O documento discute as dificuldades históricas enfrentadas por mulheres negras no acesso à educação no Brasil, como salários e empregos inferiores. Apesar de avanços recentes com políticas de cotas, as mulheres negras ainda enfrentam maior discriminação e estão concentradas em profissões menos valorizadas.
O documento discute a falta de acesso à educação de crianças no Brasil. Cerca de 300 mil crianças entre 6-14 anos nunca frequentaram a escola. A pobreza e o trabalho infantil são as principais barreiras para a universalização da educação no país. A UNICEF faz recomendações para promover a inclusão de todas as crianças na escola.
Este documento discute a política de cotas raciais no Brasil. Ele aborda a história da escravidão e da exclusão dos negros após a abolição, a luta pelo estabelecimento de cotas nas últimas décadas, e analisa a estrutura formal da política de cotas, seus objetivos de promover a inclusão e o bem-estar social.
O documento discute as desigualdades raciais no analfabetismo no Brasil com base nos dados do Censo de 2000. Cerca de dois terços dos 15,3 milhões de analfabetos eram negros, assim como mais da metade dos 32,7 milhões de analfabetos funcionais. As taxas de analfabetismo e analfabetismo funcional entre a população negra eram significativamente maiores do que entre os brancos. Se o Brasil tivesse as mesmas taxas de alfabetização dos brancos, subiria apenas duas posições no
O documento discute as desigualdades raciais no Brasil através de indicadores socioeconômicos, educacionais, de saúde e acesso à justiça. A população negra tem piores indicadores em todos esses aspectos quando comparada à população branca, o que viola os direitos humanos e a legislação brasileira. O conselheiro tutelar deve estar ciente dessas desigualdades para melhor atender casos de discriminação racial.
O documento discute os dados alarmantes sobre o analfabetismo no Brasil, com cerca de 16 milhões de analfabetos concentrados em menos de 10% dos municípios. A taxa de analfabetismo tem diminuído gradualmente, mas não o suficiente, com 9,7% da população ou cerca de 14 milhões de pessoas ainda analfabetas. A redução mais acentuada ocorreu no Nordeste, mas o problema permanece em todo o país.
A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 20,1% em 1991 para 13,6% em 2000, e continuou caindo para 11,8% em 2002. No entanto, o país ainda tem 14,6 milhões de pessoas analfabetas. Além disso, a queda na taxa de analfabetismo não foi uniforme em todas as regiões do país.
O documento discute as cotas universitárias no Brasil. Ele apresenta os objetivos de ampliar o acesso ao ensino superior para alunos de escola pública e negros, e justifica que as cotas visam promover a igualdade de oportunidades. O documento também resume opiniões a favor e contra as cotas e conclui que o programa deve ser acompanhado e aprimorado.
O documento discute a falta de acesso à educação de crianças no Brasil. Cerca de 300 mil crianças entre 6-14 anos nunca frequentaram a escola. A pobreza e o trabalho infantil são as principais barreiras para a universalização da educação no país. A UNICEF faz recomendações para promover a inclusão de todas as crianças na escola.
Este documento discute a política de cotas raciais no Brasil. Ele aborda a história da escravidão e da exclusão dos negros após a abolição, a luta pelo estabelecimento de cotas nas últimas décadas, e analisa a estrutura formal da política de cotas, seus objetivos de promover a inclusão e o bem-estar social.
O documento discute as desigualdades raciais no analfabetismo no Brasil com base nos dados do Censo de 2000. Cerca de dois terços dos 15,3 milhões de analfabetos eram negros, assim como mais da metade dos 32,7 milhões de analfabetos funcionais. As taxas de analfabetismo e analfabetismo funcional entre a população negra eram significativamente maiores do que entre os brancos. Se o Brasil tivesse as mesmas taxas de alfabetização dos brancos, subiria apenas duas posições no
O documento discute as desigualdades raciais no Brasil através de indicadores socioeconômicos, educacionais, de saúde e acesso à justiça. A população negra tem piores indicadores em todos esses aspectos quando comparada à população branca, o que viola os direitos humanos e a legislação brasileira. O conselheiro tutelar deve estar ciente dessas desigualdades para melhor atender casos de discriminação racial.
O documento discute os dados alarmantes sobre o analfabetismo no Brasil, com cerca de 16 milhões de analfabetos concentrados em menos de 10% dos municípios. A taxa de analfabetismo tem diminuído gradualmente, mas não o suficiente, com 9,7% da população ou cerca de 14 milhões de pessoas ainda analfabetas. A redução mais acentuada ocorreu no Nordeste, mas o problema permanece em todo o país.
A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 20,1% em 1991 para 13,6% em 2000, e continuou caindo para 11,8% em 2002. No entanto, o país ainda tem 14,6 milhões de pessoas analfabetas. Além disso, a queda na taxa de analfabetismo não foi uniforme em todas as regiões do país.
O documento discute as cotas universitárias no Brasil. Ele apresenta os objetivos de ampliar o acesso ao ensino superior para alunos de escola pública e negros, e justifica que as cotas visam promover a igualdade de oportunidades. O documento também resume opiniões a favor e contra as cotas e conclui que o programa deve ser acompanhado e aprimorado.
1. A educação no Brasil avançou nas últimas décadas, porém ainda enfrenta desigualdades e problemas de qualidade. 2. Crianças pobres, negras e da zona rural têm menos acesso à educação infantil e escolarização. 3. Escolas públicas frequentemente carecem de infraestrutura básica como bibliotecas e laboratórios.
1) O documento discute a política de cotas raciais no Brasil, seu histórico de exclusão de negros e indígenas e a implementação da Lei de Cotas de 1999.
2) A Lei de Cotas reserva 50% das vagas em universidades públicas federais para estudantes de escola pública, priorizando negros e indígenas, visando promover a inclusão destes grupos historicamente excluídos.
3) Existem argumentos a favor e contra as cotas, como a reparação histórica da desigualdade racial versus
O documento discute os desafios da educação no Brasil, destacando que 800 mil jovens são analfabetos e que o país caiu no ranking educacional. Além disso, a qualidade da educação precisa melhorar, com alunos da 8a série tendo dificuldades em leitura e escrita. Investimentos de R$19 bilhões são necessários para aumentar o número de professores e melhorar a alfabetização.
O documento descreve a história da escravidão no Brasil, da era colonial até a abolição em 1888, e como isso levou à dívida histórica com afrodescendentes e indígenas. Também discute o contexto das cotas raciais no ensino superior, incluindo críticas e modelos de implementação nas universidades federais.
Apenas 19 das 5.507 cidades brasileiras têm população totalmente alfabetizada. Aproximadamente oito milhões de analfabetos estão concentrados em 586 cidades, principalmente nas capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. Embora as grandes cidades ofereçam infraestrutura para alfabetização, falta tempo e disposição dos moradores para educação.
Este documento apresenta o 4o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça no Brasil, publicado em 2011 pelo Ipea, ONU Mulheres, Secretaria de Políticas para as Mulheres e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. O relatório fornece dados estatísticos sobre diversos temas relacionados às desigualdades de gênero e raça no período de 1995 a 2009.
O documento discute como o investimento educacional e a realização socioeconômica ocorrem de forma diferenciada para mulheres negras no Brasil. Apesar de as mulheres terem aumentado seu acesso à educação, permanecem grandes desigualdades raciais. As mulheres negras enfrentam maiores desvantagens educacionais em comparação às mulheres brancas e têm menos retorno do investimento educacional no mercado de trabalho altamente discriminatório.
O documento discute três problemas da educação no Brasil: 1) o acesso dos jovens pobres à escola é dificultado pelo alto nível de desemprego e baixos salários; 2) a estrutura do ensino público x particular beneficia mais as famílias ricas; 3) a maioria dos jovens não consegue ingressar no ensino superior, restringindo o acesso basicamente aos filhos da elite.
Este documento resume as informações sobre o Centro Acadêmico de Administração (CADM) da UFRJ para os calouros de 2013.1. O CADM representa os estudantes do curso de Administração e realiza atividades de integração, debate problemas do curso, e luta por demandas estudantis. Ele também promove eventos culturais e esportivos como o Luau.
1) O documento discute a importância de considerar gênero e raça nas políticas públicas brasileiras para combater desigualdades. 2) As mulheres representam 42% da força de trabalho e os negros 44,5%, mostrando que essas questões afetam a maioria da população. 3) O texto argumenta que as políticas públicas precisam reconhecer como o gênero e a raça influenciam a pobreza e o acesso ao mercado de trabalho.
O documento apresenta um resumo dos principais dados sobre educação no Brasil, destacando desigualdades regionais e sociais no acesso e qualidade da educação. Aponta que as crianças negras, indígenas, quilombolas e pobres, assim como as que vivem no campo e têm deficiência, são as mais afetadas. Também discute os artigos da Constituição Federal relacionados a educação.
O documento discute a presença maciça de queixas escolares nos atendimentos psicológicos no Brasil. Levantamentos mostram que a maioria dos encaminhamentos de crianças para psicólogos se deve a problemas de aprendizagem e comportamento na escola. Isso ocorre tanto no início da alfabetização quanto em séries posteriores, sugerindo expectativas irreais da escola. A alternativa frequente de encaminhar tais crianças para avaliação médica e psicológica também é questionada.
O documento fornece um resumo dos principais indicadores sociais do Brasil em 2013, cobrindo tópicos como demografia, desigualdades, educação, trabalho, renda e saúde. Analisa as mudanças ocorridas entre 2002-2012 e contextualiza os desafios atuais, como a redução das desigualdades e o envelhecimento populacional.
O documento fornece um resumo dos principais indicadores sociais do Brasil em 2013, cobrindo tópicos como demografia, desigualdades, educação, trabalho, renda e saúde. Analisa as mudanças ocorridas entre 2002-2012 e contextualiza os desafios atuais, como a redução das desigualdades regionais e raciais e o envelhecimento da população.
Este documento discute os problemas da educação brasileira, como o alto número de analfabetos e estudantes fora da série adequada para a idade. A má qualidade da educação pode levar a uma força de trabalho deficitária no futuro. As causas incluem escolas de baixa qualidade, professores mal preparados e remunerados, pouco tempo de aula e gastos familiares altos com educação. É necessário investir na valorização dos professores e revisar o papel da escola para reverter esta situação.
Este documento lista trabalhos inscritos e aprovados para o CONAPE 2018 sobre diversos eixos temáticos da educação brasileira. Os trabalhos abordam tópicos como a BNCC, planos nacionais e municipais de educação, gestão democrática, educação profissional e ensino médio.
Em discussão! fevereiro 2013_internet (1)rcatanese
O documento discute a qualidade da educação brasileira e as desigualdades regionais. O Senado realizou audiências públicas que sugeriram maior participação financeira da União e parâmetros nacionais de qualidade para as escolas, a fim de reduzir as diferenças educacionais. O Plano Nacional de Educação, em tramitação no Senado, também visa melhorar a gestão do ensino no país.
O documento descreve os contrastes na educação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, a taxa de alfabetização é quase universal e as escolas têm boas infraestruturas. Nos países em desenvolvimento, o acesso à educação é desigual, a taxa de analfabetismo é alta e as escolas têm poucos recursos. O documento também discute os desafios enfrentados por Portugal na educação.
O documento discute o tema de cotas raciais no Brasil. Apresenta o que são cotas raciais e como surgiram no país, tendo sido consolidadas pela Lei de Cotas de 2012. Também aborda a desigualdade educacional entre brancos e negros e a necessidade de ações afirmativas para promover a equidade racial no acesso ao ensino superior.
O documento discute a participação das mulheres no mercado de trabalho e na educação no Brasil, destacando avanços e desafios. Apesar de mais mulheres estarem trabalhando e estudando, ainda há desigualdades significativas, como salários menores, trabalho mais precário e dupla jornada. As mulheres negras enfrentam piores condições. É necessário combater todas as formas de discriminação para uma sociedade igualitária.
O documento discute o analfabetismo no Brasil, destacando que: 1) Cerca de 14 milhões de brasileiros são analfabetos, concentrados principalmente na região Nordeste, população negra e rural; 2) Historicamente, os homens brancos foram os mais escolarizados, mas atualmente as mulheres brancas lideram, seguidas por homens brancos, mulheres negras e homens negros; 3) É necessária uma política educacional consistente que valorize cada aluno para reduzir desigualdades.
Este documento discute a importância de incorporar perspectivas de gênero e raça nas políticas públicas brasileiras. Aponta que a maioria da população brasileira é composta por mulheres e negros, que enfrentam sistemáticas desvantagens em áreas como educação e emprego. Argumenta que a discriminação de gênero e raça se intersectam, potencializando a vulnerabilidade de grupos como as mulheres negras. Finalmente, propõe desafios para políticas públicas que incorporem adequadamente essas dimensões, como
1. A educação no Brasil avançou nas últimas décadas, porém ainda enfrenta desigualdades e problemas de qualidade. 2. Crianças pobres, negras e da zona rural têm menos acesso à educação infantil e escolarização. 3. Escolas públicas frequentemente carecem de infraestrutura básica como bibliotecas e laboratórios.
1) O documento discute a política de cotas raciais no Brasil, seu histórico de exclusão de negros e indígenas e a implementação da Lei de Cotas de 1999.
2) A Lei de Cotas reserva 50% das vagas em universidades públicas federais para estudantes de escola pública, priorizando negros e indígenas, visando promover a inclusão destes grupos historicamente excluídos.
3) Existem argumentos a favor e contra as cotas, como a reparação histórica da desigualdade racial versus
O documento discute os desafios da educação no Brasil, destacando que 800 mil jovens são analfabetos e que o país caiu no ranking educacional. Além disso, a qualidade da educação precisa melhorar, com alunos da 8a série tendo dificuldades em leitura e escrita. Investimentos de R$19 bilhões são necessários para aumentar o número de professores e melhorar a alfabetização.
O documento descreve a história da escravidão no Brasil, da era colonial até a abolição em 1888, e como isso levou à dívida histórica com afrodescendentes e indígenas. Também discute o contexto das cotas raciais no ensino superior, incluindo críticas e modelos de implementação nas universidades federais.
Apenas 19 das 5.507 cidades brasileiras têm população totalmente alfabetizada. Aproximadamente oito milhões de analfabetos estão concentrados em 586 cidades, principalmente nas capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. Embora as grandes cidades ofereçam infraestrutura para alfabetização, falta tempo e disposição dos moradores para educação.
Este documento apresenta o 4o Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça no Brasil, publicado em 2011 pelo Ipea, ONU Mulheres, Secretaria de Políticas para as Mulheres e Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. O relatório fornece dados estatísticos sobre diversos temas relacionados às desigualdades de gênero e raça no período de 1995 a 2009.
O documento discute como o investimento educacional e a realização socioeconômica ocorrem de forma diferenciada para mulheres negras no Brasil. Apesar de as mulheres terem aumentado seu acesso à educação, permanecem grandes desigualdades raciais. As mulheres negras enfrentam maiores desvantagens educacionais em comparação às mulheres brancas e têm menos retorno do investimento educacional no mercado de trabalho altamente discriminatório.
O documento discute três problemas da educação no Brasil: 1) o acesso dos jovens pobres à escola é dificultado pelo alto nível de desemprego e baixos salários; 2) a estrutura do ensino público x particular beneficia mais as famílias ricas; 3) a maioria dos jovens não consegue ingressar no ensino superior, restringindo o acesso basicamente aos filhos da elite.
Este documento resume as informações sobre o Centro Acadêmico de Administração (CADM) da UFRJ para os calouros de 2013.1. O CADM representa os estudantes do curso de Administração e realiza atividades de integração, debate problemas do curso, e luta por demandas estudantis. Ele também promove eventos culturais e esportivos como o Luau.
1) O documento discute a importância de considerar gênero e raça nas políticas públicas brasileiras para combater desigualdades. 2) As mulheres representam 42% da força de trabalho e os negros 44,5%, mostrando que essas questões afetam a maioria da população. 3) O texto argumenta que as políticas públicas precisam reconhecer como o gênero e a raça influenciam a pobreza e o acesso ao mercado de trabalho.
O documento apresenta um resumo dos principais dados sobre educação no Brasil, destacando desigualdades regionais e sociais no acesso e qualidade da educação. Aponta que as crianças negras, indígenas, quilombolas e pobres, assim como as que vivem no campo e têm deficiência, são as mais afetadas. Também discute os artigos da Constituição Federal relacionados a educação.
O documento discute a presença maciça de queixas escolares nos atendimentos psicológicos no Brasil. Levantamentos mostram que a maioria dos encaminhamentos de crianças para psicólogos se deve a problemas de aprendizagem e comportamento na escola. Isso ocorre tanto no início da alfabetização quanto em séries posteriores, sugerindo expectativas irreais da escola. A alternativa frequente de encaminhar tais crianças para avaliação médica e psicológica também é questionada.
O documento fornece um resumo dos principais indicadores sociais do Brasil em 2013, cobrindo tópicos como demografia, desigualdades, educação, trabalho, renda e saúde. Analisa as mudanças ocorridas entre 2002-2012 e contextualiza os desafios atuais, como a redução das desigualdades e o envelhecimento populacional.
O documento fornece um resumo dos principais indicadores sociais do Brasil em 2013, cobrindo tópicos como demografia, desigualdades, educação, trabalho, renda e saúde. Analisa as mudanças ocorridas entre 2002-2012 e contextualiza os desafios atuais, como a redução das desigualdades regionais e raciais e o envelhecimento da população.
Este documento discute os problemas da educação brasileira, como o alto número de analfabetos e estudantes fora da série adequada para a idade. A má qualidade da educação pode levar a uma força de trabalho deficitária no futuro. As causas incluem escolas de baixa qualidade, professores mal preparados e remunerados, pouco tempo de aula e gastos familiares altos com educação. É necessário investir na valorização dos professores e revisar o papel da escola para reverter esta situação.
Este documento lista trabalhos inscritos e aprovados para o CONAPE 2018 sobre diversos eixos temáticos da educação brasileira. Os trabalhos abordam tópicos como a BNCC, planos nacionais e municipais de educação, gestão democrática, educação profissional e ensino médio.
Em discussão! fevereiro 2013_internet (1)rcatanese
O documento discute a qualidade da educação brasileira e as desigualdades regionais. O Senado realizou audiências públicas que sugeriram maior participação financeira da União e parâmetros nacionais de qualidade para as escolas, a fim de reduzir as diferenças educacionais. O Plano Nacional de Educação, em tramitação no Senado, também visa melhorar a gestão do ensino no país.
O documento descreve os contrastes na educação entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos países desenvolvidos, a taxa de alfabetização é quase universal e as escolas têm boas infraestruturas. Nos países em desenvolvimento, o acesso à educação é desigual, a taxa de analfabetismo é alta e as escolas têm poucos recursos. O documento também discute os desafios enfrentados por Portugal na educação.
O documento discute o tema de cotas raciais no Brasil. Apresenta o que são cotas raciais e como surgiram no país, tendo sido consolidadas pela Lei de Cotas de 2012. Também aborda a desigualdade educacional entre brancos e negros e a necessidade de ações afirmativas para promover a equidade racial no acesso ao ensino superior.
O documento discute a participação das mulheres no mercado de trabalho e na educação no Brasil, destacando avanços e desafios. Apesar de mais mulheres estarem trabalhando e estudando, ainda há desigualdades significativas, como salários menores, trabalho mais precário e dupla jornada. As mulheres negras enfrentam piores condições. É necessário combater todas as formas de discriminação para uma sociedade igualitária.
O documento discute o analfabetismo no Brasil, destacando que: 1) Cerca de 14 milhões de brasileiros são analfabetos, concentrados principalmente na região Nordeste, população negra e rural; 2) Historicamente, os homens brancos foram os mais escolarizados, mas atualmente as mulheres brancas lideram, seguidas por homens brancos, mulheres negras e homens negros; 3) É necessária uma política educacional consistente que valorize cada aluno para reduzir desigualdades.
Este documento discute a importância de incorporar perspectivas de gênero e raça nas políticas públicas brasileiras. Aponta que a maioria da população brasileira é composta por mulheres e negros, que enfrentam sistemáticas desvantagens em áreas como educação e emprego. Argumenta que a discriminação de gênero e raça se intersectam, potencializando a vulnerabilidade de grupos como as mulheres negras. Finalmente, propõe desafios para políticas públicas que incorporem adequadamente essas dimensões, como
O documento discute a história da educação da população negra no Brasil. Aponta que o acesso à educação para negros é uma conquista recente e que a escravidão privou essa população do direito à educação formal. Apesar de avanços, ainda há grandes discrepâncias educacionais entre negros e brancos, como menor escolaridade e maior taxa de analfabetismo entre negros. Questiona se as políticas atuais são suficientes para promover a equidade racial no sistema educacional.
Politicas públicas de ações afirmativas e cotas raciaisAdeildo Vila Nova
O documento discute as políticas de ações afirmativas e cotas raciais no Brasil. Apresenta definições de ação afirmativa e raça, e discute a importância das cotas raciais para promover a igualdade de acesso ao ensino superior, dado o preconceito e desigualdades raciais no sistema educacional. Também resume estudos que indicam que alunos beneficiados por cotas raciais não apresentam desempenho inferior aos demais.
1) O documento discute os desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade contemporânea, como barreiras educacionais e de inserção no mercado de trabalho.
2) Apesar de mais escolarizadas, as mulheres ganham menos e enfrentam violência doméstica.
3) A autonomia econômica das mulheres é limitada pela dupla jornada de trabalho e dependência financeira.
1) O documento discute a importância de considerar questões de gênero e raça nas políticas públicas brasileiras. 2) Aponta que a maioria da população brasileira é composta por mulheres e negros, que enfrentam sistemáticas desvantagens em áreas como educação e emprego. 3) Argumenta que as discriminações de gênero e raça se intercruzam e potencializam, exigindo que as políticas públicas tratem conjuntamente dessas questões.
O documento discute as desigualdades de gênero no Brasil com base em estatísticas e indicadores. Ele apresenta dados sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho, diferenças salariais, acesso à saúde e saneamento. Também aborda indicadores de violência, mostrando que as mulheres são mais vulneráveis à violência doméstica. O objetivo é dar visibilidade às desigualdades por meio de estatísticas para apoiar políticas públicas que promovam a equidade de gênero.
Este documento analisa a situação das mulheres negras no mercado de trabalho brasileiro usando dados estatísticos. Ele mostra que, apesar de participação crescente, as mulheres negras enfrentam desigualdades como menores rendimentos e taxas de escolaridade em comparação com outros grupos, sofrendo os efeitos do racismo e sexismo.
O documento discute as desigualdades raciais no Brasil, mostrando que negros enfrentam desvantagens em relação aos brancos na infraestrutura urbana e habitação, educação, mercado de trabalho e distribuição de renda. Dados demonstram que negros têm menos acesso a saneamento e eletricidade, taxas maiores de mortalidade infantil, menos anos de estudo, empregos menos qualificados e menores salários.
Brasil: 122 anos da abolição da Escravatura - Igualdade Racial, Direito a ser...Gleisi Hoffmann
O documento discute a abolição da escravatura no Brasil há 122 anos e as desigualdades raciais que persistem. Apesar de avanços como a criação de uma secretaria de igualdade racial e políticas de cotas, negros ainda enfrentam desvantagens em educação, renda e emprego em comparação com brancos. Ações afirmativas são necessárias para promover a igualdade racial de fato no país.
A difícil tarefa de definir quem é negro no Brasil. Geraa Ufms
O documento discute a difícil tarefa de definir quem é negro no Brasil. Kabengele Munanga, professor da USP, afirma que não é fácil definir devido ao ideal de branqueamento no país. Ele também diz que as cotas nas universidades são uma medida transitória para acelerar o aumento do contingente negro no ensino superior, mas não é a única solução necessária.
A difícil tarefa de definir quem é negro no Brasil. Geraa Ufms
O documento discute a difícil tarefa de definir quem é negro no Brasil. Kabengele Munanga, professor da USP, afirma que não é fácil definir devido ao ideal de branqueamento no país. Ele também diz que as cotas nas universidades são uma medida transitória para acelerar o aumento do contingente negro no ensino superior, mas não é a única solução necessária.
O documento discute a difícil tarefa de definir quem é negro no Brasil. Kabengele Munanga, professor da USP, afirma que não é fácil definir devido ao ideal de branqueamento no país. Ele também diz que as cotas nas universidades são uma medida transitória para acelerar o aumento do contingente negro no ensino superior, mas que não deve ser o único caminho e deve levar em conta critérios econômicos também. Por fim, destaca a falta de pesquisas sobre raça e gênero na USP.
Este documento apresenta um resumo sobre a educação no Brasil. Apesar de avanços como a redução do analfabetismo e o aumento da escolarização, persistem grandes desigualdades educacionais relacionadas a fatores como renda, raça, região e deficiência. Taxas de evasão e repetência ainda são altas, e a qualidade da educação oferecida precisa melhorar, principalmente no ensino fundamental e médio das redes públicas.
Aula 3 desigualdades de gênero no brasil indicadoresDaianaCorreia8
O documento discute as desigualdades de gênero no Brasil. Apresenta estatísticas que mostram que as mulheres ainda enfrentam desvantagens no mercado de trabalho, saúde, saneamento e habitação. A violência contra mulheres, especialmente dentro de casa, também é analisada com dados sobre agressões físicas e baixa procura por ajuda policial.
Um salto para o presente a educação básica no brasilDarlan Campos
O documento discute os grandes problemas da educação básica no Brasil, como o alto índice de evasão e repetência escolar que levam ao fracasso escolar. Aponta que as estatísticas iniciais escondiam esse problema, mas que pesquisas posteriores mostraram que o principal fator para a evasão é o fracasso escolar, não o trabalho infantil. Também discute os esforços para mudar essa realidade, como investir na qualidade do ensino ao invés de apenas construir escolas, e alguns resultados positivos, como a queda das taxas
O documento discute o conceito de gênero, afirmando que se refere às relações entre os sexos moldadas pela sociedade, não à identidade masculina ou feminina em si. A sociedade exerce forte influência sobre homens e mulheres, atribuindo frequentemente às mulheres uma posição subalterna.
1. Mulheres negras e a luta pela
ascensão educacional
O déficit histórico de atenção do Estado à população negra
criou um País onde os antigos escravos permaneceram
com baixa escolaridade, baixa remuneração e piores
empregos. Mas medidas afirmativas de inclusão
educacional começam a mudar as cores dessa história. E
entre elas, os desafios são maiores.
Por Rafael Dantas 25 de julho de 2013
2. A renda das mulheres brasileiras é em média 30% inferior
a dos homens, de acordo com pesquisa do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID). Curiosamente,
o tempo de estudo delas é maior que o masculino.
Esse fenômeno não se dá apenas com profissões em que
a demanda por formação é baixa, como os domésticos. O
salário de uma mulher mesmo com nível de mestrado,
por exemplo, é 28% inferior a um homem com a mesma
titulação.
Quando esse recorte é feito apenas com as mulheres
negras a disparidade é ainda maior. Elas recebem, em
média, o equivalente a 40% do que os homens brancos.
“Os dados disponíveis sobre as desigualdades de gênero
e raça no mercado de trabalho apontam para uma pior
situação de negros e mulheres em praticamente todos os
indicadores analisados. Expressam, ainda, a perversa
manifestação da dupla discriminação que atinge mulheres
negras, e que faz com que estas, vítimas do racismo e do
sexismo, encontrem-se concentradas nos piores postos
de trabalho, recebendo os menores rendimentos,
sofrendo com as relações informais de trabalho (e sua
conseqüente ausência de proteção social tanto presente
quanto futura – aposentadoria) e ocupando as posições
de menor prestígio na hierarquia profissional”, declara a
técnica do Ipea, Luana Pinheiro, em Retrato da
Desigualdade.
Mulheres e Negras
3. As mulheres negras estão no grupo crítico das
que nem trabalham, nem estudam, segundo o
Instituto de Estudos Sociais e Políticos. Além
disso, entre as que trabalham, há uma grande
concentração ainda da raça negra entre as
domésticas. Entre aquelas que conseguem chegar
no nível superior, são poucas as que encontram
vaga em cursos mais valorizados socialmente e
melhor remunerados.
No Brasil, 93% dos profissionais domésticos são
mulheres, de acordo com Estudo do Dieese
(2010). No Recife, 80,9% das empregadas
domésticas são negras. Quando observamos no
universo das mulheres profissionais, uma a cada
cinco recifenses negras atuam como domésticas.
Entre as mulheres brancas, apenas 10% trabalham
no ramo.
Cor, gênero e profissão
4. 18 - 24
25 - 39
40 - 49
50 - 59
Fonte: Dieese 2010
Apesar da suprema maioria de mulheres negras
no serviço doméstico, é importante apontar que
essas empregadas estão envelhecendo e menos
jovens seguem a profissão. O Dieese aponta que
apenas 7,1% das domésticas recifenses negras
possuem idade entre 18 e 24 anos, que é a faixa
etária de maior potencial para educação técnica e
superior.
Sinais de mudança
5. Poucos anos antes da libertação dos escravos do
Brasil, engenheiro e abolicionista André
Rebouças pregava que tornar os escravos livres
não era suficiente. Há mais de um século, ele
defendeu que os negros de sua época
recebessem um pedaço de terra para trabalhar e
que em cada comunidade negra chegasse uma
escola. O grito por uma revolução do lápis foi
dado, mas não foi atendido. “A lei que proclamou
a libertação dos escravos foi uma das menores da
história brasileira. Apenas tornava-os livres, sem
nenhum acréscimo”, afirma a militante Inaldete
Pinheiro, uma das fundadoras do movimento
negro no Recife.
Mais de cem anos depois, a reforma agrária não
foi feita. Mas o acesso educacional amplo para os
negros começa a chegar. Desde a Constituição de
1988, que garantiu a educação universal, as
crianças mais carentes tiveram acesso à escola,
mas as suas limitações de qualidade dificultam
até hoje o acesso desse estudante ao ensino
superior público.
Um passo afirmativo dado nos últimos anos foi a
criação de mecanismos de acesso aos alunos de
escolas públicas a cursos preparatórios para
vestibulares. Mais recentemente, o Programa
Universidade para Todos (Prouni) e alguns
sistemas de cotas esporádicos, por iniciativa de
cada instituição, aceleraram este acesso. No ano
passado, a lei federal que institui 50% das cotas
para esses alunos, incluindo um mecanismo
proporcional que de respeito à questão racial,
tornou essa batalha pela educação negra uma
política de Estado.
O grito de Rebouças
6. Políticas avançam, mas sofrem resistências
As políticas nacionais de distribuição de renda da
última década – tais como Bolsa Família e o
aumento real do salário mínimo – tiraram muitas
famílias da pobreza e criaram uma celebrada
nova classe C. De acordo com estudos do
Instituto Data Popular, 68% dos filhos da classe C
estudaram mais que seus pais. Além disso, os
estudos do instituto apontam que 66% dessas
famílias atribuem a educação dos filhos como
prioridade na hora de escolher onde investir.
Se as políticas de distribuição de renda colocam
muitos filhos das classes mais baixas na rede
privada de ensino, as ações afirmativas no ensino
superior tem garantido de forma mais rápida os
espaços dessa população no corpo discente das
universidades brasileiras.
Mesmo sem fazer um recorte racial, essas
políticas atingem fortemente as famílias negras,
que se enquadram em sua maioria no contexto
das exclusões do País.
Se alguns especialistas comemoram os
indicadores que apontam diferenças mínimas de
desempenho entre cotistas e não cotistas no
ensino superior, uma grande parcela da
população resiste ao caminho encontrado pelo
Governo Federal para promover a ascensão dos
mais pobres do País, onde estão incluídos os
negros. Em especial na distribuição de vagas no
ensino superior público.
Enquanto as cotas representam uma luz no fim
do túnel de jovens que sofreram toda sua vida
num ensino público precário, para muitas famílias
da classe média elas são mais uma barreira ao
difícil acesso ao ensino superior, onde apenas
19% dos jovens entre 18 e 24 anos tem
oportunidade de realizar. Além disso, apenas um
quarto dessas vagas estão em instituições
públicas (federais, estaduais e municipais).
Frente a este quadro, a opção governamental de
reservar vagas - ao invés de expandir o corpo
discente das universidades públicas - colocou em
choque os anseios desses dois grupos sociais.
7. Políticas avançam, mas sofrem resistências
Mesmo de acordo com a política de cotas sociais
e raciais, o presidente da Coordenação Nacional
de Direito Educacional do Conselho Federal da
OAB, Inácio Feitosa, acredita que a opção
também não foi a mais adequada. “Sou
particularmente favorável a esta lei, mesmo
reconhecendo que a mesma poderia, ao invés de
suprimir 50% das vagas para o sistema de cotas,
ter acrescido essas vagas às existentes.”
Combatendo os argumentos de resistência à
política de cotas, Inácio Feitosa aponta
indicadores que comprovam o sucesso do
programa, e defende um papel da universidade
de maior inclusão social.
“Os alunos do Prouni são reconhecidamente
bons, inclusive com ótimos resultados no Enade,
essa informação é do próprio MEC. Essa
preocupação, hoje, é inexistente nas instituições
particulares. A defasagem existente em relação ao
aluno cotista é semelhante ao aluno não cotista,
com raras exceções, e em alguns cursos das
Universidades Públicas. Porém, algo que poderá
ser totalmente resolvido com a realização de
cursos de nivelamento. As Universidades públicas
devem desempenhar um papel de inclusão social
efetivo. Hoje, isso não acontece. As Universidades
públicas não são para os alunos carentes. São
para aqueles que tiveram condições de gastar
mais com cursinhos e aprenderam os “macetes”
dos vestibulares das federais, para saírem na
frente da concorrência.”, declara Inácio Feitosa.
8. Entre o acesso e sucesso da política
Vencendo preconceitos e uma tradição de acesso
exclusivamente pela meritocracia, as cotas
garantem a entrada de uma parcela de negros
em todos os cursos do ensino federal. Porém,
entre o acesso e o sucesso da política existem as
dificuldades naturais do ensino superior, além das
limitações financeiras desses alunos a serem
superadas por no mínimo quatro anos.
De acordo com dados do Ministério da Educação,
de 2009, a taxa de evasão no ensino superior
brasileiro é de 20,9%. Como as políticas de cotas
são recentes, há uma carência por números que
apontem maior ou menor evasão dentro desse
universo do universitário brasileiro. Nesse sentido,
os ativistas do movimento negro e especialistas
apontam a necessidade de serviços como o
restaurante universitário e mesmo o reforço
escolar funcionem de forma eficiente, em
benefício dos egressos cotistas.
9. Entrevista com
Inaldete Pinheiro
Enfermeira, com mestrado em Serviço
Social pelo UFPE, Inaldete Pinheiro tem
uma longa trajetória no movimento negro
em Pernambuco e no Brasil. Hoje
aposentada, ela aponta a educação
como a principal ferramenta de
promoção social e as cotas como uma
resposta a exclusão histórica nos negros
no Brasil.
“A escravidão da terra e intelectual
ainda não acabou”
10. Como você chegou ao movimento negro?
Uma amiga que tinha família em São Paulo tinha
contato com os grupos de estudantes negros da
USP que discutiam as questões raciais. Mas eram
mais universitários, a grande massa negra não
estava ali. Em 1978, acompanhei muitas
publicações alternativas que abordavam a
questão racial, como o Versus. Li muito os artigos
do jornalista Hamilton Cardoso, que tinha uma
coluna Afro Latino América e fazia várias
reportagens. Uma que não me esqueço trazia o
Movimento Nacional Negro Unificado contra a
Discriminação Racial, que protestavam contra a
proibição do acesso de um atleta negro na sede
social do Clube Regatas de São Paulo. A partir da
solidariedade a esse atleta, muitos grupos se
formaram, mas eram mais fortes em São Paulo,
Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul.
Como nasceu o movimento em Pernambuco?
Tive acesso a carta proposta e ao estatuto desse
movimento. Me identifiquei e apresentei a dois
amigos. A primeira reunião do movimento negro
no Recife aconteceu na minha casa, em julho de
1979. E ficamos na minha casa até que o grupo
cresceu muito.
Como você avalia o cenário da educação da
população negra no País?
A questão da população negra a educação é
marcada desde o início pela exclusão. Apesar
desse problema da educação ser para todos no
Brasil. Antes mesmo da abolição, mesmo formado
em engenharia, André Rebouças sofreu
preconceitos. Perdeu uma bolsa para estudar na
Europa por preconceito racial. Mas o pai
prometeu que pagaria seus estudos fora do País,
mesmo se tivesse que vender todos os seus
livros. Ele foi e ao voltar montou uma empresa e
foi responsável pela construção de muitas
ferrovias no Brasil. Já na época ele defendia a
educação para os negros no Brasil, mas até hoje
persistem a escravidão da terra e intelectual. Essa
proposta dele, de colocar uma escola em cada
comunidade negra, já era uma ação afirmativa.
Vale o registro que no Recife, nesta época, um
grupo de negros alforriados se dedicou a ensinar
aos negros recém libertos. Mas só agora essa
história de exclusão começa a mudar via as ações
afirmativas.
Entrevista com Inaldete Pinheiro
11. O cenário das mulheres negras é mais complicado
no Brasil?
Olhando para a história do Brasil, quantos
senhores de engenho não proibiam suas filhas de
estudar? Além da questão racial, as mulheres
enfrentam os preconceitos de gênero. Apesar
disso, nos últimos anos e historicamente a
população negra de estudantes mulheres é maior
que a masculina no ensino superior. Aos homens
sempre a pressão por trabalhar foi maior. Essa
exclusão do homem das mulheres negras
alimentou muito o ciclo vicioso do analfabetismo.
Como mulher e negra, num período de ditadura
militar, você enfrentou preconceitos na
universidade?
Minha faculdade era muito conservadora. Mas a
melhor professora do curso era negra, apesar de
ser a única do corpo docente. Éramos minoria
também entre os alunos. De 42 matriculados,
havia um homem e quatro mulheres negras.
Particularmente nunca percebi entre os colegas
nenhuma manifestação de preconceito. Lembro-
me apenas de um professor que não nos olhava
com carinho, mas não era nada explícito. Mas, até
hoje, pelo número de pessoas negras que
circulam na universidade, você percebe que são
muito poucas.
Qual a sua avaliação da implantação das ações
afirmativas em Pernambuco?
Aqui a UPE foi pioneira no estabelecimento de
cotas. Foi mais de um ano de discussão. Tenho
lembranças desse lindo momentos e que
aconteceu uma audiência pública interna na UPE.
Mas nos jornais da época a briga era baixa.
Fizemos panfletagem para que os estudantes se
declarassem negros na inscrição do vestibular
para concorrer as cotas. Quem é negro sabe as
barreiras para terminar o segundo grau. Enfrentar
racismo, fome, falta de passagem de ônibus,
professores de escolas públicas pouco
compromissados. Essa questão de mérito no
acesso à universidade é tão redundante. Existe
um grande mérito nesses estudantes que
conseguem chegar mesmo via cotas ao ensino
superior, por tudo o que enfrentaram. Isso não é
tirar vantagem por ser negro. Dou total apoio as
ações afirmativas sociais com esse recorte racial
proposto pelo Governo Federal. Cheguei a ouvir
que universidade é para quem gosta de estudar.
Isso é de um racismo e de ignorância tão grande.
No Brasil somos mais de 50% da população, mas
estamos longe de ser metade dos universitários
ainda.
Entrevista com Inaldete Pinheiro
12. Se por um lado as mulheres e homens negros
são beneficiados diretamente pela política de
cotas e demais ações afirmativas, por outro a
universidade ganha um aluno com um grande
potencial de trazer contribuições acadêmicas.
Enquanto um grupo acreditava que a reduzida
escolaridade de parte do alunato poderia
comprometer o ensino, um outro vê nesse alunos
uma aproximação real da academia com a
sociedade.
Alunos com histórias de vida e com problemas
diferentes do docente tradicional das
universidades sinalizam um grande potencial para
as pesquisas acadêmicas e projetos de extensão,
visto o olhar diferente do aluno que nasceu e
cresceu na periferia urbana e na zona de exclusão
social do Brasil. Nos questionamentos e
pesquisas que esses alunos trarão a universidade
está outra grande vantagem dessas ações.
“Esses alunos trazem uma humanização das
relações sociais. A verdade é que não estamos
acostumados a conviver com as diferenças.
Lembrei-me de um depoimento de um cego
amigo nosso, que de forma simples me ensinou
uma grande lição de vida. Disse-me certa vez:
“Sabe qual a diferença de mim que sou cego
para você que enxerga? (...) é que nós não
tivemos condições de sermos criados juntos. Não
aprendemos a nos conhecer e a nos respeitar”,
declarou Inácio Feitosa.
A contribuição negra no ensino superior
13. Segundo dados do último Enade divulgados,
apenas 6% dos universitários formados naquele
ano eram negros. No curso de medicina, os
concluintes eram apenas 2,6%. Esses indicadores
e os testemunhos dos alunos egressos só
confirmam que essa é apenas o início de uma
trajetória muito maior que colocar alunos a
universidade, mas que envolve toda uma
necessária reforma no sistema educacional
brasileiro, rumo a um modelo de mais qualidade
e mais inclusivo.
O início de uma trajetória de mudanças
A estudante Aline Katiuscia, 25 anos entrou
há dois meses na universidade via o sistema
de cotas. Natural de Afogados da Ingazeira,
interior de Pernambuco e vinda da
educação pública, ela, que se declara parda,
hoje faz o curso de psicologia. Na sua
experiência acadêmica recente, ela afirma
não ter tido nenhum problema pelo fato de
ser cotista. “As pessoas não tem tido
rejeição por quem entra pelo sistema.
Acredito que as cotas são importantes pois
inserem na universidade quem não entraria
naturalmente pela defasagem da educação
básica nas escolas públicas”, afirma.
Ela afirma que quando a educação básica
brasileira tiver qualidade não concordará
com a permanência do sistema, que existe
para reparar o déficit histórico educacional
do País com os pobres e negros.
Como Aline, um números maior de
brasileiros entraram no ensino superior via
o sistema de cotas neste ano. Apesar disso,
a trajetória ainda se mostra longa para
reparar a disparidade entre negros e
brancos, além da questão de gênero.