Ser mãe ou pai traz desafios únicos que se intensificaram durante a pandemia. Os pais enfrentam sobrecarga ao tentar equilibrar trabalho e família, lidar com excesso de informações e pressão por felicidade dos filhos. A pandemia exacerbou esses desafios ao forçar os pais a assumirem vários papéis ao mesmo tempo. Compreender esses desafios é essencial para promover o bem-estar das famílias.
Coaching e mentoring para educação consciente dos filhos, autoeducação, filho...anatgomes
Gerando mudanças individuais e ampliação da visão social para o estabelecimento do conceito de sociedade sustentável baseada no cultivo de valores humanos em prol da formação de um novo paradigma social constituído a partir do cuidado PRESTADIO com as crianças e jovens.
“Spess Messis in Semine – A esperança da colheita reside na semente.”
Henrique José de Souza
A responsabilidade do cuidado e educação tem sido apoiada muitas vezes na escola. Daí a preocupação dos profissionais docentes buscar conhecer melhor a criança e a família através de reuniões e entrevistas.
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“Spess Messis in Semine – A esperança da colheita reside na semente.”
Henrique José de Souza
A responsabilidade do cuidado e educação tem sido apoiada muitas vezes na escola. Daí a preocupação dos profissionais docentes buscar conhecer melhor a criança e a família através de reuniões e entrevistas.
Regresso à Escola em tempo de Pandemia - Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosapsicologiaestoi
No regresso à escola, acompanhando sentimentos de entusiasmo e algum alívio, é natural que predominem ainda sentimentos de incerteza e medo relativos à exposição ao vírus. Quer as crianças e jovens, quer os pais/cuidadores e educadores/professores, podem preocupar-se com o aumento da exposição ao risco.
Numa situação em que planeamos o imprevisível, a prioridade é responder às necessidades de aprendizagem social e emocional das crianças e jovens, bem como às necessidades de Saúde Psicológica e de Bem-estar de toda a comunidade educativa.
Unidade de saúde parceira do pai.
Resumo: Os 10 passos das unidades de saúde
"Amigas do Pai":
1. Incluir os homens/pais nas atividades de contracepção, TIG, pré natal, ultrassonografia, atenção a crianças e adolescentes (consultas, exames e atividades de grupo)
2. Disponibilizar cadeiras suficientes no pré natal e Pediatria para acomodar os pais que queiram participar das consultas
3. Ter informações disponíveis sobre os direitos dos pais de acompanharem o parto (legislação e cartaz) e licença paternidade
4. Incluir temas relacionados às masculinidades /paternidade nas atividades de grupo da contracepção, pré natal, aleitamento, pediatria e clínica de adolescentes
5. Estabelecer horários alternativos de consultas, atividades de grupo e visitas às enfermarias de forma a facilitar a presença dos que trabalham
6. Decorar a unidade de forma que os homens se sintam mais a vontade (fotos, cartazes, informações, revistas)
7. Desenvolver atividades especificamente voltadas para os pais, que valorizem a integração inter geracional e o vínculo pais e filhos, com metodologias que sejam atraentes para os homens
8. Estimular a participação do pai no parto
9. Facilitar a presença dos pais nas enfermarias de Pediatria, inclusive como acompanhantes
10. Capacitar a equipe de saúde em temas relacionados às masculinidades, cuidado paterno e metodologias para trabalho com homens.
Promoção à Saúde - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Publicado no http://www.aleitamento.com/cuidado-paterno/conteudo.asp?cod=510
Regresso à Escola em tempo de Pandemia - Agrupamento de Escolas Pinheiro e Rosapsicologiaestoi
No regresso à escola, acompanhando sentimentos de entusiasmo e algum alívio, é natural que predominem ainda sentimentos de incerteza e medo relativos à exposição ao vírus. Quer as crianças e jovens, quer os pais/cuidadores e educadores/professores, podem preocupar-se com o aumento da exposição ao risco.
Numa situação em que planeamos o imprevisível, a prioridade é responder às necessidades de aprendizagem social e emocional das crianças e jovens, bem como às necessidades de Saúde Psicológica e de Bem-estar de toda a comunidade educativa.
Unidade de saúde parceira do pai.
Resumo: Os 10 passos das unidades de saúde
"Amigas do Pai":
1. Incluir os homens/pais nas atividades de contracepção, TIG, pré natal, ultrassonografia, atenção a crianças e adolescentes (consultas, exames e atividades de grupo)
2. Disponibilizar cadeiras suficientes no pré natal e Pediatria para acomodar os pais que queiram participar das consultas
3. Ter informações disponíveis sobre os direitos dos pais de acompanharem o parto (legislação e cartaz) e licença paternidade
4. Incluir temas relacionados às masculinidades /paternidade nas atividades de grupo da contracepção, pré natal, aleitamento, pediatria e clínica de adolescentes
5. Estabelecer horários alternativos de consultas, atividades de grupo e visitas às enfermarias de forma a facilitar a presença dos que trabalham
6. Decorar a unidade de forma que os homens se sintam mais a vontade (fotos, cartazes, informações, revistas)
7. Desenvolver atividades especificamente voltadas para os pais, que valorizem a integração inter geracional e o vínculo pais e filhos, com metodologias que sejam atraentes para os homens
8. Estimular a participação do pai no parto
9. Facilitar a presença dos pais nas enfermarias de Pediatria, inclusive como acompanhantes
10. Capacitar a equipe de saúde em temas relacionados às masculinidades, cuidado paterno e metodologias para trabalho com homens.
Promoção à Saúde - Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Publicado no http://www.aleitamento.com/cuidado-paterno/conteudo.asp?cod=510
Cartilha de exercícios de reabilitação para ombro, modelos de execícios, sugestões de exercícios para academia, fortalecimento e ganho de força e amplitude de movimento.
35 Receitas Saudáveis Para Emagrecer Em Casa E Perder Peso Com Saúde.rafapr7799
Neste artigo abrangente e inspirador, oferecemos um guia completo para mulheres que desejam emagrecer de maneira saudável e sustentável, focando em receitas deliciosas e nutritivas para preparar no conforto de casa. Com 42 receitas detalhadas que atendem a todos os gostos e necessidades, desde saladas e sopas até smoothies e refeições completas, cada prato é fácil de preparar e vem com informações calóricas precisas. As receitas são práticas, utilizando ingredientes acessíveis e técnicas simples, tornando possível seguir uma dieta saudável sem complicações. Além disso, destacamos a importância da reeducação alimentar, mostrando como pequenas mudanças nos hábitos alimentares podem resultar em grandes melhorias na saúde e no controle de peso. A reeducação envolve aprender a escolher alimentos mais nutritivos e balancear as refeições, promovendo uma relação saudável com a comida. A disciplina e a incorporação de exercícios físicos simples, mas eficazes, também são enfatizadas como fundamentais para acelerar o metabolismo, queimar calorias e fortalecer o corpo. Nosso artigo vai além de uma simples coleção de receitas; ele é um guia motivador e prático para transformar sua alimentação e estilo de vida. Ao adotar hábitos alimentares saudáveis e incorporar exercícios físicos regulares, você estará no caminho certo para alcançar a perda de peso de maneira eficaz. E para maximizar seus resultados, apresentamos nosso produto exclusivo e completo para emagrecimento, que oferece planos personalizados e suporte contínuo, adaptados às suas necessidades específicas. Com nosso programa, você terá todas as ferramentas necessárias para alcançar e manter uma vida saudável e equilibrada, garantindo que sua jornada de emagrecimento seja bem-sucedida e sustentável. Este artigo é sua oportunidade de começar uma nova etapa de bem-estar e autoconfiança, proporcionando-lhe receitas saborosas, dicas práticas e um plano eficaz para atingir seus objetivos de perda de peso de forma saudável e duradoura.
2. As mães e os pais dizem, frequentemente, que ser mãe ou pai é a melhor e mais difícil tarefa do
mundo. Por um lado, dá um sentido de propósito e significado à nossa vida, traz-nos satisfação, gratifi-
cação e sentimentos de realização e bem-estar. Por outro, as responsabilidades e exigências de educar
crianças/jovens saudáveis e com bem-estar também podem desafiar os nossos limites, gerar stresse e
sentimentos de sobrecarga.
É-se mãe e pai ao longo da vida da criança, adolescente, jovem e adulto que é nosso filho ou filha. A
parentalidade vai desenvolvendo-se e transformando-se conforme as necessidades, características
e desejos dos filhos/as e das mães/pais, mas pode sempre impactar de forma significativa, positiva ou
negativa, o desenvolvimento das nossas filhas e filhos.
No caso de quem escolhe ser pai ou mãe, a parentalidade é uma das tarefas mais importantes da vida
adulta, interferindo na forma como vivemos as restantes esferas da nossa vida. Para além disso, hoje
em dia somos bombardeados com conselhos e informação sobre práticas e estratégias de parentali-
dade – na rua, nas redes sociais, na televisão, nas livrarias. A expectativa e a pressão sobre os pais
e as mães são enormes. Ser pai ou mãe, de várias formas, parece ser mais desafiante do que era há
algumas décadas, no tempo dos nossos avós ou bisavós. A abordagem à parentalidade e a relação que
estabelecemos com os nossos filhos e filhas também parece ser, em muitos casos, bastante diferente.
3. Ser Mãe, Ser Pai
A parentalidade envolve assegurar a saúde e a segurança dos nos-
sos filhos e filhas. Amá-los, cuidá-los, aceitá-los, encorajá-los
e orientá-los. E ainda transmitir-lhes valores sociais e culturais,
ajudá-los a desenvolver competências e recursos, de modo a
tornarem-se crianças, jovens e depois adultos competentes e ca-
pazes de atingirem os seus objectivos. As mães e os pais, por vezes
outros cuidadores, oferecem às crianças um contexto de protecção
e cuidado onde podem desenvolver-se física, cognitiva, emocional
e socialmente de forma de forma positiva.
Os laços afectivos de vinculação segura entre os pais/mães e os
filhos/as permitem-lhes estabelecer relações saudáveis com os out-
ros e com o ambiente em que vivem. Quando a relação entre pais/
mães e filhos/as é acolhedora, aberta, transmite confiança e é co-
municativa, quando inclui o estabelecimento de limites adequados,
regras e razões para os comportamentos esperados, as crianças
e jovens revelam maior segurança, auto-estima, saúde psicológica,
maior capacidade para estabelecerem relações positivas com os out-
ros e melhor desempenho escolar. Pelo contrário, cuidados parentais
desadequados aumentam o risco de problemas físi-
cos (obesidade ou problemas cardíacos, por exem-
plo) e psicológicos (agressividade, ansiedade ou
problemas de comportamento, por exemplo),
com consequência diversas, entre as quais
maior risco de insucesso e abandono
escolar precoce.
A parentalidade – laços afectivos, bem como os
conhecimentos, as atitudes e os comportamentos
das mães e dos pais – é influenciada por vários fac-
tores, entre os quais, as experiências com os respectivos
pais e mães (incluindo as da sua infância), as suas circun-
stâncias (por exemplo, fontes de stresse provenientes da situ-
ação laboral), as características da própria criança/jovem (tempera-
mento), as expectativas e práticas que os pais e mães percepcionam
e observam nos outros à sua volta (família, amigos, redes sociais)
e as crenças pessoais e socioculturais. Mas também, o sentido de
competência pessoal, a relação conjugal ou com o outro progeni-
tor, a rede de apoio que têm, os serviços disponíveis (por exemplo,
existência ou não de creches e outros apoios sociais e cuidados de
saúde) e outras situações de desigualdade ou vulnerabilidade (por
exemplo, discriminação, pobreza ou exclusão).
É preciso notar que, para além da diversidade dos conhecimentos,
atitudes e práticas parentais, também existe uma diversidade de out-
ras influências na vida das crianças e jovens. Embora as mães
e os pais sejam centrais para o desenvolvimento saudável dos fil-
hos e filhas, outros familiares, amigos, professores, pares ou institu-
ições sociais, por exemplo, também influenciam e contribuem para o
crescimento e desenvolvimento das crianças e jovens. Sendo que, as
próprias crianças e jovens são os contribuidores mais essenciais
para o seu próprio desenvolvimento.
4. Os Desafios de Ser Mãe
e Ser Pai
Ser mãe ou pai não está apenas associado a prazer e recompensas.
Ser mãe ou ser pai, por muito competentes que sejamos, também é
lidar com frustrações, medos, falhas e desafios.
Os desafios e dificuldades de se ser mãe e pai, na actualidade, pre-
cisam de ser compreendidos no âmbito das complexidades, ambigui-
dades e dinâmicas do nosso contexto social e cultural, das carac-
terísticas e circunstâncias individuais do pai e da mãe, bem como da
criança/jovem (por exemplo, o stresse económico ou aquele que é
provocado pela doença ou necessidades específicas de um filho/filha
agrava as dificuldades e desafios de ser mãe e pai).
Ainda assim, alguns desafios parecem ser comuns à maior parte
das mães e pais.
(DES)EQUILÍBRIO ENTRE A VIDA
FAMILIAR E PROFISSIONAL
As mães e os pais sentem-se, com frequência, divididos entre as
suas responsabilidades profissionais e parentais. Quando se focam
numa, sentem-se a negligenciar a outra e vice-versa. Organizar o
trabalho e a vida familiar de forma a permitir uma integração sinér-
gica de ambas as dimensões na nossa vida, pode parecer, às vezes,
uma “missão impossível” (embora essencial à nossa saúde, física e
psicológica, bem-estar e qualidade de vida da família).
RITMO DE VIDA ACELERADO
A vida na sociedade actual enfatiza a produtividade e a actividade.
A maior parte dos adultos (sobretudo aqueles que são pais e
mães) queixa-se de “não ter tempo” e parece ser difícil “abrandar”.
É difícil respeitar o tempo que uma criança leva a atar os sapatos
quando já estamos atrasados para o trabalho. É difícil deixá-los es-
tar mais tempo a brincar no parque porque, quando chegarmos a
casa, ainda temos de tratar dos banhos e do jantar e,
por vezes, voltar a trabalhar. As próprias crianças
e jovens têm, em muitos casos, um horário de
actividades preenchido, que lhes deixa pouco
tempo para estarem, simplesmente, com
os pais e outros familiares, aproveitan-
do a companhia uns dos outros ou
para realizarem actividades não
programadas ou organizadas.
5. SOBRECARGA DE INFORMAÇÃO
As mães e pais estão expostos a tanta informação sobre como
devem exercer a sua parentalidade e educar as filhas e os filhos,
que pode ser mais difícil tomarem decisões ou encontrarem a sua
própria forma de serem mães e pais. Sobre o mesmo assunto (seja
ele, começar pela papa ou pela sopa, fazer o desfralde, ajudar ou não
com os trabalhos de casa, lidar com as saídas à noite e os potenciais
namorados ou namoradas, por exemplo) há dezenas de pontos de
vista e perspectivas, muitos deles antagónicos e nem todos credíveis.
Os pais ou mães podem questionar-se sobre qual é a melhor escolha,
perante orientações, frequentemente, conflituantes, bem como po-
dem ter dificuldades em compatibilizar essas escolhas com as suas
crenças ou mesmo vivenciá-las com sentimentos de culpa.
“CULTURA DA CULPA”
Existe muita pressão para que os (nossos) filhos e filhas sejam os que
dormem melhor, os que deixam a fralda mais cedo, os mais espertos
e bons alunos, os mais giros e bem vestidos, etc. Existe pressão a
propósito da amamentação, da alimentação, da actividade física
ou das actividades culturais com que estimulamos
as crianças e jovens. Frequentemente os pais e a
mães sentem-se culpados porque não estão a
fazer “o que deviam” (porque o filho ou a fil-
ha bebe biberão, porque ainda usa chucha,
porque se deita tarde, porque vê tele-
visão ou está no telemóvel demasiado
tempo, etc.), porque não são “per-
feitos”. A maior parte das mães
e dos pais já se sentiu julgado e criticado por
cônjuges, familiares, amigos, vizinhos, co-
legas de trabalho, profissionais das áre-
as da educação, saúde ou social ou até
por desconhecidos (ainda que, na realidade,
não exista uma “forma certa” de ser pai ou
mãe ou uma solução única para os desafios da
parentalidade).
PARENTALIDADE DIGITAL
A forma como a tecnologia está presente na nossa vida colocou os
pais e as mães perante novos desafios, para os quais não existem
respostas consensuais: devemos incentivar as crianças e os jovens
a usar as novas tecnologias? O que é tempo a mais no tablet ou no
telemóvel? Como encontrar o equilíbrio entre os limites e a autono-
mia (por exemplo, entre respeitar a privacidade dos jovens, mas si-
multaneamente, estar atento a situações de bullying, violência sexual
ou outras)? As mães e pais têm um papel importante na promoção
de hábitos seguros e saudáveis de interacção com a tecnologia,
mas também têm dúvidas sobre como fazê-lo e temem os seus
efeitos no desenvolvimento dos filhos e filhas.
EXIGÊNCIA DE FELICIDADE E
SUCESSO
A situação económica, social e cultural que vivemos coloca ainda
6. mais pressão nos pais e mães para que criem fil-
hos/as bem-sucedidos, garantindo que têm um
sucesso escolar e académico que os coloque
em vantagem competitiva no mercado de
trabalho. Esta “vantagem competitiva” parece
aplicar-se também à necessidade de garantir a
satisfação, realização e felicidade permanente das
crianças e jovens (parecendo, às vezes, ignorar-se ou
desvalorizar-se o papel fundamental que as adversidades,
os sentimentos de frustração ou outras emoções e sentimen-
tos têm no desenvolvimento e crescimento das crianças e jov-
ens).
PANDEMIA COVID-19
Recentemente, e devido à pandemia de COVID-19, as mães e os pais
viram-se (e vêem-se) confrontados com situações de dever de recol-
himento, que os obrigam a ser pai/mãe, professor/professora, tra-
balhador/trabalhadora, simultaneamente e no mesmo espaço. As
mães e os pais tiveram de cuidar dos filhos e dar resposta às suas
necessidades (para além das necessidades básicas, houve necessi-
dade de reforçar a atenção às necessidades de afecto e segurança),
supervisionar as tarefas escolares, gerir situações de (potencial)
conflito, realizar teletrabalho e tarefas domésticas, bem como de lidar
com um contexto geral de incerteza, insegurança, medo e ansiedade,
ou experiência de perda. Frequentemente, os pais e as mães du-
vidaram das suas competências, sentiram dificuldades em criar uma
rotina ou definir limites.
Foi um período que intensificou o tempo que passamos em interacção
com os nossos filhos/filhas e que nos deu oportunidade de nos ob-
servar mais enquanto pais e mães – qual é o impacto das nossas
acções no bem-estar e no mal-estar dos nossos filhos/as? Quais são
as nossas principais áreas de competência e de dificuldade?
Nalguns casos, para além de stresse parental, as mães e os pais
sentiram burnout parental – uma exaustão intensa associada ao pa-
pel parental (por exemplo, sentir-se emocionalmente esgotado, sen-
tir que se atingiu o limite, que não se vai conseguir cuidar da criança
nem mais um dia e que não se consegue retirar prazer desse cuidar).
O impacto psicológico da pandemia também foi sentido pelos pais e
mães, individualmente ou enquanto casal, influenciando a sua paren-
talidade.
SAÍDA TARDIA DE CASA
Os filhos e filhas adultos demoram cada vez mais a alcançar a
independência económica e a saírem de casa dos pais. Esta re-
alidade é explicada por factores como o prolongamento dos anos
de estudo, a instabilidade e precaridade laboral, salários reduzidos
ou os custos elevados da habitação. Hoje é frequente que até cerca
dos 30 anos, algumas pessoas ainda não se tenham emancipado,
da mesma forma que os pais e as mães também não os
consideram autónomos e, por isso, os pais continuam
a sentir necessidade de dar um apoio (financeiro e
emocional) mais próximo aos filhos e filhas.
Tendo em conta as décadas de investimen-
to activo por parte dos pais e mães no
desenvolvimento dos filhos e filhas,
estabelece-se uma relação entre o
bem-estar dos filhos/as, mes-
7. mo já adultos, e o bem-estar dos pais/mães. Quando os filhos/as
têm sucesso na sua vida adulta, a saúde psicológica dos pais/mães
beneficia desse triunfo. O contrário também sucede: quando os filhos
ou filhas enfrentam problemas – físicos, relacionais, emocionais, fi-
nanceiros, laborais – a Saúde Psicológica e a percepção de bem-es-
tar dos pais diminui.
Os pais e mães podem sentir tristeza, uma sensação de perda e de
sentido para a vida com a saída dos filhos/as de casa. No entanto,
também podem sentir satisfação, felicidade e orgulho e experimen-
tar maior liberdade e energia para investir noutras relações, incluin-
do a conjugal, e perseguir objectivos pessoais.
8. O Bem-Estar das Mães e dos Pais
Compreender os desafios e o(s) contexto(s) da parentalidade é essencial para o bem-estar das mães e dos pais que, por sua vez, é essencial
ao bem-estar e ao desenvolvimento das crianças e, em termos gerais, das comunidades e da sociedade.
As evidências científicas demonstram que ser mãe e pai, hoje, pode ser mais stressante do que era há décadas. Por isso, é maior a necessi-
dade e torna-se essencial:
Investir no autocuidado e prevenir a exaustão parental. Educar os nossos filhos/as é uma tarefa muito importante e, por isso, para o
fazermos bem é necessário cuidarmos de nós – da nossa saúde física e psicológica, das nossas relações, do nosso bem-estar. O autocuida-
do é bom para nós, mas também para os nossos filhos/filhas. Saiba mais sobre autocuidado: Factsheet sobre Autocuidado e Bem-Estar,
Checklist Cuido de Mim?.
Gerir o equilíbrio entre a vida familiar e profissional, conciliando os diferentes papéis e objectivos. Saiba mais sobre esta necessidade
básica aqui.
Lidar com alguns mitos como o de que existem pais e mães perfeitos ou o da necessidade de superprotecção das crianças e jovens.
Na realidade, não existe a parentalidade perfeita, existem mães e pais que tentam ser os melhores pais e mães pos-
síveis dos seus filhos e filhas, com as circunstâncias que têm, oferecendo-lhes afecto, um sentimento de confiança e
segurança e estrutura. E é isso que abre caminho para o desenvolvimento de pessoas saudáveis, confiantes, com-
petentes, autónomas e capazes de tomar as suas próprias decisões.
Na realidade, é necessário ensinarmos os nossos filhos e filhas a lidar com o risco, a imprevisibilidade,
a incerteza e promovermos a sua resiliência.
9. Os Pais e Mães também
precisam de Ajuda
O stresse de cuidar de uma criança ou jovem pode fazer-nos sentir ansiosos, zan-
gados, culpados ou completamente esgotados. Podemos até questionarmo-nos se
somos bons pais/mães. Estas tensões são normais e inevitáveis, fazem parte da
parentalidade. Contudo, o stresse parental pode tornar-se um problema quando nos
sentimos tão desgastados que não conseguimos lidar com o que acontece ou per-
demos o controlo. Preencha a Checklist Stresse Parental.
Quando somos pais e mães é natural que haja momentos em que possamos pre-
cisar de apoio adicional. Procure informação e recursos em www.eusinto.me ou
ajuda especializada junto de um Psicólogo ou Psicóloga.
Os Psicólogos e Psicólogas podem ajudar as mães e os pais a compreender o desen-
volvimento dos filhos e filhas, a estabelecer uma relação e uma comunicação sau-
dável e positiva e a lidar com dificuldades e problemas que possam surgir ao longo
da parentalidade. Podem ajudar os pais e mães a reflectir sobre o seu papel, apoian-
do-os em processos de melhoria da estrutura, funcionalidade e satisfação familiares.
DOCUMENTO ELABORADO COM O APOIO DE:
Mariana Negrão (CP 8066)