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Marquês de Sade                                                             Apresentação Oral




Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido por Marquês
de Sade, foi um aristocrata francês, escritor libertino, dramaturgo
e ainda filósofo.

Nasceu em 1740 e morre a 1814 com setenta e quatro anos.
Devido ao seu estilo de vida libertino foi perseguido durante toda a
sua vida, pelo Antigo Regime, pelos revolucionários e mais tarde
por Napoleão Bonaparte.

Marquês de Sade é preso pela primeira vez aos 23 anos, e passa –
no total – cerca de 32 anos da sua vida preso (11 dos quais na
Prisão da Bastilha). É na prisão que redige grande parte das suas obras. No entanto, já na fase
terminal da sua vida (no hospício), é-lhe proibido o acesso a caneta e papel de modo a impedir
que, mesmo dentro do hospício, Sade espalhasse os seus ideais.

A sua estadia no Hospício de Charenton deveu-se à declaração da família de Sade em 1803 em
que diziam que este estava louco. Sade nunca teve muito apoio da família que, para além de o
ter encarcerado num hospício nos últimos anos da sua vida, queimou a maioria dos
manuscritos das suas obras.

Do seu nome deriva o termo “sadismo” que consiste na sensação de prazer provocada pela
dor física e/ou psicológica de outrem. O sadismo é também muitas vezes associado à
sexualidade (sadismo sexual) em que a outra pessoa é o parceiro sexual (ou parceiros).

O sadismo vai ser visível tanto na sua obra como na sua vida escandalosa.

Sade era senhor de um castelo em Lacoste onde fazia diversa orgias, e para o qual contratava
prostitutos(as) como empregados, que, alegando maus-tratos e abusos, depressa se
despediam. Foi também para este castelo que levou a irmã de sua esposa com quem manteve
uma relação, e uma mendiga/prostituta que alegou ser vítima de abusos sexuais e físicos
(tinha Sade 28 anos).

Outro grande escândalo ocorreu quando quatro prostitutas declararam que Sade e o seu
criado as tinham flagelado, sodomizado e obrigado a consumir cantárida (um afrodisíaco).
Crime pelo qual Sade é condenado à pena de morte (no entanto esta pena nunca será
executada devido aos avanços da revolução).

Sabe-se ainda que era comum pagar aos seus criados para o sodomizarem em público e que
manteve um caso com uma rapariga de 13 anos nos último quatro anos da sua vida, quando
este no hospício.
Em relação às suas obras, Sade escreveu novelas, contos, peças e
diálogos, onde o sadismo aparecia sobre a forma de cenas de sexo
explícito, coprofagia e flagelação (sadismo físico) e humilhação
(sadismo psicológico). Nelas, Sade combinava cenas eróticas e
violentas com ideias filosóficas com o objetivo de subverter e criticar
os valores morais da sua época e apresentar uma moralidade que,
não divergindo muito do real, ia contra os “bons costumes” morais.

São as suas principais obras: 120 Dias de Sodoma, onde quatro nobres
devassos encarceram crianças e adolescentes num palácio, onde se
vive num clima de humilhação permanente, de violações,
assassinatos, violência e coprofagia; Filosofia na Alcova; Contos
Libertinos, entre outras.

É considerado um dos primeiros socialistas contestar o direito da propriedade privada e
considerar que os grupos aristocráticos (a Coroa, a Nobreza, o Clero e a Burguesia) se
encontrarem “unidos” contra o povo (proletariado).

Sade é também visto como o percursor da Psicanálise de Sigmund Freud e do Niilismo de
Nietzsche. Segundo os surrealistas foi “o espírito mais livre que já mais existiu”, e estes
artistas, e mais concretamente Luis Bruñuel vão servir-se da obra e da personagem de Sade
para a realização de (por exemplo) filmes surrealistas como são exemplo L’Age D’Or, onde, na
cena final aparecem os quatro nobres dos 120 Dias de Sodoma a saírem do seu palácio; Un
Chien Andalou, na cena em que aparece em primeiro plano um olho a ser cortado com uma
faca e na Belle du Jour, onde aparece Sade a converter uma jovem ao ateísmo.

Existe quem associe o Marquês de Sade aos Moors Murders, um casal de assassinos em série
americanos, no entanto consta que estes apenas possuíam uma obra de Sade.




“Ao ler isto pode ser que o mundo descubra quão grande é o perigo que correm os que
                   não irão parar sem ter os seus desejos satisfeitos.”

                                                                                Marquês de Sade

 “Sou um libertino, eu confesso. Eu concebi tudo o que se pode conceber nesse género,
    mas seguramente não fiz tudo o que concebi e certamente nunca farei. Sou um
        libertino, mas certamente não sou nenhum criminoso nem assassino.”

                                                   Marquês de Sade (numa carta a sua mulher)




                                                   (Apresentação Oral realizada no dia 16 de Março)

                                                                    Catarina Mateus 12ºA nº9

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Marquês de Sade

  • 1. Marquês de Sade Apresentação Oral Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido por Marquês de Sade, foi um aristocrata francês, escritor libertino, dramaturgo e ainda filósofo. Nasceu em 1740 e morre a 1814 com setenta e quatro anos. Devido ao seu estilo de vida libertino foi perseguido durante toda a sua vida, pelo Antigo Regime, pelos revolucionários e mais tarde por Napoleão Bonaparte. Marquês de Sade é preso pela primeira vez aos 23 anos, e passa – no total – cerca de 32 anos da sua vida preso (11 dos quais na Prisão da Bastilha). É na prisão que redige grande parte das suas obras. No entanto, já na fase terminal da sua vida (no hospício), é-lhe proibido o acesso a caneta e papel de modo a impedir que, mesmo dentro do hospício, Sade espalhasse os seus ideais. A sua estadia no Hospício de Charenton deveu-se à declaração da família de Sade em 1803 em que diziam que este estava louco. Sade nunca teve muito apoio da família que, para além de o ter encarcerado num hospício nos últimos anos da sua vida, queimou a maioria dos manuscritos das suas obras. Do seu nome deriva o termo “sadismo” que consiste na sensação de prazer provocada pela dor física e/ou psicológica de outrem. O sadismo é também muitas vezes associado à sexualidade (sadismo sexual) em que a outra pessoa é o parceiro sexual (ou parceiros). O sadismo vai ser visível tanto na sua obra como na sua vida escandalosa. Sade era senhor de um castelo em Lacoste onde fazia diversa orgias, e para o qual contratava prostitutos(as) como empregados, que, alegando maus-tratos e abusos, depressa se despediam. Foi também para este castelo que levou a irmã de sua esposa com quem manteve uma relação, e uma mendiga/prostituta que alegou ser vítima de abusos sexuais e físicos (tinha Sade 28 anos). Outro grande escândalo ocorreu quando quatro prostitutas declararam que Sade e o seu criado as tinham flagelado, sodomizado e obrigado a consumir cantárida (um afrodisíaco). Crime pelo qual Sade é condenado à pena de morte (no entanto esta pena nunca será executada devido aos avanços da revolução). Sabe-se ainda que era comum pagar aos seus criados para o sodomizarem em público e que manteve um caso com uma rapariga de 13 anos nos último quatro anos da sua vida, quando este no hospício.
  • 2. Em relação às suas obras, Sade escreveu novelas, contos, peças e diálogos, onde o sadismo aparecia sobre a forma de cenas de sexo explícito, coprofagia e flagelação (sadismo físico) e humilhação (sadismo psicológico). Nelas, Sade combinava cenas eróticas e violentas com ideias filosóficas com o objetivo de subverter e criticar os valores morais da sua época e apresentar uma moralidade que, não divergindo muito do real, ia contra os “bons costumes” morais. São as suas principais obras: 120 Dias de Sodoma, onde quatro nobres devassos encarceram crianças e adolescentes num palácio, onde se vive num clima de humilhação permanente, de violações, assassinatos, violência e coprofagia; Filosofia na Alcova; Contos Libertinos, entre outras. É considerado um dos primeiros socialistas contestar o direito da propriedade privada e considerar que os grupos aristocráticos (a Coroa, a Nobreza, o Clero e a Burguesia) se encontrarem “unidos” contra o povo (proletariado). Sade é também visto como o percursor da Psicanálise de Sigmund Freud e do Niilismo de Nietzsche. Segundo os surrealistas foi “o espírito mais livre que já mais existiu”, e estes artistas, e mais concretamente Luis Bruñuel vão servir-se da obra e da personagem de Sade para a realização de (por exemplo) filmes surrealistas como são exemplo L’Age D’Or, onde, na cena final aparecem os quatro nobres dos 120 Dias de Sodoma a saírem do seu palácio; Un Chien Andalou, na cena em que aparece em primeiro plano um olho a ser cortado com uma faca e na Belle du Jour, onde aparece Sade a converter uma jovem ao ateísmo. Existe quem associe o Marquês de Sade aos Moors Murders, um casal de assassinos em série americanos, no entanto consta que estes apenas possuíam uma obra de Sade. “Ao ler isto pode ser que o mundo descubra quão grande é o perigo que correm os que não irão parar sem ter os seus desejos satisfeitos.” Marquês de Sade “Sou um libertino, eu confesso. Eu concebi tudo o que se pode conceber nesse género, mas seguramente não fiz tudo o que concebi e certamente nunca farei. Sou um libertino, mas certamente não sou nenhum criminoso nem assassino.” Marquês de Sade (numa carta a sua mulher) (Apresentação Oral realizada no dia 16 de Março) Catarina Mateus 12ºA nº9