1. Dubai, 11-11-2018 Por Patrícia Farias
“Da sensação a
irritabilidade, da
irritabilidade ao instinto, do
instinto a inteligência e da
inteligência ao
discernimento, séculos e
séculos correram
incessantes.
A evolução é fruto do
tempo infinito.”
Livro Roteiro – Emmanuel – Chico
Xavier (1998)
2. PARTE 3ª - DAS LEIS MORAIS
CAPÍTULO VIII / DA LEI DO
PROGRESSO
Estado da natureza
Questões 776 A 778
3. 776. Serão coisas idênticas o estado de
natureza e a lei natural?
Estado da natureza
“Não, o estado de natureza é o estado primitivo. A
civilização é incompatível com o estado de
natureza, ao passo que a lei natural contribui para
o progresso da Humanidade.”
4. Estado da natureza
O estado de natureza é a infância da Humanidade e o
ponto de partida do seu desenvolvimento intelectual e
moral. Sendo perfectível e trazendo em si o gérmen do
seu aperfeiçoamento, o homem não foi destinado a viver
perpetuamente no estado de natureza, como não o foi a
viver eternamente na infância. Aquele estado é
transitório para o homem, que dele sai por virtude do
progresso e da civilização. A lei natural, ao contrário,
rege a Humanidade inteira e o homem se melhora à
medida que melhor a compreende e pratica. (Kardec)
5. 777. Tendo o homem, no estado de natureza,
menos necessidades, isento se acha das
tribulações que para si mesmo cria, quando num
estado de maior adiantamento.
Diante disso, que se deve pensar da opinião dos
que consideram aquele estado como o da mais
perfeita felicidade na Terra?
Estado da natureza
“Que queres! É a felicidade do bruto. Há pessoas que
não compreendem outra. É ser feliz à maneira dos
animais. As crianças também são mais felizes do que os
homens feitos.”
6. Estado da natureza
O Progresso nos espíritos é o fruto do próprio trabalho:
mas como são livres, trabalham no seu adiantamento
com maior ou menor atividade: com mais ou menos
negligência, segundo sua vontade, acelerando ou
retardando o progresso e por conseguinte, a própria
felicidade.
Enquanto uns avançam rapidamente, entorpecem-se outros,
quais poltrões, nas fileiras inferiores. São eles, pois, os próprios
autores da situação, feliz ou desgraçada.
Todo espírito que se atrasa não pode queixar-se senão de si
mesmo, assim como o que se adianta tem o mérito exclusivo do
seu esforço, dando por isso maior apreço a felicidade
conquistada. (Allan Kardec)
7. 778. Pode o homem retrogradar para o
estado de natureza?
Estado da natureza
“Não, o homem tem que progredir incessantemente
e não pode volver ao estado de infância. Desde que
progride, é porque Deus assim o quer. Pensar que
possa retrogradar à sua primitiva condição fora
negar a lei do progresso.”
8. Estado da natureza
De átomo a átomo, organizam-se os corpos astronômicos dos
mundos e de pequenina experiência em pequenina
experiência, infinitamente repetidas, alargasse-nos o poder da
mente e sublimam-se-nos as manifestações da alma que, no
escoar das eras imensuráveis, cresce no conhecimento e
aprimora-se na virtude, estruturando,
pacientemente, no seio do espaço e do tempo, o veículo
glorioso com que escalaremos, um dia, os impérios
deslumbrantes da Beleza Imortal.
Livro Roteiro – Emmanuel – Chico Xavier (1998)
10. 9. Como é que vedes um
argueiro no olho do vosso irmão,
quando não vedes uma trave no
vosso olho? - Ou, como é que
dizeis ao vosso irmão: Deixa-me
tirar um argueiro ao teu olho,
vós que tendes no vosso uma
trave? - Hipócritas, tirai primeiro
a trave ao vosso olho e depois,
então, vede como podereis tirar
o argueiro do olho do vosso
irmão.
(S. MATEUS, cap. VII, vv. 3 a 5.)
O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO
11. O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO
10. Uma das insensatezes da Humanidade
consiste em vermos o mal de outrem, antes de
vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a
si mesmo, fora preciso que o homem pudesse
ver seu interior num espelho, pudesse, de certo
modo, transportar-se para fora de si próprio,
considerar-se como outra pessoa e perguntar:
Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que
faço? Incontestavelmente, é o orgulho que
induz o homem a dissimular, para si mesmo, os
seus defeitos, tanto morais, quanto físicos.
Semelhante insensatez é essencialmente
contrária à caridade, porquanto a verdadeira
caridade é modesta, simples e indulgente.
12. O ARGUEIRO E A TRAVE NO OLHO
Caridade orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois
sentimentos se neutralizam um ao outro. Com efeito, como
poderá um homem, bastante presunçoso para acreditar na
importância da sua personalidade e na supremacia das suas
qualidades, possuir ao mesmo tempo abnegação bastante
para fazer ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria, em vez
do mal que o exalçaria? Por isso mesmo, porque é o pai de
muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas
virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase
todas as ações humanas. Essa a razão por que Jesus se
empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao
progresso.