Este documento resume o segundo capítulo do livro "Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada" de Erving Goffman. O capítulo analisa as estratégias de controle de informação usadas por indivíduos com características estigmatizadas que ainda não são conhecidas. Goffman explora como esses "desacreditáveis" decidem o que revelar ou esconder sobre si mesmos e para quem, a fim de gerenciar suas identidades.
Este documento resume os principais conceitos de Max Weber sobre ação social e a relação entre protestantismo e capitalismo. Segundo Weber, o protestantismo promoveu valores como trabalho árduo e poupança que estimularam o espírito do capitalismo, embora o capitalismo tenha posteriormente levado ao desencantamento do mundo à medida que a racionalização avançou.
Este documento discute as ideias do filósofo Michel Foucault sobre poder e sujeito. Foucault acreditava que o poder não é centralizado, mas acontece em redes de dispositivos e mecanismos que produzem saberes, normas e subjetividades. Ele estudou como as formas de poder mudaram ao longo da história, do sistema de punição corporal para a vigilância e o confinamento na era moderna. Foucault também analisou como o poder atua de forma sutil e produtiva nas instituições por meio de técnic
A divisão social do trabalho émile durkheimLucio Braga
O documento discute a teoria de Durkheim sobre a divisão social do trabalho. Durkheim argumenta que a divisão do trabalho aumenta na sociedade moderna devido à especialização de funções, levando a uma solidariedade orgânica baseada na interdependência entre as funções sociais, em contraste com a solidariedade mecânica das sociedades pré-industriais com pouca divisão do trabalho.
O documento discute a visão de Foucault sobre a escola. Segundo Foucault, a escola é uma instituição de poder que subjuga os alunos através de técnicas disciplinares como vigilância, classificação e exames, com o objetivo de produzir sujeitos dóceis e úteis à sociedade. Além disso, a escola gera saberes sobre os alunos que reforçam seu poder de controle. Dessa forma, a escola funciona para manter a ordem social estabelecida e reproduzir as relações de
O documento discute a concepção de poder de Michel Foucault, argumentando que: (1) o poder não vem de cima, mas é exercido em todas as relações sociais; (2) o poder não é centralizado, mas múltiplo e reversível; (3) sempre há resistência ao poder, que não vem de um centro revolucionário, mas de focos dispersos na sociedade.
O documento analisa o conceito de uberização e seu impacto nas relações de trabalho. A uberização é definida como uma nova forma de gestão do trabalho focada no uso flexível da força de trabalho por meio de plataformas digitais. Isso tem levado a uma dispersão do trabalho e perda de direitos, com trabalhadores sujeitos a avaliações constantes e sem proteções trabalhistas.
O documento discute os conceitos de mito, religião, senso comum e sua relação com a filosofia. Apresenta as características do mito como uma narrativa fictícia para explicar o mundo e compara com a filosofia que busca explicações racionais. Também diferencia religião da filosofia, sendo a religião um conjunto de crenças reveladas e a filosofia procurando construir explicações racionais. Por fim, discute a relação entre senso comum e filosofia.
Os documentos discutem a presença de outros sujeitos sociais nas escolas e a necessidade de reconhecê-los e repensar a pedagogia para incluí-los. Os coletivos populares se afirmam como sujeitos de conhecimento e valores e exigem novas pedagogias que reconheçam suas histórias e experiências. Isso desestabiliza as teorias pedagógicas tradicionais e leva a uma disputa pelo conhecimento válido dentro das instituições educacionais.
Este documento resume os principais conceitos de Max Weber sobre ação social e a relação entre protestantismo e capitalismo. Segundo Weber, o protestantismo promoveu valores como trabalho árduo e poupança que estimularam o espírito do capitalismo, embora o capitalismo tenha posteriormente levado ao desencantamento do mundo à medida que a racionalização avançou.
Este documento discute as ideias do filósofo Michel Foucault sobre poder e sujeito. Foucault acreditava que o poder não é centralizado, mas acontece em redes de dispositivos e mecanismos que produzem saberes, normas e subjetividades. Ele estudou como as formas de poder mudaram ao longo da história, do sistema de punição corporal para a vigilância e o confinamento na era moderna. Foucault também analisou como o poder atua de forma sutil e produtiva nas instituições por meio de técnic
A divisão social do trabalho émile durkheimLucio Braga
O documento discute a teoria de Durkheim sobre a divisão social do trabalho. Durkheim argumenta que a divisão do trabalho aumenta na sociedade moderna devido à especialização de funções, levando a uma solidariedade orgânica baseada na interdependência entre as funções sociais, em contraste com a solidariedade mecânica das sociedades pré-industriais com pouca divisão do trabalho.
O documento discute a visão de Foucault sobre a escola. Segundo Foucault, a escola é uma instituição de poder que subjuga os alunos através de técnicas disciplinares como vigilância, classificação e exames, com o objetivo de produzir sujeitos dóceis e úteis à sociedade. Além disso, a escola gera saberes sobre os alunos que reforçam seu poder de controle. Dessa forma, a escola funciona para manter a ordem social estabelecida e reproduzir as relações de
O documento discute a concepção de poder de Michel Foucault, argumentando que: (1) o poder não vem de cima, mas é exercido em todas as relações sociais; (2) o poder não é centralizado, mas múltiplo e reversível; (3) sempre há resistência ao poder, que não vem de um centro revolucionário, mas de focos dispersos na sociedade.
O documento analisa o conceito de uberização e seu impacto nas relações de trabalho. A uberização é definida como uma nova forma de gestão do trabalho focada no uso flexível da força de trabalho por meio de plataformas digitais. Isso tem levado a uma dispersão do trabalho e perda de direitos, com trabalhadores sujeitos a avaliações constantes e sem proteções trabalhistas.
O documento discute os conceitos de mito, religião, senso comum e sua relação com a filosofia. Apresenta as características do mito como uma narrativa fictícia para explicar o mundo e compara com a filosofia que busca explicações racionais. Também diferencia religião da filosofia, sendo a religião um conjunto de crenças reveladas e a filosofia procurando construir explicações racionais. Por fim, discute a relação entre senso comum e filosofia.
Os documentos discutem a presença de outros sujeitos sociais nas escolas e a necessidade de reconhecê-los e repensar a pedagogia para incluí-los. Os coletivos populares se afirmam como sujeitos de conhecimento e valores e exigem novas pedagogias que reconheçam suas histórias e experiências. Isso desestabiliza as teorias pedagógicas tradicionais e leva a uma disputa pelo conhecimento válido dentro das instituições educacionais.
Gilberto Freyre nasceu em 1900 no Recife e foi um importante sociólogo e escritor brasileiro. Sua obra mais famosa foi Casa Grande & Senzala, publicada em 1933, que descreveu a sociedade brasileira como resultado da miscigenação entre portugueses, indígenas e negros. Freyre teve uma longa carreira acadêmica e política, recebendo diversas honrarias ao longo da vida. Faleceu em 1987, deixando importante legado sobre a identidade e formação do povo brasileiro.
Um dos principais temas discutidos pela atualidade é a presença na mídia na vida das pessoas como uma forma de manipulação das massas.
Assim, a chamada Escola de Frankfurt estuda os fenômenos que levam à chamada sociedade de massa a se tornarem homogêneos, estudando os efeitos do capitalismo sob a ótica da sociedade pós moderna.
São diversos autores, como Adorno, Horkheimer, Benjamin, Marcuse e Habermas, que adentram temas como dominação, indústria cultural, poder, diálogo e comunicação.
O documento discute vários aspectos da pesquisa educacional, incluindo objetivos, paradigmas, abordagens, metodologias e etapas. Aborda temas como pesquisa quantitativa e qualitativa, estudos de caso, pesquisa-ação e métodos científicos.
[1] O documento discute os principais aspectos do empirismo, corrente filosófica que defende que todo conhecimento vem da experiência sensível. [2] Os principais representantes do empirismo foram John Locke e David Hume, que acreditavam que as ideias derivam das impressões sensoriais. [3] Para os empiristas, não é possível afirmar nada sobre aquilo que não pode ser percebido pelos sentidos.
O documento discute a importância da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas. A lei busca valorizar a história e cultura do povo negro e promover uma sociedade multicultural. No entanto, existem desafios para sua implementação efetiva, como a falta de preparo adequado dos professores e materiais didáticos.
Durkheim propôs uma visão funcionalista da sociedade onde: (1) a sociedade é vista como um organismo complexo com partes interdependentes; (2) a divisão do trabalho é essencial para a integração social e solidariedade; (3) o Estado tem a função de regular a sociedade e corrigir desequilíbrios que ameaçam sua coesão.
O documento fornece informações sobre a vida e obra do filósofo Aristóteles. Discute suas principais teorias, incluindo a Teoria das Quatro Causas, a Teoria do Ato e Potência, a Teoria do Primeiro Motor Imóvel, e a distinção entre Causa Substancial e Causa Acidental. Também resume as principais fases da vida de Aristóteles e algumas de suas obras mais importantes, como a Metafísica.
1) O documento discute a noção de "necropolítica" proposta pelo filósofo Achille Mbembe como uma atualização da crítica social de Foucault para fenômenos da periferia do capitalismo.
2) Argumenta-se que a necropolítica descreve uma política centrada na produção em larga escala da morte, característica de um mundo em crise sistêmica.
3) Também se apresenta a crítica de Domenico Losurdo ao suposto déficit periférico na obra de Foucault e como M
O documento discute o conceito de cidadania, definindo-a como o exercício dos direitos e deveres estabelecidos na Constituição de um país. Explica que uma boa cidadania envolve respeitar tanto os direitos quanto os deveres para promover uma sociedade justa. Além disso, destaca que exercer a cidadania significa estar ciente de seus direitos e obrigações constitucionais.
1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedadehomago
O documento discute as teorias de Marx, Durkheim, Weber, Elias e Bourdieu sobre a relação entre indivíduo e sociedade. Marx via a luta de classes como motor da história. Durkheim enfatizava a prevalência da sociedade sobre o indivíduo. Weber analisou como os indivíduos agem socialmente. Elias criou o conceito de configuração para superar a dicotomia. Bourdieu desenvolveu o conceito de habitus para articular práticas cotidianas com condições sociais.
O documento descreve o surgimento da filosofia na Grécia Antiga, com os primeiros filósofos surgindo na região da Jônia no século VII-VI a.C., incluindo Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes. A filosofia se diferencia dos mitos por exigir explicações lógicas e racionais em oposição às explicações sobrenaturais dos mitos.
Aula da disciplina de Estrutura e Dinâmica Social, Universidade Federal do ABC (UFABC), outubro de 2019.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/qmteZ7sUNtw
1) O documento discute o que é antropologia, definindo-a como o estudo do homem, seu comportamento em grupo e sistemas culturais.
2) A antropologia pode ser dividida em quatro abordagens principais: antropologia social, cultural, estrutural e dinâmica.
3) O documento também aborda conceitos-chave da antropologia como cultura, sociedade, normas, identidade cultural e a influência desses fatores no desenvolvimento humano.
Os principais representantes da sociologia no Brasil.
Geração de 30: Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda.
Segunda Geração: Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes e Paulo Freire.
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e ReligiãoTurma Olímpica
Durante a Idade Média, a Igreja Católica controlava a filosofia e a ciência e impunha visões geocêntricas. Na Idade Moderna, pensadores como Copérnico, Bruno e Galileu desafiaram essas visões adotando perspectivas heliocêntricas e defendendo a liberdade de investigação científica, apesar da oposição da Igreja. Atualmente, reconhece-se que religião e ciência perseguem verdades distintas e estão sujeitas a erros.
O documento discute a relação entre opressores e oprimidos e caminhos para a libertação segundo Paulo Freire. Em três frases:
1) Opressores precisam que os oprimidos permaneçam oprimidos para manter sua "generosidade".
2) Ninguém se liberta sozinho, a libertação dos oprimidos também liberta os opressores através do diálogo e reconhecimento mútuo.
3) É necessário que os oprimidos se vejam como sujeitos e não objetos, lutando como homens e não
A consciência humana é histórica e social, variando entre culturas e épocas como a consciência do homem ocidental-cristão, oriental-islâmico, da Idade Média e rural. A ideologia é uma forma ilusória de consciência que cria conceitos de dominação, caracterizada pela anterioridade, generalização e lacuna de suas idéias. Os meios de comunicação, como super-heróis, reproduzem a ideologia dominante.
É um resumo da obra Educação como prática da Liberdade de Paulo Freire, que conta a experiência em Angicos (PE) com Educação de Jovens e Adultos no Círculo de Cultura.
O documento discute vários tipos de falácias e erros de raciocínio, incluindo apelo à tradição, apelo à autoridade, redução ao absurdo e petição de princípios. Ele fornece exemplos de cada um desses erros lógicos comuns que podem levar ao engano ou induzir conclusões inválidas.
Gilberto Freyre nasceu em 1900 no Recife e foi um importante sociólogo e escritor brasileiro. Sua obra mais famosa foi Casa Grande & Senzala, publicada em 1933, que descreveu a sociedade brasileira como resultado da miscigenação entre portugueses, indígenas e negros. Freyre teve uma longa carreira acadêmica e política, recebendo diversas honrarias ao longo da vida. Faleceu em 1987, deixando importante legado sobre a identidade e formação do povo brasileiro.
Um dos principais temas discutidos pela atualidade é a presença na mídia na vida das pessoas como uma forma de manipulação das massas.
Assim, a chamada Escola de Frankfurt estuda os fenômenos que levam à chamada sociedade de massa a se tornarem homogêneos, estudando os efeitos do capitalismo sob a ótica da sociedade pós moderna.
São diversos autores, como Adorno, Horkheimer, Benjamin, Marcuse e Habermas, que adentram temas como dominação, indústria cultural, poder, diálogo e comunicação.
O documento discute vários aspectos da pesquisa educacional, incluindo objetivos, paradigmas, abordagens, metodologias e etapas. Aborda temas como pesquisa quantitativa e qualitativa, estudos de caso, pesquisa-ação e métodos científicos.
[1] O documento discute os principais aspectos do empirismo, corrente filosófica que defende que todo conhecimento vem da experiência sensível. [2] Os principais representantes do empirismo foram John Locke e David Hume, que acreditavam que as ideias derivam das impressões sensoriais. [3] Para os empiristas, não é possível afirmar nada sobre aquilo que não pode ser percebido pelos sentidos.
O documento discute a importância da Lei 10.639/03, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas. A lei busca valorizar a história e cultura do povo negro e promover uma sociedade multicultural. No entanto, existem desafios para sua implementação efetiva, como a falta de preparo adequado dos professores e materiais didáticos.
Durkheim propôs uma visão funcionalista da sociedade onde: (1) a sociedade é vista como um organismo complexo com partes interdependentes; (2) a divisão do trabalho é essencial para a integração social e solidariedade; (3) o Estado tem a função de regular a sociedade e corrigir desequilíbrios que ameaçam sua coesão.
O documento fornece informações sobre a vida e obra do filósofo Aristóteles. Discute suas principais teorias, incluindo a Teoria das Quatro Causas, a Teoria do Ato e Potência, a Teoria do Primeiro Motor Imóvel, e a distinção entre Causa Substancial e Causa Acidental. Também resume as principais fases da vida de Aristóteles e algumas de suas obras mais importantes, como a Metafísica.
1) O documento discute a noção de "necropolítica" proposta pelo filósofo Achille Mbembe como uma atualização da crítica social de Foucault para fenômenos da periferia do capitalismo.
2) Argumenta-se que a necropolítica descreve uma política centrada na produção em larga escala da morte, característica de um mundo em crise sistêmica.
3) Também se apresenta a crítica de Domenico Losurdo ao suposto déficit periférico na obra de Foucault e como M
O documento discute o conceito de cidadania, definindo-a como o exercício dos direitos e deveres estabelecidos na Constituição de um país. Explica que uma boa cidadania envolve respeitar tanto os direitos quanto os deveres para promover uma sociedade justa. Além disso, destaca que exercer a cidadania significa estar ciente de seus direitos e obrigações constitucionais.
1 ano sociologia as relações entre indivíduo e sociedadehomago
O documento discute as teorias de Marx, Durkheim, Weber, Elias e Bourdieu sobre a relação entre indivíduo e sociedade. Marx via a luta de classes como motor da história. Durkheim enfatizava a prevalência da sociedade sobre o indivíduo. Weber analisou como os indivíduos agem socialmente. Elias criou o conceito de configuração para superar a dicotomia. Bourdieu desenvolveu o conceito de habitus para articular práticas cotidianas com condições sociais.
O documento descreve o surgimento da filosofia na Grécia Antiga, com os primeiros filósofos surgindo na região da Jônia no século VII-VI a.C., incluindo Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes. A filosofia se diferencia dos mitos por exigir explicações lógicas e racionais em oposição às explicações sobrenaturais dos mitos.
Aula da disciplina de Estrutura e Dinâmica Social, Universidade Federal do ABC (UFABC), outubro de 2019.
Gravação de aula disponível em: https://youtu.be/qmteZ7sUNtw
1) O documento discute o que é antropologia, definindo-a como o estudo do homem, seu comportamento em grupo e sistemas culturais.
2) A antropologia pode ser dividida em quatro abordagens principais: antropologia social, cultural, estrutural e dinâmica.
3) O documento também aborda conceitos-chave da antropologia como cultura, sociedade, normas, identidade cultural e a influência desses fatores no desenvolvimento humano.
Os principais representantes da sociologia no Brasil.
Geração de 30: Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda.
Segunda Geração: Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes e Paulo Freire.
Slides da aula de Filosofia (João Luís) sobre Ciência e ReligiãoTurma Olímpica
Durante a Idade Média, a Igreja Católica controlava a filosofia e a ciência e impunha visões geocêntricas. Na Idade Moderna, pensadores como Copérnico, Bruno e Galileu desafiaram essas visões adotando perspectivas heliocêntricas e defendendo a liberdade de investigação científica, apesar da oposição da Igreja. Atualmente, reconhece-se que religião e ciência perseguem verdades distintas e estão sujeitas a erros.
O documento discute a relação entre opressores e oprimidos e caminhos para a libertação segundo Paulo Freire. Em três frases:
1) Opressores precisam que os oprimidos permaneçam oprimidos para manter sua "generosidade".
2) Ninguém se liberta sozinho, a libertação dos oprimidos também liberta os opressores através do diálogo e reconhecimento mútuo.
3) É necessário que os oprimidos se vejam como sujeitos e não objetos, lutando como homens e não
A consciência humana é histórica e social, variando entre culturas e épocas como a consciência do homem ocidental-cristão, oriental-islâmico, da Idade Média e rural. A ideologia é uma forma ilusória de consciência que cria conceitos de dominação, caracterizada pela anterioridade, generalização e lacuna de suas idéias. Os meios de comunicação, como super-heróis, reproduzem a ideologia dominante.
É um resumo da obra Educação como prática da Liberdade de Paulo Freire, que conta a experiência em Angicos (PE) com Educação de Jovens e Adultos no Círculo de Cultura.
O documento discute vários tipos de falácias e erros de raciocínio, incluindo apelo à tradição, apelo à autoridade, redução ao absurdo e petição de princípios. Ele fornece exemplos de cada um desses erros lógicos comuns que podem levar ao engano ou induzir conclusões inválidas.
1) O documento discute os estigmas e como eles deterioram a identidade social de um indivíduo. Estigmas são atributos que produzem descrédito e são considerados defeitos ou falhas pela sociedade.
2) A sociedade estabelece categorias e tenta catalogar as pessoas de acordo com atributos considerados normais para cada categoria. Quando alguém demonstra atributos diferentes, ele é estigmatizado e visto como perigoso pela sociedade.
3) A família pode ajudar aqueles que são estigmatiz
O documento discute como a publicidade reflete as cinco etapas da formação da consciência individual segundo a psicologia analítica de Jung. Apresenta brevemente os conceitos de Jung e descreve as cinco etapas: 1) participação mística, 2) projeção localizada, 3) princípios e símbolos, 4) modernidade, 5) função transcendente. Analisa campanhas publicitárias exemplificando cada etapa, mostrando como a publicidade acompanha a evolução da consciência e reforça valores sociais.
O documento discute os processos de cognição social, que é o conjunto de processos mentais pelos quais as pessoas percebem e se comportam em relação aos outros. A cognição social influencia como pensamos sobre nós mesmos e os outros, e como nos relacionamos em grupos. O documento explora como formamos percepções, atitudes e estereótipos, e como somos influenciados pela sociedade.
Problemas e conceitos teóricos estruturadores de psicologiadavidaaduarte
1) O documento discute as grandes dicotomias relacionadas à explicação do comportamento humano e as diferentes correntes da psicologia.
2) A psicologia de Freud introduziu a noção do inconsciente e mecanismos de defesa do ego.
3) O método psicanalítico busca descobrir as forças do inconsciente por trás das aparências usando técnicas como associação livre e interpretação de sonhos.
1. A sociedade limita a capacidade de ação de indivíduos estigmatizados, marcando-os como desacreditados e prejudiciais. Quanto mais visível for o estigma, mais difícil é reverter essa imagem.
2. A família pode oferecer suporte a indivíduos estigmatizados, ajudando-os a entender suas diferenças no contexto das semelhanças e construir uma identidade social mais positiva.
3. Instituições devem criar espaços para reflexão e transformação social, a fim de incluir aqueles
1) O autor define o que é um fato social como maneiras de agir, pensar e sentir que são externas ao indivíduo e impostas pela sociedade através de coerção.
2) Fatos sociais incluem costumes, leis, língua e crenças religiosas que existem independentemente dos indivíduos.
3) A educação das crianças é um exemplo de como os fatos sociais são impostos através da coerção para moldar os indivíduos de acordo com a sociedade.
1) O documento discute os conceitos de fatos sociais e sua importância para a sociologia. Fatos sociais são modos de agir e pensar compartilhados que exercem coerção sobre os indivíduos.
2) Exemplos de fatos sociais incluem normas, costumes, sistemas religiosos e econômicos. Eles têm características de coerção, exterioridade e generalidade.
3) A análise de fatos sociais permite estudos sociológicos avançados sobre como a sociedade influencia o comportamento individual.
Este documento descreve uma sequência didática de um projeto de incentivo à docência que aborda os direitos humanos. O projeto inclui discussões sobre desigualdade social, preconceito homofóbico e pena de morte. Os estudantes lerão e analisarão textos sobre esses temas e produzirão um artigo de opinião.
O documento discute o processo de construção da identidade social dos indivíduos. A identidade é construída individualmente e coletivamente e depende da situação social. A identidade pode ser motivo de estigma se houver discrepância entre a identidade social virtual esperada e a identidade social real do indivíduo, levando à marginalização.
1) O documento discute a importância das relações interpessoais no trabalho e como a comunicação é essencial para essas relações. 2) Ele explica os tipos de comunicação (verbal e não-verbal), fatores que afetam a comunicação e como melhorar as habilidades comunicativas. 3) O documento também aborda conceitos como personalidade, motivação, necessidades humanas e como respeitar as diferenças para melhorar os relacionamentos no ambiente de trabalho.
O documento discute um projeto de estágio aplicado em psicologia organizacional que abordará o estudo do sofrimento psíquico no trabalho usando indicadores quantitativos e qualitativos. O projeto usará os conceitos de familiaridade, poder e limite subjetivo para entender a percepção dos trabalhadores sobre suas ocupações, grau de autonomia e capacidade de lidar com adversidades. O método será baseado em representações sociais e psicodinâmica do trabalho.
1) O texto discute o significado de empatia e como desenvolver mais compaixão pelos outros.
2) O narcisismo e a ignorância impedem o desenvolvimento da empatia.
3) Ser empático significa se colocar no lugar do outro para compreendê-lo emocionalmente.
O documento discute a linguagem como a primeira e mais fundamental instituição social. A linguagem estrutura a realidade da criança através da objetivação e estabelecimento de relações entre objetos. Ela também estabelece os papéis sociais e como eles são interpretados e justificados. Uma característica fundamental de uma instituição é sua exterioridade, ou seja, estar situada fora do indivíduo.
O documento discute a Janela de Johari, uma ferramenta para autoconhecimento e comunicação interpessoal. A Janela de Johari divide os comportamentos de uma pessoa em quatro áreas: aberta, cega, secreta e inconsciente. O autoconhecimento é essencial para mediadores garantirem que seus próprios comportamentos não contaminam as mediações.
O documento discute o conceito de relações humanas, definindo-o como as interações entre indivíduos e grupos. Ele explica que as relações humanas envolvem comunicação interpessoal e intrapessoal e podem ocorrer no ambiente de trabalho, escola ou comunidade. Além disso, destaca a importância da empatia e flexibilidade no comportamento para se ter boas relações interpessoais.
O documento discute conceitos fundamentais da sociologia como cultura, indivíduo e sociedade. Também aborda a construção social da realidade e como a percepção da realidade é influenciada pelas interações sociais e culturais. Por fim, reflete sobre como a realidade cotidiana é ordenada e como o indivíduo foca em uma parte da realidade complexa que lhe é útil no dia a dia.
Este documento apresenta um resumo sobre sociologia para o Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos da Prefeitura de Franca. Ele define sociologia como a ciência que estuda a sociedade e os fenômenos sociais, explica o método da sociologia como o olhar de estranhamento para se afastar do senso comum, e discute os processos de socialização primária e secundária pelos quais os indivíduos aprendem os valores da sociedade.
Zilber la representación discursiva de la villa en 2 historiasJesús Bustos García
Este documento resume un estudio sobre las representaciones discursivas del espacio de la villa en dos historias de vida de personas que viven en la Villa 15 en Buenos Aires. El análisis lingüístico muestra que la categoría "Espacio Villa" juega un papel fundamental en ambos discursos, representando la villa como un espacio autónomo y cerrado separado de un "afuera" hostil. Aunque la villa a menudo se estigmatiza, los hablantes mantienen vínculos positivos con la villa y la representan como parte integral de su ident
Wacquant marginalidad, etnicidad y penalidad en c neoliberalJesús Bustos García
Este documento presenta un resumen analítico del programa de investigación del autor sobre la marginalidad urbana, la etnicidad y la penalidad en la ciudad neoliberal. El autor argumenta que estos temas deben estudiarse de forma conjunta ya que están profundamente imbricados. Explica cómo sus tres libros forman una trilogía que examina la transformación urbana a través de la clase, la etnicidad y el estado, y propone una conceptualización sociológica del neoliberalismo. Finalmente, invita a los investigadores de estas tres áreas a dialog
El documento resume la entrevista con Loïc Wacquant sobre su carrera académica y su participación en Ethnografest. Wacquant comenzó estudiando economía pero descubrió la sociología después de asistir a una conferencia de Pierre Bourdieu. Estudió sociología en la Universidad de Nanterre y pasó un año en Carolina del Norte antes de realizar su servicio militar en Nueva Caledonia, donde pudo aplicar sus conocimientos sociológicos. Ethnografest es una celebración de la etnografía que busca
Este documento presenta un número especial de la revista Environment and Planning A dedicado a la "Estigmatización territorial". Usa el marco analítico de Wacquant para explorar el vínculo entre el espacio simbólico, social y físico en áreas marginales urbanas. Introduce el concepto de estigmatización territorial y cómo afecta a residentes, vecinos, operadores comerciales y políticas públicas. Finalmente, sugiere que las estrategias socio-simbólicas de residentes varían desde la sumisión a la resistencia, y
Este documento presenta un resumen de una investigación en curso sobre los significados que los inmigrantes colombianos le otorgan al vivir en Santiago de Chile y las experiencias de discriminación que enfrentan. Explica brevemente los antecedentes migratorios en América Latina y Chile, se enfoca en la inmigración colombiana en Santiago, destacando problemas laborales y sociales. Finalmente, describe la metodología que se usará para recolectar y analizar datos sobre este tema.
Este documento presenta un resumen de un libro de Sherry Turkle sobre la introducción del psicoanálisis en Francia. El texto describe brevemente los eventos de mayo de 1968 en Francia, cuando hubo una explosión social que llegó a ser una revolución estudiantil. Aunque el movimiento no logró tomar el poder político, tuvo un profundo impacto personal en los participantes. El documento sugiere que estos eventos crearon un terreno fértil para el auge del psicoanálisis en la cultura y sociedad francesa, a pesar
Este artículo analiza la evolución del pensamiento de Tocqueville con respecto a la cuestión social a través de sus observaciones en Manchester, Inglaterra. El artículo explora cómo los efectos del capitalismo industrial que Tocqueville observó en Manchester, como la alienación y el pauperismo, lo llevaron a ampliar su análisis para abordar las tensiones entre democracia y capitalismo.
Este documento describe las expresiones de ciudadanía y ejercicio ciudadano de un grupo de jóvenes hip-hop en Bogotá. La investigación utilizó estudios de caso múltiples y talleres pedagógicos para recolectar información, la cual fue analizada desde la perspectiva del análisis del discurso. Los resultados mostraron que para este grupo, la ciudadanía y ejercicio ciudadano son expresiones estéticas con intención política de mejorar condiciones públicas, económicas y sociales para afirmar su cultura. También están motivados por un
Vasquez el papel de la comunicación en la construcción de comunidad estudio...Jesús Bustos García
Este resumen describe el documento en 3 oraciones:
El documento presenta la tesis de grado de Vanessa Vásquez Espitia titulada "El papel de la comunicación en la construcción de comunidad", la cual estudia el Centro Comunitario Distrital LGBTI de Bogotá como caso de estudio. La tesis analiza los medios, canales y espacios de comunicación que se usan en el Centro para construir comunidad, así como el papel de la comunicación organizacional en este proceso. Los resultados se obtuvieron mediante observaciones y entrevistas a coordin
Este documento presenta un resumen de tres capítulos del libro "La Juventud en la Ciudad de México: Políticas, Programas, Retos y Perspectivas". El primer capítulo introduce el concepto de juventud y analiza su origen, cambios semánticos y uso estereotipado. El segundo capítulo reflexiona sobre las características de los jóvenes, la juventud y lo juvenil. El tercer capítulo presenta el contexto y generalidades de la juventud en la Ciudad de México.
V a la configuración de culturas juveniles en comunidades rurales indígenasJesús Bustos García
Este documento describe la configuración de las culturas juveniles en comunidades rurales indígenas de la Sierra Norte de Puebla. Explica que los jóvenes construyen su propia identidad a través de la apropiación de géneros musicales, programas de televisión y ropa preferidos. También han generado prácticas culturales que han transformado la dinámica de sus comunidades. El documento analiza cómo los jóvenes rurales forman su propia cultura juvenil a pesar de las creencias previas de que no podían hacerlo
Este documento analiza la creciente criminalización de los movimientos sociales y la protesta en América Latina en el contexto de un nuevo pacto social neoliberal. Examina este fenómeno a largo, mediano y corto plazo. A largo plazo, el Estado ha gestionado la vida y la muerte de la población a través de la constitución de sujetos. En la mediano plazo, en los años 70 se inició una reconfiguración de las relaciones de poder basada en un "consenso por apatía". Y a cort
Este documento presenta una compilación de artículos sobre adolescencia y juventud en América Latina editados por Solum Donas Burak. Incluye 20 artículos escritos por expertos de diferentes países de la región que abordan temas como la identidad juvenil, las condiciones de vida de los jóvenes, su participación política y social, y los desafíos en salud sexual y reproductiva. El documento también presenta biografías de los autores y la introducción del compilador.
Este documento analiza los factores que condicionan la violencia entre adolescentes en Lima, Perú. Identifica varios factores como la pobreza, el desempleo, la desintegración familiar y la falta de valores, que empujan a los jóvenes a unirse a pandillas donde encuentran identidad y respeto. Estas pandillas a menudo se enfrentan violentamente con pandillas de otros colegios o barrios. El documento también examina cómo la violencia se ha vuelto una "cultura" que se refuerza a través de los medios y la imp
El documento discute la inseguridad pública en México como un problema grave y complejo con múltiples causas. La inseguridad ha aumentado en los últimos años debido a factores como la globalización, las redes criminales y la falta de legitimidad del estado. Además, la percepción de inseguridad entre los ciudadanos se ha incrementado a pesar de que no siempre refleja la realidad criminal. Se requieren soluciones integrales de largo plazo que aborden las raíces estructurales de la inseguridad más que acciones policiales in
Este documento analiza el concepto de reconocimiento de los adultos mayores desde la teoría del reconocimiento de Axel Honneth. Honneth propone que el reconocimiento se da en tres esferas: amor, derecho y solidaridad. En la esfera del amor, el reconocimiento positivo genera autoconfianza, mientras que el maltrato genera indefensión. En la esfera del derecho, el reconocimiento a través de derechos genera autorrespeto, mientras que la privación de derechos genera sentimientos de desigualdad. El documento util
Este documento presenta la tesis doctoral de Tânia Siqueira Montoro titulada "La violencia como noticia: un análisis de los telediarios de mayor audiencia en Brasil". El trabajo analiza el tratamiento informativo de la violencia en los noticiarios Jornal Nacional de la red Globo y Jornal da Record de la red Record entre 1999-2000. La tesis consta de 14 capítulos que abordan el marco teórico, la metodología cuali-cuantitativa empleada y los resultados del estudio sobre la construcción audiovisual
El documento discute la evolución histórica de las concepciones de la discapacidad, desde la exclusión de las personas con discapacidad en la antigüedad hasta su integración en la sociedad en la actualidad. También analiza los principales modelos conceptuales, incluyendo el modelo médico que ve la discapacidad como un problema individual, y el modelo social que la entiende como una construcción social. Más recientemente, modelos como el biopsicosocial y el de los derechos ofrecen nuevas perspectivas para comprender a la persona con discapacidad.
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Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
2. 1 Introdução — Apresentação do texto
Goffman insere-se num grupo de autores da Escola de Chicago, que escrevem par-
tindo de uma perspectiva Interaccionista Simbólica, corrente que se opõe ao Fun-
cionalismo de Parsons (análise do macro-social). O Interaccionismo Simbólico cen-
tra o seu estudo nos contextos face-a-face da vida social, na interacção social pre-
sente na vida quotidiana que envolve a troca de símbolos? Quando interagimos
com outros, procuramos constantemente “pistas” sobre o tipo de comportamento
apropriado ao contexto e sobre como interpretar o que os outros pretendem.
Também Goffman explora os detalhes da identidade individual e social e das rela-
ções em grupo a um nível micro-sociológico observando a interacção social nas ac-
ções de todos os dias e foca a sua atenção na forma como cada um desempenha o
seu papel e gere a impressão que causa nos outros em diferentes contextos.
Após já ter feito uma incursão no estudo da identidade individual e social através
da sua obra, “The Pesentation of Self in Everiday Life”, em 1959, Goffman demos-
tra grande interesse pelos casos desviantes com a obra em questão, “Stigma: No-
tes on the Management of Spoiled Identity”, de 1963 e “Asylums: Essays on the So-
cial Situation of Mental Patinetes and Other Imnates” de 1961.
Estigma: Notas sobre a manipulação da Identidade deteriorada, é uma interessan-
te viagem pela situação de indivíduos incapazes de se confinarem aos padrões nor-
malizados da sociedade. São indivíduos com deformações físicas, psíquicas ou de
carácter, ou com qualquer outra característica que os torne aos olhos dos outros
diferentes e até inferiores e que lutam diária e constantemente para fortalecer e
até construir uma identidade social.
Goffman analisa nesta obra, os sentimentos da pessoa estigmatizada sobre si pró-
pria e a sua relação com os outros ditos “normais”. Explora a variedade de estraté-
gias que os estigmatizados empregam para lidar com a rejeição alheia e a comple-
xidade de tipos de informação sobre si próprios que projectam nos outros, “Este li-
vro, entretanto, ocupa-se especificamente com a questão dos ‘contactos mistos’?
os momentos em que os estigmatizados e os normais estão na mesma ‘situação so-
cial’, ou seja, na presença física imediata um do outro, quer durante uma conversa,
quer na mera presença simultânea numa reunião informal”1
O texto que vou analisar é o segundo capítulo intitulado “Controle de Informação e
Identidade Pessoal” e, trata essencialmente do indivíduo desacreditável e das suas
estratégias de controle de informação que fornece aos outros.
1 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.21-22.
2
3. 2 Escolha do texto — Justificação
Escolhi esta obra devido ao interesse pessoal que nutro pela integração, adaptação
e aceitação na sociedade, de pessoas consideradas detentoras de um estigma. Este
interesse parte do meu conhecimento e relacionamento pessoal com pessoas que
se encaixam nesta categoria seja, por deterem incapacidades físicas, nomeada-
mente um deficiente auditivo, seja por sofrerem de perturbações psicológicas
como é o caso de uma doente maníaco-depressiva.
O facto de ter folheado o livro e lido algumas passagens durante a pesquisa que
efectuei sobre as obras de Goffman, também pesou na minha escolha, pois fiquei
bastante impressionada pela escrita simples, acessível e agradável de Goffman e,
pela grande quantidade de exemplos e relatos apresentados durante todo o livro, o
que torna a leitura mais agradável e menos monótona.
Dentro desta obra, escolhi o segundo capítulo por razões metodológicas. Dada a
análise que me foi solicitada pelo professor, pareceu-me o capítulo mais capaz de
fornecer os elementos necessários à feitura deste trabalho, tanto pelos temas tra-
tados como pela sua extensão (maior do que os outros capítulos). Saliento no en-
tanto que apesar de em certos pontos deste trabalho me dedicar realmente mais a
este capítulo específico, o relaciono sempre com todos os outros capítulos e refiro-
me ao livro completo em diversas etapas do trabalho.
3 Principais interrogações
Na obra, que conforme o nome indica é um conjunto de notas sobre o controle da
informação sobre si próprios que indivíduos estigmatizados fornecem aos normais,
Goffman procura esclarecer a relação do estigma com a questão do desvio.
Salienta no Prefácio do livro o desejo de analisar alguns trabalhos sobre o es-
tigma para apurar as suas contribuições à sociologia; “Neste ensaio desejo
rever alguns trabalhos sobre o estigma, especialmente alguns trabalhos populares,
para ver o que eles podem fornecer à Sociologia”2
. Informa ainda que utilizará um
conjunto específico de conceitos relacionados com a informação social (informação
que o indivíduo transmite directamente sobre si).
Relativamente ao capítulo que pretendo analisar, o que consegui apurar relativa-
mente às interrogações de Goffman, foi que ele se pretende ocupar essencialmente
do indivíduo desacreditável? aquele cuja característica ou defeito distinto que o
torna diferente dos outros ditos normais não é ainda conhecida nem é imediata-
mente perceptível e, da questão da manipulação da informação sobre essa
mesma característica ou defeito; “Exibi-lo ou aceitá-lo; contá-lo ou não contá-lo; re-
velá-lo ou escondê-lo; mentir ou não mentir e, em cada caso, para quem, como,
2 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p. 7
3
4. quando e onde.”3
Conforme salienta mais à frente; “a manipulação da informação
oculta que desacredita o Eu, ou seja, o encobrimento, é o segundo problema ge-
ral que desejo focalizar nestas notas”4
. Neste capítulo Goffman trata também da
questão da Visibilidade do estigma ou seja, pretende apurar “até que ponto o es-
tigma está adaptado para fornecer meios de comunicar que um indivíduo o
possui”5
. No entanto, para isso há que “especificar a capacidade descodificadora
da audiência”6
, o que só poderá ser feito formulando melhor o conceito de
identidade pessoal. Goffman afirma neste ponto a necessidade de tratar um fac-
tor relevante para o seu relatório, que é o grau de conexão informacional, “(...)
dado o número de importantes factos sociais sobre o indivíduo, em que medida
aqueles que conhecem alguns deles conhecem muitos?”7
Relativamente ao enco-
brimento e ao processo de aprendizagem desta estratégia, Goffman pretende ainda
considerar alguns dos problemas e consequências do mesmo. Seguidamente vais
discorrer sobre as diversas técnicas de Controle de Informação dos desacreditá-
veis e sobre o Acobertamento.
Nos capítulos seguintes Goffman procura perceber melhor a diferença entre a
identidade social e a identidade pessoal através da inserção no estudo da Identida-
de do eu ou identidade experimentada.
No capítulo quinto vai procurar relacionar o estudo do estigma com estudos
de casos desviantes e, claro procurar definir Desvio, “(...) pode-se passar a enca-
rar a relação entre o seu estudo e o estudo de assuntos próximos associados ao
termo comportamento desviante”8
.
4 Contexto histórico
É de salientar nesta altura, que Goffman integra em 1958 o Departamento de Soci-
ologia da Universidade da Califórnia, Berkeley a convite de Herbert Blumer e aí se
torna professor de Sociologia nos anos 60. Aliás, Estigma é precisamente um con-
junto de notas sobre comportamentos desviantes que Goffman mantinha para as
suas aulas de Sociologia do Desvio.
Durante a leitura destas notas denota-se alguma simpatia pela situação dos estig-
matizados e talvez algum do seu interesse neste tema advenha do facto de Erving
Goffman ser de origem judaica (minoria étnica estigmatizada, na América dos anos
3 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p. 51
4 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p. 52
5 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p. 58
6 idem
7 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p. 74
8 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p. 151
4
5. 60) , apesar de não se considerar judeu.
Viviam-se na América, tempos conturbados no que respeita à ordem social, gera-
dos pelas tensões criadas pelas associações de defesa dos direitos das inúmeras
minorias étnicas emigrantes estabelecidos na América nessa altura.
Também nesta altura se assiste nos EUA à redescoberta das Teorias de Interacção
e ao consequente retorno ao individualismo a par do fim da hegemonia do funcio-
nalismo. A emergência de uma sociologia crítica liderada por Wright Mills entre
outros vai também influenciar Erving Goffman. Assiste-se nesta altura ao surgi-
mento de inúmeros trabalhos sobre o tema do Estigma, conforme o salienta Goff-
man no prefácio desta obra, “Há mais de uma década vem sendo apresentada uma
quantidade razoável de trabalhos sobre estigma — a situação do indivíduo que está
inabilitado para a aceitação social plena”9
. O seu estudo irá ter em conta dados de
todos estes trabalhos e incidirá sobre o modo como se organiza a experiência no
quotidiano, como se processa a interacção entre dois ou mais indivíduos em situa-
ção de co-presença física e especialmente sobre as formas de preservação da sua
identidade através das técnicas de controle de informação.
Estas notas não possuem muitas referência ao contexto da altura e, entre as pou-
cas que descobri saliento: “Recentemente, surgiram os documentos que informam
sobre o estado de saúde do seu portador, e o seu uso geral é defendido”10
, “(...)
comportamento desviante — uma expressão actualmente em moda que foi, de um
certo modo, evitada aqui até agora, apesar da conveniência do rótulo”11
.
Nas notas de rodapé verifica-se o recurso de Goffman a exemplos retirados de um
leque muito extenso de obras e artigos de variadíssimos autores e fontes, na sua
grande maioria dos anos 50, 60. Goffman também chama a atenção por diversas
vezes a obras anteriores da sua autoria:
● Referente a uma abordagem geral da patologia da interacção e da inquieta-
ção, ver “Alienation from Interaction” Human Relations, X (1957), pp.47-60
● Para uma distinção entre as identidades pessoal e de papel ver “The Pre-
sentation of self in Everiday Life”, op.cit., pp.60.
● Sobre as relações e tipos de reconhecimento ver “Behaviour in Public Pla-
ces” (Nova York, Free Press of Glencoe, 1963), cap.7, pp.112-123
● Sobre os ex-pacientes mentais ver o estudo do autor no St. Elizabeths Hos-
pital Washington D.C., parcialmente incluído em “Asylums” (Nova York,
Doubleday & Co., Anchor Books, 1961)
9 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.7
10 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.70
11 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.151
5
6. 5 Estrutura
Esta obra era inicialmente, como já referi, um conjunto de notas sobre interacção
social e comportamentos desviantes no quotidiano, para as aulas de sociologia em
Berkeley que Goffman leccionava. O estigma, a socialização dos estigmatizados, a
manipulação da informação sobre o seu defeito e as reacções encontradas em situ-
ações de interacção social são descritas e analisadas ao longo de 158 páginas divi-
didas em 5 capítulos. Os primeiros quatro capítulos analisam a forma pela qual
controlamos a circulação de informação que nos poderá desacreditar. O quinto ca-
pítulo foca o desvio em si e desafia o estudo do comportamento desviante como
uma legítima subdivisão da sociologia. Goffman, para continuar a fazer fé ao seu
estilo, não apresenta qualquer capítulo de conclusões nem um anexo metodológi-
co.
Após um pequeno prefácio, Goffman inicia a sua apresentação com uma comovente
história sobre uma rapariga que nasceu sem nariz, retirada do que me parece ser
uma carta a uma conselheira emocional.
No primeiro capítulo é proposta a definição de Estigma, que não é apenas um atri-
buto pessoal mas uma forma de designação social — “Uma estigma é, então, na re-
alidade, um tipo especial de relação entre atributo e conceito, embora eu proponha
a modificação desse conceito, em parte porque há importantes atributos que em
quase toda a nossa sociedade levam ao descrédito”12
e a análise da sua relação
com a identidade social de cada um.
O segundo capítulo que vou descrever com maior pormenor, dado ser o alvo da mi-
nha análise, encontra-se organizado por nove pontos nos quais Goffman se ocupa
do Controle da Informação e Identidade Pessoal. Começa por salientar a diferença
entre o indivíduo desacreditado e o desacreditável, isto é, entre aquele que apre-
senta aos normais uma discrepância visível entre a sua identidade social real e a
sua identidade virtual e entre aquele cujo estigma ou “defeito” não é imediatamen-
te visível nem ainda conhecido pelos outros — é neste caso que se coloca a questão
da manipulação da informação sobre esse mesmo defeito.
E a Informação Social, transmitida pela própria pessoa a quem se refere, através
de símbolos, é precisamente o segundo ponto tratado neste capítulo. Os símbolos
são divididos por Goffman em três tipos: símbolos de prestígio, símbolos de estig-
ma e desidentificadores (símbolos que tendem a quebrar um imagem lançando sé-
rias dúvidas sobre a validade da identidade virtual).
O terceiro ponto trata da Visibilidade do estigma, ou seja, “até que ponto o estigma
está adaptado para fornecer meios de comunicar que um indivíduo o possui”13
. A
exposição de Goffman segue então, no quarto ponto, para a análise específica do
12 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.13
13 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.58
6
7. conceito de Identidade Pessoal, pois “todo o problema da manipulação do estigma
é influenciado pelo facto de conhecermos ou não, pessoalmente o indivíduo estig-
matizado”14
e para a apresentação do que Goffman entende por Biografia do indiví-
duo (quinto ponto).
No ponto seis é tratado o facto dos “normais” conhecerem ou não pessoalmente o
indivíduo estigmatizado, regulando este facto as expectativas que mantêm acerca
do mesmo e as biografias que elaboram para ele.
No ponto seguinte, Goffman ocupa-se do Encobrimento do estigma (factor crucial
na análise destes casos, no seu entender) e dos diversos tipos de “ameaças” à iden-
tidade social virtual que o “desmascarar” do encobrimento pode desencadear.
Avança depois para a análise das diversas Técnicas de Controle de Informação usa-
das pelos indivíduos que pretendem ocultar um “defeito” secreto.
O último ponto do capítulo trata da questão do Acobertamento15
por parte de estig-
matizados com defeitos conhecidos, imediatamente visíveis ou passíveis de serem
detectados facilmente (trata-se aqui de gerir a tensão causada pelas reacções ao
seu estigma).
No terceiro capítulo da obra fala-se do Alinhamento Grupal e Identidade do Eu, en-
quanto que no capítulo seguinte, Goffman estuda o conceito do Eu e o seu Outro,
ou seja, a situação específica do estigmatizado e a sua resposta à situação em que
se encontra.
No último capítulo, intitulado Desvios e Comportamento Desviante, Goffman anali-
sa a relação entre estigmatizados e comportamentos desviantes, sugerindo em
conclusão (que abordarei mais à frente) o estudo dos casos desviantes como um
campo específico da disciplina.
6 Procedimentos de observação
Como já referi e, como é típico em Goffman, esta obra não inclui qualquer anexo
metodológico. Assim, o que mais é sugerido pelas abundantes notas de rodapé,
como procedimento de observação utilizado é o incessante recurso a estudos já
efectuados, sobre o mesmo tema ou assuntos relacionados, por diversos sociólo-
gos, psicólogos, médicos, entre tantos outros, bem como o recurso a depoimentos
pessoais de indivíduos na situação de estigmatizados. Presumo também que a ob-
servação directa tenha tido algum peso nas suas observações. Apesar de não en-
contrar qualquer referência a experiências directas ou pessoais, Goffman passou
um ano numa instituição psiquiátrica em contacto com pacientes mentais, seus fa-
14 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.65
15 Apesar de usar a palavra brasileira parece-me que a palavra correspondente em Português seja
Acobardamento
7
8. miliares e amigos o que decerto lhe possibilitou observar bastantes situações de
interacção social no que concerne casos desviantes.
O método de Goffman no estudo da interacção social do quotidiano não se baseia
na manutenção da ordem social, ao contrário da sociologia tradicional, mas sim na
análise de como essa ordem social se pode desmoronar, as causas e consequências
desse desmoronamento e a forma como os indivíduos reagem a estas situações16
.
Daí o seu interesse por comportamentos desviantes e disso são prova as suas duas
obras, Asylums (1961) e Stigma (1963).
Como também já referi, esta obra é um conjunto de ensaios, baseados em experi-
ências quotidianas de diversos indivíduos em que o autor busca uma Teoria Geral
nunca afirmando no entanto que a tenha descoberto ou encontrado. Trata-se de
uma forma aberta e exploratória de expor ideias em que o autor pode utilizar da-
dos de variadissimas fontes: amigos, jornalistas, cientistas sociais, médicos, depoi-
mentos anónimos, etc...
Depreendo pela forma indiferenciada de referência e tratamento a estes, que Goff-
man professa o mesmo respeito por todos, quer se trate de um médico ou cientista
social de renome, quer se trate de um popular com uma história pessoal. Goffman
refere-se ainda ao uso de conceitos específicos ao que pretende estudar, “Essa ta-
refa me permitirá utilizar um conjunto específico de conceitos”17
.
Para terminar saliento ainda o recurso a exemplos imaginários de situações de in-
teracção social que apoiem o seu raciocínio, como se pode verificar na pág. 74, se-
gundo parágrafo, ou na pág. 103, 13a. linha, entre outros18
.
7 Principais conclusões
As principais conclusões encontradas no capítulo analisado, começam por dizer
respeito à relação do estigma com a identidade pessoal; segundo Goffman o facto
de se conhecer pessoalmente o estigmatizado e de se poder vir a estabelecer com
ele uma rotina diária de normalização da interacção, não reduz necessariamente o
menosprezo. “(...), deve-se continuar a ver que a familiaridade não reduz necessa-
riamente o menosprezo”19
. No entanto, toda a questão da manipulação do estigma
está intimamente relacionada com o facto de se conhecer pessoalmente ou não o
indivíduo estigmatizado.
Relativamente ao ponto sobre a Biografia do estigmatizado, Goffman atenta para o
16 Baseei-me em Simon Williams, Goffman Interaccionism and the Management of Stigma in Everyday
Life
17 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.8
18 Não transcrevo os exemplos por serem de fácil detecção e por uma questão de poupança de espaço
e tempo
19 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.63
8
9. facto de que “em geral, as normas relativas à identidade social (...), referem-se aos
tipos de reportórios de papeis ou perfis que consideramos que qualquer indivíduo
pode sustentar”20
.
Para Goffman a descoberta de um estigma num indivíduo prejudica não só a situa-
ção social corrente mas também as relações já estabelecidas e a imagem que os
outros terão dele no futuro, ou seja, a sua reputação as consequências da desco-
berta de um estigma podem prolongar-se por toda a vida do indivíduo...
Goffman refere ainda que um indivíduo pode ser conhecido por grupos de pessoas
que possuem sobre ele um conjunto de informações diferentes não sendo no entan-
to essas diferenças incompatíveis umas com as outras em situações de contacto si-
multâneo com dois ou mais desses grupos. “Dou por estabelecido, então, que os
contactos aparentemente causais da vida quotidiana podem, ainda assim, consti-
tuir algum tipo de estrutura que prende o indivíduo a uma biografia e, isso a des-
peito da multiplicidade de eus que o papel e a segregação de audiências lhe permi-
tem”21
.
Relativamente ao encobrimento do estigma, Goffman refere que “(...) a extensão
do encobrimento pode variar, de um encobrimento involuntário e momentâneo,
num extremo, ao clássico tipo de encobrimento total, no outro”22
.
Goffman não concorda com a suposição de que o fenómeno do Encobrimento leva
o indivíduo a vive num alto nível de tensão e ansiedade por ter de manter uma ima-
gem falsa que poderá colapsar a qualquer momento, “Acho que o estudo cuidadoso
de pessoas que se encobrem mostraria que nem sempre há esta ansiedade e que
nesse ponto, as nossas concepções tradicionais sobre a natureza humana podem
enganar-nos seriamente”23
. Saliento neste ponto que não concordo com o autor
pois aceito com maior convicção a existência, no indivíduo que encobre um estig-
ma, de uma grande tensão e até terror perante a possibilidade de vir a ser desmas-
carado do que uma existência despreocupada perante a ameaça. Goffman também
não explica nem justifica a sua opinião!
Para concluir, e relativamente à manipulação do estigma, este pode afectar não só
o indivíduo estigmatizado como também familiares e amigos que o ajudem no pro-
cesso de encobrimento perante outros.
A principal conclusão de Goffman no entanto desemboca na sugestão de tratar o
estudo dos casos de comportamento desviante dos indivíduos estigmatizados como
um campo específico da sociologia, categorizando os indivíduos pelo que têm de
comum (o estigma) é possível separá-los de outros campos da disciplina e estudá-
20 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.74
21 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.84
22 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.91
23 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.98
9
10. los pelo que realmente é específico neles24
.
8 Universo teórico
Já referi e expliquei na Introdução como Goffman se insere na corrente do Interac-
cionismo Simbólico. Foi também grandemente influenciado por Herbert Blumer as-
sim como evidentemente, por George Herbert Mead.
Nesta obra, Goffman recorre a variadíssimos autores de numerosas disciplinas di-
ferentes, como a diversos sociólogos, médicos, psicólogos, jornalistas, etc...
No capítulo em questão, Goffman faz alusão a numerosos trabalhos entre os quais
destaco os de: B.Wolfe, G.J.Flemming, A.Hartman, Robert Murphy (trabalho não
publicado, “On social Distance and the Veil”, Harold Garfinkel, Anthony Perkins,
Rolph, Warfield, Chevigny etc...
9 Comentários
No decorrer da leitura desta obra, fica-se com a noção de que o autor nutria uma
certa simpatia por pessoas estigmatizadas e demonstra também a ideia de que to-
dos nós, os ditos normais, de certa forma somos estigmatizados ou, pelo menos,
corremos o risco de nos tornar-mos num deles. Desta forma está também implícita
a noção de que todos nós controlamos de diversas formas a informação que trans-
mitimos aos outros, a imagem que damos de nós próprios.
Erving Goffman através das suas obras chamou a atenção para pequenos pormeno-
res da interacção quotidiana que de outra forma, por se encontrarem tão imbuídos
nas nossas acções de todos os dias, dificilmente daríamos conta da sua extrema
importância nos processos da interacção quotidiana face-a-face. Situações sociais
diversas e os comportamentos-resposta adequados a cada uma delas constituem
um dos níveis mais essenciais da hierarquia da organização social humana25
.
24 Goffman, Erving, Estigma-Notas sobre a Manipulação da Identidade deteriorada, 1980, Brasil, Zahar
Editores, p.158
25 Strong, P.M., The importance of Being Erving: Erving Goffman, 1922-198
10