
prosseguiremos comparando três destes autores: Heinrich Wolfflin em Conceitos
Fundamentais de Historia da Arte (1915); Erwin Panofsky em Significado nas Artes
Visuais (2002) e Arnold Hauser em Historia Social da Arte e da Literatura (2000).
A partir do humanismo da Renascença e da inauguração por Giorgio Vasari
(1511-1574) da descrição histórica da arte - a partir da biografia dos artistas
antecessores até os contemporâneos de sua época - nota-se uma crescente preocupação
dos estudiosos que se seguiram, em definí-la através de diferentes pontos de vista.
Alguns autores traduziram a arte de forma descritiva: biográfica e evolutiva, como
Vasari; caracterização dos estilos com G. Bellori (1672); observação atenta das obras,
permitindo sua classificação por catálogos em Winckelman (1717-1768). Houve,
também, as correntes filosóficas: Em Hegel :“O espírito de cada época reflete-se no
estilo, enquanto a arte é uma das componentes do desenvolvimento do espírito.”
(PARRAL, pg. 16); o posicionamento contrário, o positivismo de Taine (1865), segundo
o qual a obra está ligada ao seu meio.
Estes exemplos ilustram a eterna busca pela transformação da história da arte em
verdadeira ciência, através da qual, seria possível definir e conceituar a arte em si e sua
heterogeneidade, complexidade e diversidade. De acordo com o contexto histórico e
social, pontuaremos a necessidade de explicá-la de formas distintas, pelos autores
Wolfflin, Panofsky e A. Hauser, destacando as principais características de suas teorias.
A transição do séc. XIX para o séc. XX foi um período revestido de discussões
acerca da arte - empreendidas principalmente por Jacob Buckhardt – que contrariava as
correntes filosóficas anteriores, pois defendia a unidade da civilização, tendo a arte
1 Graduanda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
como um de seus componentes. Então surge Wolfflin, que, tendo se formado neste
círculo de influência, rompe com Buckhardt. Ao dar importância à arte em sua forma -
ao formalismo da obra – ele o faz, não apenas, como objeto de análise desta, mas, para
empreender numa verdadeira contraposição do Barroco frente ao Renascimento. Isto se
codifica em sua obra Princípios fundamentais de historia da arte, onde ele enuncia suas
proposições acerca dos elementos que compõem as obras de arte. Primeiramente, numa
observação do caráter individual, segundo o qual, cada artista tem sua maneira de
retratar determinados aspectos. Depois, correlacionando estes aspectos, organizando-os
em grupos maiores segundo sua escola ou pais. Mas, é no estilo de uma época, que
Wolfflin se atém, através de minuciosa observação, ele elabora os conceitos que
caracterizam a passagem Renascimento/Barroco: da linha à pintura (do linear ao
pictórico); do plano a profundidade; da unidade a pluralidade; da forma fechada à forma
aberta; da claridade absoluta à claridade relativa. É desta forma, que ele consegue
diferenciar e principalmente identificar características comuns à uma época.
Concomitantemente, devido à repercussão de sua obra, surgem escolas Formalistas,
introduzindo novos conceitos: o estudo formal dos motivos do artista, com A. Riegl; e
Henri Focillon, que defende a independência da arte, e suas transformações (forma e
plástica), em relação às mudanças sociais ou políticas.
As tendências de reprodução de catálogos, e proliferação de experts na Europa
(herança de Winckelman), trazendo a reunião de obras, comparações e atribuições,
enfim, diversos parâmetros de estudo, passam a ser substituídas pelo interesse na
contextualização cultural das mesmas. Este panorama se inicia com Êmile Male, a partir
da pesquisa iconográfica, mas é Erwin Panofsky que consolida, em 1940, estas
abordagens através de sua obra A historia da Arte como disciplina Humana. Ele
contribui de forma incisiva, ao investigar intelectualmente a partir do universo histórico
e social, a arte e sua significação e simbologia.
Vimos que, Wolfflin, analisava as obras do ponto de vista puramente formal:
questões de traçado, linha, luz, planificação, para então, definir os estilos de época.
Panofsky valia-se da iconografia e iconologia, para entender o significado intrínseco da
obra em contraposição á sua forma, e indo mais adiante, traduzia-a de acordo como o
contexto social, cultural, histórico. A despeito desta disparidade, nota-se que, ambos
utilizavam abordagens formais e análise dos motivos artísticos, em suas caracterizações,
porém, em medidas diferentes. O primeiro, apesar de ater-se o caráter formalista da
obra, também analisava questões de personalidade e contexto cultural. Enquanto o
segundo utilizava a forma, apenas como uma etapa da análise, pressupondo uma
pesquisa mais profunda da arte em suas origens. Em Panofsky havia, ainda, a
preocupação com a elaboração de conceitos mais gerais, visto que são aplicáveis a
qualquer obra, conquanto se pretenda avaliá-las. Wofflin direcionava seus estudos,
principalmente, buscando diferenciar dois períodos.
A partir do séc. XX, Arnold Hauser, orientado para a função social das artes, a
partir de correntes filosóficas herdadas do pensamento marxista, publica Historia Social
da Arte e da Literatura. Nesta obra, o autor analisa a arte desde seus primórdios, até a
contemporaneidade, sob o ponto de vista social e econômico. Exemplo disso é quando
ele relaciona os modos de vida dos primeiros artistas paleolíticos e neolíticos, com o
significado das pinturas rupestres, por eles produzida. É justamente neste quesito, que
ele encontra seu argumento chave:
“Quanto mais desenvolvido é o nível de cultura cuja arte estamos
examinando, mais complexa é a rede de relações e mais obscuro é
o background social em que elas se inserem. (....) Quando, porém,
como nos tempos pré-históricos tudo se encontra ainda vinculado
diretamente à vida corrente, quando ainda não existem formas
autônomas nem diferenças, em principio, entre o velho e o novo,
entre a tradição e a modernidade , nesse caso a explicação
sociológica dos fenômenos culturais ainda é comparativamente
simples e francamente exeqüível.” (HAUSER, 2000, pg. 23)
O que significa que, para Hauser, sua teoria social da arte se justifica, a partir do
momento no qual, se consegue estabelecer um paralelo, entre o contexto simplificado da
vida dos homens paleolíticos com suas representações de caráter naturalista, e suas
formas de caça, coleta e permanência na terra, a priori. E em seguida, relacionar a
fixação na terra e seu cultivo, e a vida mais socializada do homem neolítico, às
características não-naturalistas, geométrica, expressional, manifestações de um ideal,
nas pinturas. Apesar de sua obra ter tido ótima aceitação, ele não estabelece nem
prioriza o devido lugar do artista e seu trabalho, contrariando seu antecessor B. Croce,
que empreendeu numa pesquisa das personalidades e monografias de artistas.
Em ultima análise, Hauser diferencia-se dos autores anteriormente explanados,
basicamente, pela primazia em explicar a arte, através do seu contexto social e
produtivo. Porém há uma semelhança, em relação à Wolfflin, quanto a analisar a
formalidade (naturalismo, geometrismo) das pinturas. Assim como acaba utilizando um
dos conceitos de Panofsky, ao buscar o significado intrínseco das artes, remontando
certo estado social dos homens. Mas, ao deixar de lado outros conceitos igualmente
interessantes, devido sua orientação marxista, acaba não estabelecendo uma pesquisa
completa da história das artes.
Conclui-se a partir das considerações feitas, que, dos três autores que se
seguiram, o que empreendeu em uma jornada mais completa do estudo das obras de arte
como um todo, foi Panofsky, por utilizar diversos parâmetros: formais, simbológicos,
sociais e históricos, não apenas para análise das obras de arte, mas também, para uma
síntese interpretativa das mesmas.
ETAPAS DE ANÁLISE DE UMA OBRA PARA PANOFSKY:
Para a análise do significado de uma obra de arte, são necessárias três etapas de
desenvolvimento, segundo Panofksy. Na primeira etapa: identifica-se o tema primário
ou natural, as formas puras, ou seja, características de traçado, cor, objetos, seres
humanos, plantas, animais, sua interação e o ambiente em que estão inseridos. Esta
primeira constatação é chamada fatual, pois apreende os acontecimentos. Em seguida,
passa-se a uma análise expressional dos objetos, como suas atitudes e trejeitos, as
características da atmosfera em que a cena de desenrola, ou seja, todo um apanhado de
informações que consistem nos motivos artísticos, esta seria a primeira etapa também
chamada de análise pré-iconográfica. Na segunda etapa, passa-se ao tema secundário
ou convencional, que é a ligação feita entre os motivos artísticos com conceitos e idéias
gerais, exemplo: percepção de que um homem crucificado é a representação de Jesus
Cristo, ou seja, apreensão do significado de uma figura, de acordo com informações
previamente, estabelecidas. Esta constatação pressupõe certos conhecimentos
adquiridos em nossa vivência, de acordo com nossa cultura, crença e sociedade. Seria o
domínio da iconografia (apreensão da estória ou alegoria). A terceira etapa consiste no
significado intrínseco ou conteúdo da obra de arte, que requer uma identificação dos
motivos mais profundos, quando da sua realização, como atitude social, crença, religião,
filosofia. Estas características emocionais, de personalidade, ou de uma nação, são
traduzidas numa obra através de seu conteúdo e simbologia, e são interpretadas a partir
dos subsídios da analise iconográfica. A descoberta desses caracteres simbólicos é o que
se denomina iconologia em contraposição à iconografia. Enquanto as duas primeiras
etapas têm um objetivo mais descritivo, a segunda busca a essência da arte, e sua
realização como forma simbólica de transmitir idéias, conceitos, sentimentos, ou seja, a
sua lógica.
A MUDANÇA NO ESTILO DE PINTURA, DO PALEOLÍTICO PARA O
NEOLÍTICO:
Segundo Arnold Hauser, esta mudança ocorreu, de acordo com o primeiro fator:
a partir do momento em que, os primeiros homens, que eram caçadores, nômades,
coletores (não havia reposição de consumo), desenvolviam características ligadas à
percepção, sentidos apurados, e manifestavam através de suas pinturas, um caráter
naturalista. Enquanto que os camponeses neolíticos, já assentados, cultivadores, e
produtores, já não desenvolviam seus sentidos apurados, e por isso, a arte deixa de ser
naturalista passando a ser mais geométrica, expressional, estilizada e formalista. Há um
trecho em Hauser que diz “Deixa de ser imitadora para se tornar antagonista da
Natureza.” No que diz respeito ao segundo fator: a concepção monista do homem
paleolítico devia-se à tentativa de reprodução da natureza, através de suas formas de
arte, como um ritual de magia, que servia apenas a um objetivo concreto de caça e
coleta. Para a concepção dualista de animismo, ha divisão entre dois mundos,
fenomenal e espiritual, realidade e supra-realidade, corpo e alma. Por isso, essa
passagem se dá quando, para o homem neolítico, sua economia depende de certos
fenômenos da Natureza, crendo em um mundo para além da realidade, passando ao
culto de deuses. Daí o geometrismo de suas pinturas caracterizadas pela esquematização
e abstração.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O modernismo russo vigotski
O modernismo russo vigotskiO modernismo russo vigotski
O modernismo russo vigotskiGIZELI ALENCAR
 
As vanguardasno inicio do século XX
As vanguardasno inicio do século XXAs vanguardasno inicio do século XX
As vanguardasno inicio do século XXMiguel Duarte
 
3.afinal, o que é arte madre zarife
3.afinal, o que é arte   madre zarife3.afinal, o que é arte   madre zarife
3.afinal, o que é arte madre zarifeFrancisco Rodrigues
 
A noção de iconologia de Erwin Panofsky
A noção de iconologia de Erwin PanofskyA noção de iconologia de Erwin Panofsky
A noção de iconologia de Erwin PanofskyCatarina Argolo
 
Correntes Artísticas Parte I
Correntes Artísticas Parte ICorrentes Artísticas Parte I
Correntes Artísticas Parte Igofontoura
 
Sobre o espectador e a obra de arte - da participaçãoo a interatividade
Sobre o espectador e a obra de arte - da participaçãoo a interatividadeSobre o espectador e a obra de arte - da participaçãoo a interatividade
Sobre o espectador e a obra de arte - da participaçãoo a interatividadeRenata Furtado
 
Conceito de arte
Conceito de arteConceito de arte
Conceito de artekardovsky
 
O universo da arte
O universo da arteO universo da arte
O universo da arteVinitilindo
 
Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?derlonpipcbc
 
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAISARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAISVIVIAN TROMBINI
 

Mais procurados (20)

Aula 3 arte - 2º ano
Aula 3   arte - 2º anoAula 3   arte - 2º ano
Aula 3 arte - 2º ano
 
O modernismo russo vigotski
O modernismo russo vigotskiO modernismo russo vigotski
O modernismo russo vigotski
 
As vanguardasno inicio do século XX
As vanguardasno inicio do século XXAs vanguardasno inicio do século XX
As vanguardasno inicio do século XX
 
3.afinal, o que é arte madre zarife
3.afinal, o que é arte   madre zarife3.afinal, o que é arte   madre zarife
3.afinal, o que é arte madre zarife
 
A noção de iconologia de Erwin Panofsky
A noção de iconologia de Erwin PanofskyA noção de iconologia de Erwin Panofsky
A noção de iconologia de Erwin Panofsky
 
Correntes Artísticas Parte I
Correntes Artísticas Parte ICorrentes Artísticas Parte I
Correntes Artísticas Parte I
 
Sobre o espectador e a obra de arte - da participaçãoo a interatividade
Sobre o espectador e a obra de arte - da participaçãoo a interatividadeSobre o espectador e a obra de arte - da participaçãoo a interatividade
Sobre o espectador e a obra de arte - da participaçãoo a interatividade
 
Conceito de arte
Conceito de arteConceito de arte
Conceito de arte
 
Tres teorias
Tres teoriasTres teorias
Tres teorias
 
Paleolítico
PaleolíticoPaleolítico
Paleolítico
 
Argan
ArganArgan
Argan
 
O que é arte?
O que é arte?O que é arte?
O que é arte?
 
Arte o que é
Arte   o que éArte   o que é
Arte o que é
 
Arte e mercado
Arte e mercadoArte e mercado
Arte e mercado
 
O universo da arte
O universo da arteO universo da arte
O universo da arte
 
Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?Quem determina o que é arte?
Quem determina o que é arte?
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da arte
 
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAISARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
 
Movimento Lascivinista
Movimento LascivinistaMovimento Lascivinista
Movimento Lascivinista
 
Aula 3 arte - 3º ano
Aula 3   arte - 3º anoAula 3   arte - 3º ano
Aula 3 arte - 3º ano
 

Destaque

08ª educaçaovisual
08ª educaçaovisual08ª educaçaovisual
08ª educaçaovisualAvatar Cuamba
 
Historia de arte moçambicana
Historia de arte moçambicanaHistoria de arte moçambicana
Historia de arte moçambicanaAvatar Cuamba
 
O Grito De Edvard Munch
O Grito De Edvard MunchO Grito De Edvard Munch
O Grito De Edvard MunchLugus
 
Arnold hauser a arte e a sociedade (part.1)
Arnold hauser   a arte e a sociedade (part.1)Arnold hauser   a arte e a sociedade (part.1)
Arnold hauser a arte e a sociedade (part.1)VIVIAN TROMBINI
 
Material de geometria descritiva 2012
Material de geometria descritiva 2012Material de geometria descritiva 2012
Material de geometria descritiva 2012Cantinho do Saber
 
Apostila de expressão gráfica 02
Apostila de expressão gráfica 02Apostila de expressão gráfica 02
Apostila de expressão gráfica 02Djanane Anjos
 
PROJETO ÉTICA E CIDADANIA
PROJETO ÉTICA E CIDADANIAPROJETO ÉTICA E CIDADANIA
PROJETO ÉTICA E CIDADANIAmachadotdut
 
Introdução à Biologia
Introdução à BiologiaIntrodução à Biologia
Introdução à BiologiaNathan Aguiar
 
Questões do ENEM - Disciplina Arte 2009 a 2013
Questões do ENEM - Disciplina Arte 2009 a 2013Questões do ENEM - Disciplina Arte 2009 a 2013
Questões do ENEM - Disciplina Arte 2009 a 2013Fabiola Oliveira
 
Biologia introdução
Biologia introduçãoBiologia introdução
Biologia introduçãoMarcos Santos
 
Projeto Resgatando A éTica E A Cidadania
Projeto Resgatando A éTica E A CidadaniaProjeto Resgatando A éTica E A Cidadania
Projeto Resgatando A éTica E A Cidadaniajhenifer99
 
O ensino de arte e educação
O ensino de arte e educaçãoO ensino de arte e educação
O ensino de arte e educaçãoFladia
 
Introdução à biologia 1º ano
Introdução à biologia   1º anoIntrodução à biologia   1º ano
Introdução à biologia 1º anoLuciana Mendes
 
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em ComunidadeProjeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em ComunidadeVania Brasileiro
 

Destaque (20)

08ª educaçaovisual
08ª educaçaovisual08ª educaçaovisual
08ª educaçaovisual
 
Historia de arte moçambicana
Historia de arte moçambicanaHistoria de arte moçambicana
Historia de arte moçambicana
 
O Grito De Edvard Munch
O Grito De Edvard MunchO Grito De Edvard Munch
O Grito De Edvard Munch
 
Arnold hauser a arte e a sociedade (part.1)
Arnold hauser   a arte e a sociedade (part.1)Arnold hauser   a arte e a sociedade (part.1)
Arnold hauser a arte e a sociedade (part.1)
 
Material de geometria descritiva 2012
Material de geometria descritiva 2012Material de geometria descritiva 2012
Material de geometria descritiva 2012
 
Análise formal de obras
Análise formal de obrasAnálise formal de obras
Análise formal de obras
 
Apostila de expressão gráfica 02
Apostila de expressão gráfica 02Apostila de expressão gráfica 02
Apostila de expressão gráfica 02
 
PROJETO ÉTICA E CIDADANIA
PROJETO ÉTICA E CIDADANIAPROJETO ÉTICA E CIDADANIA
PROJETO ÉTICA E CIDADANIA
 
Biologia ciencia e vida
Biologia ciencia e vidaBiologia ciencia e vida
Biologia ciencia e vida
 
Introdução à Biologia
Introdução à BiologiaIntrodução à Biologia
Introdução à Biologia
 
Questões do ENEM - Disciplina Arte 2009 a 2013
Questões do ENEM - Disciplina Arte 2009 a 2013Questões do ENEM - Disciplina Arte 2009 a 2013
Questões do ENEM - Disciplina Arte 2009 a 2013
 
Introdução a biologia
Introdução a biologiaIntrodução a biologia
Introdução a biologia
 
Biologia introdução
Biologia introduçãoBiologia introdução
Biologia introdução
 
Projeto Resgatando A éTica E A Cidadania
Projeto Resgatando A éTica E A CidadaniaProjeto Resgatando A éTica E A Cidadania
Projeto Resgatando A éTica E A Cidadania
 
Introdução a Arte
Introdução a ArteIntrodução a Arte
Introdução a Arte
 
Aula 3 Metabolismo E Exercicio
Aula 3   Metabolismo E ExercicioAula 3   Metabolismo E Exercicio
Aula 3 Metabolismo E Exercicio
 
Projeto EducaçãO E Valores
Projeto EducaçãO E ValoresProjeto EducaçãO E Valores
Projeto EducaçãO E Valores
 
O ensino de arte e educação
O ensino de arte e educaçãoO ensino de arte e educação
O ensino de arte e educação
 
Introdução à biologia 1º ano
Introdução à biologia   1º anoIntrodução à biologia   1º ano
Introdução à biologia 1º ano
 
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em ComunidadeProjeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
Projeto Direitos Humanos: da Sala de Aula à Convivência em Comunidade
 

Semelhante a As diferentes abordagens no estudo da arte segundo Wolfflin, Panofsky e Hauser

140634871 erwin-pptx
140634871 erwin-pptx140634871 erwin-pptx
140634871 erwin-pptxAlex Boiniak
 
Arquivo anpuh artigocompleto johan joachim
Arquivo anpuh artigocompleto  johan joachimArquivo anpuh artigocompleto  johan joachim
Arquivo anpuh artigocompleto johan joachimthatianne pinheiro lima
 
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicasA descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicasgofontoura
 
Apostila de-arte-contemporc3a2nea
Apostila de-arte-contemporc3a2neaApostila de-arte-contemporc3a2nea
Apostila de-arte-contemporc3a2neaJuju Ornelas
 
Apostila arte contemporanea
Apostila arte contemporaneaApostila arte contemporanea
Apostila arte contemporaneadaniel bertholdo
 
Bakhtin, mikhail. estética da criação verbal. são paulo. martins fontes, 2003...
Bakhtin, mikhail. estética da criação verbal. são paulo. martins fontes, 2003...Bakhtin, mikhail. estética da criação verbal. são paulo. martins fontes, 2003...
Bakhtin, mikhail. estética da criação verbal. são paulo. martins fontes, 2003...Luiz Nolasco
 
WASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICA
WASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICAWASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICA
WASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICAFlávia Gonzales Correia
 
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentos
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentosEntre museus de arte obras monumento e arquivos-documentos
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentosgrupointerartes
 
Épocas literárias
Épocas literáriasÉpocas literárias
Épocas literáriasheleira02
 
Bakhtin mikhail estética da criação verbal
Bakhtin mikhail   estética da criação verbalBakhtin mikhail   estética da criação verbal
Bakhtin mikhail estética da criação verbalUNIPLETRAS
 
Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.Franciele Reiza
 

Semelhante a As diferentes abordagens no estudo da arte segundo Wolfflin, Panofsky e Hauser (20)

140634871 erwin-pptx
140634871 erwin-pptx140634871 erwin-pptx
140634871 erwin-pptx
 
Arquivo anpuh artigocompleto johan joachim
Arquivo anpuh artigocompleto  johan joachimArquivo anpuh artigocompleto  johan joachim
Arquivo anpuh artigocompleto johan joachim
 
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicasA descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
 
Filosofia e arte na modernidade
Filosofia e arte na modernidadeFilosofia e arte na modernidade
Filosofia e arte na modernidade
 
Filosofia e arte na modernidade
Filosofia e arte na modernidadeFilosofia e arte na modernidade
Filosofia e arte na modernidade
 
Apostila de-arte-contemporc3a2nea
Apostila de-arte-contemporc3a2neaApostila de-arte-contemporc3a2nea
Apostila de-arte-contemporc3a2nea
 
Apostila arte contemporanea
Apostila arte contemporaneaApostila arte contemporanea
Apostila arte contemporanea
 
Cintia sousa
Cintia sousaCintia sousa
Cintia sousa
 
Bakhtin, mikhail. estética da criação verbal. são paulo. martins fontes, 2003...
Bakhtin, mikhail. estética da criação verbal. são paulo. martins fontes, 2003...Bakhtin, mikhail. estética da criação verbal. são paulo. martins fontes, 2003...
Bakhtin, mikhail. estética da criação verbal. são paulo. martins fontes, 2003...
 
Escola e movimentos teoricos
Escola e movimentos teoricosEscola e movimentos teoricos
Escola e movimentos teoricos
 
WASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICA
WASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICAWASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICA
WASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICA
 
Aula 9
Aula 9Aula 9
Aula 9
 
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentos
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentosEntre museus de arte obras monumento e arquivos-documentos
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentos
 
Estilo de época
Estilo de épocaEstilo de época
Estilo de época
 
Estilo de época
Estilo de épocaEstilo de época
Estilo de época
 
Épocas literárias
Épocas literáriasÉpocas literárias
Épocas literárias
 
Épocas literárias
Épocas literáriasÉpocas literárias
Épocas literárias
 
simbolismo_teoria.ppt
simbolismo_teoria.pptsimbolismo_teoria.ppt
simbolismo_teoria.ppt
 
Bakhtin mikhail estética da criação verbal
Bakhtin mikhail   estética da criação verbalBakhtin mikhail   estética da criação verbal
Bakhtin mikhail estética da criação verbal
 
Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
Bakhtin, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo. Martins Fontes, 2003.
 

Mais de Nerize Portela

Jornal resumo-ponto-de-cultura
Jornal resumo-ponto-de-culturaJornal resumo-ponto-de-cultura
Jornal resumo-ponto-de-culturaNerize Portela
 
Seminário Corpo e Vídeo
Seminário Corpo e VídeoSeminário Corpo e Vídeo
Seminário Corpo e VídeoNerize Portela
 
Arte e Ética na publicidade
Arte e Ética na publicidadeArte e Ética na publicidade
Arte e Ética na publicidadeNerize Portela
 
O que é arte. (Jorge Coli)
O que é arte. (Jorge Coli)O que é arte. (Jorge Coli)
O que é arte. (Jorge Coli)Nerize Portela
 
Texto jean pierre vernant
Texto jean pierre vernantTexto jean pierre vernant
Texto jean pierre vernantNerize Portela
 
Linha de pensamento mítico da grécia arcaica
Linha de pensamento mítico da grécia arcaicaLinha de pensamento mítico da grécia arcaica
Linha de pensamento mítico da grécia arcaicaNerize Portela
 

Mais de Nerize Portela (10)

Paola berenstein
Paola berensteinPaola berenstein
Paola berenstein
 
Jornal resumo-ponto-de-cultura
Jornal resumo-ponto-de-culturaJornal resumo-ponto-de-cultura
Jornal resumo-ponto-de-cultura
 
Pontos de Cultura
Pontos de CulturaPontos de Cultura
Pontos de Cultura
 
Tridimensionalidade
TridimensionalidadeTridimensionalidade
Tridimensionalidade
 
Text daguerreotypes
Text daguerreotypesText daguerreotypes
Text daguerreotypes
 
Seminário Corpo e Vídeo
Seminário Corpo e VídeoSeminário Corpo e Vídeo
Seminário Corpo e Vídeo
 
Arte e Ética na publicidade
Arte e Ética na publicidadeArte e Ética na publicidade
Arte e Ética na publicidade
 
O que é arte. (Jorge Coli)
O que é arte. (Jorge Coli)O que é arte. (Jorge Coli)
O que é arte. (Jorge Coli)
 
Texto jean pierre vernant
Texto jean pierre vernantTexto jean pierre vernant
Texto jean pierre vernant
 
Linha de pensamento mítico da grécia arcaica
Linha de pensamento mítico da grécia arcaicaLinha de pensamento mítico da grécia arcaica
Linha de pensamento mítico da grécia arcaica
 

Último

Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometriajucelio7
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.pptErnandesLinhares1
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 

Último (20)

Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Transformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx GeometriaTransformações isométricas.pptx Geometria
Transformações isométricas.pptx Geometria
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 

As diferentes abordagens no estudo da arte segundo Wolfflin, Panofsky e Hauser

  • 1. Nerize Portela Madureira Leôncio1 O ESTUDO DAARTE E SUAS DIFERENTES VISÕES Num primeiro momento, convém destacar o que, para Xavier Parral em História da Arte (1994), significou o estudo da arte, de acordo com os vários tipos de orientações e concepções de diferentes autores, dado sua época e influências. Feito isso, prosseguiremos comparando três destes autores: Heinrich Wolfflin em Conceitos Fundamentais de Historia da Arte (1915); Erwin Panofsky em Significado nas Artes Visuais (2002) e Arnold Hauser em Historia Social da Arte e da Literatura (2000). A partir do humanismo da Renascença e da inauguração por Giorgio Vasari (1511-1574) da descrição histórica da arte - a partir da biografia dos artistas antecessores até os contemporâneos de sua época - nota-se uma crescente preocupação dos estudiosos que se seguiram, em definí-la através de diferentes pontos de vista. Alguns autores traduziram a arte de forma descritiva: biográfica e evolutiva, como Vasari; caracterização dos estilos com G. Bellori (1672); observação atenta das obras, permitindo sua classificação por catálogos em Winckelman (1717-1768). Houve, também, as correntes filosóficas: Em Hegel :“O espírito de cada época reflete-se no estilo, enquanto a arte é uma das componentes do desenvolvimento do espírito.” (PARRAL, pg. 16); o posicionamento contrário, o positivismo de Taine (1865), segundo o qual a obra está ligada ao seu meio. Estes exemplos ilustram a eterna busca pela transformação da história da arte em verdadeira ciência, através da qual, seria possível definir e conceituar a arte em si e sua heterogeneidade, complexidade e diversidade. De acordo com o contexto histórico e social, pontuaremos a necessidade de explicá-la de formas distintas, pelos autores Wolfflin, Panofsky e A. Hauser, destacando as principais características de suas teorias. A transição do séc. XIX para o séc. XX foi um período revestido de discussões acerca da arte - empreendidas principalmente por Jacob Buckhardt – que contrariava as correntes filosóficas anteriores, pois defendia a unidade da civilização, tendo a arte 1 Graduanda em Artes Visuais pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.
  • 2. como um de seus componentes. Então surge Wolfflin, que, tendo se formado neste círculo de influência, rompe com Buckhardt. Ao dar importância à arte em sua forma - ao formalismo da obra – ele o faz, não apenas, como objeto de análise desta, mas, para empreender numa verdadeira contraposição do Barroco frente ao Renascimento. Isto se codifica em sua obra Princípios fundamentais de historia da arte, onde ele enuncia suas proposições acerca dos elementos que compõem as obras de arte. Primeiramente, numa observação do caráter individual, segundo o qual, cada artista tem sua maneira de retratar determinados aspectos. Depois, correlacionando estes aspectos, organizando-os em grupos maiores segundo sua escola ou pais. Mas, é no estilo de uma época, que Wolfflin se atém, através de minuciosa observação, ele elabora os conceitos que caracterizam a passagem Renascimento/Barroco: da linha à pintura (do linear ao pictórico); do plano a profundidade; da unidade a pluralidade; da forma fechada à forma aberta; da claridade absoluta à claridade relativa. É desta forma, que ele consegue diferenciar e principalmente identificar características comuns à uma época. Concomitantemente, devido à repercussão de sua obra, surgem escolas Formalistas, introduzindo novos conceitos: o estudo formal dos motivos do artista, com A. Riegl; e Henri Focillon, que defende a independência da arte, e suas transformações (forma e plástica), em relação às mudanças sociais ou políticas. As tendências de reprodução de catálogos, e proliferação de experts na Europa (herança de Winckelman), trazendo a reunião de obras, comparações e atribuições, enfim, diversos parâmetros de estudo, passam a ser substituídas pelo interesse na contextualização cultural das mesmas. Este panorama se inicia com Êmile Male, a partir da pesquisa iconográfica, mas é Erwin Panofsky que consolida, em 1940, estas abordagens através de sua obra A historia da Arte como disciplina Humana. Ele contribui de forma incisiva, ao investigar intelectualmente a partir do universo histórico e social, a arte e sua significação e simbologia. Vimos que, Wolfflin, analisava as obras do ponto de vista puramente formal: questões de traçado, linha, luz, planificação, para então, definir os estilos de época. Panofsky valia-se da iconografia e iconologia, para entender o significado intrínseco da obra em contraposição á sua forma, e indo mais adiante, traduzia-a de acordo como o contexto social, cultural, histórico. A despeito desta disparidade, nota-se que, ambos utilizavam abordagens formais e análise dos motivos artísticos, em suas caracterizações, porém, em medidas diferentes. O primeiro, apesar de ater-se o caráter formalista da obra, também analisava questões de personalidade e contexto cultural. Enquanto o segundo utilizava a forma, apenas como uma etapa da análise, pressupondo uma
  • 3. pesquisa mais profunda da arte em suas origens. Em Panofsky havia, ainda, a preocupação com a elaboração de conceitos mais gerais, visto que são aplicáveis a qualquer obra, conquanto se pretenda avaliá-las. Wofflin direcionava seus estudos, principalmente, buscando diferenciar dois períodos. A partir do séc. XX, Arnold Hauser, orientado para a função social das artes, a partir de correntes filosóficas herdadas do pensamento marxista, publica Historia Social da Arte e da Literatura. Nesta obra, o autor analisa a arte desde seus primórdios, até a contemporaneidade, sob o ponto de vista social e econômico. Exemplo disso é quando ele relaciona os modos de vida dos primeiros artistas paleolíticos e neolíticos, com o significado das pinturas rupestres, por eles produzida. É justamente neste quesito, que ele encontra seu argumento chave: “Quanto mais desenvolvido é o nível de cultura cuja arte estamos examinando, mais complexa é a rede de relações e mais obscuro é o background social em que elas se inserem. (....) Quando, porém, como nos tempos pré-históricos tudo se encontra ainda vinculado diretamente à vida corrente, quando ainda não existem formas autônomas nem diferenças, em principio, entre o velho e o novo, entre a tradição e a modernidade , nesse caso a explicação sociológica dos fenômenos culturais ainda é comparativamente simples e francamente exeqüível.” (HAUSER, 2000, pg. 23) O que significa que, para Hauser, sua teoria social da arte se justifica, a partir do momento no qual, se consegue estabelecer um paralelo, entre o contexto simplificado da vida dos homens paleolíticos com suas representações de caráter naturalista, e suas formas de caça, coleta e permanência na terra, a priori. E em seguida, relacionar a fixação na terra e seu cultivo, e a vida mais socializada do homem neolítico, às características não-naturalistas, geométrica, expressional, manifestações de um ideal, nas pinturas. Apesar de sua obra ter tido ótima aceitação, ele não estabelece nem prioriza o devido lugar do artista e seu trabalho, contrariando seu antecessor B. Croce, que empreendeu numa pesquisa das personalidades e monografias de artistas. Em ultima análise, Hauser diferencia-se dos autores anteriormente explanados, basicamente, pela primazia em explicar a arte, através do seu contexto social e produtivo. Porém há uma semelhança, em relação à Wolfflin, quanto a analisar a formalidade (naturalismo, geometrismo) das pinturas. Assim como acaba utilizando um dos conceitos de Panofsky, ao buscar o significado intrínseco das artes, remontando certo estado social dos homens. Mas, ao deixar de lado outros conceitos igualmente interessantes, devido sua orientação marxista, acaba não estabelecendo uma pesquisa completa da história das artes.
  • 4. Conclui-se a partir das considerações feitas, que, dos três autores que se seguiram, o que empreendeu em uma jornada mais completa do estudo das obras de arte como um todo, foi Panofsky, por utilizar diversos parâmetros: formais, simbológicos, sociais e históricos, não apenas para análise das obras de arte, mas também, para uma síntese interpretativa das mesmas. ETAPAS DE ANÁLISE DE UMA OBRA PARA PANOFSKY: Para a análise do significado de uma obra de arte, são necessárias três etapas de desenvolvimento, segundo Panofksy. Na primeira etapa: identifica-se o tema primário ou natural, as formas puras, ou seja, características de traçado, cor, objetos, seres humanos, plantas, animais, sua interação e o ambiente em que estão inseridos. Esta primeira constatação é chamada fatual, pois apreende os acontecimentos. Em seguida, passa-se a uma análise expressional dos objetos, como suas atitudes e trejeitos, as características da atmosfera em que a cena de desenrola, ou seja, todo um apanhado de informações que consistem nos motivos artísticos, esta seria a primeira etapa também chamada de análise pré-iconográfica. Na segunda etapa, passa-se ao tema secundário ou convencional, que é a ligação feita entre os motivos artísticos com conceitos e idéias gerais, exemplo: percepção de que um homem crucificado é a representação de Jesus Cristo, ou seja, apreensão do significado de uma figura, de acordo com informações previamente, estabelecidas. Esta constatação pressupõe certos conhecimentos adquiridos em nossa vivência, de acordo com nossa cultura, crença e sociedade. Seria o domínio da iconografia (apreensão da estória ou alegoria). A terceira etapa consiste no significado intrínseco ou conteúdo da obra de arte, que requer uma identificação dos motivos mais profundos, quando da sua realização, como atitude social, crença, religião, filosofia. Estas características emocionais, de personalidade, ou de uma nação, são traduzidas numa obra através de seu conteúdo e simbologia, e são interpretadas a partir dos subsídios da analise iconográfica. A descoberta desses caracteres simbólicos é o que se denomina iconologia em contraposição à iconografia. Enquanto as duas primeiras etapas têm um objetivo mais descritivo, a segunda busca a essência da arte, e sua realização como forma simbólica de transmitir idéias, conceitos, sentimentos, ou seja, a sua lógica.
  • 5. A MUDANÇA NO ESTILO DE PINTURA, DO PALEOLÍTICO PARA O NEOLÍTICO: Segundo Arnold Hauser, esta mudança ocorreu, de acordo com o primeiro fator: a partir do momento em que, os primeiros homens, que eram caçadores, nômades, coletores (não havia reposição de consumo), desenvolviam características ligadas à percepção, sentidos apurados, e manifestavam através de suas pinturas, um caráter naturalista. Enquanto que os camponeses neolíticos, já assentados, cultivadores, e produtores, já não desenvolviam seus sentidos apurados, e por isso, a arte deixa de ser naturalista passando a ser mais geométrica, expressional, estilizada e formalista. Há um trecho em Hauser que diz “Deixa de ser imitadora para se tornar antagonista da Natureza.” No que diz respeito ao segundo fator: a concepção monista do homem paleolítico devia-se à tentativa de reprodução da natureza, através de suas formas de arte, como um ritual de magia, que servia apenas a um objetivo concreto de caça e coleta. Para a concepção dualista de animismo, ha divisão entre dois mundos, fenomenal e espiritual, realidade e supra-realidade, corpo e alma. Por isso, essa passagem se dá quando, para o homem neolítico, sua economia depende de certos fenômenos da Natureza, crendo em um mundo para além da realidade, passando ao culto de deuses. Daí o geometrismo de suas pinturas caracterizadas pela esquematização e abstração.