Você já parou para pensar em como o trabalho de cuidado é centrado na mulher e compromete a empregabilidade e a ascensão acadêmica materna, além de distanciar os homens do papel de cuidadores?
É por isso que o Movimento Mulher 360 acredita na licença parental como um dos caminhos para atingirmos a equidade de gênero e cuidar da saúde mental feminina e das futuras gerações.
Mas, como trazer o tema de forma prática para dentro das empresas, universidades, serviços?
Em conjunto com os parceiros 4Daddy e Ninguém Cresce Sozinho, produzimos o e-book "Licença parental e saúde mental caminham juntas", com explicações e dados sobre a economia do cuidado, e dicas para a liderança ter uma postura mais acolhedora e empática com esses profissionais.
A licença parental colabora com a equidade de gênero e com o cuidado da saúde mental das mulheres.
Baixe esse e-book e confira ações para construir instituições e empresas mais acolhedoras.
A Campanha de Valorização do Cuidado Paterno apoia e parabeniza essa iniciativa.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Situação da Paternidade no mundo: tempo de agir
Sumário Executivo
O cuidado e o trabalho de cuidado não remunerado são
aspectos centrais de qualquer discussão sobre a situação
da paternidade no mundo, assim como sobre igualdade e
desigualdade de gênero. Contudo, estudos sobre o trabalho
de cuidado não remunerado mostram que em nenhum país do
mundo a participação dos homens é igual à das mulheres.
...
Excelente publicação MenCare
Orgulho de pai: cartilha educativa para a promoção do envolvimento paternoAline Melo de Aguiar
Orgulho de pai: cartilha educativa para a promoção do envolvimento paterno na gravidez.
Fonte: http://www.ee.usp.br/publicacoes/pdf/cart_%20educ_orgulho_pai.pdf em 26 de agosto de 2014
Com o intuito de construir com os gestores municipais políticas para fortalecer a infância e garantir os direitos das crianças, o Governo do Ceará, através do Programa Mais Infância Ceará, lançou o Seminário Internacional Mais Infância Ceará
Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...anatgomes
Gerando mudanças individuais e ampliação da visão social para o estabelecimento do conceito de sociedade sustentável baseada no cultivo de valores humanos em prol da formação de um novo paradigma social constituído a partir do cuidado PRESTADIO com as crianças e jovens.
“Spess Messis in Semine – A esperança da colheita reside na semente.”
Henrique José de Souza
Situação da Paternidade no mundo: tempo de agir
Sumário Executivo
O cuidado e o trabalho de cuidado não remunerado são
aspectos centrais de qualquer discussão sobre a situação
da paternidade no mundo, assim como sobre igualdade e
desigualdade de gênero. Contudo, estudos sobre o trabalho
de cuidado não remunerado mostram que em nenhum país do
mundo a participação dos homens é igual à das mulheres.
...
Excelente publicação MenCare
Orgulho de pai: cartilha educativa para a promoção do envolvimento paternoAline Melo de Aguiar
Orgulho de pai: cartilha educativa para a promoção do envolvimento paterno na gravidez.
Fonte: http://www.ee.usp.br/publicacoes/pdf/cart_%20educ_orgulho_pai.pdf em 26 de agosto de 2014
Com o intuito de construir com os gestores municipais políticas para fortalecer a infância e garantir os direitos das crianças, o Governo do Ceará, através do Programa Mais Infância Ceará, lançou o Seminário Internacional Mais Infância Ceará
Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...anatgomes
Gerando mudanças individuais e ampliação da visão social para o estabelecimento do conceito de sociedade sustentável baseada no cultivo de valores humanos em prol da formação de um novo paradigma social constituído a partir do cuidado PRESTADIO com as crianças e jovens.
“Spess Messis in Semine – A esperança da colheita reside na semente.”
Henrique José de Souza
CADERNETA DE SAÚDE DO ADOLESCENTE - MENINA
Fruto de um trabalho realizado pelo Ministério da Saúde, por meio da área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem, a Caderneta de Saúde do Adolescente reúne informações sobre como evitar doenças, sobre mudanças no corpo, sobre saúde sexual e reprodutiva, além de saúde bucal e alimentação.
* Excelente material.
Prestes a completar a maioridade, cerca de 5 mil adolescentes que moram em abrigos ainda não têm para onde ir. Vivem sob a angústia pois vão ser obrigados a viver sozinhos aos 18 anos de idade
Direito à infância sem Trabalho Exploratório InfantilJuuh Rodrigues
Estes slides fizeram parte do meu projeto de intervenção sobre a violação dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil. Curso de Serviço Social da Universidade Federal da Paraíba.
Unidade de saúde parceira do pai.
Resumo: Os 10 passos das unidades de saúde
"Amigas do Pai":
1. Incluir os homens/pais nas atividades de contracepção, TIG, pré natal, ultrassonografia, atenção a crianças e adolescentes (consultas, exames e atividades de grupo)
2. Disponibilizar cadeiras suficientes no pré natal e Pediatria para acomodar os pais que queiram participar das consultas
3. Ter informações disponíveis sobre os direitos dos pais de acompanharem o parto (legislação e cartaz) e licença paternidade
4. Incluir temas relacionados às masculinidades /paternidade nas atividades de grupo da contracepção, pré natal, aleitamento, pediatria e clínica de adolescentes
5. Estabelecer horários alternativos de consultas, atividades de grupo e visitas às enfermarias de forma a facilitar a presença dos que trabalham
6. Decorar a unidade de forma que os homens se sintam mais a vontade (fotos, cartazes, informações, revistas)
7. Desenvolver atividades especificamente voltadas para os pais, que valorizem a integração inter geracional e o vínculo pais e filhos, com metodologias que sejam atraentes para os homens
8. Estimular a participação do pai no parto
9. Facilitar a presença dos pais nas enfermarias de Pediatria, inclusive como acompanhantes
10. Capacitar a equipe de saúde em temas relacionados às masculinidades, cuidado paterno e metodologias para trabalho com homens.
Promoção à Saúde - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Publicado no http://www.aleitamento.com/cuidado-paterno/conteudo.asp?cod=510
"Empoderar mães e pais, favorecer a Amamentação: hoje e para o futuro"
A amamentação é um dos melhores investimentos para salvar vidas e melhorar a saúde, o desenvolvimento social e econômico de indivíduos e nações. Embora as taxas globais de iniciação ao aleitamento materno sejam relativamente altas, e apesar das recomendações internacionais, apenas 40% de todos os bebês com menos de 6 meses são amamentados
exclusivamente e 45% continuam amamentando até os 24 meses. Além disso, existem grandes variações regionais e nacionais nas taxas de amamentação. Aumentar a amamentação ideal de acordo com as recomendações poderia evitar mais de 823.000 mortes de crianças e 20.000 óbitos maternos a cada ano. Não amamentar está associado à menor inteligência e resulta em perdas econômicas de cerca de 302
bilhões de dólares americanos por ano.
É necessária uma ação
organizada para atingir a meta da Assembleia Mundial da Saúde (AMS) de pelo menos 50% de amamentação exclusiva durante os 6 meses até 2025.
Existem muitas barreiras à amamentação ideal, sendo uma das maiores a falta de apoio no trabalho para mães e pais.
1-7 de agosto de 2019
#AgostoDourado
Agradecemos a Dra. Teresa Toma do Instituto de Saúde pelo envio dessa publicação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
O palestrante ressaltou a importância dos mil dias para o desenvolvimento infantil, alertou que muitos esforços têm sido feitos a fim promover a saúde física na infância, porém se precisa avançar na promoção da saúde mental das crianças. Finalizou definindo o apego seguro como um fator de proteção que otimiza os resultados do desenvolvimento, ao passo que crianças com apego inseguro são mais propensas a problemas sociais e de desajustamento; e crianças com apego desorganizado correm maior risco de psicopatologia e resultados insatisfatórios.
Carta aberta às empresas Licença FamíliaMaria Veloso
Carta Aberta a empresas com elementos centrais para uma política pública de licença família, com o objetivo de valorizar e ampliar o equilíbrio entre o exercício da maternidade e da paternidade, e promover a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.
CADERNETA DE SAÚDE DO ADOLESCENTE - MENINA
Fruto de um trabalho realizado pelo Ministério da Saúde, por meio da área Técnica de Saúde do Adolescente e do Jovem, a Caderneta de Saúde do Adolescente reúne informações sobre como evitar doenças, sobre mudanças no corpo, sobre saúde sexual e reprodutiva, além de saúde bucal e alimentação.
* Excelente material.
Prestes a completar a maioridade, cerca de 5 mil adolescentes que moram em abrigos ainda não têm para onde ir. Vivem sob a angústia pois vão ser obrigados a viver sozinhos aos 18 anos de idade
Direito à infância sem Trabalho Exploratório InfantilJuuh Rodrigues
Estes slides fizeram parte do meu projeto de intervenção sobre a violação dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil. Curso de Serviço Social da Universidade Federal da Paraíba.
Unidade de saúde parceira do pai.
Resumo: Os 10 passos das unidades de saúde
"Amigas do Pai":
1. Incluir os homens/pais nas atividades de contracepção, TIG, pré natal, ultrassonografia, atenção a crianças e adolescentes (consultas, exames e atividades de grupo)
2. Disponibilizar cadeiras suficientes no pré natal e Pediatria para acomodar os pais que queiram participar das consultas
3. Ter informações disponíveis sobre os direitos dos pais de acompanharem o parto (legislação e cartaz) e licença paternidade
4. Incluir temas relacionados às masculinidades /paternidade nas atividades de grupo da contracepção, pré natal, aleitamento, pediatria e clínica de adolescentes
5. Estabelecer horários alternativos de consultas, atividades de grupo e visitas às enfermarias de forma a facilitar a presença dos que trabalham
6. Decorar a unidade de forma que os homens se sintam mais a vontade (fotos, cartazes, informações, revistas)
7. Desenvolver atividades especificamente voltadas para os pais, que valorizem a integração inter geracional e o vínculo pais e filhos, com metodologias que sejam atraentes para os homens
8. Estimular a participação do pai no parto
9. Facilitar a presença dos pais nas enfermarias de Pediatria, inclusive como acompanhantes
10. Capacitar a equipe de saúde em temas relacionados às masculinidades, cuidado paterno e metodologias para trabalho com homens.
Promoção à Saúde - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Publicado no http://www.aleitamento.com/cuidado-paterno/conteudo.asp?cod=510
"Empoderar mães e pais, favorecer a Amamentação: hoje e para o futuro"
A amamentação é um dos melhores investimentos para salvar vidas e melhorar a saúde, o desenvolvimento social e econômico de indivíduos e nações. Embora as taxas globais de iniciação ao aleitamento materno sejam relativamente altas, e apesar das recomendações internacionais, apenas 40% de todos os bebês com menos de 6 meses são amamentados
exclusivamente e 45% continuam amamentando até os 24 meses. Além disso, existem grandes variações regionais e nacionais nas taxas de amamentação. Aumentar a amamentação ideal de acordo com as recomendações poderia evitar mais de 823.000 mortes de crianças e 20.000 óbitos maternos a cada ano. Não amamentar está associado à menor inteligência e resulta em perdas econômicas de cerca de 302
bilhões de dólares americanos por ano.
É necessária uma ação
organizada para atingir a meta da Assembleia Mundial da Saúde (AMS) de pelo menos 50% de amamentação exclusiva durante os 6 meses até 2025.
Existem muitas barreiras à amamentação ideal, sendo uma das maiores a falta de apoio no trabalho para mães e pais.
1-7 de agosto de 2019
#AgostoDourado
Agradecemos a Dra. Teresa Toma do Instituto de Saúde pelo envio dessa publicação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
O palestrante ressaltou a importância dos mil dias para o desenvolvimento infantil, alertou que muitos esforços têm sido feitos a fim promover a saúde física na infância, porém se precisa avançar na promoção da saúde mental das crianças. Finalizou definindo o apego seguro como um fator de proteção que otimiza os resultados do desenvolvimento, ao passo que crianças com apego inseguro são mais propensas a problemas sociais e de desajustamento; e crianças com apego desorganizado correm maior risco de psicopatologia e resultados insatisfatórios.
Carta aberta às empresas Licença FamíliaMaria Veloso
Carta Aberta a empresas com elementos centrais para uma política pública de licença família, com o objetivo de valorizar e ampliar o equilíbrio entre o exercício da maternidade e da paternidade, e promover a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.
Artigo do Dr. Salvador Ulrich, advogado vogal secretário da Delegação de Cascais da Ordem dos Advogados, para a Newsletter de Outubro de 2020 da Delegação de Cascais da Ordem dos Advogados.
A paternidade e o cuidado importam.
É o que revela o crescente conjunto de pesquisas e avaliações produzidas no Brasil e no mundo sobre o tema, ao
longo das últimas duas décadas. O assunto tem conquistado
cada vez mais espaço na agenda pública de promoção da
equidade de gênero, dos direitos sexuais e reprodutivos e da
prevenção da violência.
Existem evidências claras sobre o impacto positivo do envolvimento do homem no cuidado para a vida de crianças, mulheres e homens, especialmente para a saúde materno-infantil, desenvolvimento cognitivo da criança, empoderamento da mulher, além de impactos positivos para a saúde e bem-estar dos próprios homens.
A transformação cultural necessária para alcançar a equidade
de gênero deve envolver as dimensões individual, comunitária
e institucional – incluindo pessoas, comunidades, empresas
privadas e governo. O investimento em políticas de
valorização da paternidade e do papel do homem como cuidador tem o potencial de desconstruir um modelo dominante de masculinidade
– patriarcal e machista -, que reforça a desigualdade de
gênero, abrindo caminho para a construção de outros modelos não violentos, baseados no afeto e no cuidado.
...
Muito bom documento.
Os resultados da pesquisa “Helping Dads Care” (2019) no Brasil (apresentados em detalhe no relatório sobre A Situação da Paternidade no Brasil 2019) indicam que os pais querem estar mais envolvidos no cuidado de seus filhos e filhas.
No entanto, a maioria dos pais brasileiros ainda relata brincar com as crianças (83%) em percentual muito superior à atividades como cozinhar (46%) e dar banho (55%).
Este é um momento histórico importante não apenas para refletir sobre o maior envolvimento dos pais, como também para buscar formas concretas de apoiar os homens brasileiros a serem os pais envolvidos que eles dizem querer ser.
Um dos capítulos é sobre a importância do pai no apoio à Amamentação.
O aleitamento.com parabeniza essa iniciativa e é parceiro colaborador na produção dessa oportuna publicação.
Situação da Paternidade no Brasil
Promundo-Brasil, MenCare, Você É Meu Pai
Esta publicação busca apresentar a situação da paternidade no Brasil em áreas distintas, como Saúde Sexual e Reprodutiva, Saúde Materno-Infantil, Saúde dos Homens, Violência contra a Mulher e a Criança, Mundo do Trabalho, Políticas Públicas, iniciativas da sociedade civil, relação entre a economia e a paternidade e Homoparentalidade. Procura também mapear os esforços e os atores que têm contribuído para promover a paternidade e o cuidado no cenário nacional, bem como apontar as ideias e recomendações que podem ser úteis na discussão da promoção da igualdade de gênero através do envolvimento dos homens na paternidade e no cuidado.
Vejam o Sumário do relatório:
Prefácio - Inovação pelo afeto
Por que um relatório sobre paternidade e cuidado no Brasil?
A Situação da Paternidade no Brasil
Paternidade e Saúde
Paternidade e Amamentação
Paternidade e Mundo do Trabalho
A Licença Paternidade
Custos e benefícios do aumento da licença-paternidade no Brasil
Licença Parental
Paternidade e Incidência Política
Curso online Promoção do Envolvimento dos Homens na Paternidade e no Cuidado
Metodologia para trabalho com pais e profissionais: O Programa P
Paternidade e Diversidade
Paternidade e Prevenção as Violências
Paternidade e Primeira Infância
Conclusões e recomendações para a ação
ANEXO 1 - Certificação Unidade de Saúde Parceira do Pai
Parabéns parceir@s!
Leia mais sobre esse relatório no http://aleitamento.com/cuidado-paterno/conteudo.asp?cod=2211
Palestra ministrada pela psicóloga Luciene Corrêa Miranda no 1º Encontro Regional de Familiares e Cuidadores de Idosos Dependentes, realizado no dia 30 de outubro de 2010, no Ritz Plaza Hotel, em Juiz de Fora-MG.
Recomendações da OMS sobre cuidados maternos e neonatais para uma experiência pós-natal positiva.
Em consonância com os ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Estratégia Global para a Saúde das Mulheres, Crianças e Adolescentes, e aplicando uma abordagem baseada nos direitos humanos, os esforços de cuidados pós-natais devem expandir-se para além da cobertura e da simples sobrevivência, de modo a incluir cuidados de qualidade.
Estas diretrizes visam melhorar a qualidade dos cuidados pós-natais essenciais e de rotina prestados às mulheres e aos recém-nascidos, com o objetivo final de melhorar a saúde e o bem-estar materno e neonatal.
Uma “experiência pós-natal positiva” é um resultado importante para todas as mulheres que dão à luz e para os seus recém-nascidos, estabelecendo as bases para a melhoria da saúde e do bem-estar a curto e longo prazo. Uma experiência pós-natal positiva é definida como aquela em que as mulheres, pessoas que gestam, os recém-nascidos, os casais, os pais, os cuidadores e as famílias recebem informação consistente, garantia e apoio de profissionais de saúde motivados; e onde um sistema de saúde flexível e com recursos reconheça as necessidades das mulheres e dos bebês e respeite o seu contexto cultural.
Estas diretrizes consolidadas apresentam algumas recomendações novas e já bem fundamentadas sobre cuidados pós-natais de rotina para mulheres e neonatos que recebem cuidados no pós-parto em unidades de saúde ou na comunidade, independentemente dos recursos disponíveis.
É fornecido um conjunto abrangente de recomendações para cuidados durante o período puerperal, com ênfase nos cuidados essenciais que todas as mulheres e recém-nascidos devem receber, e com a devida atenção à qualidade dos cuidados; isto é, a entrega e a experiência do cuidado recebido. Estas diretrizes atualizam e ampliam as recomendações da OMS de 2014 sobre cuidados pós-natais da mãe e do recém-nascido e complementam as atuais diretrizes da OMS sobre a gestão de complicações pós-natais.
O estabelecimento da amamentação e o manejo das principais intercorrências é contemplada.
Recomendamos muito.
Vamos discutir essas recomendações no nosso curso de pós-graduação em Aleitamento no Instituto Ciclos.
Esta publicação só está disponível em inglês até o momento.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
Existem cada vez mais evidências de que os setores de bebidas e alimentos ultra processados, fórmulas infantis, micronutrientes, pesticidas e manipulação genética de alimentos, além de atores associados, frequentemente tentam atrasar, enfraquecer, distorcer e/ou impedir o desenvolvimento de políticas e programas de alimentação e nutrição que possam contribuir efetivamente para sistemas alimentares mais saudáveis e sustentáveis.
Este documento estabelece um roteiro para introduzir e implementar, na Região das Américas, o Projeto de abordagem da OMS para a prevenção e gestão de conflitos de interesse na formulação de políticas e implementação de programas de nutrição no âmbito nacional, publicado pela OMS em dezembro de 2017.
Conflito de interesse segundo a OMS é uma situação em que o interesse primário de uma instituição pode ser indevidamente influenciado pelo interesse de um ator não estatal, de tal forma que afete (ou possa parecer afetar) a independência e objetividade do trabalho do governo no campo da saúde pública.
O projeto de abordagem da OMS é um processo decisório cujo objetivo é ajudar os Estados a identificar, prevenir e gerenciar potenciais conflitos de interesse quando da sua interação com atores não estatais (principalmente comerciais) nas políticas e programas de nutrição.
Considerando a complexidade do projeto de abordagem da OMS, este documento também fornece uma 'ferramenta de triagem' simplificada para apoiar e permitir sua aplicação.
Essa ferramenta de triagem foi desenvolvida pela OPAS, com o apoio de funcionários de ministérios da saúde e de organizações da sociedade civil.
Este roteiro tem como objetivos:
- apresentar os princípios fundamentais da abordagem da OMS aos tomadores de decisão das agências governamentais relevantes;
- adaptar e desenvolver formatos complementares da abordagem da OMS que se encaixem nos processos decisórios existentes em nível nacional;
- e complementar a ferramenta completa da OMS com uma ferramenta de triagem mais curta para aumentar a acessibilidade e possibilitar um envolvimento e uso mais efetivos na tomada de decisões relativas a potenciais interações com atores não estatais.
A publicação explica como esses objetivos podem ser abordados usando um método em 3 estágios. Ela também inclui anexos que cobrem estudos de caso, programas para oficinas e uma ferramenta de triagem para avaliar potenciais interações com atores não estatais: indústrias, comerciantes, empresas... Inclusive, no patrocínio de Congressos, Encontros, Reuniões científicas e apoio as Associações e Sociedades de profissionais de saúde.
Recomendamos!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Promoção comercial dos ditos substitutos do leite materno:
Implementação do Código Internacional -
relatório de situação mundial em 2024
Esta publicação fornece informações atualizadas sobre o estado de implementação do Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (de 1981) e subsequentes resoluções da Assembleia Mundial da Saúde (relacionadas com o “Código”) por países. Apresenta o estatuto jurídico do Código, incluindo até que ponto as disposições de recomendação foram incorporadas nas legislações nacionais.
O relatório centra-se na forma como as medidas legais delineiam processos de monitorização e aplicação para garantir a eficácia das disposições incluídas.
Também destaca exemplos importantes de interferência de fabricantes e distribuidores de substitutos do leite materno nos esforços para enfraquecer e atrasar a implementação de proteções contra o marketing antiético.
O Brasil aparece classificado como “substancialmente alinhado com o Código” devido à NBCAL – Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras, que está em constante atualização desde sua primeira versão de 1988.
Esse status no traz esperança de continuar avançando, principalmente contra o marketing digital perpetrado pelas redes sociais e pelas ditas “influenciadoras”.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Maternidade pública de Salvador lança caderneta específica para acompanhamento da gestação de Homens Trans. A Unidade de saúde da Universidade Federal da Bahia mantém ações de acolhimento à população transexual. Medida visa preencher lacuna do sistema de saúde.
A iniciativa foi idealizada e produzida pela Maternidade Climério de Oliveira da UFBA em Salvador.
“A caderneta tem como objetivo promover inclusão social, visibilidade e pertencimento, além de produzir dados qualitativos e quantitativos sobre gestações transmasculinas. O uso do instrumento pode contribuir na elaboração de políticas públicas que propiciem o acesso, o cuidado seguro e a garantia de direitos, conforme estabelecido nos princípios do SUS (universalidade, equidade e integralidade)”, disse Sinaide Coelho, superintendente da MCO-UFBA.
TRANSGESTA
Trata-se de uma iniciativa voltada às pessoas que se reconhecem e se declaram transexuais, travestis, transgêneras, intersexo e outras denominações que representam formas diversas de vivência e de expressão de identidade de gênero. Desde o início, o programa realizou o acompanhamento de 7 homens trans gestantes, que resultou no nascimento de nove bebês na maternidade.
Parabéns!
Todo o nosso apoio: essa Caderneta será citada no V Seminário online anual preparatório para a SMAM 2024 em www.agostodourado.com
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES E CRIANÇAS PEQUENAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA:
manual de orientações para a comunidade, profissionais de saúde e gestores de programas de assistência humanitária.
*Tema da SMAM 2009 e que abordaremos novamente no www.agostodourado.com desse ano.
As calamidades e emergências complexas têm um impacto devastador sobre a vida das pessoas. Repentinamente, elas perdem suas casas e são obrigadas a viver fora de seu local de origem, muitas vezes com a cisão abrupta da unidade familiar. O acesso aos serviços de saúde primários costuma ficar prejudicado ou completamente inviabilizado e os sistemas de saúde podem entrar em colapso. A água potável e os alimentos geralmente se tornam escassos, as condições de segurança precárias. Durante os desastres é preciso enfrentar o desafio de lidar com um grande número de pessoas em choque, muitas delas doentes, feridas ou traumatizadas por suas experiências. As mulheres e crianças são as vítimas que mais necessitam de cuidados. Muitas mulheres perdem seus maridos/companheiras, filhos, pais ou parentes e, mesmo assim, precisam iniciar imediatamente o trabalho de reconstruir seus lares, de organizar o espaço para continuar vivendo e de cuidar dos membros mais frágeis da família. O impacto sobre as mulheres pode ser imenso, tanto físico quanto emocional e social. Atenção extra e cuidados especiais precisam ser oferecidos às mulheres com crianças pequenas, órfãos e gestantes.
A Amamentação cruzada não é recomendada e as lactantes devem receber um acolhimento carinhoso para que possam continuar amamentando ou serem apoiadas para a relactação.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.aleitamento.com
Você gostaria de saber mais sobre como ter uma amamentação prazerosa?
Tirar as principais dúvidas sobre aleitamento?
Como doar seu leite com segurança e ter apoio de um Bancos de Leite Humano?
Quais medicamentos pode tomar enquanto está amamentando?
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O que você irá encontrar:
- dicas desde a gestação até a volta ao trabalho,
- espaço para crianças com dicas de livros,
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Programadora: Clara
Watanabe
Divulgação: aleitamento.com
Curadoria de conteúdo: Prof. Marcus Renato de Carvalho @marcus.decarvalho
Amamentação e desenvolvimento sensório psico-motor dos lactentes: “Trilhos anatômicos”, bases neurais da motricidade do sistema estomatognático e suas repercussões sistêmicas.
O lactente é preparado para a amamentação desde a décima segunda semana de gestação, quando inicia o ato reflexo de deglutir o líquido amniótico. A região do encéfalo responsável pela elaboração desses primitivos atos motores é o tronco encefálico. O RN adquire controle motor no sentido céfalo caudal. Isso se dá porque a deposição de mielina obedece à mesma direção. Acrescente-se o fato de o aumento expressivo dos prolongamentos de neurônios ocorrer, principalmente, até os 2 anos de idade. A amamentação, que deve ser mantida pelo menos até que o lactente complete 24 meses de vida, ou mais, funcionaria como uma forma de estimulação perfeita durante esse período crítico do desenvolvimento motor. No lactente, fase em que predominam as ações motoras do orbicular dos lábios e do bucinador (inervados pelo facial), a deglutição é visceral. Entre 7 e 8 meses de idade ocorre a erupção dos dentes incisivos decíduos. O contato inter incisal deflagra a mudança de dominância motora do facial para a do trigêmeo. O padrão de deglutição muda de visceral para somático. Os músculos masseter, pterigoideo medial e temporal (inervados pelo trigêmeo) fazem parte da linha profunda anterior e se comunicam com o occipto frontal (inervado pelo facial), limite cranial da linha superficial posterior. A atuação conjunta dessas duas linhas miofasciais permite que o lactente abandone sua postura flexora com o fortalecimento gradual da musculatura extensora. A amamentação promove, portanto, um adequado sincronismo das ações motoras estimuladas pelos nervos facial e trigêmeo, cujos núcleos se situam no tronco encefálico e estabelecem contato com diversas vias neurais importantes para a organização dos movimentos. Influência o tônus neuromuscular, a postura e o desenvolvimento motor do lactente.
Juliana de Magalhães Faria, Antonio de Padua Ferreira Bueno, Marcus Renato de Carvalho.
Publicado na Revista Fisioterapia Ser • vol. 18 - nº 4 • 2023.
Juliana é Fisioterapeuta em instituições públicas e/ou
privadas há 22 anos, onde adquiriu experiência na área da Saúde e Educação, Pediatria, Fisioterapia em reabilitação de bebês e crianças com problemas neurológicos, estimulação sensório psicomotora, correção postural, reabilitação de pacientes com limitações ortopédicas e neurológicas...
Especialista em Atenção Integral à Saúde Materno-infantil na Maternidade Escola da UFRJ onde iniciou esse artigo que começou com o seu TCC em 2006-7.
Os Princípios de Yogyakarta são um documento sobre direitos humanos nas áreas de orientação sexual e identidade de gênero, publicado em novembro de 2006 como resultado de uma reunião internacional de grupos de direitos humanos na cidade de Joguejacarta (em indonésio: Yogyakarta), na Indonésia.
Os Princípios foram complementados em 2017, expandindo-se para incluir mais formas de expressão de gênero e características sexuais, além de vários novos princípios.
Os Princípios, e sua extensão de 2017, contêm um conjunto de preceitos destinados a aplicar os padrões da lei internacional de direitos humanos ao tratar de situações de violação dos direitos humanos – LGBTQIA+ - de lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais e demais expressões de gênero.
São 29 princípios:
1. Direito ao Gozo Universal dos Direitos Humanos
2. Direito à Igualdade e a Não-Discriminação
3. Direito ao Reconhecimento Perante a Lei
4. Direito à Vida
Direito à Segurança Pessoal
6. Direito à Privacidade
7. Direito de Não Sofrer Privação Arbitrária da Liberdade
8. Direito a um Julgamento Justo
9. Direito a Tratamento Humano durante a Detenção
10. Direito de Não Sofrer Tortura e Tratamento ou Castigo Cruel, Desumano e Degradante
11. Direito à Proteção Contra todas as Formas de Exploração, Venda ou Tráfico de Seres Humanos
12. Direito ao Trabalho
13. Direito à Seguridade Social e outras Medidas de Proteção Social
14. Direito a um Padrão de Vida Adequado
15. Direito à Habitação Adequada
16. Direito à Educação
17. Direito ao Padrão mais Alto Alcançável de Saúde
18. Proteção contra Abusos Médicos
19. Direito à Liberdade de Opinião e Expressão
20. Direito à Liberdade de Reunião e Associação Pacíficas
21. Direito à Liberdade de Pensamento, Consciência e Religião
22. Direito à Liberdade de Ir e Vir
23. Direito de Buscar Asilo
24. Direito de Constituir uma Família
25. Direito de Participar da Vida Pública
26. Direito de Participar da Vida Cultural
27. Direito de Promover os Direitos Humanos
28. Direito a Recursos Jurídicos e Medidas Corretivas Eficazes
29. Responsabilização (“Accountability”).
Fonte: Wikipedia + JusBrasil
"Amamentação, sistemas de primeira alimentação
e poder corporativo: um estudo de caso sobre o mercado e as práticas políticas da indústria
transnacional de alimentação infantil no Brasil"
Artigo original: Breastfeeding, first-food systems and corporate power: a case study
on the market and political practices of the transnational baby food industry in Brazil.
Métodos da pesquisa: Usamos um desenho de estudo de caso, extraindo dados de documentos e entrevistas com informantes-chave (N=10).
Resultados: As taxas de amamentação despencaram no Brasil para um mínimo histórico na década de 1970. O ressurgimento da amamentação a partir
de meados da década de 1980 refletiu o fortalecimento do compromisso para a política nacional e uma lei de proteção da amamentação, resultante, por sua vez, de ações coletivas levadas a cabo por coligações de amamentação, defensores e mães. No entanto, mais
recentemente, as melhorias na amamentação estabilizaram no Brasil, enquanto a indústria aumentou as vendas de CMF
( Fórmulas Lácteas Comerciais) no Brasil em 750% entre 2006 e
2020. À medida que as regulamentações se tornaram mais rigorosas, a indústria promoveu de forma mais agressiva os CMF para bebés mais velhos e crianças pequenas, bem como para produtos especializados. fórmulas. A indústria de alimentos para bebés é fortalecida através da associação com grupos industriais poderosos e emprega lobistas com bom acesso aos decisores políticos.
A indústria conquistou a profissão pediátrica no Brasil através de sua associação de longa data com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
...
Parabenizamos os autores: Cindy Alejandra Pachón Robles, Mélissa Mialon, Laís Amaral Mais, Daniela Neri, Kimielle Cristina Silva e Phillip
Baker.
Tradução: Moises Chencinski
* Referência: Robles et al. Globalization and Health (2024) 20:12
https://doi.org/10.1186/s12992-024-01016-0
GLOBAL BREASTFEEDING SCORECARD 2023
As taxas de amamentação estão aumentando em todo mundo através da melhoria dos sistemas de promoção, proteção e apoio.
A amamentação é essencial para a sobrevivência e saúde infantil. O leite materno é um produto seguro, natural, nutritivo e sustentável. O padrão ouro para a alimentação dos lactentes. O leite materno contém anticorpos que ajudam a proteger contra muitas doenças infantis, como como diarreia e doenças respiratórias. Estima-se que o desmame precoce seja responsável por 16% das mortes infantis a cada ano.
As crianças amamentadas têm melhor desempenho em testes de inteligência e têm menos probabilidade de ter excesso de peso ou obesidade na vida adulta. As mulheres que amamentam também têm um risco reduzido de câncer e diabetes tipo II.
O “Global Breastfeeding Scorecard” examina as práticas atuais de amamentação em todo o mundo, considerando o momento de iniciação, exclusividade nos primeiros seis meses de vida e continuação até os dois anos de idade.
Além disso, documenta o desempenho nacional em indicadores-chave de como a amamentação é protegida e apoiada. Essa edição 2023 registra o progresso e os desafios na melhoria da amamentação. O relatório destaca histórias de sucesso em vários países que reforçaram as suas políticas e programas de amamentação.
Oito iniciativas fundamentais e seus impactos são analisadas:
1. Assegurar e ampliar o financiamento de políticas para aumentar as taxas de amamentação desde o nascimento até aos dois anos de vida dos lactentes;
2. Implementar integralmente o Código de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil);
3. Garantir legalmente licença parentalidade (licença maternidade e paternidade) remunerada e políticas de apoio à amamentação no local de trabalho;
4. Implementar os Dez Passos para o Sucesso da Amamentação nas maternidades – a IHAC;
5. Melhorar o acesso as capacitações em Aconselhamento em amamentação;
6. Fortalecer os vínculos entre as unidades de saúde e as comunidades;
7. Fortalecer os sistemas de monitoramento que acompanham o progresso das políticas, programas de aleitamento, e o seu financiamento;
8. Apoio IYCF (Infant and Young Child Feeding / Alimentação de lactentes e pré-escolares) em Emergências
...
CONCLUSÃO
O Scorecard demonstra que há progressos na proteção e no apoio à amamentação. Mas, ainda temos desafios significativos no aleitamento materno. São necessários mais investimentos e ações políticas ousadas para melhorar os ambientes propícios à proteção, promoção e apoio à amamentação.
Essa importantíssima publicação é do GLOBAL BREASTFEEDING COLLECTIVE, um conjunto de dezenas de instituições e experts no tema com o apoio do UNICEF.
Tradução livre do Prof. Marcus Renato de Carvalho www.aleitamento.com
Workplace breastfeeding support for working women: A scale
development study
Artigo científico publicado no European Journal of Obstetrics & Gynecology and
Reproductive Biology: X
O objetivo deste estudo foi desenvolver uma escala para avaliar o apoio ao aleitamento materno no local de trabalho.
Métodos
O estudo foi realizado com 490 mulheres trabalhadoras que se inscreveram nos ambulatórios da mulher e da criança de um hospital na Turquia. Os dados do estudo foram coletados por meio de um 'Formulário de Informações Pessoais' e da 'Escala de Apoio à Amamentação no Local de Trabalho para Mulheres Trabalhadoras'. Os dados foram analisados nos softwares SPSS 25 e AMOS 21. No processo de desenvolvimento da escala; Utilizaram-se a validade de conteúdo, a análise fatorial exploratória, os métodos de correlação item escore total e o coeficiente alfa de Cronbach.
Resultados
O índice de validade de conteúdo da escala foi de 0,90 e o valor de alfa de Cronbach foi de 0,93. O valor da escala de Kaiser-Meyer-Olkin foi de 0,91, o teste de Bartlett foi χ2 = 11.573,924 e p < 0,000. De acordo com os resultados da análise fatorial exploratória para a validade de construto da escala, a escala foi composta por 31 itens e 6 fatores.
Conclusões
A escala desenvolvida pode ser utilizada para avaliar o apoio à amamentação no local de trabalho para mulheres trabalhadoras como um instrumento de medida válido e confiável.
Excelente instrumento: tema da SMAM 2023 - Amamentação / Direito da Mulher Trabalhadora.
Profa. Carla Taddei afirma nessa entrevista que a AMAMENTAÇÃO modula a MICROBIOTA, e, portanto, se sobrepõe ao parto normal na transmissão materno infantil de “bactérias do bem”.
E em outra pesquisa mostrou que os prematuros de UTI Neonatal que tomavam leite materno tinham menos tempo de internação, independentemente se receberam leite da própria mãe ou leite humano pasteurizado do Banco de Leite da maternidade.
Está comprovado cientificamente que a Amamentação dá resiliência para a microbiota e, mesmo que a criança precise de antibiótico ou que tenha alguma outra enfermidade, o Aleitamento humano vai garantir a estrutura daquela comunidade microbiana (que antigamente chamávamos de flora intestinal).
Dra. Carla Taddei é Professora Associada do Laboratório de Microbiologia Molecular do HU da USP.
Fonte: Super Saudável, Ano XXIII, número 100 – outubro a dezembro de 2023.
Leia mais sobre esse tema no nosso portal www.aleitamento.com
As bactérias do leite humano - Microbioma do leite materno tem um efeito protetor contra infecções.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Esse é o capítulo sobre políticas públicas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento da 4ª edição do livro “Amamentação – bases científicas” – GEN Editora, 2017.
“Manejo Ampliado” é um conjunto de saberes que vão mais além dos conhecimentos biomédicos necessários para a assistência clínica ao binômio lactante-lactente.
É a capacitação de profissionais para elaborarem programas, políticas, eventos em prol da amamentação, com enfoque de gênero, interseccionalidade, diversidade e inclusão.
São apresentadas várias iniciativas internacionais e nacionais das ONGs e dos governos municipais, estaduais e federal.
Inclui um histórico das Semanas Mundiais de Aleitamento e dos Encontros Nacionais de Aleitamento desde 1991.
É o aleitamento pela ótica da saúde coletiva.
Mande suas críticas, sugestões e outras iniciativas não citadas.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Orientação sobre regulamentação de medidas destinadas a restringir o marketing digital de substitutos do leite materno (em tradução livre)
É urgente a proteção da amamentação nas redes sociais
"Guidance on regulatory measures aimed at restricting digital marketing of breast-milk substitutes".
As redes sociais se tornaram rapidamente a fonte predominante de exposição à promoção de substitutos do leite materno a nível mundial. O marketing digital amplifica o alcance e o poder da publicidade e de outras formas de promoção em ambientes digitais, e a exposição a promoção comercial digital aumenta a compra e a utilização dos ditos substitutos do leite materno.
À luz destas evidências, a 75ª. Assembleia Mundial da Saúde solicitou que a OMS desenvolvesse orientações para os Estados-Membros sobre medidas regulamentares destinadas a restringir a comercialização digital de substitutos do leite materno. Esta orientação aplica-se à comercialização de produtos abrangidos pelo Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno (NBCAL no Brasil), bem como a alimentos para lactentes e crianças pequenas que não sejam substitutos do leite materno.
Parabenizamos o nosso colega e amigo Cristiano Boccolini (Institute of Scientific and Technological Communication—ICICT, Oswaldo Cruz Foundation—Fiocruz, Brazil) um dos autores dessa inédita publicação.
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Este Guia, “Alimentação complementar de bebês e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade”, substitui os Princípios Orientadores para Alimentação Complementar do Lactente Amamentado e princípios orientadores para alimentação crianças não amamentadas de 6 a 24 meses de idade.
A alimentação complementar saudável é definida como o processo de fornecimento de alimentos além do leite materno ou fórmula láctea quando por si só não são mais suficientes para atender necessidades nutricionais. Geralmente começa aos 6 meses de idade e continua até 24 meses de idade, embora a amamentação deve permanecer além deste período.
Essa etapa é um momento crítico para o desenvolvimento para as crianças aprenderem a aceitar alimentos e bebidas saudáveis a longo prazo. Também coincide com o período de pico para o risco de crescimento insuficiente e deficiências nutricionais.
As consequências imediatas, como a desnutrição durante estes anos de formação –
bem como no útero e nos primeiros 6 meses de
vida - incluem crescimento insuficiente significativo, morbidades e mortalidade e atraso motor, retardo do desenvolvimento cognitivo e sócio emocional.
Mais tarde, pode levar a um risco aumentado de doenças não transmissíveis (DNT). No
longo prazo, desnutrição na primeira infância causa redução da capacidade de trabalho e dos rendimentos e, entre as meninas, redução da capacidade reprodutiva. A Alimentação Complementar inadequada com alimentos ultra processados pode resultar em Obesidade, Diabetes tipo 2, hipertensão…
Os primeiros dois anos de vida também são um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, a aquisição de linguagem e maturação das vias sensoriais para a visão
e audição, e o desenvolvimento de melhor desempenho das funções cognitivas.
Estas novas diretrizes estão atualizadas com evidências mais sólidas e têm muitos princípios em comum com o que preconiza o “Guia Alimentar para Crianças Brasileiras menores de 2 anos”. (Baixe aqui no nosso SlideShare).
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Apresentamos a Carta do Recife: Por uma política pública de atenção integral aos homens na saúde para promoção da paternidade e do cuidado no Brasil que apresenta uma breve síntese das reflexões e discussões desenvolvidas ao longo do Seminário Nacional e Internacional "Paternidade e Cuidado" que aconteceu em Recife, entre 30 de agosto e 1º de setembro de 2023.
Nesta carta, apresentamos algumas notas e proposições a toda a sociedade brasileira, dialogando especialmente com gestores/as da União, estados e municípios, legisladores/as, órgãos do poder judiciário, empresas, empregadores/as, sindicatos, movimentos sociais, pesquisadores/as, entidades vinculadas ao controle social e à sociedade em geral.
Abraços,
Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (COSAH/CGACI/DGCI/SAPS/MS)
Núcleo de Pesquisas Feministas em Gênero e Masculinidades - GEMA/UFPE
Núcleo GenSex/Fiocruz
Núcleo Tramas/UFPA
UFMT
Estivemos presentes e ratificamos essas análises e recomendações.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Representante do Parents in Science / Faculdade de Medicina - UFRJ
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A Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) reconhece a Amamentação
como uma prática protetora que pode salvar vidas e recomenda que seja iniciada dentro da 1ª hora de vida (conhecida como “hora mágica” ou "hora de ouro").
Através das recomendações do
melhores práticas, a OMS sugere que a amamentação “temprana” e oportuna na sala de parto pode trazer grandes benefícios para ambos – tanto para a mãe quanto para o bebê.
Alguns aspectos importantes da hora mágica, como o contato pele a pele e o início
no início do aleitamento materno, pode prevenir a hemorragia pós-parto, facilita a involução uterina e produz amenorreia lactacional, que é um método contraceptivo (LAM) útil.
A amamentação no início da vida traz benefícios a longo prazo para a mãe e para a criança.
...
Parabéns a FIGO!
Amamentação na primeira hora: proteção sem demora!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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O atendimento ambulatorial de Puericultura é destinado à criança saudável, para a prevenção, e não para o tratamento de doenças. Sendo
assim, diante dos novos conceitos de programming
e epigenética, fica clara a necessidade da assistência à saúde da criança se iniciar antes
mesmo de seu nascimento.
A ANS em 2013, pela Resolução Normativa nº 338, incluiu o procedimento pediátrico “atendimento ambulatorial em puericultura” no rol de consultas, passando a valer desde janeiro de 2014. Uma vez incluído, o procedimento passou a fazer parte da cobertura assistencial mínima
obrigatória pelos planos privados de assistência
à saúde suplementar: operadoras, Unimed...
O atendimento pediátrico a gestantes (terceiro trimestre) foi contemplado pelo Código
nº 1.01.06.04-9 com indicação de remuneração pelo Porte 2B, lembrando aos pediatras a importância do preenchimento correto do código da ANS nas guias de consulta para o devido reembolso desse valor diferenciado.
Vamos incentivar as gestantes a marcarem uma Consulta Pediátrica Pré-Natal?
Prof. Marcus Renato de Carvalho
Este documento apresenta a posição conjunta e a visão de um grupo de trabalho especializado, global e multissetorial sobre a implementação da Metodologia Mãe Canguru (MCC) para todos os bebês prematuros ou com baixo peso ao nascer (BPN), como base para o cuidado de recém-nascidos prematuros e/ou doentes.
O documento resume as informações básicas, as evidências e a justificativa para disponibilizar o MMC para todos os recém-nascidos prematuros ou de BPN e busca mobilizar a comunidade internacional de saúde materna, neonatal e infantil e as famílias para se unirem para apoiar a implementação do MMC para todos os prematuros ou bebês com baixo peso ao nascer para melhorar a saúde e o bem-estar deles e de suas mães e famílias.
Este documento de posição destina-se a ser utilizado por gestores, parceiros de desenvolvimento, lideranças do pessoal de saúde, pediatras neonatologistas, lideranças da sociedade civil (por exemplo, organizações de pais e profissionais) e organizações de pesquisa envolvidos na pesquisa de implementação do MMC.
O MMC é uma intervenção que permite à mãe assumir um papel central em sua própria vida
e os cuidados do seu recém-nascido, revertendo assim a mudança de poder entre a mãe e o responsável pelos cuidados de saúde, prestadores ou sistemas de saúde. Humaniza os cuidados maternos e neonatais, capacitando e envolvendo
aqueles que mais cuidam do RN, em vez de focar predominantemente em soluções tecnológicas.
Assim, o MMC pode servir como ponto de partida para uma reformulação mais ampla do sistema de saúde e para a prestação de serviços,
transformação dos cuidados maternos e neonatais, e um modelo do que pode ser realizado quando
as partes interessadas relevantes têm o poder de desempenhar os papéis que lhes são naturalmente confiados no cuidado dos seus
recém-nascidos.
Esse documento mostra como o Cuidado Mãe-Canguru pode ser revolucionário na atenção neonatal.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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Este "Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais
de Saúde" foi originalmente publicado em 2016 para apresentar a Estratégia Pré-Natal do Parceiro (EPNP), que, em linhas gerais, visa orientar
profissionais e gestores(as) do SUS sobre a importância do envolvimento masculino em todo o ciclo gravídico-puerperal.
Mais recentemente, entre 2021 e 2023, este material passou por processo de revisão/atualização
conduzido pela Coordenação de Atenção à Saúde do Homem (Cosah/CGACI/DGCI/Saps/MS), com a participação de pesquisadores/as vinculados/
as a instituições públicas de pesquisa e formação acadêmica (Gema/UFPE; UFPA; UFMT e IFF/Fiocruz).
Esse processo contou também com diálogos e a apreciação de gestores(as), das Coordenações
Estaduais e Municipais de Saúde do Homem, das áreas técnicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, além de
trabalhadores(as) da atenção primária à saúde (APS)
e representantes da sociedade civil.
Para ampliarmos a participação dos homens na APS é necessário que trabalhadores(as) e gestores(as) revejam práticas e ideias e estejam mais atentos(as)
às construções socioculturais de gênero e às singularidades das pessoas e dos territórios, a fim
de garantir espaços de reflexão sobre as práticas de cuidado em saúde.
Parabéns ao Ministério da Saúde e parceiros.
Notamos a falta de conteúdo da Amamentação - informações básicas devem ser dadas nessa fase gestacional para que mães e pais se preparem para esse ato de cuidado e proteção da infância.
Prof. Marcus Renato de Carvalho
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A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
2. SUMÁRIO
Introdução 03
Licença: uma pausa para cuidar 07
Transformação da cultura do cuidado 10
Um benefício para diferentes necessidades 16
3. 3
INTRODUÇÃO
A pandemia, mais do que qualquer outro contexto
histórico, acendeu e acelerou discussões no que
tange a Economia do Cuidado, sublinhando a
necessidade de reconhecer o cuidado como pilar
central também na manutenção da sociedade e da
economia. Afinal, se hoje temos adultos saudáveis
e produtivos, isto é, que possuem condições para
gerar conhecimento e riqueza para empresas
e nações, é porque esses mesmos adultos
receberam cuidados mínimos e necessários para se
desenvolver.
A ECONOMIA DO CUIDADO REFERE-SE A TAREFAS
QUE SUSTENTAM A VIDA. ESSAS TAREFAS,
INVISÍVEIS, DESVALORIZADAS E EM GERAL NÃO
REMUNERADAS, SÃO DIVIDIDAS EM:
• CUIDADOS DIRETOS: TAREFAS QUE ENVOLVEM A
INTERAÇÃO ENTRE QUEM CUIDA E QUEM É CUIDADO
(POR EXEMPLO, ALIMENTAR A CRIANÇA)
• CUIDADOS INDIRETOS: TAREFAS QUE ESTABELECEM
CONDIÇÕES MATERIAIS PARA A REALIZAÇÃO DOS
CUIDADOS DIRETOS (PREPARAR A COMIDA)
• GESTÃO DOS CUIDADOS: TAREFAS QUE ENVOLVEM
O PLANEJAMENTO E A COORDENAÇÃO DOS
CUIDADOS DIRETOS E INDIRETOS (PENSAR NA
COMIDA QUE SERÁ PREPARADA, HORÁRIO E
CONDIÇÕES QUE SERÁ SERVIDA, GARANTIR OS
INGREDIENTES E UTENSÍLIOS PARA PREPARÁ-LAS,
QUEM IRÁ PREPARÁ-LA)
4. 4
As tarefas de cuidados, exercidas
predominantemente pelas mulheres, não
foram redistribuídas na mesma proporção
de sua participação como força de trabalho
remunerado.
Não por acaso, o dito “nasce uma mulher,
nasce uma culpa” faz coro nos dias atuais. A
responsabilidade por qualquer excesso ou falta
(ainda) recai sobre a figura feminina, uma vez
que a divisão de tarefas não é equilibrada sob a
perspectiva de gênero e no que cabe à família,
ao Estado e à sociedade.
Para a mulher que se torna mãe, a equação
maternidade e trabalho remunerado apresenta
uma conta emocional difícil de fechar.
A desigualdade de responsabilidades não
favorece sua presença e ascensão no mercado
profissional e contribui para sobrecarga mental,
que pode levar ao adoecimento.
Nenhuma empresa ou nação atingirá o
ODS-5, Objetivo de Desenvolvimento
Sustentável da ONU, que trata sobre a
igualdade de gênero, se não envolverem os
homens nessa questão.
As mulheres só terão igualdade de
oportunidades se, ao lado de serviços e
políticas de proteção social, os homens
forem corresponsáveis na realização das
atividades relacionadas à Economia do
Cuidado.
E OS HOMENS NESSA
EQUAÇÃO?
5. Equilibra a balança de gênero.
Homens e mulheres que têm condições favoráveis para exercer a parentalidade promovem a saúde
mental de seus filhos e desenvolvem habilidades socioemocionais que melhoram sua produtividade e
desempenho profissional.
Uma sociedade justa e equitativa, na qual as crianças de hoje serão os adultos saudáveis que irão cuidar da
manutenção da sociedade, mercado e economia de forma sustentável.
NO CURTO
PRAZO
NO MÉDIO
PRAZO
NO LONGO
PRAZO
UM DOS CAMINHOS PARA ESSA MUDANÇA É A
LICENÇA-PARENTAL.
A LICENÇA TEM IMPACTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS
E EMOCIONAIS EXTRAORDINÁRIOS:
6. O Movimento Mulher 360, em parceria com
a Ninguém Cresce Sozinho e a 4daddy,
produziu esse material para apoiar o debate
sobre a relação entre licença-parental e saúde
mental dentro das empresas.
A Ninguém Cresce Sozinho atua na promoção
e prevenção da saúde mental nos primeiros
tempos da parentalidade e da vida. Entre
seus serviços destaca-se o d-licença, que
agrega cuidados na travessia das licenças
maternidade, paternidade e parental.
A 4daddy é uma plataforma
de produção de conteúdo e
conhecimento sobre Parentalidades,
Masculinidades e Economia do
Cuidado. Sua missão é apoiar
sociedade civil, empresas e o Poder
Público no desenvolvimento de ações
e programas que visem equidade
de gênero, valorização da Economia
do Cuidado, combate ao machismo
nos ambientes públicos e privados, e
impacto social.
6
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
8. O afastamento remunerado do trabalho
a quem se torna mãe ou pai, pela via do
nascimento ou da adoção, é essencial
para que possam se dedicar aos cuidados,
especialmente os diretos, que envolvem
os pequenos – e, no caso de quem gesta,
também se recuperar do parto. Porém, a
diferença de duração entre as licenças
maternidade e paternidade no Brasil coloca
mães e pais em condições muito desiguais
no que se refere ao tempo disponível para
cuidar. Tal discrepância reflete o modelo
cisheteronormativo de família, pautado na
complementaridade homem/mulher, e atrela
a experiência parental à dupla mãe e pai.
• LICENÇA-MATERNIDADE: 120 DIAS, COM
ESTABILIDADE DE EMPREGO ATÉ 5 MESES
APÓS O PARTO OU A GUARDA PARA FINS DE
ADOÇÃO
• LICENÇA-PATERNIDADE: 5 DIAS APÓS
O PARTO OU A GUARDA PARA FINS DE
ADOÇÃO, SEM ESTABILIDADE DE EMPREGO
Além de desconsiderar os múltiplos
arranjos familiares (que não são novos,
apenas são mais visibilizados) e, com
isso, tratar as demais configurações
como exceção, essa concepção cristaliza
ao menos duas equivocadas ideias em
relação aos cuidados:
Mulheres, devido à condição
biológica de gestar, parir e
amamentar, são naturalmente
cuidadoras inatas (cuidam por
instinto).
1
As funções materna e
paterna (funções de cuidados
fundantes do ser humano) são
desempenhadas, exclusiva e
respectivamente, por mãe e pai.
2
8
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
52% DAS FAMÍLIAS
NUCLEARES BRASILEIRAS
SÃO REPRESENTADAS PELO
MODELO CISHETERONORMATIVO
(IPEA, 2011)
9. DESFAZENDO
O EQUÍVOCO
No começo da vida e da convivência familiar, as
relações de cuidado tecem o vínculo, base para o
exercício da parentalidade e o desenvolvimento
infantil. Portanto, o tempo dedicado aos bebês
e crianças neste período é determinante para
o ser humano que está se constituindo, e para
quem exerce as funções de cuidado – a mãe, o
pai ou outro cuidador capaz de se identificar com
as necessidades do bebê/criança e respondê-las.
Aqui, a máxima “mais vale a qualidade do tempo
do que sua quantidade” não se aplica. No começo,
a quantidade de tempo de convívio e de dedicação
faz toda diferença para a instalação e a qualidade
do vínculo, bem como para o que dele resulta.
O cuidado direto não é instintivo, mas construído
na relação. Quem cuida precisa reconhecer as
necessidades de quem é cuidado para poder
atendê-las, o que resulta no encontro do cuidador
com suas próprias experiências prévias de cuidado,
mesmo que não acessadas pela memória. É por
isso que não existe um jeito único de cuidar. É na
relação de cuidados que quem cuida e quem é
cuidado descobrem, juntos, o que, como e quando
fazer. Nessa troca, ambos se (trans)formam.
10. 10
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
TRANSFORMAÇÃO
DA CULTURA DO
CUIDADO
11. 11
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
A romantização e a naturalização dos cuidados desvaloriza
essa tarefa vital, trazendo consequências para todos nós.
Viés de gênero nas relações de cuidados com os filhos
(algumas falas corriqueiras)
QUEM NÃO TEM
PEITO, NÃO CUIDA.L
ELA NÃO DEIXA QUE EU
FAÇA DO MEU JEITO.L
AJUDO NO QUE
POSSO.L
PAI QUE CUIDA É PÃE.
ELA FAZ MELHOR DO
QUE EU.L
QUEM VAI FAZER O PAPEL
DE MÃE E O PAPEL DE
PAI? (NA DUPLA MATERNIDADE OU
PATERNIDADE) IL
ELE NÃO SABE
FAZER.L
12. 12
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
Como atributo feminino, o trabalho
de cuidado centrado na mulher
compromete a empregabilidade
materna e distancia os homens
do papel de cuidadores, privando
aqueles que são pais, e seus filhos,
dessa experiência de troca.
12 meses após o início da licença-
maternidade, 32% das mulheres com
maior escolaridade e 51% com nível
educacional mais baixo encontram-
se fora do mercado; após 24 meses
do término da licença, quase
metade das mulheres está fora do
mercado, a maioria por iniciativa do
empregador e sem justa causa (FGV,
2016).
Mães recebem até 42% menos do
que mulheres sem filhos (Pnad e IBGE,
2020).
13. 13
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
O percentual de pais que trabalham praticamente não se altera antes ou depois do
nascimento de um filho, permanecendo próximo da taxa de 89%; entre mulheres, porém, o
número cai de 60,2% um ano antes da gravidez para 45,4% no primeiro semestre de vida
da criança; três trimestres depois, chega a 41,6% e, após cinco semestres, atinge 43,7%
(IPEA, 2019).
O retorno das mães ao trabalho após o nascimento do bebê entre março e dezembro de
2020 (durante a pandemia) diminuiu em comparação a dezembro de 2019: classe A/B1
(Brasil), de 93% em 2019 para 74% em 2020; classe B2/C com ensino superior completo ou
incompleto (regiões metropolitanas), de 82% em 2019 para 61% em 2020; classe B2/C com
ensino médio completo ou incompleto (interior do Brasil), de 68% em 2019 para 60% em
2020; classe D, de 47% em 2019 para 43% em 2020 ((FMCSV, 2021).
A pesquisa “Pais em casa: impactos da pandemia na divisão do trabalho de cuidado” realizada
entre maio e agosto de 2020 pela 4daddy, Furando a bolha e Tayná Leite com mais de 1.800
famílias, mostra que uma nova geração de homens vem se apoderando das atividades de
cuidado direto. Mas os cuidados indiretos e a gestão mental que envolvem as tarefas de
cuidado ainda são realizados majoritariamente pelas mulheres.
14. 14
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
No que tange a relação paternidade e trabalho,
estudo realizado na FEA-USP (2017), aponta
que para 68% dos homens as aspirações de
carreira mudaram após a paternidade e 71%
afirmam que gostariam de ter mais tempo
para se dedicar aos cuidados com os filhos. A
mesma pesquisa revela que 56% dos homens
acreditam que o ambiente de trabalho não
apresenta uma cultura aberta às discussões e
políticas para integrar trabalho e necessidades
familiares.
Ainda que a passos não tão largos como é
preciso, iniciativas governamentais, como o
Programa Empresa Cidadã ou legislações
estaduais e municipais que ampliam o período
de licença para suas servidoras, em adição
a políticas adotadas por algumas empresas,
como a flexibilidade do trabalho e a extensão
da licença-paternidade, são fundamentais para
a transformação da cultura do cuidado.
O Programa Empresa Cidadã oferece
incentivo fiscal para empresas que optam pela
declaração do lucro real e que concede + 60
dias à licença-maternidade (180 dias) e + 15 à
licença-paternidade (20 dias). Na adoção, são
concedidos à licença-maternidade + 30 dias
quando a criança tem entre 1 e 4 anos (150 dias)
e + 15 dias quando a criança tem entre 4 e 8
anos (135 dias).
Levantamento realizado pela ANDI e RNPI
(2021), tomando como referência informações
do Ministério da Economia, dados da
Receita Federal e da Relação Anual de
Informações Sociais, aponta que apenas 1%
dos estabelecimentos registrados na RAIS
em 2019 aderiram ao Programa. O mesmo
estudo revela que ao final do ano em que a
licença-maternidade foi concedida, 18% das
mulheres que se afastaram, por 180 dias, foram
desvinculadas da instituição.
15. 15
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
O sumário “Licença parental paga e
políticas pró-família” publicado em
2019 pelo Unicef, destaca que a licença
remunerada amplia o empoderamento
econômico das mulheres e sua
capacidade de contribuir para a renda
familiar, gerando mais recursos para as
crianças, com benefícios para a força de
trabalho a longo prazo e aumentando
potencialmente o crescimento e a
competitividade das empresas. No
que se refere à participação do pai nos
cuidados dos filhos, assinala que:
Os pais que participam dos cuidados
tendem a estar menos envolvidos em
comportamentos de risco, além de
reportarem ser este tipo de relação
com filhos uma grande fonte de bem-
estar e felicidade.
A participação paterna nos cuidados
contribui para a construção de
outros modelos de masculinidade
e feminilidade que, espera-se,
valorizem a corresponsabilidade, o
compartilhamento de tarefas e o
exercício da paternidade responsável.
Sendo um benefício que impacta diretamente a experiência parental e
o futuro da mulher, das novas gerações e de toda a sociedade, como
transformar a licença em cuidado à saúde mental?
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LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
UM BENEFÍCIO
PARA DIFERENTES
NECESSIDADES
17. A licença não é um evento isolado, mas
parte de um processo. Logo, transformá-la
em cuidado implica em reconhecer e atender
às necessidades parentais não apenas no
período do afastamento, mas também antes
e depois dele.
A IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE
SUPORTE À PARENTALIDADE É O QUE
VIABILIZA E SUSTENTA A ATENÇÃO ÀS
NECESSIDADES SINGULARES DA MÃE, DO PAI,
CONSEQUENTEMENTE, DO BEBÊ/CRIANÇA, E
DA EMPRESA. AO MESMO TEMPO, AS AÇÕES
COLETIVAS:
Criam um ambiente
psicologicamente seguro para
que licença e parentalidade
não sejam uma ameaça ao
emprego/carreira.
Permitem que parentalidade e
carreira coexistam de maneira
harmônica e criativa.
18. Dar aos pais os mesmos benefícios que são
dados às mães e, se possível, estendê-los aos
seus respectivos parceiros ou parceiras.
1 Flexibilizar férias no primeiro ano de vida do
bebê/adoção ou ao término da licença.
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Proporcionar a mães que viajam e amamentam
suporte para levar o filho nas viagens a
trabalho.
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Permitir, no caso de programas de extensão
da licença, a modulação do período de
afastamento do trabalho de acordo com as
necessidades de cada família.
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Flexibilizar e/ou customizar benefícios para
atender às necessidades parentais (por
exemplo: flexibilização de horário/jornada de
trabalho, creche no local de trabalho ou auxílio
babá/creche para mães e pais, sala de lactação,
serviços que facilitem as tarefas domésticas).
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Normatizar a extensão da licença, aderindo
ao Programa Empresa Cidadã ou criando um
programa próprio.
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Oferecer licença adicional a quem tem mais de
um filho (gêmeos ou mais velhos) ou tem filho
com necessidade de cuidados especiais.
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Ampliar o período de licença no caso de perda
parental no parto ou durante a licença.
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LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL
A PARTIR DA LICENÇA
BENEFÍCIOS
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LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
LIDERANÇA
Verificar com quem gesta se existe
desconforto físico, como enjoo
ou sono, em determinada fase da
gestação ou período do dia para
reajuste de tarefas ou agenda.
Estruturar com o(a) colaborador(a) um
plano para a licença e o retorno ao
trabalho.
Preparar e sensibilizar o time tanto
para a saída como para o retorno do(a)
colaborador(a).
Evitar reuniões próximo ao horário de
amamentação e de entrada/saída da
creche.
Criar um processo formal de check-
in no retorno ao trabalho para a
atualização das mudanças ocorridas
durante o afastamento e a revisão
do plano combinado (se necessário,
fazer adaptações a partir das novas
demandas).
20. INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS
E REDE DE APOIO
Ampliar a discussão sobre
parentalidade e primeira infância
nas diferentes áreas e hierarquias da
empresa.
Incluir na agenda social da empresa
eventos para conscientização de temas
relacionados aos primeiros tempos da
parentalidade e da vida.
Incentivar e dar condições para que
mães e pais estejam presentes nas
consultas e exames de pré-natal e nas
consultas pediátricas.
Dar atenção especial às adversidades
surgidas no período perinatal (por
exemplo: gestação de alto risco, parto
prematuro, diagnóstico de síndrome
ou patologia durante a gestação ou no
pós-parto, perda perinatal).
Estabelecer espaços regulares de
acolhimento que propiciem a mães
e pais trocas e reflexões sobre os
desafios parentais, inclusive durante o
período da licença.
Engajar e conscientizar lideranças
e colegas de trabalho sobre a
importância de torná-los parte da
rede de apoio de mães, pais e outros
cuidadores primordiais.
Flexibilizar agenda de futuras mães
e pais para procedimentos de
reprodução assistida e processos de
adoção.
Apoiar a amamentação e dar
condições para sua continuação no
retorno ao trabalho.
21. OFERECER A MÃES
E PAIS CONDIÇÕES
EQUÂNIMES PARA
QUE CUIDEM DE
SEUS FILHOS
É CONTRIBUIR COM
A CONSTRUÇÃO DE
UM FUTURO MELHOR
PARA TODOS NÓS!
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