1) O documento discute a vermicompostagem e a criação de minhocas para a produção de humus na Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. 2) Aborda as espécies de minhocas mais adequadas para criação, seu ciclo de vida, reprodução, alimentação e características. 3) Explica que o humus produzido pelas minhocas através da vermicompostagem é um adubo nobre rico em nutrientes que fertiliza e recupera a terra.
Bovinocultura de corte e leite nos Sistemas ILP, IPF e ILPF.Brenda Bueno
MANEJO
Escolha dos componentes (forrageira, florestal, cultura)
Qual o melhor tipo de capim para o sistema;
Qual a melhor cultura a ser implantada.
Qualidade genética (escolha do animal/raça)
Como é a implantação para o lavourista e para o pecuarista
Densidade das árvores (equilíbrio no índice de insolação)
VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA
Vantagens (benefícios)
Para os componentes em geral (forrageiras, cultura, solo, animal, produtor)
Desvantagens
Produtividade (leite)
Produção leiteira no sistema iLPF
INSETICIDAS (Organofosforados, Diamidas e Benzoiluréias)Geagra UFG
Continuando com o tema de inseticidas na soja, foi abordado outros três grupos químicos (organofosforados, benzoiluréias e diamidas) onde foi abordado algumas características gerais e o modo de ação desses grupos. Foi detalhado um exemplo de produto comercial por grupo focando nas pragas controladas e nas doses corretas de aplicação.
Além desses grupos, no inicio da apresentação foi conceituado alguns assuntos importantes para o entendimento da ação de inseticidas, sendo eles o conceito de ingrediente ativo e seletividade de produtos.
Apresentação feita para multiplicadores da Capacitação Continuada de Técnicos da Cadeia Produtiva da Apicultura em Mato Grosso. Coordenadores Jefferson Banderó e José Catarino Mendes
Bovinocultura de corte e leite nos Sistemas ILP, IPF e ILPF.Brenda Bueno
MANEJO
Escolha dos componentes (forrageira, florestal, cultura)
Qual o melhor tipo de capim para o sistema;
Qual a melhor cultura a ser implantada.
Qualidade genética (escolha do animal/raça)
Como é a implantação para o lavourista e para o pecuarista
Densidade das árvores (equilíbrio no índice de insolação)
VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA
Vantagens (benefícios)
Para os componentes em geral (forrageiras, cultura, solo, animal, produtor)
Desvantagens
Produtividade (leite)
Produção leiteira no sistema iLPF
INSETICIDAS (Organofosforados, Diamidas e Benzoiluréias)Geagra UFG
Continuando com o tema de inseticidas na soja, foi abordado outros três grupos químicos (organofosforados, benzoiluréias e diamidas) onde foi abordado algumas características gerais e o modo de ação desses grupos. Foi detalhado um exemplo de produto comercial por grupo focando nas pragas controladas e nas doses corretas de aplicação.
Além desses grupos, no inicio da apresentação foi conceituado alguns assuntos importantes para o entendimento da ação de inseticidas, sendo eles o conceito de ingrediente ativo e seletividade de produtos.
Apresentação feita para multiplicadores da Capacitação Continuada de Técnicos da Cadeia Produtiva da Apicultura em Mato Grosso. Coordenadores Jefferson Banderó e José Catarino Mendes
Colheita e Comercialização de Sorgo e MilhetoGeagra UFG
Sorgo e milheto, são alternativas importantes para o produtor quando se trata de safrinha. Quando o assunto é colheita esta é uma das partes mais importantes da produção, pois ali estará sendo colhido seus lucros e o risco de possível perdas tanto quantitativas, quanto qualitativas são significativos. Além disso, é bom se atentar a fatores como regulagem de maquinário, onde poderão e quais os tipos de perdas que podem causar. Como as características de cada maquinário para a finalidade da cultura, por exemplo quando o produto final for silo dece se fazer uso de ensiladeiras.
Já a comercialização é a etapa que definirá seus valores de ganhos, de acordo com as formas de comercializar, neste caso o sorgo sempre estará com seu preço atrelado ao do milho garantindo mesmo assim um retorno financeiro ao produtor. Quanto ao milheto este nem acaba por ser usado no mercado como principal produto gerador de renda de modo geral é destinado cobertura na área, mas claro ele pode ter outras finalidades como sementes para a safrinha seguinte. Por fim, a comercialização de ambas é garantida maior parte devido ao mercado de alimentação animal, na forma de rações e corte verde.
A colheita do girassol, é um dos fatores limitantes para se ter, de fato, uma boa produtividade. Sabendo isso, nessa apresentação será abordado manejo pré – colheita, umidade ideal de grãos, classificação em tangencial, axial ou híbrida e constituição da máquina. Para finalizar, falaremos sobre a comercialização de grãos.
Material de apoio utilizado em aula ministrada no Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental - CEFOPEA, da ONG Reciclázaro, São Paulo, SP, para o curso de capacitação em Jardinagem e Meio Ambiente.
A publicação apresenta um levantamento completo sobre a espécie e é estruturada em dois módulos: o primeiro foca nas características genéticas e biológicas da árvore e do seu fruto, técnicas de propagação e dados sobre seu extrativismo; o outro aborda seu histórico e sua relação com a população da região semiárida do Brasil, trabalhando temas como importância econômica e formas de utilização. O livro tem ainda um apêndice que traz informações sobre a quantidade de umbu produzida por município do Semiárido
Cartilha elaborada pelo Zootecnista Rafael Soares Dias, ofertados aos produtores da agricultura familiar do Núcleo Operacional de Jussara – GO, durante mini curso, como parte das atividades da Empresa Prosafra, pelo Contrato 15000/2014 do Incra, ATER e MDA, no ano de 2014.
Contatos: rafaelsoareszootec@hotmail.com ou (62) 81301505 ou (62) 92675013
O bioma da Caatinga, ao contrário do que muitos pensão, é de riquíssima biodiversidade e com enorme potencial para desenvolvimento. No entanto, esta vem sofrendo intensa degradação ambiental, o que pode ter terríveis consequências.
É um bioma esquecido pela legislação brasileira, contando apenas com iniciativas isoladas para sua conservação.
Introdução à cultura e aspectos econômicos do milhoGeagra UFG
Estima-se que o milho surgiu há cerca de 7000 anos, no litoral mexicano, tendo como ancestral o teosinto, pois apresentam semelhança morfológica e mesmo número de cromossomos. Com a eventualidade das grandes navegações o grão acabou sendo disperso pelos continentes. No que se refere à alimentação, o milho é um componente indispensável e por esse motivo é cultivado em quase todo o mundo.
O Brasil é o terceiro maior produtor e maior exportador do mundo, segundo à CONAB. Muito disso se deve pela alta produção e produtividade que chegaram a 27 milhões de toneladas e 6.189 kg/ha, respectivamente, segundo o levantamento da companhia para milho na safra 22/23.
A produção é destinada a vários fins e dentre eles a produção de etanol que vem crescendo cada ano. Estima-se que até 2030 a produção de etanol de milho ocupará a casa de 20% de todo o montante do combustível no Brasil. Além disso, as plantas de usinas estão se expandindo ainda mais pelo país com a expectativa de mais 9 unidades ainda no ano de 2023.
Outro ponto importante em relação ao cenário atual de milho são os preços em queda chegando abaixo de R$60,00. A safra 22/23 contou com clima favorável à cultura na maior parte do país, o que levou à grande oferta do grão e consequentemente, menor preço. Uma forma de proteger o capital para esses momentos é explorando as ferramentas de comercialização no mercado futuro.
Uma das estratégias relacionadas a proteção de capital é o Hedge, onde o produtor fecha contratos financeiros no futuro com preço do mês de vencimento em questão. Essa ferramenta possibilita que o detentor da produção se proteja de possíveis quedas no preço da commodity.
Trabalho de Apicultura sobre a morfologia das abelhas, curso de Zootecnia, UFSC.
Trata sobre as principais partes do corpo da abelha, seu interior e exterior e principais diferenças entre rainha, zangão e operária, abordando seus sistemas alimentar, respiratório, circulatório, nervoso e reprodutivo.
Slides por Alice Melo Cândido.
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: tecnologia aplicada para melhorar o aproveitamento econômico do solo durante todo o ano, favorecer o abastecimento nos três setores simultaneamente e gerar emprego e renda no campo.
Hoje o objetivo do produtor rural é produzir mais gastando menos e pensando nisso as plantas daninhas representam um caminho totalmente contrário. Além de disputar por nutrientes, água e luz com as culturas, podem ser hospedeiras de organismos nocivos as plantas de interesse.
Nos últimos anos os gastos com o controle de plantas daninhas vêm aumentando, em parte, se devem ao aumento no número de casos de resistência a defensivos agrícolas, somado a isso, um controle ineficiente as plantas daninhas infestadas nas lavouras. Hoje, no Brasil, temos 49 casos de resistência registrada.
Portanto, mostra-se importante saber identificar e controlar as plantas daninhas, visando aumentar a produtividade e diminuir os custos.
Colheita e Comercialização de Sorgo e MilhetoGeagra UFG
Sorgo e milheto, são alternativas importantes para o produtor quando se trata de safrinha. Quando o assunto é colheita esta é uma das partes mais importantes da produção, pois ali estará sendo colhido seus lucros e o risco de possível perdas tanto quantitativas, quanto qualitativas são significativos. Além disso, é bom se atentar a fatores como regulagem de maquinário, onde poderão e quais os tipos de perdas que podem causar. Como as características de cada maquinário para a finalidade da cultura, por exemplo quando o produto final for silo dece se fazer uso de ensiladeiras.
Já a comercialização é a etapa que definirá seus valores de ganhos, de acordo com as formas de comercializar, neste caso o sorgo sempre estará com seu preço atrelado ao do milho garantindo mesmo assim um retorno financeiro ao produtor. Quanto ao milheto este nem acaba por ser usado no mercado como principal produto gerador de renda de modo geral é destinado cobertura na área, mas claro ele pode ter outras finalidades como sementes para a safrinha seguinte. Por fim, a comercialização de ambas é garantida maior parte devido ao mercado de alimentação animal, na forma de rações e corte verde.
A colheita do girassol, é um dos fatores limitantes para se ter, de fato, uma boa produtividade. Sabendo isso, nessa apresentação será abordado manejo pré – colheita, umidade ideal de grãos, classificação em tangencial, axial ou híbrida e constituição da máquina. Para finalizar, falaremos sobre a comercialização de grãos.
Material de apoio utilizado em aula ministrada no Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental - CEFOPEA, da ONG Reciclázaro, São Paulo, SP, para o curso de capacitação em Jardinagem e Meio Ambiente.
A publicação apresenta um levantamento completo sobre a espécie e é estruturada em dois módulos: o primeiro foca nas características genéticas e biológicas da árvore e do seu fruto, técnicas de propagação e dados sobre seu extrativismo; o outro aborda seu histórico e sua relação com a população da região semiárida do Brasil, trabalhando temas como importância econômica e formas de utilização. O livro tem ainda um apêndice que traz informações sobre a quantidade de umbu produzida por município do Semiárido
Cartilha elaborada pelo Zootecnista Rafael Soares Dias, ofertados aos produtores da agricultura familiar do Núcleo Operacional de Jussara – GO, durante mini curso, como parte das atividades da Empresa Prosafra, pelo Contrato 15000/2014 do Incra, ATER e MDA, no ano de 2014.
Contatos: rafaelsoareszootec@hotmail.com ou (62) 81301505 ou (62) 92675013
O bioma da Caatinga, ao contrário do que muitos pensão, é de riquíssima biodiversidade e com enorme potencial para desenvolvimento. No entanto, esta vem sofrendo intensa degradação ambiental, o que pode ter terríveis consequências.
É um bioma esquecido pela legislação brasileira, contando apenas com iniciativas isoladas para sua conservação.
Introdução à cultura e aspectos econômicos do milhoGeagra UFG
Estima-se que o milho surgiu há cerca de 7000 anos, no litoral mexicano, tendo como ancestral o teosinto, pois apresentam semelhança morfológica e mesmo número de cromossomos. Com a eventualidade das grandes navegações o grão acabou sendo disperso pelos continentes. No que se refere à alimentação, o milho é um componente indispensável e por esse motivo é cultivado em quase todo o mundo.
O Brasil é o terceiro maior produtor e maior exportador do mundo, segundo à CONAB. Muito disso se deve pela alta produção e produtividade que chegaram a 27 milhões de toneladas e 6.189 kg/ha, respectivamente, segundo o levantamento da companhia para milho na safra 22/23.
A produção é destinada a vários fins e dentre eles a produção de etanol que vem crescendo cada ano. Estima-se que até 2030 a produção de etanol de milho ocupará a casa de 20% de todo o montante do combustível no Brasil. Além disso, as plantas de usinas estão se expandindo ainda mais pelo país com a expectativa de mais 9 unidades ainda no ano de 2023.
Outro ponto importante em relação ao cenário atual de milho são os preços em queda chegando abaixo de R$60,00. A safra 22/23 contou com clima favorável à cultura na maior parte do país, o que levou à grande oferta do grão e consequentemente, menor preço. Uma forma de proteger o capital para esses momentos é explorando as ferramentas de comercialização no mercado futuro.
Uma das estratégias relacionadas a proteção de capital é o Hedge, onde o produtor fecha contratos financeiros no futuro com preço do mês de vencimento em questão. Essa ferramenta possibilita que o detentor da produção se proteja de possíveis quedas no preço da commodity.
Trabalho de Apicultura sobre a morfologia das abelhas, curso de Zootecnia, UFSC.
Trata sobre as principais partes do corpo da abelha, seu interior e exterior e principais diferenças entre rainha, zangão e operária, abordando seus sistemas alimentar, respiratório, circulatório, nervoso e reprodutivo.
Slides por Alice Melo Cândido.
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: tecnologia aplicada para melhorar o aproveitamento econômico do solo durante todo o ano, favorecer o abastecimento nos três setores simultaneamente e gerar emprego e renda no campo.
Hoje o objetivo do produtor rural é produzir mais gastando menos e pensando nisso as plantas daninhas representam um caminho totalmente contrário. Além de disputar por nutrientes, água e luz com as culturas, podem ser hospedeiras de organismos nocivos as plantas de interesse.
Nos últimos anos os gastos com o controle de plantas daninhas vêm aumentando, em parte, se devem ao aumento no número de casos de resistência a defensivos agrícolas, somado a isso, um controle ineficiente as plantas daninhas infestadas nas lavouras. Hoje, no Brasil, temos 49 casos de resistência registrada.
Portanto, mostra-se importante saber identificar e controlar as plantas daninhas, visando aumentar a produtividade e diminuir os custos.
Borras de café - características e sua valorização orgânica por vermicompostagemFuturamb
As borras de café são um fluxo de resíduos orgânicos proveniente da fracção dos resíduos sólidos urbanos (RSU). Normalmente, esta tipologia de resíduos é depositada no lixo doméstico comum (sem recuperação como matéria-prima) ou utilizada como combustível em caldeiras, em geral na própria indústria, apresentando neste último caso, diversos problemas a nível da emissão de poeiras e partículas, com implicação na qualidade atmosférica.
Geralmente, as minhocas são conhecidas
por afofarem a terra e transformarem a matéria
orgânica em “alimento” para as plantas.
Esse alimento produzido pelas minhocas,
com o auxílio de microrganismos, também é
conhecido como húmus de minhoca.
Trabalho sobre a história do mercado e da economia da estrutiocultura brasileira, incluindo um histórico sobre os principais produtos provenientes dos avestruzes. Curso de Zootecnia, UFSC.
Pesquisa e slides por Alice Melo Cândido.
Apresentação feita para multiplicadores da Capacitação Continuada de Técnicos da Cadeia Produtiva da Apicultura em Mato Grosso. Coordenadores Jefferson Banderó e José Catarino Mendes
O objetivo deste material é ajudar as agricultoras e agricultores a melhorarem os seus trabalhos de acompanhamento e monitoramento das áreas de produção e armazenamento de forragens, algodão e mamona e auxiliar os técnicos e técnicas a desenvolverem suas atividades junto às famílias contribuindo para o processo de multiplicação de experiências.
A N I M A I S D O M E S T I C O - F A I SÃ OJoão Felix
O Faisão não é uma ave inteiramente doméstica, mesmo espécie comum criada em cativeiro desde a civilização grega. Trazida da Colchida (Domingues, 1968), das margens do antigo Rio Phase (daí Phasianus), que descende do Cáusaco para o Mar Negro, era considerado na antiguidade como limite entre a Ásia e Europa. Sua disseminação pela parte meridional da Europa é devida aos romanos.
São conhecidas pelo nome de faisão mais de 150 espécies de galiformes da família Phasianidae, que é a mesma da galinha doméstica, do pavão, do peru, da codorna e perdizes. Embora pertençam a diversos gêneros, os faisões possuem como característica comum (apesar de existirem algumas exceções) o colorido brilhante e variado da plumagem dos machos, que possuem longas caudas, fêmeas com cauda curta e plumagem discreta em tons marrons, normalmente barradas de preto (esta coloração facilita a sua "camuflagem" no ambiente durante o período reprodutivo), possuem também uma boa capacidade para voar, o que não ocorre com os galos, perus e pavões, sem perder a qualidade de se deslocar em terra à grande velocidade.
Relatos e estudos afirmam que muitas aves se extinguiram antes mesmo que pudessem ser estudadas pela ciência. Hipoteses e citações das que puderam ser estudadas, por restos completamente fossializados (subfóssil), afirmam que muitos poderiam conter materiais orgânicos suficientes para análises moleculares, afim de prover pistas adicionais para resolver suas relações taxonômicas.
Em nossas leituras, notamos que autores de estudos das extinções, são categoricos em afimar as coincidencias com a expansão do homem (Homo sapiens), em muitos casos (mas não em todos) fatores antropogênicos podem ter tido papel crucial em suas extinções, seja pela caça (cinegética), alterações de habitats, ou até mesmo, por introdução de predadores.O grande número dessas espécies são de ilhas oceânicas, especialmente na Polinésia. Nos táxons de aves, por exemplo, evoluíram em ilhas oceânicas e que eram geralmente mais vulneráveis á caça ou predação por mamiferos – animais comumente introduzido por humanos. Muitas dessas aves, evoluíram em um ambiente, pela ausencia desses mamíferos e que muitas perderam a capacidade de vôo.
TÉCNICAS E DICAS IMPORTANTES PARA A ARBORIZAÇÃO URBANA
Ciente da importância da preservação e do desenvolvimento
ambiental de São Paulo, a cidade mais populosa da América do Sul,
a Prefeitura, por meio das Secretarias Municipais do Verde e do
Meio Ambiente e de Coordenação das Subprefeituras, entrega à
população e técnicos ambientais, a nova versão do Manual de Poda.
Alinhada ao Plano Diretor Estratégico de São Paulo, sancionado
em 2014, que visa à qualificação dos espaços públicos para uso
das pessoas, esta edição destaca a importância de se realizar a
manutenção de exemplares arbóreos em benefício do cidadão e do
meio ambiente.
O município de São Paulo possui 17.800 km de vias públicas, e,
pensando nisso, a Prefeitura desenvolveu o Manual que contempla,
principalmente, a poda em ambiente urbano. O conteúdo possui
ilustrações esquemáticas e vai orientar profissionais da área
ambiental, que trabalham diretamente com arborização, ajudando
em podas de rotina, de adaptação ou até mesmo de emergência.
O Manual também destaca como tratar de maneira correta as
espécies de aves que buscam alimentação e proteção em árvores,
que precisam passar pelo processo de poda. Mostra quais os proce-
dimentos e equipamentos de segurança para um manejo seguro,
além da legislação e portarias intersecretariais sobre o assunto.
A poda feita corretamente contribui para o desenvolvimento
saudável das árvores e, consequentemente, com a arborização
da cidade.É com esse objetivo que a Prefeitura, alinhada com o
conceito de Florestas Urbanas e de desenvolvimento sustentável do
Munícipio, idealizou esta publicação.
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
RESÍDUOS ORGÂNICOS TRANSFORMADOS EM ADUBO FOLIAR POR MINHOCAS CALIFÓRNIANA EI...Alexandre Panerai
Uma das questões debatidas atualmente é a
importância de melhorar a qualidade da agricultura
familiar, tornando-a sustentável. A criação de minhocas
californianasna produção de adubo natural pode
contribuir para a rentabilidade econômica do agricultor
familiar, gerando um excedente em sua produção
(MIRANDA et al., 2011), tornando uma alternativa
viável em aspectos econômicos, ambientais e
agronômicos com o aproveitamento de materiais
oriundos da própria propriedade, além de promover a
melhoria do solo e exigir pouca mão-deobra(GIRACCA, 1998).Segundo LEITE (2011), o
chorume proveniente da decomposição orgânica é
considerado biofertilizante, muito útil na adubação e
tratamento das doenças das plantas. Este trabalho teve
como objetivo, avaliar a produção de biofertilizante a
partir das minhocas californianas alimentadas com
resíduos sólidos orgânicos domésticos.
Esta cartilha é fruto da demanda de comunitários e produtores
amazonenses interessados na atividade de Meliponicultura e que participaram de projetos de pesquisa e atividades de extensão desenvolvidos pelo
Grupo de Pesquisas em Abelhas do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia.
Foi escrita, propositadamente, em linguagem simples fazendo-se
uso de figuras demonstrativas no intuito de fornecer explicações no formato “passo a passo”, sobre técnicas usadas na criação e manejo de abelhas indígenas sem ferrão da Amazônia.
Desejamos que as informações aqui contidas possam atender as duvidas mais comuns dos criadores e motivar a profissionalização da Meliponicultura no Brasil.
Um dos grandes problemas das sociedades modernas é a grande produção de lixo. Várias
soluções são apresentadas, sendo uma delas o tratamento dos resíduos na origem onde é
produzido, ou seja, na própria residência por meio da compostagem, transformando o lixo
orgânico residencial em adubo que pode ser utilizado na residência sem agredir o meio
ambiente e diminuindo custos de tratamento pelo poder público. Em áreas urbanas, em
que os espaços são reduzidos, a vermicompostagem tem se apresentado como solução
simples, de baixo investimento, pouco trabalhosa e eficiente na transformação de resíduos
orgânicos em húmus para reutilização em jardins e hortas domésticas. Com o incentivo da
agricultura urbana e a necessidade de tratamento adequado ao lixo orgânico, a criação
de minhocas em pequenos espaços vem ganhando, a cada dia, novos adeptos. O uso de
caixas plásticas, como instalações, permite inclusive o reaproveitamento de embalagens.
Desta forma, o presente estudo objetivou quantificar o volume de lixo orgânico que pode
ser reciclado em domicílio e possíveis ganhos econômicos com produção de compostagem para consumo doméstico através de sistema de minhocário. Através de técnicas de
criação e desenvolvimento de minhocas em ambiente controlado e utilizando lixo doméstico, pode-se produzir um significativo volume de compostagem que pode ser reaproveitado no próprio domicílio como adubo, bem como a reciclagem de lixo orgânico que serve
de matéria-prima evitando, assim, que seja encaminhado ao complexo processo de recolhimento e destinação do lixo do sistema público de coleta residencial, o que pode gerar
dupla economia em termos ambientais e monetários.
OBJETIVO
Quantificar o volume de lixo orgânico que pode ser reciclado em domicílio e ganhos ambientais e econômicos com produção de compostagem para consumo doméstico através de sistema de minhocário.
ALEXANDRE PANERAI PEREIRA
Eng. Agrônomo – CREA/RS 76513
Assetec/Secretaria Municipal do Meio
Ambiente e Sustentabilidade (Smams).
TIAGO BERND
Eng. Agrônomo – CREA/RS 106798
Assetec/Smams.
IRINEU PEDRO FOSCHIERA
irineu.foschiera@portoalegre.rs.gov.br
Eng. Agrônomo – CREA/RS 104499
Assetec/Smams.
VLADIMIR STOLZENBERG TORRES
Biólogo – CRBio 17201-03
Assetec/Smams.
PAULO FIALHO MEIRELES
Eng. Agrônomo – CREA/PR 2035
Assetec/Smams.
ARTIGOS TÉCNICOS E/OU CIENTÍFICOS ARTIGOS TÉCNICOS E/OU CIENTÍFICOS
12 6 a EXPOTEC // 2019
Barragem subterrânea: uma alternativa para o Semi-Árido do Nordeste do Brasil.Alexandre Panerai
A barragem subterrânea é uma técnica de armazenar água da chuva dentro do solo (subsolo) visando à exploração de uma agricultura de vazante e/ou subirrigação. Tem como função barrar o fluxo de água superficial e subterrâneo por meio de uma parede (septo impermeável) construída transversalmente à direção das águas. A água proveniente da chuva se infiltra lentamente, criando e/ou elevando o lençol freático, que será utilizado posteriormente pelas plantas. Nos últimos anos, a Embrapa Semi-Árido vem desenvolvendo estudos com a finalidade de favorecer o processo de construção do conhecimento da barragem subterrânea por meio da valorização dos espaços de experimentação científica com envolvimento de pesquisadores, agricultores e técnicos das ONG?s. O projeto foi iniciado em 2004, com a realização de um Workshop sobre a Gestão do Projeto, na Embrapa Semi-Árido, com a participação de toda a equipe para discutir e definir as metodologias/métodos que estão sendo utilizadas na capacitação/sensibilização dos agricultores e nos temas de pesquisa a serem estudados. Neste evento, foram definidas quatro oficinas, três de intercâmbio e uma de coordenação e programação, assim como a aplicação de um questionário visando diagnosticar a situação das barragens subterrâneas no marco zero. Os resultados dos questionários juntamente com os das oficinas estão norteando as demandas de pesquisas de cada Estado.
Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...Alexandre Panerai
As leguminosas, pela fixação de nitrogênio no solo, são muito utilizadas como adubos verdes, em sistemas orgânicos e agroecológicos de produção.
A disponibilidade de recursos florais para polinizadores reforça o caráter da integração e multifuncionalidade dessas plantas em sistemas biodiversos de produção. Nesse trabalho estudou-se a biologia floral da C. juncea e C. espectabilis para avaliação de seu potencial melífero e polinífero.
A utilização de minhocário é ideal para pequenos produtores interessados em reciclar a matéria orgânica disponível na propriedade e utilizá-la como adubação.
O húmus de minhoca ou vermicomposto, nada mais é que a excreção das minhocas. Além de rico em nutrientes, ajuda a melhorar as características físicas do solo, como aeração e retenção de água.
A espécie mais recomendada para minhocário é a Vermelha da Califórnia (Eusenia fetida), pois além da rusticidade é eficaz na transformação de resíduos, tem alta taxa de reprodução e é propícia para vida em cativeiro.
A banana é um alimento energético, sendo composta basicamente de água e carboidratos, contém pouca proteína e gordura. É rica em sais minerais com sódio, magnésio, fósforo e, especialmente, potássio. Há predominância de vitamina C, contendo também A, B2, B6 e niacina, entre outras.
A erosão é um dos principais fatores causadores da degradação
e deterioração da qualidade ambiental, sendo esta acelerada pelo uso
e manejo inadequado do solo. Embora a situação atual já caracterize
uma situação preocupante, algumas medidas expressivas estão sendo
tomadas no sentido de recuperação de áreas degradadas como
veremos a seguir.
A recuperação* de voçorocas de grande porte, além de difícil é
muito caro, podendo até ser mais elevado que o próprio valor da
terra. Logo deve-se procurar alguma solução devido ao problema de
sedimentação das represas, barragens, rios e córregos.
Cartilha sobre arborizacao_urbana_porto_alegre 1999Alexandre Panerai
A importância das árvores na cidade. Rua Gonçalo de Carvalho - Arborizada com tipuanas .... Guamirim. |Ingá-feijão. Cerejeira. Guabiju. Chal-chal. Tarumápreta. Myrciaria cuspidata. Mirtácea. Gomidesia palustris. Mirtácea inga marginata. Leguminosa.
A arborização urbana traz diversos beneficios
tanto para os moradores quanto para o meio
ambiente. Essa integração dos meios urbano e
ambiental tendem a trazer melhores condições
de vida aos moradores, proporcionando bem
estar psicológico e conforto, além de garantir
melhorias climáticas para o meio urbano, como
sensação térmica mais agradavel, isto ocorre
devido a filtragem do ar que é feito pelas
plantas.
Os microrganismos eficientes são seres muito pequenos (fungos e bactérias) que vivem
naturalmente em solos férteis e em plantas.
Esses microrganismos podem ser utilizados na agricultura e na criação animal.
Os microrganismos eficientes são capturados em uma mata (preferencialmente virgem) e,
depois disso, ativados com melaço.
A prática cultural conhecida como desfolha do bananal consiste na eliminação de folhas que,por algum motivo, não estão mais sendo úteis à planta. Assim, devem ser eliminadas:
1) Folhas que não têm mais função para a planta.
2) Folhas totalmente amareladas ou secas.
3) Folhas que podem causar danos aos frutos, como deformações e/ou ferimentos.
4) Folhas inteiras ou em partes, que apresentam sintomas de mal-de-Sigatoka ou cordana.
5) Folhas que apresentam o pecíolo quebrado.
Em plantas de porte baixo, a eliminação dá-se com auxílio de uma faca, cortando-se as folhas na
base do pecíolo, bem junto ao pseudocaule, com o devido cuidado para não afetar as bainhas a
ele aderidas. Nas bananeiras de porte médio ou alto, repete-se a operação, utilizando-se foice
bifurcada ou penado, acoplado a uma haste, cuja altura possibilite a operação. O corte deve ser
sempre realizado de baixo para cima, evitando-se puxões para baixo, com conseqüente danos à
bainha foliar. As figuras 1 e 2, respectivamente, apresentam aspectos de um bananal sem uso
da desfolha, e com uso efetivo dessa prática de cultivo.
Boletim Amigos do Padre Caffarel nº 20 Janeiro 2017Alexandre Panerai
SUMÁRIO
– Editorial : Encontrar consiste em Procurar
José e Maria-Berta Moura Soares p. 4
– O colóquio 2017 sobre o Padre CAFFAREL p. 6
– A palavra do postulador da causa
Padre Angelo Paleri, OFMConv p. 7
– Rezar ao Padre Caffarel
Annina e Giampaolo Martinelli p. 9
– Arquivos do Padre CAFFAREL
Conferência no Brasil sobre a oração p. 13
– A Oração do Padre Caffarel p. 23
– Associação dos Amigos do padre Caffarel,
membros honorários p. 24
– Boletim de renovação da sua adesão p. 27
As cidades dependem fortemente do meio rural para atender às
suas necessidades de água, de alimento, de fibras e de outros
produtos essenciais à vida e ao bem-estar. O impacto ambiental das
cidades sobre o ambiente pode ser avaliado por uma medida chamada
de “pegada ecológica”. Essa pegada, ou biocapacidade, corresponde à
área de terra produtiva e de ecossistemas aquáticos necessários para
produzir os recursos utilizados e absorver os resíduos produzidos por
determinada população com padrão de vida específico, onde quer que
essa área esteja localizada (PNUMA, 2004). Em 1995, o ecologista
Herbert Girardet estimou que a pegada ecológica da cidade de Londres
era 125 vezes maior do que a área ocupada por ela. A estimativa do ano
2000 é de que a pegada ecológica dessa metrópole seja equivalente a
49 milhões de hectares, o que representa 42 vezes sua biocapacidade e
293 vezes sua área geográfica, o que grosseiramente equivale ao dobro
da área da Grã-Bretanha. Com a população de 7,4 milhões de pessoas,
esse cálculo representa 6,63 ha por habitante urbano. Com base na
capacidade da Terra de 2,18 ha por habitante, em média, pode-se
estimar que seriam necessários três planetas idênticos à Terra para
manter o atual estilo de vida dos londrinos (LSDC, 2008).
1. Vermicompostagem para a Região
Metropolitana
do Estado do Rio de Janeiro
José Henrique Carvalho Moraes
Médico-Veterinário (CRMV: 5/1995)
EMATER-RIO
Gerente de Pequenos e Médios Animais
Minhoca Vermelha Californiana
2. O arado é uma das mais antigas e
preciosas invenções do homem, mas antes
de sua invenção,a terra já era arada
pelas Minhocas...
(Charles Darwin)
INTRODUÇÃO
A criação da Minhoca em cativeiro iniciou-se nos Estados Unidos por
volta dos anos 50. No Brasil a criação zootécnica de Minhocas é bem
recente, tem menos de 40 anos ( a níveis comerciais ). O produto da
MINHOCA que é o HUMUS tem excelente aceitação no mercado desde
que seja bem trabalhado. É comum vermos a venda de terra vegetal, terra
preta ou outros produtos com o nome de Humus de minhoca enganando o
consumidor. Com isso muitas pessoas passaram a desconfiar do produto
por falta de idoneidade de alguns produtores que inundaram o mercado
com falsos produtos que não atendiam as exigências do consumidor. O
HUMUS verdadeiro é um produto trabalhado com matéria vegetal e
esterco de boi ou outros ruminantes que passa por um processo de
compostagem antes de ir para os canteiros para alimentarem as minhocas.
Ele tem um tempo de maturação adequado para que o processo seja
realizado a fim de que ele possa oferecer todas as suas vantagens. Esse
produto antes de ir para o Mercado deve passar por um laboratório de
análises para se confirmar os valores nutricionais para as plantas e esses
valores devem vir descritos claramente no rótulo do produto com o nome
do laboratório além do telefone e do endereço do produtor mostrando a
idoneidade do produto. A Minhoca além do humus produzido, também é
utilizada como complemento no arraçoamento animal e como iscas para
pesca desportiva. A Minhocultura sempre foi divulgada como sendo uma
atividade de fácil execução , de baixo custo de produção e de retorno
financeiro garantido.NÃO É BEM ASSIM: Quanto ao baixo custo de
produção para quem já tem o esterco na propriedade realmente é uma
informação que procede, mas dizer que é uma atividade da fácil e de
retorno garantido já são informações que não condizem com a realidade (
até porquê um produto com todas essas características terá um baixo valor
no Mercado: um produto barato que dá pouco trabalho para produzir
evidentemente terá um valor agregado baixo e consequentemente um
valor de mercado pequeno obrigando o produtor a produzir muito para
conseguir algum lucro ). Para que o produto tenha um bom valor de
mercado são necessárias duas coisas: TRABALHO do produtor para
produzir um BOM HUMUS e ter uma ÓTIMA APRESENTAÇÃO DO
PRODUTO e TINO COMERCIAL para abrir Mercado para o seu
Produto. Todos esses fatores veremos no decorrer dessa apostila.
3. A MINHOCA
Existem mais de 3.000 espécies de Minhocas, no entanto, poucas dessas
espécies podem ser criadas em cativeiro. Das espécies mais difundidas
nas criações comerciais destacam-se a Eisenia foetida ( conhecida
como a Minhoca Vermelha da Califórnia ) e a Eudrilus eugeniae (
conhecida como a Noturna Africana ). Existe ainda a Lumbricus
rubellus que também é da família Lumbricidae sendo Européia mas
desenvolvida na Califórnia nos EUA que também é conhecida como a
vermelha da Califórnia assim como a Eisenia. A Eisenia foetida é a
precursora da Minhoca norte-americana e é a mais utilizada nos projetos
de pesquisa em todo mundo, daí a sua disseminação nas Fazendas
Comerciais mas atualmente a Lumbricus rubellus é a mais criada nos
EUA pois possui as mesmas características da Eisenia mas com ótima
produtividade. A Eudrilus é muito utilizada por pescadores e portanto
deve ser a preferida para quem irá direcionar a sua produção para esse
tipo de Mercado.
-Eisenia foetida e a Lumbricus rubellus: Adultas medem de 6 a 8
cm, com um diâmetro médio de 4 mm; Apresentam listas de coloração
amarelada a vermelho-marrom alternadas ao longo do corpo. Têm
excelente capacidade de reprodução e são utilizadas principalmente para a
produção de Humus.
- Eudrilus eugeniae: Adultas chegam a 20 cm podendo ir até a 30
cm. São mais utilizadas na produção de carne, alimentação de rãs e
aves e para a pesca desportiva. Elas são conhecidas nos EUA como
¨ Giant red worm e ¨ African red worm ¨ . São bem mais escuras do
que as Vermelhas da Califórnia. Também possuem aptidão para a
produção de Humus e portanto podem ser utilizadas para essa
atividade.
Comparação da Minhoca Vermelha Californiana com
A Minhoca nativa Brasileira.
4. A REPRODUÇÃO
As minhocas pertencem à família do ANELÍDEOS, na classe dos
OLIGOQUETOS; Vivem em média 12 a 16 anos, podendo gerar cerca
de 1.500 novas minhocas por ano cada. São animais
HERMAFRODITAS: Animais que possuem tanto o órgão sexual
masculino quanto o feminino. Existem minhocas hermafroditas completas
e hermafroditas incompletas. As hermafroditas completas se auto-
fecundam numa reprodução, isto é, o órgão sexual masculino consegue
copular com o feminino gerando crias sem a necessidade de outra
minhoca. Já as hermafroditas incompletas necessitam de outra minhoca
para se fazer o acasalamento; Assim ambas saem ¨ grávidas ¨ da relação
produzindo crias ( é portanto uma relação bem ¨ democrática pois ambas
irão produzir crias ). Essa fecundação feita por 2 minhocas chama-se
FECUNDAÇÃO CRUZADA comum nas minhocas que criaremos. A
Fecundação Cruzada ocorre da seguinte forma: A minhoca possui o órgão
sexual feminino posterior ao órgão sexual masculino no corpo. Para
fazerem o acasalamento elas colocam-se em posição invertida uma a
outra para que os órgãos coincidam e haja o acasalamento. Dessa forma
os 2 animais armazenam o esperma que será utilizado na fecundação. As
minhocas acasalam-se em média de 7 em 7 dias dependendo das
condições ambientais ( temperatura e umidade ) como veremos adiante.
Quando as Minhocas atingem a Maturidade Sexual observa-se no seu
corpo um anel de diâmetro maior que o resto do corpo, localizado na
parte anterior do corpo da Minhoca; Esse anel é chamado de CLITÉLO;
Ele possui glândulas que produzem um líquido que protege os ovos e
também é onde são prodsuzidos casulos ou cápsulas ( chamadas de
OOTECAS ) onde ficam alojados e protegidos os ovos fecundados.
A OOTECA possui inicialmente uma cor verde-amarelada e vai
escurecendo a medida que os ovos vão maturando. A incubação dura
cerca de 14 a 21 dias dependendo das condições de temperatura e
umidade.Durante esse período as minhocas que irão nascer se alimentam
de um líquido que fica dentro da OOTECA. Dessas cápsulas nascem de 2
a 10 minhocas com coloração branca inicialmente. Após 7 dias adquirem
uma tonalidade rósea e com 15 a 21 dias já têm a aparência de minhoca
adulta.
5. MINHOCAS EM FECUNDAÇÃO
CARACTERÍSTICAS DAS MINHOCAS
As minhocas são desprovidas de pulmões. Respiram através da sua pele (
chamada respiração cutânea ) e retiram o Oxiênio do ar ( O² ) e exalam
Dióxido de Carbono ( CO² ) como nós. Por isso sua pele mantém-se
sempre úmida. Durante os períodos de chuvas fortes é aconselhável cobrir
os canteiros pois o excesso de água provaca uma rápida perda de O² do
solo podendo asfixiar as minhocas ( morrem por falta de ar ).
As minhocas são cegas e surdas mas têm fotofobia ( isso é, medo da luz
pois os raios ultra-violeta do Sol pode ser fatal a elas. Para se defenderem
possuem ao longo do corpo sensores foto-receptores que a informam da
presença da luz. Apesar de cegas e surdas são dotadas, para compensar,
de excelente olfato e tato que ajundam-na a ter contato com o mundo que
a cerca.
Algumas minhocas chegam a ter cerca de 500 anéis no corpo; Possuem
um aparelho próximo a boca chamado de PROSTÔMIO que a auxilia a
perfurar a terra e no final do corpo o PIGÍDIO no último anel onde fica
o ânus. As minhocas levam de 60 a 90 dias para atingirem a maturidade
sexual e começarem a se reproduzir; Vivem uma média de 3 anos.
A minhocas se locomovem na terra através de 4 pares de pelos
microcópicos. Nos anelídeos a locomoção é feita por movimentos
peristálticos: A minhoca se retrai formando um funil, os pelos ajudam-na
a se locomover para a frente e essa onda de afunilamento se inicia na
cabeça e termina no ânus fazendo ela penetrar no solo e locomover-se.
As minhocas produzem uma carne de ótima qualidade com muitas
proteínas, vitaminas e sais minerais. Na sua composição, além de quase
70% de proteína encontram-se carboidratos, lipídios ( gorduras ),
nitrogênio, cálcio, fósforo, magnésio, ferro, sódio, potássio, niacina,
riboflavina, tiamina, vitamina B12 etc.., portanto muito rica. Devido a
essa riqueza de nutrientes são utilizadas no mundo inteiro na alimentação
animal ( peixes, aves, rãs etc... ) e em alguns países recebem tratamento
6. especial e são utilizadas como complemento na alimentação humana (
quem não já ouviu falar que o Hamburger do Mac Donald possui carne de
minhoca? Isso pode não ser boato apenas já que efetivamente a carne de
minhoca é riquíssima para uma alimentação saudável e nutritiva, e
dependendo do preparo em nada perde para o sabor do hamburger de
carne de boi ).
TABELA DA QUALIDADE DA CARNE DE MINHOCA
MATÉRIA PORCENTAGENS
MATÉRIA SECA 18,6%
PROTEÍNAS 68% a 78%
GORDURAS 6,56%
FIBRAS 3,3%
CARBOIDRATOS 17,60%
CÁLCIO 0,5%
FÓSFORO 0,90%
ENERGIA BRUTA 17.220
Fonte: Ecofertil – Industria e Comércio de Produtos Orgânicos
ALIMENTAÇÃO
As minhocas não possuem dentes; Elas chupam o alimento através da sua
boca. No estômago existem glândulas calcíferas que segregam carbonato
de cálcio e que neutralizam a acidez do alimento. Ela como a aves,
possui uma moela onde os alimentos são triturados. Após processados os
alimentos ingeridos passam pelo intestino onde os nutrientes são
absorvidos e expelem os restos através do ânus ( o que seria o HÚMUS ).
As minhocas ingerem por dia, uma quantidade de comida equivalente ao
seu próprio peso e expele sob a forma de HÚMUS cerca de 60% do que
ingerem. A alimentação básica dela é de esterco animal sendo o de
bovinos o melhor para a produção do HÚMUS ( mas podem ser
utilizados estercos de cavalos, coelhos, aves, cabras, porcos etc... ) e de
matéria orgânica decomposta e de fibras.
Em casos de falta de alimentos ou para ativar um canteiro inicialmente,
alguns minhocultores após 15 dias da colocação da colônia no canteiro
adicionam fubá, trigo ou açúcar mascavo na proporção de 1 Kg/m² de
canteiro como complemento alimentar. Isso faz com que as minhocas
tenham uma complementação mais rica e entrem logo na atividade de
decompor o esterco. Como complemento pode-se adicionar aos canteiros
restos de frutas e legumes além de cascas de batata e outros. O
incoveniente dessa prática e que isso pode atrair mais predadores para os
canteiros tais como formigas, ratos etc...
7. RESUMINDO
AS MINHOCAS GOSTAM DE:
1-) Umidade, temperatura e alimentação adequadas a elas.
2-) Alimentação advinda de Compostagem ( ver capítulo a frente ).
3-) Alimentação Suplementar (casca de legumes, frutas, legumes inteiros
e principalmente melão e melancia ).
4-) Um pouco de leite no substrato o que auxilia na reprodução.
5-) Um pouquinho de açúcar também ajuda seu desenvolvimento ( mas
cuidado pois também atraem muitas formigas ).
AS MINHOCAS NÃO GOSTAM DE:
1-) Luz e em especial luz do Sol devido aos raios ultra-violetas.
2-) Alimentos cozidos ou com sal.
3-) Barulhos intensos e contínuos.
4-) Canteiros encharcados com excesso de umidade.
5-) Canteiros superpovoados estressando as minhocas ( acima de 25 mil
minhocas/m² ).
6-) Mudanças muito bruscas de dieta ( esterco de boi para o de porco
etc... )
7-) Falta de umidade no solo e temperaturas muitio baixas ou muito altas.
O HUMUS
A palavra HÚMUS de um modo geral significa todo o produto da
decomposição parcial ou total de restos de vegetais e animais ( folhas,
gravetos, palhas, insetos etc... ) que se acumulam no solo adubando-o. O
trabalho da minhoca sobre o esterco e a matéria orgânica tornando-o
Húmus chama-se VERMICOMPOSTAGEM.
O HÚMUS para se formar na natureza leva um longo tempo,
necessitando longos anos para que uma camada significativa seja
incorporada ao solo. O ESTERCO DA MINHOCA é também um
HÚMUS, porém um HÚMUS NOBRE rico em flora bacteriana e
nutrientes que vão fertilizar e recuperar as terras. É claro que a qualidade
do HÚMUS irá depender das qualidades dos alimentos ingeridos pelas
minhocas. Quanto melhor o material for preparado e servido para as
minhocas tanto melhor será o HÚMUS produzido. Portanto a qualidade
físico-quimica do HÚMUS irá depender do substrato ( esterco/matéria
orgânica ) fornecida as minhocas.
Não devemos confundir o HÚMUS DE MINHOCA com outros
produtos oferecidos nas lojas e agricultores tais como: terra adubada,
esterco bovino, terra preta, composto orgânico, terra de turfas etc... );
Esses produtos nem de longe chegam aos pés do HÚMUS de Minhoca
pois além de uma quantidade muito grande de nutrientes disponibilizados
8. para as plantas o HÚMUS de minhoca é muito rico em bactérias
benéficas ao solo e ajudarão a equilibras a flora bacteriana do local
recuperando o solo. É portanto um verdadeiro regenerador de solos
cansados. Além dos macronutrientes NPK ( Nitrogênio, Fósforo e
Potássio ) que são os elementos exigidos pelas plantas, o Humis de
minhoca fornece também micronutrientes tais como boro, magnésio, ferro
etc.. que também contribuem para a alimentação completa das plantas.
O HÚMUS de minhocas é inofensivo ao ser humano, sem cheiro ( só o
de terra úmida ) e com PH ( índice de acidez/alcalinidade ) entre 6,8 a 7,5
o que o torna um excelente corretivo do solo reduzido a quantidade de
calcáreo a ser colocada onde ele for utilizado.
ELEMENTOS DO HÚMUS
Para que tenhamos um HÚMUS de qualidade é necessário que os
elementos citados abaixo fiquem na margem indicada ( mínimo e máximo
). Para isso é necessário que o minhocultor analise inicialmente o seu
produto produzido num laboratório de análises de solos confiável ( na
nossa região o Laboratório da Universidade Federal Rural do RJ em
Seropédica ) para se certificar de que está fazendo um bom trabalho de
produção de HÚMUS e oferecendo aos seus clientes um produto de
qualidade compatível ao que está oferecendo. A cópia do resultado da
análise serve inclusive como uma propaganda do seu produto para o
consumidor, devendo ser exibido das lojas que irão vendê-lo ou mesmo
na venda direta. Essa análises devem ser periódicas ( de 6 em 6 meses
pelo menos ) pois servirá como um contole de qualidade para o
minhocultor. A seguir a tabela:
ELEMENTOS % DO PRODUTO NATURAL
MATÉRIA ORGÂNICA* 30% a 50 %
NITROGÊNIO* 1,5% a 3%
FÓSFORO* 2,5% a 5,0%
POTÁSSIO* 0,6% a 1,5%
PH* 6,8 a 7,5
CARBONO ORGÂNICO 20% a 38%
UMIDADE 45% a 50%
CÁLCIO 5,44% a 7,26%
MAGNÉSIO 0,88% a 1,32%
FERRO 0,82% a 1,84%
MANGANÊS 552 a 767
ZINCO 418 a 1.235
COBRE 193 a 313
COBALTO 15 a 37
CARGA BACTERIANA 5X10,8 a 2X10,12
9. Fonte: Professor Victor C. Del Mazo Suarez
É claro que o ideal e fazer o exame de todos os elementos acima e
comparar o resultado do exame a essa tabela para ver se seu produto está
nos parâmetros exigidos, mas como a análise de todos os elementos fica
onerosa, o minhocultor deve fazer no mínimo as análise acima que estão
com os asterístico ( * ) para inicialmente ter noção de que seu produto
tem qualidade.
OBS: Tendo em vista que o HÚMUS de minhoca possui uma ativa flora
bacteriana ( chega a 2 X 10¹² colônias/grama de HÚMUS ) com 2 bilhões
de bactérias vivas, ativas e úteis por grama de HÚMUS, este se coinstitui
no mais eficaz e natural regenerador de solos estéreis do mundo.
O MINHOCÁRIO
As minhocas são criadas em canteiros semelhantes aos de plantas. Podem
ser construídos com qualquer material disponível ( tijolo, madeira,
bambus, placas de cimento etc... ). O importante é que elas não possam
fugir do minhocário por frestas ou por sobre o minhocário. No caso de
minhocários de bambus e madeiras, pode-se inclusive forra-los no fundo
e laterais com plásticos pretos para evitar fugas.
Para facilitar o manejo consideramos ideais as seguintes medidas:
1-) COMPRIMENTO: 2 a 4 metros (pode chegar até a 10 metros de
comprimento mas o manejo e controle são mais dificultados pela
dimensão).
2-) LARGURA: 1 a 1,2 metros.
3-) ALTURA: 0,35 a 0,40 metros.
Pode-se utilizar anéis de cimento-areia ( manilhas de poço )de 1 metro de
diâmetro por 0,5 metros de altura. Nesses anéis o manejo da retirada
mecânica das minhocas é um pouco mais difícil, portanto deve-se analisar
o custo-benefício de se utilizar esse sistema.
Em ambas as estruturas deve-se cimentar o fundo com traço 6:1 com um
ligeiro declive de 3% em relação ao dreno que deverá ter uma tela para
evitar fuga de minhocas Por ele. Em todas essas estruturas deve-se haver
uma cobertura de telha, sapê, plástico, madeira etc... para evitar excesso
de chuvas dentro dos canteiros. Temos que manter os canteiros úmidos
mas o excesso de água pode ser fatal as minhocas, por isso devemos ter as
coberturas. Lugares arborizados são bons para se construir um
minhocário pois permite um melhor controle da temperatura e diminui os
problemas com chuvas torrenciais.
10. PREPARAÇÃO DOS CANTEIROS
O elemento utilizado para o enchimento dos canteiros é o esterco ( de
preferência o de bovinos e outros ruminantes pois são mais ricos devido
a ruminação, mas pode-se utilizar outros estercos tais como de eqüinos,
coelhos etc... mas que e não serão tão produtivos); Tomar cuidado com o
esterco de aves pois são muito fortes em nitrogênio e portanto devem ser
bem curtidos. O esterco deve ser colocado antes numa esterqueira ( local
em alvenaria com uma altura não superior a 80 centímetros) ou num local
abrigado revestido de um plástico ou cimentado no fundo. Esse esterco
dever ser molhado de 3 em 3 dias sem encharca-lo e deve nesse
momento ser revirado para que ocorra a oxigenação e a liberação dos
gases formados pela fermentação. Em média esses curtimento leva em
torno de 21 a 30 dias e para acelerar o curtimento pode-se adicionar
Tanto o Sistema de
Canteiros em alvenaria
retangulares pode ser
utilizado quanto o Sistema
com Anéis de Poço. No
segundo sistema a coleta do
Húmus é um pouco mais
dificultada pela forma do
canteiro, mas havendo
disponibilidade desses
anéis nada impede o
Minhocultor de trabalhar
nele, desde que siga o
manejo recomendado em
ambos os Sistemas.
11. calcáreo dolomítico na proporção de 30 Kg para cada 1.000 Kg de esterco
( não ultrapassar essa medida pois o excesso de calcáreo pode prejudicar
as minhocas). Antes de colocar o esterco já curtido no canteiro colocar cal
virgem ou calcáreo no fundo do canteiro numa fina camada como se
estivesse colocando talco no fundo, pois isso eliminará insetos predadores
além de sanguessugas que são as principais inimigas das minhocas ( e
muito semelhantes a elas ). No canteiro de 40 cm de altura, colocar o
esterco curtido numa altura máxima de 30 cm espalhando-o bem. Para
quem tem pouco esterco e muita matéria orgânica na propriedade ( restos
de vegetais tais como folhas, frutas, legumes etc... ) deve-se realizar uma
COMPOSTAGEM utilizando-se o esterco e a matéria vegetal
disponível.
A COMPOSTAGEM
A Compostagem é a cura do esterco com aproveitamento de matéria
vegetal rica em fibra. Essa prática além de propiciar um aumento na
quantidade de alimentos para as minhocas melhora de sobremaneira a
disponibilidade dos nutrientes para ela. O composto que passa pelo trato
intestinal da minhoca gera um Húmus de altíssima qualidade.
COMO FAZER A COMPOSTAGEM:
1-) Fazer um pilha do Composto num terreno plano com boa drenagem da
seguinte forma:
- ALTURA DA PILHA DO COMPOSTO: 1,5 Metros.
- COMPRIMENTO DA PILHA DO COMPOSTO: 2 a 8 Metros.
- LARGURA DA PILHA DO COMPOSTO: 1 a 3 Metros.
CAMADAS: Colocar 30 centímetros de altura de matéria vegetal (
folhas, grama, restos de cultura, mato etc... ).
Colocar 10 centímetros de altura de esterco sobre a matéria vegetal e
umedece-la ( sem enxarcar ).
Tornar a colocar outra camada de 30 centímetros de matéria vegetal por
cima do esterco, colocar outra camada de esterco por cima da matéria
vegetal e umedecer e ir fazendo isso até atingir a altura de 1,5 Metros. A
medida que for fazendo isso ir diminuindo a largura da camada para que
se forme uma espécie de pirâmide para evitar o desmoronamento da
pilha.
12. PILHA COM ALTURA DE 1,5 METROS
Cobrir a camada com palha seca de preferência ou mesmo um sombrite.
Entre 20 a 25 dias o material chegará a uma temperatura de até 75º C e
depois irá se resfriar em 3 a 5 dias. Revirar então o composto e deixa-lo
aquecer mais 20 dias e deixar resfriar. No período da compostagem
manter a pilha úmida sem encharcá-la . O material fica pronto entre 40 a
50 dias dependendo da temperatura ambiente no período da formação do
composto. Você saberá que ele está pronto quando todo ele estiver com
uma textura grossa com coloração amarronzada.
O COMPOSTO ORGÂNICO já é por si só um ótimo fertilizante para
as plantas, mas fazendo a VERMICOMPOSTAGEM você estará com
um material muito mais rico em nutrientes disponíveis para as plantas
tornando esse material um verdadeiro adubo vivo ( pela inclusão de
várias bactérias úteis ao solo e as plantas que as minhocas adicionam ao
produto ). A formação do composto para utilização da minhoca e a
vermicompostagem desse material tornam-no um dos melhores adubos
naturais para o trabalho na Horticultura, na Fruticultura e na Floricultura
tirando o produtor da dependência da aquisição de adubos químicos
externos e tornando a propriedade auto-sustentável com produtos muito
mais naturais e não impactantes com a natureza.
POVOAMENTO DO CANTEIRO
Após colocar a fina camada de calcário dolomítico ou cal virgem para
combater pragas ( principalmente sanguessugas ), encher o canteiro com
o esterco curtido ou a compostagem sem compactar. Ir colocando com
uma pá até a altura de 30 centímetros. A seguir colocar uma colônia de
minhocas para cada metro quadrado de canteiro. Por exemplo: Se você
trabalha com um canteiro de 3 metros de comprimento você tem 30
centímetros de esterco de altura, 1 metro de largura e 3 metros de
comprimento; Assim você deverá ter nesse ambiente praticamente 1
metro quadrado de esterco e nesse canteiro irá colocar uma colônia de
minhocas lembrando que uma colônia de minhocas da Vermelha
Matéria vegetal
Esterco úmido novo não curtido
Matéria vegetal
Esterco úmido novo não curtido
Matéria vegetal
Esterco
Matéria vegetal
13. Californiana possui em torno de 2.000 minhocas e uma colônia de
minhocas Noturna Africana possui em torno de 1.000 minhocas. A
proporção para as criações em anéis de cimento ( de poço ) deve ser a
mesma: 1 colônia por metro quadrado de esterco. Para uma boa produção
de Húmus de qualidade e para maior rapidez na produção de Húmus
pode-se chegar a 3.000 minhocas Californianas Vermelhas/m² de esterco
ou 1.500 minhocas Noturna Africana/m² de esterco. Excesso de minhocas
fará com que elas se estressem pois o ambiente ficará congestionado. Ao
contrário, um número reduzido de minhocas não irá realizar o serviço de
produção de Húmus em tempo satisfatório aumentando os custos de
produção pela demora em se formar o produto.
As minhocas consomem por dia a quantidade de alimentos equivalente ao
seu próprio peso sendo que converte 60% desses alimentos ingeridos em
Húmus ( se o esterco ou a compostagem estiverem corretamente
preparados seguindo o preconizado acima ). Após 45 dias 80% do
substrato ( do esterco ou compostagem ) terá sido consumido pelas
minhocas.
Lembrar que as minhocas comem de cima para baixo; Assim, espalhar as
colônias de minhocas por sobre o substrato colocado no canteiro.
Por volta de 45 a 50 dias pode-se recolher o Húmus processado uma vez
que as minhocas deverão quase todas estarem no fundo do canteiro. No
fundo do canteiro deverá ficar uma massa de 10 centímetros enegrecida
onde estarão minhocas e casulos que podem repovoar inclusive outro
canteiro.
Com mais experiência, o minhocultor poderá coletar o Húmus a partir do
30º dia, coletando só as camadas superficiais onde o Húmus já deverá ter
sido formado. A produção média é de 150Kg/m² de canteiro com 40% a
50% de umidade.
Lembrar que o COMPOSTO é um material grosseiro com textura grossa
e amarronzada e o HÚMUS é um material fino com textura bem fina e
bem preto ( como uma borra de café ).
A UMIDADE E A TEMPERATURA
A minhoca precisa manter umedecido seu corpo pois fora do esterco
rapidamente ressecam e morrem por isso, assim que colocarmos as
colônia de minhocas sobre o substrato devemos umedecer o canteiro. É
fundamental manter o composto ou o esterco curtido úmido mas sem
encharcar. A umidade ideal é de 70%. Para não encharcar a regra prática
é a de apertar o composto ou esterco com as mãos após a rega: se a água
escorrer por seus dedos é sinal de que já existe bastante água, portanto
pare de molhar. Os intervalos entre as regas serão sempre em função das
condições de evaporação local ( por ser 1 vez por dias, 2 vezes ou até 3
vexes ) em função do calor e ressecamento do substrato no canteiro. Para
manter a umidade e diminuir a quantidade de regas pode-se cobrir o
14. canteiro com palha reduzindo a evaporação. Rega-se o canteiro por cima
da palha a partir daí. Caso não haja palha pode-se utilizar um sombrite.
A temperatura para as minhocas é entre 18º a 28º C sendo a faixa de 20º
a 24º C a temperatura ideal onde ela se alimenta e se reproduz. O controle
da temperatura deverá ser constante, de preferência com um termômetro a
ser utilizado nos canteiro. Caso a temperatura aumente deve-se regar o
canteiro. Em temperaturas baixas diminuir o nº de regas ( mas sempre
observando um mínimo de umidade para a minhocas ). Um canteiro
muito seco retarda a eclosão dos casulos.
A RETIRADA DAS MINHOCAS
A retirada da minhocas dos canteiros para venda ou repovoamento de
outros canteiro deverá ser cuidadosa para que elas não sejam machucadas.
NUNCA utilizar materiais cortantes para esse serviço. O ideal é trabalhar
com um rodo dentado de borracha para não feri-las. Os processos de
retirada de minhocas são os seguintes:
1-) RETIRADA MANUAL: Catar manualmente as minhocas a medida
que se retira o Húmus por camadas; As minhocas vão fugindo da luz do
Sol e penetrando no esterco até que se retire boa parte delas nas últimas
camadas. É bem trabalhoso mas é o que menos dano causa as minhocas.
A transferência delas para outro canteiro deve ser o mais rápido possível
para evitar o ressecamento.
2-) PENEIRAMENTO: É o mais utilizado: Utilizando uma grande
peneira, colocar o Húmus e ir peneirando-o; As minhocas ficarão na
peneira ( meio atordoadas é claro ) e serão recolhidas.
3-) ATRATIVO ALIMENTAR: É um processo mais técnico pois as
minhocas se apresentam mais saudável após a coleta. Consiste no
seguinte: Entre 45 a 50 dias, quando quase toda a compostagem ou o
esterco curtido já estiver sido consumido pela minhoca, ela estará
procurando mais comida. Coloca-se sobre o canteiro um saca de estopa
pu uma tela com cerca de uma camada de 10 centímetro de esterco novo.
Deixar esse material sobre o canteiro durante 5 dias. Ao final a maioria
das minhocas terão migrado para o esterco novo bastando coleta-las.
CONTROLE
O minhocultor é um profissional que trabalha e produz um material de
alta qualidade que pode ser utilizado por ele ou comercializado. Para o
acompanhamento do desenvolvimento do seu minhocário é interessante
que ele tenha uma ficha de acompanhamento como a citada abaixo para
que haja um controle da produção. Assim ele saberá com exatidão os
15. meses onde ele levará mais ou menos tempo para produzir seu Húmus, se
seu trabalho está sendo eficiente e a produção satisfatória.
Canteiro nº
xxxxxxxxxxx
Data do
Povoamento
Data da
Desdobra
Produção
do Canteiro
Observações
xxxxxxxxxxx
AS FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA O MINHOCULTOR:
1-) 01 Carrinho de mão.
2-) 01 Enxada.
3-) 01 Pá
4-) 01 Tridente.
5-) 02 Baldes de 10 litros.
6-) 02 pares de luvas.
7-) 02 Peneiras Grandes.
8-) 01 Rodo de madeiro ou borracha.
9-) 01 mangueira para a rega.
10-) 01 Balança.
11-) 01 Seladora de sacos.
12-) Estrados para armazenar o Húmus.
PREDADORES
As minhocas possuem inimigos naturais sendo a sanguessuga a principal
predadora pois vive no seu meio. As sanguessugas parecem com
minhocas mas são alaranjadas e possuem uma ventosa na cabeça. Por isso
colocamos o Calcáreo no fundo do canteiro antes de colocarmos o
substrato e as minhocas: se houver ovos de sanguessugas ou mesmo
filhotes no fundo, eles serão eliminados antes de chegarem as minhocas.
Sempre que encontrar uma sanguessuga elimina-las do canteiro. As
formigas também são atraídas pelos alimentos colocados no canteiro e
caso queiram fazer ninhos no canteiro causarão problemas e serão difíceis
de serem eliminadas. Deve-se fazer um trabalho preventivo em locais de
incidência pintando externamente as paredes dos canteiro com cal. Em
hipótese alguma utilize formicidas nos canteiros. Aves ( Pássaros,
Galinhas, Patos, Gansos, Perus etc... ) adoram minhocas. Para os
pássaros um sombrite sobre os canteiro auxilia em evita-los e que cria
minhocas não pode ter galinhas, patos, perus e gansos soltos no local.
Sapos, Rãs, Pererecas e Cobras também gostam de minhocas e o
sombrite ajuda a mantê-los afastados. O pior inimigo é o Rato que destrói
rapidamente uma criação e nos trás doenças. Utilizar iscas raticidas longe
dos canteiro e ratoeiras próximas dos canteiros. Jamais coloque iscas
raticidas dentro ou próximo aos canteiros para não contaminar o material
a ser comercializado.
16. A COMERCIALIZAÇÂO
O HÚMUS após ser colhido poderá ser armazenado em local abrigado de
Sol e Chuva além de bem ventilado mas sem correntes de ar. Para ensaca-
lo o minhocultor deve peneira-lo numa peneira de 01 a 05 milímetros
dependendo do produto que se queira comercializar e a exigência do
consumidor alvo ( quanto mais fina a textura mais valorizado, porém
mais trabalhoso é o peneiramento ). É por isso que uma pesquisa de
mercado é muito importante antes de se apresentar o produto para as
casas de comércio ou para o público alvo. As embalagens mais comuns
são de 1,5 Kg, 5 Kg, 10 Kg ou de 25 Kg. Não esquecer de colocar na
embalagem as seguintes informações:
1-) Nome do produto ( Húmus de Minhoca Natural por exemplo ).
2-) Nome do Sítio que Produziu o Húmus.
3-) Endereço completo do Sítio.
4-) Telefone para contato com o produtor ( fundamental ).
5-) Tabela com o resultado da análise comentado em capítulo anterior.
6-) Outras informações que o produtor pode achar importante que o
consumidor saiba.
O endereço e o telefone para contato são fundamentais não só para
futuras encomendas como é aqui que o produtor mostra que não esta se
escondendo -----do consumidor e que pode receber uma visita a qualquer
hora para que este veja como o seu produto está sendo produzido, de
forma técnica e com qualidade.
Mas lembre-se que o Húmus é um excelente produto para ser trabalhado
na sua propriedade a fim de agregar valor a seus outros produtos ( tipo
flores, hortigranjeiros, frutas etc... ) além do que, as minhocas se
reproduzem rapidamente e parte delas pode ser utilizada para a
alimentação de galinhas caipiras. A produção de Húmus diminui os
custos de produção dos outros produtos gerados na propriedade
diminuindo a entrada de insumos externos, caros e muitas vezes tóxicos.
Não esquecer: É IMPORTANTE TIRAR NOTA FISCAL DE
PRODUTOR RURAL para vender seu Húmus e suas minhocas para
casas comerciais principalmente. A nota fiscal legaliza sua atividade de
minhocultura e facilita a venda pois o consumidor ao adquirir um produto
de quem tem nota fiscal tem mais confiança no produto e no produtor;
Além disso, os municípios que têm um maior nº de produtores com nota
fiscal recebe mais recursos dos Governos Estaduais e Federais para o
setor agrícola na área de infra-estrutura ( estradas, pontes, estrtuturas de
comercialização, capacitação do produtor etc... ).
O Húmus é o melhor produto para se realizar adubações conforme iremos
ver na tabela abaixo:
17. TABELA DE ADUBAÇÃO COM HÚMUS
CULTURA PLANTIO COBERTURA SULCO OBS
Citrus 400g/cova 1 Kg/pé
Em volta
da planta
Misturar com
a terra da
cova
Fruteiras de
clima
temperado
500g/cova 2 Kg/pé idem idem
Uva 400g/cova 2,5 Kg/pé idem idem
Café e Cacau 400g/cova 2,5 Kg/pé idem idem
Reflorestamento 300g/cova 600 g/pé xxxxxx idem
Eucalipto 200g/cova 500 g/pé xxxxxx idem
Hortaliças
100 g/cova
ou 600
g/m² de
canteiro
Cobrir todo o
cultivo com o
Húmus
200 g/m
de sulco
idem
Morangos 500 g/cova idem xxxxxxx idem
Milho Verde 300 g/cova idem 200 g/m idem
Abóbora,Melão,
Melancia e
Pepino
300 g/cova idem xxxxxxx idem
Viveiros 600 g/m²
de canteiro
idem xxxxxxx Misturas
com terra do
canteiro
Abacaxi 500 g/cova idem xxxxxxxx Misturar com
a terra da
cova
Plantas de
interior da casa
150 g/vaso 150 g 4 X ao
ano
xxxxxxxx xxxxxxxx
Roseiras 200 g/cova Cobrir com
Húmus durante
o cultivo
xxxxxxx Misturar com
a terra da
cova
Gramados
No preparo
misturar
500 g/m²
com a terra
a plantar
No fim da
primavera
descompactar o
solo e colocar
300 g/m²
xxxxxxxx
Readubar 2
meses
antes da
temporada
de jogos
Capineiras e
Pastagens
500 g/m² 2 aplicações de
500 g/m²/ano
500 g/m xxxxxxxx
Cana-de-Açucar 1 T/Ha xxxxxxxx 400
g/sulco
Na
soqueira
400 Kg/Ha
Soja e Feijão
1 T/Ha
xxxxxxxx
Aplicar
no sulco
200 g/m
xxxxxxxxx
18. FINALIZANDO
OS 12 MANDAMENTOS DO MINHOCULTOR
1-) Escolher e preparar o minhocário em terreno bem drenado ( que não
encharque ).
2-) Preparar os canteiros no mínimo de 10 a 15 dias antes de colocar as
minhocas.
3-) Fazer uma boa compostagem antes de encher os canteiros.
4-) Misturar no esterco 20% de capim seco e picado para facilitar a
aeração e evitar a compactação do material.
5-) Adquirir matrizes de produtor idôneo de boa qualidade.
6-) Coloque as minhocas nos canteiros no período da manhã para se
acostumarem ao novo ambiente evitando fugas ao anoitecer.
7-) Proteja os canteiros com uma boa cobertura de capim seco evitando
oscilações bruscas de temperatura.
8-) Inspecione periodicamente os canteiros como medida de controle de
possíveis ataques de predadores ( formigas, sapos, cobras, ratos etc...).
9-) Evite o manuseio constante das minhocas a diferentes profundidades e
em toda a externsão do canteiro.
10-) Procurar manter as áreas entre os canteiros sempre limpas evitando o
acúmulo de detritos que atraem predadores.
11-) Busque sempre seu aperfeiçoamento técnico na internet, com
técnicos e com outros produtores e de ensaios no seu minhocário de
novos sistemas.
12-) /não acredite em milagres: O secesso do seu empreendimento
dependerá, se dúvida, da sua dedicação, da qualideda e da honestidadfe
de seu produto perente ao consumidor e ao mercado.
BIBLIOGRAFIA
1-)APOSTILA DE MINHOCULTURA DA SEAAPI/RJ –
Elimat Vieira de Mattos.
2-) REVISTA A LAVOURA DE JUNHO DE 1992 – Minhoca,
O arado da natureza.
3-) REVISTA A LAVOURA DE OUTUBRO DE 1994 –
Manejo Orgânico do solo – Minhocas, uma nova-velha aliada.
4-) SITE DA EMATER-RIO : MATERIAL TÉCNICO:
WWW.EMATER.RJ.GOV.BR - MINHOCULTURA
19. 5-) APOSTILA DA TERRA VIVA – PROJETOS
ALTERNATIVOS L.T.D.A – Curso introdutório sobre a
Minhoculturas – DR. Carrazedo.
6-) MANUAL DE LOMBRICULTURA – Carlo Ferruzzi –
Edição Mundi-Prensa – Madri – 1980.
7-) MANUAL PRÁTICO DO MINHOCULTOR - Angelo
Artur Martinez – FUNDEP – SP – 1992.
8-) CRIAÇÃO DE MINHOCAS – Márcio Infante Vieira –
Editora Nobel – SP – 1980.