Este documento discute como a figura histórica de Boudica, uma rainha celta que liderou uma revolta contra os romanos no século I d.C., tem sido utilizada ao longo dos séculos para diferentes propósitos políticos e sociais. O texto analisa como a imagem de Boudica foi construída pelos historiadores antigos e como ela foi posteriormente apropriada por diferentes autores para refletir os contextos sociais de suas épocas.
O documento discute a periodização da história dividida em Pré-História e História propriamente dita, e como esta é dividida em períodos como a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna/Contemporânea de acordo com marcos como o advento da escrita e queda do Império Romano. Também debate conceitos como positivismo e como a história deve ser constantemente reescrita.
Este documento fornece uma introdução aos principais conceitos da história, incluindo:
1) A história estuda o homem no transcorrer do tempo, analisando o que fizeram, pensaram e sentiram.
2) Existem diferentes modos de produção ao longo da história, incluindo primitivo, asiático, feudal e capitalista.
3) As fontes históricas incluem documentos escritos e não escritos, e o historiador deve buscar a objetividade ao analisá-las.
O documento discute o conceito de cultura e sua evolução ao longo dos séculos, desde atividades agrícolas até aspectos intelectuais, artísticos e religiosos. Também aborda as diferenças entre cultura e civilização segundo Elias e as abordagens da história cultural, como objetos, sujeitos e práticas estudados. Por fim, destaca contribuições de historiadores brasileiros para ampliar os temas e sujeitos da história a partir de uma perspectiva cultural.
O documento descreve a evolução da escola historiográfica dos Annales em 4 fases, desde sua fundação na década de 1920 até os dias atuais. A escola promoveu uma abordagem interdisciplinar e socioeconômica da história, marginalizando temas políticos. Fernand Braudel foi líder da segunda geração e desenvolveu a noção de longa duração. Posteriormente, novos temas como a história cultural e mentalidades ganharam relevância.
Este documento discute as principais teorias da história, incluindo o positivismo, a Escola dos Annales e a Nova História. Também aborda como diferentes correntes ao longo da história interpretaram o conhecimento histórico, desde a Antiguidade até o século XIX.
Este documento fornece informações sobre os direitos autorais de uma obra disponibilizada gratuitamente online. Segundo o texto, a obra pode ser usada parcialmente para pesquisas e estudos, mas sua venda ou uso comercial é proibido. O documento também apresenta a equipe responsável pela disponibilização de conteúdos em domínio público de forma gratuita, com o objetivo de tornar o conhecimento acessível.
1) O documento discute a Nova História Cultural, abordando seu surgimento a partir da crítica ao paradigma tradicional da história e da influência dos movimentos dos Annales e da história social marxista.
2) É apresentada a autora Lynn Hunt e seu livro "A Nova História Cultural", que deu nome ao movimento. Seus principais expoentes como Foucault, Bourdieu e as ideias de longa duração de Braudel também são discutidos.
3) O programa da Nova História Cultural é definido como uma abordagem que privilegia
Roger Chartier propõe uma nova abordagem para a história cultural, focando nas representações sociais e práticas culturais ao invés de apenas eventos. Ele argumenta que as representações constroem o sentido do presente e que o historiador deve considerar como os textos são apropriados e lidos. Chartier também discute como conceitos de outros teóricos como Foucault, Certeau e Bourdieu influenciaram seu trabalho.
O documento discute a periodização da história dividida em Pré-História e História propriamente dita, e como esta é dividida em períodos como a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna/Contemporânea de acordo com marcos como o advento da escrita e queda do Império Romano. Também debate conceitos como positivismo e como a história deve ser constantemente reescrita.
Este documento fornece uma introdução aos principais conceitos da história, incluindo:
1) A história estuda o homem no transcorrer do tempo, analisando o que fizeram, pensaram e sentiram.
2) Existem diferentes modos de produção ao longo da história, incluindo primitivo, asiático, feudal e capitalista.
3) As fontes históricas incluem documentos escritos e não escritos, e o historiador deve buscar a objetividade ao analisá-las.
O documento discute o conceito de cultura e sua evolução ao longo dos séculos, desde atividades agrícolas até aspectos intelectuais, artísticos e religiosos. Também aborda as diferenças entre cultura e civilização segundo Elias e as abordagens da história cultural, como objetos, sujeitos e práticas estudados. Por fim, destaca contribuições de historiadores brasileiros para ampliar os temas e sujeitos da história a partir de uma perspectiva cultural.
O documento descreve a evolução da escola historiográfica dos Annales em 4 fases, desde sua fundação na década de 1920 até os dias atuais. A escola promoveu uma abordagem interdisciplinar e socioeconômica da história, marginalizando temas políticos. Fernand Braudel foi líder da segunda geração e desenvolveu a noção de longa duração. Posteriormente, novos temas como a história cultural e mentalidades ganharam relevância.
Este documento discute as principais teorias da história, incluindo o positivismo, a Escola dos Annales e a Nova História. Também aborda como diferentes correntes ao longo da história interpretaram o conhecimento histórico, desde a Antiguidade até o século XIX.
Este documento fornece informações sobre os direitos autorais de uma obra disponibilizada gratuitamente online. Segundo o texto, a obra pode ser usada parcialmente para pesquisas e estudos, mas sua venda ou uso comercial é proibido. O documento também apresenta a equipe responsável pela disponibilização de conteúdos em domínio público de forma gratuita, com o objetivo de tornar o conhecimento acessível.
1) O documento discute a Nova História Cultural, abordando seu surgimento a partir da crítica ao paradigma tradicional da história e da influência dos movimentos dos Annales e da história social marxista.
2) É apresentada a autora Lynn Hunt e seu livro "A Nova História Cultural", que deu nome ao movimento. Seus principais expoentes como Foucault, Bourdieu e as ideias de longa duração de Braudel também são discutidos.
3) O programa da Nova História Cultural é definido como uma abordagem que privilegia
Roger Chartier propõe uma nova abordagem para a história cultural, focando nas representações sociais e práticas culturais ao invés de apenas eventos. Ele argumenta que as representações constroem o sentido do presente e que o historiador deve considerar como os textos são apropriados e lidos. Chartier também discute como conceitos de outros teóricos como Foucault, Certeau e Bourdieu influenciaram seu trabalho.
O documento discute o desenvolvimento da história cultural como campo de estudo. Abrange desde as origens na Alemanha e Holanda no século XVIII, passando pelas tradições francesa e anglófona, até chegar aos debates atuais sobre métodos e abordagens, como a ênfase nos símbolos e na hermenêutica.
O slide busca uma síntese das propostas historiográficas desde o positivismo até as discussões atuais, para que possamos compreender melhor o que se passa atualmente na historiografia.
retalhosdahistoria.blogspot.com
Mídia e mulheres: um percurso compartilhado no território dos Estudos CulturaisCassia Barbosa
Este documento discute a inserção das mulheres como objeto de estudo nas ciências ao longo do tempo, desde pesquisas pioneiras no século XIX até os estudos feministas que surgiram nas universidades na década de 1960. Também aborda como os Estudos Culturais ingleses, principalmente no Centre for Contemporary Cultural Studies, passaram a investigar as mulheres e sua representação na mídia a partir da década de 1970, com a formação do Grupo de Estudos da Mulher.
1) A Escola dos Annales francesa emergiu nos anos 1920 e influenciou pensadores forçando uma renovação no pensamento histórico e social.
2) Lucien Febvre e Marc Bloch fundaram a revista Annales em 1929 para promover a interdisciplinaridade, estudar estruturas sociais e realizar inquéritos coletivos.
3) A nouvelle histoire influenciada pelas ciências sociais privilegiou estruturas de longa duração em vez de eventos, usando novos métodos e fontes diversas.
1) A Nova História Cultural surgiu na década de 1980 como uma alternativa à história das mentalidades, rejeitando o conceito de "mentalidades" como vago.
2) A Nova História Cultural é plural e investiga estratificações sociais e conflitos socioculturais, adotando três modelos: história vista de baixo, práticas e representações, e micro-história.
3) A micro-história se concentra no particular e no individual, usando narrativa e se aproximando da antropologia interpretativa, diferenciando-se por considerar
O documento resume 3 correntes históricas - Positivismo, Materialismo Histórico e Escola dos Anais - e discute suas abordagens para análise do passado. A Escola dos Anais valorizava novas fontes e contribuições culturais comuns em contraste com o foco nos grandes eventos do Positivismo. Exemplos e exercícios são fornecidos para ilustrar as correntes.
A Nova História e seus problemas (segundo Peter Burke)guest3f9c73
O documento discute os problemas enfrentados pela "Nova História" em sua definição, fontes, métodos e explicações. Apresenta quatro problemas principais: 1) definição de conceitos-chave; 2) novas fontes que suscitam questões; 3) limitações de modelos deterministas de explicação; 4) fragmentação da disciplina e possibilidades de síntese.
A Escola dos Annales foi fundada por Marc Bloch e Lucien Febvre na França dos anos 1920 com o objetivo de renovar a historiografia, privilegiando a história econômica e social em vez da política. Sob a liderança de Fernand Braudel, a segunda geração introduziu novos métodos como a história quantitativa e documentação seriada, além de enfatizar a longa duração e a relação entre sociedade e meio ambiente.
O documento discute a crítica feita pelos Annales à história "tradicional" no início do século 20 e os pontos em comum entre a abordagem dos Annales e a concepção marxista de história, como a ênfase na síntese global que explique a sociedade como uma totalidade estruturada e a vinculação da pesquisa histórica com preocupações do presente.
Da história das mentalidades à história cultural - Teoria da história IIKaio Veiga
A história das mentalidades declinou a partir da década de 1980 devido a fortes críticas, abrindo espaço para novos campos como a história da vida privada e da sexualidade. Estes campos absorveram parte das mentalidades. No entanto, o principal refúgio das mentalidades foi a história cultural, que buscou corrigir as imperfeições teóricas das mentalidades e defender a legitimidade do estudo do "mental" sem abrir mão da história como disciplina. A história cultural apresenta uma abordagem pluralista e valoriza estratificações socioc
O documento discute a Teoria da Nova História, que critica a abordagem positivista da história e jornalismo. A teoria defende que historiadores e jornalistas devem questionar fontes e fatos, e manter uma postura analítica e reflexiva, ao invés de apenas reproduzirem informações. A fronteira entre realidade e imaginário é fluida, requerendo novas formas de representar acontecimentos.
1) A História Social Inglesa surgiu da contribuição de historiadores marxistas ligados ao Partido Comunista Inglês após a Segunda Guerra Mundial;
2) Esses historiadores se voltaram para uma concepção de história materialista e preocupada com as classes trabalhadoras e comuns;
3) A História do Trabalho dialoga com múltiplas áreas, buscando explorar como questões políticas, econômicas, culturais e sociais influenciam a vida dos trabalhadores.
Este documento resume a história da Escola dos Annales em 3 gerações. A primeira geração fundou a revista Annales d'histoire économique et sociale com uma abordagem interdisciplinar da história. A segunda geração, liderada por Fernand Braudel, transformou noções de tempo e espaço. A terceira geração trouxe maior fragmentação e influência, indo "Do Porão ao Sótão".
O documento resume as principais correntes da historiografia: Positivismo, Materialismo Histórico e Escola dos Annales. O Positivismo enfatiza os fatos históricos narrados de forma cronológica, o Materialismo Histórico de Karl Marx foca no aspecto econômico, e a Escola dos Annales incorporou outros campos ao estudo da História.
O documento apresenta uma aula introdutória sobre história. Em três frases ou menos, o documento introduz o tema da aula, discute o que é história segundo autores como Jacques Le Goff e Marc Bloch, e mostra imagens de figuras históricas como Gandhi e trabalhadores para exemplificar como pessoas participam da construção da história.
A revista Annales foi criada na França em meados do século XX por Lucien Febvre e Marc Bloch para mudar a abordagem positivista da historiografia e compreender melhor a história da sociedade considerando diferentes aspectos da vida humana, como outras ciências. O movimento questionou a historiografia tradicional e possibilitou novas formas de escrever a história.
Este artigo discute (1) os limites da história como disciplina científica diante das incertezas do futuro e a necessidade de mudanças nos grandes recortes analisados, como civilizações e nações, (2) como essas unidades de análise acabam naturalizadas e projetadas no passado de forma ideológica, obscurecendo outras histórias, e (3) a necessidade de se ter consciência da arbitrariedade dessas formas de análise para se poder produzir visões alternativas do passado.
O documento descreve a evolução da historiografia desde os gregos até a Revolução Francesa. Os gregos tinham uma visão anti-histórica, focada no eterno e não no transitório. Durante a Iluminismo, houve uma primeira contestação à narrativa dominante da história dos grandes feitos, mas foi apenas no século XIX que a "nova história" sociocultural foi marginalizada em favor da história política defendida por Ranke.
Este documento apresenta o programa, cronograma e bibliografia da disciplina "Teoria e Metodologia da História" ministrada pelo professor José Carlos Reis. O curso abordará as principais teorias e metodologias históricas do século XX, como o marxismo, a Escola dos Annales, e enfoques pós-modernos. Serão discutidos temas como causalidade, compreensão, temporalidade e memória. O cronograma lista 5 unidades temáticas e seminários sobre autores como Marx, Bloch, Braudel e Foucault.
1) O documento resume o livro "Jogos de Escala: a experiência da microanálise", que discute a abordagem da micro-história na pesquisa histórica francesa.
2) A micro-história surgiu como uma crítica à perspectiva macro-histórica dominante que buscava explicações nos níveis estruturais.
3) A micro-história valoriza a escala local e os sujeitos históricos, questionando noções rígidas de racionalidade e causalidade históricas.
Este documento presenta varias oraciones en idioma garifuna con sus traducciones al español. Enseña saludos, preguntas comunes sobre actividades y comida, partes del cuerpo y dolores, así como vocabulario adicional sobre tiempo, clima y agradecimiento. El objetivo es ayudar a las personas a aprender aspectos básicos del idioma garifuna.
La Unión Europea ha acordado un paquete de sanciones contra Rusia por su invasión de Ucrania. Las sanciones incluyen restricciones a las importaciones de productos rusos clave como el acero y la madera, así como medidas contra bancos y funcionarios rusos. Los líderes de la UE esperan que las sanciones aumenten la presión económica sobre Rusia y la disuadan de continuar su agresión contra Ucrania.
O documento discute o desenvolvimento da história cultural como campo de estudo. Abrange desde as origens na Alemanha e Holanda no século XVIII, passando pelas tradições francesa e anglófona, até chegar aos debates atuais sobre métodos e abordagens, como a ênfase nos símbolos e na hermenêutica.
O slide busca uma síntese das propostas historiográficas desde o positivismo até as discussões atuais, para que possamos compreender melhor o que se passa atualmente na historiografia.
retalhosdahistoria.blogspot.com
Mídia e mulheres: um percurso compartilhado no território dos Estudos CulturaisCassia Barbosa
Este documento discute a inserção das mulheres como objeto de estudo nas ciências ao longo do tempo, desde pesquisas pioneiras no século XIX até os estudos feministas que surgiram nas universidades na década de 1960. Também aborda como os Estudos Culturais ingleses, principalmente no Centre for Contemporary Cultural Studies, passaram a investigar as mulheres e sua representação na mídia a partir da década de 1970, com a formação do Grupo de Estudos da Mulher.
1) A Escola dos Annales francesa emergiu nos anos 1920 e influenciou pensadores forçando uma renovação no pensamento histórico e social.
2) Lucien Febvre e Marc Bloch fundaram a revista Annales em 1929 para promover a interdisciplinaridade, estudar estruturas sociais e realizar inquéritos coletivos.
3) A nouvelle histoire influenciada pelas ciências sociais privilegiou estruturas de longa duração em vez de eventos, usando novos métodos e fontes diversas.
1) A Nova História Cultural surgiu na década de 1980 como uma alternativa à história das mentalidades, rejeitando o conceito de "mentalidades" como vago.
2) A Nova História Cultural é plural e investiga estratificações sociais e conflitos socioculturais, adotando três modelos: história vista de baixo, práticas e representações, e micro-história.
3) A micro-história se concentra no particular e no individual, usando narrativa e se aproximando da antropologia interpretativa, diferenciando-se por considerar
O documento resume 3 correntes históricas - Positivismo, Materialismo Histórico e Escola dos Anais - e discute suas abordagens para análise do passado. A Escola dos Anais valorizava novas fontes e contribuições culturais comuns em contraste com o foco nos grandes eventos do Positivismo. Exemplos e exercícios são fornecidos para ilustrar as correntes.
A Nova História e seus problemas (segundo Peter Burke)guest3f9c73
O documento discute os problemas enfrentados pela "Nova História" em sua definição, fontes, métodos e explicações. Apresenta quatro problemas principais: 1) definição de conceitos-chave; 2) novas fontes que suscitam questões; 3) limitações de modelos deterministas de explicação; 4) fragmentação da disciplina e possibilidades de síntese.
A Escola dos Annales foi fundada por Marc Bloch e Lucien Febvre na França dos anos 1920 com o objetivo de renovar a historiografia, privilegiando a história econômica e social em vez da política. Sob a liderança de Fernand Braudel, a segunda geração introduziu novos métodos como a história quantitativa e documentação seriada, além de enfatizar a longa duração e a relação entre sociedade e meio ambiente.
O documento discute a crítica feita pelos Annales à história "tradicional" no início do século 20 e os pontos em comum entre a abordagem dos Annales e a concepção marxista de história, como a ênfase na síntese global que explique a sociedade como uma totalidade estruturada e a vinculação da pesquisa histórica com preocupações do presente.
Da história das mentalidades à história cultural - Teoria da história IIKaio Veiga
A história das mentalidades declinou a partir da década de 1980 devido a fortes críticas, abrindo espaço para novos campos como a história da vida privada e da sexualidade. Estes campos absorveram parte das mentalidades. No entanto, o principal refúgio das mentalidades foi a história cultural, que buscou corrigir as imperfeições teóricas das mentalidades e defender a legitimidade do estudo do "mental" sem abrir mão da história como disciplina. A história cultural apresenta uma abordagem pluralista e valoriza estratificações socioc
O documento discute a Teoria da Nova História, que critica a abordagem positivista da história e jornalismo. A teoria defende que historiadores e jornalistas devem questionar fontes e fatos, e manter uma postura analítica e reflexiva, ao invés de apenas reproduzirem informações. A fronteira entre realidade e imaginário é fluida, requerendo novas formas de representar acontecimentos.
1) A História Social Inglesa surgiu da contribuição de historiadores marxistas ligados ao Partido Comunista Inglês após a Segunda Guerra Mundial;
2) Esses historiadores se voltaram para uma concepção de história materialista e preocupada com as classes trabalhadoras e comuns;
3) A História do Trabalho dialoga com múltiplas áreas, buscando explorar como questões políticas, econômicas, culturais e sociais influenciam a vida dos trabalhadores.
Este documento resume a história da Escola dos Annales em 3 gerações. A primeira geração fundou a revista Annales d'histoire économique et sociale com uma abordagem interdisciplinar da história. A segunda geração, liderada por Fernand Braudel, transformou noções de tempo e espaço. A terceira geração trouxe maior fragmentação e influência, indo "Do Porão ao Sótão".
O documento resume as principais correntes da historiografia: Positivismo, Materialismo Histórico e Escola dos Annales. O Positivismo enfatiza os fatos históricos narrados de forma cronológica, o Materialismo Histórico de Karl Marx foca no aspecto econômico, e a Escola dos Annales incorporou outros campos ao estudo da História.
O documento apresenta uma aula introdutória sobre história. Em três frases ou menos, o documento introduz o tema da aula, discute o que é história segundo autores como Jacques Le Goff e Marc Bloch, e mostra imagens de figuras históricas como Gandhi e trabalhadores para exemplificar como pessoas participam da construção da história.
A revista Annales foi criada na França em meados do século XX por Lucien Febvre e Marc Bloch para mudar a abordagem positivista da historiografia e compreender melhor a história da sociedade considerando diferentes aspectos da vida humana, como outras ciências. O movimento questionou a historiografia tradicional e possibilitou novas formas de escrever a história.
Este artigo discute (1) os limites da história como disciplina científica diante das incertezas do futuro e a necessidade de mudanças nos grandes recortes analisados, como civilizações e nações, (2) como essas unidades de análise acabam naturalizadas e projetadas no passado de forma ideológica, obscurecendo outras histórias, e (3) a necessidade de se ter consciência da arbitrariedade dessas formas de análise para se poder produzir visões alternativas do passado.
O documento descreve a evolução da historiografia desde os gregos até a Revolução Francesa. Os gregos tinham uma visão anti-histórica, focada no eterno e não no transitório. Durante a Iluminismo, houve uma primeira contestação à narrativa dominante da história dos grandes feitos, mas foi apenas no século XIX que a "nova história" sociocultural foi marginalizada em favor da história política defendida por Ranke.
Este documento apresenta o programa, cronograma e bibliografia da disciplina "Teoria e Metodologia da História" ministrada pelo professor José Carlos Reis. O curso abordará as principais teorias e metodologias históricas do século XX, como o marxismo, a Escola dos Annales, e enfoques pós-modernos. Serão discutidos temas como causalidade, compreensão, temporalidade e memória. O cronograma lista 5 unidades temáticas e seminários sobre autores como Marx, Bloch, Braudel e Foucault.
1) O documento resume o livro "Jogos de Escala: a experiência da microanálise", que discute a abordagem da micro-história na pesquisa histórica francesa.
2) A micro-história surgiu como uma crítica à perspectiva macro-histórica dominante que buscava explicações nos níveis estruturais.
3) A micro-história valoriza a escala local e os sujeitos históricos, questionando noções rígidas de racionalidade e causalidade históricas.
Este documento presenta varias oraciones en idioma garifuna con sus traducciones al español. Enseña saludos, preguntas comunes sobre actividades y comida, partes del cuerpo y dolores, así como vocabulario adicional sobre tiempo, clima y agradecimiento. El objetivo es ayudar a las personas a aprender aspectos básicos del idioma garifuna.
La Unión Europea ha acordado un paquete de sanciones contra Rusia por su invasión de Ucrania. Las sanciones incluyen restricciones a las importaciones de productos rusos clave como el acero y la madera, así como medidas contra bancos y funcionarios rusos. Los líderes de la UE esperan que las sanciones aumenten la presión económica sobre Rusia y la disuadan de continuar su agresión contra Ucrania.
Mac OS X Snow Leopard introduces Stacks, which allow users to view and access files and applications directly from the Dock. Stacks automatically organize their contents in a fan or grid based on item number, and users can customize sort order and view style. Common file folders like Documents, Downloads, and Applications are set up as stacks by default for convenient access to recent items without opening additional windows.
El documento habla sobre los altos costos que enfrentan los consumidores venezolanos debido a la ineficiencia de la infraestructura portuaria del país. Menciona que la adopción de horarios flexibles de 24 horas en los puertos podría ser una medida inmediata para mejorar la situación. También señala que los cambios y la innovación en las organizaciones, aunque perturbadores, son necesarios para adaptarse a los tiempos.
This annual report from a post-secondary institution summarizes activities and outcomes for the 2013-2014 year. It discusses legislative changes that will rename the institution to Saskatchewan Polytechnic and clarify its ability to fundraise. It also describes completing a strategic plan refresh with a new vision and values, and implementing phases of a management reorganization. Statistics are provided on enrolment, programs, courses, full-time equivalents, campus enrolment, workforce, and equity participation. Primary outcomes and sections on people, leadership, growth, and enterprise sustainability are also noted.
The document provides a daily summary of economic, corporate, regulatory and market updates from India. It includes:
1) The Cabinet approved a composite cap on foreign investment in various sectors including agriculture, mining, and retail.
2) SEBI and RBI released several notifications and circulars related to merchant bankers, trade annulments, concurrent audits, foreign portfolio investments, and income recognition standards.
3) The Competition Commission of India imposed penalties totaling 671 crores on four public sector insurance companies for bid rigging.
Este juego consiste en que un jugador escoja un número y le pase las fichas al otro jugador donde se repita ese número, y este tiene que adivinar cuál fue el número escogido originalmente. Se necesitan imprimir fichas con números del 1 al 100 y tijeras para realizar el juego.
This document appears to be a calendar for April 2015. It lists the days of the week going down the left side and dates across the top. Several dates are highlighted, including Good Friday on April 3rd and Mahavir Jayanti on April 2nd.
The document outlines a research workshop that will cover search tips, the research process, and resources for research. The workshop learning goals are for students to demonstrate search techniques, critique resources, apply information to their research needs, and leave with at least one relevant resource for their annotated bibliography. The workshop will discuss searching techniques like footnote chasing, databases to search, open web resources, organization tools, and contact information for the librarian leading the workshop.
El documento describe las nuevas tecnologías de la información y la comunicación (NTIC) y su relación con la educación. Las NTIC, como las redes de computadoras y satélites, facilitan la recopilación, almacenamiento y difusión de información de manera interactiva. Esto optimiza y flexibiliza la enseñanza al hacerla más interesante y actualizada. Muchas instituciones educativas ahora ofrecen sistemas de educación no presenciales a través de plataformas digitales y videoconferencias satelitales, lo
Este documento discute o impacto da publicação do livro "Vigiar e Punir", de Michel Foucault, na historiografia brasileira na década de 1970. O livro questionou visões humanistas sobre a prisão e inspirou uma nova geração de historiadores a pensar o poder de forma diferente e a incluir novos objetos de estudo. Sua publicação coincidiu com um período de redemocratização no Brasil e mobilização social, tornando as ideias de Foucault particularmente influentes.
Este documento discute o impacto da publicação do livro "Vigiar e Punir", de Michel Foucault, na historiografia brasileira na década de 1970. O livro questionou visões humanistas sobre a prisão e inspirou novos objetos e abordagens históricas no Brasil, em um momento de redemocratização e efervescência social. As reflexões de Foucault sobre poder e resistência ressoaram entre intelectuais brasileiros que vivenciaram a ditadura militar.
1) O documento discute diferentes concepções de cultura popular entre folcloristas e membros do Centro Popular de Cultura, colocando em debate os termos "tradição" e "transformação".
2) Folcloristas viam a cultura popular como tradicional e ameaçada pela modernização, enquanto o Centro Popular de Cultura defendia seu papel de transformação social.
3) O documento analisa como esses termos aparentemente antagônicos podem ser vistos como complementares, e como a questão nacional esteve associada a essas discussões ao
1) O documento discute diferentes concepções de cultura popular entre folcloristas e membros do Centro Popular de Cultura, colocando em debate os termos "tradição" e "transformação".
2) Folcloristas viam a cultura popular como tradicional e ameaçada pela modernização, enquanto o Centro Popular de Cultura defendia seu papel de transformação social.
3) O documento analisa como essas visões envolvem a questão da identidade nacional, debatida no Brasil do século XX.
O livro analisa como as teorias raciais do século XIX influenciaram o pensamento de cientistas e instituições brasileiras entre 1870-1930. A autora descreve como essas ideias foram apropriadas no Brasil para explicar problemas sociais, ainda que desconsiderando aspectos como a miscigenação. O livro examina também as diferentes visões sobre raça nesse período e como evoluiu o pensamento racial brasileiro.
Este documento discute como a teoria social contemporânea pode fornecer novas perspectivas para entender a vida e morte nas arenas romanas. Ele critica modelos interpretativos normativos e enfatiza a heterogeneidade das sociedades.
08 - SILVA, Paulo D. O debate historiográfico sobre a passagem da Antiguidad...DaniMachado16
O documento discute o debate historiográfico sobre a passagem da Antiguidade à Idade Média e as noções de Antiguidade Tardia e Primeira Idade Média. Apresenta as origens da controvérsia historiográfica desde Gibbon, e as principais características e limitações das perspectivas da Antiguidade Tardia e da Primeira Idade Média no estudo do Ocidente no período. Conclui que a noção de Primeira Idade Média parece mais adequada para estudar os desdobramentos políticos, sociais
Nas décadas de 1970 e 1980, a antropologia questionou seu relacionamento com o colonialismo e como poderia se reinventar para refletir demandas por responsabilidade política e ética. Nos anos 1980, o foco mudou para as formas de conhecimento sobre culturas não-ocidentais e a representação etnográfica. Nos anos 1990, pesquisadores exploraram as relações entre colonialismo e modernidade.
1) O documento discute a Escola dos Annales e o positivismo como uma nova abordagem para a história no século 19.
2) Os positivistas acreditavam que a história deveria ser estudada como uma ciência objetiva, baseada em fatos comprovados através de documentos.
3) Isso levou a uma redução do papel do historiador, que passou a ser visto como um mero coletor e organizador de fatos.
1) O documento discute a diversidade da historiografia contemporânea e a crise dos paradigmas históricos. 2) Ao longo dos séculos XIX e XX, houve uma expansão das fontes e objetos de estudo dos historiadores para além de apenas política e instituições. 3) Os historiadores também passaram a dialogar com outros campos como sociologia, economia e literatura, tornando o campo histórico mais complexo e interdisciplinar.
A sociologia no brasil por antonio candidoCarlos Weinman
Este documento fornece um resumo da evolução da sociologia no Brasil desde o século XIX até a década de 1950. No período de 1880 a 1930, a sociologia foi praticada principalmente por intelectuais não especializados interessados em teoria social. Depois de 1930, a sociologia se tornou uma disciplina universitária com pesquisa empírica. A década de 1930 foi uma fase de transição para o período a partir de 1940, quando a sociologia se consolidou no Brasil.
A Nova História Cultural - resenha e orientaõesMelissaVicente8
1. O documento descreve a obra "A Nova História Cultural" de Lynn Hunt e o contexto em que foi escrita. Apresenta os principais conceitos da Nova História Cultural como uma abordagem que se volta para a cultura e a vida das massas.
2. Destaca os principais pensadores que influenciaram a Nova História Cultural, como os membros da Escola dos Annales, que criticaram a história política tradicional, assim como teóricos como Foucault e Thompson, que deram ênfase aos aspectos sociais e culturais.
3. Ex
A teoria da Historia e o romance historico em LukacsCarlo Romani
O documento discute a teoria da história após a Revolução de 1848. A revolução levou a uma reorientação dos objetivos burgueses de democracia revolucionária para um liberalismo de compromisso. Isso levou a uma revisão das concepções de progresso histórico, com ênfase na evolução linear em vez do conflito dialético. Muitos historiadores e escritores adotaram visões a-históricas, negando a transformação social. Isso influenciou os romances históricos da época, como Salammbô de
Este documento discute três pontos principais sobre o lobolo (preço da noiva) no sul de Moçambique sob uma perspectiva pós-colonial: 1) Interroga a tradição da antropologia na África à luz da virada pós-colonial; 2) Discute as teorias da troca e do valor para questionar o valor da mulher em Moçambique; 3) Analisa o papel do Estado na aprovação da Nova Lei de Família enfrentando linguagens críticas do marxismo e feminismo.
1) O documento discute o trabalho de Ellen Meiksins Wood sobre o "mito da plebe desocupada" na Grécia Antiga e como esse conceito influenciou interpretações sobre o mundo romano.
2) A autora argumenta que os espetáculos de gladiadores eram populares entre todas as camadas sociais romanas, não apenas a "plebe desocupada".
3) O documento defende novas abordagens para entender os espetáculos na arena romana além da visão de que eram apenas para manter a população ocupada.
Entre praticas e_representacoes_os_folhetins_nos_anos_sessentaSilvana Oliveira
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado sobre as representações sociais na década de 1960 através dos folhetins publicados pela revista Capricho no Brasil. O objetivo é analisar como esses folhetins refletiam a mentalidade feminina da época e as formas de leitura e cultura popular, sem colocá-los de modo simplista como "cultura de massa".
O documento resume os principais pontos da obra "História & gênero" da historiadora Andréa Lisly Gonçalves. A obra discute a historiografia sobre mulheres e gênero ao longo dos séculos XIX e XX, abordando temas como a militância feminista, a visão de que a anatomia determinava o destino das mulheres, e a evolução dos estudos sobre mulheres na historiografia.
1) O documento apresenta uma introdução ao marxismo, abordando a biografia de Marx, seu método de análise, a crítica ao capitalismo e ao Estado, a influência no estudo da história e uma interpretação da relação entre Estado e sociedade no Brasil a partir da teoria marxista.
2) A biografia de Marx é resumida, destacando que ele nasceu na Alemanha no século XIX e se envolveu com o movimento dos Jovens Hegelianos, criticando o cristianismo e a autocracia pruss
Um percurso historiográfico do conhecimento históricoCesar Silva
O documento resume a evolução do conhecimento histórico desde o século XIX, quando a história passou a ser vista como uma ciência. Destaca a influência do positivismo francês e a ênfase inicial no método, fontes documentais e fatos históricos. No século XX, a história cultural e novas abordagens questionaram essa visão, incorporando outros aspectos como a cultura e temporalidades mais longas.
Este documento fornece uma introdução à história, discutindo o que é história, como ela é estudada no tempo e como diferentes correntes de análise histórica abordam o passado. Imagens de figuras históricas são apresentadas para ilustrar como pessoas comuns ajudam a construir a história. O papel do historiador em pesquisar e interpretar criticamente eventos passados também é explicado.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
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Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
1. BOUDICA E O USO DE SUA FIGURA FEMININA
AUTOR
Tais Pagoto Bélo
Doutoranda do Departamento de História/ IFCH/ UNICAMP
Orientador: Pedro Paulo Funari
Contato: taispbelo@gmail.com
RESUMO
Este artigo objetiva demonstrar como o passado é utilizado para
problematizações do presente e como a historiografia sofreu certas mudanças
para abraçar novos temas de pesquisa, como os estudos de gênero.
Particularmente, nesse trabalho vai ser demonstrado como a figura feminina
de Boudica foi utilizada socialmente em alguns episódios da história da
Inglaterra e como ela ainda é glorificada como um ícone feminista e nacional.
Palavras-chave: Boudica – Império Britânico – feminismo.
A QUESTÃO DA
PÓS-MODERNIDADE
– CONTRIBUIÇÕES
HISTORIOGRÁFICAS
Primeiramente este trabalho apresentará algumas modificações
teóricas que a História passou nos últimos tempos. Com isso, busca-se, aqui,
contextualizar, dentro de todas essas mudanças, como se originou projetos de
pesquisa sobre o tema gênero. E é nessa conjuntura de profundas mudanças
historiográficas que irão surgir propensões de tópicos nunca dantes
pronunciadas nesse meio.
Sendo assim, pode-se constatar que aconteceu uma crise na História, a
qual foi consequência da deficiência observada no século XX sobre os ideais
Iluministas do século XIX, que foram construídos por inclinações estabelecidas
pelo Renascimento do século XVI e pelo Racionalismo do século XVII. Porém,
é esse ideal das Luzes que contribuiu para a construção das bases científicas
posteriores e que criticou instituições já solidificadas naquele momento, assim
como, o Estado Absolutista e o Cristianismo.
Anteriormente, no século XIX foi incorporado a concepção
desenvolvimentista e evolucionista de homem e de mundo que foi
demonstrada e teorizada por Charles Darwin (1869), em sua obra The origin
of species, e que enfatizava a evolução das espécies e o progresso dos seres
humanos. Logo, o pensamento evolucionista e o pensamento teleológico, que
tinha como intuito o estudo filosófico dos fins e dos propósitos, influenciaram
diretamente intelectuais como Hegel, Kant, Comte e Marx, que, assim,
contribuíram para uma tradição intelectual que é respeitada até os dias de
hoje e que configurou a modernidade.
Foi no século XX que a crise dos paradigmas do século XIX se tornou
perceptível por diversos aspectos, ou seja, pela rejeição dos modelos
empiricistas, positivistas e do ceticismo em relação às metanarrativas, além
do surgimento de críticas sobre a busca das origens, da verdade histórica e
44
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2. ¹O primeiro está relacionado ao descrédito nos grandes discursos explicadores dos atos humanos. E o segundo, a
desconfiança sobre os essencialismos
definidores de sujeitos.
dos essencialismos. A concepção de verdade, existente anteriormente, dava
lugar a perspectivas sociais e culturalistas, as quais percebem indivíduos e
práticas como construções discursivas. Dessa forma, o campo historiográfico
passa a demonstrar uma perspectiva histórica mais democrática, includente e
revisionista (Silva, 2004).
Sendo assim, percebeu-se um esgotamento da modernidade, a
desconfiança das verdades absolutas, das grandes generalizações e discursos
totalizantes, acabando com os valores, concepções e modelos tradicionais,
dando origem a uma nova história que não mais se satisfará com a relação
de passado e presente, continuísmo histórico, origens determinadas,
significações ideais, e assim por diante. Esses grandes modelos explicativos,
passam a ser vistos com desconfiança nas teorias sociais. Contudo, essa
suspeita acabou por resultar em uma crise dos paradigmas modernos, a qual,
atualmente, decorem discussões nas ciências que colocam em questão o
critério de verdade epistemológica criada no Iluminismo, além dos modelos
racionalizantes do século XIX.
Portanto, nos últimos tempos os historiadores começaram a
contextualizar essa crise como uma reação ao modernismo, e por isso, este
momento começou a ser denominado como pós-modernismo, com algumas
controvérsias até os dias de hoje.
A origem desse conceito foi inicialmente utilizado nos anos de 1930, na
Espanha, com a pretensão de descrever um refluxo conservador dentro do
próprio modernismo, tendo conhecido diferentes conotações nas décadas
consecutivas no campo da literatura, artes e ciências (Funari & Silva, 2008).
Segundo Funari e Silva (2008), essas transformações trazem em seu bojo novos
padrões de compreensão dos homens, das culturas e do mundo, sendo que,
colocam que duas condições são definidoras da pós-modernidade, ou seja, a
incredulidade sobre as metanarrativas e a morte dos centros¹.
O pós-modernismo se estabeleceu, assim, a partir do fracasso de um
dito projeto social iluminista, e é nesse contexto de revisão teórica que se
insere a ideia de uma pós-modernidade, abrindo as portas, nos estudos
historiográficos, à História Cultural e a temas diferenciados, assim como, por
exemplo, a questão de gênero. E ainda, nesse mesmo contexto, consolida-se
o critério da subjetividade através de nomes como Nietzsche (1844 – 1900),
Foucault (1926 – 1984) e Derrida (1930 – 2004).
A A B E R T U R A PA R A
OS ESTUDOS DE
GÊNERO
É importante explicar que os estudos de gênero não dizem respeito
apenas a história das mulheres, mas sim das relações dos dois sexos, homens
e mulheres, dessa forma, pode debruçar-se também sobre temas como o
homossexualismo, transexualismo e afins. Entretanto, foi com a inovação do
surgimento da história das mulheres que essas outras categorias começaram
a ser exploradas.
A abertura para esse tipo de estudo aumentou abruptamente nos últimos
anos dentro do domínio das Ciências Humanas, assim como na História,
Sociologia e Antropologia. Esse boom intelectual nessa área, não apenas foi
consequência de estudiosos como Michel Foucault e pelo espaço conquistado
pelos estudos da História Cultural, mas, também, em grande parte, por
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3. movimentos feministas iniciados nos anos 30. Pode-se afirmar que essa recente
abordagem sobre as mulheres se deu pelo fato da inovação do papel feminino
no quadro da sociedade e das novas condições assumidas por elas, as quais
mostram-se, atualmente, numa outra relação com os homens e se preocupam
em primeiro lugar com a vida profissional, enquanto que no passado, elas
unicamente se dedicavam à maternidade. Portanto, é convenientemente dizer
que esta nova inserção das mulheres nos estudos humanísticos se deve a nova
relação delas nas sociedades ocidentais contemporâneas.
Sendo assim, é nesse palco de mudanças dos paradigmas das Ciências
Humanas, crise da modernidade, das metanarrativas, dos essencialismos que
grupos ditos ‘excluídos’, assim como negros, mulheres, gays, lésbicas e outros,
vão reivindicar o direito de se tornarem objetos da história e de escreverem
sua própria história (Silva, 2004). Dessa forma, na esteira desse processo, criouse debates e problematizações sobre esse assunto dentro do pensamento
intelectual acadêmico.
BOUDICA: NO
PA S S A D O E N O
PRESENTE
Os escritores antigos, Tácito e Dião Cássio, escreveram em primeira mão
sobre Boudica nas obras Anais, A vida de Agrícola e História de Roma. Diziam
que ela tinha vivido no primeiro século depois de Cristo, durante a presença
do Império Romano na ilha da Bretanha, que foi uma rainha Bretã, da tribo dos
Iceni, junto com seu marido Prazutago.
No início, sua tribo tinha uma boa relação com os romanos, mas os
contratempos entre eles se iniciaram depois da troca de governante da
província, o qual começou a exigir leis que os Bretões não concordaram em
cumprir. Nesse contexto, decorreu-se a morte de seu companheiro, suas filhas
foram violentadas e ela açoitada pelos oficiais romanos. Depois desse episódio
decidiu, numa ação de vingança, formar um exército contra os assentamentos
do Império.
A estratégia da guerreira iniciou-se enquanto os romanos estavam
guerreando contra uma tribo de druidas na ilha de Mona. Ela, junto com
sua tribo e os Trinovantes, iniciaram um ataque contra Camulodunum, atual
Colchester, depois Londinium, atual Londres e mais tarde Verulamium, atual
Sant Albans. Seguindo-se logo, a batalha final contra o exército romano.
A investida dos romanos contra a tribo de druidas aconteceu devido ao
fato que eles eram homens sagrados e respeitado pelos Bretões, tendo assim,
livre acesso à todas as tribos. Esta movimentação facilitava a comunicação e
troca de informações de uma tribo Bretã a outra. Sentindo-se ameaçados os
romanos investiram um ataque contra eles.
Os escritores da Antiguidade, que escreveram sobre ela, tinham como
função contar aos romanos, através de suas narrativas, os grandes feitos do
Império. Eles faziam parte de uma sociedade que era desacostumada a ver uma
mulher como governante e muito menos como comandante de um exército.
Dessa forma, Boudica foi descrita por eles como uma mulher masculinizada,
que tinha o tamanho, a voz e as armas de um homem, além da ineficácia de
sua liderança.
Contudo, estes textos antigos foram lidos e relidos posteriormente, e
46
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4. assim, autores e artistas readaptaram essa mesma história, em muitos casos,
de acordo com o contexto social em que viviam. Essas obras são poemas,
peças de teatro, esculturas, livros, pinturas, trabalhos políticos e até charges
que envolveram a figura feminina da Boudica.
UTILIZAÇÕES
DA FIGURA DE
BOUDICA
Por muito tempo, muitas governantes mulheres que a Inglaterra teve
sofreram com o preconceito devido ao seu gênero enquanto estavam no cargo
de líder, um desses exemplos, foi a rainha Elizabeth I. Contudo, os escritores
desse período acabaram utilizando a figura de Boudica como propaganda e
como escudo da rainha. Ela se tornou um foco da atenção durante esse período,
sendo retratada como uma mulher patriota que lutou bravamente contra
os romanos. Além disso, como o avô de Elizabeth era do País de Gales, e os
galeses eram considerados descendentes diretos dos Bretões, ela acabou por
se identificar muito com Boudica, sendo as duas figuras focos de comparações
e contrastes (MIKALACHKI, 1998).
Dois exemplos de obras que descreviam Boudica em comparação a
rainha Elizabeth I são de John Speed, de 1611, chamada The History of Great
Britaine; outra obra que segue com o mesmo viés é The exemplary lives and
memorable acts of nine the most worthy women of the word, de 1640, do autor
Thomas Heywood.
Posteriormente, depois da morte de Elizabeth, Boudica ainda era
desenhada com vestes semelhantes as dela, porém as críticas diante de
sua imagem começaram a ser muito mais acirradas. Um exemplo disso foi
a obra de John Fletcher que ficou em cartaz entre os anos de 1609 a 1614,
adaptada por Geoge Powell em 1696 e mais tarde por George Colman em
1778 e 1837. Fletcher deixou claro que suas visões foram baseadas nos relatos
de Dião Cássio e Tácito. Dessa forma, roubava detalhes dos escritores, porém
inventava ações para fazer com que sua peça ficasse mais dramática. Contudo,
nelas, as mulheres tinham papéis negativos, além de mostrar que Boudica
era totalmente inadequada para lidar com negócios masculinos, como por
exemplo, política e guerra. Ele deixou claro que os britânicos se tornaram
gloriosos quando se juntaram aos romanos (WILLIAMS, 1999; CRAWFORD,
1999).O caráter negativo que Fletcher dá a Boudica teve maiores impactos nos
50 e 100 anos posteriores a estréia de sua peça.
Em 1753, Richard Glover, em sua peça de teatro, denominada Boadicea,
também a representou totalmente hostil, seus atos falhos sempre eram
associados ao seu gênero, ou seja, esse trabalho era uma versão exagerada de
Fletcher.
Entretanto, é no século XIX que Boudica passa a ser retratada como uma
guerreira com suas duas filhas sobre sua carroça. Uma obra que retrata esse
aspecto chama-se Complete History of England, de 1757, de Tobias Smollett. A
intenção, nesse período, era modelar Boudica como uma figura patrioticamente
heroica, de inspiração nacional, da literatura e da arte, devido a expansão do
Império Britânico, ou seja, para demonstrar as origens e a grandeza do passado
da nação inglesa.
Nesse contexto, William Cowper, 1782, escreve a obra Boudicea: an
ode, na qual apresenta Boudica como sendo assexuada e como um ícone
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5. de triunfo e heroísmo Britânico. Seus atos eram descritos para demonstrar o
desenvolvimento do Império, com um significado imperial, além disso, foram
removidos da obra todos os aspectos que demonstravam a ambição e a
agressão da personagem, ou seja, sua imagem fora construída de uma forma
que fosse aceita na época.
Foi em meio ao palco da ascensão do Império Britânico, que a rainha
Vitória, muito afeiçoada a figura de Boudica, até porque Boudica significa
‘vitória’ no galês antigo (Webster, 1978), pediu que fizessem a construção de
uma estátua em homenagem a personagem, a qual foi levantada em Londres,
pelo artista Thomas Thornycroft, próxima a ponde de Westminster, as margens
do rio Tâmisa, em frente ao parlamento Britânico, em oposição ao Big Ben. Foi
construído um ícone da grandeza inglesa em um lugar estratégico, ou seja, no
centro político e de poder Britânico e que parece olhar por toda a cidade como
se fosse uma guardiã. A estátua, feita em bronze, foi entregue pronta pelo filho
do artista, Hamo Thornycroft, em 1905.
Estátua de Boudica feita por Thornycroft, 1905.
( h t t p : / / 1 . b p. b l o g s p o t . c o m / _ 2 G u 1 0 H h M n k 8 / T LO H k y T 8 R j I / A A A A A A A A D E 0 / 1 7 Q J X j 2 p 5 u U /
s1600/439769451c%5B1%5D.jpg, 18/09/2011)
Estátua da Rainha Vitória feita por Thornycroft,
1870.
(http://www.victorianweb.org/sculpture/thornycroftt/3.html, 18/09/2011)
O escultor, Thomas Thornycroft, também fez outras obras representantes
da realiza da época. A estátua da rainha Vitória, por exemplo, foi terminada em
1869, e entregue em 1870, ela é feita em bronze e seu pedestal é em granito,
ela se encontra no planalto de Sant George, em Liverpool.
Contudo, no início do século XX, com o declínio do Império Britânico, as
obras escritas falando sobre Boudica aumentaram entre as escritoras, porém,
a maioria eram obras indicadas para crianças.
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6. Foi nesse mesmo período que a estátua de Boudica começa a ser
utilizada para um outro fim e não mais como um símbolo do Império. A atitude
dela e suas ações do passado, contada pelos antigos romanos, o uso de sua
figura feminina em apoio as grandes mulheres de poder, assim como a rainha
Elizabeth I e Vitória, fez com que a sua imagem passasse a ser vista com algo
que remetesse a força das mulheres.
No palco de extrema agitação feminista, pela reivindicação e liberdade
de voto das mulheres, as sufragistas Britânicas acabaram por utilizar a estátua
de Boudica como ícone de luta e símbolo de representação do feminino.
Nessas circunstâncias, a posição da estátua feita por Thornycroft, ainda foi
considerada de imensa estratégia, ou seja, ela está colocada de uma forma
como se avançasse sobre o parlamento.
Cartaz comemorativo das sufragistas com as mesmas cores que o
crachá, e com o nome de Boadicea
(http://www.museumoflondonprints.com/image/177694/mary-lowndes-suffrage-banner-commemorating-boadicea-1908, 18/09/2011)
Crachá das Sufragistas pré-
1914
(http://www.flickr.com/photos/23885771 N03/5838467357/18/09/2011)
Além disso, como pode ser visto, a figura e mesmo o nome da personagem
foi utilizados em cartazes e panfletos. A estátua era o lugar de reunião para as
reivindicações do movimento.
Até os dias de hoje, a estátua de Boudica é utilizada por grupos
feministas como força de ação para as mulheres, um exemplo disso é o grupo
denominado Climate Rush, que além de lutarem pelos direitos das mulheres,
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7. também batalham a favor do meio ambiente. Inspirado nas antigas sufragistas,
o movimento também tem a presença de homens como militantes e ainda
utilizam a antiga frase das sufragistas, Deeds not Words, ou seja, ações não
palavras.
Foto com o nome: Boudicca agrees, “deeds not words”
(http://london.indymedia.org/articles/1518, 18/09/2011)
CONCLUSÃO
O que pode ser concluído é que as feministas Britânicas utilizaram para
suas reivindicações um símbolo da origem do seu passado, que representa a
atitude e a força do poder do gênero feminino.
Dessa forma, a figura de Boudica se tornou um ícone de luta, por ter sido
uma guerreira e por ter defendido os Bretões contra o inimigo; é representante
do feminino, por ter sido mulher, casada e com duas filhas; e é considerada
uma expressão polêmica, por ter feito algo inédito aos olhos dos romanos.
Ela é considerada uma inspiração nacional, tanto é que, ao longo da história
da Inglaterra, ela foi comparada com outras mulheres poderosas, assim como,
a rainha Elizabeth I, rainha Vitória e Margareth Thatcher, além de ser utilizada
por algumas dessas mulheres como exemplo de bravura. E, por fim, seu nome
e sua forma são clamados até os dias de hoje em movimentos feministas
ingleses, sendo, dessa maneira, responsável pela formação de uma identidade
nacional.
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