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TV e Vídeo
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O surgimento da TV
• O surgimento da TV data de
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• TV americana – vocação comercial
A televisão comercial preocupa-se basicamente com a rentabilidade de seus
produtos: comerciais, programas de auditório, e, para isto, há todo um
investimento para melhor conhecer seu público.
• TV européia – vocação educativa
A Europa tinha uma tradição fortemente humanista em contraposição ao
funcionalismo e as práticas laboratoriais americanas. Os estados europeus,
com o desenvolvimento da TV, assumem sua direção em benefício do cidadão,
utilizando o meio sem distinção de classe, sem qualquer fim comercial e voltado
para a formação social do indivíduo. Para os pensadores europeus, a cultura, a
preservação, a formação do homem nunca poderia ser parte de uma indústria
com fins capitalistas. Desta maneira, em tese, as emissoras européias já
nasceram educativas.
TV comercial no Brasil
• A televisão comercial
brasileira originou-se do
modelo americano de
televisão, dirigiu-se a uma
grande massa e, como
tal, teve a preocupação
em manter a audiência,
geralmente paga por uma
pesquisa que ajudasse a
desenhar o perfil do
telespectador.
• É nesse cenário que a
televisão educativa
brasileira nasce.
A TV educativa brasileira
• A primeira emissora educativa a entrar no ar foi a
TV Universitária de Pernambuco, em 1967. Entre
1967 e 1974, surgiram nove emissoras
educativas cuja razão social e vinculação eram
as mais diversas.
• Os Programas da TVE, inicialmente, eram presos
ao “modelo aula pela TV”, a tendência atual é a
da transmissão de programas com vários
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condutor.
• Ainda hoje, porém, a audiência é muito pequena.
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educação?
• A TV educativa nasce num ambiente pouco
amigável, em função de uma vocação
fortemente comercial da televisão na época,
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grande audiência.
• A TV não é bem recebida no meio
educacional e as iniciativas de produção de
programas educativos não têm grande
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• No Brasil, cerca de 150 milhões de
pessoas vêem televisão todos os dias e
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• Crianças são o segmento mais
significativo desse público porque,
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número muito maior de programas, em
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A TV tem sido considerada
nociva
• Sendo assim, é compreensível que os meios
educacionais se preocupem com o considerável
poder de penetração da televisão e, acima de
tudo, com a influência que ela pode exercer
sobre opiniões, crenças, valores e visões de
mundo daqueles que com ela se relacionam
mais intensamente, isto é, crianças em idade
escolar. Por ela gerações aprendem a consumir
e a conhecer a si e ao mundo.
• Mas parece haver muito exagero nessas
preocupações.
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TV recursos desde
sua produção em
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na maioria das
escolas?
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participa até hoje de
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fazer de conta que ela não está aí.
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na educação?
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para as mídias
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quanto nós, professores, talvez saibamos muito pouco a respeito
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las e ampliar as possibilidades de integração
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discutir a própria televisão, propor situações
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possam ser discutidos e analisados, são
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articulação dos conteúdos, linguagem e formatos
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TV e Vídeo na Educação: Possibilidades e Desafios

  • 1. TV e Vídeo na Educação Daniele Garcia de Castro Alves José Ailton Gonçalves Adriano Universidade Federal de Juiz de Fora
  • 2. O surgimento da TV • O surgimento da TV data de 1937, nos Estados Unidos, onde se desenvolveu como veículo de comunicação de massas a partir de meados do século XX. • No Brasil, sua implantação ocorreu ao longo dos anos 50, com uma programação bastante pobre, que se mesclava a uma boa quantidade de anúncios comerciais.
  • 3. Dois modelos de TV que influenciaram a brasileira • TV americana – vocação comercial A televisão comercial preocupa-se basicamente com a rentabilidade de seus produtos: comerciais, programas de auditório, e, para isto, há todo um investimento para melhor conhecer seu público. • TV européia – vocação educativa A Europa tinha uma tradição fortemente humanista em contraposição ao funcionalismo e as práticas laboratoriais americanas. Os estados europeus, com o desenvolvimento da TV, assumem sua direção em benefício do cidadão, utilizando o meio sem distinção de classe, sem qualquer fim comercial e voltado para a formação social do indivíduo. Para os pensadores europeus, a cultura, a preservação, a formação do homem nunca poderia ser parte de uma indústria com fins capitalistas. Desta maneira, em tese, as emissoras européias já nasceram educativas.
  • 4. TV comercial no Brasil • A televisão comercial brasileira originou-se do modelo americano de televisão, dirigiu-se a uma grande massa e, como tal, teve a preocupação em manter a audiência, geralmente paga por uma pesquisa que ajudasse a desenhar o perfil do telespectador. • É nesse cenário que a televisão educativa brasileira nasce.
  • 5. A TV educativa brasileira • A primeira emissora educativa a entrar no ar foi a TV Universitária de Pernambuco, em 1967. Entre 1967 e 1974, surgiram nove emissoras educativas cuja razão social e vinculação eram as mais diversas. • Os Programas da TVE, inicialmente, eram presos ao “modelo aula pela TV”, a tendência atual é a da transmissão de programas com vários formatos mantendo a educação como fio condutor. • Ainda hoje, porém, a audiência é muito pequena.
  • 6. Ambiente pouco propício à educação? • A TV educativa nasce num ambiente pouco amigável, em função de uma vocação fortemente comercial da televisão na época, quando era feita visando basicamente a grande audiência. • A TV não é bem recebida no meio educacional e as iniciativas de produção de programas educativos não têm grande penetração.
  • 7. A TV dentro de casa • No Brasil, cerca de 150 milhões de pessoas vêem televisão todos os dias e a maior parte delas passa pelo menos três horas por dia diante da tela da TV. • Crianças são o segmento mais significativo desse público porque, estando em casa mais tempo do que adolescentes e adultos, vêem um número muito maior de programas, em diferentes horários e canais e com endereçamentos muito distintos, isto é, produtos dirigidos a diferentes faixas etárias.
  • 8. A TV é fortemente consumida • Sítio do Pica-Pau-Amarelo (1952-1960); • Vila Sésamo (década de 70); • TV Escola – Salto para o Futuro (desde 1991); • Telecurso (desde 1978); • Novo Telecurso (desde 2000); • Canal Futura ( inicia em 1997); • TV Cultura – Educação Financeira (lançado 1999);
  • 9. A TV tem sido considerada nociva • Sendo assim, é compreensível que os meios educacionais se preocupem com o considerável poder de penetração da televisão e, acima de tudo, com a influência que ela pode exercer sobre opiniões, crenças, valores e visões de mundo daqueles que com ela se relacionam mais intensamente, isto é, crianças em idade escolar. Por ela gerações aprendem a consumir e a conhecer a si e ao mundo. • Mas parece haver muito exagero nessas preocupações.
  • 10. Algumas questões para reflexão • Que uso foi feito da TV recursos desde sua produção em massa e distribuição na maioria das escolas? • Por que televisão não participa até hoje de maneira mais efetiva na escolarização?
  • 11. Dimensões a considerar Alvo • Para a formação escolar • Para a formação de professores • Para a Educação Informal (Campanhas) • Pesquisas científicas
  • 12. Possibilidades e vantagens • Acesso e alcance • Recursos de imagem, som e texto • Recursos que favorecem a interatividade • Distribuição e arquivo
  • 13. Desvantagens • Custo alto de produção • Infra-estrutura sofisticada • Limites para a interatividade Alterações possíveis apenas por processos ainda muito sofisticados Necessidade de aliar outras tecnologias • Divulgação - pesquisas de mercado
  • 14. A TV efetivamente forma, não se pode fazer de conta que ela não está aí. De que modo ela deve estar na educação?
  • 15. A necessidade de uma educação para as mídias • Para a educação, torna-se fundamental discutir e pensar sobre o quanto nós, professores, talvez saibamos muito pouco a respeito das profundas transformações que têm ocorrido nos modos de aprender das gerações mais jovens. • O que é para os jovens estar informado ou buscar informação? • De que modo seu gosto estético está sendo formado? • O que buscam ver na TV? • O que lhes dá prazer nessas imagens midiáticas? • Com que figuras ou situações alunos e alunas se identificam mais? Que modos de representar visualmente os objetos, os sentimentos, as relações entre as pessoas são cotidianamente aprendidos a partir da linguagem da televisão? • De que modo vamos aprendendo a desejar este ou aquele objeto, através das imagens e sons da TV? • Que novos modos de narrar, de contar histórias, aprendemos através da experiência diária com a TV?
  • 16. A mídia-educação • Cabe ainda favorecer, em contexto escolar, a experimentação de certas práticas bem próprias do fazer televisivo (formatos, enquadramentos, iluminação, sonorização, duração, periodicidade etc.) e também de ver televisão (sozinho, com amigos, com a família, com irmãos, na rua etc.), de modo a qualificá- las e ampliar as possibilidades de integração destas com outros saberes e práticas tradicionalmente ligados à escola.
  • 17. A mídia-educação • Propor atividades que envolvam a criação de um roteiro, o uso de som e movimento, cenários, encenações etc., por exemplo, brincar de antecipar acontecimentos de um seriado ou telenovela, inventar finais alternativos ou outras possibilidades de desdobramento de uma certa narrativa audiovisual, usar a televisão para discutir a própria televisão, propor situações onde publicidade, propaganda e patrocínio possam ser discutidos e analisados, são algumas entre muitas possibilidades de articulação dos conteúdos, linguagem e formatos televisivos na construção de conhecimentos
  • 18. Considerações Finais • Pouca exploração do recurso - possibilidade de produções de baixo custo • Contexto Cultural - estímulo à criação de uma cultura de consumo das mídias • Investimento (exemplos dos países desenvolvidos - escolas públicas com recursos tecnológicos para confecção e consumo de TV e vídeo) • Inclusão Tecnológica