A ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Regina Helena Costa, relatora do Agravo em Recurso Especial apresentado pelo prefeito de Ribeirão Pires Kiko Teixeira (PSDB) reformou a sua decisão proferida anteriormente determinando a sua conversão em Recurso Especial. ..."Em juízo de retratação, consoante o disposto no § 2º do art. 1.021 do Código de Processo Civil de 2015, verifica-se o desacerto da mencionada decisão, razão pela qual de rigor sua reconsideração... RECONSIDERO a decisão de fls. 2.832/2.839e, restando, por conseguinte, PREJUDICADO o agravo interno de fls. 2.844/2.858e, e CONHEÇO do Agravo de ADLER ALFREDO JARDIM TEIXEIRA e determino sua CONVERSÃO em Recurso Especial, sem prejuízo da aferição dos requisitos de admissibilidade, a ser realizada no momento processual oportuno". A decisão foi publicada no início da noite desta quarta-feira (23). Com a proximidade do prazo final para os registros de candidaturas junto a justiça eleitoral, Kiko Teixeira tem até aproximadamente 48 horas para a obtenção de liminar para garantir o direito a disputar a sua reeleição ao cargo de prefeito em Ribeirão Pires. O assunto toma conta das rodas políticas e advogados e articuladores políticos ao qual o Repórter ABC manteve contato desde a noite de ontem já previam que a decisão poderia ser adiada. Fato que muito chamou a atenção é a razão da magistrada já não ter concedido imediatamente a liminar e apenar ter reformado a decisão anterior. Segundo disseram causídicos, a ministra Regina Helena Costa para tomar uma decisão deverá rever decisão que fora tomada em 3 de fevereiro quando em atendimento a solicitação feita pela Procuradoria Geral da República negou provimento de recurso mantendo Kiko Teixeira na condição de político inelegível, como você relembrar clicando aqui e lendo matéria exclusiva do Repórter ABC. "Há súmulas no STJ que proíbem esse tipo de análise e a exceção só cabe em situações de excepcionalidade e caso uma liminar venha a ser concedida certamente a PGR irá recorrer e derrubar com base em decisões similares". Kiko Teixeira Kiko encontra-se inelegível quando em 26 de setembro de 2018 o colegiado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) o condenou por improbidade administrativa em ato ilegal quando era prefeito na cidade de Rio Grande da Serra. Em 3 de fevereiro deste ano a ministra Regina Helena Costa confirmou decisões condenatórias anteriores em atendimento de solicitação feita pela Procuradoria Geral da República (PGR) que entendeu que Kiko cometeu ato de Improbidade Administrativa. Seu nome encontra-se no Cadastro Nacional de Condenados por Improbidade Administrativa do Conselho Nacional de Justiça.