SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 41
Memória Foto etnográfica de três Relatórios Antropológicos com Comunidades Quilombolas
no sertão do Estado de Pernambuco, Brasil.
Geraldo Barboza de Oliveira Junior
Entrada da comunidade Massapê com casas destruídas. Massapê community entrance with destroyed houses..
• Memória Foto etnográfica de três Relatórios Antropológicos com Comunidades Quilombolas no sertão
do Estado de Pernambuco, Brasil.
• SINOPSE
• Este ensaio objetiva mostrar, resumidamente, aspectos gerais de três comunidades negras rurais (remanescentes de quilombos),
nas quais foram realizados Relatórios Antropológicos para identificação e delimitação territorial. Na construção destes relatórios foi
utilizada, enquanto técnica de pesquisa, a fotografia. “A proposta aqui é do emprego da antropologia visual enquanto um recurso
narrativo autônomo na função de convergir significações e informações a respeito de uma dada situação social”. (Achutti,
1997:13). As comunidades mostradas aqui estão localizadas na região do semiárido do Estado de Pernambuco, Brasil.
• No Brasil, os relatórios antropológicos (também denominados de laudos ou perícias) têm sido demandados por grupos indígenas e
remanescentes quilombolas através de processos administrativos ou judiciais.
• Neste sentido, os conceitos e concepções sobre territórios remanescentes de quilombos devem ser desvinculado da ideia de
quilombo como local de “negros escravos fugidos”. A referência teórica para a construção de uma identidade quilombola na
contemporaneidade está pautada em critérios de autoatribuição, subsidiados pela Convenção 169 da Organização Internacional
do Trabalho (OIT). Os relatórios antropológicos, diferente de uma proposta jurídico-administrativa que objetiva afirmar ou negar a
identidade de um grupo, busca pela compreensão de quais são os elementos e mecanismos, acionados na construção e
assunção de uma identidade como a de “remanescente de quilombos” (Cantarelli,2008).
Assim, o hiato entre o campo jurídico e o campo antropológico fica menor. As contribuições mútuas são o que caracterizam o laudo
em seu fim último: a definição de um território para um grupo baseado na sua identidade construída sobre suas categorias de
apropriação de um espaço de sociabilidade e produção com base em uma identidade étnica. “E neste sentido tudo se amplia: o
diálogo não é apenas com o jurídico, mas abrange a sociedade e várias áreas de conhecimento, discursos, atores e interesses, por vezes
antagônicos. (LEITE, 2000: 67).
Em relação à utilização da fotografia como recurso “auxiliar” na pesquisa, salientamos sua importância além do aspecto, meramente,
ilustrativo, pois é sabido que. Neste trabalho, entendemos a fotografia ou fotoetnografia como elemento necessário à composição do
Relatório Antropológico.
É esta a percepção que norteou estes relatórios e aqui apresentamos uma síntese textual e de imagens que, neste contexto, sirvam
para dar visibilidade a estas comunidades quilombolas. O Estado de Pernambuco congrega mais de 100 comunidades Quilombolas em
todo o estado, de acordo com a Comissão Estadual das Comunidades Quilombolas de Pernambuco. Atualmente, estão certificadas
pela Fundação Cultural Palmares 1228 comunidades em todo país, segundo critério de auto reconhecimento, sendo 83 de
Pernambuco – 2 na região metropolitana, 2 na zona da mata, 33 no agreste e 46 no sertão.
As três comunidades aqui apresentadas estão localizadas no sertão, são Massapê (no município de Carnaubeira da Penha), Buenos
Aires (no município de Mirandiba) e Santana (no município de Salgueiro).
Memory Ethnographic photo of three Anthropological Reports with Quilombola Communities in the interior of Pernambuco State,
Brazil.
SYNOPSIS
This essay aims to show, briefly, general aspects of three rural black communities (remnants of quilombos), in which Anthropological
Reports were made for identification and territorial delimitation. In the construction of these reports, as a research technique,
photography was used. "The proposal here is the use of visual anthropology as an autonomous narrative resource in the function of
converging meanings and information about a given social situation." (Achutti, 1997: 13). The communities shown here are located in the
semiarid region of the state of Pernambuco, Brazil.
In Brazil, anthropological reports (also called reports or expert reports) have been demanded by indigenous groups and quilombola
remnants through administrative or judicial proceedings.
In this sense, the concepts and conceptions about quilombo remnant territories must be detached from the idea of ​​quilombo as the site of
“black runaway slaves”. The theoretical reference for the construction of a quilombola identity in contemporary times is based on self-
attribution criteria, supported by Convention 169 of the International Labor Organization (ILO). The anthropological reports, unlike a legal-
administrative proposal that aims to affirm or deny the identity of a group, seeks to understand what are the elements and mechanisms,
triggered in the construction and assumption of an identity such as the “remnant of quilombos” ( Cantarelli, 2008).
Thus, the gap between the legal field and the anthropological field gets smaller. Mutual contributions are what characterize the report in
its ultimate end: the definition of a territory for a group based on its identity built on its categories of appropriation of a space of sociability
and production based on an ethnic identity. “And in this sense everything expands: the dialogue is not only with the legal, but
encompasses society and various areas of knowledge, discourses, actors and sometimes antagonistic interests. (MILK, 2000: 67).
Regarding the use of photography as an “auxiliary” resource in research, we emphasize its importance beyond the merely illustrative
aspect, as it is known that. In this paper, we understand photography or photoetnography as a necessary element for the composition of
the Anthropological Report.This is the perception that guided these reports and here we present a textual and image synthesis that, in this
context, serves to give visibility to these quilombola communities. The State of Pernambuco brings together more than 100 Quilombola
communities across the state, according to the Pernambuco Quilombola Communities State Commission. Currently, 1228 communities are
certified by the Palmares Cultural Foundation across the country, according to self-recognition criteria, 83 from Pernambuco - 2 in the
metropolitan region, 2 in the forest zone, 33 in the wild and 46 in the backlands.The three communities presented here are located in the
backlands, Massapê (in the municipality of Carnaubeira da Penha), Buenos Aires (in the municipality of Mirandiba) and Santana (in the
municipality of Salgueiro).
Foto etnográfica de memoria de tres informes antropológicos con comunidades quilombolas en el interior del estado de Pernambuco,
Brasil.
SINOPSISEste ensayo tiene como objetivo mostrar, brevemente, aspectos generales de tres comunidades negras rurales (restos de
quilombos), en las cuales se hicieron informes antropológicos para identificación y delimitación territorial. En la construcción de estos
informes, como técnica de investigación, se utilizó la fotografía. "La propuesta aquí es el uso de la antropología visual como un recurso
narrativo autónomo en función de significados convergentes e información sobre una situación social dada". (Achutti, 1997: 13). Las
comunidades que se muestran aquí están ubicadas en la región semiárida del estado de Pernambuco, Brasil.En Brasil, los grupos indígenas
y los restos de quilombola han exigido informes antropológicos (también llamados informes o informes de expertos) a través de
procedimientos administrativos o judiciales.En este sentido, los conceptos y concepciones sobre los territorios remanentes de quilombo
deben separarse de la idea de quilombo como el sitio de "esclavos fugitivos negros". La referencia teórica para la construcción de una
identidad quilombola en los tiempos contemporáneos se basa en criterios de autoatribución, respaldados por el Convenio 169 de la
Organización Internacional del Trabajo (OIT). Los informes antropológicos, a diferencia de una propuesta legal-administrativa que apunta a
afirmar o negar la identidad de un grupo, busca comprender cuáles son los elementos y mecanismos, desencadenados en la construcción y
asunción de una identidad como el "remanente de quilombos" ( Cantarelli, 2008).
Por lo tanto, la brecha entre el campo legal y el campo antropológico se reduce. Las contribuciones mutuas son las que caracterizan el
informe en su extremo final: la definición de un territorio para un grupo basada en su identidad basada en sus categorías de apropiación de
un espacio de sociabilidad y producción basado en una identidad étnica. “Y en este sentido, todo se expande: el diálogo no solo es legal,
sino que abarca la sociedad y diversas áreas del conocimiento, discursos, actores y, a veces, intereses antagónicos. (LECHE, 2000: 67).Con
respecto al uso de la fotografía como un recurso "auxiliar" en la investigación, enfatizamos su importancia más allá del aspecto meramente
ilustrativo, como se sabe. En este artículo, entendemos la fotografía o la fotoenografía como un elemento necesario para la composición del
Informe Antropológico.Esta es la percepción que guió estos informes y aquí presentamos una síntesis de texto e imagen que, en este
contexto, sirve para dar visibilidad a estas comunidades de quilombolas. El Estado de Pernambuco reúne a más de 100 comunidades
quilombolas en todo el estado, según la Comisión Estatal de Comunidades Quilombola de Pernambuco. Actualmente hay 1228
comunidades certificadas por la Fundación Cultural Palmares en todo el país, de acuerdo con criterios de auto reconocimiento, 83 de
Pernambuco: 2 en la región metropolitana, 2 en la zona forestal, 33 en la naturaleza y 46 en el interior.Las tres comunidades presentadas
aquí están ubicadas en el interior, Massapê (en el municipio de Carnaubeira da Penha), Buenos Aires (en el municipio de Mirandiba) y
Santana (en el municipio de Salgueiro).
As fotos aqui mostradas têm dupla função: expor aspectos visuais do trabalho de campo e, principalmente, servir de referência para o
empoderamento destas comunidades sobre sua História.
Durante todo o tempo do trabalho de campo havia a preocupação com um retorno social da pesquisa e dos Relatórios Antropológicos elaborados.
Inicialmente, houve um retorno às comunidades para apresentação destes. Mas, sempre manifestei uma preocupação com uma forma de
proporcionar maior visibilidade aos trabalhos realizados e, ao mesmo tempo fornecer um material de fácil leitura por todos.
Este artigo busca suprir esta demanda de caráter ético, do profissional da Antropologia e, também, de caráter moral, do homem que conheceu e fez
amigos entre as comunidades pesquisadas.
A todos o meu muito obrigado!
Palavras-Chave: Antropologia, Fotografia, Comunidades Quilombolas.
Keywords: Anthropology, Photography, Quilombola Communities.
Palabras clave: antropología, fotografía, comunidades quilombolas.
MASSAPÊ
A comunidade de Massapê está localizada entre o riacho Grande, a Serra do Arapuá, a Terra dos indígenas Pankará e as
Terras de Manoel Neto. A área que abriga as casas e as vilas tem cerca de 236 hectares. Entretanto, a comunidade possui
ainda terras que estão situadas na área anterior ao Riacho Grande até o topo da Serra do Arapuá.
A chegada na comunidade é um choque e evoca uma lembrança de cidade fantasma, uma sensação de abandono e
desolação no cenário de uma vila inteira de casas destruídas, uma escola em péssimo estado, paredes com pintura em atraso,
esquadrias caindo, teto precisando de reparos, a presença de “barbeiros” (inseto vetor do Tripanossoma Crusy), um cemitério
abandonado, uma igreja parecendo não ser um local de cerimônias. No entendimento dos moradores, a história de Massapê
teima em se firmar a partir da tragédia que culminou com uma diáspora dos moradores locais para Floresta e o não
estabelecimento sequer de um processo jurídico sobre as mortes dos moradores locais. Reconstruir a História de Massapê
passa, inevitavelmente, pela persistência da memória de seus moradores em trazer à tona um assunto não resolvido. Ninguém
foi penalizado judicialmente. Tudo ficou apenas na memória.
Cruzeiro poupado na entrada da comunidade Massapê. Cruise saved at the entrance of the massapê community.
Estátua de Padre Cícero poupada na entrada da Comunidade Massapê. Statue of Priest Cícero spared at the entrance of the Massapê
community.
Detalhe de Casa e comércio destruídos. Detail of house and commerce destroyed.
Casa de morador longe da destruição. Resident’s home away from destruiction.
Jovem quilombooa em seu quintal. Young quilombola in your backyard.
Paisagem típica de casa e área de plantio. Typical landscape of house and planting area.
Seu Joel e Dona Maria.
Crianças em frente da escola da comunidade. Children in front of the community school.
Escola da Comunidade Massapê. Massapê Community School.
Capela da comunidade Massapê. Massapê Community Chapel.
BUENOS AIRES
O território quilombola de Buenos Aires, em Custódia-PE, distante da sede do município 14 quilômetros é constituído por 08 sítios
interligados. A saber, são elas: Catolé, Berruga ou Verruga, Saco, Queimada Nova, Lamarão, Caldeirão, Santana e Boa Viagem onde
habitam aproximadamente 255 famílias. Os limites atuais do território incluem as terras circundadas pelas comunidades de Cachoeira da
Onça, Barra de São Jorge, São José e pela Serra do Urubu.
A comunidade de remanescentes de quilombos de Buenos Aires está localizada a uma distância de 14 quilômetros da sede do município de
Custódia. Lá habitam cerca de 250 famílias. O que mais caracteriza a comunidade é a heterogeneidade étnico-racial: convivem brancos,
negros e mestiços. O discurso dos moradores é que todos se misturaram ao longo de uma convivência que conta mais de seis gerações.
As fotos a seguir mostram pessoas e aspectos relacionados ao seu cotidiano de trabalho.
Dona Conceição, parteira de Buenos Aires. Dona Conceição, midwife from Buenos Aires and married.
Zé Paulino, ancestralidade e memória histórica. Zé Paulino, ancestry and historical memory.
Casa de farinha abandonada. Abandoned Farina House.
Carro-de-boi fabricado na própria comunidade. Bullock made in the community itself.
Dona Maria estudando depois dos 70 anos. Dona Maria studing after 70 years.
Jovem estudante e liderança quilombola. Young student and quilombola leadership.
Mulher quilombola responsável pela agricultura na comunidade. Quilombola woman, responsible for agriculture in the community
Santana
O território quilombola de Santana, em Salgueiro-PE, distante da sede do município 22 quilômetros é constituído por 05 sítios interligados.
A saber, são eles: Santana, Jurema, Olaria, Recanto e Livramento. No território habitam aproximadamente 66 famílias. Os limites atuais do
território incluem as terras localizadas entre Umãs, Sítios Novos, Boqueirão, Pau Ferro e Várzea do Ramo.
A comunidade apresenta um nível de vida elevado se atentarmos às condições das moradias, a produtividade das roças, o nível de
escolaridade que não é baixo, e, o meio ambiente que se mantém preservado. Por outro lado, o que aparece também, é a presença de muito
lixo doméstico e animais criados soltos.
A economia do território de Santana está sustentada, em grande parte, nas atividades agropecuárias. Em termos específicos, planta-se feijão,
milho, cebola, em maior parte, em áreas de baixios, e, criam-se caprinos e suínos em campo aberto. O plantio ocorre nas roças familiares.
Estas, em geral, estão localizadas em áreas de terra fértil e de proximidade com água.
A memória local é a memória dos mais velhos. Esses contam insistentemente sobre fronteiras, antepassados e, principalmente, de como se
vivia antigamente.
Dona Vilanir: memória ancestral – Dona Vilanir: ancestral memory
Sr. Fernando Moisés (Bida). Esposo de Dona Vilanir. Dona Vilanir husband
Prateleira externa para panelas de barro. Outdoor clay pot shelf.
Artesão com suas vassouras. Craftswoman with her brooms.
Bebedouro para animais. Bed for animals.
Irmãs quilomboolas. Uma delas albina. Quilombola sisters. One of them albino.
Se. José João e Dona Rosa Maria. Referências de
ancestralidade. Ancestry references.
Fogão de lenha com panelas de barro. Wood stove with clay pots.
Cozinha tradicional. Traditional cuisine.
Mulheres e homens na agricultura. Women and men in agriculture.
Mulher, quilombola e agricultora. Woman, quilombola and farmer.
Família, casa e animais. Family, home and animals.
Ficha Técnica
AUTOR: Geraldo Barboza de Oliveira Junior, Antropólogo, Diretor Técnico na Antropos Consultoria Socioambiental e Integrante do
IDEA-RN, Instituto de Desenvolvimento, Planejamento e Educação Ambiental do Rio Grande do Norte.
Fotografia: Geraldo Barboza de Oliveira Junior
Direção: Geraldo Barboza de Oliveira Junior
AUTHOR: Geraldo Barboza de Oliveira Junior, Anthropologist, Technical Director at Antropos Socio-Environmental Consulting and
Member of IDEA-RN, Institute of Development, Planning and Environmental Education of Rio Grande do Norte.
Photograph: Geraldo Barboza de Oliveira Junior
Direction: Geraldo Barboza de Oliveira Junior
Agradecimentos: As famílias das comunidades quilombolas de Massapê, Buenos Aires e Santana.
Acknowledgments: The families of the quilombola communities of Massapê, Buenos Aires and Santana.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Memória Foto etnográfica de três Relatórios Antropológicos com Comunidades Quilombolas no sertão do Estado de Pernambuco, Brasil.

Albuquerque 2408 enredos da tradição a invenção
Albuquerque 2408 enredos da tradição a invençãoAlbuquerque 2408 enredos da tradição a invenção
Albuquerque 2408 enredos da tradição a invençãoDany Pereira
 
História & Diálogos: uma perspectiva interdisciplinar
História & Diálogos: uma perspectiva interdisciplinarHistória & Diálogos: uma perspectiva interdisciplinar
História & Diálogos: uma perspectiva interdisciplinarMoab Cesar Costa
 
Desenhando na Amazônia: Mediações educativo-culturais entre imagem e imaginário
Desenhando na Amazônia: Mediações educativo-culturais entre imagem e imaginárioDesenhando na Amazônia: Mediações educativo-culturais entre imagem e imaginário
Desenhando na Amazônia: Mediações educativo-culturais entre imagem e imagináriocmarinho1
 
Cinema Itinerante Definitivo
Cinema Itinerante DefinitivoCinema Itinerante Definitivo
Cinema Itinerante DefinitivoMonografia
 
Opará Revista vol 2 - Apresentação
Opará Revista vol 2 - ApresentaçãoOpará Revista vol 2 - Apresentação
Opará Revista vol 2 - ApresentaçãoDorisvan Lira
 
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasil
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasilAntropologia da religião 5 - antropologia no brasil
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasilSalomao Lucio Dos Santos
 
O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...
O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...
O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...richard_romancini
 
Introdução reflexões sobre história
Introdução reflexões sobre históriaIntrodução reflexões sobre história
Introdução reflexões sobre históriamkobelinski
 
Antologia_Boaventura_PT1.pdf
Antologia_Boaventura_PT1.pdfAntologia_Boaventura_PT1.pdf
Antologia_Boaventura_PT1.pdfRafaellaFlix
 
Elementos para a conformação da identidade feminina
Elementos para a conformação da identidade femininaElementos para a conformação da identidade feminina
Elementos para a conformação da identidade femininaCassia Barbosa
 
SI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclóricaritabonadio
 
Si sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSi sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaritabonadio
 
AGRINORDESTE 2011 | Convite: Palestra sobre 'Turismo de Experiência'
AGRINORDESTE 2011 | Convite: Palestra sobre 'Turismo de Experiência'AGRINORDESTE 2011 | Convite: Palestra sobre 'Turismo de Experiência'
AGRINORDESTE 2011 | Convite: Palestra sobre 'Turismo de Experiência'Aristides Faria
 
Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, míd...
Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, míd...Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, míd...
Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, míd...Renata de Sousa
 
Cultura contemporanea identidades_e_sociabilidades
Cultura contemporanea identidades_e_sociabilidadesCultura contemporanea identidades_e_sociabilidades
Cultura contemporanea identidades_e_sociabilidadesMARISE VON FRUHAUF HUBLARD
 
Ilustração em obras de autores indígenas
Ilustração em obras de autores indígenasIlustração em obras de autores indígenas
Ilustração em obras de autores indígenasInstituto Uka
 

Semelhante a Memória Foto etnográfica de três Relatórios Antropológicos com Comunidades Quilombolas no sertão do Estado de Pernambuco, Brasil. (20)

Albuquerque 2408 enredos da tradição a invenção
Albuquerque 2408 enredos da tradição a invençãoAlbuquerque 2408 enredos da tradição a invenção
Albuquerque 2408 enredos da tradição a invenção
 
História & Diálogos: uma perspectiva interdisciplinar
História & Diálogos: uma perspectiva interdisciplinarHistória & Diálogos: uma perspectiva interdisciplinar
História & Diálogos: uma perspectiva interdisciplinar
 
Desenhando na Amazônia: Mediações educativo-culturais entre imagem e imaginário
Desenhando na Amazônia: Mediações educativo-culturais entre imagem e imaginárioDesenhando na Amazônia: Mediações educativo-culturais entre imagem e imaginário
Desenhando na Amazônia: Mediações educativo-culturais entre imagem e imaginário
 
Cinema Itinerante Definitivo
Cinema Itinerante DefinitivoCinema Itinerante Definitivo
Cinema Itinerante Definitivo
 
Antropologia e cultura
Antropologia e culturaAntropologia e cultura
Antropologia e cultura
 
Opará Revista vol 2 - Apresentação
Opará Revista vol 2 - ApresentaçãoOpará Revista vol 2 - Apresentação
Opará Revista vol 2 - Apresentação
 
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasil
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasilAntropologia da religião 5 - antropologia no brasil
Antropologia da religião 5 - antropologia no brasil
 
O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...
O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...
O Instituto Nacional de Cinema Educativo: o cinema como meio de comunicação e...
 
Introdução reflexões sobre história
Introdução reflexões sobre históriaIntrodução reflexões sobre história
Introdução reflexões sobre história
 
4 antropologia missionária
4 antropologia missionária4 antropologia missionária
4 antropologia missionária
 
Antologia_Boaventura_PT1.pdf
Antologia_Boaventura_PT1.pdfAntologia_Boaventura_PT1.pdf
Antologia_Boaventura_PT1.pdf
 
Elementos para a conformação da identidade feminina
Elementos para a conformação da identidade femininaElementos para a conformação da identidade feminina
Elementos para a conformação da identidade feminina
 
Geografia cultural
Geografia culturalGeografia cultural
Geografia cultural
 
SI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
 
Si sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSi sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclórica
 
AGRINORDESTE 2011 | Convite: Palestra sobre 'Turismo de Experiência'
AGRINORDESTE 2011 | Convite: Palestra sobre 'Turismo de Experiência'AGRINORDESTE 2011 | Convite: Palestra sobre 'Turismo de Experiência'
AGRINORDESTE 2011 | Convite: Palestra sobre 'Turismo de Experiência'
 
Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, míd...
Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, míd...Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, míd...
Cultura contemporânea, identidades e sociabilidades: olhares sobre corpo, míd...
 
Cultura contemporanea identidades_e_sociabilidades
Cultura contemporanea identidades_e_sociabilidadesCultura contemporanea identidades_e_sociabilidades
Cultura contemporanea identidades_e_sociabilidades
 
Lista enem
Lista enemLista enem
Lista enem
 
Ilustração em obras de autores indígenas
Ilustração em obras de autores indígenasIlustração em obras de autores indígenas
Ilustração em obras de autores indígenas
 

Mais de AntHropológicas Visual PPGA-UFPE

Saúdam a Virgem de Nazaré. Faixas e as representações populares de Maria nos ...
Saúdam a Virgem de Nazaré. Faixas e as representações populares de Maria nos ...Saúdam a Virgem de Nazaré. Faixas e as representações populares de Maria nos ...
Saúdam a Virgem de Nazaré. Faixas e as representações populares de Maria nos ...AntHropológicas Visual PPGA-UFPE
 
REDES E MARES: O território marítimo dos pescadores artesanais de Aquiraz – ...
REDES E MARES: O território marítimo dos pescadores artesanais de Aquiraz –  ...REDES E MARES: O território marítimo dos pescadores artesanais de Aquiraz –  ...
REDES E MARES: O território marítimo dos pescadores artesanais de Aquiraz – ...AntHropológicas Visual PPGA-UFPE
 
Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”
Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”
Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”AntHropológicas Visual PPGA-UFPE
 
Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia.
Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia.Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia.
Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia.AntHropológicas Visual PPGA-UFPE
 
hibiscos e humanos na Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro
hibiscos e humanos na Horta Comunitária da Lomba do Pinheirohibiscos e humanos na Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro
hibiscos e humanos na Horta Comunitária da Lomba do PinheiroAntHropológicas Visual PPGA-UFPE
 
Vacas, bezerros, cordas e criadores: como pensar a técnica de tirar leite pel...
Vacas, bezerros, cordas e criadores: como pensar a técnica de tirar leite pel...Vacas, bezerros, cordas e criadores: como pensar a técnica de tirar leite pel...
Vacas, bezerros, cordas e criadores: como pensar a técnica de tirar leite pel...AntHropológicas Visual PPGA-UFPE
 
REGISTROS E MOVIMENTOS NO PERCURSO DE UM PROCESSO DE HETEROIDENTIFICAÇÃO
REGISTROS E MOVIMENTOS NO PERCURSO DE UM PROCESSO DE HETEROIDENTIFICAÇÃOREGISTROS E MOVIMENTOS NO PERCURSO DE UM PROCESSO DE HETEROIDENTIFICAÇÃO
REGISTROS E MOVIMENTOS NO PERCURSO DE UM PROCESSO DE HETEROIDENTIFICAÇÃOAntHropológicas Visual PPGA-UFPE
 

Mais de AntHropológicas Visual PPGA-UFPE (20)

Saúdam a Virgem de Nazaré. Faixas e as representações populares de Maria nos ...
Saúdam a Virgem de Nazaré. Faixas e as representações populares de Maria nos ...Saúdam a Virgem de Nazaré. Faixas e as representações populares de Maria nos ...
Saúdam a Virgem de Nazaré. Faixas e as representações populares de Maria nos ...
 
REDES E MARES: O território marítimo dos pescadores artesanais de Aquiraz – ...
REDES E MARES: O território marítimo dos pescadores artesanais de Aquiraz –  ...REDES E MARES: O território marítimo dos pescadores artesanais de Aquiraz –  ...
REDES E MARES: O território marítimo dos pescadores artesanais de Aquiraz – ...
 
A colheita do Amendoim no Recôncavo
A colheita do Amendoim no RecôncavoA colheita do Amendoim no Recôncavo
A colheita do Amendoim no Recôncavo
 
Paissagem das Águas
Paissagem das ÁguasPaissagem das Águas
Paissagem das Águas
 
Fotografar para reconhecer
Fotografar para reconhecerFotografar para reconhecer
Fotografar para reconhecer
 
The Otjikoto Lake and its different narratives
The Otjikoto Lake and its different narrativesThe Otjikoto Lake and its different narratives
The Otjikoto Lake and its different narratives
 
Quilombo da Liberdade
Quilombo da LiberdadeQuilombo da Liberdade
Quilombo da Liberdade
 
A casa
A casaA casa
A casa
 
O vinho à sombra do vulcão
O vinho à sombra do vulcãoO vinho à sombra do vulcão
O vinho à sombra do vulcão
 
Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”
Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”
Performance das cafurnas Fulni-ô na “Reserva Canto dos Guerreiros”
 
Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia.
Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia.Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia.
Memória fotográfica do Território Quilombola Fazenda Nova Jatobá, Curaçá, Bahia.
 
A caminho de Yauyos
A caminho de Yauyos A caminho de Yauyos
A caminho de Yauyos
 
hibiscos e humanos na Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro
hibiscos e humanos na Horta Comunitária da Lomba do Pinheirohibiscos e humanos na Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro
hibiscos e humanos na Horta Comunitária da Lomba do Pinheiro
 
Vacas, bezerros, cordas e criadores: como pensar a técnica de tirar leite pel...
Vacas, bezerros, cordas e criadores: como pensar a técnica de tirar leite pel...Vacas, bezerros, cordas e criadores: como pensar a técnica de tirar leite pel...
Vacas, bezerros, cordas e criadores: como pensar a técnica de tirar leite pel...
 
REGISTROS E MOVIMENTOS NO PERCURSO DE UM PROCESSO DE HETEROIDENTIFICAÇÃO
REGISTROS E MOVIMENTOS NO PERCURSO DE UM PROCESSO DE HETEROIDENTIFICAÇÃOREGISTROS E MOVIMENTOS NO PERCURSO DE UM PROCESSO DE HETEROIDENTIFICAÇÃO
REGISTROS E MOVIMENTOS NO PERCURSO DE UM PROCESSO DE HETEROIDENTIFICAÇÃO
 
IR e Vir de uma Comunidade Quilombola em Meio a Pandemia
IR e Vir de uma Comunidade Quilombola em Meio a Pandemia IR e Vir de uma Comunidade Quilombola em Meio a Pandemia
IR e Vir de uma Comunidade Quilombola em Meio a Pandemia
 
A vida de uma louceira Kariri-Xocó
A vida de uma louceira Kariri-XocóA vida de uma louceira Kariri-Xocó
A vida de uma louceira Kariri-Xocó
 
A presença visual da Pandemia em Aeroportos
A presença visual da Pandemia em Aeroportos A presença visual da Pandemia em Aeroportos
A presença visual da Pandemia em Aeroportos
 
O Povo do Carvão
O Povo do CarvãoO Povo do Carvão
O Povo do Carvão
 
obrigações de Axé
obrigações de Axé obrigações de Axé
obrigações de Axé
 

Último

RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1Michycau1
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 

Último (20)

RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
tabela desenhos projetivos REVISADA.pdf1
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 

Memória Foto etnográfica de três Relatórios Antropológicos com Comunidades Quilombolas no sertão do Estado de Pernambuco, Brasil.

  • 1. Memória Foto etnográfica de três Relatórios Antropológicos com Comunidades Quilombolas no sertão do Estado de Pernambuco, Brasil. Geraldo Barboza de Oliveira Junior Entrada da comunidade Massapê com casas destruídas. Massapê community entrance with destroyed houses..
  • 2. • Memória Foto etnográfica de três Relatórios Antropológicos com Comunidades Quilombolas no sertão do Estado de Pernambuco, Brasil. • SINOPSE • Este ensaio objetiva mostrar, resumidamente, aspectos gerais de três comunidades negras rurais (remanescentes de quilombos), nas quais foram realizados Relatórios Antropológicos para identificação e delimitação territorial. Na construção destes relatórios foi utilizada, enquanto técnica de pesquisa, a fotografia. “A proposta aqui é do emprego da antropologia visual enquanto um recurso narrativo autônomo na função de convergir significações e informações a respeito de uma dada situação social”. (Achutti, 1997:13). As comunidades mostradas aqui estão localizadas na região do semiárido do Estado de Pernambuco, Brasil. • No Brasil, os relatórios antropológicos (também denominados de laudos ou perícias) têm sido demandados por grupos indígenas e remanescentes quilombolas através de processos administrativos ou judiciais. • Neste sentido, os conceitos e concepções sobre territórios remanescentes de quilombos devem ser desvinculado da ideia de quilombo como local de “negros escravos fugidos”. A referência teórica para a construção de uma identidade quilombola na contemporaneidade está pautada em critérios de autoatribuição, subsidiados pela Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os relatórios antropológicos, diferente de uma proposta jurídico-administrativa que objetiva afirmar ou negar a identidade de um grupo, busca pela compreensão de quais são os elementos e mecanismos, acionados na construção e assunção de uma identidade como a de “remanescente de quilombos” (Cantarelli,2008).
  • 3. Assim, o hiato entre o campo jurídico e o campo antropológico fica menor. As contribuições mútuas são o que caracterizam o laudo em seu fim último: a definição de um território para um grupo baseado na sua identidade construída sobre suas categorias de apropriação de um espaço de sociabilidade e produção com base em uma identidade étnica. “E neste sentido tudo se amplia: o diálogo não é apenas com o jurídico, mas abrange a sociedade e várias áreas de conhecimento, discursos, atores e interesses, por vezes antagônicos. (LEITE, 2000: 67). Em relação à utilização da fotografia como recurso “auxiliar” na pesquisa, salientamos sua importância além do aspecto, meramente, ilustrativo, pois é sabido que. Neste trabalho, entendemos a fotografia ou fotoetnografia como elemento necessário à composição do Relatório Antropológico. É esta a percepção que norteou estes relatórios e aqui apresentamos uma síntese textual e de imagens que, neste contexto, sirvam para dar visibilidade a estas comunidades quilombolas. O Estado de Pernambuco congrega mais de 100 comunidades Quilombolas em todo o estado, de acordo com a Comissão Estadual das Comunidades Quilombolas de Pernambuco. Atualmente, estão certificadas pela Fundação Cultural Palmares 1228 comunidades em todo país, segundo critério de auto reconhecimento, sendo 83 de Pernambuco – 2 na região metropolitana, 2 na zona da mata, 33 no agreste e 46 no sertão. As três comunidades aqui apresentadas estão localizadas no sertão, são Massapê (no município de Carnaubeira da Penha), Buenos Aires (no município de Mirandiba) e Santana (no município de Salgueiro).
  • 4. Memory Ethnographic photo of three Anthropological Reports with Quilombola Communities in the interior of Pernambuco State, Brazil. SYNOPSIS This essay aims to show, briefly, general aspects of three rural black communities (remnants of quilombos), in which Anthropological Reports were made for identification and territorial delimitation. In the construction of these reports, as a research technique, photography was used. "The proposal here is the use of visual anthropology as an autonomous narrative resource in the function of converging meanings and information about a given social situation." (Achutti, 1997: 13). The communities shown here are located in the semiarid region of the state of Pernambuco, Brazil. In Brazil, anthropological reports (also called reports or expert reports) have been demanded by indigenous groups and quilombola remnants through administrative or judicial proceedings. In this sense, the concepts and conceptions about quilombo remnant territories must be detached from the idea of ​​quilombo as the site of “black runaway slaves”. The theoretical reference for the construction of a quilombola identity in contemporary times is based on self- attribution criteria, supported by Convention 169 of the International Labor Organization (ILO). The anthropological reports, unlike a legal- administrative proposal that aims to affirm or deny the identity of a group, seeks to understand what are the elements and mechanisms, triggered in the construction and assumption of an identity such as the “remnant of quilombos” ( Cantarelli, 2008).
  • 5. Thus, the gap between the legal field and the anthropological field gets smaller. Mutual contributions are what characterize the report in its ultimate end: the definition of a territory for a group based on its identity built on its categories of appropriation of a space of sociability and production based on an ethnic identity. “And in this sense everything expands: the dialogue is not only with the legal, but encompasses society and various areas of knowledge, discourses, actors and sometimes antagonistic interests. (MILK, 2000: 67). Regarding the use of photography as an “auxiliary” resource in research, we emphasize its importance beyond the merely illustrative aspect, as it is known that. In this paper, we understand photography or photoetnography as a necessary element for the composition of the Anthropological Report.This is the perception that guided these reports and here we present a textual and image synthesis that, in this context, serves to give visibility to these quilombola communities. The State of Pernambuco brings together more than 100 Quilombola communities across the state, according to the Pernambuco Quilombola Communities State Commission. Currently, 1228 communities are certified by the Palmares Cultural Foundation across the country, according to self-recognition criteria, 83 from Pernambuco - 2 in the metropolitan region, 2 in the forest zone, 33 in the wild and 46 in the backlands.The three communities presented here are located in the backlands, Massapê (in the municipality of Carnaubeira da Penha), Buenos Aires (in the municipality of Mirandiba) and Santana (in the municipality of Salgueiro).
  • 6. Foto etnográfica de memoria de tres informes antropológicos con comunidades quilombolas en el interior del estado de Pernambuco, Brasil. SINOPSISEste ensayo tiene como objetivo mostrar, brevemente, aspectos generales de tres comunidades negras rurales (restos de quilombos), en las cuales se hicieron informes antropológicos para identificación y delimitación territorial. En la construcción de estos informes, como técnica de investigación, se utilizó la fotografía. "La propuesta aquí es el uso de la antropología visual como un recurso narrativo autónomo en función de significados convergentes e información sobre una situación social dada". (Achutti, 1997: 13). Las comunidades que se muestran aquí están ubicadas en la región semiárida del estado de Pernambuco, Brasil.En Brasil, los grupos indígenas y los restos de quilombola han exigido informes antropológicos (también llamados informes o informes de expertos) a través de procedimientos administrativos o judiciales.En este sentido, los conceptos y concepciones sobre los territorios remanentes de quilombo deben separarse de la idea de quilombo como el sitio de "esclavos fugitivos negros". La referencia teórica para la construcción de una identidad quilombola en los tiempos contemporáneos se basa en criterios de autoatribución, respaldados por el Convenio 169 de la Organización Internacional del Trabajo (OIT). Los informes antropológicos, a diferencia de una propuesta legal-administrativa que apunta a afirmar o negar la identidad de un grupo, busca comprender cuáles son los elementos y mecanismos, desencadenados en la construcción y asunción de una identidad como el "remanente de quilombos" ( Cantarelli, 2008).
  • 7. Por lo tanto, la brecha entre el campo legal y el campo antropológico se reduce. Las contribuciones mutuas son las que caracterizan el informe en su extremo final: la definición de un territorio para un grupo basada en su identidad basada en sus categorías de apropiación de un espacio de sociabilidad y producción basado en una identidad étnica. “Y en este sentido, todo se expande: el diálogo no solo es legal, sino que abarca la sociedad y diversas áreas del conocimiento, discursos, actores y, a veces, intereses antagónicos. (LECHE, 2000: 67).Con respecto al uso de la fotografía como un recurso "auxiliar" en la investigación, enfatizamos su importancia más allá del aspecto meramente ilustrativo, como se sabe. En este artículo, entendemos la fotografía o la fotoenografía como un elemento necesario para la composición del Informe Antropológico.Esta es la percepción que guió estos informes y aquí presentamos una síntesis de texto e imagen que, en este contexto, sirve para dar visibilidad a estas comunidades de quilombolas. El Estado de Pernambuco reúne a más de 100 comunidades quilombolas en todo el estado, según la Comisión Estatal de Comunidades Quilombola de Pernambuco. Actualmente hay 1228 comunidades certificadas por la Fundación Cultural Palmares en todo el país, de acuerdo con criterios de auto reconocimiento, 83 de Pernambuco: 2 en la región metropolitana, 2 en la zona forestal, 33 en la naturaleza y 46 en el interior.Las tres comunidades presentadas aquí están ubicadas en el interior, Massapê (en el municipio de Carnaubeira da Penha), Buenos Aires (en el municipio de Mirandiba) y Santana (en el municipio de Salgueiro).
  • 8. As fotos aqui mostradas têm dupla função: expor aspectos visuais do trabalho de campo e, principalmente, servir de referência para o empoderamento destas comunidades sobre sua História. Durante todo o tempo do trabalho de campo havia a preocupação com um retorno social da pesquisa e dos Relatórios Antropológicos elaborados. Inicialmente, houve um retorno às comunidades para apresentação destes. Mas, sempre manifestei uma preocupação com uma forma de proporcionar maior visibilidade aos trabalhos realizados e, ao mesmo tempo fornecer um material de fácil leitura por todos. Este artigo busca suprir esta demanda de caráter ético, do profissional da Antropologia e, também, de caráter moral, do homem que conheceu e fez amigos entre as comunidades pesquisadas. A todos o meu muito obrigado! Palavras-Chave: Antropologia, Fotografia, Comunidades Quilombolas. Keywords: Anthropology, Photography, Quilombola Communities. Palabras clave: antropología, fotografía, comunidades quilombolas.
  • 9. MASSAPÊ A comunidade de Massapê está localizada entre o riacho Grande, a Serra do Arapuá, a Terra dos indígenas Pankará e as Terras de Manoel Neto. A área que abriga as casas e as vilas tem cerca de 236 hectares. Entretanto, a comunidade possui ainda terras que estão situadas na área anterior ao Riacho Grande até o topo da Serra do Arapuá. A chegada na comunidade é um choque e evoca uma lembrança de cidade fantasma, uma sensação de abandono e desolação no cenário de uma vila inteira de casas destruídas, uma escola em péssimo estado, paredes com pintura em atraso, esquadrias caindo, teto precisando de reparos, a presença de “barbeiros” (inseto vetor do Tripanossoma Crusy), um cemitério abandonado, uma igreja parecendo não ser um local de cerimônias. No entendimento dos moradores, a história de Massapê teima em se firmar a partir da tragédia que culminou com uma diáspora dos moradores locais para Floresta e o não estabelecimento sequer de um processo jurídico sobre as mortes dos moradores locais. Reconstruir a História de Massapê passa, inevitavelmente, pela persistência da memória de seus moradores em trazer à tona um assunto não resolvido. Ninguém foi penalizado judicialmente. Tudo ficou apenas na memória.
  • 10. Cruzeiro poupado na entrada da comunidade Massapê. Cruise saved at the entrance of the massapê community.
  • 11. Estátua de Padre Cícero poupada na entrada da Comunidade Massapê. Statue of Priest Cícero spared at the entrance of the Massapê community.
  • 12. Detalhe de Casa e comércio destruídos. Detail of house and commerce destroyed.
  • 13. Casa de morador longe da destruição. Resident’s home away from destruiction.
  • 14. Jovem quilombooa em seu quintal. Young quilombola in your backyard.
  • 15. Paisagem típica de casa e área de plantio. Typical landscape of house and planting area.
  • 16. Seu Joel e Dona Maria.
  • 17. Crianças em frente da escola da comunidade. Children in front of the community school.
  • 18. Escola da Comunidade Massapê. Massapê Community School.
  • 19. Capela da comunidade Massapê. Massapê Community Chapel.
  • 20. BUENOS AIRES O território quilombola de Buenos Aires, em Custódia-PE, distante da sede do município 14 quilômetros é constituído por 08 sítios interligados. A saber, são elas: Catolé, Berruga ou Verruga, Saco, Queimada Nova, Lamarão, Caldeirão, Santana e Boa Viagem onde habitam aproximadamente 255 famílias. Os limites atuais do território incluem as terras circundadas pelas comunidades de Cachoeira da Onça, Barra de São Jorge, São José e pela Serra do Urubu. A comunidade de remanescentes de quilombos de Buenos Aires está localizada a uma distância de 14 quilômetros da sede do município de Custódia. Lá habitam cerca de 250 famílias. O que mais caracteriza a comunidade é a heterogeneidade étnico-racial: convivem brancos, negros e mestiços. O discurso dos moradores é que todos se misturaram ao longo de uma convivência que conta mais de seis gerações. As fotos a seguir mostram pessoas e aspectos relacionados ao seu cotidiano de trabalho.
  • 21. Dona Conceição, parteira de Buenos Aires. Dona Conceição, midwife from Buenos Aires and married.
  • 22. Zé Paulino, ancestralidade e memória histórica. Zé Paulino, ancestry and historical memory.
  • 23. Casa de farinha abandonada. Abandoned Farina House.
  • 24. Carro-de-boi fabricado na própria comunidade. Bullock made in the community itself.
  • 25. Dona Maria estudando depois dos 70 anos. Dona Maria studing after 70 years.
  • 26. Jovem estudante e liderança quilombola. Young student and quilombola leadership.
  • 27. Mulher quilombola responsável pela agricultura na comunidade. Quilombola woman, responsible for agriculture in the community
  • 28. Santana O território quilombola de Santana, em Salgueiro-PE, distante da sede do município 22 quilômetros é constituído por 05 sítios interligados. A saber, são eles: Santana, Jurema, Olaria, Recanto e Livramento. No território habitam aproximadamente 66 famílias. Os limites atuais do território incluem as terras localizadas entre Umãs, Sítios Novos, Boqueirão, Pau Ferro e Várzea do Ramo. A comunidade apresenta um nível de vida elevado se atentarmos às condições das moradias, a produtividade das roças, o nível de escolaridade que não é baixo, e, o meio ambiente que se mantém preservado. Por outro lado, o que aparece também, é a presença de muito lixo doméstico e animais criados soltos. A economia do território de Santana está sustentada, em grande parte, nas atividades agropecuárias. Em termos específicos, planta-se feijão, milho, cebola, em maior parte, em áreas de baixios, e, criam-se caprinos e suínos em campo aberto. O plantio ocorre nas roças familiares. Estas, em geral, estão localizadas em áreas de terra fértil e de proximidade com água. A memória local é a memória dos mais velhos. Esses contam insistentemente sobre fronteiras, antepassados e, principalmente, de como se vivia antigamente.
  • 29. Dona Vilanir: memória ancestral – Dona Vilanir: ancestral memory
  • 30. Sr. Fernando Moisés (Bida). Esposo de Dona Vilanir. Dona Vilanir husband
  • 31. Prateleira externa para panelas de barro. Outdoor clay pot shelf.
  • 32. Artesão com suas vassouras. Craftswoman with her brooms.
  • 33. Bebedouro para animais. Bed for animals.
  • 34. Irmãs quilomboolas. Uma delas albina. Quilombola sisters. One of them albino.
  • 35. Se. José João e Dona Rosa Maria. Referências de ancestralidade. Ancestry references.
  • 36. Fogão de lenha com panelas de barro. Wood stove with clay pots.
  • 38. Mulheres e homens na agricultura. Women and men in agriculture.
  • 39. Mulher, quilombola e agricultora. Woman, quilombola and farmer.
  • 40. Família, casa e animais. Family, home and animals.
  • 41. Ficha Técnica AUTOR: Geraldo Barboza de Oliveira Junior, Antropólogo, Diretor Técnico na Antropos Consultoria Socioambiental e Integrante do IDEA-RN, Instituto de Desenvolvimento, Planejamento e Educação Ambiental do Rio Grande do Norte. Fotografia: Geraldo Barboza de Oliveira Junior Direção: Geraldo Barboza de Oliveira Junior AUTHOR: Geraldo Barboza de Oliveira Junior, Anthropologist, Technical Director at Antropos Socio-Environmental Consulting and Member of IDEA-RN, Institute of Development, Planning and Environmental Education of Rio Grande do Norte. Photograph: Geraldo Barboza de Oliveira Junior Direction: Geraldo Barboza de Oliveira Junior Agradecimentos: As famílias das comunidades quilombolas de Massapê, Buenos Aires e Santana. Acknowledgments: The families of the quilombola communities of Massapê, Buenos Aires and Santana.