O documento discute vários métodos contraceptivos, incluindo barreiras como camisinha e espermicidas, e métodos hormonais como a pílula, DIU, implantes e anel vaginal. Destaca que esses métodos garantem o planejamento familiar de forma segura e evitam gravidezes indesejadas, sendo disponibilizados gratuitamente pelo SUS.
Métodos contraceptivos garantem o planejamento familiar
1. Métodos contraceptivos garantem o
planejamento familiar
Pelo quarto ano consecutivo, mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina participam do
Dia Mundial da Contracepção, 26 de setembro. A data também é dia da mobilização mundial
pela prevenção da gravidez na adolescência. Este ano com o tema “Sua Vida, Sua
Responsabilidade”, a data promovida por organizações não governamentais e sociedades
médicas internacionais busca divulgar informações sobre sexo seguro e opções de
contracepção.
Os métodos contraceptivos são a única forma segura de impedir uma gravidez indesejada. Já a
camisinha, além de funcionar como contraceptivo de barreira, evita as doenças sexualmente
transmissíveis, por isso não pode ser dispensada nunca, mesmo por casais estáveis. Já para o
controle de natalidade, é indicado usar outro método anticoncepcional alíado ao preservativo.
Os anticoncepcionais se dividem em dois grandes grupos: métodos de barreira, destinados a
dificultar que os espermatozóides cheguem ao útero, e métodos hormonais, que alteram
temporariamente o modo de funcionamento do sistema reprodutivo.
O acesso ao método de contracepção depende da escolha. A camisinha, por exemplo, pode ser
adquirida em farmácias ou retirada gratuitamente em qualquer posto de saúde. É possível
também fazer um cadastro por telefone (156) para obter uma cota mensal de preservativos
grátis. Outros contraceptivos como pílulas, anticoncepcionais injetáveis e DIU , eles também
podem ser obtidos gratuitamente nos postos , mas é necessária uma consulta formal com um
médico do SUS. A constituição brasileira assegura que o serviço público tem de disponibilizar
métodos e técnicas que previnam o cidadão de doenças sexualmente transmissíveis assim
como de uma gravidez indesejada. O paciente tem o direito de decidir qual técnica utilizar,
porém, é necessário que essa tenha sua eficácia cientificamente comprovada.
Métodos
Camisinha masculina - É uma capa, geralmente de látex, colocada no pênis ereto do homem
que retêm o esperma no ato sexual. Por reter o esperma em sua ponta após a ejaculação, ela
age formando uma barreira que mantém os espermatozóides fora da vagina, o que previne a
gravidez e a transmissão de infecções de um parceiro para o outro. Se usada em todas as
relações sexuais, antes do contato do pênis com a vagina, boca, ânus ou qualquer superfície
mucosa, ela é eficaz na prevenção da gravidez e na prevenção da transmissão de doenças
sexualmente transmissíveis, incluindo a AIDS.
2. Camisinha feminina - É feita de poliuretano e pode ser colocada pela mulher várias horas antes
da relação. Ela precisa ficar na posição adequada porque apresenta dois anéis: um interno, que
deve ser fixado em volta do colo do útero, e um externo, que deve ficar para fora do corpo da
mulher, por isso não é tão simples colocá-la no lugar certo. Ela não precisa ser retirada
imediatamente após a relação. Ela, assim como a camisinha masculina, previne as doenças
sexualmente transmissíveis, mas sua desvantagem é o preço muito mais alto que o da
camisinha masculina.
Pílula - A pílula é uma das formas reversíveis de controle de natalidade mais eficazes
disponíveis para as mulheres atualmente, e é também o método mais utilizado. A pílula
contém hormônios que previnem a gravidez, mas uma mulher pode tornar a engravidar se ela
parar de usar a pílula. Além de proteger contra gravidez não planejada, a pílula torna as
menstruações mais regulares, reduz os incômodos pré-menstruais, dores e cólicas durante a
menstruação. Os efeitos colaterais possíveis são: sangramentos entre menstruações, dores de
cabeça e hipersensibilidade nas mamas.
Adesivo Anticoncepcional Transdérmico - Contém estrógeno e progesterona que são
absorvidos pela pele. Um adesivo é colado no 1º dia do ciclo, na pele limpa e seca das nádegas,
abdômen, parte superior externa do braço ou superior das costas e ali deve permanecer
durante sete dias. No oitavo dia, um segundo adesivo deve ser colado em um local diferente e
retirado o anterior. A troca deve ser repetida após uma semana. Na quarta semana não é
necessária a aplicação de adesivos. Comece outro ciclo após sete dias. Não retire o adesivo no
banho. Se ele soltar, tente colar novamente. Se não der certo e o tempo sem adesivo for
superior a um dia, inicie um novo ciclo de quatro semanas de adesivo e use um outro método
contraceptivo por sete dias. Os principais efeitos colaterais deste método são: irritação no
local da aplicação, dor nas mamas, náuseas e enxaqueca.
Dispositivo Intra-Uterino (DIU) – É um sistema a ser inserido pelo médico no interior do útero.
Geralmente, o médico consegue implantar o DIU em menos de cinco minutos, no próprio
consultório e sem necessidade de qualquer anestesia. O DIU pode permanecer durante até
cinco anos, quando então deve ser trocado . Se você quiser parar de usá-lo, ele pode ser
retirado a qualquer momento. O método pode causar irregularidade menstrual, que pode ser
intensa a ponto de ser uma das causas de não-aderência ao método pela mulher. Também
pode causar amenorreia (falta de menstruação) em até 50% das mulheres. Outros efeitos
colaterais incluem o aparecimento de cistos funcionais de ovário, dor de cabeça, dor pélvica,
secreção vaginal, dor nas mamas, náuseas e inchaço.
3. Anticoncepcionais injetáveis - Este é um método hormonal de contracepção que é
administrado por meio de injeções mensais ou trimestrais. A injeção que impede a ovulação
deve ser prescrita por um médico e pode ser aplicada em uma farmácia. Diferentemente das
pílulas por via oral que usam estrógenos sintéticos, os estrógenos utilizados nos contraceptivos
injetáveis são naturais e acarretam menos efeitos colaterais.
Implantes - Consistem em um minúsculo tubo flexível (algumas marcas são constituídas de
dois tubos) impregnado com o hormônio progesterona, que é inserido sob a superfície da pele,
na parte interna do braço, o que é feito com anestesia local. Os implantes têm que ser
colocados por um médico. O hormônio é liberado em pequenas doses durante um período de
três anos, após o qual o implante é retirado e um novo é inserido. O método é apropriado para
mulheres que desejam contracepção a longo prazo. Ele também é apropriado para mulheres
que estão amamentando.Os efeitos colaterais mais comuns são: sangramento menstrual
irregular, ausência de menstruação, cefaléia e ganho de peso.
Anel vaginal - Trata-se de um anel de plástico flexível que libera compostos de estrógeno e
progesterona que são absorvidos pela mucosa vaginal. A inserção é feita em posição
confortável, agachada, deitada ou em pé com uma perna levantada. Não há necessidade de
ajustar o anel ao redor do colo do útero porque o anel é flexível. É recomendável o uso de
método de barreira nos primeiros sete dias de uso do anel. Após 21 dias, é necessário retirar o
anel em horário semelhante ao da sua colocação. Após uma semana de intervalo, um novo
anel deve ser colocado. Ele não precisa ser retirado para a relação sexual ou uso de absorvente
interno. Pode ser usado com espermicida. Os principais efeitos colaterais se referem ao
próprio anel e incluem a sensação de um corpo estranho, saída do anel durante a relação
sexual, infecções vaginais e enxaqueca.
Vasectomia - É um procedimento cirúrgico de esterilização simples e seguro no qual são
seccionados os ductos deferentes de modo a impedir que os espermatozóides produzidos nos
testículos passem para a uretra e sejam expelidos na ejaculação. O homem deve ser informado
de que a vasectomia, muito segura como contraceptiva, é ainda um método de difícil
reversibilidade. Uma medida preventiva ao efeito definitivo da esterilização consiste em
congelar o esperma antes da vasectomia para posterior reprodução assistida. O procedimento
cirúrgico é feito em consultório, com anestesia local e dura cerca de vinte minutos. Não há
contra-indicações clínicas que impeçam a vasectomia. Caso o homem seja portador de
patologias como DST, inflamações nos órgãos genitais, hérnia inguinal, varicocele,
coagulopatia, doenças associadas ao HIV ou diabetes, primeiro é feito o tratamento para cura
ou controle e depois se procede à vasectomia sem restrições.
Laqueadura - Também conhecida como ligadura de trompas, a laqueadura tubária consiste em
um procedimento cirúrgico de esterilização definitiva que secciona as tubas que unem o útero
4. aos ovários, de modo a impossibilitar que os óvulos liberados por estes sejam fecundados
pelos espermatozóides e se aninhem na cavidade uterina. A mulher deve ser informada que a
esterilização, muito segura como contraceptiva, é ainda um método de difícil reversibilidade,
isto é, se houver desejo de maternidade após vários anos da cirurgia é grande a probabilidade
de que nova cirurgia para retorno da fertilidade não seja bem-sucedida. A laqueadura é
indicada para mulheres seguras de que não desejam ter filhos, para mulheres e/ou casais que
tiveram o número de filhos desejado, para mulheres que por condições patológicas correm
risco de morte ou agravamento de doenças caso engravidem, e para mulheres e/ou casais que
procuram um meio de evitar o risco de morte ou a transmissão de patologias hereditárias aos
descendentes. Ela deve ser evitada quando a mulher for portadora de patologias ou condições
que devem ser tratadas ou controladas antes da esterilização.
Espermicida - Os espermicidas vaginais são cremes, géis, películas ou supositórios contendo
químicos que matam os espermatozoides . Alguns dos possíveis problemas e incômodos que
os espermicidas vaginais podem causar são irritação ou desconforto e elevar o risco de
contrair HIV e infecções vaginais.