Este documento analisa o projeto Telecurso 2000, uma iniciativa brasileira de educação a distância financiada pelo governo e empresas. O resumo discute como o projeto utiliza técnicas midiáticas sofisticadas para promover uma agenda cultural neoliberal e moldar os protocolos educacionais, interferindo no espaço público. Além disso, questiona se o projeto realmente serve aos interesses da formação social dado seu locus de concepção e implementação.
This document discusses policies for Brazilian youth and the importance of democratizing access to technology. It reflects on experiences from Observatories in Rio de Janeiro favelas and the Conexões de Saberes program between universities and communities. It argues that youth should be seen as capable of transforming their social spaces, not just as problems, and that non-traditional spaces like communities can transmit knowledge alongside universities.
Educomunicação é entendida como um campo de ações na interface entre Educação e Comunicação que visa ampliar a expressão e o acesso às tecnologias de forma democrática. Diferentemente da Educação e da Comunicação isoladas, a Educomunicação cria um paradigma próprio centrado nos ecossistemas comunicativos em espaços educativos. Ela busca promover a participação, a gestão compartilhada e o desenvolvimento de práticas comunicativas qualitativas. Atua em cinco vertentes principais: Educação para a Comunicação,
Grupo 04 tr17 elisangela r. da costa concepto, instrumentos y_desafãos_de_la...guestdd96fad
O documento discute o conceito de educomunicação e seu potencial para promover mudança social. Aborda as metodologias e estratégias da educomunicação, incluindo a perspectiva de Paulo Freire de comunicação como diálogo. O autor argumenta que a educomunicação requer processos participativos planejados cuidadosamente de acordo com cada contexto cultural e social.
20042010 grupo 04 tr17 elisangela r. da costa concepto, instrumentos y_desafã...guestd384f64
O documento discute o conceito de educomunicação e seu papel na transformação social. Aborda as metodologias e estratégias da educomunicação, incluindo a perspectiva de Paulo Freire de comunicação como diálogo. O autor defende que a educomunicação pode promover processos participativos e dialógicos para a transformação social seguindo sete premissas como atender as particularidades culturais e estabelecer objetivos de longo prazo.
Educomunicação é entendida como um campo de ações na interface entre Educação e Comunicação que visa ampliar a expressão dos indivíduos garantindo acesso a tecnologias. Ela se diferencia por criar um paradigma próprio de intervenção multidisciplinar centrado em ecossistemas comunicativos em espaços educativos. Busca ampliar a expressão, promover uso democrático de informações e criar ambientes comunicativos abertos. Atua em áreas como educação para comunicação, mediação tecnológica, gestão da comunicação em espaços educ
20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...guestd384f64
O documento discute os conceitos e desafios da educomunicação para promover transformação social. Apresenta breve histórico do desenvolvimento e comunicação e define educomunicação como processo dialógico e participativo que permite às sociedades decidirem autonomamente sobre seu futuro. Aponta a necessidade de formação de profissionais nessa área e uso de novas tecnologias para promover a educomunicação.
A gestão escolar democrática é analisada no contexto das políticas educacionais brasileiras e do modelo societal capitalista neoliberal. A dissertação questiona se existem hoje fundamentos teóricos e condições concretas para a implementação de uma política educacional escolar democrática. Autores como Heloísa Lück, Moacir Gadotti e José Carlos Libâneo defendem a descentralização, transparência e participação como pilares da gestão democrática, porém os movimentos sociais dos anos 1970 e 1980 não alcançaram todos os seus objetivos d
Ppt por carlina boros tr45 - educomunicação contribuições para a melhora do...videoparatodos
1) O documento discute a proposta de incluir a educomunicação na reforma do Ensino Médio brasileiro através de 5 linhas de ação.
2) A educomunicação surgiu nos debates da educação popular nas décadas de 1960-1970 e agora está presente nas políticas públicas.
3) A comunicação deve fazer parte do currículo escolar para engajar os estudantes e responder aos seus interesses e hábitos de comunicação fora da escola.
This document discusses policies for Brazilian youth and the importance of democratizing access to technology. It reflects on experiences from Observatories in Rio de Janeiro favelas and the Conexões de Saberes program between universities and communities. It argues that youth should be seen as capable of transforming their social spaces, not just as problems, and that non-traditional spaces like communities can transmit knowledge alongside universities.
Educomunicação é entendida como um campo de ações na interface entre Educação e Comunicação que visa ampliar a expressão e o acesso às tecnologias de forma democrática. Diferentemente da Educação e da Comunicação isoladas, a Educomunicação cria um paradigma próprio centrado nos ecossistemas comunicativos em espaços educativos. Ela busca promover a participação, a gestão compartilhada e o desenvolvimento de práticas comunicativas qualitativas. Atua em cinco vertentes principais: Educação para a Comunicação,
Grupo 04 tr17 elisangela r. da costa concepto, instrumentos y_desafãos_de_la...guestdd96fad
O documento discute o conceito de educomunicação e seu potencial para promover mudança social. Aborda as metodologias e estratégias da educomunicação, incluindo a perspectiva de Paulo Freire de comunicação como diálogo. O autor argumenta que a educomunicação requer processos participativos planejados cuidadosamente de acordo com cada contexto cultural e social.
20042010 grupo 04 tr17 elisangela r. da costa concepto, instrumentos y_desafã...guestd384f64
O documento discute o conceito de educomunicação e seu papel na transformação social. Aborda as metodologias e estratégias da educomunicação, incluindo a perspectiva de Paulo Freire de comunicação como diálogo. O autor defende que a educomunicação pode promover processos participativos e dialógicos para a transformação social seguindo sete premissas como atender as particularidades culturais e estabelecer objetivos de longo prazo.
Educomunicação é entendida como um campo de ações na interface entre Educação e Comunicação que visa ampliar a expressão dos indivíduos garantindo acesso a tecnologias. Ela se diferencia por criar um paradigma próprio de intervenção multidisciplinar centrado em ecossistemas comunicativos em espaços educativos. Busca ampliar a expressão, promover uso democrático de informações e criar ambientes comunicativos abertos. Atua em áreas como educação para comunicação, mediação tecnológica, gestão da comunicação em espaços educ
20042010 grupo 04 tr17 ronaldo gardinal concepto, instrumentos y_desafios_de_...guestd384f64
O documento discute os conceitos e desafios da educomunicação para promover transformação social. Apresenta breve histórico do desenvolvimento e comunicação e define educomunicação como processo dialógico e participativo que permite às sociedades decidirem autonomamente sobre seu futuro. Aponta a necessidade de formação de profissionais nessa área e uso de novas tecnologias para promover a educomunicação.
A gestão escolar democrática é analisada no contexto das políticas educacionais brasileiras e do modelo societal capitalista neoliberal. A dissertação questiona se existem hoje fundamentos teóricos e condições concretas para a implementação de uma política educacional escolar democrática. Autores como Heloísa Lück, Moacir Gadotti e José Carlos Libâneo defendem a descentralização, transparência e participação como pilares da gestão democrática, porém os movimentos sociais dos anos 1970 e 1980 não alcançaram todos os seus objetivos d
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1) O documento discute a proposta de incluir a educomunicação na reforma do Ensino Médio brasileiro através de 5 linhas de ação.
2) A educomunicação surgiu nos debates da educação popular nas décadas de 1960-1970 e agora está presente nas políticas públicas.
3) A comunicação deve fazer parte do currículo escolar para engajar os estudantes e responder aos seus interesses e hábitos de comunicação fora da escola.
Este documento discute a educação e tecnologia em uma perspectiva histórico-cultural. Ele explica que as tecnologias são construções sociais que evoluem ao longo do tempo e são influenciadas por fatores econômicos e culturais. Também discute como as novas tecnologias podem ser usadas na educação para melhorar a qualidade do ensino, desde que sejam compreendidas em seu contexto histórico e usem uma abordagem crítica e não competitiva.
Midiatização, prática social – prática de sentido de Antônio Fausto Neto UFRGS
O documento discute a midiatização como um conceito em formação e pouco problematizado. A midiatização transcende os meios de comunicação e afeta as relações entre indivíduos e instituições. Teóricos propuseram esquemas para analisar como a midiatização influencia as práticas sociais através de quatro zonas de produção de processos.
O documento analisa as mudanças no programa educativo ProJovem Urbano ao longo do tempo, desde sua criação até se tornar parte da Educação de Jovens e Adultos com foco na certificação do Ensino Fundamental e cursos de formação profissional. Inicialmente, programas similares inspiram o ProJovem Urbano e exemplificam o desenvolvimento das práticas socioeducativas e sua relação com a educação não formal, mas posteriormente esvaziam a não formalidade. Atualmente, o ProJovem Urbano ilustra a fragment
O documento discute a inclusão digital em Marília, SP, Brasil. Ele descreve uma oficina sobre informação e comunicação visual com 40 instrutores de informática de escolas públicas municipais para melhorar o acesso e uso da tecnologia digital. O objetivo era fornecer subsídios para políticas públicas de informação e avaliar estratégias do governo municipal para promover a inclusão digital.
1) O documento discute a noção de cidadania comunicativa a partir de um projeto de rádio escolar em Porto Alegre.
2) A cidadania comunicativa é constituída à medida que os alunos ampliam o acesso às tecnologias e produzem conteúdo para a rádio.
3) O estudo identificou que a cidadania comunicativa se concretiza por meio da colaboração entre professores e alunos e dos espaços de produção midiática na escola.
A CONTRIBUIÇÃO EDUCACIONAL DO MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE- MEBSilvani Silva
O documento discute as contribuições educacionais do Movimento de Educação de Base (MEB) no processo de formação de jovens e adultos no município de Tianguá-CE. O MEB surgiu na década de 1960 com o objetivo de oferecer educação popular e alfabetização para adultos por meio de métodos participativos e voltados para a realidade local. O estudo analisa como o MEB atuou em Tianguá, despertando a consciência política dos cidadãos e contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.
Artigo belloni 2002 - ensaio sobre a educação a distância no brasilJackeline Ferreira
O documento analisa a educação a distância no Brasil, discutindo como as inovações tecnológicas afetam os processos educacionais e como as grandes empresas veem a educação como uma nova fonte de mercado lucrativa, oferecendo produtos educacionais de baixa qualidade. A análise critica a visão tecnocrática que prioriza a técnica sobre a realidade dos sistemas educacionais.
Este documento discute diferentes abordagens para a educação e comunicação, comparando educação tradicional, tecnicista e libertária. Defende a educomunicação como produção coletiva que fortalece sujeitos autônomos através de comunicação comunitária e não oficial.
Este documento descreve um projeto de pesquisa sobre a gestão da comunicação em três projetos de extensão universitária: Focagen, Revista Se Lig@ e CATIS. O projeto analisará a comunicação nos projetos por meio de documentos, entrevistas e observação participante para avaliar a abordagem educativa, metodologia participativa e espaço para expressão dos envolvidos.
Este documento discute o papel das ciências sociais para uma leitura crítica da mídia na educação. Ele explica como as ciências sociais podem fornecer ferramentas teóricas e práticas para pesquisas educacionais sobre como a escola lida com os desafios das mídias e tecnologias. Também analisa pesquisas sobre como professores e escolas usam mídias e TICs para estimular uma análise crítica das relações entre mídia e poder.
A Comunicação Organizacional, as redes sociais: afetos, emoções e memória na ...Margareth Michel
O trabalho reflete sobre a comunicação das organizações no mundo contemporâneo, globalizado, em que conhecimento e comunicação são compartilhados por meio das tecnologias disponíveis, levando em conta os desafios: agregação de emoções e
afetos à memória organizacional/institucional. Busca saber como lidam com as redes
sociais e seus desafios, entender afetos e emoções presentes no contexto e sua relação com a memória. Trabalha o referencial teórico na área da comunicação organizacional, caracterizando emoções e afetos presentes, bem como sua relação com a memória da organização, vinculadas à utilização das tecnologias, da internet às redes sociais. Constitui-se numa pesquisa exploratória, documental e descritiva. Dão suporte ao estudo exploratório o referencial teórico embasado em autores reconhecidos nas áreas abordadas, pesquisa quantitativa e qualitativa realizada nas redes sociais.
A comunicação organizacional as redes sociais afetos emoções e memóriaMargareth Michel
Este documento discute a comunicação organizacional e o uso de redes sociais por organizações. Ele explora como as emoções e os afetos estão presentes nas campanhas de marketing e como eles se relacionam com a memória organizacional. O documento também revisa a literatura sobre a evolução da comunicação organizacional e o papel crescente das redes sociais e das emoções nesse processo.
O documento discute a comunicação pública e sua relação com a democracia e cidadania. Apresenta diferentes perspectivas sobre comunicação pública e argumenta que ela deve ser um direito dos cidadãos e um exercício democrático, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Apesar de ser um novo conceito, ainda há desafios para sua efetiva implementação na prática.
O documento discute a comunicação/educação para mudança social nos EUA nos anos 1950 e suas limitações. Também aborda a importância do comunicador ter conhecimentos em diversas áreas para promover mudanças sociais de forma eficaz através de estratégias inovadoras de comunicação educativa.
O documento discute as relações entre os sujeitos da juventude, a mídia e a escola. Apresenta diferentes perspectivas sobre a cultura juvenil e como ela é representada nos meios de comunicação. Defende que a escola deve ser um espaço de diálogo entre os discursos midiáticos e dos jovens para uma compreensão mútua e formação da identidade.
O documento discute as mudanças trazidas pela sociedade midiática e a comunicação em rede. Apresenta breves biografias de autores que abordam temas como a saturação de estímulos midiáticos, a mercantilização da cultura, as identidades em transformação e a coexistência de velhas e novas tecnologias de comunicação. Também reflete sobre a cultura do espetáculo, a incomunicação crescente e o poder e a liberdade na era da informação.
1) A Educação Popular tem como objetivo permitir que as classes populares participem ativamente da história e das decisões políticas, ao invés de serem apenas representadas.
2) O autor defende a construção de uma Política Nacional de Educação Popular no Brasil, seguindo o exemplo de Paulo Freire quando ele instituiu a Educação Popular como política pública em São Paulo, mantendo um equilíbrio entre o poder público e o poder popular.
3) A Educação Popular tem uma longa história no continente americano e em outros lugares, evoluindo
Educação Online e Formação Contínua em MedicinaMAURILIO LUIELE
O documento discute a educação online e a formação contínua em medicina. Apresenta como a sociedade está passando por uma transformação devido às novas tecnologias, levando ao surgimento da cibercultura. Isso representa um desafio para a educação, que deve capacitar as pessoas a lidarem com a incerteza através do desenvolvimento do pensamento crítico. Neste contexto, a educação a distância, especialmente a educação online, cresce em importância por possibilitar a aprendizagem ao longo da vida.
O documento discute os conceitos de comunicação pública e comunicação de interesse público, citando autores e princípios constitucionais relacionados à transparência e ao direito dos cidadãos de receberem informações dos órgãos públicos. Também apresenta exemplos de como a comunicação pode promover mudanças sociais benéficas.
Ppt por elisangela costa tr 44 - meios de comunicação e educação - grupo 4videoparatodos
O documento discute os desafios para a formação de docentes no contexto da comunicação e educação. Em três partes, aborda: 1) o projeto de pesquisa-ação EducomTV para capacitar professores no uso da imagem; 2) os conceitos de educomunicação e a necessidade de formar educomunicadores; 3) os desafios da docência na era digital e a importância da formação continuada de professores.
Este documento discute a educação e tecnologia em uma perspectiva histórico-cultural. Ele explica que as tecnologias são construções sociais que evoluem ao longo do tempo e são influenciadas por fatores econômicos e culturais. Também discute como as novas tecnologias podem ser usadas na educação para melhorar a qualidade do ensino, desde que sejam compreendidas em seu contexto histórico e usem uma abordagem crítica e não competitiva.
Midiatização, prática social – prática de sentido de Antônio Fausto Neto UFRGS
O documento discute a midiatização como um conceito em formação e pouco problematizado. A midiatização transcende os meios de comunicação e afeta as relações entre indivíduos e instituições. Teóricos propuseram esquemas para analisar como a midiatização influencia as práticas sociais através de quatro zonas de produção de processos.
O documento analisa as mudanças no programa educativo ProJovem Urbano ao longo do tempo, desde sua criação até se tornar parte da Educação de Jovens e Adultos com foco na certificação do Ensino Fundamental e cursos de formação profissional. Inicialmente, programas similares inspiram o ProJovem Urbano e exemplificam o desenvolvimento das práticas socioeducativas e sua relação com a educação não formal, mas posteriormente esvaziam a não formalidade. Atualmente, o ProJovem Urbano ilustra a fragment
O documento discute a inclusão digital em Marília, SP, Brasil. Ele descreve uma oficina sobre informação e comunicação visual com 40 instrutores de informática de escolas públicas municipais para melhorar o acesso e uso da tecnologia digital. O objetivo era fornecer subsídios para políticas públicas de informação e avaliar estratégias do governo municipal para promover a inclusão digital.
1) O documento discute a noção de cidadania comunicativa a partir de um projeto de rádio escolar em Porto Alegre.
2) A cidadania comunicativa é constituída à medida que os alunos ampliam o acesso às tecnologias e produzem conteúdo para a rádio.
3) O estudo identificou que a cidadania comunicativa se concretiza por meio da colaboração entre professores e alunos e dos espaços de produção midiática na escola.
A CONTRIBUIÇÃO EDUCACIONAL DO MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE- MEBSilvani Silva
O documento discute as contribuições educacionais do Movimento de Educação de Base (MEB) no processo de formação de jovens e adultos no município de Tianguá-CE. O MEB surgiu na década de 1960 com o objetivo de oferecer educação popular e alfabetização para adultos por meio de métodos participativos e voltados para a realidade local. O estudo analisa como o MEB atuou em Tianguá, despertando a consciência política dos cidadãos e contribuindo para o desenvolvimento da sociedade.
Artigo belloni 2002 - ensaio sobre a educação a distância no brasilJackeline Ferreira
O documento analisa a educação a distância no Brasil, discutindo como as inovações tecnológicas afetam os processos educacionais e como as grandes empresas veem a educação como uma nova fonte de mercado lucrativa, oferecendo produtos educacionais de baixa qualidade. A análise critica a visão tecnocrática que prioriza a técnica sobre a realidade dos sistemas educacionais.
Este documento discute diferentes abordagens para a educação e comunicação, comparando educação tradicional, tecnicista e libertária. Defende a educomunicação como produção coletiva que fortalece sujeitos autônomos através de comunicação comunitária e não oficial.
Este documento descreve um projeto de pesquisa sobre a gestão da comunicação em três projetos de extensão universitária: Focagen, Revista Se Lig@ e CATIS. O projeto analisará a comunicação nos projetos por meio de documentos, entrevistas e observação participante para avaliar a abordagem educativa, metodologia participativa e espaço para expressão dos envolvidos.
Este documento discute o papel das ciências sociais para uma leitura crítica da mídia na educação. Ele explica como as ciências sociais podem fornecer ferramentas teóricas e práticas para pesquisas educacionais sobre como a escola lida com os desafios das mídias e tecnologias. Também analisa pesquisas sobre como professores e escolas usam mídias e TICs para estimular uma análise crítica das relações entre mídia e poder.
A Comunicação Organizacional, as redes sociais: afetos, emoções e memória na ...Margareth Michel
O trabalho reflete sobre a comunicação das organizações no mundo contemporâneo, globalizado, em que conhecimento e comunicação são compartilhados por meio das tecnologias disponíveis, levando em conta os desafios: agregação de emoções e
afetos à memória organizacional/institucional. Busca saber como lidam com as redes
sociais e seus desafios, entender afetos e emoções presentes no contexto e sua relação com a memória. Trabalha o referencial teórico na área da comunicação organizacional, caracterizando emoções e afetos presentes, bem como sua relação com a memória da organização, vinculadas à utilização das tecnologias, da internet às redes sociais. Constitui-se numa pesquisa exploratória, documental e descritiva. Dão suporte ao estudo exploratório o referencial teórico embasado em autores reconhecidos nas áreas abordadas, pesquisa quantitativa e qualitativa realizada nas redes sociais.
A comunicação organizacional as redes sociais afetos emoções e memóriaMargareth Michel
Este documento discute a comunicação organizacional e o uso de redes sociais por organizações. Ele explora como as emoções e os afetos estão presentes nas campanhas de marketing e como eles se relacionam com a memória organizacional. O documento também revisa a literatura sobre a evolução da comunicação organizacional e o papel crescente das redes sociais e das emoções nesse processo.
O documento discute a comunicação pública e sua relação com a democracia e cidadania. Apresenta diferentes perspectivas sobre comunicação pública e argumenta que ela deve ser um direito dos cidadãos e um exercício democrático, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Apesar de ser um novo conceito, ainda há desafios para sua efetiva implementação na prática.
O documento discute a comunicação/educação para mudança social nos EUA nos anos 1950 e suas limitações. Também aborda a importância do comunicador ter conhecimentos em diversas áreas para promover mudanças sociais de forma eficaz através de estratégias inovadoras de comunicação educativa.
O documento discute as relações entre os sujeitos da juventude, a mídia e a escola. Apresenta diferentes perspectivas sobre a cultura juvenil e como ela é representada nos meios de comunicação. Defende que a escola deve ser um espaço de diálogo entre os discursos midiáticos e dos jovens para uma compreensão mútua e formação da identidade.
O documento discute as mudanças trazidas pela sociedade midiática e a comunicação em rede. Apresenta breves biografias de autores que abordam temas como a saturação de estímulos midiáticos, a mercantilização da cultura, as identidades em transformação e a coexistência de velhas e novas tecnologias de comunicação. Também reflete sobre a cultura do espetáculo, a incomunicação crescente e o poder e a liberdade na era da informação.
1) A Educação Popular tem como objetivo permitir que as classes populares participem ativamente da história e das decisões políticas, ao invés de serem apenas representadas.
2) O autor defende a construção de uma Política Nacional de Educação Popular no Brasil, seguindo o exemplo de Paulo Freire quando ele instituiu a Educação Popular como política pública em São Paulo, mantendo um equilíbrio entre o poder público e o poder popular.
3) A Educação Popular tem uma longa história no continente americano e em outros lugares, evoluindo
Educação Online e Formação Contínua em MedicinaMAURILIO LUIELE
O documento discute a educação online e a formação contínua em medicina. Apresenta como a sociedade está passando por uma transformação devido às novas tecnologias, levando ao surgimento da cibercultura. Isso representa um desafio para a educação, que deve capacitar as pessoas a lidarem com a incerteza através do desenvolvimento do pensamento crítico. Neste contexto, a educação a distância, especialmente a educação online, cresce em importância por possibilitar a aprendizagem ao longo da vida.
O documento discute os conceitos de comunicação pública e comunicação de interesse público, citando autores e princípios constitucionais relacionados à transparência e ao direito dos cidadãos de receberem informações dos órgãos públicos. Também apresenta exemplos de como a comunicação pode promover mudanças sociais benéficas.
Ppt por elisangela costa tr 44 - meios de comunicação e educação - grupo 4videoparatodos
O documento discute os desafios para a formação de docentes no contexto da comunicação e educação. Em três partes, aborda: 1) o projeto de pesquisa-ação EducomTV para capacitar professores no uso da imagem; 2) os conceitos de educomunicação e a necessidade de formar educomunicadores; 3) os desafios da docência na era digital e a importância da formação continuada de professores.
Clostridium perfringens puede causar enfermedades en animales y es un habitante normal del intestino humano. Produce esporas que son resistentes al calor y pueden contaminar alimentos como carnes y productos de carne. Cuando se ingiere un alimento contaminado con al menos 100 millones de esporas, éstas se esporulan en el intestino y liberan una toxina que causa diarrea y dolor abdominal. La intoxicación se puede prevenir manteniendo una buena higiene de los alimentos y cocinándolos y refrigerándolos adecu
Paro academico en la universidad de antioquiacesarmarinve15
La Universidad de Antioquia está experimentando un paro académico. Cesar Marín Vélez y Santiago Urrego están enseñando la teoría de la imagen durante este período.
Este documento apresenta uma webquest sobre festas juninas no Brasil. Os alunos irão pesquisar sobre o surgimento das festas juninas, comidas típicas, diferenças regionais e os impactos de soltar balões no meio ambiente. Eles debaterão em grupos sobre prejuízos causados e produzirão um texto individual reflexivo sobre o tema.
O documento descreve o framework JUNG (Java Universal Network/Graph Framework), incluindo suas características principais como suporte para diferentes tipos de grafos, algoritmos de análise de grafos e redes, mecanismos de filtragem e associação de dados. É apresentada a estrutura básica de grafos no JUNG com nós, arestas e restrições, assim como exemplos de algoritmos como classificação, centralidade e geradores de grafos aleatórios.
El documento habla sobre la relación entre marcas y blogueros. Explica que el 81% de los blogueros encuestados han escrito sobre una marca en alguna ocasión. Los principales motivos por los que lo hacen son para compartir su experiencia después de probar un producto (68%) o para informar sobre nuevos productos y servicios (47%). También recomienda que las marcas se acerquen a los blogueros de forma natural, por ejemplo ofreciéndoles la oportunidad de probar productos o invitándolos a eventos.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera avançada, tela grande e bateria de longa duração por um preço acessível. O aparelho tem como objetivo atrair mais consumidores para a marca e aumentar sua participação no competitivo mercado de smartphones.
O documento descreve uma cidade com uma escola fechada à comunidade local. De repente, os muros da escola caem e a escola e a comunidade se tornam uma só, onde não se sabe onde termina a escola e começa a comunidade. A cidade passa então a ser uma grande aventura do conhecimento.
Este livro aborda três pontos principais sobre as TIC na educação:
1) Discutem os desafios que as TIC representam para os professores e como suas concepções e práticas evoluíram ao longo do tempo.
2) Exploram as aprendizagens fundamentais sobre TIC e como usar tecnologias digitais nas diferentes áreas disciplinares.
3) Analisam as competências que educadores e professores devem ter para usar TIC de forma crítica e criativa, promovendo aprendizagens significativas.
Este documento discute a contribuição que a Rede CEP (Rede de Experiências em Comunicação, Educação e Participação) pode oferecer às políticas públicas de educação. Em três frases:
1) A Rede CEP defende a abordagem da "educomunicação", que envolve a produção de mídia por estudantes com o objetivo de criar ecossistemas comunicativos nas escolas e fortalecer a participação de todos os envolvidos no processo educativo.
2) A educomunicação questiona enfoques funcionais das te
Educomunicação é entendida como um campo de ações na interface entre Educação e Comunicação que visa ampliar a expressão dos indivíduos garantindo acesso a tecnologias. Ela se diferencia por criar um paradigma próprio de intervenção multidisciplinar centrado em ecossistemas comunicativos em espaços educativos. Busca ampliar a expressão, promover uso democrático de informações e criar ambientes comunicativos abertos. Atua em áreas como educação para comunicação, mediação tecnológica, gestão da comunicação em espaços educ
DIVULGAÇÃO E POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA: UMA NOVA DIDÁTICA PARA ESPAÇOS NÃO FOR...fabrizioribeiro
O estudo apresenta duas partes. A primeira procura apontar os avanços legais e pedagógicos, com seus limites e alcances, no processo educativo diante da possibilidade de espaços não formais de educação, explicitando especificidades e similitudes em detrimento a outros tipos de espaços: formais e informais. Enfim, investigar o que vem sendo chamado de espaço não formal de educação, justamente na perspectiva de valorizar uma educação que extrapola os muros da escola e interage com a cidade em suas múltiplas dimensões.
O documento discute a educomunicação, definida como o uso de meios de comunicação e tecnologias da informação para ampliar a capacidade de expressão e participação cidadã. Ele descreve como jovens indígenas usaram a rádio-escola para expressar suas opiniões publicamente e projetos que usam a educomunicação. Também menciona a criação de uma licenciatura em educomunicação pela USP para qualificar profissionais nessa área.
Ponencia presentada en el marco dedl VII Simposio Las Sociedades ante el Reto Digital, 2014. Evento organizado por el OECC de la Universidad del Norte, en el marco de la Cátedra Europa, el 20 y 21 de marzo de 2014. Para más información, visita http://www.uninorte.edu.co/retodigital.
Isabel p.santos grupo 05 - epistemologia - tr13Isabel Santos
O documento discute a educação de adultos e a importância da autoaprendizagem. Também aborda o projeto "Educomunicação nas Ondas do Rádio" que usa a produção de mensagens de rádio para promover a cidadania. O projeto foi implementado em 455 escolas municipais de São Paulo e se baseia nas ideias de Freire e Kaplun sobre educação e comunicação.
O objetivo deste trabalho é destacar uma das teorias pedagógicas citadas no texto no Libâneo no contexto da Cibercultura, ou seja, como essas tecnologias podem ser utilizadas na educação segundo a teorias pedagógicas Contemporâneas, mais precisamente a corrente racional-tecnológica. Curso de Pós da UFF em NOVAS TECNOLOGIA PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA
Ppt por isabel p. santos tr42 - o processo de socialização contemporâneo im...Isabel Santos
O documento discute o processo de socialização contemporâneo e suas implicações para a educação. Aborda como a cultura centralizou a construção das subjetividades e potencializou instituições como mídia e religião. Também analisa como os indivíduos ganharam maior capacidade reflexiva e como a desinstitucionalização afetou a educação. Finalmente, reflete sobre como a escola pode lidar com os novos desafios da socialização contemporânea.
Relação entre o ensino música e os contextos sociais em que ela se inserefredericocardim
1) O documento discute a relação entre o ensino de música e os contextos sociais onde ocorre, argumentando que as práticas locais de ensino musical devem ser consideradas para aproximar a escola da realidade dos alunos.
2) Grandes corporações promovem a homogeneização cultural através da indústria de comunicação, ameaçando saberes musicais locais. Métodos como a pesquisa sociopoética buscam dar voz a esses saberes marginais.
3) Pesquisas participativas visam superar a relação de pes
O documento discute a obra e ideias do teórico Mario Kaplún sobre educomunicação. Em especial, destaca dois métodos propostos por ele: leitura crítica e cassete-foro. Também apresenta três modelos de educação definidos por Kaplún e descreve o projeto Educom.Rádio da USP que aplicou seus princípios educomunicativos.
Este documento fornece 25 atividades para educação midiática destinadas a diferentes contextos como escolas, bibliotecas e associações. O objetivo é desenvolver competências críticas dos estudantes em relação aos meios de comunicação tradicionais e digitais.
O documento discute o desenvolvimento de personagens animados e ambientes virtuais de aprendizagem para promover a diversidade cultural brasileira. Os pesquisadores criaram personagens representando diferentes segmentos da sociedade para um curso online sobre conselhos escolares, usando design afetivo para promover a identificação do público e a aprendizagem.
Comunicação e educação os movimentos do pêndulo.pdfSemônica Silva
Este artigo discute as interfaces entre comunicação e educação e como os meios de comunicação circulam no cotidiano escolar. Foi realizada uma pesquisa em 32 escolas de São Paulo com 197 professores e 699 alunos para verificar o uso da comunicação no ensino e identificar hábitos midiáticos. Os resultados indicam desencontros entre os ritmos escolares e as temporalidades marcadas pelos meios de comunicação na vida dos estudantes e professores. Propõe-se promover a inter-relação comunicativo-educativa para superar essas distonias.
A sociedade da informação e o novo paradigma de construção de aprendizagens s...Happy family
O documento discute o papel social da escola na sociedade da informação e como as tecnologias da informação e comunicação (TIC) podem auxiliar nesse processo. A escola precisa ensinar pensamento crítico e resolução de problemas para formar cidadãos capazes de questionar e propor soluções para a sociedade. As TIC podem ajudar a escola a se comunicar melhor com os alunos da geração Z, nativos digitais acostumados com a tecnologia.
A Telenovela Discutida na escola, na perspectiva da educomunicaçãoDodô Calixto
1. O documento discute uma pesquisa educacional realizada em uma escola pública em São Paulo, onde debates foram promovidos sobre a telenovela "Mulheres Apaixonadas" com alunos e professores.
2. A pesquisa teve como objetivo analisar como os jovens recebem e discutem a telenovela, usando a perspectiva da "educomunicação" e da "teoria das mediações".
3. Dados iniciais foram coletados através de questionários aplicados a 700 alunos, para entender seus hábitos
A educomunicação é um processo que promove a democracia através de ações comunicativas coordenadas entre educadores, comunicadores e outros agentes sociais. Baseia-se na transdisciplinaridade e gestão compartilhada de processos para ampliar a capacidade de expressão dos indivíduos e fortalecer o ecossistema comunicativo das comunidades educativas.
O documento discute a importância de se considerar as múltiplas dimensões do ser humano nas propostas educacionais e de se enxergar o indivíduo de forma integrada. Também aborda o potencial das mídias e tecnologias para a educação ao possibilitarem novas formas de aprendizagem, expressão e interação.
A educomunicação é um processo de renovação da inter-relação entre comunicação e educação que enfatiza a prática. Envolve ações comunicativas coordenadas para transformar a realidade de forma qualitativa com base na transdisciplinaridade e gestão participativa dos processos comunicativos em ambientes educacionais formais, não-formais e informais.
Culturas e artes do pós-humano; Da cultura das mídias à cibercultura. (LUCIA...Francilis Enes
O documento discute o conceito de cultura e sua evolução ao longo do tempo. Apresenta diferentes perspectivas sobre cultura, desde a concepção humanista e antropológica até a noção de cultura nas mídias digitais. Também aborda os principais traços da cultura, como sua natureza simbólica, padronização, dinâmica de mudanças e continuidade através das gerações.
O rei artur e os cavaleiros da távola redondaFrancilis Enes
O documento resume os primeiros capítulos do livro "O Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda" de Thomas Malory. Conta a história do nascimento de Arthur filho do Rei Uther Pendragon e da Duquesa Igraine, como ele foi entregue ao mago Merlin e criado pelo cavaleiro Sir Ector. Também como Arthur retirou a espada mágica da pedra e foi declarado o novo Rei da Inglaterra.
1) O documento é um prefácio para o livro "Cultura Livre" que discute os rumos da cultura e da propriedade intelectual na era digital.
2) O autor, Lawrence Lessig, defende que o direito autoral deveria proteger os criadores mas também garantir que as obras retornem ao domínio público para beneficiar a sociedade.
3) O prefácio discute a batalha entre aqueles que desejam monopolizar a cultura usando o direito autoral e aqueles que querem uma cultura mais ampla e participativa.
O texto analisa as relações entre mídia, cultura e eleições presidenciais no Brasil pós-ditadura, destacando: 1) A sociedade brasileira ambientada pela comunicação; 2) A mídia como novo ator político e o espaço eletrônico como cenário das disputas; 3) As interações entre mídia e política nas eleições de 1989, 1994, 1998 e 2002.
Este documento é um livro compilado por vários autores sobre comunicação e poder. Contém um prefácio discutindo como a comunicação se tornou um problema central na modernidade devido à ausência de narrativas estáveis e à necessidade de legitimidade do poder através do consentimento público. O livro contém ensaios de diversos autores abordando tópicos como a linguagem como espaço de resistência ou dominação, a crítica de Rousseau à informação, e se a comunicação e o poder devem ser considerados disciplinas militares.
Este documento apresenta um resumo de três ensaios sobre comunicação publicitária contidos numa antologia do autor Eduardo Camilo.
O primeiro ensaio analisa as especificidades estruturais das mensagens publicitárias tendo por base os conceitos de função comunicacional e género propostos por Roman Jakobson.
O segundo ensaio explora o estatuto do implícito na comunicação publicitária recorrendo aos trabalhos de Austin, Searle e Grice.
O terceiro estuda a presença da comédia no discurso public
Este documento apresenta um resumo das seguintes informações essenciais:
1) Discute como as fontes passaram de apenas contribuir na apuração de notícias para também produzir e oferecer conteúdos jornalísticos, levando a mídia a divulgar seus fatos e eventos.
2) Apresenta uma breve história do jornalismo, desde a primeira geração de "transmissão" de notícias até a profissionalização no século XIX.
3) Explica o que é uma fonte de not
O texto discute como o engajamento excessivo de jornalistas em conflitos armados coloca suas vidas em risco. A autora argumenta que os jornalistas devem se limitar a reportar os fatos de forma imparcial, em vez de se envolverem em causas ou se disfarçarem como policiais ou soldados. O uso de equipamentos militares também os torna alvos. Relata casos onde jornalistas foram mortos ou quase mortos por serem confundidos com representantes de países inimigos.
O documento discute o conceito amplo de política como qualquer relação social que envolve poder e como a política está presente na vida cotidiana das pessoas de diferentes formas. Também aborda brevemente a origem do termo na Grécia Antiga e como a atividade política no Brasil está ligada à possibilidade de mudança social através de diferentes manifestações culturais e movimentos populares.
1) O documento propõe diretrizes para uma educação ambiental voltada para sociedades sustentáveis e responsabilidade global.
2) As diretrizes incluem princípios como educação como um direito de todos, perspectiva holística das relações entre ser humano, natureza e universo, e estimular a solidariedade e respeito aos direitos humanos.
3) O plano de ação propõe implementar essas diretrizes através de ações como transformar o documento em material educacional e incentivar novas políticas, conhecimentos e
Este documento discute a formação para autonomia no contexto da educação brasileira à luz da teoria crítica da Escola de Frankfurt. Apresenta as concepções de "autonomia intelectual" e "pensamento crítico" de acordo com Adorno e Horkheimer, e como a Filosofia pode contribuir para o desenvolvimento dessas capacidades nos estudantes.
Este documento apresenta o ensaio "Resposta à pergunta: Que é o Iluminismo?" de Immanuel Kant. Kant define Iluminismo como a saída do homem da sua menoridade e a coragem de usar o próprio entendimento sem a orientação de outrem. Ele argumenta que a liberdade de expressão e pensamento são essenciais para que o público se ilumine, e que o uso público da razão deve ser livre.
Este documento discute as principais políticas públicas do governo federal voltadas para as comunidades quilombolas no Brasil, focando em três áreas principais: regularização fundiária, saúde e educação. O autor fornece um breve resumo sobre o público-alvo destas políticas e os objetivos gerais dos programas Brasil Quilombola e Agenda Social Quilombola. Ele argumenta que houve uma mudança na abordagem do Estado, que passou a incorporar a questão quilombola em várias políticas públicas ao invés de tratá-
Memória e identidade social michael pollakFrancilis Enes
1) O documento discute a ligação entre memória e identidade social, especificamente no contexto de histórias de vida e história oral.
2) A memória é constituída por acontecimentos, pessoas e lugares vivenciados direta ou indiretamente, que podem ser reais ou projeções. Há também transferências e projeções de eventos, lugares e pessoas entre gerações.
3) As datas de eventos públicos tendem a ser menos precisas nas memórias do que datas de eventos privados, e há tendência à transferência de datas of
1) O documento resume o livro "Negritude sem etnicidade" de Lívio Sansone, que analisa a construção das identidades negras no Brasil e como símbolos globais são reinterpretados localmente.
2) Sansone argumenta que raça e etnicidade não são universais e dependem do contexto social. A negritude brasileira é expressa de muitas formas sem necessariamente estar ligada a manifestações étnicas.
3) Apesar de apontar problemas, o resumo elogia a obra por apresentar uma interpretação sof
O documento descreve a biografia de Mark Briggs, um jornalista esportivo que se entusiasmou com a Internet e seu potencial para o jornalismo. Ele atualmente trabalha como editor executivo de notícias interativas em um jornal de Tacoma, Washington. O documento também apresenta trechos de seu livro "Jornalismo 2.0: Como sobreviver e prosperar", que fornece orientações para jornalistas sobre como usar as ferramentas digitais.
Resenha sobre o livro ás Margens do Rio SenaFrancilis Enes
Este documento discute o trabalho do correspondente internacional e a importância da apuração cuidadosa das informações, citação de fontes e objetividade na cobertura internacional. O texto destaca a necessidade do jornalista estar presente para verificar os fatos, checar boatos e não se apropriar de informações como se fossem de conhecimento próprio.
O documento discute quatro mitos comuns sobre a globalização: 1) que inaugura uma nova era irreversível de integração econômica, quando na verdade modelos similares existiram antes; 2) que está dissolvendo fronteiras nacionais, mas os mercados internos ainda são mais importantes; 3) que está enfraquecendo os estados-nação, mas na prática as políticas neoliberais não foram implementadas igualmente; 4) que empresas transnacionais não têm lealdades nacionais, quando na verdade mantêm fortes laços com seus países de origem
1. Noções de cidadania no Telecurso 2000:
Plasticidade social ou construção de identidade?
Maria das Graças Pinto Coelho∗
Abril de 2005
Índice público a partir de suas próprias realidades
paradigmáticas. Os meios adiantam as re-
1 Introdução 1 formas do Estado, inclusive no campo da
2 O que é o Telecurso? 3 educação, e pressionam para que os agen-
3 É comparando que se entende 4 tes públicos funcionem como se estivessem
4 Motivando a autodeterminação 5 no mercado. O espaço público é modelado
5 A plasticidade flexível 7 no ethos privado. Estabelece-se um sentido,
6 Contrapontos 10 que no estudo de caso é revelado através de
7 Referências 12 um engenhoso projeto de educação à distân-
cia - o Telecurso 2000 - ressaltado na plasti-
1 Introdução cidade social brasileira. Nesse caso, a edu-
cação entra em um script paralelo, modelada
O estudo em evidência reflete uma iniciativa docilmente pela performance midiática, sem
de educação a distância que em sua cons- a oportunidade de ousar ressignificar-se na
tituição apresenta-se como um projeto de abrangência do processo comunicacional.
formação social, portanto público, mas que São experiências que ultrapassam alguns
na concepção é lançado como apêndice de paradigmas que serviam à organização dos
desenvolvimento das políticas públicas no protocolos de interação entre a educação e
país, interferindo nos protocolos educacio- a comunicação - antes cindidas em duas ru-
nais e comunicacionais. Em tal contexto, bricas com etiquetas específicas e diferencia-
os meios e processos comunicacionais uti- das. é reconhecido que as duas áreas per-
lizam sofisticadíssimas técnicas de gerencia- manecem divididas sim, no campo episte-
mento de opinião, promovendo suas natu- mológico, mas juntas como interesse de su-
rezas performáticas e interferindo no espaço porte às políticas públicas e privadas. Sofisti-
∗
Professora Adjunta do Departamento de Co- cadas técnicas são tecidas na direção da ma-
municação Social da Universidade Federal do Rio nipulação simbólica.
Grande do Norte. Membro do Programa de Pós- A junção da educação com a mídia serve,
graduação em Educação - PPGE-UFRN. Cordena- ainda, para formar consumidores ungidos na
dora da Base de Pesquisa Gemini - Grupo de Estudos
de Mídia - UFRN-CNPq - gpcoelho@ufrnet.br cultura de consumo de massa. As narrati-
2. 2 Maria das Graças Pinto Coelho
vas do “senso comum”, usadas por liberais e Deve se levar em consideração o fato de que
conservadores, popularizadas nos textos cul- esse é um projeto de formação social, port-
turais, ajudam a mobilizar o consentimento anto circunscrito ao espaço público. E é este
às posições políticas hegemônicas, no caso o movimento a ser considerado na análise
atual, toma corpo a retórica neoliberal con- de projetos que utilizam os meios na edu-
tida no hipertexto midiático. cação, em circuito aberto de televisão, a par-
De todo modo, a inserção do projeto Te- tir de uma concepção híbrida da expressão
lecurso 2000 no espaço público brasileiro é público-privado.
um fato, embora desperte controvérsia sobre Como as estratégias culturais são orga-
a sua amplitude social. As decisões que in- nizadas em torno de uma pedagogia pública?
fluenciaram o processo político de sua con- Esta era a pergunta inicial para chegarmos
cepção nunca foram debatidas junto aos seg- ao Telecurso. A partir daí o estudo repassou
mentos sociais que estão envolvidos direta as diversas maneiras como a cultura se rela-
ou indiretamente com a educação de jovens ciona com o poder e como e onde as funções
e adultos. O projeto queimou algumas etapas culturais são simbólicas ou institucionais na
comunicacionais requeridas à sua implemen- educação. Foi levada em consideração a
tação. Não levou em consideração a intera- prática imediata da política cultural empre-
ção entre a formação da vontade institucio- gada na estratégia proposta. A análise tam-
nalizada e os espaços públicos culturalmente bém procurou responder quais as noções de
mobilizados. No que pese a chancela go- diferença, de responsabilidade civil, comu-
vernamental, através dos Ministérios do Tra- nitária e de pertencimento, que estão sendo
balho e Educação, o poder de decisão coube produzidas em um determinado lugar, com
às organizações empresariais. Esta conduta específicas formações discursivas e práticas,
por si só já representa um claro antagonismo o que, segundo HALL (1996: p.4), são ele-
entre o seu locus de concepção/produção e o mentos constitutivos de uma pedagogia púb-
espaço público onde ele é veiculado.A polê- lica crítica.
mica se acirra quando se resgata a discussão A política cultural de uma nação, ainda se-
sobre formação fundamental. Sua inserção gundo HALL (1996), é, em parte, as estraté-
não é aceita por se tratar de um projeto de gias que cada povo escolhe para regular e
educação à distância, supletiva, que por suas distribuir o saber. Mas a capacidade de
próprias características não suporta seguir as pensar politicamente é, também, mediada
trajetórias escolar fundamentais, iniciais, de pelas formas como cada cultura é governada.
cultura geral e humanística. São os projetos culturais, resultantes dos sis-
Partiu do segmento empresarial a idéia de temas de cultura nacionais, que modelam as
conceber o Telecurso e, mais ainda, a arre- práticas humanas, a conduta e a ação social
gimentação dos recursos que o viabilizaram. do cidadão. Portanto, as formas como as pes-
Também coube ao empresariado nacional a soas interagem com as instituições e em so-
condução do processo político. No entanto, ciedade, dependem da maneira como os seus
a ausência de outros segmentos sociais no sistemas culturais estão conduzindo questões
comando coloca em xeque a iniciativa de- ligadas à identidade política e seus significa-
vido a sua abrangência político-pedagógica. dos.
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3. Plasticidade social ou construção de identidade? 3
Ao mesmo tempo também é através do que são distribuídos na forma de conheci-
reconhecimento de seus locus de produção, mento social, sejam eles, culturais, técnicos,
realização e circulação, o campo midiático, cognitivos, ou sócio-econômicos. Portanto,
que o Telecurso 2000 se credencia como desde que se entenda o Telecurso 2000 como
um projeto cultural relevante para a tran- sendo um projeto de formação social, gerado
sição econômica nacional. Através da natu- em um sistema cultural próprio, seu pro-
reza de seu campo ele se insere no aspecto duto final, a programação exibida, está sendo
tecnológico que sustenta a expansão das re- monitorada através de uma agenda cultural
des de informação no processo de globali- específica, onde se articulam os elementos
zação. Coincidentemente, reside nesse lócus que compõem a cultura midiática, com as
o mundo em transição onde são negociadas práticas sociais que estão sendo propostas.
as novas formas simbólicas que marcam os São perseguidos os sentidos do conceito de
produtos culturais na atualidade. O projeto cidadania nas três esferas do campo discur-
se apresenta em uma situação ímpar. É ao sividades, narrativas e técnicas.
mesmo tempo objeto e sujeito da cultura de
informação.
2 O que é o Telecurso?
Nesse caso, a cultura fornece inúme-
ras razões constitutivas para reconhecê- O Telecurso 2000 foi originalmente conce-
lo como um projeto político-pedagógico- bido para promover a escolaridade de dez
público. Mas para tanto, é necessário que milhões de trabalhadores que oscilam entre o
se reconheçam suas estratégias de represen- analfabetismo, a alfabetização instrumental
tação e interrupção da realidade, tal qual são ou têm menos de oito anos de escolaridade.
apresentadas para o seu público-alvo na pro- Implantado em 1995, hoje sua expansão não
gramação analisada. São atributos dessa re- se restringe à educação supletiva do traba-
presentação, por exemplo, a construção da lhador. Também está sendo usado como al-
identidade nacional veiculada pelo projeto ternativa à educação formal em alguns esta-
de formação. dos brasileiros. É resultado de uma parceria
No entanto e, obviamente, a cultura é li- entre o governo e o empresariado nacional.
vre para flutuar. Perpassa por vários signi- Tem a chancela e o financiamento de organi-
ficados e é um campo social onde o po- zações públicas e privadas.
der muda constantemente; onde identida- Confrontado com os fenômenos observa-
des estão em permanente trânsito e onde a dos na sociedade de informação, o Telecurso
agenda se situa na última tecnologia, no úl- detém um discurso midiático natural, produ-
timo conhecimento. O projeto se impõe, so- zido no lócus de sua própria concepção e vai
bretudo, como prática performativa à moder- além. O Telecurso também possibilita a ar-
nidade dos meios. Pedagogia pública, ainda ticulação necessária para a reflexão das três
segundo HALL (1997), envolve, sobrema- forças que compõem as mudanças atuais. As
neira, práticas morais e políticas, mais do duas primeiras - revolução tecnológica e a
que um simples procedimento técnico. reestruturação do capitalismo mundial, re-
Por outro lado, os sistemas culturais em volucionam a organização produtiva em es-
suas várias interconexões emitem valores cala global com implicações para o mundo
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4. 4 Maria das Graças Pinto Coelho
do trabalho e para as nossas existências ao atualidade. Por outro lado, reconheceu nos
deslocar para outras dimensões experiências estudos culturais a possibilidade de matizar
de tempo e espaço. Uma terceira força, esta o estilo posto na programação
contraditória, impulsiona a busca por identi-
dades. A reconstrução das identidades políti-
3 É comparando que se entende
cas, culturais, sociais, territoriais, religiosas,
éticas, nacionais, entre outras, está na ordem A análise da programação observa como são
do dia e, curiosamente, coexiste com a ex- negociados os significados postos no eixo
pansão do processo de globalização. “atitudes de cidadania” -, escolhido na pro-
A reestruturação do capitalismo mun- posta técnica-pedagógica do projeto. A ver-
dial impulsiona a reacomodação do Estado- são considerada se apresenta no Caderno de
nação, bem representada pela mídia para as- Capacitação 1 - Conhecendo o Telecurso
segurar a hegemonia do projeto político da 2000 -, (1999).
doutrina neoliberal. O fundamentalismo de O Caderno de Capacitação 1, escolhido
mercado, contido na doutrina, transformou a para abalizar a lógica de produção do Tele-
maneira como cada povo lida com a identi- curso 2000 é mais recente e reproduz, em
dade e com a conexão entre resistência co- parte, o documento técnico-pedagógico que
munitária e os novos movimentos sociais. serviu de base de no lançamento do projeto
Esta terceira força é aferida na medida em em circuito nacional em 1996. A mudança
que a categoria cidadania, como construto fundamental diz respeito ao deslocamento
identitário, está sendo enfocada na análise do das atitudes de cidadania dos princípios para
Projeto estudado. o eixo temático principal. Nessa nova ver-
Para tanto, foram extrapoladas as barrei- são, as práticas cidadãs estão sendo apon-
ras do conceito mais conhecido, as três di- tadas como um tema transversal a todas as
mensões clássicas de MARSHALL (1967): disciplinas veiculadas na programação. Exa-
direitos e deveres civis, políticos e sociais, tamente como acontecia com o tema tra-
onde se agrega uma nova dimensão, a cultu- balho na versão que regia os fundamentos
ral. A regra foi reconsiderar o cidadão atual do “Telecurso 2000 -Educação para o Tra-
a partir da expansão das redes de comuni- balho”, em 1994. Na introdução, o docu-
cação e informação. Registrando sua lícita mento técnico-pedagógico se apresenta as-
presença na rede imaginária do sistema de sim: “participar da construção de uma so-
expansão global e observando as novas re- ciedade mais justa e solidária exige oferecer
dimensões territoriais que o abrigam física, e meios para que todos exerçam plenamente a
simbolicamente na sociedade atual. sua cidadania” (FRM: 1999, p.2).
A proposta educativa do projeto Telecurso A construção de noções de cidadania, que
foi revista estabelecendo relações entre po- surge com todo vigor nos documentos de
der, ideologia e resistência na esfera social e 1999, relaciona-se diretamente com o pro-
em seu lócus de produção imanente. A pes- jeto normatizador de educação nacional im-
quisa fez a conexão entre os sistemas cul- plantado pelo Governo federal: os Parâme-
turais e os estudos de mídia e observou a tros Curriculares Nacionais - PCNs; conce-
relevância que o campo midiático ocupa na bido para estandardizar o sistema brasileiro
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5. Plasticidade social ou construção de identidade? 5
de educação. Os PCNs convergem para uma até sem lhes modificar a natureza, mas tam-
norma instrumental comum, apesar de re- bém podem convergir.
conhecerem as diferenças regionais - cultu- Em termos quantitativos, as fitas foram vi-
ral e econômico-social do país. É um projeto stas na seqüência apresentada pelo projeto.
governamental audacioso porque se situa na A única exceção desse procedimento refere-
discussão do processo de globalização em al- se às aulas de matemática porque as fitas in-
guns aspectos - técnicos, econômicos e cul- iciais apresentaram problemas no ambiente
turais - e tem como objetivo manter as ca- onde foram requisitadas. Elas foram vistas a
racterísticas nacionais. Desperta a discussão partir da aula 21 até a 60, de um total de 80
sobre identidades e pertencimento na socie- aulas. História Geral e do Brasil, foi anali-
dade brasileira. sada através das aulas 1 a 33, de um total de
Entre os objetivos do Ensino Fundamen- 40 aulas; Ciências de 1 a 40, de um total de
tal, os Parâmetros Curriculares Nacionais 70 aulas; Geografia, de 1 a 37, de um total de
indicam que os alunos sejam capazes de: 50 aulas. A disciplina de Português foi vista
“compreender cidadania como participação nos programas/aula de 1 a 36 e mais a fita
social e política, assim como exercício de di- N0 6, que apresenta as aulas de 41 a 47 em
reitos e deveres políticos civis e sociais, ado- um universo de 90 aulas. O estudo de Língua
tando, no dia-a-dia, atitudes de solidarie- Estrangeira - Inglês - não foi considerado. A
dade, cooperação e repúdio às injustiças, re- análise de expressão alcançou mais de 50 por
speitando o outro e exigindo para si o mesmo cento dos programas apresentados.
respeito...” (MEC/SEF, 1998: p. 7). A pro-
posta dos Parâmetros é bem direta no que se
4 Motivando a autodeterminação
refere ao direito dos alunos brasileiros sobre
o acesso aos conhecimentos indispensáveis Em princípio, verificamos a pertinência ou
para a construção de sua cidadania. não da tese central proposta na normatização
Cidadania é um fenômeno espacial e dos PCN, onde se situam os parâmetros ins-
temporal, historicamente definido, mesmo trumentais de desenvolvimento da cidadania
quando se apresenta enquanto entidade legal nacional. Foi refletida uma lógica exeqüí-
e territorial, sobre a qual são associados di- vel e predominante nas instituições nacionais
reitos e deveres. Tanto os Parâmetros Curri- que permite aceitar a noção de integração ter-
culares Nacionais (PCNs), que normatizam a ritorial contida na construção de identidades.
educação brasileira , como o Telecurso 2000, Tal lógica admite que a formação da cidada-
elegeram a construção de noções de cida- nia passa em primeira mão pelo reconheci-
dania como eixo principal na formação es- mento das identidades nacionais, representa-
colar. Por essa razão, este trabalho escol- das pelos grupos sociais nelas contidos.
heu confrontar o sentido de cidadania con- Para tanto, repassamos a crise do conceito
tido em ambos os projetos. A comparação de Estado-nação, ressaltada no processo de
é legítima. Os valores que estão sendo atri- globalização de bens e serviços. A crise
buídos ao conceito de cidadania em ambos joga contra uma unicidade entre identidades,
os projetos, o de educação nacional, e o Te- nações e Estados. Por outro lado, o que se
lecurso 2000 podem divergir, algumas vezes apreende do deslocamento do conceito do
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6. 6 Maria das Graças Pinto Coelho
Estado-nação é que na atualidade o Estado quê e para quê isso acontece. Sobre o quem
luta incondicionalmente para reconstruir sua e para quê, ele mesmo dá a pista: estaria con-
legitimação e instrumentalidade, juntando as tido na resposta o grande conteúdo simbólico
sociedades civis locais para se projetar no dessa identidade que está sendo construída,
processo de expansão das redes transnacio- bem como o de seu significado para aqueles
nais. que se identificam ou dela se excluem.
Essa é uma estratégia articulada por parte O autor identifica três formas de origens
dos governos mundiais para fazer fase aos de construção de identidade:
imperativos globais comuns. Para tanto, são
usados os sistemas educacionais no sentido • “Identidade legitimadora: introdu-
de promover coesão social e transmitir a zida pelas instituições dominantes
idéia de identidade nacional. No caso do da sociedade no intuito de expandir
Brasil, o projeto normativo é mais auda- e racionalizar sua dominação em re-
cioso porque abre espaço para uma coalizão lação aos atores sociais, tema este
de interesses sociais fundamentados em uma que está no cerne da teoria de au-
identidade (re)construída. toridade e dominação de Sennett,6
Para se entender o procedimento de recon- e se aplica a diversas teorias do
strução é interessante se chegar à visão de nacionalismo7 .
CASTELLS (1999: p. 60) sobre o assunto. • Identidade de resistência: criada
Ele entende por identidade a fonte de signi- por atores que se encontram em
ficado e experiência de um povo. Citando posições/condições desvalorizadas
CALHOUN, CASTELLS (2001) apresenta o e/ou estigmatizadas pela lógica
conceito: da dominação, construindo, assim,
trincheiras de resistência e sobrevi-
Não temos conhecimento de um povo vência com base em princípios di-
que não tenha nomes, idiomas ou cultu- ferentes dos que permeiam as in-
ras em que alguma forma de distinção stituições da sociedade, ou mesmo
entre o eu e o outro, nós e eles, não seja opostos a estes últimos, conforme
estabelecida... O autoconhecimento - in- propõe Calhoun ao explicar o sur-
variavelmente uma construção, não im- gimento da política de identidade8 .
porta o quanto possa parecer uma desco-
berta - nunca está totalmente dissociado • Identidade de projeto: quando
da necessidade de ser conhecido, de mo- os atores sociais, utilizando-se de
dos específicos, pelos outros” - CAL- qualquer tipo de material cultural ao
HOUN apud CASTELLS (2001: p. 22). seu alcance, constroem uma nova
identidade capaz de redefinir sua
Não é difícil concordar com o fato de que a posição na sociedade e, ao fazê-
identidade cultural de um povo é construída. lo, de buscar a transformação de
Ainda segundo CASTELLS (2001: p. 23), toda a estrutura social. Esse é o
a principal questão que envolve a discussão, caso, por exemplo, do feminismo
diz respeito a como, por quem, a partir do que abandona as trincheiras de re-
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7. Plasticidade social ou construção de identidade? 7
sistência da identidade e dos direi- dores convergem na construção do mito. Um
tos da mulher para fazer frente ao mito ungido em suas raízes históricas, em
patriarcalismo, à família patriarcal uma combinação forjada entre a população e
e, assim, a toda a estrutura de pro- as instituições. SILVA (1996), ressalta a “fle-
dução, reprodução, sexualidade e xibilidade” como sendo a identidade nacio-
personalidade sobre a qual as so- nal mais significativa. Essa idéia surge a par-
ciedades historicamente se estabe- tir de um comentário de FREYRE (1961) so-
leceram (CASTELLS, 2001, p. 24). bre a dinâmica que tem constituído o Brasil
desde 1500:
Isto posto, resta identificar as razões con-
sideradas na (re)construção do significado Considerada de modo geral, a formação
de identidade nacional do projeto normativo brasileira tem sido, na verdade, como já
do Ministério de Educação brasileiro. Sem salientamos às primeiras páginas deste
dúvidas, os PCN não chegaram a normati- ensaio, um processo de equilíbrio de ant-
zação proposta do nada. Este foi um pro- agonismos. Antagonismos de economia
cesso intencional de alteração do indivíduo, e de cultura. A cultura européia e a in-
visando a implantação de um projeto de for- dígena. A européia e a africana. A afri-
mação social, audacioso, tendo em vista que cana e a indígena. A economia agrária e
sua finalidade principal foi a de transformar a pastoril. A agrária e a mineira. O cató-
a coletividade onde ele atua. Obviamente, lico e o herege. O jesuíta e o fazendeiro.
também, que esta é uma estratégia articu- O bandeirante e o senhor de engenho. O
lada porque negocia novos códigos cultu- paulista e o emboaba. O pernambucano e
rais a partir da matéria prima fornecida pela o mascate. O grande proprietário e o pa-
história. Então, historicamente, como o Bra- ria. O bacharel e o analfabeto. Mas pre-
sil tece seu jogo de identidades refletido em dominando sobre todos os antagonismos,
seu imaginário social? o mais geral e o mais profundo: o senhor
e o escravo (FREYRE 1961: p. 73).
5 A plasticidade flexível Referindo-se a fixação do imaginário do
ponto de vista institucional, SILVA (1996,
O estilo de vida do brasileiro, que tam- p.33), evoca FAORO (1975), para lembrar
bém é uma construção histórica, para SILVA que no processo de construção do mito os
(1996) se caracteriza principalmente pela sua governantes tinham a preocupação de “er-
plasticidade, que contrasta com os saberes guer um império com gente vil”. O ant-
divulgados pela escola, igreja, e entidades agonismo “mais profundo”, observado por
destinadas à regulamentação do social. No FREYRE (1961), ou seja, a relação do se-
entanto, o processo de formação cultural do nhor com o escravo, é a mais arraigada das
povo brasileiro é motivo de muita especu- tradições nacionais. é também a que mais
lação por parte de pensadores como Gilberto se credencia na reflexão do imaginário social
Freyre - Casa Grande & Senzala (1961) e brasileiro.
Sérgio Buarque de Holanda - Visão do Pa- Um país legitima sua identidade nacional
raíso (1959). De modo que ambos os pensa- quando de alguma forma suas instituições,
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8. 8 Maria das Graças Pinto Coelho
governos, tradições, refletem a história de que a colocam em um lugar privilegiado no
sua população. E por várias razões históri- ranking das desigualdades sócio-econômicas
cas, o passado escravocrata nacional não foi mundiais.
expurgado. Vez ou outra, a cada novo passo Conseqüentemente, o esforço proposto
rumo à autodeterminação, nossa escravocra- pelo Estado, através das normas contidas nos
cia sai do armário e assusta a todos se pro- PCN, deve levar em consideração a matéria
jetando em uma obscura sombra de passado. prima histórica da construção. Em primeiro
Porque mesmo que a população, governo e lugar, devido às peculiaridades expostas, a
instituições se unam na simulação de uma nação, em última análise, não se vê represen-
nova identidade, as camadas mais pobres da tada na noção de integração. Não existe uma
sociedade tratarão de desarticular o acordo, identidade nacional que abra espaço para
lembrando a todos sua posição diferenciada. uma coalizão de interesses sociais funda-
Sem uma redenção de fato, que incorpore mentados em uma identidade (re)construída.
séculos de discriminação sócio-econômica e Uma força social/política definida por uma
institucional, esse segmento populacional ja- determinada identidade (ética, territorial, re-
mais vai se sentir representado nas decisões ligiosa, tribal ou étnica) que possa ser trans-
que acontecem no centro do poder nacional. formada nesta noção.
Para o bem ou para o mal a história brasi- Voltando para a idéia do construto, CAS-
leira carrega consigo uma imensa carga far- TELLS (2001), o projeto nacional parece
sesca. Uma dissimulação das relações reais. estar lidando com as três formas de origem
Algumas vezes, a farsa até se transverte em propostas, no entanto, a identidade de pro-
um jogo envolvente para regojizo de todas jeto, que permite a construção do sujeito,
as raças, cores e crenças. As identidades pode estar sendo favorecida nos Parâme-
nacionais, enfocadas pelos historiadores, fre- tros Curriculares Nacionais. Citando TOU-
qüentemente transbordam em contradições. RAINE, CASTELLS (2001), dá uma idéia
HOLANDA (1995) exalta os valores do ho- do que significa essa produção:
mem cordial, ungido nas relações coloniais,
Chamo de sujeito o desejo de ser um in-
como sendo o traço definitivo do caráter bra-
divíduo, de criar uma história pessoal,
sileiro. A polidez - traduzida recentemente
de atribuir significado a todo o conjunto
como “flexibilidade” - seria um mecanismo
de experiências da vida individual... A
de defesa ante a sociedade. A lhaneza no
transformação de indivíduos em sujeitos
trato, a generosidade e a hospitalidade, no
resulta da combinação necessária de duas
entender de HOLANDA (idem), é o convívio
afirmações: a dos indivíduos contra as
baseado na ética de fundo emotivo. Na ética
comunidades, e a dos indivíduos con-
que se confunde com a etiqueta. É a tradução
tra o mercado (CASTELLS, apud TOU-
do desejo do escravo de estabelecer intimi-
RAINE 2001, p. 26).
dades com o seu senhor. Seria, portanto,
uma convivência humana dissimulada pelo Repassando essa seqüência, chega-se a um
sujeito para esconder as diferenças sociais, resultado evidente: existe uma dinâmica nas
étnicas, ou mesmo econômicas que rondam a identidades que as conduz a um trânsito per-
sociedade brasileira. As mesmas diferenças manente. Por outro lado, também se torna
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9. Plasticidade social ou construção de identidade? 9
claro que a constituição do senso de cidada- de comunicação. Com a sua tradição oral
nia, proposto em ambos os projetos revistos, inequívoca. O Telecurso 2000 tem um papel
somente acontece quando os alunos são ca- fundamental na confecção do amálgama que
pazes de pensar os seus papéis enquanto su- parece ser a representação que a sociedade
jeitos da história. faz dela mesma e projeta através dos meios.
Para garantir o construto identitário do Tem o mérito de trazer para o campo da edu-
aluno, ou seja, o exercício pleno de suas cação os códigos culturais que os alunos têm
funções políticas, produtivas e culturais, am- acesso em seu cotidiano.
bos os projetos precisam estar atentos a toda Dito de forma simples, o Telecurso repre-
uma complexa compleição que articula a senta exatamente o produto final de uma so-
noção de cidadania. Seria necessário desco- ciedade que atravessa aceleradas mudanças
brir um princípio unificador dentro da nação tecnológicas sobrevivendo aos seus próprios
que seja válido aos interesses e vontades co- antagonismos. É a cara do Brasil rural, po-
muns. No entanto, a sombra obscura da for- voado de antenas parabólicas, cuja popula-
mação cultural brasileira persiste e é preciso ção permanece sentada em uma praça qual-
aprender a lidar com ela. quer, sem escolas, assistindo a última tele-
Pensando na convivência pacífica se chega novela. Melodramas reais, cujos enredos en-
à intersecção dos dois projetos que mais am- fatizam as nossas contradições econômico-
bicionam a formação social brasileira. A co- sociais, as passividades do presente, a guerra
mum união em torno de um mesmo ponto. permanente e sem solução entre as elites e o
A aceitação de que a sociedade atual se- povo.
ria o palco inequívoco de uma sociedade É também no Telecurso que a sociedade
civil mediada pelo consumo e pela infor- brasileira descobre que nenhum programa de
mação. Dessa forma, a flexibilidade plá- televisão é poderoso o suficiente para en-
stica da formação brasileira, defendida por terrar a realidade desigual que a sustenta.
SILVA (1996), estaria sendo reconhecida e A televisão serve, no caso, para lembrar ao
exaltada. Nem a escola, nem as instituições, telespectador que existe uma sociedade de
podem prescindir de incorporar ao processo consumo de massas, estratificada, onde dois
de formação cultural do povo brasileiro, o mundos convivem e se alternam contradito-
seu imaginário. O projeto normatizador ne- riamente: o pensado e o vivido. Já a nor-
cessita integrar os fios que tecem a ficção e matização dos PCN existem, e é bom que
a realidade, de maneira cuidadosa, para con- existam, para lembrar a todos que é possí-
seguir articular uma amálgama definitiva li- vel à construção de um mundo mais igual.
gando educação e imaginário. Descartando, Um mundo povoado de sujeitos sociais, con-
portanto, a preocupação de formar apenas e victos de seu papel na construção de um
através da racionalidade sábia, a serviço da Estado de direito democrático. Cumprem a
humanização da vida. sua função de tentar harmonizar, de maneira
Mas qual imaginário é esse que parece simples, as dimensões simbólicas da socie-
estar em permanente conflito? Talvez seja o dade, com seus processos produtivos e ope-
imaginário que surge na relação direta que o racionais. Nesse caso, ele existe para nor-
país mantém com a televisão, com os meios
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10. 10 Maria das Graças Pinto Coelho
matizar um projeto nacional e abrangente de das as diversidades culturais apontadas, tam-
formação educacional. bém lhe diz respeito no processo educacional
No entanto, pode se afirmar que a adoção brasileiro. Resta saber como ele se enquadra
dos Parâmetros segue na contramão do mer- nessa missão.
cado. “O pensamento elitista da identi-
dade nacional começa, assim, a afastar-se
6 Contrapontos
do território - que inclui povo e natureza -,
voltando-se para valores transnacionais, ad- Este trabalho teve a preocupação de atribuir
vindos do “Outro”, definido como centrali- sentidos aos vídeos de modo que eles fos-
dade hegemônica do capital” SODRÉ (2000, sem apreendidos como qualquer outro mate-
p.130). Ainda segundo SODRÉ (op. Ci- rial educacional. O que significa dizer que
tada), a virada do milênio revive o século de- eles são matizados pelos valores, convicções
zenove, quando as elites nacionais selavam e interesses daqueles que os desenvolvem.
seu pacto perpetuo e faziam um grande es- Não podem, portanto, ser encarados como
forço de europeização a título de resgate de produtos neutros. Eles se apropriem tanto
sua identidade pessoal e coletiva, fora das dos valores presentes no campo midiático,
bases da política comunitária tradicional. como dos valores educacionais. A linha de
A parte mais relevante dos PCN é a argumentação sobre a natureza do material
sua originalidade. No sentido da gênese. apresentado nesse estudo atravessou valores
Eles articulam um novo compromisso com econômicos, históricos, estéticos, técnicos,
a história da formação social do povo bra- organizacionais, culturais, de produção ori-
sileiro. Seu arrojo reside na proposta que entada, e ideológicos. Enquanto todos os
resgata o construto de cidadania, a partir da critérios citados foram claramente importan-
re-construção de uma noção de identidade tes para a sua concepção, o caráter ideoló-
nacional. Rompe com a inércia da escola que gico da programação analisada sustentou a
esteve por muito tempo paralisada diante da tensão analítica..
abrangência e sofisticação dos meios de in- O locus midiático, as Organizações
formação e comunicação. Redime o sistema Globo, recoloca os conceitos de ideologia
nacional de educação de haver passado ao e hegemonia no foco central da análise.
largo, por várias décadas, da discussão que Mesmo porque, como foi dito anteriormente,
envolve cultura de consumo de massas. eles tipificam o papel dos meios de comu-
Os PCN trabalham no sentido de encon- nicação na sociedade atual. É exatamente
trar um equilíbrio entre formação e cultura nesse campo onde se situa a mistificação das
de massas. Pensam a expansão dos meios de relações de poder nas sociedades. A hege-
comunicação e informação como fato social, monia se define pelo modo como as clas-
código e instituição. Por outro lado, o pro- ses dominantes mantêm suas posições atra-
jeto que se utiliza dos meios de comunicação vés do consentimento popular, moldado na
para aumentar a escolaridade dos trabalha- representação que os meios fazem das clas-
dores brasileiros, o Telecurso 2000, também ses não hegemônicas. Dessa forma, o campo
teve que se enquadrar nas normas para pros- midiático produz associações simbólicas e
seguir ocupando um espaço que, reconheci-
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11. Plasticidade social ou construção de identidade? 11
retóricas onde as ideologias se manifestam apresentam uma mesma estrutura narrativa e
de forma definida e concreta. discursiva que se perfila em um alto valor
As ideologias, como já foi sugerido, são estético sem maiores compromissos com o
reproduzidas sistematicamente através das processo histórico do qual eles fazem parte.
estruturas midiáticas. Os meios são persis- No entanto, a contenção e a invisibili-
tentes modelos de cognição, interpretação, dade dadas às diversidades brasileiras na
representação, de seleção, ênfase e exclusão, programação analisada, em contrapartida a
em cuja simbologia se organizam rotineira- ampla cobertura que é dada à plasticidade so-
mente discursos verbais e/ou visuais, com- cial, é proporcional e sintomática da grande
prometidos com a manutenção do status so- invisibilidade, a falta de transparência, que
cial dominante. persiste na estrutura social do Brasil. Do
Significativamente, e independente das in- ponto de vista histórico, vale lembrar que a
tenções manifestas nos documentos oficiais única real tentativa de refletir nossas diversi-
do Telecurso 2000, a programação analisada dades na educação, do ponto de vista institu-
não foge à regra no que diz respeito a repro- cional, foi feita agora, pós PCNs.
dução ideológica em discussão. O discurso é Por outro lado, quando o Telecurso 2000
construído a partir da visão do produtor. Re- é pensado através do seu caráter formativo,
vendo as lições de História - 1 a 8 - que se é preciso acrescentar, em primeira mão, que
organizam em torno de um discurso politica- as formas de vida social interpostas na pro-
mente correto por não imprimir preconceitos gramação não se sobrepõem, não podem ser
em relação às etnias e culturas, sutilmente, a interpretadas como um princípio superior ao
supremacia ideológica se confirma. A narra- estágio de desenvolvimento econômico que
tiva que reconstitui a história pessoal de cada mapeia a sociedade brasileira. O Telecurso é
um dos brasileiros esconde a diversidade cul- apenas um programa supletivo de educação
tural e sócio-econômica de sua formação. O à distância produzido para aumentar a esco-
brasileiro que sai do Rio de Janeiro para o in- laridade do trabalhador que não teve acesso
terior da Bahia para resgatar sua história não à escola ou a freqüentou menos do que o tér-
tem sotaque nordestino, desconhece as diver- mino do primeiro ciclo fundamental.
sidades regionais e se perde como persona- No entanto, devido as suas engrenagens de
gem amorfo de um mesmo padrão de quali- elaboração, produção e circulação, já citadas
dade “global”. em situações anteriores, ele se expande en-
Na história que conta o passado escravo- quanto mito. Há algumas correntes que de-
crata brasileiro não se ressaltam as iniqüi- fendem a educação à distância por ela ser
dades sofridas pelo negro, como tampouco mais barata e fácil de se multiplicar. Essa
se compara o passado com o presente. Não premissa pode ser verdadeira desde que o
existe uma identidade negra a ser ressaltada modelo invista em material pedagógico de
e as diversas etnias brasileiras são retratadas qualidade e em um professor disponível para
como sendo únicas, ou melhor, integradas. trabalhar junto com o aluno esse material em
E assim se desenrolam os programas recor- tempo integral. Então, nessa perspectiva, o
tados para a análise. São produtos cindidos mito do projeto econômico se esvai. Um
entre a estética e a formação social. Todos
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12. 12 Maria das Graças Pinto Coelho
professor bem formado, em tempo integral, 7 Referências
custa caro.
CASTELLS, Manoel. Critical Education in
Um projeto de formação social que deseje
the New Age. Laham Md: Rowman &
alcançar objetivos compatíveis com a escola
Litlefield, 1999.
de formação integral precisa separar o mito
da realidade. O real na intenção de se fazer CASTELLS, Manoel. O poder da identi-
educação de massas de qualidade não dis- dade. Tradução Klauss Brandini Ger-
pensa a relação professor/aluno. Por outro hardt. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
lado, o mito da técnica também se espalha
como um totem, recrutado para se expan- BRASIL, Ministério da Educação e do Des-
dir em todos os significados construídos. O porto. Secretaria de Educação Funda-
caráter performático dos meios é usado de mental. Parâmetros curriculares nacio-
forma exaustiva. Essa substituição, ou des- nais. Brasília: MEC/SEF, 1997.
locamento da intenção educativa em favor
da performance midiática, é mais observada FAORO, Raymundo. Os donos do poder:
quando se juntam os dois projetos: o de for- formação do patronato político brasi-
mação - o Telecurso 2000 - e o culturalista leiro. Porto Alegre: Globo, 1976.
das Organizações Globo, descrito várias ve- FIESP/SESI. Telecurso 2000: ensino suple-
zes pela empresa, e comentado por inúme- tivo/treinamento. São Paulo, 1996.
ros cientistas sociais, cuja marca é o “padrão
Globo de qualidade”. FIESP/SESI. Fundamentos e diretrizes do
Porque daí surge um produto híbrido Telecurso 2000. São Paulo, 1994.
muito bem ressaltando em suas nuances
ideológicas. Que em nenhuma hipótese pode FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala.
ser culpado por reproduzir um mesmo im- Rio de Janeiro: José Olympio, 1961.
passe social vigente. Uma marca consta- FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO / FE-
tada em todos os programas analisados é a DERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO
da assunção técnica da programação. De ESTADO DE SãO PAULO - Telecurso
todo modo, “o padrão Globo de qualidade” 2000. São Paulo: 1993 (datilografado).
sabe exatamente o que a audiência quer. Os
símbolos culturais arregimentados na pro- FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO / FE-
gramação do Telecurso fazem sentido do DERAÇÃO DAS INDUSTRIAS DO
ponto de vista do telespectador. Preenchem ESTADO DE SãO PAULO - Caderno
o imaginário nacional diariamente e conse- de capacitacao I: Conhecendo o Tele-
guem monopolizar a audiência. Resta ende- curso 2000. Rio de Janeiro: Fundação
reçar, no entanto, a expectativa do público Roberto Marinho, 1999.
para um projeto de formação social, suple-
tivo, ou não. Nessa perspectiva, poderia se HALL, Stuart. Questions of cultural identity.
ver credenciado o processo de construção de Thousand Oaks. Sage, 1996.
cidadania nacional, proposto pelos Parâme-
tros Curriculares Nacionais.
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13. Plasticidade social ou construção de identidade? 13
HALL, Stuart. The emergence of cultural
studies and the crises of the humanities.
London: Cultural Studies, 1997.
HOLANDA, Sérgio. Visão do paraíso. Rio
de Janeiro: José Olímpio, 1959.
MARSHALL, T.H. Citizenship and Social
Class, London: Pluto Press, 1967.
SILVA, Juremir Machado. Os anjos da per-
dição: futuro e presente na cultura bra-
sileira. Porto Alegre: Sulina, 1996.
SODRÉ, Muniz. Claros e escuros: identi-
dade, povo e mídia no Brasil. Petrópo-
lis, RJ: Vozes, 1999.
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