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Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Ailton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 12 – AS DORES DO ABANDONO
INTRODUÇÃO
O que significa a palavra abandono? Quais as ocasiões em que poderemos sofrer este agravo? Nesta
lição, veremos estas e outras questões que podem ocorrer na vida de qualquer pessoa, inclusive cristã.
Pontuaremos ainda que o crente poderá sofrer abandono após aceitar a fé em Cristo Jesus, por parte dos seus
familiares e amigos, porém deve permanecer firme, sabedor de que nosso Senhor Jesus prometeu recompensa
aqueles que O amarem acima de qualquer coisa. Por fim, destacaremos ainda que o crente poderá, em situações
de rejeição, encontrar guarida em Deus, na Igreja e com os irmãos.
I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA ABANDONO
O Aurélio diz que a palavra abandonar significa: “deixar; largar”. Do grego “apotassõ” que primeiramente
quer dizer: “pôr a parte, rejeitar (formado de apo, “de, para fora de”, e tasso, “organizar”). Também significa:
“despedir-se” (Mc 6.46); “renunciar, abandonar” e “renunciar a tudo quanto tem” (Lc 14.33). Logo, podemos
entender que o termo abandonar indica um desprezo dado alguém por algum motivo e em alguma circunstância.
Na abordagem desta lição a expressão abandonar indica a ação que o crente poderá sofrer em algum momento
específico da sua vida ou até por sua fé.
II – OCASIÕES ESPECÍFICAS DE ABANDONO
2.1 Na enfermidade. Já vimos numa das lições estudadas, que o crente enquanto estiver no mundo, poderá sofrer
enfermidades (Jo 16.33). Estando doente, ele poderá sofrer abandono por parte daqueles que o cercam. Com
certeza, a falta de amor, será o grande motivo. No entanto, mesmo nessa condição o cristão não estará só, pois
Deus o assiste nessa situação difícil: “O SENHOR o sustentará no leito da enfermidade; tu o restaurarás da
sua cama de doença” (Sl 41.3). Sem dúvida, Deus pode visitar o servo lhe fazendo companhia,
porém Ele também o pode executar através das campanhas de visitas que há na igreja, para auxiliar os que
encontram-se nesta situação, a fim de que saibam que a igreja local pode lhe ajudar, não apenas em oração, mas
também na visita e assistência social.
2.2 Na terceira idade. Normalmente, uma pessoa atinge a faixa da Terceira Idade entre os 60 e 70 anos. Nesse
momento da vida, surgem dificuldades físicas, mentais, econômicas, interpessoais e existenciais. Por isso Davi
orou pedindo o auxílio de Deus nessa fase da vida “Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos,
não me desampares, ó Deus...” (Sl 71.18-a). O próprio Deus prometeu auxiliar na velhice (Is 46.4). O apóstolo
Paulo ensinou que os filhos devem exercer piedade com seus familiares e não abandoná-los em momentos de
necessidade: “Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a
sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus. (I Tm 5.4). A
Escritura nos mostra a atitude que tomou Orfa, deixando a sua sogra Noemi (Rt 1.14), e o comportamento de Rute
que comprometeu-se em ajudá-la (Rt 1.16-18).
2.3 Na provação. Às vezes a própria provação na vida do crente inclui o abandono, como no caso de José. A
Bíblia diz que seus próprios irmãos o venderam como escravo para o Egito “Passando, pois, os mercadores
midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas,
os quais levaram José ao Egito” (Gn 37.28). Agora longe dos pais e abandonado pelos seus irmãos, este servo
do Senhor encontrava-se em terra estranha. No entanto, ele não estava só: “E o SENHOR estava com José...”
(Gn 39.2-a).
2.4 Na queda espiritual. Não podemos ignorar que o crente, por falta de vigilância, poderá vacilar e cair em
pecado (Mt 26.41; I Pe 5.8). Numa situação dessas é comum que se sinta abandonado por Deus (Sl
32.5; 51.11), e pelos que lhe cercam. Todavia, assim como Davi, ele deverá imediatamente procurar o auxílio
divino (Sl 51.1-10), da liderança da igreja e dos irmãos, a fim de ser tratado e reerguer-se espiritualmente (Ec
4.10), pois, todo o corpo de Cristo sofre quando um membro padece: “De maneira que, se um membro padece,
todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com
ele” (I Co 12.26).
III – O ABANDONO POR CAUSA DA FÉ
A vida cristã trás inúmeros benefícios (Ef 1.3). Porém, não podemos ignorar que o sofrimento acompanha o
verdadeiro discípulo: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e
siga-me” (Mt 16.24). Entre as aflições que o crente poderá experimentar encontra-se o abandono. A decisão por
seguir a Cristo poderá causar divisões, pois o próprio Jesus preveniu seus discípulos a cerca do que poderia
sobrevir aqueles que o seguissem (Mt 10.22). Isto não quer dizer que a atitude de abandonar partirá do crente,
mas do incrédulo. Eis abaixo alguns tipos de abandono que podemos sofrer após a conversão:
3.1 Abandono familiar. Em alguns casos, ser crente custará o abandono dos parentes (Lc 12.52,53). Se percebe
claramente, nestas palavras que Jesus está exigindo lealdade e compromisso, pois às vezes temos de escolher
entre segui-lo e manter outros relacionamentos (Mt 10.37,38). Com certeza, nós conhecemos alguns casos de
filhos que após aceitarem a Jesus como Salvador, foram expulsos de suas casas; ou de maridos que
abandonaram suas esposas. Isto é aborbado por Paulo na carta aos coríntios (I Co 7.15). Em países onde
predomina a religião islâmica, a conversão de um membro da família, poderá resultar em extrema perseguição e
abandono por parte dos parentes.
3.2 Abandono dos amigos. Sem dúvida alguma, muitos de nós já experimentamos como é difícil perceber que os
colegas e amigos com os quais convivíamos na escola, no trabalho, no bairro onde moramos optaram por afastar-
se de nosso convívio e excluir-nos porque nos tornamos crentes “E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e
amigos sereis entregues...” (Lc 21.16). É até normal que isso aconteça porque existe uma grande diferença entre
ambos (II Co 6.14,15). O conselho dos incrédulos e ímpios, não servem mais, nem andamos mais no seu caminho
e nos agradamos de sua conversa (Sl 1.1-3). É evidente que isto não significa dizer que a Bíblia está
dizendo que ser crente é ser antipático ou antisocial, pelo contrário, pois, Jesus disse: “Não peço que os tires do
mundo, mas que os livres do mal” (Jo 17.15).
3.3 A recompensa. Jesus alertou sobre o preço de segui-lo (Lc 9.23), mas, também deixou claro que
recompensaria aqueles que, por amor do seu nome, viessem abrir mão de alguma coisa: “E todo aquele que
tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu
nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna” (Mt 19.29). Portanto, de Cristo, podemos esperar
mais do que merecemos ou que podemos imaginar, é isto o que se pode extrair da expressão “cem vezes tanto”,
que diz respeito a uma recompensa terrena, como por exemplo: o cristão que foi rejeitado por sua família e
amigos, por causa de Cristo, será galardoado aqui na terra por passar a fazer parte de uma família muito maior: a
espiritual, que é a Igreja (Ef 2.19). E, se não bastasse, por fim, receberá a vida eterna (Mc 10.30; Lc 18.30).
IV – ONDE O CRENTE PODE ENCONTRAR GUARIDA
4.1 Em Deus. Quando o crente se sentir abandonado em alguma circunstância, não deve se desesperar, porque,
Deus é a primeira pessoa a quem podemos buscar (Sl 46.1). Disso tinha certeza Davi, por isso confessou:
“Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá” (Sl 27.10). O apóstolo
Paulo, em seu julgamento, havia sofrido abandono (2 Tm 4.10; 16), no entanto, reconheceu que Deus estava com
ele “Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me...” (II Tm 4.17-a). No grego o termo “assistir” é “paristemi” que
significa: “pôr ao lado, pôr-se ao lado, representar”. A alusão é ao advogado ou testemunha que se põe ao lado de
um acusado qualquer e o defende. Afinal de contas, o Senhor, é o amparo dos órfãos e das viúvas (Jr 49.11); Ele
disse que não deixaria o seu povo órfão, mas que enviaria outro Consolador (Jo 14.16-18) e prometeu estar
conosco todos os dias (Mt 28.20).
4.2 Na Igreja. Nenhum ambiente depois da família, vive em tão perfeita comunhão como a Igreja. Essa comunhão
é o vínculo espiritual estabelecido pelo Espírito Santo entre os que receberam a Cristo como seu único e suficiente
Salvador (Ef 4.3; Cl 3.14). Tendo como base o amor, esse vínculo faz com que os crentes sintam-se ligados num
só corpo, do qual Cristo é a cabeça (Ef 4.15). É nesse ambiente de amor que os que foram marginalizados no
mundo, após converterem-se desfrutam da companhia dos santos, e passam a ser considerados irmãos (Rm 1.13;
I Co 1.10; Gl 1.2; Ef 6.10; Fp 1.12).
4.3 Nos irmãos. Sem dúvida alguma, não há consolo mais perfeito que o de Deus (Is 49.15), todavia, tal fato não
deve nos levar a esquecer de nossa responsabilidade pessoal de prover ajuda aos nossos irmãos em
necessidade. Afinal de contas, Deus também usa pessoas para nos consolar, como fez com Paulo, usando Tito
para assisti-lo em sua necessidade: “Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne
não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro. Mas
Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito” (II Co 7.6).
CONCLUSÃO
Enquanto estivermos no mundo poderemos sofrer abandono seja na enfermidade, terceira idade, provação,
ou por causa da nossa fé. Contudo, quando nos sentirmos sós, podemos nos amparar em Deus que nos deu o
Consolador, do grego “parakletos” que significa literalmente “chamado para o lado de alguém”, ou seja, sugere a
capacidade para prestar ajuda. Logo, pior do que ser abandonado pela família e por amigos, seria ser rejeitado por
Deus. Mas, se a Sua presença está conosco teremos descanso: “Disse pois: Irá a minha presença contigo para
te fazer descansar” (Êx 33.14).
REFERÊNCIAS
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
• VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD
• ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
• CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.

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As dores do abandono

  • 1. Igreja Evangélica Assembléia de Deus – Recife / PE Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais Pastor Presidente: Ailton José Alves Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524 LIÇÃO 12 – AS DORES DO ABANDONO INTRODUÇÃO O que significa a palavra abandono? Quais as ocasiões em que poderemos sofrer este agravo? Nesta lição, veremos estas e outras questões que podem ocorrer na vida de qualquer pessoa, inclusive cristã. Pontuaremos ainda que o crente poderá sofrer abandono após aceitar a fé em Cristo Jesus, por parte dos seus familiares e amigos, porém deve permanecer firme, sabedor de que nosso Senhor Jesus prometeu recompensa aqueles que O amarem acima de qualquer coisa. Por fim, destacaremos ainda que o crente poderá, em situações de rejeição, encontrar guarida em Deus, na Igreja e com os irmãos. I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA ABANDONO O Aurélio diz que a palavra abandonar significa: “deixar; largar”. Do grego “apotassõ” que primeiramente quer dizer: “pôr a parte, rejeitar (formado de apo, “de, para fora de”, e tasso, “organizar”). Também significa: “despedir-se” (Mc 6.46); “renunciar, abandonar” e “renunciar a tudo quanto tem” (Lc 14.33). Logo, podemos entender que o termo abandonar indica um desprezo dado alguém por algum motivo e em alguma circunstância. Na abordagem desta lição a expressão abandonar indica a ação que o crente poderá sofrer em algum momento específico da sua vida ou até por sua fé. II – OCASIÕES ESPECÍFICAS DE ABANDONO 2.1 Na enfermidade. Já vimos numa das lições estudadas, que o crente enquanto estiver no mundo, poderá sofrer enfermidades (Jo 16.33). Estando doente, ele poderá sofrer abandono por parte daqueles que o cercam. Com certeza, a falta de amor, será o grande motivo. No entanto, mesmo nessa condição o cristão não estará só, pois Deus o assiste nessa situação difícil: “O SENHOR o sustentará no leito da enfermidade; tu o restaurarás da sua cama de doença” (Sl 41.3). Sem dúvida, Deus pode visitar o servo lhe fazendo companhia, porém Ele também o pode executar através das campanhas de visitas que há na igreja, para auxiliar os que encontram-se nesta situação, a fim de que saibam que a igreja local pode lhe ajudar, não apenas em oração, mas também na visita e assistência social. 2.2 Na terceira idade. Normalmente, uma pessoa atinge a faixa da Terceira Idade entre os 60 e 70 anos. Nesse momento da vida, surgem dificuldades físicas, mentais, econômicas, interpessoais e existenciais. Por isso Davi orou pedindo o auxílio de Deus nessa fase da vida “Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus...” (Sl 71.18-a). O próprio Deus prometeu auxiliar na velhice (Is 46.4). O apóstolo Paulo ensinou que os filhos devem exercer piedade com seus familiares e não abandoná-los em momentos de necessidade: “Mas, se alguma viúva tiver filhos, ou netos, aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família, e a recompensar seus pais; porque isto é bom e agradável diante de Deus. (I Tm 5.4). A Escritura nos mostra a atitude que tomou Orfa, deixando a sua sogra Noemi (Rt 1.14), e o comportamento de Rute que comprometeu-se em ajudá-la (Rt 1.16-18). 2.3 Na provação. Às vezes a própria provação na vida do crente inclui o abandono, como no caso de José. A Bíblia diz que seus próprios irmãos o venderam como escravo para o Egito “Passando, pois, os mercadores midianitas, tiraram e alçaram a José da cova, e venderam José por vinte moedas de prata, aos ismaelitas, os quais levaram José ao Egito” (Gn 37.28). Agora longe dos pais e abandonado pelos seus irmãos, este servo do Senhor encontrava-se em terra estranha. No entanto, ele não estava só: “E o SENHOR estava com José...” (Gn 39.2-a). 2.4 Na queda espiritual. Não podemos ignorar que o crente, por falta de vigilância, poderá vacilar e cair em pecado (Mt 26.41; I Pe 5.8). Numa situação dessas é comum que se sinta abandonado por Deus (Sl 32.5; 51.11), e pelos que lhe cercam. Todavia, assim como Davi, ele deverá imediatamente procurar o auxílio divino (Sl 51.1-10), da liderança da igreja e dos irmãos, a fim de ser tratado e reerguer-se espiritualmente (Ec 4.10), pois, todo o corpo de Cristo sofre quando um membro padece: “De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele” (I Co 12.26). III – O ABANDONO POR CAUSA DA FÉ A vida cristã trás inúmeros benefícios (Ef 1.3). Porém, não podemos ignorar que o sofrimento acompanha o verdadeiro discípulo: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me” (Mt 16.24). Entre as aflições que o crente poderá experimentar encontra-se o abandono. A decisão por seguir a Cristo poderá causar divisões, pois o próprio Jesus preveniu seus discípulos a cerca do que poderia sobrevir aqueles que o seguissem (Mt 10.22). Isto não quer dizer que a atitude de abandonar partirá do crente, mas do incrédulo. Eis abaixo alguns tipos de abandono que podemos sofrer após a conversão:
  • 2. 3.1 Abandono familiar. Em alguns casos, ser crente custará o abandono dos parentes (Lc 12.52,53). Se percebe claramente, nestas palavras que Jesus está exigindo lealdade e compromisso, pois às vezes temos de escolher entre segui-lo e manter outros relacionamentos (Mt 10.37,38). Com certeza, nós conhecemos alguns casos de filhos que após aceitarem a Jesus como Salvador, foram expulsos de suas casas; ou de maridos que abandonaram suas esposas. Isto é aborbado por Paulo na carta aos coríntios (I Co 7.15). Em países onde predomina a religião islâmica, a conversão de um membro da família, poderá resultar em extrema perseguição e abandono por parte dos parentes. 3.2 Abandono dos amigos. Sem dúvida alguma, muitos de nós já experimentamos como é difícil perceber que os colegas e amigos com os quais convivíamos na escola, no trabalho, no bairro onde moramos optaram por afastar- se de nosso convívio e excluir-nos porque nos tornamos crentes “E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues...” (Lc 21.16). É até normal que isso aconteça porque existe uma grande diferença entre ambos (II Co 6.14,15). O conselho dos incrédulos e ímpios, não servem mais, nem andamos mais no seu caminho e nos agradamos de sua conversa (Sl 1.1-3). É evidente que isto não significa dizer que a Bíblia está dizendo que ser crente é ser antipático ou antisocial, pelo contrário, pois, Jesus disse: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (Jo 17.15). 3.3 A recompensa. Jesus alertou sobre o preço de segui-lo (Lc 9.23), mas, também deixou claro que recompensaria aqueles que, por amor do seu nome, viessem abrir mão de alguma coisa: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna” (Mt 19.29). Portanto, de Cristo, podemos esperar mais do que merecemos ou que podemos imaginar, é isto o que se pode extrair da expressão “cem vezes tanto”, que diz respeito a uma recompensa terrena, como por exemplo: o cristão que foi rejeitado por sua família e amigos, por causa de Cristo, será galardoado aqui na terra por passar a fazer parte de uma família muito maior: a espiritual, que é a Igreja (Ef 2.19). E, se não bastasse, por fim, receberá a vida eterna (Mc 10.30; Lc 18.30). IV – ONDE O CRENTE PODE ENCONTRAR GUARIDA 4.1 Em Deus. Quando o crente se sentir abandonado em alguma circunstância, não deve se desesperar, porque, Deus é a primeira pessoa a quem podemos buscar (Sl 46.1). Disso tinha certeza Davi, por isso confessou: “Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá” (Sl 27.10). O apóstolo Paulo, em seu julgamento, havia sofrido abandono (2 Tm 4.10; 16), no entanto, reconheceu que Deus estava com ele “Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me...” (II Tm 4.17-a). No grego o termo “assistir” é “paristemi” que significa: “pôr ao lado, pôr-se ao lado, representar”. A alusão é ao advogado ou testemunha que se põe ao lado de um acusado qualquer e o defende. Afinal de contas, o Senhor, é o amparo dos órfãos e das viúvas (Jr 49.11); Ele disse que não deixaria o seu povo órfão, mas que enviaria outro Consolador (Jo 14.16-18) e prometeu estar conosco todos os dias (Mt 28.20). 4.2 Na Igreja. Nenhum ambiente depois da família, vive em tão perfeita comunhão como a Igreja. Essa comunhão é o vínculo espiritual estabelecido pelo Espírito Santo entre os que receberam a Cristo como seu único e suficiente Salvador (Ef 4.3; Cl 3.14). Tendo como base o amor, esse vínculo faz com que os crentes sintam-se ligados num só corpo, do qual Cristo é a cabeça (Ef 4.15). É nesse ambiente de amor que os que foram marginalizados no mundo, após converterem-se desfrutam da companhia dos santos, e passam a ser considerados irmãos (Rm 1.13; I Co 1.10; Gl 1.2; Ef 6.10; Fp 1.12). 4.3 Nos irmãos. Sem dúvida alguma, não há consolo mais perfeito que o de Deus (Is 49.15), todavia, tal fato não deve nos levar a esquecer de nossa responsabilidade pessoal de prover ajuda aos nossos irmãos em necessidade. Afinal de contas, Deus também usa pessoas para nos consolar, como fez com Paulo, usando Tito para assisti-lo em sua necessidade: “Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro. Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito” (II Co 7.6). CONCLUSÃO Enquanto estivermos no mundo poderemos sofrer abandono seja na enfermidade, terceira idade, provação, ou por causa da nossa fé. Contudo, quando nos sentirmos sós, podemos nos amparar em Deus que nos deu o Consolador, do grego “parakletos” que significa literalmente “chamado para o lado de alguém”, ou seja, sugere a capacidade para prestar ajuda. Logo, pior do que ser abandonado pela família e por amigos, seria ser rejeitado por Deus. Mas, se a Sua presença está conosco teremos descanso: “Disse pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar” (Êx 33.14). REFERÊNCIAS • STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD • VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD • ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD. • CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.