O documento discute o uso de micro-ondas para conservação de alimentos, descrevendo seus princípios, aplicações e limitações. Apresenta exemplos de estudos que avaliaram a esterilização, secagem e aquecimento de diversos alimentos usando micro-ondas, mostrando vantagens como tempo e energia reduzidos, porém também desuniformidades térmicas.
1. Universidade de São Paulo
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Curso de Ciências dos Alimentos
Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição.
CEN 0002- Conservação de alimentos por métodos não convencionais
Grupo:
Bianca Loureiro
Carolina Genova
Isabella Barbosa
Laís Zerbeto
Marilívia Barbosa
2. Objetivo do processo
Prolongar vida útil;
Redução da atividade de água ;
Convencionalmente estufa de ar forçado;
5. Resolução nº 21 de 26 de janeiro
de 2001, da ANVISA
“Dose máxima absorvida seja menor que aquela
que compromete as qualidades funcionais e
sensoriais do alimento e mínima suficiente para
alcançar o objetivo pretendido”.
“Alimento tratado por processo de irradiação“.
6. Vantagens
Tempo e energia;
Sabor, vitaminas, nutrientes e cor;
Custo;
Aquecimento silencioso;
8. Pasteurização e
esterilização
Combinação de processos tempo/temperatura.
Pasteurização usa um tratamento de calor
médio para destruir os micro-organismos
patógenos, inativar bactérias vegetativas e
enzimas.
Esterilização é um tratamento mais severo.
9. Sistema de aquecimento
Em série:
Fornos micro-ondas baseados em magnetrões
O nível de potência é ajustado para alcançar uma
certa diferença de temperatura, num período de
tempo.
10. Sistema de aquecimento
Corrente continua:
Maior produtividade, facilidade na limpeza e
automação;
Alimento líquido.
11. Aplicações mais comuns
Aquecer peixe, carne e aves;
Pré-cozinhar bacon;
Cozinhar salsichas;
Cozer;
Secar;
Escaldar vegetais;
Efeito em enzimas;
Empolamento e espuma.
12. Aplicação na indústria
alimentar
Leite
Estudos sobre os efeitos nas vitaminas, que revelam
uma significante perda de vitamina A, vitamina B1, B2,
vitamina E e vitamina C;
O processo não oferece nenhuma vantagem adicional;
Menor isomerização da lactose;
Não afeta proteína ou gordura.
13. Aplicação na indústria
alimentar
Sumos de fruta
Salmonella entérica, E. coli 057:H7 e
Crytosporidium parvum;
Menor exposição térmica;
Retenção da qualidade do sumo.
14. Aplicação na indústria
alimentar
Alimentos prontos
Crescimento do mercado;
Pasteurização;
Maior prazo de validade;
Sistemas de túnel a 896 MHz aquecia todos os
produtos de uma embalagem, acima de 80°C.
15. Estabilidade de embalagens de PP
expostas a freezer e ao micro-ondas
(FRACASSI et. al., 2013)
“Verificar a estabilidade dos recipientes de PP
contendo alimentos quando submetidos a ciclos
de congelamento em freezer e aquecimento
consecutivo em micro-ondas”.
Problemas de degradação do polipropileno
16. Estudo galinha “á la king”
Esterilização produtos embalados:
A aparência do produto esterilizado por micro-
ondas foi favorável comparado com a referência
congelada, mesmo depois de 12 meses de
conservação.
17. Estudo Pastorini,
Bacarin e Abreu
(2002)
Estudaram a secagem por micro-ondas com
feijão e milho;
Não observaram redução nos valores de
carboidratos solúveis totais,
açucares redutores e
aminoácidos.
18. Estudo Tadini (2004)
Inativação de enzimas PDO e PFO;
10 a 81°C/30 s e 10 a 62ºC/60s;
Processo contínuo.
Melhor conservação da água de
coco verde;
19. Secagem associada com vácuo
e convecção forçada
Fumagali (2003)
Secagem de peras;
Micro-ondas, convecção forçada e associados;
Maior taxa de secagem Combinado
Phabhanjan et. al (1995)
Associação acelerou o processo;
Alta potencia a T° não influencia no tempo.
Lin et. al (1998)
Secagem por micro-ondas a vácuo;
Melhor que liofilização em sabor e textura de secagem.
20. Mapeamento com Marshmallows
ROSSINI et al., (2004)
Forma de demonstrar que a distribuição da
radiação não é uniforme;
Observou-se:
Diferentes aumentos de volume;
Alguns caramelizaram e outros com mínima alteração;
Menor variação com prato giratório;
Sofreram radiação de forma diferente devido a
absorção pelas paredes do forno.
21. Limitações
Esterilização
Falta de perfis de temperatura
Medição de temperaturas, não
garante a verdadeira
distribuição pelo produto -»
padrão de aquecimento
irregular e difícil de prever
Depende da seleção
adequada do
equipamento e da embalagem
Alta qualidade e longo prazo
de validade
A degradação, da qualidade, do sabor ou dos nutrientes depende de
fatores, como a natureza dos produtos, sua geometria, propriedades
dielétricas e o design do micro-ondas.
22. Recomendações
Temperatura medida no maior número de sítios;
Determinar o ponto mais frio e a sua localização;
Colocação do produto;
Descrição de ponto estéril por micro-ondas,
combinação de marcadores;
Não uniformidade espacial e esterilização podem ser
melhoradas (propriedades dielétricas);
Aumentar a eficiência do aquecimento por micro-
ondas (radiações I.V);
Profundidade de penetração em alimentos (energia a
uma frequência baixa).
23. Conclusão
Vantagens sobre o aquecimento convencional.
Atualmente: esterilização de alimentos sólidos.
Não uniformidade do aquecimento e
incapacidade de assegurar a esterilização da
embalagem inteira.
O alto custo e falta de materiais de embalagem
adequados.
24. Referências
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