Que o desenvolvimento rural não se reduz ao crescimento agrícola, eis uma afirmação que se tornou corriqueira na produção acadêmica e nas instituições governamentais e não governamentais de desenvolvimento no mundo todo. Por mais relevante que seja o estudo das atividades não agrícolas no meio rural, a questão do desenvolvimento, porém, não se restringe às possibilidades de sua expansão. É bastante recente o interesse pelas razões que explicam o dinamismo de certas regiões rurais e o declínio de outras. Os resultados até aqui atingidos neste tipo de pesquisa são bastante incertos, mas convergem num ponto importante: regiões dinâmicas - de que talvez o exemplo mais emblemático, no Brasil, seja o Vale do Itajaí, em Santa Catarina ( ) - caracterizam-se por uma densa rede de relações entre serviços e organizações públicas, iniciativas empresariais urbanas e rurais, agrícolas e não agrícolas. Mais importante que vantagens competitivas dadas por atributos naturais, de localização ou setoriais é o fenômeno da proximidade social que permite uma forma de coordenação entre os atores capaz de valorizar o conjunto do ambiente em que atuam e, portanto, de convertê-lo em base para empreendimentos inovadores.
Movimentos sociais na américa latina na atualidadeGracy Garcia
Este documento discute os movimentos sociais na América Latina no contexto da globalização. Apresenta como os movimentos sociais e organizações da sociedade civil têm lutado por direitos e justiça social em resposta às políticas neoliberais e seus impactos. Também destaca o papel central de movimentos como os sem-terra, indígenas, mulheres e economia solidária na promoção de alternativas emancipatórias.
1) O documento discute a sustentabilidade nas empresas e sociedade, resumindo uma pesquisa realizada pelo MIT e BCG sobre o tema.
2) A pesquisa foi realizada com 1.500 empresas globais em 2009 para entender como a sustentabilidade avançou nos negócios e imagem passou a ser fator importante.
3) O MIT é uma instituição de ensino focada em tecnologia comprometida em gerar conhecimento para desafios globais, enquanto o BCG é uma consultoria global líder em estratégia empresarial
1. O documento descreve o processo de erosão do "Serviço Social tradicional" no Brasil nas décadas de 1950 e 1960, com a ascensão da abordagem comunitária.
2. Vários fatores contribuíram para esta erosão, incluindo novas demandas sociais, influência de outras disciplinas e do movimento estudantil.
3. O II Congresso Brasileiro de Serviço Social em 1961 consagrou a abordagem comunitária, mas diferentes vertentes interpretavam-na de forma distinta.
O documento discute como o capital social, como a confiança e as regras de reciprocidade, podem ajudar a superar os dilemas da ação coletiva e promover a cooperação. Explica que a história e o contexto social influenciam profundamente o desempenho das instituições e que algumas sociedades desenvolveram círculos virtuosos de capital social, enquanto outras ficaram presas em círculos viciosos de desconfiança e dependência. Também analisa como as diferenças regionais na Itália ilustram como a história
Gohn, maria da. glória. movimentos sociais e educação Queite Lima
1) O documento discute a relação entre movimentos sociais e educação no Brasil, destacando como os movimentos sociais geram aprendizagens e saberes tanto para seus membros quanto para a sociedade mais ampla.
2) É analisada a evolução histórica desse campo de estudos no Brasil, notando-se que embora tenha havido muitos movimentos sociais desde os anos 1970, o debate teórico acompanhou lentamente, com publicações aumentando nas últimas décadas.
3) Brevemente são descritas algumas características
Visões do Desenvolvimento Econômico Local a partir do BrasilRafael Martins
1) O documento analisa seis experiências de desenvolvimento econômico local no Brasil, cobrindo as regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
2) As experiências incluem associações de apicultores, pólos moveleiros, um complexo couro-calçadista, mini-distritos industriais e de serviços, e um banco comunitário.
3) Os autores discutem diferentes visões teóricas de desenvolvimento local e analisam os resultados econômicos e inserção em redes sociais de cada experiência.
Uma Analise De Experiencias de Desenvolvimento LocalRafael Martins
Este documento analisa seis experiências de desenvolvimento econômico local no Brasil, comparando seus modelos e resultados. As experiências incluem associações rurais, pólos industriais e bancos comunitários, representando diferentes regiões do país. O documento explora se essas iniciativas seguem abordagens tradicionais ou contra-hegemônicas de desenvolvimento local.
O documento discute o conceito de capital social, sua origem e evolução. Aborda as definições iniciais de Hanifan e Jacobs e as contribuições posteriores de teóricos como Bourdieu, Coleman, Putnam e o Banco Mundial. Explora como o capital social pode ser entendido como normas sociais, redes e confiança que facilitam a cooperação entre pessoas.
Movimentos sociais na américa latina na atualidadeGracy Garcia
Este documento discute os movimentos sociais na América Latina no contexto da globalização. Apresenta como os movimentos sociais e organizações da sociedade civil têm lutado por direitos e justiça social em resposta às políticas neoliberais e seus impactos. Também destaca o papel central de movimentos como os sem-terra, indígenas, mulheres e economia solidária na promoção de alternativas emancipatórias.
1) O documento discute a sustentabilidade nas empresas e sociedade, resumindo uma pesquisa realizada pelo MIT e BCG sobre o tema.
2) A pesquisa foi realizada com 1.500 empresas globais em 2009 para entender como a sustentabilidade avançou nos negócios e imagem passou a ser fator importante.
3) O MIT é uma instituição de ensino focada em tecnologia comprometida em gerar conhecimento para desafios globais, enquanto o BCG é uma consultoria global líder em estratégia empresarial
1. O documento descreve o processo de erosão do "Serviço Social tradicional" no Brasil nas décadas de 1950 e 1960, com a ascensão da abordagem comunitária.
2. Vários fatores contribuíram para esta erosão, incluindo novas demandas sociais, influência de outras disciplinas e do movimento estudantil.
3. O II Congresso Brasileiro de Serviço Social em 1961 consagrou a abordagem comunitária, mas diferentes vertentes interpretavam-na de forma distinta.
O documento discute como o capital social, como a confiança e as regras de reciprocidade, podem ajudar a superar os dilemas da ação coletiva e promover a cooperação. Explica que a história e o contexto social influenciam profundamente o desempenho das instituições e que algumas sociedades desenvolveram círculos virtuosos de capital social, enquanto outras ficaram presas em círculos viciosos de desconfiança e dependência. Também analisa como as diferenças regionais na Itália ilustram como a história
Gohn, maria da. glória. movimentos sociais e educação Queite Lima
1) O documento discute a relação entre movimentos sociais e educação no Brasil, destacando como os movimentos sociais geram aprendizagens e saberes tanto para seus membros quanto para a sociedade mais ampla.
2) É analisada a evolução histórica desse campo de estudos no Brasil, notando-se que embora tenha havido muitos movimentos sociais desde os anos 1970, o debate teórico acompanhou lentamente, com publicações aumentando nas últimas décadas.
3) Brevemente são descritas algumas características
Visões do Desenvolvimento Econômico Local a partir do BrasilRafael Martins
1) O documento analisa seis experiências de desenvolvimento econômico local no Brasil, cobrindo as regiões Sul, Sudeste e Nordeste.
2) As experiências incluem associações de apicultores, pólos moveleiros, um complexo couro-calçadista, mini-distritos industriais e de serviços, e um banco comunitário.
3) Os autores discutem diferentes visões teóricas de desenvolvimento local e analisam os resultados econômicos e inserção em redes sociais de cada experiência.
Uma Analise De Experiencias de Desenvolvimento LocalRafael Martins
Este documento analisa seis experiências de desenvolvimento econômico local no Brasil, comparando seus modelos e resultados. As experiências incluem associações rurais, pólos industriais e bancos comunitários, representando diferentes regiões do país. O documento explora se essas iniciativas seguem abordagens tradicionais ou contra-hegemônicas de desenvolvimento local.
O documento discute o conceito de capital social, sua origem e evolução. Aborda as definições iniciais de Hanifan e Jacobs e as contribuições posteriores de teóricos como Bourdieu, Coleman, Putnam e o Banco Mundial. Explora como o capital social pode ser entendido como normas sociais, redes e confiança que facilitam a cooperação entre pessoas.
O documento discute como as novas tecnologias, especialmente a Internet, podem influenciar a comunicação e a democracia contemporâneas. Aponta que a Internet fornece novas fontes de informação para os cidadãos e pode promover a diversidade no debate político. No entanto, também existe o risco desses meios de comunicação serem apropriados por grandes grupos e aparelhos estatais, como aconteceu com outros meios antes.
Comunidade e democracia: a teoria de PutnamClaudio Lima
1) O documento resume um livro de Robert Putnam sobre o desenvolvimento de governos regionais na Itália após 1970 e como o nível de capital social nas regiões influenciou seu desempenho institucional.
2) Putnam argumenta que regiões com alta participação cívica, associações e confiança tiveram melhores resultados, enquanto regiões com clientelismo político se saíram pior.
3) O autor analisa como o modo de fazer política mudou nas regiões, tornando-se mais colaborativo e focado em serviços públicos do que
1) O documento descreve a experiência do orçamento participativo em Porto Alegre, Brasil, como um caso de sucesso de planejamento urbano participativo.
2) Apesar de algumas falhas, o orçamento participativo em Porto Alegre promoveu a redução das desigualdades, o fortalecimento da sociedade civil e o aumento da conscientização dos direitos dos cidadãos.
3) No entanto, existem limites para a participação cidadã mediada pelo Estado, e é importante evitar a cooptação dos movimentos sociais.
Este artigo analisa:
1) As transformações no capitalismo contemporâneo e suas consequências para o mundo do trabalho e as políticas sociais.
2) A dimensão política do trabalho do assistente social na construção da hegemonia dos interesses das classes subalternas.
3) A importância de entender a prática profissional do assistente social como polarizada pelos interesses de classes em disputa e na construção de alternativas às políticas neoliberais.
O documento discute a pobreza, desigualdade social e exclusão no Brasil. A pobreza emergiu do conflito entre capital e trabalho e levou à "Questão Social". O Serviço Social trabalhou inicialmente para os interesses do capitalismo, mas depois passou a enfrentar a desigualdade social. A globalização afetou o Estado, a sociedade e as relações de classe.
O documento resume os principais termos do debate sobre movimentos sociais e serviço social apresentados em artigos publicados entre 1979-2013. Os artigos discutem: 1) a emergência dos movimentos sociais, sua relação com o Estado e a questão da assessoria; 2) as transformações no mundo do trabalho e seus impactos nos sindicatos; 3) a organização política do serviço social e sua relação com os movimentos sociais e sindicatos.
O documento discute a trajetória dos movimentos sociais no Brasil e sua relação com o Estado ao longo da história. Explica como o Estado excluiu a participação popular e cooptou demandas através de medidas como a cidadania corporativa. Também analisa como os movimentos sociais passaram a buscar mais diálogo com o Estado na década de 1980 em busca de reconhecimento de direitos.
1) O documento discute a necessidade de descentralização e participação mais ampla na gestão do Estado, à medida que a sociedade se torna mais complexa com o crescimento populacional e a urbanização.
2) Argumenta-se que a democracia direta não é mais viável e que é preciso encontrar novas formas de articulação entre a democracia direta e representativa.
3) Defende-se que a concentração excessiva de renda gera desequilíbrios de poder que comprometem a governabilidade, e que é preciso repens
Raízes e pratica de economia solidária articulando economia plural e dádivaMARIA ODETE ALVES
O documento discute a economia solidária a partir das visões de economia plural de Polanyi e de dádiva de Mauss. Apresenta estas visões teóricas e analisa uma experiência de economia solidária no Ceará à luz destas teorias, concluindo que é possível entender a lógica das práticas da economia solidária a partir deste referencial teórico.
1) O documento discute as redes de mobilização social no Brasil contemporâneo, analisando movimentos sociais, associações civis e fóruns.
2) É destacada a importância dos movimentos sociais na luta por direitos e na construção de uma sociedade democrática.
3) A democracia brasileira é contraditória, com classes menos favorecidas excluídas do poder de escolha, mas tratadas de forma clientelista.
1. O documento discute planejamento e gestão urbanos como ferramentas para promover o desenvolvimento sócio-espacial de forma justa e melhorar a qualidade de vida.
2. Ele argumenta que esses processos não podem ser neutros em sociedades desiguais, mas também não são necessariamente conservadores.
3. O documento defende a mensuração cuidadosa de parâmetros urbanos com a participação de grupos sociais, em vez de indicadores universais, para avaliar o progresso de forma contextualizada.
As manifestações populares de 2013 no Brasil reivindicaram melhorias nos serviços públicos e maior transparência política. O sociólogo Luiz Werneck Vianna analisa o movimento como uma busca por autonomia e participação da sociedade, que não quer mais ser tratada de forma infantil pelo Estado. Ele vê o momento como virtuoso e acredita que as instituições democráticas podem ser fortalecidas se os governantes souberem ouvir as demandas da população.
O documento discute os movimentos sociais no Brasil, como surgiram para resistir às desigualdades causadas pelo capitalismo e defender os direitos dos excluídos. Apresenta exemplos atuais como os movimentos de defesa da natureza, etnias, orientação sexual, sem-terra e sem-teto. Também aborda o papel das ONGs e como a música tem mobilizado os jovens. Por fim, analisa como os movimentos sociais continuam lutando para construir uma democracia participativa no país.
Muq - simionatto. as expressões ideoculturais da crise capitalista na atualid...maisumaquestao
1. O documento discute as expressões ideoculturais da crise do capitalismo na atualidade e sua influência teórico-política.
2. Analisa o advento do pós-modernismo a partir da década de 1970, questionando grandes teorias sociais e promovendo abordagens fragmentadas.
3. Argumenta que o pós-modernismo serve como ideologia da contra-reforma neoliberal ao enfraquecer a compreensão das relações sociais totais.
Desagregação da organização social e produtiva do Assentamento Carlos Marighe...UFPB
Este trabalho visa analisar as principais características da implementação e desagregação do sistema coletivo de organização social e produtiva no Assentamento Carlos Marighela, localizado em Santa Maria no Rio Grande do
Sul. O assentamento estudado foi formado entre os anos 1998/2002 no estado, junto ao programa para criação de assentamentos, denominado “Novo Modelo”. A partir disso, são analisados os elementos que influenciaram na organização coletiva dos assentados e as possíveis causas dos conflitos que levaram ao processo de desagregação do sistema coletivo de organização social e produtiva neste caso. Desse modo, este estudo analisa e problematiza os processos sociais e locais como trajetória social, condições de organização e infraestrutura, bem como as demais sociabilidades relativas ao assentamento, sendo esses fatores essenciais na elucidação das questões de pesquisa.
48735318 fundamentos-historicos-teoricos-e-metodologicos-do-servico-socialJorge Oscar Miranda
1) O documento discute a perspectiva da modernização conservadora do Serviço Social no Brasil pós-1964. 2) Neste período, o governo militar apoiou grandes empresas de capital internacional e modificou a sociedade brasileira para beneficiar os interesses do "grande capital". 3) Isto levou a uma renovação do Serviço Social brasileiro que se desenvolveu de forma a apoiar o projeto econômico do governo militar.
O documento discute a população em situação de rua no contexto da sociedade contemporânea centrada no consumo. A exclusão social produz pessoas subjugadas sem perspectivas, enquanto o estado reduz suas funções de bem-estar social. O texto caracteriza a população de rua como heterogênea, sem moradia formal ou pertencimento, e explora as estratégias de sobrevivência desenvolvidas.
Movimentos sociais na américa latina na atualidadeGracy Garcia
1) O documento discute os movimentos sociais na América Latina no contexto da globalização e seu papel na construção de processos emancipatórios;
2) As políticas neoliberais priorizaram pagamento da dívida em detrimento de serviços públicos, levando a desigualdade social;
3) Movimentos sociais como o MST e de indígenas, mulheres e sem-terra desafiam a exclusão e lutam por direitos.
Atividade parcial Disciplina: Serviço Social Contemporâneo II Professora: Da...LOCIMAR MASSALAI
O documento discute os impactos da mundialização do capital no serviço social. A mundialização do capital leva a políticas públicas de focalização, descentralização, desfinanciamento e regressão dos direitos trabalhistas, exigindo redimensionamentos dos profissionais de serviço social. O documento também analisa como o capital financeiro subordina a sociedade através da mercantilização e como isto afeta a cultura, valores e ética.
A transformação do trabalho e a formação profissional na sociedade da incertezaClaudio Santos
1) O documento discute a dependência econômica e social de países latino-americanos em relação aos países capitalistas centrais no contexto da globalização.
2) Teóricos como Marini, Santos e Fernandes analisam como a relação de dependência se manifesta através da superexploração do trabalho e da manutenção de "padrões periféricos" de desenvolvimento.
3) A década de 1990 representou a implantação de políticas neoliberais nos países dependentes, aprofundando a desigualdade e a exploração do
O documento resume um livro sobre capital social. Discutem-se definições de capital social como confiança, normas e cooperação entre pessoas. Explica-se como regiões na Itália tiveram resultados diferentes após reformas devido aos níveis de capital social, com o norte tendo mais confiança e participação.
O documento discute como as novas tecnologias, especialmente a Internet, podem influenciar a comunicação e a democracia contemporâneas. Aponta que a Internet fornece novas fontes de informação para os cidadãos e pode promover a diversidade no debate político. No entanto, também existe o risco desses meios de comunicação serem apropriados por grandes grupos e aparelhos estatais, como aconteceu com outros meios antes.
Comunidade e democracia: a teoria de PutnamClaudio Lima
1) O documento resume um livro de Robert Putnam sobre o desenvolvimento de governos regionais na Itália após 1970 e como o nível de capital social nas regiões influenciou seu desempenho institucional.
2) Putnam argumenta que regiões com alta participação cívica, associações e confiança tiveram melhores resultados, enquanto regiões com clientelismo político se saíram pior.
3) O autor analisa como o modo de fazer política mudou nas regiões, tornando-se mais colaborativo e focado em serviços públicos do que
1) O documento descreve a experiência do orçamento participativo em Porto Alegre, Brasil, como um caso de sucesso de planejamento urbano participativo.
2) Apesar de algumas falhas, o orçamento participativo em Porto Alegre promoveu a redução das desigualdades, o fortalecimento da sociedade civil e o aumento da conscientização dos direitos dos cidadãos.
3) No entanto, existem limites para a participação cidadã mediada pelo Estado, e é importante evitar a cooptação dos movimentos sociais.
Este artigo analisa:
1) As transformações no capitalismo contemporâneo e suas consequências para o mundo do trabalho e as políticas sociais.
2) A dimensão política do trabalho do assistente social na construção da hegemonia dos interesses das classes subalternas.
3) A importância de entender a prática profissional do assistente social como polarizada pelos interesses de classes em disputa e na construção de alternativas às políticas neoliberais.
O documento discute a pobreza, desigualdade social e exclusão no Brasil. A pobreza emergiu do conflito entre capital e trabalho e levou à "Questão Social". O Serviço Social trabalhou inicialmente para os interesses do capitalismo, mas depois passou a enfrentar a desigualdade social. A globalização afetou o Estado, a sociedade e as relações de classe.
O documento resume os principais termos do debate sobre movimentos sociais e serviço social apresentados em artigos publicados entre 1979-2013. Os artigos discutem: 1) a emergência dos movimentos sociais, sua relação com o Estado e a questão da assessoria; 2) as transformações no mundo do trabalho e seus impactos nos sindicatos; 3) a organização política do serviço social e sua relação com os movimentos sociais e sindicatos.
O documento discute a trajetória dos movimentos sociais no Brasil e sua relação com o Estado ao longo da história. Explica como o Estado excluiu a participação popular e cooptou demandas através de medidas como a cidadania corporativa. Também analisa como os movimentos sociais passaram a buscar mais diálogo com o Estado na década de 1980 em busca de reconhecimento de direitos.
1) O documento discute a necessidade de descentralização e participação mais ampla na gestão do Estado, à medida que a sociedade se torna mais complexa com o crescimento populacional e a urbanização.
2) Argumenta-se que a democracia direta não é mais viável e que é preciso encontrar novas formas de articulação entre a democracia direta e representativa.
3) Defende-se que a concentração excessiva de renda gera desequilíbrios de poder que comprometem a governabilidade, e que é preciso repens
Raízes e pratica de economia solidária articulando economia plural e dádivaMARIA ODETE ALVES
O documento discute a economia solidária a partir das visões de economia plural de Polanyi e de dádiva de Mauss. Apresenta estas visões teóricas e analisa uma experiência de economia solidária no Ceará à luz destas teorias, concluindo que é possível entender a lógica das práticas da economia solidária a partir deste referencial teórico.
1) O documento discute as redes de mobilização social no Brasil contemporâneo, analisando movimentos sociais, associações civis e fóruns.
2) É destacada a importância dos movimentos sociais na luta por direitos e na construção de uma sociedade democrática.
3) A democracia brasileira é contraditória, com classes menos favorecidas excluídas do poder de escolha, mas tratadas de forma clientelista.
1. O documento discute planejamento e gestão urbanos como ferramentas para promover o desenvolvimento sócio-espacial de forma justa e melhorar a qualidade de vida.
2. Ele argumenta que esses processos não podem ser neutros em sociedades desiguais, mas também não são necessariamente conservadores.
3. O documento defende a mensuração cuidadosa de parâmetros urbanos com a participação de grupos sociais, em vez de indicadores universais, para avaliar o progresso de forma contextualizada.
As manifestações populares de 2013 no Brasil reivindicaram melhorias nos serviços públicos e maior transparência política. O sociólogo Luiz Werneck Vianna analisa o movimento como uma busca por autonomia e participação da sociedade, que não quer mais ser tratada de forma infantil pelo Estado. Ele vê o momento como virtuoso e acredita que as instituições democráticas podem ser fortalecidas se os governantes souberem ouvir as demandas da população.
O documento discute os movimentos sociais no Brasil, como surgiram para resistir às desigualdades causadas pelo capitalismo e defender os direitos dos excluídos. Apresenta exemplos atuais como os movimentos de defesa da natureza, etnias, orientação sexual, sem-terra e sem-teto. Também aborda o papel das ONGs e como a música tem mobilizado os jovens. Por fim, analisa como os movimentos sociais continuam lutando para construir uma democracia participativa no país.
Muq - simionatto. as expressões ideoculturais da crise capitalista na atualid...maisumaquestao
1. O documento discute as expressões ideoculturais da crise do capitalismo na atualidade e sua influência teórico-política.
2. Analisa o advento do pós-modernismo a partir da década de 1970, questionando grandes teorias sociais e promovendo abordagens fragmentadas.
3. Argumenta que o pós-modernismo serve como ideologia da contra-reforma neoliberal ao enfraquecer a compreensão das relações sociais totais.
Desagregação da organização social e produtiva do Assentamento Carlos Marighe...UFPB
Este trabalho visa analisar as principais características da implementação e desagregação do sistema coletivo de organização social e produtiva no Assentamento Carlos Marighela, localizado em Santa Maria no Rio Grande do
Sul. O assentamento estudado foi formado entre os anos 1998/2002 no estado, junto ao programa para criação de assentamentos, denominado “Novo Modelo”. A partir disso, são analisados os elementos que influenciaram na organização coletiva dos assentados e as possíveis causas dos conflitos que levaram ao processo de desagregação do sistema coletivo de organização social e produtiva neste caso. Desse modo, este estudo analisa e problematiza os processos sociais e locais como trajetória social, condições de organização e infraestrutura, bem como as demais sociabilidades relativas ao assentamento, sendo esses fatores essenciais na elucidação das questões de pesquisa.
48735318 fundamentos-historicos-teoricos-e-metodologicos-do-servico-socialJorge Oscar Miranda
1) O documento discute a perspectiva da modernização conservadora do Serviço Social no Brasil pós-1964. 2) Neste período, o governo militar apoiou grandes empresas de capital internacional e modificou a sociedade brasileira para beneficiar os interesses do "grande capital". 3) Isto levou a uma renovação do Serviço Social brasileiro que se desenvolveu de forma a apoiar o projeto econômico do governo militar.
O documento discute a população em situação de rua no contexto da sociedade contemporânea centrada no consumo. A exclusão social produz pessoas subjugadas sem perspectivas, enquanto o estado reduz suas funções de bem-estar social. O texto caracteriza a população de rua como heterogênea, sem moradia formal ou pertencimento, e explora as estratégias de sobrevivência desenvolvidas.
Movimentos sociais na américa latina na atualidadeGracy Garcia
1) O documento discute os movimentos sociais na América Latina no contexto da globalização e seu papel na construção de processos emancipatórios;
2) As políticas neoliberais priorizaram pagamento da dívida em detrimento de serviços públicos, levando a desigualdade social;
3) Movimentos sociais como o MST e de indígenas, mulheres e sem-terra desafiam a exclusão e lutam por direitos.
Atividade parcial Disciplina: Serviço Social Contemporâneo II Professora: Da...LOCIMAR MASSALAI
O documento discute os impactos da mundialização do capital no serviço social. A mundialização do capital leva a políticas públicas de focalização, descentralização, desfinanciamento e regressão dos direitos trabalhistas, exigindo redimensionamentos dos profissionais de serviço social. O documento também analisa como o capital financeiro subordina a sociedade através da mercantilização e como isto afeta a cultura, valores e ética.
A transformação do trabalho e a formação profissional na sociedade da incertezaClaudio Santos
1) O documento discute a dependência econômica e social de países latino-americanos em relação aos países capitalistas centrais no contexto da globalização.
2) Teóricos como Marini, Santos e Fernandes analisam como a relação de dependência se manifesta através da superexploração do trabalho e da manutenção de "padrões periféricos" de desenvolvimento.
3) A década de 1990 representou a implantação de políticas neoliberais nos países dependentes, aprofundando a desigualdade e a exploração do
O documento resume um livro sobre capital social. Discutem-se definições de capital social como confiança, normas e cooperação entre pessoas. Explica-se como regiões na Itália tiveram resultados diferentes após reformas devido aos níveis de capital social, com o norte tendo mais confiança e participação.
“EXCLUSÃO SOCIAL” E CONTROLE SOCIAL.pdfEduardoNeto70
Este documento discute como os processos de "exclusão social" produzem uma nova forma de controle social, reduzindo a autonomia dos indivíduos em benefício de um modelo ocidentalizado difundido pelo capitalismo. A exclusão social é diferente da pobreza, pois é produzida pelo neoliberalismo e caracterizada pela sobredeterminação constante dos termos que fundamentam as relações contemporâneas entre mercado, trabalho e poder. A internacionalização da economia enfraqueceu os Estados-nação e rompeu com a noção de sociedade e sujeito definidos desde
1) O documento descreve um trabalho realizado por estudantes da Faculdade Adventista Paranaense sobre a Obra de Assistência Social Papa João XXIII em Floresta-PR.
2) A Obra oferece atividades socioeducativas para crianças carentes e os estudantes visitaram a entidade para conhecer sua estrutura e identificar formas de ajudá-la.
3) Os estudantes decidiram realizar uma arrecadação de alimentos para ajudar a Obra.
O documento discute o conceito de capital social de acordo com Robert Putnam. Putnam define capital social como as redes, normas e confiança social que facilitam a coordenação e cooperação. Seu estudo "Bowling Alone" mostra um declínio do engajamento cívico nos EUA, prejudicando as instituições. Existem dois tipos de capital social: o "bonding", que fortalece grupos homogêneos, e o "bridging", que cria laços entre grupos diferentes.
Gestão social dos territórios - Série DRS vol. 10iicabrasil
O IICA por meio do Fórum DRS, apresenta o volume 10 da Série de Desenvolvimento Rural Sustentável. O livro aborda a temática “modelos e instrumentos para gestão social dos territórios” escolhida a partir da constatação de que um número cada vez maior de entidades dos países latino-americanos, em especial o Brasil, incorpora concepções de territorialidade nas suas ações de desenvolvimento rural. Essa concepção de territorialidade é entendida como um mecanismo de articulação e integração entre as organizações da sociedade civil, os movimentos sociais e o poder público na promoção do desenvolvimento. Um dos grandes desafios dessas iniciativas é conseguir uma harmoniosa convivência e interação das distintas esferas de governança, públicas e privadas, que, em muitos territórios, dão lugar a diferentes modelos de gestão compartilhada, nos quais se redefinem papéis do Estado e das organizações da sociedade e se constroem novas formas institucionais para a gestão social. Nesse sentido, torna-se muito importante organizar um acervo técnico estruturado com vistas a incentivar o intercâmbio de experiências, percepções e propostas entre os agentes públicos e atores sociais. Esta publicação se insere nesse processo. Contém uma coletânea de artigos e está dividida em três partes: a primeira apresenta dois textos contextualizando a temática no plano internacional; a segunda trata especificamente dos desafios enfrentados para a adoção de processos efetivos de gestão social dos territórios no Brasil; a última parte está dedicada a uma reflexão sobre as questões centrais inerentes aos processos de gestão social dos territórios e explicita um conjunto de proposições de política.
Este documento discute o conceito de sociedade civil em Moçambique e seu papel no desenvolvimento da sociedade. Também aborda os princípios de boa governança, incluindo participação, transparência e estado de direito. A sociedade civil moçambicana evoluiu de organizações subordinadas ao estado para organizações que promovem a participação cívica e responsabilizam o governo.
As diversidades da sociedade civil Moçambicana são exprimidas em uma profunda contradição e em consequências socioeconómicas e políticas. Além disso, é possível perceber que os tais conceitos têm uma longa e tortuosa história no campo das ideias políticas remontando ao início da modernidade e apresentando distintos significados dependendo das posições teóricas, do contexto histórico e da forma de autoridade política no período em questão. É neste contexto que se pretende desenvolver o conceito de sociedade civil e o seu papel no desenvolvimento da sociedade civil moçambicana sem deixar de lado os princípios de boa governação em particular a natureza e o benefício sócio económico de cada princípio.
O documento discute educação musical em projetos sociais e no terceiro setor. Aborda conceitos como ONGs, movimentos sociais, cooperativas e fundações e seu papel no atendimento de lacunas deixadas pelo Estado. Também analisa princípios do terceiro setor como empoderamento, democracia e inclusão social.
Apresentação Seminário de Cultura - CarminhaCenpec
O documento discute o conceito de capital social, definindo-o como os grupos, redes e normas de confiança entre pessoas. Explora três dimensões do capital social: estrutural, referente a associações e redes; cognitiva, relacionada à confiança e normas; e de conexão, ligada a laços com instituições. Também aborda como medir o capital social em termos de participação, confiança, ação coletiva, informação, coesão e empoderamento.
1. O documento discute a crise estrutural que afeta as sociedades modernas em três eixos: a apartação social, a crise no sistema de trabalho, e o alarme ecológico.
2. A apartação social se refere à pobreza, miséria e exclusão social que afetam grande parte da humanidade.
3. A crise no sistema de trabalho está relacionada ao desemprego causado pela hegemonia do capital especulativo e às mudanças na natureza do trabalho com a automação.
4. O alarme ecológico
A expressão "questão social" começa a ser empregada maciçamente a partir da separação positivista, no pensamento conservador, entre o econômico e o social, dissociando as questões tipicamente econômicas das "questões sociais" (cf. Netto, 2001, p. 42).
1) O documento discute a necessidade de novas estruturas de governo que promovam a participação democrática e a gestão compartilhada.
2) Argumenta que a sociedade atual exige mais transparência, diálogo e responsabilidade compartilhada entre governo, mercado e sociedade civil.
3) Defende que governos devem priorizar políticas públicas que garantam o bem-estar social de forma harmoniosa entre os setores.
O documento discute o terceiro setor no Brasil, incluindo sua história e definição. Aborda as principais organizações do terceiro setor como fundações, entidades beneficentes e ONGs. Também discute a participação cívica e o voluntariado, com um breve histórico deste no país.
Este documento discute a desigualdade e a pobreza na América Latina no contexto do serviço social. Apresenta o quadro dramático da questão social no Brasil e na América Latina, onde a desigualdade é indissociável do capitalismo e da produção reiterada da pobreza. Contesta a ideia de que o crescimento econômico é suficiente para combater a pobreza. Situa historicamente o estado de bem-estar social e analisa o impacto da ofensiva do capital nos países periféricos, que provocou novas express
Seminário capital social moyano estradaRafael Farias
Este documento discute o conceito de capital social e sua utilidade para analisar dinâmicas de desenvolvimento. Apresenta as origens intelectuais do conceito de capital social e analisa duas abordagens principais para estudar desenvolvimento a partir deste conceito. Finalmente, apresenta o modelo síntese de Woolcock para combinar níveis micro e macro na análise do capital social e dinâmicas de desenvolvimento.
O documento discute as Organizações Sociais (OS) na área da saúde no Brasil e seus impactos no direito à saúde universal. Analisa como as OS estão ligadas a um movimento internacional de reforma do Estado para reduzir gastos sociais e privatizar serviços públicos, enfraquecendo os princípios do Sistema Único de Saúde brasileiro. Conclui que as OS acabam por cooptar setores da população e enfraquecer o direito à saúde como um direito universal e equitativo de todos.
1) Um novo movimento chamado Cidades Pela Retoma está a se formar, reunindo ativistas digitais que tentam agitar as consciências dos tomadores de decisão sobre como melhorar as cidades.
2) Os membros do movimento não usam gravata, não são contestatários, e em vez disso pesquisam tendências e propõem medidas de baixo custo que podem melhorar a qualidade de vida.
3) O movimento promove discussão online e define cinco passos para elaborar uma agenda local, como seguir a campanha online, organizar grupos locais e
Semelhante a O capital social dos territórios: repensando o desenvolvimento rural (20)
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REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
O capital social dos territórios: repensando o desenvolvimento rural
1. O capital social dos territórios:
repensando o desenvolvimento rural
Ricardo Abramovay *
Apresentação
Que o desenvolvimento rural não se reduz ao crescimento agrícola, eis uma afirmação que
se tornou corriqueira na produção acadêmica e nas instituições governamentais e não
governamentais de desenvolvimento no mundo todo. Por mais relevante que seja o estudo
das atividades não agrícolas no meio rural, a questão do desenvolvimento, porém, não se
restringe às possibilidades de sua expansão. É bastante recente o interesse pelas razões que
explicam o dinamismo de certas regiões rurais e o declínio de outras. Os resultados até aqui
atingidos neste tipo de pesquisa são bastante incertos, mas convergem num ponto
importante: regiões dinâmicas - de que talvez o exemplo mais emblemático, no Brasil, seja
o Vale do Itajaí, em Santa Catarina (1
) - caracterizam-se por uma densa rede de relações
entre serviços e organizações públicas, iniciativas empresariais urbanas e rurais, agrícolas e
não agrícolas. Mais importante que vantagens competitivas dadas por atributos naturais, de
localização ou setoriais é o fenômeno da proximidade social que permite uma forma de
coordenação entre os atores capaz de valorizar o conjunto do ambiente em que atuam e,
portanto, de convertê-lo em base para empreendimentos inovadores.
Esta proximidade supõe relações sociais diretas entre os atores. É neste sentido que, em
torno do desenvolvimento rural, convergem duas correntes contemporâneas de pensamento:
por um lado a que vem enfatizando a dimensão territorial do desenvolvimento. Não se
* Departamento de Economia (FEA/USP) e Programa de pós-graduação em Ciência
Ambiental/USP – abramov@usp.br
1 Ver neste sentido o interessante estudo do projeto CUT/CONTAG.
2. trata de apontar vantagens ou obstáculos geográficos de localização e sim de estudar a
montagem das “redes”, das “convenções”, em suma, das instituições que permitem ações
cooperativas – que incluem, evidentemente, a conquista de bens públicos como educação,
saúde, informação - capazes de enriquecer o tecido social de uma certa localidade.
A este processo de enriquecimento, uma outra vertente do pensamento
social contemporâneo – muito influente nas organizações internacionais
de desenvolvimento – vem chamando, com base nos trabalhos de James
Coleman (1990) e, Robert Putnam (1993/1996:177), de capital social,
que diz respeito a “...características da organização social, como
confiança, normas e sistemas, que contribuam para aumentar a eficiência
da sociedade, facilitando as ações coordenadas”.
A sociedade brasileira não tem dado a devida atenção a um processo molecular - incipiente,
é verdade - de tomada de consciência e de organização que pode abrir o caminho para uma
nova relação com o seu meio rural. A proliferação de Conselhos Municipais de
Desenvolvimento Rural, a montagem de centenas de Secretarias Municipais de Agricultura,
a pressão social sobre os recursos dos Fundos Constitucionais e sobre a própria política
agrícola, a experiência de construção dos assentamentos e um esforço inédito de formação
dos agricultores para o exercício da cidadania por parte das próprias organizações que os
representam fazem parte de um movimento que o País mal conhece e, conseqüentemente,
não valoriza.
Entre o potencial representado por este processo e estas iniciativas e o
que realmente têm conseguido alcançar, entretanto, a distância é, por
vezes, imensa. Não há ainda avaliações consistentes sobre o
desempenho das Comissões Municipais de Desenvolvimento Rural ou
2
3. sobre os planos que elas vêm elaborando, mas é com grande freqüência
que, mesmo nos Estados mais desenvolvidos, elas caracterizam-se por
práticas clientelistas, autoritárias e burocráticas (
2
).
Mudanças sociais em regimes democráticos são processos que se assemelham a trocar o
pneu de um carro em movimento: não se pode interromper o veículo para então fazer o
reparo, mas não se pode tampouco aceitar que se continue rodando com o pneu furado. As
instituições rurais vão refletir, na maior parte dos casos, as situações sociais em que se
inserem: como fazer delas então a base para a transformação destas situações sociais ? Ou,
em outras palavras, como criar capital social ali onde ele não existe (Durston, 1998) ? O
trabalho de Putnam enfatiza as raízes históricas mais longínquas da formação, no Norte da
Itália, de um espírito cívico, base de seu processo de desenvolvimento. Mas nas regiões
onde estas raízes inexistem ou são excessivamente frágeis, como evitar que as organizações
locais não sejam apenas a monótona reiteração dos processos convencionais de dominação
ou se esvaneçam conforme a finalidade imediata para a qual foram criadas seja ao menos
em tese cumprida ?
Uma reflexão amadurecida sobre este tema supõe que se desenvolvam estudos sobre o
desempenho das organizações rurais de base, e que se localizem os fatores determinantes
dos casos bem sucedidos e os que estão associados às experiências mais problemáticas. O
objetivo deste trabalho é bem mais modesto: ele pretende, por um lado, insistir no aspecto
territorial do desenvolvimento das regiões rurais e, por outro, e em caráter muito preliminar
sugerir algumas pistas a respeito dos obstáculos a serem superados para “criar capital social
ali onde ele não existe”.
O texto organiza-se em três sessões, além desta apresentação. Em primeiro lugar (parte II) é
exposta a noção de capital social. A parte III discute a noção de desenvolvimento territorial
e a parte IV dedica-se às proposições destinadas a superar os obstáculos à formação de
capital social no meio rural.
2 Ver Abramovay e Veiga, 1998
3
4. 2. Capital social
A recente incorporação do termo capital social ao vocabulário das instituições
internacionais de desenvolvimento é um sinal dos tempos. Em contraposição à ênfase
dominante nos anos 1980 - e de maneira cada vez mais explicitamente crítica com relação
ao ideário do Consenso de Washington – o Banco Mundial (Stiglitz, 1998 e Sharihd, 1998),
a FAO (Gordillo de Anda, 1997), a CEPAL (Durston, 1998) e a UNCTAD (3
) convergem
hoje no sentido de colocar em destaque as condições institucionais de que depende o
desenvolvimento.
A noção de capital social é uma espécie de resposta a um dos mais decisivos mitos
fundadores da civilização moderna, o de que a sociedade é um “conjunto de indivíduos
independentes, cada um agindo para alcançar objetivos a que chegam independentemente
uns dos outros, o funcionamento do sistema social consistindo na combinação destas ações
dos indivíduos independentes” (Coleman, 1990:300). A noção de capital social permite ver
que os indivíduos não agem independentemente, que seus objetivos não são estabelecidos
de maneira isolada e seus objetivos nem sempre estritamente egoístas. Neste sentido, as
estruturas sociais devem ser vistas como recursos, como um ativo de capital de que os
indivíduos podem dispor. “O capital social, ensina Coleman (1990:302) não é uma entidade
singular, mas uma variedade de diferentes entidades que possuem duas características em
comum: consistem em algum aspecto de uma estrutura social e facilitam algumas ações dos
indivíduos que estão no interior desta estrutura”. O capital social, neste sentido, é
produtivo, já que ele torna possível que se alcancem objetivos que não seriam atingidos na
sua ausência. Quando, por exemplo, agricultores formam um fundo de aval que lhes
permite acesso a recursos bancários que, individualmente lhes seriam negados, as relações
de confiança entre eles e com os próprios bancos podem ser consideradas como um ativo
social capaz de propiciar geração de renda.
Capital social é, antes de tudo, a resposta ao dilema neoclássico da ação coletiva. A base do
raciocínio está na constatação de que “as soluções privadas nem sempre funcionam”
(Mankiw, 1998) e que por seus interesses imediatos os agentes sociais teriam, diante da
3 Ver, por exemplo, os artigos semanais de Rubens Ricupero na Folha de São Paulo.
4
5. cooperação, uma conduta de caráter oportunista. Para ilustrar seu raciocínio, Putnam
(1993/1996:173) cita David Hume:
“Teu milho está maduro hoje; o meu estará amanhã. É vantajoso
para nós dois que eu te ajude a colhê-lo hoje e que me ajudes
amanhã. Não tenho amizade por ti e sei que também não tens por
mim. Portanto não farei nenhum esforço em teu favor; e sei que se
eu te ajudar, esperando alguma retribuição, certamente me
decepcionarei, pois não poderei contar com tua gratidão. Então,
deixo de ajudar-te; e tu me pagas na mesma moeda. As estações
mudam; e nós dois perdemos nossas colheitas por falta de
confiança mútua”
Nesta perspectiva teórica, as ações cooperativas deveriam esbarrar sempre na desistência de
seus membros participantes. O dilema do prisioneiro mostra que os interesses imediatos dos
indivíduos contrapõem-se (em oposição frontal a um princípio básico, ontológico do
pensamento liberal) à alocação socialmente ótima dos recursos.
O capital social aparece então como instrumento para a solução dos dilemas da ação
coletiva. O paradoxo está no fato de a cooperação ocorrer mesmo quando não há “um
Leviatã pronto para punir a deserção” (Putnam, 1993/1996:178). Putnam cita exemplos que
vão de uma aldeia Ibo na Nigéria até os fundos rotativos animados por certas organizações
internacionais de desenvolvimento (passando pelas regiões “cívicas” do Norte Itália a cujo
funcionamento virtuoso está voltado seu livro) e procura explicar processos variados de
cooperação com base em dois elementos básicos. Por um lado a cooperação supõe alguma
forma de pressão, constrangimento, em suma, daquilo que em sociologia se chama
“controle social”.
A não cooperação implica na existência de riscos, mas o controle só é efetivo se os atores
interiorizarem os elementos morais pressupostos na colaboração entre eles. Existem
sanções pela conduta “desviante”, mas elas só funcionam pela presença de recursos morais
que têm a virtude de aumentar conforme seu uso e dos quais a confiança é o mais
5
6. importantes. Em última análise, o capital social, corresponde ao ethos de uma certa
sociedade.
É verdade que a confiança por si só nem sempre é um atributo de nobreza nas relações
sociais: mecanismos de comercialização como a “venda na palha” no Nordeste ou
organizações como a Mafia estão certamente apoiados em laços de confiança, cuja
particularidade, entretanto, explica Putnam (1993/1996:184), reside na verticalidade dos
contatos e portanto no desequilíbrio entre as partes. Por isso não se produz a regra de
reciprocidade que é o elemento decisivo pelo qual o capital social produz instituições
propícias à participação cívica.
Mas por que batizar estes atributos sociais com o nome de “capital” ? Afinal, a noção de
capital envolve, em tese, apropriação privada e, conforme salienta Putnam, a característica
central do capital social é que se trata de um bem público. Na perspectiva de Putnam e de
Coleman o capital social é um conjunto de recursos (boa parte dos quais simbólicos) de
cuja apropriação depende em grande parte o destino de uma certa comunidade. Neste
sentido aliás o capital social na obra de Putnam e na de Coleman está bastante próximo ao
uso que faz desta noção Pierre Bourdieu. Para Bourdieu, o capital é definido como um
conjunto de “recursos e de poderes efetivamente utilizáveis” (Bourdieu, 1979:128), cuja
distribuição social é necessariamente desigual e dependente da capacidade de apropriação
de diferentes grupos. Embora Putnam não enfatize esta desigualdade, a acumulação de
capital social é um processo de aquisição de poder e até de mudança na correlação de forças
no plano local.
O capital social corresponde a recursos cujo uso abre caminho para o estabelecimento de
novas relações entre os habitantes de uma determinada região. “Assim como o capital
convencional no caso dos mutuários convencionais [do crédito bancário], o capital social
serve como uma espécie de garantia, estando porém disponível para os que não têm acesso
aos mercados de crédito regulares. Não dispondo de bens físicos para dar em garantia, os
participantes, na verdade empenham suas relações sociais. Assim o capital social é usado
para ampliar os seviços de crédito disponíveis nessas comunidades e para aumentar a
eficiência com que aí operam os mercados” (Putnam, 1993/1996:178-179).
6
7. Os fundos de aval, e as cooperativas de crédito são exemplos da substituição de patrimônio
e contrapartida por organização no estabelecimento das relações entre agricultores e sistema
bancário.
Há uma nítida convergência entre os pressupostos subjacentes à noção de capital social e as
premissas que dão lugar à formação do desenvolvimento territorial, como será visto a
seguir.
3. Desenvolvimento territorial
A dimensão territorial do desenvolvimento vem despertando cada vez mais o interesse dos
cientistas sociais. Na OCDE foi criada em 1994 uma “divisão de desenvolvimento
territorial” cujo primeiro trabalho consistiu numa nova delimitação das fronteiras entre
rural e urbano e na elaboração de indicadores que permitam compreender as disparidades
entre diferentes situações territoriais (OCDE, 1994). A idéia central é que o território, mais
que simples base física para as relações entre indivíduos e empresas, possui um tecido
social, uma organização complexa feita por laços que vão muito além de seus atributos
naturais e dos custos de transportes e de comunicações. Um território representa uma
trama de relações com raízes históricas, configurações políticas e identidades que
desempenham um papel ainda pouco conhecido no próprio desenvolvimento
econômico. A economia tem prestado bastante atenção aos aspectos temporais (ciclos
econômicos) e setoriais (complexos agroindustriais, por exemplo) do desenvolvimento, mas
é recente o interesse por sua dimensão territorial ou espacial (von Meyer, 1998).
Vem da Itália o programa de pesquisa mais influente com relação à dimensão territorial do
desenvolvimento. Com efeito, já no final dos anos 1970 economistas italianos chamam a
atenção para a noção marshalliana de distrito industrial – que ficou, para os economistas, no
esquecimento, durante décadas - e discutem a competitividade das empresas e os processos
de inovação à luz de conceitos como "redes", "meios inovadores" e "efeitos de
proximidades" (Pecqueur, 1995:2). Arnaldo Bagnasco e Carlo Triglia publicam em 1988
um estudo cujo título diz muito sobre a ambição deste programa: "A construção social do
mercado: o desafio da terceira Itália". Os mercados - o mesmo se aplica aos territórios - não
são entidades dadas de uma vez por todas por qualquer tipo de mão mágica ou de dotação
7
8. natural. Eles são o resultado de formas específicas de interação social, da capacidade dos
indivíduos, das empresas e das organizações locais em promover ligações dinâmicas,
capazes de valorizar seus conhecimentos, suas tradições e a confiança que foram capazes,
historicamente, de construir (4
).
“Industrialização difusa” e “Terceira Itália”: estes termos já extrapolam seu país de origem
e representam um conjunto variado de experiências de desenvolvimento que se
caracterizam por três traços básicos.
1. Existência, num certo território, de um conjunto diversificado - mas ao mesmo tempo
com um forte grau de interação - de empresas de porte familiar, isto é, onde a gestão, a
propriedade e o essencial do trabalho vêm da família.
2. Ambiente de inovações e de troca de informações entre indivíduos e empresas, onde a
colaboração é, no mínimo tão importante quanto a própria concorrência.
3. Integração entre empresas e indivíduos urbanos e rurais: na Itália em particular a
tradição de agricultura familiar formou uma base de conhecimentos e de iniciativas
fundamental para a formação de um espírito empresarial que explica a modalidade de
industrialização hoje marcante em quase 40% do território italiano e que atinge várias
outras regiões do mundo (5
).
Existe um componente territorial nos processos de criação de novos recursos que a
expressão “meios inovadores” sintetiza. “A empresa não é um agente inovador isolado. Ela
é parte do meio que a faz agir. O passado dos territórios, sua organização, seus
comportamentos coletivos, o consenso que os estrutura são componentes maiores da
inovação. Portanto, os comportamentos inovadores não são nacionais, mas dependem de
4 Mercados são muito mais que mecanismos destinados à formação dos preços. Eles são tipos
específicos de estruturas sociais, ou seja, “interações recorrentes e padronizadas entre atores,
mantidas por meio de sanções” (Swedberg, 1994:255).
5 Bagnasco (1996:192 e 203) insiste sobre duas condições essenciais da industrialização difusa na
Itália: por um lado, a existência de um "sistema urbano solidamente estruturado". Por outro lado,
ele estabelece uma correlação estreita entre o desenvolvimento da pequena empresa e as
relações de trabalho autônomo que predominaram na esfera agrícola.
8
9. variáveis definidas ao nível local ou regional” (Maillot, p. 256). O que caracteriza os
“meios inovadores” não é sua dotação em atributos naturais ou de localização, mas, antes
de tudo, a densidade de seu tecido institucional, seu “capital de relações” (Maillot, p. 257).
Outro exemplo do caráter territorial da inovação tecnológica vem do Vale do Silício na
Costa Oeste norte-americana que “desmistifica a idéia de que para a inovação tecnológica
na era da informação a localização é sem importância” (Castells, 1996:58). O importante,
no processo que fez do Vale do Silício o mais profícuo centro mundial de criação de novas
tecnologias foram os “contatos em primeira mão com as novidades” e a “existência de uma
comunidade de indústrias na qual as idéias poderiam circular e as pessoas poderiam
conversar de modo totalmente contrário ao espírito da competição – ao menos na forma
com que ela é entendida na economia convencional de mercado” (Piore, 1998).
Neste sentido, é importante assinalar que “...os sistemas produtivos mais dinâmicos – os
que se caracterizam pelas inovações – não emergem de uma racionalidade universal
abstrata, mas de racionalidades endógenas e diferenciadas de atores coletivos ligados uns
aos outros por suas próprias convenções (6
) cuja base é freqüentemente local” (Storper,
1996:117).
Pode parecer estranho evocar processos tão distantes de inovação para se refletir sobre o
desenvolvimento rural. O que interessa nestes casos não são os resultados concretos
atingidos, mas o processo pelo qual a intensificação das relações sociais localizadas
permitiram construir em torno da valorização de certos territórios uma “comunidade de
valores e de intenções” (7
). O que será produzido e valorizado em cada situação não se pode
dizer de antemão, é claro. O importante é que um ambiente de cooperação entre empresas -
6 A “teoria das convenções” é uma corrente de pensamento segundo a qual “o desenvolvimento de
convenções apropriadas é uma condição para a coordenação dos atores econômicos. As
convenções podem ser definidas como expectativas e práticas tidas como mutuamente coerentes,
algumas se incarnando em instituições formais, outras não. Numerosas convenções regem a
atividade produtiva, por duas razões principais. Por um lado...a incerteza reveste diferentes formas
segundo os produtos diversos e variados da economia, em função das tecnologias, dos mercados
e dos recursos associados aos diferentes tios de produtos. Por outro lado, a diversidade dos
grupos de atores segundo sua história e sua geografia, os conduz a sustentar racionalidades
diferentes diante das situações de incerteza que encontram” (Storper, 1996:112).
9
10. no sentido da troca de informações, da preocupação comum com a formação dos
trabalhadores, com a implantação dos serviços indispensáveis ao seu funcionamento e com
a qualidade de vida numa certa região – é uma das bases essenciais para o processo de
desenvolvimento.
Hoje existem várias regiões que procuram organizar estas formas cooperativas – que não se
opõem evidentemente à concorrência, mas, ao contrário, fornecem um quadro onde os
mercados podem funcionar de maneira mais adequada. No Oeste de Santa Catarina, 20
municípios integram o Fórum de Desenvolvimento Regional Integrado, do qual participam
ativamente diversas organizações não-governamentais locais (8
). No Sudoeste do Paraná,
igualmente, o projeto Nova Itália também tem agregado um conjunto variado de forças
voltadas à criação de sinergia entre suas inúmeras organizações de base.
Estas experiências - cujo estudo crítico torna-se urgente em virtude de seu potencial e de
sua rápida expansão - têm contribuído para o surgimento da noção de “sistema econômico
local” que não significa autarcia ou isolamento, mas, ao contrário abertura de novas
oportunidades com base no aperfeiçoamento do tecido institucional de cada região.
4. Alguns desafios
A distância entre as situações em que as forças organizadas de um certo território
constróem processos de coordenação e o que ocorre na esmagadora maioria dos municípios
é tão grande que fornece a impressão de que somente em condições muito excepcionais este
tipo de ação coletiva tem chances de sucesso. Tive a oportunidade de animar recentemente
uma sessão de trabalho com extensionistas rurais ligados a Conselhos Municipais de
Desenvolvimento no Sul do País e coloquei uma questão a ser respondida em grupo a
respeito dos obstáculos e dos trunfos para que a ação extensionista se convertesse em parte
de um processo de desenvolvimento. Os principais obstáculos mencionados foram: falta de
7 É o termo empregado por Gabrio Casadei Lucchi presidente do Consórcio In-Agro (estratégias de
formação para o setor agroindustrial) e da Associação Italiana dos Parques Científicos e
Tecnológicos na prefácio ao livro recente de Casarotto Filho e Pires (1998).
8 Casarotto Filho e Pires (1998) trazem uma reflexão com preciosas recomendações práticas
sobre a implantação de redes de desenvolvimento local.
10
11. confiança dos agricultores na própria capacidade; dependência dos membros da Comissão
com relação ao prefeito; sentimento do prefeito de que a comissão é um adversário ao seu
próprio poder; ingerência político-partidária na vida das Comissões; falta de preparo dos
próprios técnicos; baixa participação da sociedade civil local nas Comissões; baixa
informação de seus membros; participação exclusivamente dos homens, com exclusão das
mulheres e dos jovens.
Ninguém possui a receita para a superação destes limites. Mas o pressuposto básico para a
mudança desta situação está num mínimo de consenso em torno de um projeto de
desenvolvimento que Casarotto Filho e Pires chamam com razão de “pacto territorial” e
que devem responder a cinco requisitos (1998:100):
4. mobilizar os atores em torno de uma “idéia guia”
5. contar com o apoio destes atores não apenas na execução, mas na própria elaboração do
projeto
6. definir um projeto que seja orientado ao desenvolvimento das atividades de um
território
7. realizar o projeto em um tempo definido
8. criar uma entidade gerenciadora que expresse a unidade (sempre conflituosa, é claro)
entre os protagonistas do pacto territorial.
Trata-se, em última análise, da construção de um novo sujeito coletivo do desenvolvimento
que vai exprimir a capacidade de articulação entre as forças dinâmicas de uma determinada
região. Tanto para os assentamentos como para os Conselhos Municipais ligados à
execução do PRONAF infra-estrutura e serviços esta orientação é crucial. Com efeito,
trabalho recente de Castilhos et al. (1998) - certamente a mais engenhosa e importante
síntese a respeito das conquistas e dos limites dos assentamentos - mostra que uma das
características centrais das experiências problemáticas está na sua precária capacidade de
articulação com outros atores da região e sua estrita dependência dos poderes públicos
federais. Ao contrário, as experiências bem sucedidas caracterizam-se sistematicamente
11
12. pela ampliação do círculo de relações sociais dos assentados no plano político, econômico e
social. Por mais que as condições naturais (solo, relevo, clima) sejam importantes na
determinação do desempenho dos assentamentos, não são poucos os casos em que os
limites físicos foram vencidos pela capacidade organizativa, ou seja, pela construção de
uma rede de relações que possibilitou ampliar as possibilidades de valorização do trabalho
dos assentados. Nestes casos, como mostra o estudo de Castilhos et al. (1998), a própria
relação com o sistema de crédito é de natureza a disseminar o clima de confiança nessário à
formação de novos negócios, uma vez que a inadimplência é muito baixa, contrariamente
às situações em que se estreita o âmbito de relações que compõem a vida do agricultor.
Guardadas as devidas proporções, o mesmo se aplica ao funcionamento das Comissões
Municipais de Desenvolvimento Rural. Até aqui elas não têm cumprido sua vocação maior
que seria catalizar o processo de formação do pacto territorial do desenvolvimento. Os
projetos tendem a responder muito mais a necessidades tópicas e localizadas que a um
plano elaborado por forças diversificadas e realmente oriundas da sociedade civil. Os casos
em sentido contrário existem, mas são francamente minoritários.
A ausência de estudos sistemáticos que avaliem e procurem estabelecer certas tipologias
sobre o alcance e os limites da atuação das organizações de desenvolvimento rural é um
sério obstáculo para o avanço da reflexão a respeito. Ainda assim, convém avançar algumas
hipóteses sobre como superar as principais dificuldades.
9. O mais importante desafio que têm pela frente as forças capazes em princípio de levar
adiante um pacto de desenvolvimento territorial consiste na mudança do ambiente
educacional existente no meio rural. A tradição histórica brasileira (própria das
sociedades de passado escravista) que dissocia o trabalho do conhecimento persiste até
hoje no meio rural. Isso é verdade não só com relação aos assalariados agrícolas, mas
também nas regiões de agricultura familiar. Como em toda a América Latina, persiste
no Brasil o costume de que fica na propriedade paterna aquele filho com menos
vocação para o estudo (el que la cabeza no le dá para más). Aos mais dinâmicos e
empreendedores todos apontam o caminho da migração como o mais promissor: os
pais, os colegas, os professores e os próprios extensionistas (Abramovay et al, 1998). É
claro que se forma assim um perfeito círculo vicioso entre a escassez de oportunidades
12
13. e a precariedade dos talentos para explorá-las. O Brasil não possui, até hoje, uma
instância de reflexão, elaboração e orientação quanto ao que deve ser a educação no
meio rural. Sem que os próprios agricultores estejam conscientes dos trunfos que o
meio rural pode oferecer a uma estratégia de desenvolvimento baseada na formação de
tecidos territoriais densos e variados no interior do País, será impossível a superação do
caráter até aqui burocrático e autoritário (a famosa prefeiturização) de que se revestem
as tentativas de descentralização das políticas públicas. Um dos pressupostos básicos
que a literatura sobre inovação e territórios coloca em destaque é a dinâmica de
aprendizagem, de valorização das práticas produtivas e da cultura técnica locais. É claro
que se o meio rural representar aos olhos dos que o habitam – sobretudo os mais jovens
– estagnação, conservadorismo e atraso, as chances de iniciativas inovadoras serão
mínimas. É por isso que não se trata apenas de melhorar a escola rural ou de ampliar a
realização de cursos profissionais, mas de modificar o conjunto do ambiente que se
refere à aquisição e ao uso do conhecimento no meio rural. Se a formação for
estritamente profissional e não estiver associada à permanente busca de oportunidades
locais de desenvolvimento, o máximo que poderá acontecer é que a região se torne uma
exportadora de mão-de-obra com formação um pouco melhor que a média.
10. Projetos de desenvolvimento terão tanto mais chances de sucesso quanto mais forem
capazes de extrapolar um único setor profissional. O desenvolvimento territorial apoia-
se, antes de tudo, na formação de uma rede de atores trabalhando para a valorização dos
atributos de uma certa região. É esta rede que permite a existência de uma dinâmica de
“concorrência-emulação-cooperação” entre as empresas de uma certa região.
Exatamente por não estarem dotados das prerrogativas necessárias ao desenvolvimento
(da educação, da formação, do crédito, da informação), os agricultores não são
encarados pelo restante da sociedade local como potenciais protagonistas de um pacto
territorial. É a esta situação que suas lideranças e os técnicos que os assessoram têm a
missão de se contrapor. Não se trata de aguardar os investimentos que os poderes
públicos virão no futuro a fazer e que responderão pelas mudanças neste quadro. Ao
contrário, o quadro só mudará caso haja uma ação voluntarista de coordenação e criação
de um clima de confiança entre os atores locais dos quais, em muitas regiões do interior,
os agricultores são a maioria. Esta articulação pode ser feita em torno de idéias à
13
14. primeira vista muito simples, mas cuja realização prática supõe uma densa rede de
relações locais (ver exemplo no box I).
BOX I
Tanto nas praias da Bahia como nas cidades do litoral e do interior nordestino, uma
maioria de consumidores e de turistas prefere o tradicional queijo coalhado e prensado do
Agreste e dos Sertões do Nordeste (chamado coalho) aos queijos argentinos ou europeus,
sem sabor ou demasiado exóticos. Esta realidade sustenta uma série de atividades
“alternativas” de processamento e comercialização de leite e queijos no Semi-árido
sergipano, chegando a absorver 60 à 80 % de uma produção local de leite crescente e, cada
vez mais assegurada por produtores familiares. “Alternativa” na medida que essa atividade
ocupa essencialmente pequenos produtores de porcos pluri-ativos, artesões, pequenos
criadores e intermediários comerciais ocasionais. O desafio dos produtores familiares de
leite, junto com os pequenos fabricantes de queijo, é organizar melhor o controle da
cadeia, de maneira a garantir a qualidade do produto e um retorno econômico estabilizado.
Na região de Nossa Senhora da Glória, produtores de leite e de queijo organizam-se com o
apoio de várias instituições técnicas locais (Emdagro, Embrapa, Sebrae, etc) em torno de
um programa de construção social da qualidade dos queijos artesanais. O lançamento foi
realizado em agosto de 1998 com a primeira Feira do Queijo em Glória e o concurso dos
melhores queijos de coalho de diversos tipos (Cerdan et al., 1997).
Como bem mostra Storper, a afirmação destes produtos supõe uma coordenação fora do
mercado que não são simples máscaras ou formas disfarçadas de funcionamento do
mecanismos de preços: produtos personalizados, artesanais ou “dependentes de uma
informação rara ou não codificada” (Storper, 1996:122) supõem uma regulação entre
comprador e vendedor, laços de confiança que dependem não só de um quadro
institucional de garantia mas até, muitas vezes, algum tipo de relação personalizada.
11. Na maior parte das vezes o município é uma unidade administrativa pouco adequada
para gerir a rede de relações necessária ao desenvolvimento territorial. Não se trata de
desprezar as possibilidades de ação desta esfera política e administrativa, mas de
reconhecer sua insuficiência em um duplo sentido. Em primeiro lugar não são raros os
casos em que a reprodução do poder político do prefeito está baseada em relações de
natureza clientelista com certos segmentos muito definidos da população. A
manutenção dos esquemas convencionais de clientela, favorecimento e retribuição por
meio de votos é um dos principais obstáculos à elaboração e execução de qualquer tipo
de projeto de desenvolvimento. Mas ao mesmo tempo, a sobrevivência de muitos
prefeitos e líderes locais está baseada exatamente na força deste tipo de relação política.
Além disso, as forças capazes de produzir uma interação dinâmica entre diferentes
14
15. setores de um território não se confinam aos limites de um município. Mesmo quando
se trata de atividades tão corriqueiras como a valorização da produção de leite, a
unidade de referência é a bacia leiteira e não o município. A montagem de uma central
de comercialização de leite, por exemplo, vai necessariamente extrapolar os limites de
um único município. Esta ação extra-municipal é um dos trunfos a que podem recorrer
as organizações e os técnicos cuja ação local fica bloqueada por uma liderança política
convencional e que não tem interesse em ampliar o raio de relações sociais de sua
clientela.
12. É fundamental, neste sentido, a organização de iniciativas que comecem a
materializar a existência desta dinâmica territorial. Feiras de produtores rurais são um
exemplo barato de como certas aptidões locais podem converter-se na base para a
formação de novos laços de confiança e cooperação entre setores econômicos.
Seminários voltados à descoberta de novos potenciais produtivos podem exercer um
papel também de relevo neste sentido. Este tipo de iniciativa pode propiciar o
surgimento de uma realidade intermediária entre o Estado e o município, capaz de
articular as ações necessárias à formação e ao desenvolvimento de uma rede territorial.
13. Um dos aspectos em que as redes territoriais têm alcançado maior sucessso é na
criação de novos mercados que ponham em destaque capacidades regionais
“territorializadas”. Faz parte da mudança do ambiente educacional no meio rural uma
nova atitude diante das atividades artesanais. Elas possuem um potencial de geração de
renda tanto maior quanto mais elas consigam reunir num só produto a garantia quanto a
sua sanidade e a imagem de que resgatam conhecimentos e modos tradicionais de
fabricação dos produtos. A tradição que consiste em vincular um certo procedimento
produtivo a um território – tão importante na afirmação das regiões na Europa
Ocidental - é completamente estranha a nossa tradição. O importante é que os
conhecimentos de um corpo social localizado territorialmente possam exprimir-se em
marcas capazes de oferecer garantia aos consumidores e elevar a renda dos produtores
que investiram neste tipo de organização coletiva. O papel dos extensionistas, dos
movimentos sociais e das associações profissionais neste sentido pode ser crucial.
15
16. 14. As faculdades existentes no interior do País e as Universidades podem exercer um
papel decisivo na formação de redes territoriais de desenvolvimento. Por um lado,
contribuindo no estudo das dinâmicas organizativas locais. Por outro, colaborando com
entidades profissionais e de classe na formação de “incubadoras” de empresas, no
oferecimento de assessorias a balcões de projetos, na difusão – juntamente com a
extensão rural – das informações sobre linhas de crédito acessíveis a cada caso. A
formação de consórcios voltados ao desenvolvimento local (Casarotto Filho e Pires,
1998) também pode beneficiar-se do apoio das faculdades e dos campi das
universidades existentes no interior do País.
15. O pressuposto intelectual básico para a formação de redes territoriais densas e
diversificadas é que se construa uma nova visão – inclusive sob o ângulo estatístico –
do que significa o meio rural. Na classificação do IBGE o rural é definido como o que
não é urbano. Qualquer localidade, qualquer distrito e mesmo os pequenos municípios
são vistos como não-rurais. Por aí não se consegue sequer formular a questão
fundamental – para a pesquisa e para as políticas públicas – a respeito das situações que
permitem em alguns casos dinamismo e em outros estagnação às regiões rurais. O
essencial é formular procedimentos estatísticos que não separem as cidades das regiões
rurais em que estão inseridas, ou seja, que permitam uma visão territorial sobre o
processo de desenvolvimento.
5. À guisa de conclusão
Uma visão territorial do desenvolvimento pode revelar potenciais que, até hoje, o meio
rural não revelou à sociedade. Visto como a base física da produção agrícola, seu destino
dificilmente escapa à tragédia do esvaziamento social, econômico, político e cultural.
Quando, entretanto, o meio rural é encarado, não como a simples sustentação geográfica de
um setor (a agricultura), mas como base de um conjunto diversificado de atividades e de
mercados potenciais, seus horizontes podem ser ampliados. Os fatores específicos em que
se apoia – a baixa densidade demográfica, a maior ou menor distância de grandes centros
urbanos e a relação com a natureza – não são suficientes para explicar o atraso em que
persiste a maior parte da população que aí vive. Mais importantes que estes fatores
16
17. “naturais”, são as instituições que não cessam de transmitir aos atores locais a idéia de que
o mais curto caminho para a emancipação da pobreza é migrar. Construir novas instituições
propícias ao desenvolvimento rural consiste, antes de tudo em fortalecer o capital social dos
territórios, muito mais do que em promover o crescimento desta ou daquela atividade
econômica. O próprio crescimento urbano recente aumenta a demanda por novos produtos
e novos serviços vindos do meio rural. O desafio consiste em dotar as populações vivendo
nas áreas rurais das prerrogativas necessárias a que sejam elas os protagonistas centrais da
construção dos novos territórios.
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