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JB NEWS
Informativo Nr. 1.991
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Academia Catarinense Maçônica de Letras (Membro)
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Obreiro)
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Membro Honorário)
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (Correspondente)
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (Correspondente)
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 1.991 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de março de 2016
Bloco 1–Almanaque
Bloco 2-IrGeraldo Eustáquio Coelho de Freitas Grande Dia! (Irmão Tataco)
Bloco 3-IrJosé Anselmo Cícero de Sá – Considerações sobre a Cabala e a Maçonaria
Bloco 4-IrWalter Celso de Lima – Rito, Rituais e Rito Moderno
Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva – Os Emblemas da Mortalidade para a Maçonaria
Bloco 6-IrAugusto Nibaldo da Silva Triviños – Uma visão Introdutória da Maçonaria Operativa e da ....
Bloco 7-Destaques JB – Hoje com versos dos Irmãos e Poetas Adilson Zotovici (13 de Março) e Raimundo
Augusto Corado (Barreiras – BA)
JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 2/43
www.artedaleitura.com

1 – ALMANAQUE
Hoje é o 75º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente às 14h03)
Faltam 291 dias para terminar este ano bissexto
É o 127º ano da Proclamçaõ da República;
194º da Independência do Brasil e
516º ano do Descobrimento do Brasil
Dia da Escola e dia Mundial dos Direitos do Consumidor
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
L I V R O S
JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 3/43
 44 a.C. – Júlio César, ditador da República Romana, é apunhalado até a morte por Marcus Junius
Brutus, Decimus Junius Brutus e vários outros senadores romanos nos "Idos de Março"
 1147 – D. Afonso Henriques conquista Santarém aos Mouros
 1493 – Cristóvão Colombo retorna à Espanha depois de sua primeira viagem às Américas
 1545 – Primeira sessão do Concílio de Trento
 1610 – Batismo, em Pernambuco, de Domingos Fernandes Calabar
 1789 – Joaquim Silvério dos Reis entrega ao Visconde de Barbacena sua carta-denúncia contra a
Inconfidência Mineira
 1811 – Guerra Peninsular: Vitória das forças anglo-portuguesas contra as tropas francesas no
Combate de Foz de Arouce
 1820 – Maine torna-se o 23º estado norte-americano.
 1892 – É fundado o Liverpool Football Club time de futebol da Inglaterra.
 1905 – Revolucionários de Creta anunciam a reunificação da ilha com o resto da Grécia
 1916 – O presidente dos Estados Unidos Woodrow Wilson envia 12 mil soldados para o outro lado da
fronteira mexicana em busca do rebelde e líder guerrilheiro Pancho Villa
 1917 – O Tsar Nicolau II da Rússia abdica em seu nome e de sua descendência ao trono da Rússia e
seu irmão, o grão-duque, torna-se Tsar
 1939 – Segunda Guerra Mundial: Tropas nazistas ocupam o que restava da Boêmia e da Morávia. A
Checoslováquia deixa de existir
 1943 – Segunda Guerra Mundial: Os invasores alemães retomam a cidade de Carcóvia ao exército
vermelho depois de um mordaz combate rua a rua
 1944 – Segunda Guerra Mundial: Batalha de Monte Cassino – A aviação dos Aliados bombardeia o
monastério dominado pelos nazistas como preparativo para o posterior ataque de suas tropas
 1956 – O musical da Broadway My Fair Lady estréia em Nova Iorque
 1961 – Guerra Colonial Portuguesa: A Frente Nacional de Libertação de Angola, num ataque tribal,
deu origem a um massacre de populações brancas e trabalhadores negros naturais de outras regiões
de Angola
 1967 – A "República dos Estados Unidos do Brasil" passa a ser denominada "República Federativa
do Brasil"
 1972 – O filme The Godfather de Francis Ford Coppola, baseado em um romance de Mario Puzo de
mesmo nome e com adaptação para o cinema do próprio Puzzo e de Coppola estréia nos cinemas. Ele
seria considerado um dos melhores filmes de todos os tempos
 1975 – Ocorre a fusão dos estados brasileiros do Rio de Janeiro e da Guanabara
 1990
o Mikhail Gorbachev é eleito primeiro presidente executivo da União Soviética
o A União Soviética anuncia que a declaração de independência da Lituânia não é válida
 1990 – Toma posse na Presidência do Brasil Fernando Collor de Mello, data em que implantou o
conhecido plano com o seu nome com o intuito de combater a hiperinflação por que atravéssava o
país, gerando muita insatisfação com o bloqueio das cadernetas de poupança dos brasileiros
 1991 – A Alemanha reunificada formalmente recupera plenamente a sua soberania, nos termos do
Tratado Dois Mais Quatro, com as quatro forças de ocupação do pós-guerra (França, Reino Unido,
Estados Unidos da América e União Soviética) renunciando a todos os direitos que detinham na
Alemanha, inclusive a Berlim
 1993 – Em São Paulo, funcionários da Rede Manchete tiram do ar a emissora e exibem um slide
denunciando a falta dos pagamentos e o sucateamento da empresa. No mesmo dia é deflagrada uma
nova greve de funcionários.
 2001 — Três explosões destroem a Plataforma P-36 da Petrobras na Bacia de Campos.
2003 – Hu Jintao é eleito presidente da República Popular da China.
 2011 — Início da Guerra Civil Síria.
Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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1767 Nasce Andrew Jackson, primeiro Grão-Mestre da Grande Loja de Tennessee (1822-1824)
eleito presidente americano.
1817 O governo revolucionário de Pernambuco, composto por Maçons, em sua maioria, liberta os
escravos.
1842 Falece Mario Luigi Cherubini () compositor italiano.
1975 Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil, primeira Loja dedicada à pesquisa Maçônica no Brasil,
fundada em Londrina, Paraná.
1978 Fundação da Loja “Estrela do Sul” nº 24 (GOSC) em Lages.
1857 Morre, no Rio de Janeiro, João Carlos Pardal. Foi presidente da Província de Santa Catarina.
1866 Lei nº 564, desta data, restabeleceu a Comarca de Lages
1866 Lei nº 566, desta data, criou o município de Joinville, desmembrado de São Francisco.
1885 Nasce, em Itajaí, o professor Henrique da Silva Fontes. Foi o idealizador do “Campus
Universitário” da Trindade. Historiador, deixou vastíssima obra sobre Santa Catarina. Foi
desembargador, membro do TJSC. Faleceu em Florianópolis a 22 de março de 1966.
1887 Criada, nesta data, a agência dos correios de Nova Trento.
1922 Morre, em Joinville, Abdon Batista. Foi médico, empresário e político.
1971 Assume o governo de Santa Catarina, para cujo cargo foi eleito indiretamente, o engenheiro
Colombo Machado Salles, substituindo a Ivo Silveira.
1975 Assume o governo de Santa Catarina, o senador Antônio Carlos Konder Reis, sucedendo a
Colombo Machado Salles.
1979 Assume o governo de Santa Catarina, Jorge Konder Bornahusen, sucedendo a Antônio Carlos
Konder Reis.
1983 Assume o governo de Santa Catarina, Esperidião Amim Helou Filho, recebendo o cargo de
Henrique Córdoba.
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
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ARLS TEMPLÁRIOS DA NOVA ERA Nº 91
Fundada em 07/07/2005 – Instalada em 23/09/2005
Jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina
ANO 10
ARLS TEMPLÁRIOS DA NOVA ERA Nº 91
Fundada em 07/07/2005 – Instalada em 23/09/2005
Jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina
Ano 10
CONVITE
A ARLSTEMPLÁRIOS DA NOVA ERA Nº 91 tem a honra de
convidar os Irmãos e suas famílias para participarem das homenagens
que prestaremos ao Ir Jerônimo Borges Filho, pelo lançamento da
edição de nº 2.000 do Informativo Maçônico JB News. A Sessão Branca
Especial será realizada às 20,00 horas, do dia 16 de março de 2016, no
Templo da Associação Beneficente e Cultural Luz do Oriente, à Rua
Almíscar, nº 33 – Bairro Monte Verde, em Florianópolis.
PROGRAMA
Sessão Branca Especial com destaque na ordem do dia:
 Outorga da Comenda do Mérito “Templários da Nova Era”.
 Lançamento da Edição nº 2.000
Ficaremos imensamente honrados com a presença dos Irmãos.
Fraternalmente,
JUAREZ FONSECA DE MEDEIROS
Venerável Mestre
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Irmão Tataco
Grão-Mestre da GLMMG
GRANDE DIA!
Hoje foi um daqueles dias em que sentimos orgulho de sermos brasileiros e, sobretudo, de
sermos MAÇONS.
O VERDE e AMARELO voltou às ruas com forca, e com essas cores cintilando em cada
canto dessa sofrida NAÇÃO, o povo brasileiro manifestou-se num grande ato cívico, exercendo o
seu direito de cidadania.
Em São Paulo, na Avenida Paulista, segundo o Data Folha, a manifestação superou o
DIRETAS JÁ, até então a maior manifestação de natureza política já acontecida no País.!
Esse 13 de março de 2016 nunca mais será esquecido.
"A esperança está superando o medo".
Em Minas Gerais foi um grande sucesso. Os Maçons em UNIÃO, trabalharam com afinco
na coleta de assinaturas para o Projeto "CORRUPÇÃO NUNCA MAIS!", nossa maior bandeira
nesse momento tão delicado da vida nacional.
Agradecemos a todos os Irmãos e familiares que se mobilizaram em todo o Estado atendendo
ao nosso chamamento, e de forma ordeira e responsável, defenderam a erradicação da corrupção e
da impunidade, e o irrestrito apoio às ações que vêm sendo desenvolvidas pela Justiça Federal,
Ministério Público Federal e Polícia Federal, para fazer prevalecer a justiça independentemente de
quem esteja envolvido.
Agora, é continuar trabalhando com o mesmo entusiasmo para atingirmos o número de
assinaturas exigido para a entrega do Projeto à Câmara Federal.
2 – Opinião – Grande Dia!
Geraldo Eustáquio de Freitas (Ir Tataco)
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Reconhecemos por fim o esforço de todos que se envolveram nos trabalhos de organização e
montagem dos pontos de coletas de assinaturas espalhados pelo Estado.
Em Belo Horizonte, montamos 2 barracas na Praça da Liberdade, que se transformaram em
ponto de referencia de cidadania e democracia.
Amanhã começa novo dia, novas esperanças. E, vamos em frente, com a certeza de que
poderemos contribuir para a construção de novas perspectivas para a sociedade e o Brasil.
As nossas ATITUDES é que farão a diferença.
Fraternalmente
Tataco - Grão-Mestre GLMMG
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Irmão José Anselmo Cícero de Sá (33º. REAA)
VM da Loja Estrela da Distinção Maçônica Brasil nr. 953 (GOB/GOERJ)
Academia de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro
Cadeira nr. 29 - Patrono: Quintino Bocaiuva –
Considerações sobre a Cabala e a Maçonaria
(da obra “Tempo de Estudo Maçônico” Vol. 2)
A palavra Cabala ou Khabbalah significa “receber, estar em presença de” ou ainda
“tradição”. Ela proporciona o conhecimento das profecias, o verdadeiro sentido das cerimônias,
dos dogmas, da perfeita noção da existência do Criador, da providência e dos destinos do homem.
A Cabala diz que o profeta Moisés recebeu do Senhor, não só a lei escrita (“torah she bi-ki-tav”)
como também a lei oral (torah she bé al pe), transmitida de boca e ouvido a Moises e Josué e deste
aos anciões. A Cabala é tipicamente Judaica.
São fontes da Cabala a Fonte Farisaica (composta de membros de uma seita judaica do sec.
II a.C. que se caracterizava pela observância exageradamente rigorosa das prescrições da lei
escrita, mas que, nos Evangelhos é acusada de hipocrisia e excessivo formalismo) e a Fonte da
Essência (que caracterizava a Natureza da coisa, a Substância, o Espírito, a Idéia principal). Seu
desenvolvimento se processou alimentado de doutrinas egípcias, persas e gregas, principoalmente
por influência de judeus alexandrinos e de pensadores partidários da união das filosofias grega e
mosaica. Durante toda Idade Média e Renascença, foi a Espanha o principal berço da Cabala.
Platão, Aristóteles e Filo nsão alguns nomes de filósofos que podemos citar como inspiradores da
crença mosaica.
O importante para a Maçomaria é assinalar de modo histórico e sem o mínimo de sectarismo,
a interpretação alegórica das escrituras, a investigação cuidadosa do que está oculto nas inscrições,
nos emblemas e símbolos. Tudo sem fanatismo religioso, mas com contribuição aos estudos da
evolução do pensamento e sem prejuizo daquilo que, de modo Iniciático, possa inspirar o
ensinamento ético.
A tradição (Cabala) teria em Judá o patriarca (principe e santo–“anassi e Kaddosch”) seu
aperfeiçoador e concluidor fiel, redigindo os fundamentos definitivos da Nishma, obra essa dividida
em 06 Ordens “sedarium”; 63 Tratados; “massekhtot”; e 523 Capítulos (perakim). Destacaremos
3 – Considerações sobre a Cabala e a Maçonaria
José Anselmo Cícero de Sá
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aqui as seis ordens que são: 1ª)- As sementes; 2ª)- As Estações; 3ª)- As Mulheres; 4ª)- Os Danos;
5ª)- As coisas Sagradas; 6ª) As Coisas Puras. A Mishna revela as bases da doutrina judaica e da
civilização de Israel e busca na Biblia, normas de conhecimento e ação.
Na Mishna também surge a Guemara e as duas juntas formam o Talmut (ensinamento ou
disciplina). A essência do Talmut está na meditação e na exegese da Biblia – a palavra de Deus, a
Lei que veio do céu (“torah min hashamaym”). O conteúdo desta obra inclui a Teologia
Dogmática, a Moral, a Mística, a Jurisprudência, a Antropologia e Astronomia, a História, a
Tradição e Folclore, a Magia, a Superstição. Tudo isso submetido a uma dialética, a debates, a
afirmações e até mesmo contradições.
Os livros de destaque da Cabala Filosófica são: SEPHER YETSIRA – (Livro da Criação) o
SEPHER ha-ZOHAR (Livro do Explendor). O Livro da Criação foi uma obra reduzida com
1.600 palavras que tinham como objetivo encaminhar as almas para alcançarem a visão do trono de
Deus (Merkabor), sendo sua doutrina voltada para uma combinação dos 10 primeiros números
(“sephirots”) com as 22 letras do alfabeto hebraico, diziam que estas letras estariam relacionadas
com a criação do mundo terrestre. Estaria aí, também supostas explicações para alguns autores
maçônicos a origem do nome da coluna BOAZ ou BOOZ que pela Cabala alfa-numérica
representaria neste inter-relacionamento e, quando somadas parcelas com resultado (7) “O germe
da luz espiritual é a refração lluminosa de Deus”. É importante citar que BOAZ ou BOOS acima
mencionados, foi marido de Rute e ancestral de Davi e Salomão, portanto representava o “Poder
Real” ou a “estirpe dos reis”. É fato comprovado também, que os Pedreiros Livres e Canteiros
Medievais, consideravam as duas colunas frontais das igreja como símbolo do poder do Papa e da
eternidade do Catolicismo, confirmando uma versão do discurso de Salomão ao povo, assim faldo:
“Na minha força (Poder, Boaz) erguerei esta casa para o todo e sempre (Estabelidade, Jakim)”.
Já O LIVRO DO EXPLENDOR afirma em sua doutrina que “O Infinito de Deus é
incognoscível” – É o “Ein Soph” (dez perfeições e atributos elementares), que estão assim
distribuidos:
NO CENTRO: Kether (Coroa); Rahamin (Misericórdia; Tesod (Pensamento).
A ESQUERDA: Burah (Inteligência); Din (Rigor); Hod (Majestade)
A DIREITA: Hokmah (Sabedoria); Hesed (A Graça); Metsah (Glória).
Estas três tríades resultam em Malkhut (Império).
Os 10 sephirots (combinação dos dez primeiros números) representam manifestações do
UNO. De tudo isto, o que importa na realidade é a compreensão do mistério da união do “SER”
(Ani) com o “NÃO SER” (Ain) e um terceiro ponto em indizível limite “A ALMA HUMANA”.
Nos Séculos XII e XIII surgiu na Alemanha o “hassidismo” – Doutrina mística de suportar as
injúrias do mundo e dos martirios, por amor à Deus, e de alegre coragem, desprendimento, amor ao
próximo e sobretudo caridade, tornando-se assim um verdadeiro Hassid ou seja, aquele que aceita e
toma sobre si corajosa e alegremente, a maldade e o desprezo alheios, para alcançar a luz e o amor
de Deus.
Devemos exaltar a libertação da alma (fazendo sempre predominar o espírito sobre a
matéria), do “Eu” interior prisioneiro de nós mesmos, impondo-nos uma disciplina que é a ciência
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da contemplação (IOGA) e da combinação de letras e números hebraicos (HARMONIA
NUMÉRICA) de modo a desfazer os nós e libertar os melhores sentimentos existentes na pessoa
humana.
Irmãos! Devemos estar sempre “De pé e à Ordem” procurando evoluir em nossos estudos
Maçônicos, para que possamos bem entender (assimilar) e compreender (praticar o que assimilou),
os ditames da nossa Ordem Maçonica, a qual não prega somente uma filosofia, mas sim, todas as
filosofias, isto porque retira o nectar existente nos ensinamentos da Alquimia, da Cabala, do
Hermitismo ou Ocultismo e de todo e qualquer pensamento filosofico, sem no entanto, discrimilá-
los e sim sobrelevando-se o sentido histórico e ético da idéia em si, sem querer impor crenças e
dogmas, deixando para a consciência de cada Irmão sua aceitação ou não.
Salientemos também, que a Maçonaria não é uma crença oculta e nem qualquer outra religião.
A Maçonaria vale-se das idéias e das crenças apenas para buscar em seus estudos a evolução do
pensamento, afim de poder colocá-los em prática para o bem da Humanidade em geral e para o
Maçom em particular.
Patrocinador:
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O Irmão Walter Celso de Lima (foto) escritor, pesquisador, palestrante, MI da Loja
Alvorada da Sabedoria e membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras, efetuou
em algumas oportunidades, palestra sobre esse tema que o JB News hoje renova ao
prezado leitor.
RITO, RITUAIS e RITO MODERNO
1. Rito:
A palavra “rito” tem sua origem na língua latina; ritus, -us que
significa cerimônia. Rito é um conjunto de rituais; é uma sucessão de palavras, gestos e atos que,
de maneira repetitiva, compõe uma cerimônia completa. Ritual é, então, a execução de uma
cerimônia, o experimentar de sensações, a motivação de intentos, de valores, a vivência de um
rito, a vivência de uma cerimônia. Um rito, por exemplo, o Rito Moderno (RM) é composto por
dezenas de rituais: três dos graus simbólicos, seis dos altos graus, rituais de iniciação, de elevação,
de exaltação, de instalação e posse de Venerável, reassunção de Venerável, ritual de banquete,
ritual de bodas, ritual de pompa fúnebre, etc. O ritual é, pois, um conjunto de atividades
organizadas, no qual, as pessoas que o executam se expressam por meio de gestos, de símbolos,
de linguagem (também, do silêncio) e de comportamentos, que transmitem um sentido coerente
com um objetivo definido. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância, pois não é
qualquer atividade organizada que constitui um rito.
4 – Rito, Rituais e Rito Moderno
Walter Celso de Lima
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Os ritos podem ser jurídicos, militares, morais, religiosos, diplomáticos, maçônicos, etc.
São empregados sempre que se pretende impor uma determinada ordem a ser seguida, uma
determinada regra, uma diretriz, por força de lei, ou de costume, tradição ou, ainda, por consenso.
Deve ser seguido sob pena de infringir o sentido, o intrínseco, o que ele pretende simbolizar.
A vida é repleta de ritos que são seguidos até sem se perceber, de tão arraigados que estão
no viver. Efetivamente, vive-se e respira-se ritos diuturnamente. Exemplo: ao se apertar a mão,
num cumprimento, está-se executando um rito que, no passado, simbolizava: “ao apertar sua mão
ocupo-a tal que me é impossível, também, desembainhar uma espada contra você”. Vale dizer:
“sou amigo, não sou agressivo”. Ninguém, hoje pensa em espadas, ao apertar uma mão.
Místico (μυστικός, "relativo aos mistérios"), significava, originalmente, a crença que admite
a comunicação do homem com Deus. Hoje, num sentido mais lato, místico é um iniciado que
alcançou (ou que detém) um segredo importante.
Mítico (relativo a mito, do grego μύθος - mythos) é aquilo que pertence a um mito ou que é
originado de um mito. Mito é um relato fantástico, de tradição oral, que, geralmente, guarda um
fundo de verdade, heroico, narrado com objetivo de pregar um fundamento moral. É uma alegoria.
Os rituais maçônicos são místicos (porque destinado a uns poucos iniciados, em cada grau),
são míticos (porque alegórico com fundamento moral) e são não religiosos.
Uma vez definido estes conceitos, é importante lembrar que, na Maçonaria, num ritual, cada
palavra, cada gesto, cada ação (incluindo o silêncio), têm um significado simbólico. Nada é feito
no ritual sem uma razão, sem um sentido. Na maioria das vezes, não se sabe o significado de cada
uma das ações. Mas, certamente, há significados simbólicos que, aos poucos, se descobre, se
desvenda e se revela (isto é, retira-se os véus), em cada execução do ritual. Aí está uma das
riquezas do ritual: a descoberta incessante, contínua, de cada significado simbólico.
Raramente, absorvem-se integralmente os textos dos rituais. Absorve-se, assimila-se,
sempre, imagens isoladas, símbolos isolados, frases e fragmentos, dependendo dos interesses
imediatos e do estado mental de cada um. Estes fragmentos passam como fluídos pelas mentes de
quem participa. Interessante e importante esta observação: absorve-se, sempre, de forma
fragmentária. Por isso, talvez, os rituais são tão repetitivos. A cada execução do ritual, a cada
repetição, seleciona-se, inconscientemente, aquilo que se absorve. A seleção é uma escolha de
textos benéficos, generosos, isto é, tem um viés polarizado pelos interesses imediatos e atuais de
cada indivíduo.
Por vezes, percebe-se que, a cada vivência do ritual, encontra-se pequenas coisas que antes
não se havia dado conta. E dá-se conta que estas pequenas coisas são importantes. É como se o
ritual se renovasse, embora permaneça o mesmo há muitos séculos. É como se o ritual se
reinterpretasse e se corrigisse a si mesmo. Isto é fantástico e depende só da mente, das sensações,
dos hábitos, da existência, do espírito de cada um. Exemplo da iniciação.
Uma afirmação muito importante: toda corporação que usa rituais, religiosos ou não, todo e
qualquer ritual e toda ritualística é, apenas, um meio e, nunca, um fim. Coloca-se, então, uma
questão fundamental na Maçonaria: meio para quê?
2. Origens do ritual:
O ritual maçônico é muito antigo. Originou-se, provavelmente, no século XIV. Nenhuma
pessoa o “compôs” ou o “inventou” --- não existiu um autor. Representava a perpetuação das
atividades e práticas dos maçons operativos (maçons de ofício, os pedreiros e construtores), de
seus usos e aplicações de trabalho e de seus costumes. Não era nem mesmo um ritual; foi
simplesmente chamado de “trabalho” ou “work”. Desde o século XIV e até hoje, no Reino Unido,
é chamado de “work” e não de ritual. Ritual e rito são palavras que apareceram, na Maçonaria, em
França, no século XVIII. O nome ritual foi adotado pelos norte-americanos, brasileiros, alemães e
demais países continentais, mas não pelos britânicos.
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Do que constava esse “work” dos maçons operativos ou maçons de ofício? Um exercício de
imaginação, baseado em evidências, pode-se visualizar um ritual (“work”). O que está abaixo são
conjecturas, suposições. Não existem documentos sobre isso. Todo novato que entrava para uma
guilda de maçons operativos tinha, certamente, que fazer uma promessa ou compromisso. Ou
juramento. Por quê? Compromisso para não revelar os segredos de construção, pois não havia
plantas, planejamentos ou cálculos, somente segredos, conhecimento pragmático, conhecimento
que importa o êxito prático e conhecimento desprovido de teorias. A única ciência que conheciam
era a Geometria, origem da letra G na Maçonaria. Acresce o fato que a grande maioria dos
maçons operativos era analfabeta. E as catedrais góticas levavam muitas gerações para serem
construídas. A catedral de Notre Dame de Paris, por exemplo, demandou 182 anos de construção
(seis gerações, à época). A catedral de Notre Dame de Chartres, demandou 368 anos de
construção até o erguimento de sua segunda torre (doze gerações, à época). Uma ideia de como
trabalhavam e viviam os maçons operativos na construção de catedrais, pode ser lida num
romance de Ken Follet1
(Follet, 1992) --- “Os Pilares da Terra”. Embora romance, as
circunstâncias de acontecimentos e a conjuntura são bastante verdadeiras. Todo conhecimento de
construção era pragmático e esses segredos de como construir eram transmitidos oralmente. Ao
novato, fornecia-se instruções de como trabalhar. Obviamente, era provido de ferramentas e
instruções de seu uso. Era ensinado, também, como manter as ferramentas em boas condições de
uso e instruído sobre as responsabilidades do novato. A guilda era presidida e supervisionada por
um Mestre e seus assistentes. A nomenclatura da época, no Reino Unido, era Master of the Lodge
(Mestre da Loja, posteriormente, nomeado Venerável Mestre – Worshipful Master) e os
assistentes eram warden (pessoa que cuida de um lugar determinado e assegura que as regras são
obedecidas, ou seja, zeladores, guardadores, posteriormente nomeados Vigilantes). Havia,
também, os “trabalhadores do chão” ou “oficiais do chão” (officials of the ground) que
transmitiam ordens do Mestre da Loja para os Zeladores; esses “trabalhadores do chão” deram
origem aos Diáconos, e nas lojas do continente europeu, especialmente as francesas, aos Expertos.
Um “comunicador” organizava o trabalho; este “comunicador” deu origem ao Diretor de
Cerimônias. O Mestre e seus assistentes, também, davam instruções a os novatos. Este grupo de
trabalhadores desenvolveu sua própria terminologia, denominou outros cargos de seus oficiais.
Forneceu, também, a cada membro do grupo, modos reservados de identificação --- senhas,
palavras sagradas --- para provar sua condição de membro do grupo no estrangeiro ou entre
estranhos. (comentário sobre palavras sagradas). Cada guilda cuidava de seus próprios trajes,
aventais de couro para proteger suas roupas que os identificavam e se tornaram seu distintivo. Os
pagamentos, salários e as contribuições para uma caixa de previsão para o futuro, para acidentes
(futura previdência), para as viúvas em caso de morte do maçom (surgiu, então, o Tronco da
Viúva ou Saco de Solidariedade ou Beneficência), consequentemente, precisaram de um
tesoureiro. Analogamente, os registros de trabalhos, de horários, etc. necessitaram a nomeação de
um secretário. Estava formada a loja e, com a perpetuação de usos, costumes e práticas, estava
formado o ritual (“work”) de transmissão oral.
Toda guilda tinha suas próprias regras, também, de transmissão oral.
Eram listas de deveres e de direitos dos maçons, regras e regulamentos com os quais os
trabalhadores foram governados. Algumas dessas regras foram escritas e chegaram aos dias
atuais: as Old Charges ou Antigas Obrigações, de onde se originou os Landmarks, produzindo as
1
Kenneth Martin Follet, Ken Follet, filósofo, jornalista e escritor galês, nasceu em 1949, em Cardiff, País de Gales. Formado em
filosofia pela University College of London, tornou-se jornalista e escritor. Publicou 29 romances, todos num contexto da história
medieval, moderna ou contemporânea. “Os Pilares da Terra” (The Pillars of the Earth) foi editado em 1989 e, em 2010,
transformou-se em séries de TV.
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atuais Constituições das diversas Obediências. Assim, o work (ritual) perpetuou-se, elaborado e
desenvolvido não por tradição, pelo estudo em livros ou desenvolvido teoricamente, mas a partir
do próprio trabalho diário na construção de catedrais e outros edifícios. Surgiram alegorias e
lendas cujo objetivo era (e é) evidenciar, simbolicamente, a preparação para o desenvolvimento de
virtudes, de valores e de bem viver.
Aqui está a resposta: todo ritual maçônico na Maçonaria é, apenas, um meio e, nunca um
fim. Meio para quê? Meio para a preparação, para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de
bem viver.
Aos poucos, a partir do século XVI, houve um declínio das atividades das guildas. Por quê?
Pelo desenvolvimento científico e desenvolvimento da matemática, as construções tornaram-se
viáveis tecnologicamente, baseadas em cálculos estruturais, planejamentos e elaboração de plantas
e projetos. O pragmatismo dos maçons operativos das guildas tornou-se obsoleto e
economicamente dispendioso face ao desenvolvimento tecnológico. Acrescenta-se o aparecimento
de universidades formando arquitetos e construtores (Valsechi, 2014). Aos poucos, a Maçonaria
operativa transforma-se em especulativa. Na Escócia, ainda no século XVI, aparecem os primeiros
maçons “aceitos”, isto é, maçons que não eram pedreiros ou construtores, mas filósofos,
aristocratas, religiosos ou cientistas, oriundos das universidades que substituíram a construções de
catedrais pela construção do seu ser interior, usando toda simbologia e filosofia expressa no work
(ritual). Surgiram os “maçons livres e aceitos”.
A data aceita como marco dessa mudança foi 1717, em Londres. Já, nesta época, a
Maçonaria moderna, denominada de especulativa ou dos aceitos, já estava distanciada da
influência da Igreja Católica. Tinha ainda grande influência da Igreja Anglicana e de calvinistas
escoceses. O ritual usado nessa época pela “Loja dos Modernos” era um ritual bastante simples e
quase deísta. Esse ritual, introduzido em França em torno de 1725, compôs o então chamado Rito
Francês e posteriormente denominado Rito Moderno.
A primeira loja em França, cuja existência é, historicamente, bem documentada foi fundada
por britânicos, em Paris, em torno de 1725. Reunia-se na rue des Boucheries (rua dos Açougues),
usando o ritual inglês da Loja dos Modernos de Londres. Tinha como seus membros,
principalmente, exilados irlandeses e jacobitas (“stuartistas”). É bastante provável que a mesma
loja tenha apresentada carta patente oficial da Grande Loja de Londres, em 1732, sob o nome
"Saint Thomas", sempre na rue des Boucheries. Esta loja abateu colunas. Trabalhavam com o
ritual da Loja dos Modernos, a origem do Rito Francês ou Moderno (Onias Neto, 1995).
O Rito Francês foi reconhecido em Paris, provavelmente, em 1761 e proclamado pelo
Grande Oriente de França em 1773 (Gaglianone, 1994). Há divergências quanto à data de criação
do Rito Francês. Há documentos de que o Rito Francês (graus simbólicos e altos graus) foi
reconhecido pelo Grande Oriente de França em 1786, juntamente com o denominado Rito Escocês
de 25 graus. Somente no século XIX, o Rito Francês foi chamado de Rito Moderno. Entre 1735 e
1785, houve uma expansão de Lojas e Capítulos, em França, tendo os Capítulos instituídos altos
graus, proliferando, indiscriminada e, diferentemente, de maneira diversa um dos outros
Capítulos. Os primeiros rituais do simbolismo do RM foram publicados em 1788. As quatro
Ordens Superiores (graus 4 a 7) tiveram início em 1783, reduzindo racionalmente o grande
número de graus do escocismo. As 5ª e 6ª Ordens (graus 8 e 9) foram criadas, posteriormente, em
França, em 1861.
Tem início as diferenças operacionais entre a maçonaria britânica e a francesa. Talvez, por
influência dos jacobitas, as lojas francesas têm oportunidade de debater problemas políticos e
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religiosos da atualidade, o que é vetado em loja aberta na maçonaria britânica (vide Constituições
de Anderson). Também, enquanto a maçonaria britânica, na época, era teísta (hoje não), com forte
influência anglicana, a maçonaria francesa, aos poucos vai se tornando deísta e arreligiosa,
embora os “escoceses” permaneram com forte influência católica. As razões de não se discutir
política ou religião na maçonaria britânica se deve aos acontecimentos na Inglaterra no século
XVII (duas guerras civis, reis ingleses católicos e, ao mesmo tempo, chefes da Igreja Anglicana,
um rei processado pelo parlamento e decapitado, outro rei destronado, um interregno republicano
(comentar), disputas dinásticas e disputas religiosas entre anglicanos, católicos e calvinistas). Já,
as razões das discussões políticas e religiosas e arreligiosidade na maçonaria francesa se deve aos
acontecimentos em França, no século XVIII (anti-monarquia, repugnância crescente ao
absolutismo monárquico, o aparecimento do iluminismo francês, o apoio da igreja católica à
monarquia absoluta, o anticlericalismo e a Revolução Francesa). As lojas francesas, de maneira
geral e, especialmente, em Paris, eram compostas por aristocratas monarquistas, enquanto as das
provincias, continham, também, revolucionários e republicanos.
3. Considerações finais:
Os rituais são muito ricos e extremamente eficientes quando se
questiona o porquê dos procedimentos. O Rito Moderno é, igualmente, rico e fértil em emular
valores e virtudes. Há que se questionar o porquê de cada ação, de cada símbolo e de cada palavra.
Muitas vezes, não é imediato e fácil descobrir as respostas. Há, também, aqueles que teorizam
tentando responder questionamentos, baseados no subjetivismo pessoal; são os que praticam o
“achismo”. Há que se estudar, ler, obter respostas confiáveis em boas fontes. Só assim, os rituais
tornam-se eficientes para o principal propósito: aprimorar o ser interior, praticar virtudes,
melhorar sua vida ou simbolicamente: construir seu templo interior, polir sua pedra bruta. Por
isso, existem maçons.
Referencias Bibliográficas:
- Deflem, M. “Ritual, anti-structure, and religion: a discussion of Victor Turner’s processual
symbolic analysis”. Journal for the Scientific Study of Religion, 30 (1): 1-25, 1991.
- Follet, K. “Os Pilares da Terra”. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.
- Gaarder, J. & Hellern, V. & Notaker, H. “O Livro das Religiões”. S.Paulo: Cia. das Letras,
2005.
- Gaglianone, P.C. “A Criação do Rito Moderno na França”. In: S.C.R.M. “O Rito Francês
ou Moderno: A Maçonaria do Terceiro Milênio.” Londrina: Ed. A Trolha, 1994.
- Haywood, H.L. “Freemasonry and the Bible”. London: Collins Clear-Type Press, 1951
- Huxley, A. “A Filosofia Perene”. Cap. XXIV: “Ritual, Símbolo, Sacramento”, pp: 315 – 327,
R.Janeiro: Civilização Brasileira, 1971.
- Ismail, K. “O que é Rito e o que é Ritual.” JB News, nº 902, de 21.fev.2013. Reproduzido
em JB News, nº 1183, de 28.nov.2013.
- Johnson, P. “História do Cristianismo”. Rio de Janeiro: Imago ed., 2001.
- Lima, W. Celso de. “Rituais”, pp: 95-97. In: Lima, Walter Celso de. “Ensaios sobre
Filosofia e Cultura Maçônica. S.Paulo: Ed. Madras, 2012.
- Neves, J.F. “Ritualística, uma tradição a ser cultivada com orgulho.” JB News, nº 904, de
23.fev.2013.
- Onias Neto, A. “Rito Moderno ou Francês”. Rio de Janeiro: SCRM, 1995.
- Pinto de Sá, J.P. “Os Rituais e a Liturgia.”. JB News, nº 865, de 15.jan.2013.
-Tresner, J. “Ritual. Quem precisa dele?” JB News, nº 762, de 27.set.2012.
- Valsechi, A. “Porque e Como a Maçonaria Passou de Operativa para Especulativa”. Palestra
na ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4285 em 25.fev.2014 e publicada JB News, nº 1.274, de 26.fev.2014.
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Ir Anestor Porfírio da Silva
M.I. e Membro Ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia – Goiás
Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás
anestorporfirio@gmail.com
Os emblemas da mortalidade
para a Maçonaria
É uma prática costumeira largamente utilizada a de fazer uso de símbolos como sinal
da existência de alguma coisa. Esta criatividade nasceu bem antes da invenção da escrita, sendo
utilizada ao longo de todo esse tempo como meio de comunicação entre as pessoas e os segmentos
que as representam, estando neste contexto os maçons e a maçonaria.
Os emblemas da mortalidade (esqueleto completo, ou um crânio sozinho, ossos
humanos, esquife, frases alusivas etc.) passaram a incorporar a simbologia maçônica a partir do
instante em que a maçonaria admitiu a espiritualidade como um de seus princípios universais. Por
representar esse princípio a crença na continuação da vida em outro plano após o seu fim na
dimensão material em que nos encontramos, o caso se desdobra resultando na necessidade de se
fazer com que a morte, por se tratar de fato real, imprevisível, inevitável e irreversível, pela sua
relevante expressão no campo da espiritualidade, não seja esquecida.
Esses emblemas, em tempos distantes, tinham também um significado ameaçador
servindo de terrível aviso sobre funestas consequências a que ficaria exposto o membro traidor da
Ordem Maçônica. Porém, quanto a este sentido, tais emblemas perderam seu caráter intimidativo
e hoje em dia não passam daquilo que realmente são, apenas símbolos.
Bem, mas o que restou aos maçons, de valor simbólico, em tais emblemas? A crença em
um Ser Supremo, criador do Universo, a admissão, como verdadeira, da existência do espírito,
sendo a vida e a morte causas motivadoras dessa fé, entre outras circunstâncias.
5 – Os Emblemas da mortalidade para a Maçonaria
Anestor Porfírio da Silva
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Tem-se o valor da vida como não menos importante do que o da morte porque é no
período da vida material que se estabelece o grau de maior relevância no relacionamento entre
criatura e Criador quando a criatura deve entender que o espaço temporal de sua existência na vida
terrena representa apenas uma passagem, uma jornada repleta de provações durante a qual terá
que se manter sempre cônscia de seus deveres para com Deus, relegando o mal, o erro e os vícios,
amando o próximo para, desta feita, encontrar-se incorrupta no dia de sua morte o que, se de fato
acontecer, valerá a salvação do seu espírito.
Já a morte tem valor distinto daquele que representa a vida, porque ela põe fim à
existência física, em cujo instante a vida espiritual muda de plano indo para outra dimensão que
pode ser superior ou inferior.
Enquanto que para os cristãos e espiritualistas a vida não termina com a morte física,
para a ciência, a morte é a falência completa e definitiva do sistema vital, o fim da matéria que era
viva, dela nada mais remanescendo, salvos os fragmentos inertes de sua própria composição.
Muitos, levados pela fé ante as evidências terrenas de um Poder Criador, outros, pelo
assombro da morte ou por sua rejeição face ao insondável mistério que a envolve, admitem a
existência física humana como obra da vontade de Deus sendo esta a Ele permanentemente ligada
por uma energia sobrenatural, imorredoura, denominada de espírito.
Para os que tomam como verdadeira essa linha de entendimento, a vida se compõe de
duas partes e somente uma delas, a material, que se constitui do corpo físico, visível, sensível e
perceptível é mortal. Como todos nós sabemos, ela compreende o período que se inicia no
momento da concepção uterina e dura até o instante em que ocorre sua falência completa, a
consumação da morte. Enquanto que a outra, a não material é imortal. Ela se compõe do espírito,
entidade que, embora subsista de modo independente, é gregária da parte física, sendo invisível,
perceptível, porém, intocável.
Diante da realidade da morte, todos nós somos levados a admiti-la e embora não
conhecendo o porquê de sua impetuosidade, temos que aceitá-la seja de que forma for. Mas,
seguramente, pelos exemplos que são colocados à nossa frente, sabemos perfeitamente que
fenômeno é esse e do que o mesmo se trata, ou seja, é uma experiência humana assustadora,
dolorosa e incomparável; um fenômeno inevitável cercado de mistérios, que desperta medo e
apreensão. Por isso é que muitos, ao chegarem ao final de suas vidas, reagem implorando para não
os deixarem morrer.
Todavia, se a morte se cerca de tanta importância quanto ao seu significado, qual seria
então o verdadeiro sentido da vida? Materialmente, pode-se afirmar que ele seria o alcance das
realizações pessoais, da paz, do amor, da felicidade, da concretização dos sonhos, da carreira
profissional, da família, da riqueza, do poder, da sabedoria, enfim, de todos os desejos.
Mas ainda que todos os desejos do mundo venham a ser conquistados, sabe-se que estes
continuarão sendo insuficientes para a realização da satisfação plena. Depois de todas as
conquistas almejadas ficará sempre um inexplicável vazio a denunciar que o sentido da vida não
se resume somente nas realizações. Para os que crêem na existência do espírito, esse espaço não
preenchido é o do sentido da vida espiritual, que é a relação com Deus, no arrependimento sincero
dos erros, na prática do bem e na comunhão com Ele até mesmo após a morte física.
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Pelas procedentes razões que levaram a maçonaria a se declarar como instituição
espiritualista, a morte para os maçons não poderia, e nem pode, ser admitida de outra forma (dada
a aceitação da existência do espírito) senão como um natural processo do fim da vida material e o
prosseguimento da vida não material em outro plano ao qual, maçonicamente, costuma-se referir
como “Oriente Eterno”. Os emblemas da mortalidade servem para alertá-los e lembrá-los de que o
tempo perdido não se recupera e adverti-los sobre a brevidade da vida terrena, abrindo-lhes os
olhos para enxergarem claramente que o espaço temporal dado a cada um é realmente muito curto
e que, por isso mesmo, deve ser aproveitado, dia após dia, na construção do caminho do bem para
não serem surpreendidos.
Esse alerta, sabidamente não é de autoria maçônica. Ele existe desde os tempos da
sabedoria profética responsável pelo surgimento da Bíblia Sagrada. Naquele monumental
histórico religioso da humanidade, que faz alusões à morte em inúmeras passagens, há um registro
que guarda estreita sintonia com o que nos representam os emblemas da mortalidade: “Vigiai,
pois, porque não sabeis nem o dia, nem a hora. (Mt. 25,13)”.
De fato, em nossa caminhada pela jornada da vida não temos como evitar as travessias
difíceis onde as vicissitudes surgem de várias formas, transtornando-nos, causando-nos desgastes
no equilíbrio emocional, alterando a nossa maneira de agir frente ao nosso semelhante e,
alternando-se com outras travessias de bons momentos carregados de felicidade, o que nos
envolve de tal maneira que sequer nos deixa lembrar de que o nosso tempo de vida é por demais
breve e que o seu fim pode acontecer quando menos se espera.
Embora nós, cristãos e espiritualistas, ostentemos a crença de que o progresso espiritual
ou a salvação do espírito só será possível mediante o cumprimento dos nossos deveres para com
Deus e o cultivo do amor ao próximo, as circunstâncias e os fatos que nos envolvem no dia a dia
nos fazem esquecer de que pelo menos uma pequena parte do nosso precioso tempo não devesse
ter outra destinação senão à da prática constante da caridade e da filantropia, que se traduzem no
socorro às viúvas e órfãos e no auxílio aos necessitados, e que, sem um alerta para abrir-nos os
olhos, pode ser que no final de nossas vidas ocorra o inesperado, ou seja, as realizações no campo
da virtude apresentarem-se anuladas pelo que deixamos de fazer ou pelos erros por nós cometidos
o que, acredita-se, condenará o espírito, tirando-lhe a possibilidade de alcançar um estágio de vida
melhor. Aí, ao percebermos que o nosso tempo já se foi, de nada adiantará o arrependimento e só
nos restará chorarmos e ranger os dentes (Lc 13,28).
Então, como se nota, para a Ordem Maçônica, o tempo de vida de cada um de nós é
admitido como sendo uma grande e, quem sabe, única oportunidade que deve ser aproveitada pelo
corpo físico no sentido de ajudar o espírito a aproximar-se mais de Deus, sendo esta a
preocupação que a leva a recomendar aos seus adeptos a aceitação e o cumprimento dos deveres
do homem para com o Criador, assim como o amor que cada um deve ter pelos seus semelhantes
através do exercício sincero, verdadeiro e constante da caridade.
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Irm Augusto Nibaldo Da Silva Triviños†, MM
Membro Benemérito do Quadro de Obreiros da
CinqBenAuge RespLoja Simb“Concordia et Humanitas” N 56
Fundada em 24 de junho de 1958 - Rito Schröder
Jurisdicionada a Muito RespGrLoja Maçdo Estado do Rio Grande do Sul
UMA VISÃO INTRODUTÓRIA DA MAÇONARIA OPERATIVA
E DA MAÇONARIA ESPECULATIVA,
INICIÁTICA, MODERNA OU SIMBÓLICA
ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS:
Quando no Programa de Docência Maçônica de 1995 da Loja “Concordia et Humanitas” N
56, sob o malhete do V.M. Irm. Seno Delki Dumke, tomei a responsabilidade de apresentar
aos irmãos da Loja uma peça de arquitetura sobre a evolução histórica da Maçonaria através
de suas etapas de Maçonaria Operativa, Especulativa, Iniciática, Moderna ou Simbólica, não
percebi com toda clareza o âmbito da tarefa que devia desenvolver. Mas tinha consciência
dos objetivos fundamentais da mesma, quais eram os de oferecer aos aprendizes maçons
uma visão clara, simples e, ao mesmo tempo, o mais completa possível do que,
historicamente, essas fases significavam na evolução da Maçonaria. Esses propósitos,
porém, não foram totalmente alcançados, principalmente por falta de tempo. Tinha muitos
materiais em minhas mãos que me poderiam ajudar a desenvolver o tópico. Alguns deles
extraordinariamente importantes como os do Resp. Irm. Marcelo Francisco Ceroni,
apresentados em O Vigilante N 2 e 3, de 1995; os de O Pelicano (Órgão de Divulgação do
grande Oriente de Paraná - PR), de outubro e novembro de 1993 e setembro e outubro de
1993; de Acácia, N 25 de julho - agosto de 1994; La Francmasonería Simbólica, Base
Granítica de la Francmasonería Universal, obra magnífica do Irm. René García Valenzuela,
que foi Sereníssimo da Grande Loja de Chile; El Origen del Grado de Maestro, do Irm.
Eugenio Goblet D`Alviella, da Grande Loja da Bélgica, publicado pela Grande Loja do
Chile; a peça de arquitetura apresentada em nossa Loja pelo querido Irm. Rui Jung Neto e
outras fontes que indico na bibliografia. Todos os livros, revistas e jornais consultados foram
estudados, mas a peça de arquitetura que elaboramos pretende ser uma síntese, pouco
original de minha parte, dos pontos de vista dos estudiosos da Maçonaria, dos quais
aproveito idéias, análises, diferentes tipos de informações. As semelhanças do que
apresentamos com outros estudos deve-se fundamentalmente ao caráter histórico do tema e
nossa ignorância em relação à problemática abordada que nos impediu um comentário
crítico acurado.
1. - INTRODUÇÃO:
Parece-nos conveniente iniciar nossa peça de arquitetura, com esclarecimentos simples sobre alguns
termos, que consideramos básicos e que nos permitirão falar uma linguagem relativamente comum.
Em primeiro lugar, temos a palavra "Operativa". A raiz dela está na palavra latina "opera" que significa
"trabalho, atividade a serviço de alguém ou de alguma coisa" (Machado, p.1607) Isto nos encaminha para
compreender imediatamente o conceito fundamental da "Maçonaria Operativa". Esta seria uma
corporação de maçons, isto de pedreiros, de construtores de igrejas, mosteiros,
6 – Uma Visão Introdutória da Maçonaria Operativa e da
Maçonaria Especulativa – Augusto Nibaldo da Silva Triviños
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palácios. etc., construtores que estariam a serviço de alguém. Já veremos que os maçons percorriam
países construindo catedrais, grandes edifícios e até trincheiras, geralmente a serviço de príncipes e
soberanos ou dos bispos e outras autoridades eclesiásticas.
Logo, em seguida, está o vocábulo "especulativa". A raiz deste termo "spec", significa mirar. Dai as
palavras espelho, espejo (espanhol), Spiegel (alemão) que têm a mesma etimologia, a mesma origem. Os
termos "esperança", "expectativa, "perspectiva", etc. se apoiam na mesma base etimológica.
Podemos observar, baseados no que significam as palavras "Operativa" e "especulativa", que existe uma
mudança substancial entre o que entendemos por "Maçonaria Operativa e Maçonaria Especulativa". A
primeira, fazia coisas, levantava templos materiais; a segunda, a "Maçonaria Especulativa", mirava,
contemplava, já não construía catedrais, refletia, pensava, construía templos espirituais. Também se
denomina "especulativo" aquilo que não é observável diretamente pelos sentidos, aquilo que não se apoia
em fatos. Já veremos que estas diferenças que aparecem como essenciais num primeiro momento, não o
são tanto.
A raiz da palavra "símbolo" nos conduz a considerá-la como "sinal de reconhecimento"(Machado,
p.1990); "sinal que servia para reconhecer a alguém ou alguma coisa".
Vamos procurar aprofundar a acepção da palavra símbolo, numa tentativa de esclarecer seu sentido com
maior precisão.
O símbolo se vincula ao mundo real, à realidade. Outra figura, a metáfora, também se refere à realidade,
mas de maneira diferente. A metáfora deve ter alguma semelhança com o objeto ou coisa que representa.
Por ex., se expressamos:
"Teus cabelos são como o ouro", estamos indicando que o cabelo dessa jovem tem a cor do ouro, é loiro.
E se afirmamos: "teus dentes são como pérolas", entendemos que eles têm a brancura das pérolas. E se
dizemos: "teus lábios de rubi", afirmamos que os lábios dessa moça são vermelhos. Entretanto, o
símbolo, se bem se refere a um objeto concreto não tem necessariamente semelhança com ele. Além
disso, seu sentido é abstrato e não concreto. Por ex.: o cachorro é símbolo da fidelidade, como o leão do
valor, a pomba da paz, Otelo dos ciúmes, Hamlet da dúvida, o cordeiro da inocência, a cor branca da
pureza, a serpente da maldade.
O avental, na Maçonaria, por ex., é símbolo do trabalho. Se considerarmos o trabalho como uma relação
do homem com a natureza e, que o homem, apoiando-se em ferramentas e máquinas, modifica a natureza
e ao mesmo tempo que a modifica, se transforma a si mesmo e cria o mundo da cultura. O avental deve
ser de cor branca porque a brancura é símbolo da pureza, característica que deve ter todo trabalho que
empreenda o maçom e que tende a emancipar o homem e fazê-lo livre moral, social e individualmente.
O que é a Maçonaria Simbólica? Um conjunto de símbolos. Ou seja, que para conhecer e praticar a
Maçonaria Simbólica ou simplesmente a Maçonaria, deve o maçom estudar o mundo de símbolos que
constituem a Franco-maçonaria. Noutras palavras, o maçom que pratica a Maçonaria Simbólica, não
precisa construir templos materiais, nem ser pedreiro, nem arquiteto. Ele precisa estudar os símbolos e
realizar seu desenvolvimento moral e social de acordo com o conteúdo espiritual dos símbolos.
O aprendiz maçom deve saber, por exemplo, que seu Grau tem como fundamento o número três, porque a
criação inteira constitui uma cadeia imensa de trindades que se repetem, que encontramos nas diferentes
tendências religiosas e filosóficas que o ser humano tem criado e vivido. Assim, o Brahmanismo que tem
Brahma, Vishnú e Shiva; o Platonismo: princípio, verbo e substância (Bem, Verdade e Beleza); a
Alquimia: enxofre, mercúrio e sal; a Franco-maçonaria: sabedoria, força e beleza que são as Três Luzes
morais do templo maçônico e que estão simbolizadas pelo Venerável Mestre e seus dois Vigilantes, que
são à vez os três pilares principais da oficina e que estão representadas por três figuras mitológicas:
Minerva, Hércules e Vênus (O.G.T., p.250-251)
O símbolo não deve transformar-se numa corrente que amarre o maçom ao passado, impedindo o
progresso espiritual e material (L.E., p.171). O símbolo, apesar de que pode conservar a sua essência, é
histórico, isto é, muda de acordo com as épocas, com as culturas nas quais a Maçonaria
cresce. O símbolo não é uma realidade pétrea, mas plástica, flexível às necessidades e princípios dos
homens. O pedreiro da Idade Média tinha simbolizada sua liberdade no direito de agrupar-se, de ter seus
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próprios princípios, normas, práticas e privilégios. A liberdade está fundamentalmente simbolizada, nas
primeiras décadas do século XIX na América Latina, nos anseios de chegar a constituir nações
autônomas, independentes e soberanas, capazes de abrigar fraternalmente a todos os homens. Em nossa
época, a liberdade para o maçom simboliza manter uma luta para ver todos os homens latino-americanos
livres do temor, da ignorância, da doença, da miséria.
Podemos observar assim, que esse símbolo, o da liberdade, se bem conserva sua essência, não se limita
agora a ser instrumento de conhecimento e ação de um grupo de homens que a materializam em proveito
direto dele, mas que visa a todos os seres humanos de um povo, de um continente ou do universo.
É conveniente ressaltar que a passagem da Maçonaria Operativa para a Maçonaria especulativa estava
precisamente marcada. Entretanto, a chamada Maçonaria Simbólica ou moderna, é a mesma Maçonaria
especulativa, mas noutro grau de aperfeiçoamento. Se o século XIII, com Alberto Magno marca o
momento durante o qual a Maçonaria Operativa adquire a lucidez simbólica em relação à arte da
construção, os trabalhos de Payne e o Livro das Constituições de Anderson, entre 1722 e 1723,
consolidam e estruturam simbolicamente a Maçonaria como arte de formação moral, social e individual,
essa mesma data é, ao mesmo tempo, a que indica a maturidade da Ordem Maçônica e assinala seu
caminho de contínuo aperfeiçoamento simbólico.
2. - INTRODUÇÃO A UMA VISÃO DA MAÇONARIA OPERATIVA:
2.1.- As origens da Maçonaria Operativa
Na história da Maçonaria podem se distinguir dois grandes períodos: a fase da Maçonaria Operativa e a
fase da Maçonaria Especulativa, Moderna ou, como também se chama, Simbólica.
As origens da Maçonaria Operativa não nos é possível indicar com precisão. Alguns dos estudiosos da
Maçonaria colocam os começos desta quase no mesmo ponto em que se inicia a vida do homem sobre a
Terra. E assim falam que a Maçonaria Operativa já existia nos tempos em que se levantava a torre de
Babel, por exemplo. Ou dizem que nasceu no Egito, na Grécia, que deriva da antiga seita dos Rosacruzes.
Ou que nasceu mil anos antes de Cristo, quando David, Rei de Israel começou a construção do Templo de
Jerusalém e que foi continuada por seu filho Salomão. Este, segundo as versões, contratou 40 mil
pedreiros, dos quais separou 3 mil para que fossem mestres e supervisores. Hiram, arquiteto fenício, Rei
de Tiro, forneceu a Salomão trabalhadores e madeiras que foram usados na construção do Templo, do
palácio real e de outros edifícios (RMCH, N.3-8, 1952, p.207-210, Ano XXIX, A.B.A).
Se bem que existem bases históricas para afirmar que existiam corporações de construtores 4.500 anos
antes de Cristo, pensamos que essas informações abrem margem a demasiadas dúvidas, em relação ao
funcionamento e aos princípios que caracterizavam esses agrupamentos de obreiros que pudessem ter
alguma relação com as idéias que alimentariam, mais tarde, à Ordem Maçônica. Alguns argumentam,
para defender a tese da origem muito antiga da Maçonaria Operativa, que as sete maravilhas do mundo
antigo, não houvessem podido ter existência sem uma organização que zelasse pelo aperfeiçoamento
constante da Arte da Construção. E assim destacam que as pirâmides de Egito, Os jardins suspensos da
Babilônia, O colosso de Rodes, A estátua de Júpiter Olímpico, O Templo de Diana, em Éfeso, O
Mausoléu de Halicarnaso e O Farol de Alexandria", são provas evidentes que havia grupos de homens, os
construtores ou pedreiros, que, constituindo corporações, e guardando em segredo seus achados,
aperfeiçoavam a arquitetura, transformando-a uma atividade de extraordinária beleza (RMCH, N.3 -10,
1972, p.72-79, ano XLIX, de la Vega).
Por outro lado, é um fato que nossa Ordem apresenta alguma semelhança com práticas religiosas da Índia
e do Egito. Devemos reconhecer uma forte analogia nelas com nossos símbolos, alegorias e cerimônias.
No Egito, os profanos que aspiravam ao sacerdócio eram submetidos a diferentes tipos de provas para
determinar a capacidade moral e intelectual dos postulantes. Outros países tomaram essas idéias dos
egípcios, adaptando-as as suas próprias formas de vida.
Parece que a seita dos Essênios (existiu no S. II A.C. e desapareceu no S. I D.C.), é uma das que maior
semelhança apresenta com as práticas da Maçonaria. Com efeito, os Essênios viviam em organizações e
tinham comunidades de bens. Os trabalhos mecânicos eram de sua preferência. Estabeleceram quatro
hierarquias. Usavam signos e palavras para reconhecer-se. Se um profano solicitava incorporar-se à
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corporação, não era aceito imediatamente. Durante três anos era submetido a uma série de provas. Se
nelas era aprovado, então era iniciado. No momento da iniciação fazia um juramento de fidelidade à
organização. Nesse instante, recebia um martelo e um avental branco. (RMCH, N.24, 1925, p.808, Ano
III, J.A.A).
Os pedreiros, sem dúvida alguma, começaram a ter muito prestigio desde cedo. Numa Pompílio, segundo
Rei de Roma, em 715 A.C., dividiu a população em 31 corporações ou colégios. O mais importante de
todos eles era o que estava constituído por todos aqueles que se dedicavam à arte da arquitetura. Esta
corporação tinha uma organização interna, na qual se distinguiam os mestres construtores que estavam
apoiados pelos vigilantes ou supervisores de obras. Todos se reuniam nas noites, depois do trabalho, para
planejar as atividades futuras e para estudar os casos de interessados que queriam ingressar à corporação
(Idem, p.809).
Uma situação de ordem bélica, em 43 A.C., levou várias corporações à Inglaterra, contratadas para
construir trincheiras para defender os romanos dos persistentes ataques dos escoceses. Estes recintos
fechados se constituíram, posteriormente, em cidades e aí surgiu a cidade de York, célebre na história da
Maçonaria (Idem, p.810).
Estes contatos com outros povos, permitiram aos pedreiros ter uma visão ampla do ser humano. Onde eles
iam deixavam seus ensinamentos e, ao mesmo tempo, aprendiam costumes, formas de vida e normas.
Neles, frente aos seus semelhantes, cresceu a compreensão e a fraternidade tornou-se, não somente vivida
para a corporação à qual pertenciam, mas foi crescendo e estendendo-se para todos os seres humanos.
Um fato histórico com caracteres trágicos não só para as corporações de pedreiros, mas para todas as
cidades, foi a invasão dos bárbaros que terminaram com as fraternidades de maçons. Os pedreiros tiveram
que fugir para países do oriente ou refugiar-se nos mosteiros. E nestes surgiram famosos arquitetos que
depois deixariam espalhado seu gênio nas grandes construções góticas, verdadeiras orações de pedra
elevadas ao infinito.
Apesar que possamos descobrir nestas argumentações precedentes sobre a origem a Maçonaria Operativa
sólidas razões para apoia-las, pensamos ficar sobre base histórica mais forte para indicar o nascimento da
Maçonaria Operativa. Não queremos, a princípio, rejeitar o entusiasmo, a imaginação, o carinho que se
adivinha pela Ordem Maçônica naqueles que desejam remontar a origem da Sociedade Fraternal ao
começo mesmo da existência do homem. Compartilhamos os pontos de vista dos estudiosos da história da
Maçonaria que o nascimento da Maçonaria Operativa, depois que os bárbaros destruíram as antigas
corporações, foi resultado de um processo que se desenvolveu de maneira muito devagar, ao ritmo do
aumento das construções, igrejas, palácios, fortalezas, etc. que se apresentava singularmente na Idade
Média. Por isso, pensamos que a Maçonaria Operativa nasceu no século VIII, apesar de que existem
informações que já era famosa, no século VI, a corporação de pedreiros livres da Lombardia.
2.2.-O crescimento da Maçonaria na Lombardia.
A Maçonaria Operativa surgiu como uma sociedade fraternal na Itália e, logo em seguida, com o apoio do
imperador Carlos Magno, se estendeu por diferentes países europeus. Um dos destinos dos pedreiros,
além da Alemanha e da França, foi a Inglaterra. É possível que, junto às emigrações de corporações
inteiras, convidadas pelos príncipes e as autoridades eclesiásticas, também percorreram não somente a
Europa, mas também outros países, alguns pedreiros que haviam alcançado especial nível de
desenvolvimento na arte da arquitetura, para ensinar seu trabalho ao mesmo tempo que contribuíam para
organizar outras corporações de maçons.
O Imperador alemão, Carlos Magno, no século VIII, como dissemos, protegeu as corporações de
pedreiros, as levou para França e para Alemanha e deu aos maçons tantos privilégios, que passaram a
constituir, dentro das respectivas sociedades, grupos escolhidos de homens que gozavam, por seus
méritos e sua inestimável capacidade na arte de construir, da qualidade de ser chamados de homens livres,
de maçons livres.
Em cada organização, segundo informações históricas, os pedreiros distinguiam três grupos: os mestres,
os companheiros e os aprendizes. Toda esta hierarquia estava já estabelecida nos primeiros séculos da
Idade Média. Mas é um fato, que esse tipo de organização interna das corporações, floresceu e se
consolidou, a contar desde o século VI D.C., chegando um alto nível de aperfeiçoamento, para seu tempo,
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ao redor do século XIII. Nessa época, o dominicano, teólogo e filósofo alemão, Alberto Magno (1200-
1280), adaptou a linguagem simbólica dos antigos à arte de construir. Pela primeira vez, os pedreiros
tiveram uma linguagem simbólica sistemática para referir-se às atividades de sua profissão. O conjunto de
símbolos foi patrimônio exclusivo dos construtores e se constituiu numa forma de expressão que só era
conhecida pelos membros da corporação. Estabeleceram-se regras severíssimas para manter em segredo
essa linguagem simbólica que não podia ser escrita em papel ou em pedra. Nesse momento histórico, a
beleza do estilo gótico se impunha na construção das catedrais e palácios. E nenhum dos pedreiros ou dos
senhores que temporariamente os contratavam para construir os templos, desejavam popularizar os
segredos da arte de construir. A simbologia da arte de construir ficou presa, ainda que não em forma
absoluta, porque houve fuga de expressões secretas, entre os profissionais da construção. Por isso, a
Maçonaria Operativa se conhece também como "Maçonaria profissional".
Estes maçons livres celebravam suas reuniões numa pequena casa chamada Hütte (Loja). Neste local de
reuniões, que se realizavam orientadas por um estrito cerimonial, se discutiam as postulações de profanos
que desejavam ingressar à Ordem, as iniciações e os planos de trabalho e o aperfeiçoamento dos mesmos,
que se desejam realizar. Todos os aspectos ritualísticos não se diferenciam substancialmente dos que a
Maçonaria pratica atualmente.
É interessante destacar que a corporação de pedreiros livres de Estrasburgo, segundo seus irmãos, havia
chegado ao mais elevado nível de criação na arte arquitetônica, em relação a todas as Lojas situadas na
beira do rio Mosela. Por isso, todas elas se colocaram sob sua direção. Por este fato, a Loja de
Estrasburgo foi denominada Haupt-Hütte (Grande Loja). Em 1459, todas as Lojas que obedeciam à
Grande Loja de Estrasburgo, se reuniram em Regensburg, cidade situada à margem do Rio Danúbio, e
determinaram outorgar, ao Diretor da construção das obras da catedral de Estrasburgo, o título de "Grão-
Mestre Único Perpétuo da Sociedade Geral dos Maçons Livres da Alemanha" (RMCH, N.24, 1925,
p.810, J.A.A.).
A história nos mostra vários fatos que merecem ser ressaltados na história da Maçonaria. Um deles
ocorreu em 1561. Isabel I, Rainha de Inglaterra e Irlanda (1558-1603), teve receios do espírito livre dos
maçons e das reuniões que eles celebravam a Grande Loja de York. Apoiada num edito do Rei Henrique
VI, de 1425, que proibia a reunião dos maçons, enviou a polícia para que, pela força, impedisse a reunião
que os pedreiros livres realizavam na Grande Loja de York. Os policiais foram à Grande Loja e se
incorporaram aos trabalhos dos maçons para observar seu desenvolvimento e os possíveis matizes
conspirativos presentes contra o reino. A experiência que receberam os policiais na sessão maçônica foi
tão impressionante, que todos os servidores da rainha solicitaram seu ingresso à ordem maçônica. Quando
a Rainha tomou conhecimento deste fato, imediatamente tomou duas medidas. A primeira, a de derrogar
o edito de 1425, e a segunda, de tomar sob sua proteção todas as corporações maçônicas.
2.3.- Grandeza e decadência da Maçonaria Operativa.
A invasão dos bárbaros destruiu as corporações de pedreiros. Os maçons tiveram que refugiar-se nos
mosteiros ou fugir do continente europeu. Nos mosteiros, os maçons seguiram cultivando a arte da
construção até alcançar assombrosos níveis de perfeição. Tiveram que passar, porém, ao redor de quatro
séculos para que os grupos de maçons começassem a surgir novamente com toda sua força e esplendor.
Como já expressamos, defendemos a idéia que Maçonaria Operativa nasceu, podemos dizer,
"oficialmente", no século VIII na Itália, ainda que reconheçamos que já no século VI existia na
Lombardia uma corporação de maçons famosa pelo progresso que havia alcançado.
O grande momento da Maçonaria Operativa se originou quando Alberto Magno, no século XIII,
ressuscitou toda a simbologia das antigas corporações de construtores e a adaptou à realidade histórica
que viviam os pedreiros. O trabalho de Alberto Magno permitiu aos maçons ter uma linguagem comum,
simbólica, no desenvolvimento de suas obras arquitetônicas, de suas cerimônias, de seus ritos, de suas
práticas secretas. Esta unidade espiritual obtida através da ação simbólica e secreta deu extraordinária
força à Maçonaria Operativa. E o crescimento dela foi extraordinário devido não somente ao espírito
unitário que a alimentava, mas, e talvez fundamentalmente também, à riqueza e ao poderio da igreja
católica que alcançou seu máximo poder entre os séculos X e XV. Esse poder e esse bem-estar econômico
dos católicos se manifestou, entre outras formas, pela construção de grandes catedrais, castelos, edifícios,
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etc. O estilo gótico na arquitetura atingiu um brilho singular graças à grande capacidade estética e de
engenharia dos maçons.
A riqueza e o poder da igreja católica descontrolados, originaram, porém, o abuso, a soberba, a
perseguição aos que pensavam diferente a ela e a corrupção em graus ilimitados.
No seio mesmo da igreja se produziu uma violenta reação que quebrou a espinha dorsal da hierarquia da
mesma. Nasceu a Reforma com Lutero. O edifício eclesiástico tremeu até suas raízes. A igreja católica se
divide e se enfraquece seu poder já não é mesmo de um século atrás. Suas riquezas diminuem. E quase
desapareceu o desejo de prestar homenagem ao Criador mediante as grandes construções arquitetônicas.
Os maçons começaram a não ter obras para construir.
Por outro lado, os segredos da arte de construir que, por séculos, se mantiveram como patrimônio
exclusivo dos pedreiros, já eram domínio de muitos construtores que não pertenciam às corporações de
pedreiros. As guerras religiosas que estouraram nesse tempo, também colaboraram decisivamente para o
enfraquecimento das corporações dos pedreiros livres.
Esta situação de languidez que viviam as corporações de pedreiros, fez que mestres, companheiros e
aprendizes se reunissem no século XVI e, com o ânimo de reanimar a organização, acordaram uma série
de resoluções de fundamental importância. Um desses acordos foi de permitir o ingresso de pessoas que
não tivessem a arte de construir como forma de subsistir e de viver. Por essa razão, se incorporaram à
ordem de maçons: Thomas Boswel, em 1600; Robert Monray, em 1641 e Elias Ashmole, em 1646. Todos
sem conhecer em essência e sem haver praticado jamais a arte dos pedreiros. (RMCH, N.3 a 8, 1952,
p.210, Ano XXIX. A.B.A.)
Esta medida originou a incorporação de muitas outras pessoas às corporações, exigindo só duas
condições: serem ilustradas e possuir bens de fortuna. Nesse momento, as corporações começaram a ter
dois tipos de membros: os que estavam aí porque conservavam a tradição da ordem e tinham a condição
de pedreiros e os recém incorporados, intelectuais todos. Estes, em tempo breve, começaram a dominar as
atividades das corporações. Perceberam que o simbolismo dos maçons era extraordinariamente rico e
devia ser preservado. Por isso, de acordo com os novos rumos que começava a tomar a ordem dos
pedreiros, resolveram adaptar o corpo simbólico das corporações, da construção de um templo material, à
construção do homem, em sua dimensão espiritual.
Uma resolução da Loja de São Paulo, em 1703, a mais antiga das quatro que existiam em Londres, emitiu
uma declaração que fez dessa tendência de abertura da ordem para pessoas que não fossem pedreiros, um
princípio e logo em seguida, uma prática generalizada. Disse a Loja de São Paulo: "Os privilégios da
Maçonaria, não serão mais patrimônio exclusivo dos maçons construtores; que outras pessoas de
diferentes profissões pudessem optar a eles, sempre que fossem regularmente iniciados e admitidos na
confraternidade".
As duas primeiras décadas do século XVIII, foram fundamentais para o porvir da Maçonaria. A
incorporação de algumas pessoas que não eram pedreiros à Ordem, junto à declaração da Loja São Paulo
originaram profundos debates que culminaram a 24 de junho de 1717 quando, as quatro Lojas de
Londres, acordaram constituir uma entidade superior, aglutinadora, orientadora, denominada Grande
Loja. Em forma solene foi empossado o primeiro Sereníssimo Grão-Mestre, o Irm. Antonny Sayer. A
Maçonaria Operativa se havia transformado, depois de um século de debates, de preocupações, de
medidas tomadas para conservar-se, na Maçonaria especulativa e iniciática. Ainda nos séculos XVII e
parte do XVIII, a Maçonaria especulativa manteve os traços de sua predecessora, a Maçonaria Operativa,
de gloriosas lembranças, características apresentadas especialmente a contar do século XIII até o século
XV, inclusive.
A Grande Loja de Londres, começou, imediatamente depois de 24 de junho de 1717, uma série de
reuniões interessantíssimas. Por exemplo, na segunda, a Grande Loja determinou que não se podia abrir
uma nova Loja sem a autorização da Grande Loja. Esta daria a carta de constituição da nova Oficina,
depois de haver sido aprovado o regimento interno da mesma.
Também se resolveu realizar reuniões de Veneráveis Mestres a cada três meses e que cada Loja devia
apresentar, anualmente, à Grande Loja, um relatório das atividades realizadas.
Um acordo de principal importância foi o de realizar um estudo dos novos estatutos, de revisar os
costumes, ritos, símbolos e cerimônias dos antigos pedreiros e das práticas do momento. Esta tarefa
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recaiu sob a responsabilidade do Irm. George Payne. Com a ajuda de toda a documentação reunida, os
IIrm. Desaguiliers e Anderson, deviam elaborar um estatuto da nova sociedade maçônica. Este trabalho
foi realizado e apresentado pelos Irmãos mencionados à Grande Loja, com o nome de "Constituições da
Antiga e Venerável Confraternidade dos Maçons Livres e Aceitos", em março de 1722 e aprovados e
publicados em 1723. Assim os maçons tinham as normas que lhes permitiram ser justos e perfeitos.
3. - INTRODUÇÃO A UMA VISÃO DA MAÇONARIA ESPECULATIVA:
3.1.- Origem e desenvolvimento
A Maçonaria especulativa nasceu oficialmente a 24 de junho de 1717, em pleno Século das Luzes, quando
a razão se levantava para emancipar ao homem da superstição, da ignorância. Os enciclopedistas, os
iluministas, apregoavam a nova doutrina baseada na razão humana. A liberdade e o medo, este para
desaparecer e, a liberdade para dar novas asas ao espírito que seria capaz de compreender e de viver na
igualdade e a fraternidade.
A Maçonaria especulativa, já fortemente simbólica desde 1723, porque toda a simbologia que Alberto
Magno havia elaborado no século XIII para os pedreiros que construíam catedrais e palácios, havia-se
transformado num corpo de símbolos que representava a construção moral, espiritual e física do homem
sem dogmas, sem verdades absolutas, livre.
A Maçonaria começou a expandir-se por duas razões fundamentais. Em primeiro lugar, os princípios do
Livro das Constituições de Anderson, aprovado a 23 de janeiro de 1723, continha tão profundo espírito
humanitário, de sensibilidade frente ao próximo, de compreensão da natureza humana e uma rota moral
de crescimento, que muitas pessoas esclarecidas, ingressaram à Ordem, por que sentiam que se
encontrariam com pessoas que tinham os mesmos anseios humanos, de desenvolvimento pessoal e social,
de fraternidade e de tolerância.
Teve influência muito importante também na divulgação da Maçonaria, o poder imperialista inglês que
levou o espírito maçônico aos povos da África e da América Latina.
O crescimento foi muito grande. Basta ressaltar uma só informação para perceber este fato. Em 1721
havia doze Lojas constituídas na Inglaterra. Quatro anos mais tarde, em 1725, 49 Lojas dependiam da
Grande Loja Inglesa.
Na França, ao que parece, se fundou a primeira Loja em Dunkerque, a 13 de outubro de 1721, com o
nome de "Amizade e Fraternidade". Logo em seguida, nasceram várias Lojas, todas dependentes da
Grande Loja de Londres até 1756, quando as Lojas francesas se uniram e se independizaram da Inglaterra
e constituíram a Grande Loja da França. O nome definitivo chegou em 1772, quando as Lojas francesas
se declararam subordinadas ao Grande Oriente de França.
A prática primitiva, que vinha inclusive da Loja Operativa, dos três graus simbólicos, de Mestre,
Companheiro e Aprendiz, sofreu diversas modificações. A mais importante mudança surgiu em 1737,
quando o Grande Orador da Ordem Maçônica Inglesa, num histórico discurso, lançou a idéia que, além
dos três graus simbólicos, podiam estabelecer-se quatro graus na Maçonaria. Isto durou pouco. Uma nova
iniciativa foi aprovada e se reconheceram seis graus. Posteriormente foram aceitos sete, nove, vinte e
cinco e trinta e três graus. A Maçonaria Escocesa foi a que se pronunciou em favor dos trinta e três graus.
À América do Norte chegam as primeiras Lojas em 1730. Já em 1733, em Massachussetts, havia várias
Lojas. Logo, em seguida, as Lojas começaram a surgir em diferentes cidades. Isto permitiu que, quando
chegaram as lutas pela independência da América do Norte, foram maçons os grandes dirigentes desse
movimento emancipatório. E, quando em 1776, se estabeleceu, vitoriosa a revolução, a república, foram
os descendentes dos antigos pedreiros os que guiaram à jovem nação pelos caminhos da paz e da
liberdade.
3.2.- Os maçons são perseguidos
Mas o crescimento da Maçonaria especulativa não foi sem percalços. Seu caráter secreto e o fato de que
todos reconheciam que a Maçonaria estava constituída por homens capazes, com muitos privilégios
outorgados por príncipes e grandes senhores, já nos tempos da Maçonaria Operativa, originava invejas e
inclusive ataques realizados traiçoeiramente. Os pedreiros, porém, durante a Idade Média, moviam-se
dentro dos limites do cristianismo. E por isso, não foram atacados e, em geral, tiveram o apoio da igreja
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católica. Agora, a situação era diferente. A nascente Maçonaria especulativa surgia defendendo a razão
humana como veículo de libertação do homem das superstições. E uma destas superstições, para algumas
Lojas, estava representada pelo catolicismo tradicional.
A perseguição sistemática da Maçonaria especulativa pelo mundo católico iniciou-se na Holanda. Em
1734, o clero católico começou a mostrar os maçons como força diabólica. Esta pregação deu excelentes
resultados nas camadas supersticiosas da população. Essa gente ignorante, estimulada do púlpito pelos
servidores de Cristo, atacaram aos maçons tumultuando a ordem pública. Isto obrigou ao governo dos
Estados Gerais a decretar a proibição do exercício da Maçonaria no território nacional holandês. A
irracional medida do governo teve curta vida. Encontrou, porém, repercussões na Alemanha e França. Em
Florença, a Santa Inquisição sepultou nos cárceres muitos maçons. A perseguição da Maçonaria se
generalizou. O clero, querendo terminar com esse poder que se apoiava na razão, estimulou ao Papa
Clemente XII a lançar a bula contra a Ordem, de excomunhão, a 28 de abril de 1738 (RMCH, n.27, 1925-
26, Ano III, p.959-963). Um bispo decretou que qualquer católico que se relacionasse com um maçom de
alguma maneira, ainda que seja levemente, teria todos seus bens confiscados. Para justificar a bula da
excomunhão, o clero católico iniciou uma intensa campanha para divulgar os princípios, ritos, cerimônias
e práticas dos maçons. Essa operação dos católicos, porém, produziu o contrário do que a bula desejava.
A Maçonaria teve uma divulgação gratuita ao grande público do que ela era realmente, apesar das
distorções com que foi apresentada. E as pessoas descobriram que a Maçonaria estava integrada por
pessoas que elas conheciam e as quais respeitavam e que seus princípios apontavam para a fraternidade, a
tolerância a eliminação de preconceitos e de noções supersticiosas da realidade, do homem e da vida.
Na Espanha, o ódio contra os maçons foi muito maior. Em 1740, foi interrompida uma cerimônia que
realizava uma Loja em seu templo, e todos os maçons que estavam aí reunidos foram levados ao cárcere e
cruelmente torturados pela Inquisição.
O Papa Clemente XII foi substituído por Benedito XIV, sendo este muito mais fanático que seu
antecessor. Este Papa conseguiu do Rei Fernando VI, a 2 de julho de 1751, um decreto mediante o qual se
proibia a existência da Maçonaria na Espanha. Durante os séculos XVIII e XIX, os espanhóis
perseguiram sem trégua aos que praticavam a Maçonaria. A existência clandestina dos maçons não privou
a muitos destes do cárcere e das torturas.
A perseguição dos maçons se estendeu a todos os lugares onde as forças católicas tinham algum poder.
Foi grave o tempo que viveram os maçons em Portugal, Rússia, Polônia e Itália. Na Bélgica se realizou
uma luta aberta entre os maçons e os católicos, da qual os pedreiros livres saíram fortes e respeitados.
Muito diferente foi o panorama dos maçons na França. Neste país, berço do iluminismo, pedra básica da
Maçonaria, esta cresceu e adquiriu tal poder que muitos dos princípios da revolução francesa de 1789
nasceram ou foram vividos nos templos maçônicos.
A Maçonaria inglesa e francesa semeou o espírito livre de dogmas nos jovens latino-americanos que
chegaram a Paris ou Londres. E aí, ao mesmo tempo que se embebiam esses sul-americanos de
explicações racionais do universo, apoiavam a influência da Inglaterra e da França nas terras descobertas
por Cristóvão Colombo, em prejuízo do dogmático poder espanhol.
4. - CONCLUSÃO:
4.1 - Breve visão da relação da Maçonaria como o Símbolo:
Todos os seres vivos, de natureza animal, têm uma linguagem para comunicar-se entre si. Esta linguagem
pode ter diferentes formas: gestos, expressões corporais, sons e a linguagem chamada de articulada, que é
própria do ser humano. Esta linguagem, entendida dessa maneira geral, toma no homem formas orais e
escritas que constituem o que denominamos idioma ou língua. É possível que cada grupo de seres vivos
animais, além do homem, tenha também seu próprio "idioma". Assim compreendido, a língua que se fala
e que muitas vezes também se escreve é limitante. Ninguém seria capaz de, entre os seres humanos,
dominar todas as línguas e dialetos que existem no mundo.
O sonho do homem se concretizou e se concretiza na busca de uma língua que todos dominem. Desta
maneira, surgiu o Esperanto, uma espécie de idioma universal para todos os homens. Ocorre, porém, que
o nascimento de qualquer idioma ou dialeto é resultado das condições sócio-culturais e históricas nas
quais está inserido esse homem. Noutras palavras, as línguas não nascem num vazio social. Por isso, por
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exemplo, o fracasso do Latim que depois de quatorze séculos de existir como língua oficial do domínio
romano, em diferentes países, viu surgir formas de idiomas que se pareciam ao Latim, mas que não eram
o Latim. E em dadas condições históricas e culturais nasceram os idiomas Espanhol, Português, Francês,
etc. Por isso, o Esperanto como língua única para todos homens, seguirá sendo um sonho. Por outro lado,
o mundo dos romanos é muito diferente ao mundo atual. Os meios de comunicação de massa e de
transporte, têm tornado cada vez mais pequeno o mundo. É possível que esse mundo gigante para os
romanos se transforme numa aldeia para nós. E aí então, todos poderíamos ter e viver um mesmo e
semelhante espaço vital. E então, iniciativas que busquem um meio de comunicação comum para todos,
como o Esperanto, podem talvez, ter êxito.
Frente à impossibilidade de encontrar uma linguagem capaz de unir na compreensão das coisas a todos ou
a grupos de homens de diferentes línguas, nasceu o símbolo, que é uma forma de linguagem. Para chegar
ao símbolo, porém, precisa-se ser "iniciado" na compreensão do mesmo. Por exemplo, NaCl (sal) é um
símbolo. Para entender esse símbolo é necessário ser "iniciado" em Química. O mesmo ocorre com os
símbolos matemáticos. A pessoa que deseja entender os símbolos matemáticos tem que ser "iniciada " em
Matemática.
A linguagem da Maçonaria é essencialmente simbólica, para captar a medula da Maçonaria, o sujeito
deve ser "iniciado" no conhecimento dos símbolos. O símbolo, que é uma expressão lingüística simples,
permite que o maçom, sem dominar a língua que se pratique numa Oficina, se desempenhe
adequadamente nas práticas e rituais maçônicos. Mas a educação do maçom não se realiza
exclusivamente através do símbolo. A Maçonaria para educar a seus membros necessita também da
linguagem quotidiana. O símbolo, na Maçonaria, está muito mais dirigido a despertar os sentimentos, as
emoções mais profundas, que o jogo da análise fria, do intelecto, do iniciado.
O símbolo pode ser interpretado de diferentes maneiras pelos iniciados. Para um maçom norte-americano
o mosaico de peças brancas e negras, pode significar a igualdade entre homens negros e brancos. Para
nós, esse símbolo pode estar relacionado com o próprio significado da vida, onde há momentos tristes e
alegres ou com o mundo que apresenta a luz e a escuridão. Ambas interpretações são válidas, por que no
fundo dos símbolos estão os princípios da ordem maçônica. O importante no símbolo reside em que ele
não é um fim, mas apenas um meio para materializar no possível os princípios maçônicos. (RMCH, 3-10,
1972, XLIX, p.72-74, Vega de la).
Erich Fromm, um ensaísta alemão, nascido em Frankfurt, em 1900, define o símbolo da seguinte maneira:
"A linguagem simbólica é uma linguagem em que as experiências internas, os sentimentos e pensamentos
são expressados como se fossem experiências sensoriais, acontecimentos do mundo exterior. É uma
linguagem que tem uma lógica diferente do idioma convencional que falamos todos os dias, uma lógica
na qual não são o tempo e o espaço as categorias dominantes, mas a intensidade e a associação. É a
única linguagem universal que elaborou a Humanidade, igual para todas as culturas e para toda a
História".
O caminho do maçom, no ritual que se desenvolve no Templo e na vida quotidiana, está traçado pelo
corpo de símbolos que constituem a Maçonaria. A simbologia, porém, não é consumida de uma só vez. O
maçom caminha avançando por degraus. O Aprendiz tem seu conjunto de símbolos, como também os têm
o Companheiro e o Mestre. Se o pedreiro livre não sabe manejar o compasso ou o esquadro, sua obra
humana como profissional terá as deficiências do construtor que não domina a sua arte. Se o maçom
considera a luz simplesmente como um fenômeno físico e mecânico e não percebe a simbologia que se
esconde em sua chama, irá pelo mundo indiferente às verdades que o aperfeiçoariam e o fariam mais
humano, mais perfeito, mais fraternal.
Como poderia ser possível chegar a dominar os símbolos que guiavam a construção das colunas de um
Templo, com a mesma segurança que um aprendiz ou companheiro da Maçonaria Operativa, agora na
Maçonaria Simbólica, para levantar homens, para fazer maçons justos, fraternais, tolerantes e perfeitos?
Somente a intensidade do estudo da simbologia que se realiza principalmente nas Lojas maçônicas nos
podem transformar em homens que constroem a si mesmos e que, ao mesmo tempo, ajudam a construir a
outros homens nos princípios da fraternidade universal.
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Ao concluir nossa modesta contribuição ao desenvolvimento do programa de docência da Loja
“Concordia et Humanitas” N 56, sentimos a necessidade, uma vez mais, de recomendar, especialmente
para os Aprendizes, o estudo aprofundado do Simbolismo da Ordem Maçônica, como um dos veículos
que tem o maçom de penetrar na medula do espírito de aperfeiçoamento e de emancipação humana que
pretende a Franco-Maçonaria Universal.
BIBLIOGRAFIA:
01.- CAMINO, Rizzardo da. - Simbolismo do Primeiro Grau, Aprendiz.
Rio de Janeiro, Editora Aurora, s/d. 213p.
02.- CASTELLANI, Jose. - Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom.
São Paulo, Gazeta Maçônica. s/d. 215p.
03.- GRAN LOGIA DE CHILE. - Cuadernos Docentes:
Primer Grado (4, 5, 6). Segundo Grado (1). Tercer Grado (6, 7).
Santiago de Chile, Editorial Universitaria, 1991.
04.- GRAN LOGIA DE CHILE. - Oscar Ortega. Cámaras de Instrucción para el Segundo Grado
Simbólico.
Santiago de Chile, Ed. Princípios da Fraternidade Universal.
05.- GRAN LOGIA DE CHILE. - Coleción de la Gran Logia, 1980.201p.
06.- GRAN LOGIA DE CHILE. - René Garcia Valenzuela.
La Francmasonería Simbólica, base granítica de la Francmasoneria Universal. 2 ed., Santiago de Chile,
1982.29p.
07.----------------- Eugenio Goblet D`Alviella. - El Origen del Grado de Maestro.
Santiago de Chile, 1982.54p.
08.----------------- Revista Masónica de Chile.
Santiago de Chile, Editorial Universitaria, 1989. 68p.Año LXVI. N.5-10.
08.- BÉDARRIDE, Armand. - Desbastando a Pedra Bruta.
Juiz de Fora (MG), Instituto Maria Departamento Editorial, 90p.
09.- GRANDE LOGIA DE CHILE. - Revista Masónica de Chile (RMCH) Año III.N.24, 1925.p.80-811.
10.---------------------. RMCH. Año III, 1925-26. p. 959-963.
11.--------------------- RMCH. Año XVIII, N.4.1941. p.119-127.
12.--------------------- RMCH. Año XXI, N.1, 1944.p.15-16.
13.---------------------- RMCH. Año XXIX, N.3-8.1952. p.207-210.
14.---------------------- RMCH. Año XXXI, N.7-8.1954. p.225-226.
15.---------------------- RMCH. Año XXXIV, N.5-6.1957. p.171-172 e 250-252.
16.---------------------- RMCH. Año XXXV, N.3 e 4.1958.p.257.
17.---------------------- RMCH. Año XLIX. 3-10, 1972.p.72-79.
18. - GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO RS - O Vigilante. Ano XXVI. N. 1 (1994) e N. 2 e 3 (1995).
19.- GRANDE ORIENTE DO PARANÁ - O Pelicano. Set./out. e Out./nov. 1993.
20.- ASSOCIAÇÃO FILANTRÓPICA CULTURAL ACÁCIA. - Acácia. Ano IV,
N. 25, julho - agosto 1994.36p.
21.- MACHADO, José Pedro. - Dicionário etimológico da língua Portuguesa.
Lisboa, Editorial Confluência, 1956. Vol. 1 p.880.; Vol. 2 (1959), p.1607 e 1990.
Nota do editor e revisor*:
Ir. Prof. Dr. Augusto Nibaldo Silva Triviños, M.M.
Membro Benemérito e Remido da nossa Oficina desde 01/01/2006, com inestimáveis serviços prestados à Loja,
em particular e à Maçonaria, em geral,
Especialmente por sua dedicação à área de Docência Maçônica, tendo sido o introdutor do programa de Instrução
em nossa Oficina e participando ativamente do mesmo principalmente entre os anos de 1985 e 1995.
Tendo realizado seu Doutoramento na Alemanha, lá visitou diversas vezes as Lojas do Rito Schröder, incluindo a
ABSALOM Nr. 1, o que o fez procurar o Respeitab. Ir. Kurt Max Hauser, então G.M., que o trouxe para a nossa
Loja.
Partiu para o Or. Et. em 25/11/2014, com mais 58 (cinquenta e oito) anos de vida Maçônica, iniciado em
09/08/1956 na Grande Loja do Chile; e mais de 35 (trinta e cinco) anos de filiação à nossa Aug. Oficina, desde
04/10/1979, logo depois de chegar ao Or. de Porto Alegre para trabalhar na UFRGS.
*Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M., com muita honra um dos Aprendizes que tiveram como Mestre o saudoso Ir.
Triviños.
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
05/03/2005 Aurora Florianópolis
10/03/1972 Templários da Justiça Lages
15/03/1998 Estrela do Sul Lages
18/03/1998 Jacy Daussen São José
18/03/2011 Monteiro Lobato Itajaí
19/03/1993 III Milênio Curitibanos
19/03/1994 Renascer da Luz Criciúma
20/03/1949 Januário Corte Florianópolis
23/03/1996 Pedra Cintilante Itapema
24/03/1998 Fiel Amizade Florianópolis
30/03/1998 Amigos para Sempre Joinville
30/03/1999 Círculo da Luz Joinville
31/03/1975 Estrela do Mar Balneário Camboriú
31/03/2011 Colunas do Arquiteto Ituporanga
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Março
7 – Destaques JB
Resenha Final
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
03.03.2012 Guardiões das Virtudes - 4198 Biguaçú
14.03.1981 Estrela do Planalto -2119 Canoinhas
16.03.1899 União III Luz E Trab. 664 Porto União
16.03.2005 Cavaleiros da Luz - 3657 Florianópolis
19.03.2004 Quintessência - 3572 Bombinhas
21.03.1990 Luz da Acácia - 2586 Jaraguá do Sul
21.03.2009 Acácia de Balneário - 3978 Baln. Camboriú
29.03.1973 Acácia Joinvilense - 1937 Joinville
29.03.1973 Gênesis - 2701 Tubarão
29.03.2012 União Palhocense - 4236 Palhoça
30.03.2006 Luz da Porta do Vale - 3764 Itajaí
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
11.03.2003 Fraternidade Itajaiense nr. 85 Itajaí
17.03.2010 Fonte de Luz nr. 102 Chapecó
18.03.1989 Tríplice Fraternidade nr. 48 Dionísio Cerqueira
20.03.2009 Acácia Itajaiense II nr. 100 Itajaí
21.03.1940 Cruzeiro do Sul nr. 05 Joaçaba
24.03.2010 Loja do Sol nr. 103 Blumenau
28.03.1970 Pitágoras nr. 15 Florianópolis
30.03.1995 Leão de Judá nr. 62 Florianópolis
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CONVOCAÇÃO e CONVITE
ATENÇÃO MUDANÇA de LOCAL !
O Secretário da Loja, que subscreve,
convoca todos os Irmãos do quadro,
com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e
convida todos os demais Irmãos,
para a 39ª Sessão da Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Alvorada
da Sabedoria” nº 4.285, dia 15 DE MARÇO, TERÇA-FEIRA, com palestra do Ir. Hélio Ferenhof,
Mestre Maçom da Alvorada da Sabedoria, com o tema: “O Rito Sueco”
no Templo Maçônico situado à rua Mal Cândido Rondon, 48, esquina da rua Pintor Eduardo Dias,
Bairro Jardim Atlântico, São José. A rua Pintor Eduardo Dias é a 2ª paralela à avenida Atlântico.
O estacionamento da Loja tem entrada nesta rua. O Ir Hélio morou algum tempo na Suécia onde
participou de Lojas que trabalham no Rito Sueco.
Programação:
20:15 h: encontro no átrio do Templo;
20:30 h: início da sessão.
Traje: maçônico completo.
Após a sessão, será oferecido um ágape com um bom whisky.
Ir.’. Weber Franco Moraes
Secretário
Wisdom Dawn Lodge
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Maçonaria presente nas Manifestações
de Florianópolis
A Maçonaria compareceu aos protestos por todo o País Em Florianópolis não foi
diferente, acorrendo principalmente na Avenida Beira-Mar Norte. Abaixo, alguns
registros enviados via e-mail, produzidos pelo Irmão Borbinha (correspondente JB
News).
O JB News recebeu centenas de fotos de irmãos, cunhadas e familiares de todo o
Brasil. Lamentavelmente faltaria espaço suficiente para publicar todo esse colossal
número de participantes aos protestos. Assim, por favor, compreendam, porque
vamos publicar somente alguns registros da capital catarinense. O importante foi a
participação maciça de todos neste significativo 13 de maço de 2016.
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Trecho da Beira-Mar Norte
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O pequeno Vincent, nascido há 15 dias em Melbourne
aderiu ao protesto em sua cidade.
Veja os demais registros:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/PasseataProtestoFlorianopolis13De
MarcoDe2016?authkey=Gv1sRgCKPSsdeqqdL1MQ
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13 DE MARÇO
Os versos do Irmão Adilson Zotovici,
Loja Chequer Nassif-169
de São Bernardo do Campo –
estão presentes no “13 de Março”!
adilsonzotovici@gmail.com
Gigantesco mar de gente
Invade por todos cantos
Tal qual ondas na enchente
As ruas, por desencantos !
Silente, povo aos prantos
Aos poucos , ainda cético
Vai entoando seus cantos
Em uníssono, frenético !
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Até mesmo poético
Seria tanta emoção
Se não fosse patético,
Torpe motivo a razão !
Um basta à corrupção !
Bradava com entusiasmo
Que reina nesta Nação
Vindicando o fim do marasmo
O povo até mesmo pasmo
Com as peitas da autocracia
Por todo esse sarcasmo
Que chamam... democracia !
Tornaram pois utopia !
Os anseios da sociedade
Que vive em grande agonia
Clamando por seriedade !
Ora...escondem a verdade
Com desmedida arrogância
Sob o manto da iniquidade
Pelo poder, pela ganância !
Mas há o alerta com instância !
Ao governante que exorbitou
Está no fim a tolerância!...
O Brasileiro acordou !!!
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Esquina das ruas Venerável com Vigilante – Gramado RS.
(Foto JB News novembro de 2012)
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Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
1 – Mar Del Plata:
Mar del Plata.pps
2 – Gourmet:
Eu Gourmet-Quero e viver.pps
3 – Chitarra Romana:
Chitarra_romana .pps
4 – Fotos com mais de 100 anos:
Fotos com mais de 100 anos.pps
5 – MAPER - Documentário sobre as ESTRELAS
https://www.youtube.com/watch?v=jUoi-3OeWvA&feature=player_embedded
6 - Vale Europeu é a região do Brasil campeã em qualidade de vida:
http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/02/vale-europeu-e-regiao-do-brasil-
campea-em-qualidade-de-vida.html
7 –
Filme do dia: (O Terceiro Olho -2ºMelhor Filme de Suspense- dublado)
https://www.youtube.com/watch?v=55QjAGvfmco
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Ir Raimundo Augusto Corado
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. Escreve às terças e quintas-feiras
raimundoaugusto.corado@gmail.com
O DISCURSO E A AÇÃO.
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 08 de junho de 2004
Fala-se muito em Justiça;
E na busca da Verdade;
Na União como premissa;
Ancorados na Fraternidade.
Por fora corre a cobiça;
O Orgulho e a vaidade;
Que como areia movediça;
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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 1.991 Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC Academia Catarinense Maçônica de Letras (Membro) Loja Templários da Nova Era nr. 91(Obreiro) Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Membro Honorário) Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (Correspondente) Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (Correspondente) Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 1.991 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de março de 2016 Bloco 1–Almanaque Bloco 2-IrGeraldo Eustáquio Coelho de Freitas Grande Dia! (Irmão Tataco) Bloco 3-IrJosé Anselmo Cícero de Sá – Considerações sobre a Cabala e a Maçonaria Bloco 4-IrWalter Celso de Lima – Rito, Rituais e Rito Moderno Bloco 5-IrAnestor Porfírio da Silva – Os Emblemas da Mortalidade para a Maçonaria Bloco 6-IrAugusto Nibaldo da Silva Triviños – Uma visão Introdutória da Maçonaria Operativa e da .... Bloco 7-Destaques JB – Hoje com versos dos Irmãos e Poetas Adilson Zotovici (13 de Março) e Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
  • 2. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 2/43 www.artedaleitura.com  1 – ALMANAQUE Hoje é o 75º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente às 14h03) Faltam 291 dias para terminar este ano bissexto É o 127º ano da Proclamçaõ da República; 194º da Independência do Brasil e 516º ano do Descobrimento do Brasil Dia da Escola e dia Mundial dos Direitos do Consumidor Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. L I V R O S
  • 3. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 3/43  44 a.C. – Júlio César, ditador da República Romana, é apunhalado até a morte por Marcus Junius Brutus, Decimus Junius Brutus e vários outros senadores romanos nos "Idos de Março"  1147 – D. Afonso Henriques conquista Santarém aos Mouros  1493 – Cristóvão Colombo retorna à Espanha depois de sua primeira viagem às Américas  1545 – Primeira sessão do Concílio de Trento  1610 – Batismo, em Pernambuco, de Domingos Fernandes Calabar  1789 – Joaquim Silvério dos Reis entrega ao Visconde de Barbacena sua carta-denúncia contra a Inconfidência Mineira  1811 – Guerra Peninsular: Vitória das forças anglo-portuguesas contra as tropas francesas no Combate de Foz de Arouce  1820 – Maine torna-se o 23º estado norte-americano.  1892 – É fundado o Liverpool Football Club time de futebol da Inglaterra.  1905 – Revolucionários de Creta anunciam a reunificação da ilha com o resto da Grécia  1916 – O presidente dos Estados Unidos Woodrow Wilson envia 12 mil soldados para o outro lado da fronteira mexicana em busca do rebelde e líder guerrilheiro Pancho Villa  1917 – O Tsar Nicolau II da Rússia abdica em seu nome e de sua descendência ao trono da Rússia e seu irmão, o grão-duque, torna-se Tsar  1939 – Segunda Guerra Mundial: Tropas nazistas ocupam o que restava da Boêmia e da Morávia. A Checoslováquia deixa de existir  1943 – Segunda Guerra Mundial: Os invasores alemães retomam a cidade de Carcóvia ao exército vermelho depois de um mordaz combate rua a rua  1944 – Segunda Guerra Mundial: Batalha de Monte Cassino – A aviação dos Aliados bombardeia o monastério dominado pelos nazistas como preparativo para o posterior ataque de suas tropas  1956 – O musical da Broadway My Fair Lady estréia em Nova Iorque  1961 – Guerra Colonial Portuguesa: A Frente Nacional de Libertação de Angola, num ataque tribal, deu origem a um massacre de populações brancas e trabalhadores negros naturais de outras regiões de Angola  1967 – A "República dos Estados Unidos do Brasil" passa a ser denominada "República Federativa do Brasil"  1972 – O filme The Godfather de Francis Ford Coppola, baseado em um romance de Mario Puzo de mesmo nome e com adaptação para o cinema do próprio Puzzo e de Coppola estréia nos cinemas. Ele seria considerado um dos melhores filmes de todos os tempos  1975 – Ocorre a fusão dos estados brasileiros do Rio de Janeiro e da Guanabara  1990 o Mikhail Gorbachev é eleito primeiro presidente executivo da União Soviética o A União Soviética anuncia que a declaração de independência da Lituânia não é válida  1990 – Toma posse na Presidência do Brasil Fernando Collor de Mello, data em que implantou o conhecido plano com o seu nome com o intuito de combater a hiperinflação por que atravéssava o país, gerando muita insatisfação com o bloqueio das cadernetas de poupança dos brasileiros  1991 – A Alemanha reunificada formalmente recupera plenamente a sua soberania, nos termos do Tratado Dois Mais Quatro, com as quatro forças de ocupação do pós-guerra (França, Reino Unido, Estados Unidos da América e União Soviética) renunciando a todos os direitos que detinham na Alemanha, inclusive a Berlim  1993 – Em São Paulo, funcionários da Rede Manchete tiram do ar a emissora e exibem um slide denunciando a falta dos pagamentos e o sucateamento da empresa. No mesmo dia é deflagrada uma nova greve de funcionários.  2001 — Três explosões destroem a Plataforma P-36 da Petrobras na Bacia de Campos. 2003 – Hu Jintao é eleito presidente da República Popular da China.  2011 — Início da Guerra Civil Síria. Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 4. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 4/43 1767 Nasce Andrew Jackson, primeiro Grão-Mestre da Grande Loja de Tennessee (1822-1824) eleito presidente americano. 1817 O governo revolucionário de Pernambuco, composto por Maçons, em sua maioria, liberta os escravos. 1842 Falece Mario Luigi Cherubini () compositor italiano. 1975 Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil, primeira Loja dedicada à pesquisa Maçônica no Brasil, fundada em Londrina, Paraná. 1978 Fundação da Loja “Estrela do Sul” nº 24 (GOSC) em Lages. 1857 Morre, no Rio de Janeiro, João Carlos Pardal. Foi presidente da Província de Santa Catarina. 1866 Lei nº 564, desta data, restabeleceu a Comarca de Lages 1866 Lei nº 566, desta data, criou o município de Joinville, desmembrado de São Francisco. 1885 Nasce, em Itajaí, o professor Henrique da Silva Fontes. Foi o idealizador do “Campus Universitário” da Trindade. Historiador, deixou vastíssima obra sobre Santa Catarina. Foi desembargador, membro do TJSC. Faleceu em Florianópolis a 22 de março de 1966. 1887 Criada, nesta data, a agência dos correios de Nova Trento. 1922 Morre, em Joinville, Abdon Batista. Foi médico, empresário e político. 1971 Assume o governo de Santa Catarina, para cujo cargo foi eleito indiretamente, o engenheiro Colombo Machado Salles, substituindo a Ivo Silveira. 1975 Assume o governo de Santa Catarina, o senador Antônio Carlos Konder Reis, sucedendo a Colombo Machado Salles. 1979 Assume o governo de Santa Catarina, Jorge Konder Bornahusen, sucedendo a Antônio Carlos Konder Reis. 1983 Assume o governo de Santa Catarina, Esperidião Amim Helou Filho, recebendo o cargo de Henrique Córdoba. Fatos históricos de santa Catarina Fatos maçônicos do dia (Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
  • 5. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 5/43 ARLS TEMPLÁRIOS DA NOVA ERA Nº 91 Fundada em 07/07/2005 – Instalada em 23/09/2005 Jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina ANO 10 ARLS TEMPLÁRIOS DA NOVA ERA Nº 91 Fundada em 07/07/2005 – Instalada em 23/09/2005 Jurisdicionada à Grande Loja de Santa Catarina Ano 10 CONVITE A ARLSTEMPLÁRIOS DA NOVA ERA Nº 91 tem a honra de convidar os Irmãos e suas famílias para participarem das homenagens que prestaremos ao Ir Jerônimo Borges Filho, pelo lançamento da edição de nº 2.000 do Informativo Maçônico JB News. A Sessão Branca Especial será realizada às 20,00 horas, do dia 16 de março de 2016, no Templo da Associação Beneficente e Cultural Luz do Oriente, à Rua Almíscar, nº 33 – Bairro Monte Verde, em Florianópolis. PROGRAMA Sessão Branca Especial com destaque na ordem do dia:  Outorga da Comenda do Mérito “Templários da Nova Era”.  Lançamento da Edição nº 2.000 Ficaremos imensamente honrados com a presença dos Irmãos. Fraternalmente, JUAREZ FONSECA DE MEDEIROS Venerável Mestre
  • 6. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 6/43 Irmão Tataco Grão-Mestre da GLMMG GRANDE DIA! Hoje foi um daqueles dias em que sentimos orgulho de sermos brasileiros e, sobretudo, de sermos MAÇONS. O VERDE e AMARELO voltou às ruas com forca, e com essas cores cintilando em cada canto dessa sofrida NAÇÃO, o povo brasileiro manifestou-se num grande ato cívico, exercendo o seu direito de cidadania. Em São Paulo, na Avenida Paulista, segundo o Data Folha, a manifestação superou o DIRETAS JÁ, até então a maior manifestação de natureza política já acontecida no País.! Esse 13 de março de 2016 nunca mais será esquecido. "A esperança está superando o medo". Em Minas Gerais foi um grande sucesso. Os Maçons em UNIÃO, trabalharam com afinco na coleta de assinaturas para o Projeto "CORRUPÇÃO NUNCA MAIS!", nossa maior bandeira nesse momento tão delicado da vida nacional. Agradecemos a todos os Irmãos e familiares que se mobilizaram em todo o Estado atendendo ao nosso chamamento, e de forma ordeira e responsável, defenderam a erradicação da corrupção e da impunidade, e o irrestrito apoio às ações que vêm sendo desenvolvidas pela Justiça Federal, Ministério Público Federal e Polícia Federal, para fazer prevalecer a justiça independentemente de quem esteja envolvido. Agora, é continuar trabalhando com o mesmo entusiasmo para atingirmos o número de assinaturas exigido para a entrega do Projeto à Câmara Federal. 2 – Opinião – Grande Dia! Geraldo Eustáquio de Freitas (Ir Tataco)
  • 7. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 7/43 Reconhecemos por fim o esforço de todos que se envolveram nos trabalhos de organização e montagem dos pontos de coletas de assinaturas espalhados pelo Estado. Em Belo Horizonte, montamos 2 barracas na Praça da Liberdade, que se transformaram em ponto de referencia de cidadania e democracia. Amanhã começa novo dia, novas esperanças. E, vamos em frente, com a certeza de que poderemos contribuir para a construção de novas perspectivas para a sociedade e o Brasil. As nossas ATITUDES é que farão a diferença. Fraternalmente Tataco - Grão-Mestre GLMMG
  • 8. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 8/43 Irmão José Anselmo Cícero de Sá (33º. REAA) VM da Loja Estrela da Distinção Maçônica Brasil nr. 953 (GOB/GOERJ) Academia de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro Cadeira nr. 29 - Patrono: Quintino Bocaiuva – Considerações sobre a Cabala e a Maçonaria (da obra “Tempo de Estudo Maçônico” Vol. 2) A palavra Cabala ou Khabbalah significa “receber, estar em presença de” ou ainda “tradição”. Ela proporciona o conhecimento das profecias, o verdadeiro sentido das cerimônias, dos dogmas, da perfeita noção da existência do Criador, da providência e dos destinos do homem. A Cabala diz que o profeta Moisés recebeu do Senhor, não só a lei escrita (“torah she bi-ki-tav”) como também a lei oral (torah she bé al pe), transmitida de boca e ouvido a Moises e Josué e deste aos anciões. A Cabala é tipicamente Judaica. São fontes da Cabala a Fonte Farisaica (composta de membros de uma seita judaica do sec. II a.C. que se caracterizava pela observância exageradamente rigorosa das prescrições da lei escrita, mas que, nos Evangelhos é acusada de hipocrisia e excessivo formalismo) e a Fonte da Essência (que caracterizava a Natureza da coisa, a Substância, o Espírito, a Idéia principal). Seu desenvolvimento se processou alimentado de doutrinas egípcias, persas e gregas, principoalmente por influência de judeus alexandrinos e de pensadores partidários da união das filosofias grega e mosaica. Durante toda Idade Média e Renascença, foi a Espanha o principal berço da Cabala. Platão, Aristóteles e Filo nsão alguns nomes de filósofos que podemos citar como inspiradores da crença mosaica. O importante para a Maçomaria é assinalar de modo histórico e sem o mínimo de sectarismo, a interpretação alegórica das escrituras, a investigação cuidadosa do que está oculto nas inscrições, nos emblemas e símbolos. Tudo sem fanatismo religioso, mas com contribuição aos estudos da evolução do pensamento e sem prejuizo daquilo que, de modo Iniciático, possa inspirar o ensinamento ético. A tradição (Cabala) teria em Judá o patriarca (principe e santo–“anassi e Kaddosch”) seu aperfeiçoador e concluidor fiel, redigindo os fundamentos definitivos da Nishma, obra essa dividida em 06 Ordens “sedarium”; 63 Tratados; “massekhtot”; e 523 Capítulos (perakim). Destacaremos 3 – Considerações sobre a Cabala e a Maçonaria José Anselmo Cícero de Sá
  • 9. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 9/43 aqui as seis ordens que são: 1ª)- As sementes; 2ª)- As Estações; 3ª)- As Mulheres; 4ª)- Os Danos; 5ª)- As coisas Sagradas; 6ª) As Coisas Puras. A Mishna revela as bases da doutrina judaica e da civilização de Israel e busca na Biblia, normas de conhecimento e ação. Na Mishna também surge a Guemara e as duas juntas formam o Talmut (ensinamento ou disciplina). A essência do Talmut está na meditação e na exegese da Biblia – a palavra de Deus, a Lei que veio do céu (“torah min hashamaym”). O conteúdo desta obra inclui a Teologia Dogmática, a Moral, a Mística, a Jurisprudência, a Antropologia e Astronomia, a História, a Tradição e Folclore, a Magia, a Superstição. Tudo isso submetido a uma dialética, a debates, a afirmações e até mesmo contradições. Os livros de destaque da Cabala Filosófica são: SEPHER YETSIRA – (Livro da Criação) o SEPHER ha-ZOHAR (Livro do Explendor). O Livro da Criação foi uma obra reduzida com 1.600 palavras que tinham como objetivo encaminhar as almas para alcançarem a visão do trono de Deus (Merkabor), sendo sua doutrina voltada para uma combinação dos 10 primeiros números (“sephirots”) com as 22 letras do alfabeto hebraico, diziam que estas letras estariam relacionadas com a criação do mundo terrestre. Estaria aí, também supostas explicações para alguns autores maçônicos a origem do nome da coluna BOAZ ou BOOZ que pela Cabala alfa-numérica representaria neste inter-relacionamento e, quando somadas parcelas com resultado (7) “O germe da luz espiritual é a refração lluminosa de Deus”. É importante citar que BOAZ ou BOOS acima mencionados, foi marido de Rute e ancestral de Davi e Salomão, portanto representava o “Poder Real” ou a “estirpe dos reis”. É fato comprovado também, que os Pedreiros Livres e Canteiros Medievais, consideravam as duas colunas frontais das igreja como símbolo do poder do Papa e da eternidade do Catolicismo, confirmando uma versão do discurso de Salomão ao povo, assim faldo: “Na minha força (Poder, Boaz) erguerei esta casa para o todo e sempre (Estabelidade, Jakim)”. Já O LIVRO DO EXPLENDOR afirma em sua doutrina que “O Infinito de Deus é incognoscível” – É o “Ein Soph” (dez perfeições e atributos elementares), que estão assim distribuidos: NO CENTRO: Kether (Coroa); Rahamin (Misericórdia; Tesod (Pensamento). A ESQUERDA: Burah (Inteligência); Din (Rigor); Hod (Majestade) A DIREITA: Hokmah (Sabedoria); Hesed (A Graça); Metsah (Glória). Estas três tríades resultam em Malkhut (Império). Os 10 sephirots (combinação dos dez primeiros números) representam manifestações do UNO. De tudo isto, o que importa na realidade é a compreensão do mistério da união do “SER” (Ani) com o “NÃO SER” (Ain) e um terceiro ponto em indizível limite “A ALMA HUMANA”. Nos Séculos XII e XIII surgiu na Alemanha o “hassidismo” – Doutrina mística de suportar as injúrias do mundo e dos martirios, por amor à Deus, e de alegre coragem, desprendimento, amor ao próximo e sobretudo caridade, tornando-se assim um verdadeiro Hassid ou seja, aquele que aceita e toma sobre si corajosa e alegremente, a maldade e o desprezo alheios, para alcançar a luz e o amor de Deus. Devemos exaltar a libertação da alma (fazendo sempre predominar o espírito sobre a matéria), do “Eu” interior prisioneiro de nós mesmos, impondo-nos uma disciplina que é a ciência
  • 10. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 10/43 da contemplação (IOGA) e da combinação de letras e números hebraicos (HARMONIA NUMÉRICA) de modo a desfazer os nós e libertar os melhores sentimentos existentes na pessoa humana. Irmãos! Devemos estar sempre “De pé e à Ordem” procurando evoluir em nossos estudos Maçônicos, para que possamos bem entender (assimilar) e compreender (praticar o que assimilou), os ditames da nossa Ordem Maçonica, a qual não prega somente uma filosofia, mas sim, todas as filosofias, isto porque retira o nectar existente nos ensinamentos da Alquimia, da Cabala, do Hermitismo ou Ocultismo e de todo e qualquer pensamento filosofico, sem no entanto, discrimilá- los e sim sobrelevando-se o sentido histórico e ético da idéia em si, sem querer impor crenças e dogmas, deixando para a consciência de cada Irmão sua aceitação ou não. Salientemos também, que a Maçonaria não é uma crença oculta e nem qualquer outra religião. A Maçonaria vale-se das idéias e das crenças apenas para buscar em seus estudos a evolução do pensamento, afim de poder colocá-los em prática para o bem da Humanidade em geral e para o Maçom em particular. Patrocinador:
  • 11. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 11/43 O Irmão Walter Celso de Lima (foto) escritor, pesquisador, palestrante, MI da Loja Alvorada da Sabedoria e membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras, efetuou em algumas oportunidades, palestra sobre esse tema que o JB News hoje renova ao prezado leitor. RITO, RITUAIS e RITO MODERNO 1. Rito: A palavra “rito” tem sua origem na língua latina; ritus, -us que significa cerimônia. Rito é um conjunto de rituais; é uma sucessão de palavras, gestos e atos que, de maneira repetitiva, compõe uma cerimônia completa. Ritual é, então, a execução de uma cerimônia, o experimentar de sensações, a motivação de intentos, de valores, a vivência de um rito, a vivência de uma cerimônia. Um rito, por exemplo, o Rito Moderno (RM) é composto por dezenas de rituais: três dos graus simbólicos, seis dos altos graus, rituais de iniciação, de elevação, de exaltação, de instalação e posse de Venerável, reassunção de Venerável, ritual de banquete, ritual de bodas, ritual de pompa fúnebre, etc. O ritual é, pois, um conjunto de atividades organizadas, no qual, as pessoas que o executam se expressam por meio de gestos, de símbolos, de linguagem (também, do silêncio) e de comportamentos, que transmitem um sentido coerente com um objetivo definido. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância, pois não é qualquer atividade organizada que constitui um rito. 4 – Rito, Rituais e Rito Moderno Walter Celso de Lima
  • 12. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 12/43 Os ritos podem ser jurídicos, militares, morais, religiosos, diplomáticos, maçônicos, etc. São empregados sempre que se pretende impor uma determinada ordem a ser seguida, uma determinada regra, uma diretriz, por força de lei, ou de costume, tradição ou, ainda, por consenso. Deve ser seguido sob pena de infringir o sentido, o intrínseco, o que ele pretende simbolizar. A vida é repleta de ritos que são seguidos até sem se perceber, de tão arraigados que estão no viver. Efetivamente, vive-se e respira-se ritos diuturnamente. Exemplo: ao se apertar a mão, num cumprimento, está-se executando um rito que, no passado, simbolizava: “ao apertar sua mão ocupo-a tal que me é impossível, também, desembainhar uma espada contra você”. Vale dizer: “sou amigo, não sou agressivo”. Ninguém, hoje pensa em espadas, ao apertar uma mão. Místico (μυστικός, "relativo aos mistérios"), significava, originalmente, a crença que admite a comunicação do homem com Deus. Hoje, num sentido mais lato, místico é um iniciado que alcançou (ou que detém) um segredo importante. Mítico (relativo a mito, do grego μύθος - mythos) é aquilo que pertence a um mito ou que é originado de um mito. Mito é um relato fantástico, de tradição oral, que, geralmente, guarda um fundo de verdade, heroico, narrado com objetivo de pregar um fundamento moral. É uma alegoria. Os rituais maçônicos são místicos (porque destinado a uns poucos iniciados, em cada grau), são míticos (porque alegórico com fundamento moral) e são não religiosos. Uma vez definido estes conceitos, é importante lembrar que, na Maçonaria, num ritual, cada palavra, cada gesto, cada ação (incluindo o silêncio), têm um significado simbólico. Nada é feito no ritual sem uma razão, sem um sentido. Na maioria das vezes, não se sabe o significado de cada uma das ações. Mas, certamente, há significados simbólicos que, aos poucos, se descobre, se desvenda e se revela (isto é, retira-se os véus), em cada execução do ritual. Aí está uma das riquezas do ritual: a descoberta incessante, contínua, de cada significado simbólico. Raramente, absorvem-se integralmente os textos dos rituais. Absorve-se, assimila-se, sempre, imagens isoladas, símbolos isolados, frases e fragmentos, dependendo dos interesses imediatos e do estado mental de cada um. Estes fragmentos passam como fluídos pelas mentes de quem participa. Interessante e importante esta observação: absorve-se, sempre, de forma fragmentária. Por isso, talvez, os rituais são tão repetitivos. A cada execução do ritual, a cada repetição, seleciona-se, inconscientemente, aquilo que se absorve. A seleção é uma escolha de textos benéficos, generosos, isto é, tem um viés polarizado pelos interesses imediatos e atuais de cada indivíduo. Por vezes, percebe-se que, a cada vivência do ritual, encontra-se pequenas coisas que antes não se havia dado conta. E dá-se conta que estas pequenas coisas são importantes. É como se o ritual se renovasse, embora permaneça o mesmo há muitos séculos. É como se o ritual se reinterpretasse e se corrigisse a si mesmo. Isto é fantástico e depende só da mente, das sensações, dos hábitos, da existência, do espírito de cada um. Exemplo da iniciação. Uma afirmação muito importante: toda corporação que usa rituais, religiosos ou não, todo e qualquer ritual e toda ritualística é, apenas, um meio e, nunca, um fim. Coloca-se, então, uma questão fundamental na Maçonaria: meio para quê? 2. Origens do ritual: O ritual maçônico é muito antigo. Originou-se, provavelmente, no século XIV. Nenhuma pessoa o “compôs” ou o “inventou” --- não existiu um autor. Representava a perpetuação das atividades e práticas dos maçons operativos (maçons de ofício, os pedreiros e construtores), de seus usos e aplicações de trabalho e de seus costumes. Não era nem mesmo um ritual; foi simplesmente chamado de “trabalho” ou “work”. Desde o século XIV e até hoje, no Reino Unido, é chamado de “work” e não de ritual. Ritual e rito são palavras que apareceram, na Maçonaria, em França, no século XVIII. O nome ritual foi adotado pelos norte-americanos, brasileiros, alemães e demais países continentais, mas não pelos britânicos.
  • 13. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 13/43 Do que constava esse “work” dos maçons operativos ou maçons de ofício? Um exercício de imaginação, baseado em evidências, pode-se visualizar um ritual (“work”). O que está abaixo são conjecturas, suposições. Não existem documentos sobre isso. Todo novato que entrava para uma guilda de maçons operativos tinha, certamente, que fazer uma promessa ou compromisso. Ou juramento. Por quê? Compromisso para não revelar os segredos de construção, pois não havia plantas, planejamentos ou cálculos, somente segredos, conhecimento pragmático, conhecimento que importa o êxito prático e conhecimento desprovido de teorias. A única ciência que conheciam era a Geometria, origem da letra G na Maçonaria. Acresce o fato que a grande maioria dos maçons operativos era analfabeta. E as catedrais góticas levavam muitas gerações para serem construídas. A catedral de Notre Dame de Paris, por exemplo, demandou 182 anos de construção (seis gerações, à época). A catedral de Notre Dame de Chartres, demandou 368 anos de construção até o erguimento de sua segunda torre (doze gerações, à época). Uma ideia de como trabalhavam e viviam os maçons operativos na construção de catedrais, pode ser lida num romance de Ken Follet1 (Follet, 1992) --- “Os Pilares da Terra”. Embora romance, as circunstâncias de acontecimentos e a conjuntura são bastante verdadeiras. Todo conhecimento de construção era pragmático e esses segredos de como construir eram transmitidos oralmente. Ao novato, fornecia-se instruções de como trabalhar. Obviamente, era provido de ferramentas e instruções de seu uso. Era ensinado, também, como manter as ferramentas em boas condições de uso e instruído sobre as responsabilidades do novato. A guilda era presidida e supervisionada por um Mestre e seus assistentes. A nomenclatura da época, no Reino Unido, era Master of the Lodge (Mestre da Loja, posteriormente, nomeado Venerável Mestre – Worshipful Master) e os assistentes eram warden (pessoa que cuida de um lugar determinado e assegura que as regras são obedecidas, ou seja, zeladores, guardadores, posteriormente nomeados Vigilantes). Havia, também, os “trabalhadores do chão” ou “oficiais do chão” (officials of the ground) que transmitiam ordens do Mestre da Loja para os Zeladores; esses “trabalhadores do chão” deram origem aos Diáconos, e nas lojas do continente europeu, especialmente as francesas, aos Expertos. Um “comunicador” organizava o trabalho; este “comunicador” deu origem ao Diretor de Cerimônias. O Mestre e seus assistentes, também, davam instruções a os novatos. Este grupo de trabalhadores desenvolveu sua própria terminologia, denominou outros cargos de seus oficiais. Forneceu, também, a cada membro do grupo, modos reservados de identificação --- senhas, palavras sagradas --- para provar sua condição de membro do grupo no estrangeiro ou entre estranhos. (comentário sobre palavras sagradas). Cada guilda cuidava de seus próprios trajes, aventais de couro para proteger suas roupas que os identificavam e se tornaram seu distintivo. Os pagamentos, salários e as contribuições para uma caixa de previsão para o futuro, para acidentes (futura previdência), para as viúvas em caso de morte do maçom (surgiu, então, o Tronco da Viúva ou Saco de Solidariedade ou Beneficência), consequentemente, precisaram de um tesoureiro. Analogamente, os registros de trabalhos, de horários, etc. necessitaram a nomeação de um secretário. Estava formada a loja e, com a perpetuação de usos, costumes e práticas, estava formado o ritual (“work”) de transmissão oral. Toda guilda tinha suas próprias regras, também, de transmissão oral. Eram listas de deveres e de direitos dos maçons, regras e regulamentos com os quais os trabalhadores foram governados. Algumas dessas regras foram escritas e chegaram aos dias atuais: as Old Charges ou Antigas Obrigações, de onde se originou os Landmarks, produzindo as 1 Kenneth Martin Follet, Ken Follet, filósofo, jornalista e escritor galês, nasceu em 1949, em Cardiff, País de Gales. Formado em filosofia pela University College of London, tornou-se jornalista e escritor. Publicou 29 romances, todos num contexto da história medieval, moderna ou contemporânea. “Os Pilares da Terra” (The Pillars of the Earth) foi editado em 1989 e, em 2010, transformou-se em séries de TV.
  • 14. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 14/43 atuais Constituições das diversas Obediências. Assim, o work (ritual) perpetuou-se, elaborado e desenvolvido não por tradição, pelo estudo em livros ou desenvolvido teoricamente, mas a partir do próprio trabalho diário na construção de catedrais e outros edifícios. Surgiram alegorias e lendas cujo objetivo era (e é) evidenciar, simbolicamente, a preparação para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de bem viver. Aqui está a resposta: todo ritual maçônico na Maçonaria é, apenas, um meio e, nunca um fim. Meio para quê? Meio para a preparação, para o desenvolvimento de virtudes, de valores e de bem viver. Aos poucos, a partir do século XVI, houve um declínio das atividades das guildas. Por quê? Pelo desenvolvimento científico e desenvolvimento da matemática, as construções tornaram-se viáveis tecnologicamente, baseadas em cálculos estruturais, planejamentos e elaboração de plantas e projetos. O pragmatismo dos maçons operativos das guildas tornou-se obsoleto e economicamente dispendioso face ao desenvolvimento tecnológico. Acrescenta-se o aparecimento de universidades formando arquitetos e construtores (Valsechi, 2014). Aos poucos, a Maçonaria operativa transforma-se em especulativa. Na Escócia, ainda no século XVI, aparecem os primeiros maçons “aceitos”, isto é, maçons que não eram pedreiros ou construtores, mas filósofos, aristocratas, religiosos ou cientistas, oriundos das universidades que substituíram a construções de catedrais pela construção do seu ser interior, usando toda simbologia e filosofia expressa no work (ritual). Surgiram os “maçons livres e aceitos”. A data aceita como marco dessa mudança foi 1717, em Londres. Já, nesta época, a Maçonaria moderna, denominada de especulativa ou dos aceitos, já estava distanciada da influência da Igreja Católica. Tinha ainda grande influência da Igreja Anglicana e de calvinistas escoceses. O ritual usado nessa época pela “Loja dos Modernos” era um ritual bastante simples e quase deísta. Esse ritual, introduzido em França em torno de 1725, compôs o então chamado Rito Francês e posteriormente denominado Rito Moderno. A primeira loja em França, cuja existência é, historicamente, bem documentada foi fundada por britânicos, em Paris, em torno de 1725. Reunia-se na rue des Boucheries (rua dos Açougues), usando o ritual inglês da Loja dos Modernos de Londres. Tinha como seus membros, principalmente, exilados irlandeses e jacobitas (“stuartistas”). É bastante provável que a mesma loja tenha apresentada carta patente oficial da Grande Loja de Londres, em 1732, sob o nome "Saint Thomas", sempre na rue des Boucheries. Esta loja abateu colunas. Trabalhavam com o ritual da Loja dos Modernos, a origem do Rito Francês ou Moderno (Onias Neto, 1995). O Rito Francês foi reconhecido em Paris, provavelmente, em 1761 e proclamado pelo Grande Oriente de França em 1773 (Gaglianone, 1994). Há divergências quanto à data de criação do Rito Francês. Há documentos de que o Rito Francês (graus simbólicos e altos graus) foi reconhecido pelo Grande Oriente de França em 1786, juntamente com o denominado Rito Escocês de 25 graus. Somente no século XIX, o Rito Francês foi chamado de Rito Moderno. Entre 1735 e 1785, houve uma expansão de Lojas e Capítulos, em França, tendo os Capítulos instituídos altos graus, proliferando, indiscriminada e, diferentemente, de maneira diversa um dos outros Capítulos. Os primeiros rituais do simbolismo do RM foram publicados em 1788. As quatro Ordens Superiores (graus 4 a 7) tiveram início em 1783, reduzindo racionalmente o grande número de graus do escocismo. As 5ª e 6ª Ordens (graus 8 e 9) foram criadas, posteriormente, em França, em 1861. Tem início as diferenças operacionais entre a maçonaria britânica e a francesa. Talvez, por influência dos jacobitas, as lojas francesas têm oportunidade de debater problemas políticos e
  • 15. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 15/43 religiosos da atualidade, o que é vetado em loja aberta na maçonaria britânica (vide Constituições de Anderson). Também, enquanto a maçonaria britânica, na época, era teísta (hoje não), com forte influência anglicana, a maçonaria francesa, aos poucos vai se tornando deísta e arreligiosa, embora os “escoceses” permaneram com forte influência católica. As razões de não se discutir política ou religião na maçonaria britânica se deve aos acontecimentos na Inglaterra no século XVII (duas guerras civis, reis ingleses católicos e, ao mesmo tempo, chefes da Igreja Anglicana, um rei processado pelo parlamento e decapitado, outro rei destronado, um interregno republicano (comentar), disputas dinásticas e disputas religiosas entre anglicanos, católicos e calvinistas). Já, as razões das discussões políticas e religiosas e arreligiosidade na maçonaria francesa se deve aos acontecimentos em França, no século XVIII (anti-monarquia, repugnância crescente ao absolutismo monárquico, o aparecimento do iluminismo francês, o apoio da igreja católica à monarquia absoluta, o anticlericalismo e a Revolução Francesa). As lojas francesas, de maneira geral e, especialmente, em Paris, eram compostas por aristocratas monarquistas, enquanto as das provincias, continham, também, revolucionários e republicanos. 3. Considerações finais: Os rituais são muito ricos e extremamente eficientes quando se questiona o porquê dos procedimentos. O Rito Moderno é, igualmente, rico e fértil em emular valores e virtudes. Há que se questionar o porquê de cada ação, de cada símbolo e de cada palavra. Muitas vezes, não é imediato e fácil descobrir as respostas. Há, também, aqueles que teorizam tentando responder questionamentos, baseados no subjetivismo pessoal; são os que praticam o “achismo”. Há que se estudar, ler, obter respostas confiáveis em boas fontes. Só assim, os rituais tornam-se eficientes para o principal propósito: aprimorar o ser interior, praticar virtudes, melhorar sua vida ou simbolicamente: construir seu templo interior, polir sua pedra bruta. Por isso, existem maçons. Referencias Bibliográficas: - Deflem, M. “Ritual, anti-structure, and religion: a discussion of Victor Turner’s processual symbolic analysis”. Journal for the Scientific Study of Religion, 30 (1): 1-25, 1991. - Follet, K. “Os Pilares da Terra”. Rio de Janeiro: Rocco, 1992. - Gaarder, J. & Hellern, V. & Notaker, H. “O Livro das Religiões”. S.Paulo: Cia. das Letras, 2005. - Gaglianone, P.C. “A Criação do Rito Moderno na França”. In: S.C.R.M. “O Rito Francês ou Moderno: A Maçonaria do Terceiro Milênio.” Londrina: Ed. A Trolha, 1994. - Haywood, H.L. “Freemasonry and the Bible”. London: Collins Clear-Type Press, 1951 - Huxley, A. “A Filosofia Perene”. Cap. XXIV: “Ritual, Símbolo, Sacramento”, pp: 315 – 327, R.Janeiro: Civilização Brasileira, 1971. - Ismail, K. “O que é Rito e o que é Ritual.” JB News, nº 902, de 21.fev.2013. Reproduzido em JB News, nº 1183, de 28.nov.2013. - Johnson, P. “História do Cristianismo”. Rio de Janeiro: Imago ed., 2001. - Lima, W. Celso de. “Rituais”, pp: 95-97. In: Lima, Walter Celso de. “Ensaios sobre Filosofia e Cultura Maçônica. S.Paulo: Ed. Madras, 2012. - Neves, J.F. “Ritualística, uma tradição a ser cultivada com orgulho.” JB News, nº 904, de 23.fev.2013. - Onias Neto, A. “Rito Moderno ou Francês”. Rio de Janeiro: SCRM, 1995. - Pinto de Sá, J.P. “Os Rituais e a Liturgia.”. JB News, nº 865, de 15.jan.2013. -Tresner, J. “Ritual. Quem precisa dele?” JB News, nº 762, de 27.set.2012. - Valsechi, A. “Porque e Como a Maçonaria Passou de Operativa para Especulativa”. Palestra na ARLS Alvorada da Sabedoria, nº 4285 em 25.fev.2014 e publicada JB News, nº 1.274, de 26.fev.2014.
  • 16. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 16/43 Ir Anestor Porfírio da Silva M.I. e Membro Ativo da ARLS Adelino Ferreira Machado Or. de Hidrolândia – Goiás Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás anestorporfirio@gmail.com Os emblemas da mortalidade para a Maçonaria É uma prática costumeira largamente utilizada a de fazer uso de símbolos como sinal da existência de alguma coisa. Esta criatividade nasceu bem antes da invenção da escrita, sendo utilizada ao longo de todo esse tempo como meio de comunicação entre as pessoas e os segmentos que as representam, estando neste contexto os maçons e a maçonaria. Os emblemas da mortalidade (esqueleto completo, ou um crânio sozinho, ossos humanos, esquife, frases alusivas etc.) passaram a incorporar a simbologia maçônica a partir do instante em que a maçonaria admitiu a espiritualidade como um de seus princípios universais. Por representar esse princípio a crença na continuação da vida em outro plano após o seu fim na dimensão material em que nos encontramos, o caso se desdobra resultando na necessidade de se fazer com que a morte, por se tratar de fato real, imprevisível, inevitável e irreversível, pela sua relevante expressão no campo da espiritualidade, não seja esquecida. Esses emblemas, em tempos distantes, tinham também um significado ameaçador servindo de terrível aviso sobre funestas consequências a que ficaria exposto o membro traidor da Ordem Maçônica. Porém, quanto a este sentido, tais emblemas perderam seu caráter intimidativo e hoje em dia não passam daquilo que realmente são, apenas símbolos. Bem, mas o que restou aos maçons, de valor simbólico, em tais emblemas? A crença em um Ser Supremo, criador do Universo, a admissão, como verdadeira, da existência do espírito, sendo a vida e a morte causas motivadoras dessa fé, entre outras circunstâncias. 5 – Os Emblemas da mortalidade para a Maçonaria Anestor Porfírio da Silva
  • 17. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 17/43 Tem-se o valor da vida como não menos importante do que o da morte porque é no período da vida material que se estabelece o grau de maior relevância no relacionamento entre criatura e Criador quando a criatura deve entender que o espaço temporal de sua existência na vida terrena representa apenas uma passagem, uma jornada repleta de provações durante a qual terá que se manter sempre cônscia de seus deveres para com Deus, relegando o mal, o erro e os vícios, amando o próximo para, desta feita, encontrar-se incorrupta no dia de sua morte o que, se de fato acontecer, valerá a salvação do seu espírito. Já a morte tem valor distinto daquele que representa a vida, porque ela põe fim à existência física, em cujo instante a vida espiritual muda de plano indo para outra dimensão que pode ser superior ou inferior. Enquanto que para os cristãos e espiritualistas a vida não termina com a morte física, para a ciência, a morte é a falência completa e definitiva do sistema vital, o fim da matéria que era viva, dela nada mais remanescendo, salvos os fragmentos inertes de sua própria composição. Muitos, levados pela fé ante as evidências terrenas de um Poder Criador, outros, pelo assombro da morte ou por sua rejeição face ao insondável mistério que a envolve, admitem a existência física humana como obra da vontade de Deus sendo esta a Ele permanentemente ligada por uma energia sobrenatural, imorredoura, denominada de espírito. Para os que tomam como verdadeira essa linha de entendimento, a vida se compõe de duas partes e somente uma delas, a material, que se constitui do corpo físico, visível, sensível e perceptível é mortal. Como todos nós sabemos, ela compreende o período que se inicia no momento da concepção uterina e dura até o instante em que ocorre sua falência completa, a consumação da morte. Enquanto que a outra, a não material é imortal. Ela se compõe do espírito, entidade que, embora subsista de modo independente, é gregária da parte física, sendo invisível, perceptível, porém, intocável. Diante da realidade da morte, todos nós somos levados a admiti-la e embora não conhecendo o porquê de sua impetuosidade, temos que aceitá-la seja de que forma for. Mas, seguramente, pelos exemplos que são colocados à nossa frente, sabemos perfeitamente que fenômeno é esse e do que o mesmo se trata, ou seja, é uma experiência humana assustadora, dolorosa e incomparável; um fenômeno inevitável cercado de mistérios, que desperta medo e apreensão. Por isso é que muitos, ao chegarem ao final de suas vidas, reagem implorando para não os deixarem morrer. Todavia, se a morte se cerca de tanta importância quanto ao seu significado, qual seria então o verdadeiro sentido da vida? Materialmente, pode-se afirmar que ele seria o alcance das realizações pessoais, da paz, do amor, da felicidade, da concretização dos sonhos, da carreira profissional, da família, da riqueza, do poder, da sabedoria, enfim, de todos os desejos. Mas ainda que todos os desejos do mundo venham a ser conquistados, sabe-se que estes continuarão sendo insuficientes para a realização da satisfação plena. Depois de todas as conquistas almejadas ficará sempre um inexplicável vazio a denunciar que o sentido da vida não se resume somente nas realizações. Para os que crêem na existência do espírito, esse espaço não preenchido é o do sentido da vida espiritual, que é a relação com Deus, no arrependimento sincero dos erros, na prática do bem e na comunhão com Ele até mesmo após a morte física.
  • 18. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 18/43 Pelas procedentes razões que levaram a maçonaria a se declarar como instituição espiritualista, a morte para os maçons não poderia, e nem pode, ser admitida de outra forma (dada a aceitação da existência do espírito) senão como um natural processo do fim da vida material e o prosseguimento da vida não material em outro plano ao qual, maçonicamente, costuma-se referir como “Oriente Eterno”. Os emblemas da mortalidade servem para alertá-los e lembrá-los de que o tempo perdido não se recupera e adverti-los sobre a brevidade da vida terrena, abrindo-lhes os olhos para enxergarem claramente que o espaço temporal dado a cada um é realmente muito curto e que, por isso mesmo, deve ser aproveitado, dia após dia, na construção do caminho do bem para não serem surpreendidos. Esse alerta, sabidamente não é de autoria maçônica. Ele existe desde os tempos da sabedoria profética responsável pelo surgimento da Bíblia Sagrada. Naquele monumental histórico religioso da humanidade, que faz alusões à morte em inúmeras passagens, há um registro que guarda estreita sintonia com o que nos representam os emblemas da mortalidade: “Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia, nem a hora. (Mt. 25,13)”. De fato, em nossa caminhada pela jornada da vida não temos como evitar as travessias difíceis onde as vicissitudes surgem de várias formas, transtornando-nos, causando-nos desgastes no equilíbrio emocional, alterando a nossa maneira de agir frente ao nosso semelhante e, alternando-se com outras travessias de bons momentos carregados de felicidade, o que nos envolve de tal maneira que sequer nos deixa lembrar de que o nosso tempo de vida é por demais breve e que o seu fim pode acontecer quando menos se espera. Embora nós, cristãos e espiritualistas, ostentemos a crença de que o progresso espiritual ou a salvação do espírito só será possível mediante o cumprimento dos nossos deveres para com Deus e o cultivo do amor ao próximo, as circunstâncias e os fatos que nos envolvem no dia a dia nos fazem esquecer de que pelo menos uma pequena parte do nosso precioso tempo não devesse ter outra destinação senão à da prática constante da caridade e da filantropia, que se traduzem no socorro às viúvas e órfãos e no auxílio aos necessitados, e que, sem um alerta para abrir-nos os olhos, pode ser que no final de nossas vidas ocorra o inesperado, ou seja, as realizações no campo da virtude apresentarem-se anuladas pelo que deixamos de fazer ou pelos erros por nós cometidos o que, acredita-se, condenará o espírito, tirando-lhe a possibilidade de alcançar um estágio de vida melhor. Aí, ao percebermos que o nosso tempo já se foi, de nada adiantará o arrependimento e só nos restará chorarmos e ranger os dentes (Lc 13,28). Então, como se nota, para a Ordem Maçônica, o tempo de vida de cada um de nós é admitido como sendo uma grande e, quem sabe, única oportunidade que deve ser aproveitada pelo corpo físico no sentido de ajudar o espírito a aproximar-se mais de Deus, sendo esta a preocupação que a leva a recomendar aos seus adeptos a aceitação e o cumprimento dos deveres do homem para com o Criador, assim como o amor que cada um deve ter pelos seus semelhantes através do exercício sincero, verdadeiro e constante da caridade.
  • 19. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 19/43 Irm Augusto Nibaldo Da Silva Triviños†, MM Membro Benemérito do Quadro de Obreiros da CinqBenAuge RespLoja Simb“Concordia et Humanitas” N 56 Fundada em 24 de junho de 1958 - Rito Schröder Jurisdicionada a Muito RespGrLoja Maçdo Estado do Rio Grande do Sul UMA VISÃO INTRODUTÓRIA DA MAÇONARIA OPERATIVA E DA MAÇONARIA ESPECULATIVA, INICIÁTICA, MODERNA OU SIMBÓLICA ESCLARECIMENTOS NECESSÁRIOS: Quando no Programa de Docência Maçônica de 1995 da Loja “Concordia et Humanitas” N 56, sob o malhete do V.M. Irm. Seno Delki Dumke, tomei a responsabilidade de apresentar aos irmãos da Loja uma peça de arquitetura sobre a evolução histórica da Maçonaria através de suas etapas de Maçonaria Operativa, Especulativa, Iniciática, Moderna ou Simbólica, não percebi com toda clareza o âmbito da tarefa que devia desenvolver. Mas tinha consciência dos objetivos fundamentais da mesma, quais eram os de oferecer aos aprendizes maçons uma visão clara, simples e, ao mesmo tempo, o mais completa possível do que, historicamente, essas fases significavam na evolução da Maçonaria. Esses propósitos, porém, não foram totalmente alcançados, principalmente por falta de tempo. Tinha muitos materiais em minhas mãos que me poderiam ajudar a desenvolver o tópico. Alguns deles extraordinariamente importantes como os do Resp. Irm. Marcelo Francisco Ceroni, apresentados em O Vigilante N 2 e 3, de 1995; os de O Pelicano (Órgão de Divulgação do grande Oriente de Paraná - PR), de outubro e novembro de 1993 e setembro e outubro de 1993; de Acácia, N 25 de julho - agosto de 1994; La Francmasonería Simbólica, Base Granítica de la Francmasonería Universal, obra magnífica do Irm. René García Valenzuela, que foi Sereníssimo da Grande Loja de Chile; El Origen del Grado de Maestro, do Irm. Eugenio Goblet D`Alviella, da Grande Loja da Bélgica, publicado pela Grande Loja do Chile; a peça de arquitetura apresentada em nossa Loja pelo querido Irm. Rui Jung Neto e outras fontes que indico na bibliografia. Todos os livros, revistas e jornais consultados foram estudados, mas a peça de arquitetura que elaboramos pretende ser uma síntese, pouco original de minha parte, dos pontos de vista dos estudiosos da Maçonaria, dos quais aproveito idéias, análises, diferentes tipos de informações. As semelhanças do que apresentamos com outros estudos deve-se fundamentalmente ao caráter histórico do tema e nossa ignorância em relação à problemática abordada que nos impediu um comentário crítico acurado. 1. - INTRODUÇÃO: Parece-nos conveniente iniciar nossa peça de arquitetura, com esclarecimentos simples sobre alguns termos, que consideramos básicos e que nos permitirão falar uma linguagem relativamente comum. Em primeiro lugar, temos a palavra "Operativa". A raiz dela está na palavra latina "opera" que significa "trabalho, atividade a serviço de alguém ou de alguma coisa" (Machado, p.1607) Isto nos encaminha para compreender imediatamente o conceito fundamental da "Maçonaria Operativa". Esta seria uma corporação de maçons, isto de pedreiros, de construtores de igrejas, mosteiros, 6 – Uma Visão Introdutória da Maçonaria Operativa e da Maçonaria Especulativa – Augusto Nibaldo da Silva Triviños
  • 20. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 20/43 palácios. etc., construtores que estariam a serviço de alguém. Já veremos que os maçons percorriam países construindo catedrais, grandes edifícios e até trincheiras, geralmente a serviço de príncipes e soberanos ou dos bispos e outras autoridades eclesiásticas. Logo, em seguida, está o vocábulo "especulativa". A raiz deste termo "spec", significa mirar. Dai as palavras espelho, espejo (espanhol), Spiegel (alemão) que têm a mesma etimologia, a mesma origem. Os termos "esperança", "expectativa, "perspectiva", etc. se apoiam na mesma base etimológica. Podemos observar, baseados no que significam as palavras "Operativa" e "especulativa", que existe uma mudança substancial entre o que entendemos por "Maçonaria Operativa e Maçonaria Especulativa". A primeira, fazia coisas, levantava templos materiais; a segunda, a "Maçonaria Especulativa", mirava, contemplava, já não construía catedrais, refletia, pensava, construía templos espirituais. Também se denomina "especulativo" aquilo que não é observável diretamente pelos sentidos, aquilo que não se apoia em fatos. Já veremos que estas diferenças que aparecem como essenciais num primeiro momento, não o são tanto. A raiz da palavra "símbolo" nos conduz a considerá-la como "sinal de reconhecimento"(Machado, p.1990); "sinal que servia para reconhecer a alguém ou alguma coisa". Vamos procurar aprofundar a acepção da palavra símbolo, numa tentativa de esclarecer seu sentido com maior precisão. O símbolo se vincula ao mundo real, à realidade. Outra figura, a metáfora, também se refere à realidade, mas de maneira diferente. A metáfora deve ter alguma semelhança com o objeto ou coisa que representa. Por ex., se expressamos: "Teus cabelos são como o ouro", estamos indicando que o cabelo dessa jovem tem a cor do ouro, é loiro. E se afirmamos: "teus dentes são como pérolas", entendemos que eles têm a brancura das pérolas. E se dizemos: "teus lábios de rubi", afirmamos que os lábios dessa moça são vermelhos. Entretanto, o símbolo, se bem se refere a um objeto concreto não tem necessariamente semelhança com ele. Além disso, seu sentido é abstrato e não concreto. Por ex.: o cachorro é símbolo da fidelidade, como o leão do valor, a pomba da paz, Otelo dos ciúmes, Hamlet da dúvida, o cordeiro da inocência, a cor branca da pureza, a serpente da maldade. O avental, na Maçonaria, por ex., é símbolo do trabalho. Se considerarmos o trabalho como uma relação do homem com a natureza e, que o homem, apoiando-se em ferramentas e máquinas, modifica a natureza e ao mesmo tempo que a modifica, se transforma a si mesmo e cria o mundo da cultura. O avental deve ser de cor branca porque a brancura é símbolo da pureza, característica que deve ter todo trabalho que empreenda o maçom e que tende a emancipar o homem e fazê-lo livre moral, social e individualmente. O que é a Maçonaria Simbólica? Um conjunto de símbolos. Ou seja, que para conhecer e praticar a Maçonaria Simbólica ou simplesmente a Maçonaria, deve o maçom estudar o mundo de símbolos que constituem a Franco-maçonaria. Noutras palavras, o maçom que pratica a Maçonaria Simbólica, não precisa construir templos materiais, nem ser pedreiro, nem arquiteto. Ele precisa estudar os símbolos e realizar seu desenvolvimento moral e social de acordo com o conteúdo espiritual dos símbolos. O aprendiz maçom deve saber, por exemplo, que seu Grau tem como fundamento o número três, porque a criação inteira constitui uma cadeia imensa de trindades que se repetem, que encontramos nas diferentes tendências religiosas e filosóficas que o ser humano tem criado e vivido. Assim, o Brahmanismo que tem Brahma, Vishnú e Shiva; o Platonismo: princípio, verbo e substância (Bem, Verdade e Beleza); a Alquimia: enxofre, mercúrio e sal; a Franco-maçonaria: sabedoria, força e beleza que são as Três Luzes morais do templo maçônico e que estão simbolizadas pelo Venerável Mestre e seus dois Vigilantes, que são à vez os três pilares principais da oficina e que estão representadas por três figuras mitológicas: Minerva, Hércules e Vênus (O.G.T., p.250-251) O símbolo não deve transformar-se numa corrente que amarre o maçom ao passado, impedindo o progresso espiritual e material (L.E., p.171). O símbolo, apesar de que pode conservar a sua essência, é histórico, isto é, muda de acordo com as épocas, com as culturas nas quais a Maçonaria cresce. O símbolo não é uma realidade pétrea, mas plástica, flexível às necessidades e princípios dos homens. O pedreiro da Idade Média tinha simbolizada sua liberdade no direito de agrupar-se, de ter seus
  • 21. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 21/43 próprios princípios, normas, práticas e privilégios. A liberdade está fundamentalmente simbolizada, nas primeiras décadas do século XIX na América Latina, nos anseios de chegar a constituir nações autônomas, independentes e soberanas, capazes de abrigar fraternalmente a todos os homens. Em nossa época, a liberdade para o maçom simboliza manter uma luta para ver todos os homens latino-americanos livres do temor, da ignorância, da doença, da miséria. Podemos observar assim, que esse símbolo, o da liberdade, se bem conserva sua essência, não se limita agora a ser instrumento de conhecimento e ação de um grupo de homens que a materializam em proveito direto dele, mas que visa a todos os seres humanos de um povo, de um continente ou do universo. É conveniente ressaltar que a passagem da Maçonaria Operativa para a Maçonaria especulativa estava precisamente marcada. Entretanto, a chamada Maçonaria Simbólica ou moderna, é a mesma Maçonaria especulativa, mas noutro grau de aperfeiçoamento. Se o século XIII, com Alberto Magno marca o momento durante o qual a Maçonaria Operativa adquire a lucidez simbólica em relação à arte da construção, os trabalhos de Payne e o Livro das Constituições de Anderson, entre 1722 e 1723, consolidam e estruturam simbolicamente a Maçonaria como arte de formação moral, social e individual, essa mesma data é, ao mesmo tempo, a que indica a maturidade da Ordem Maçônica e assinala seu caminho de contínuo aperfeiçoamento simbólico. 2. - INTRODUÇÃO A UMA VISÃO DA MAÇONARIA OPERATIVA: 2.1.- As origens da Maçonaria Operativa Na história da Maçonaria podem se distinguir dois grandes períodos: a fase da Maçonaria Operativa e a fase da Maçonaria Especulativa, Moderna ou, como também se chama, Simbólica. As origens da Maçonaria Operativa não nos é possível indicar com precisão. Alguns dos estudiosos da Maçonaria colocam os começos desta quase no mesmo ponto em que se inicia a vida do homem sobre a Terra. E assim falam que a Maçonaria Operativa já existia nos tempos em que se levantava a torre de Babel, por exemplo. Ou dizem que nasceu no Egito, na Grécia, que deriva da antiga seita dos Rosacruzes. Ou que nasceu mil anos antes de Cristo, quando David, Rei de Israel começou a construção do Templo de Jerusalém e que foi continuada por seu filho Salomão. Este, segundo as versões, contratou 40 mil pedreiros, dos quais separou 3 mil para que fossem mestres e supervisores. Hiram, arquiteto fenício, Rei de Tiro, forneceu a Salomão trabalhadores e madeiras que foram usados na construção do Templo, do palácio real e de outros edifícios (RMCH, N.3-8, 1952, p.207-210, Ano XXIX, A.B.A). Se bem que existem bases históricas para afirmar que existiam corporações de construtores 4.500 anos antes de Cristo, pensamos que essas informações abrem margem a demasiadas dúvidas, em relação ao funcionamento e aos princípios que caracterizavam esses agrupamentos de obreiros que pudessem ter alguma relação com as idéias que alimentariam, mais tarde, à Ordem Maçônica. Alguns argumentam, para defender a tese da origem muito antiga da Maçonaria Operativa, que as sete maravilhas do mundo antigo, não houvessem podido ter existência sem uma organização que zelasse pelo aperfeiçoamento constante da Arte da Construção. E assim destacam que as pirâmides de Egito, Os jardins suspensos da Babilônia, O colosso de Rodes, A estátua de Júpiter Olímpico, O Templo de Diana, em Éfeso, O Mausoléu de Halicarnaso e O Farol de Alexandria", são provas evidentes que havia grupos de homens, os construtores ou pedreiros, que, constituindo corporações, e guardando em segredo seus achados, aperfeiçoavam a arquitetura, transformando-a uma atividade de extraordinária beleza (RMCH, N.3 -10, 1972, p.72-79, ano XLIX, de la Vega). Por outro lado, é um fato que nossa Ordem apresenta alguma semelhança com práticas religiosas da Índia e do Egito. Devemos reconhecer uma forte analogia nelas com nossos símbolos, alegorias e cerimônias. No Egito, os profanos que aspiravam ao sacerdócio eram submetidos a diferentes tipos de provas para determinar a capacidade moral e intelectual dos postulantes. Outros países tomaram essas idéias dos egípcios, adaptando-as as suas próprias formas de vida. Parece que a seita dos Essênios (existiu no S. II A.C. e desapareceu no S. I D.C.), é uma das que maior semelhança apresenta com as práticas da Maçonaria. Com efeito, os Essênios viviam em organizações e tinham comunidades de bens. Os trabalhos mecânicos eram de sua preferência. Estabeleceram quatro hierarquias. Usavam signos e palavras para reconhecer-se. Se um profano solicitava incorporar-se à
  • 22. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 22/43 corporação, não era aceito imediatamente. Durante três anos era submetido a uma série de provas. Se nelas era aprovado, então era iniciado. No momento da iniciação fazia um juramento de fidelidade à organização. Nesse instante, recebia um martelo e um avental branco. (RMCH, N.24, 1925, p.808, Ano III, J.A.A). Os pedreiros, sem dúvida alguma, começaram a ter muito prestigio desde cedo. Numa Pompílio, segundo Rei de Roma, em 715 A.C., dividiu a população em 31 corporações ou colégios. O mais importante de todos eles era o que estava constituído por todos aqueles que se dedicavam à arte da arquitetura. Esta corporação tinha uma organização interna, na qual se distinguiam os mestres construtores que estavam apoiados pelos vigilantes ou supervisores de obras. Todos se reuniam nas noites, depois do trabalho, para planejar as atividades futuras e para estudar os casos de interessados que queriam ingressar à corporação (Idem, p.809). Uma situação de ordem bélica, em 43 A.C., levou várias corporações à Inglaterra, contratadas para construir trincheiras para defender os romanos dos persistentes ataques dos escoceses. Estes recintos fechados se constituíram, posteriormente, em cidades e aí surgiu a cidade de York, célebre na história da Maçonaria (Idem, p.810). Estes contatos com outros povos, permitiram aos pedreiros ter uma visão ampla do ser humano. Onde eles iam deixavam seus ensinamentos e, ao mesmo tempo, aprendiam costumes, formas de vida e normas. Neles, frente aos seus semelhantes, cresceu a compreensão e a fraternidade tornou-se, não somente vivida para a corporação à qual pertenciam, mas foi crescendo e estendendo-se para todos os seres humanos. Um fato histórico com caracteres trágicos não só para as corporações de pedreiros, mas para todas as cidades, foi a invasão dos bárbaros que terminaram com as fraternidades de maçons. Os pedreiros tiveram que fugir para países do oriente ou refugiar-se nos mosteiros. E nestes surgiram famosos arquitetos que depois deixariam espalhado seu gênio nas grandes construções góticas, verdadeiras orações de pedra elevadas ao infinito. Apesar que possamos descobrir nestas argumentações precedentes sobre a origem a Maçonaria Operativa sólidas razões para apoia-las, pensamos ficar sobre base histórica mais forte para indicar o nascimento da Maçonaria Operativa. Não queremos, a princípio, rejeitar o entusiasmo, a imaginação, o carinho que se adivinha pela Ordem Maçônica naqueles que desejam remontar a origem da Sociedade Fraternal ao começo mesmo da existência do homem. Compartilhamos os pontos de vista dos estudiosos da história da Maçonaria que o nascimento da Maçonaria Operativa, depois que os bárbaros destruíram as antigas corporações, foi resultado de um processo que se desenvolveu de maneira muito devagar, ao ritmo do aumento das construções, igrejas, palácios, fortalezas, etc. que se apresentava singularmente na Idade Média. Por isso, pensamos que a Maçonaria Operativa nasceu no século VIII, apesar de que existem informações que já era famosa, no século VI, a corporação de pedreiros livres da Lombardia. 2.2.-O crescimento da Maçonaria na Lombardia. A Maçonaria Operativa surgiu como uma sociedade fraternal na Itália e, logo em seguida, com o apoio do imperador Carlos Magno, se estendeu por diferentes países europeus. Um dos destinos dos pedreiros, além da Alemanha e da França, foi a Inglaterra. É possível que, junto às emigrações de corporações inteiras, convidadas pelos príncipes e as autoridades eclesiásticas, também percorreram não somente a Europa, mas também outros países, alguns pedreiros que haviam alcançado especial nível de desenvolvimento na arte da arquitetura, para ensinar seu trabalho ao mesmo tempo que contribuíam para organizar outras corporações de maçons. O Imperador alemão, Carlos Magno, no século VIII, como dissemos, protegeu as corporações de pedreiros, as levou para França e para Alemanha e deu aos maçons tantos privilégios, que passaram a constituir, dentro das respectivas sociedades, grupos escolhidos de homens que gozavam, por seus méritos e sua inestimável capacidade na arte de construir, da qualidade de ser chamados de homens livres, de maçons livres. Em cada organização, segundo informações históricas, os pedreiros distinguiam três grupos: os mestres, os companheiros e os aprendizes. Toda esta hierarquia estava já estabelecida nos primeiros séculos da Idade Média. Mas é um fato, que esse tipo de organização interna das corporações, floresceu e se consolidou, a contar desde o século VI D.C., chegando um alto nível de aperfeiçoamento, para seu tempo,
  • 23. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 23/43 ao redor do século XIII. Nessa época, o dominicano, teólogo e filósofo alemão, Alberto Magno (1200- 1280), adaptou a linguagem simbólica dos antigos à arte de construir. Pela primeira vez, os pedreiros tiveram uma linguagem simbólica sistemática para referir-se às atividades de sua profissão. O conjunto de símbolos foi patrimônio exclusivo dos construtores e se constituiu numa forma de expressão que só era conhecida pelos membros da corporação. Estabeleceram-se regras severíssimas para manter em segredo essa linguagem simbólica que não podia ser escrita em papel ou em pedra. Nesse momento histórico, a beleza do estilo gótico se impunha na construção das catedrais e palácios. E nenhum dos pedreiros ou dos senhores que temporariamente os contratavam para construir os templos, desejavam popularizar os segredos da arte de construir. A simbologia da arte de construir ficou presa, ainda que não em forma absoluta, porque houve fuga de expressões secretas, entre os profissionais da construção. Por isso, a Maçonaria Operativa se conhece também como "Maçonaria profissional". Estes maçons livres celebravam suas reuniões numa pequena casa chamada Hütte (Loja). Neste local de reuniões, que se realizavam orientadas por um estrito cerimonial, se discutiam as postulações de profanos que desejavam ingressar à Ordem, as iniciações e os planos de trabalho e o aperfeiçoamento dos mesmos, que se desejam realizar. Todos os aspectos ritualísticos não se diferenciam substancialmente dos que a Maçonaria pratica atualmente. É interessante destacar que a corporação de pedreiros livres de Estrasburgo, segundo seus irmãos, havia chegado ao mais elevado nível de criação na arte arquitetônica, em relação a todas as Lojas situadas na beira do rio Mosela. Por isso, todas elas se colocaram sob sua direção. Por este fato, a Loja de Estrasburgo foi denominada Haupt-Hütte (Grande Loja). Em 1459, todas as Lojas que obedeciam à Grande Loja de Estrasburgo, se reuniram em Regensburg, cidade situada à margem do Rio Danúbio, e determinaram outorgar, ao Diretor da construção das obras da catedral de Estrasburgo, o título de "Grão- Mestre Único Perpétuo da Sociedade Geral dos Maçons Livres da Alemanha" (RMCH, N.24, 1925, p.810, J.A.A.). A história nos mostra vários fatos que merecem ser ressaltados na história da Maçonaria. Um deles ocorreu em 1561. Isabel I, Rainha de Inglaterra e Irlanda (1558-1603), teve receios do espírito livre dos maçons e das reuniões que eles celebravam a Grande Loja de York. Apoiada num edito do Rei Henrique VI, de 1425, que proibia a reunião dos maçons, enviou a polícia para que, pela força, impedisse a reunião que os pedreiros livres realizavam na Grande Loja de York. Os policiais foram à Grande Loja e se incorporaram aos trabalhos dos maçons para observar seu desenvolvimento e os possíveis matizes conspirativos presentes contra o reino. A experiência que receberam os policiais na sessão maçônica foi tão impressionante, que todos os servidores da rainha solicitaram seu ingresso à ordem maçônica. Quando a Rainha tomou conhecimento deste fato, imediatamente tomou duas medidas. A primeira, a de derrogar o edito de 1425, e a segunda, de tomar sob sua proteção todas as corporações maçônicas. 2.3.- Grandeza e decadência da Maçonaria Operativa. A invasão dos bárbaros destruiu as corporações de pedreiros. Os maçons tiveram que refugiar-se nos mosteiros ou fugir do continente europeu. Nos mosteiros, os maçons seguiram cultivando a arte da construção até alcançar assombrosos níveis de perfeição. Tiveram que passar, porém, ao redor de quatro séculos para que os grupos de maçons começassem a surgir novamente com toda sua força e esplendor. Como já expressamos, defendemos a idéia que Maçonaria Operativa nasceu, podemos dizer, "oficialmente", no século VIII na Itália, ainda que reconheçamos que já no século VI existia na Lombardia uma corporação de maçons famosa pelo progresso que havia alcançado. O grande momento da Maçonaria Operativa se originou quando Alberto Magno, no século XIII, ressuscitou toda a simbologia das antigas corporações de construtores e a adaptou à realidade histórica que viviam os pedreiros. O trabalho de Alberto Magno permitiu aos maçons ter uma linguagem comum, simbólica, no desenvolvimento de suas obras arquitetônicas, de suas cerimônias, de seus ritos, de suas práticas secretas. Esta unidade espiritual obtida através da ação simbólica e secreta deu extraordinária força à Maçonaria Operativa. E o crescimento dela foi extraordinário devido não somente ao espírito unitário que a alimentava, mas, e talvez fundamentalmente também, à riqueza e ao poderio da igreja católica que alcançou seu máximo poder entre os séculos X e XV. Esse poder e esse bem-estar econômico dos católicos se manifestou, entre outras formas, pela construção de grandes catedrais, castelos, edifícios,
  • 24. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 24/43 etc. O estilo gótico na arquitetura atingiu um brilho singular graças à grande capacidade estética e de engenharia dos maçons. A riqueza e o poder da igreja católica descontrolados, originaram, porém, o abuso, a soberba, a perseguição aos que pensavam diferente a ela e a corrupção em graus ilimitados. No seio mesmo da igreja se produziu uma violenta reação que quebrou a espinha dorsal da hierarquia da mesma. Nasceu a Reforma com Lutero. O edifício eclesiástico tremeu até suas raízes. A igreja católica se divide e se enfraquece seu poder já não é mesmo de um século atrás. Suas riquezas diminuem. E quase desapareceu o desejo de prestar homenagem ao Criador mediante as grandes construções arquitetônicas. Os maçons começaram a não ter obras para construir. Por outro lado, os segredos da arte de construir que, por séculos, se mantiveram como patrimônio exclusivo dos pedreiros, já eram domínio de muitos construtores que não pertenciam às corporações de pedreiros. As guerras religiosas que estouraram nesse tempo, também colaboraram decisivamente para o enfraquecimento das corporações dos pedreiros livres. Esta situação de languidez que viviam as corporações de pedreiros, fez que mestres, companheiros e aprendizes se reunissem no século XVI e, com o ânimo de reanimar a organização, acordaram uma série de resoluções de fundamental importância. Um desses acordos foi de permitir o ingresso de pessoas que não tivessem a arte de construir como forma de subsistir e de viver. Por essa razão, se incorporaram à ordem de maçons: Thomas Boswel, em 1600; Robert Monray, em 1641 e Elias Ashmole, em 1646. Todos sem conhecer em essência e sem haver praticado jamais a arte dos pedreiros. (RMCH, N.3 a 8, 1952, p.210, Ano XXIX. A.B.A.) Esta medida originou a incorporação de muitas outras pessoas às corporações, exigindo só duas condições: serem ilustradas e possuir bens de fortuna. Nesse momento, as corporações começaram a ter dois tipos de membros: os que estavam aí porque conservavam a tradição da ordem e tinham a condição de pedreiros e os recém incorporados, intelectuais todos. Estes, em tempo breve, começaram a dominar as atividades das corporações. Perceberam que o simbolismo dos maçons era extraordinariamente rico e devia ser preservado. Por isso, de acordo com os novos rumos que começava a tomar a ordem dos pedreiros, resolveram adaptar o corpo simbólico das corporações, da construção de um templo material, à construção do homem, em sua dimensão espiritual. Uma resolução da Loja de São Paulo, em 1703, a mais antiga das quatro que existiam em Londres, emitiu uma declaração que fez dessa tendência de abertura da ordem para pessoas que não fossem pedreiros, um princípio e logo em seguida, uma prática generalizada. Disse a Loja de São Paulo: "Os privilégios da Maçonaria, não serão mais patrimônio exclusivo dos maçons construtores; que outras pessoas de diferentes profissões pudessem optar a eles, sempre que fossem regularmente iniciados e admitidos na confraternidade". As duas primeiras décadas do século XVIII, foram fundamentais para o porvir da Maçonaria. A incorporação de algumas pessoas que não eram pedreiros à Ordem, junto à declaração da Loja São Paulo originaram profundos debates que culminaram a 24 de junho de 1717 quando, as quatro Lojas de Londres, acordaram constituir uma entidade superior, aglutinadora, orientadora, denominada Grande Loja. Em forma solene foi empossado o primeiro Sereníssimo Grão-Mestre, o Irm. Antonny Sayer. A Maçonaria Operativa se havia transformado, depois de um século de debates, de preocupações, de medidas tomadas para conservar-se, na Maçonaria especulativa e iniciática. Ainda nos séculos XVII e parte do XVIII, a Maçonaria especulativa manteve os traços de sua predecessora, a Maçonaria Operativa, de gloriosas lembranças, características apresentadas especialmente a contar do século XIII até o século XV, inclusive. A Grande Loja de Londres, começou, imediatamente depois de 24 de junho de 1717, uma série de reuniões interessantíssimas. Por exemplo, na segunda, a Grande Loja determinou que não se podia abrir uma nova Loja sem a autorização da Grande Loja. Esta daria a carta de constituição da nova Oficina, depois de haver sido aprovado o regimento interno da mesma. Também se resolveu realizar reuniões de Veneráveis Mestres a cada três meses e que cada Loja devia apresentar, anualmente, à Grande Loja, um relatório das atividades realizadas. Um acordo de principal importância foi o de realizar um estudo dos novos estatutos, de revisar os costumes, ritos, símbolos e cerimônias dos antigos pedreiros e das práticas do momento. Esta tarefa
  • 25. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 25/43 recaiu sob a responsabilidade do Irm. George Payne. Com a ajuda de toda a documentação reunida, os IIrm. Desaguiliers e Anderson, deviam elaborar um estatuto da nova sociedade maçônica. Este trabalho foi realizado e apresentado pelos Irmãos mencionados à Grande Loja, com o nome de "Constituições da Antiga e Venerável Confraternidade dos Maçons Livres e Aceitos", em março de 1722 e aprovados e publicados em 1723. Assim os maçons tinham as normas que lhes permitiram ser justos e perfeitos. 3. - INTRODUÇÃO A UMA VISÃO DA MAÇONARIA ESPECULATIVA: 3.1.- Origem e desenvolvimento A Maçonaria especulativa nasceu oficialmente a 24 de junho de 1717, em pleno Século das Luzes, quando a razão se levantava para emancipar ao homem da superstição, da ignorância. Os enciclopedistas, os iluministas, apregoavam a nova doutrina baseada na razão humana. A liberdade e o medo, este para desaparecer e, a liberdade para dar novas asas ao espírito que seria capaz de compreender e de viver na igualdade e a fraternidade. A Maçonaria especulativa, já fortemente simbólica desde 1723, porque toda a simbologia que Alberto Magno havia elaborado no século XIII para os pedreiros que construíam catedrais e palácios, havia-se transformado num corpo de símbolos que representava a construção moral, espiritual e física do homem sem dogmas, sem verdades absolutas, livre. A Maçonaria começou a expandir-se por duas razões fundamentais. Em primeiro lugar, os princípios do Livro das Constituições de Anderson, aprovado a 23 de janeiro de 1723, continha tão profundo espírito humanitário, de sensibilidade frente ao próximo, de compreensão da natureza humana e uma rota moral de crescimento, que muitas pessoas esclarecidas, ingressaram à Ordem, por que sentiam que se encontrariam com pessoas que tinham os mesmos anseios humanos, de desenvolvimento pessoal e social, de fraternidade e de tolerância. Teve influência muito importante também na divulgação da Maçonaria, o poder imperialista inglês que levou o espírito maçônico aos povos da África e da América Latina. O crescimento foi muito grande. Basta ressaltar uma só informação para perceber este fato. Em 1721 havia doze Lojas constituídas na Inglaterra. Quatro anos mais tarde, em 1725, 49 Lojas dependiam da Grande Loja Inglesa. Na França, ao que parece, se fundou a primeira Loja em Dunkerque, a 13 de outubro de 1721, com o nome de "Amizade e Fraternidade". Logo em seguida, nasceram várias Lojas, todas dependentes da Grande Loja de Londres até 1756, quando as Lojas francesas se uniram e se independizaram da Inglaterra e constituíram a Grande Loja da França. O nome definitivo chegou em 1772, quando as Lojas francesas se declararam subordinadas ao Grande Oriente de França. A prática primitiva, que vinha inclusive da Loja Operativa, dos três graus simbólicos, de Mestre, Companheiro e Aprendiz, sofreu diversas modificações. A mais importante mudança surgiu em 1737, quando o Grande Orador da Ordem Maçônica Inglesa, num histórico discurso, lançou a idéia que, além dos três graus simbólicos, podiam estabelecer-se quatro graus na Maçonaria. Isto durou pouco. Uma nova iniciativa foi aprovada e se reconheceram seis graus. Posteriormente foram aceitos sete, nove, vinte e cinco e trinta e três graus. A Maçonaria Escocesa foi a que se pronunciou em favor dos trinta e três graus. À América do Norte chegam as primeiras Lojas em 1730. Já em 1733, em Massachussetts, havia várias Lojas. Logo, em seguida, as Lojas começaram a surgir em diferentes cidades. Isto permitiu que, quando chegaram as lutas pela independência da América do Norte, foram maçons os grandes dirigentes desse movimento emancipatório. E, quando em 1776, se estabeleceu, vitoriosa a revolução, a república, foram os descendentes dos antigos pedreiros os que guiaram à jovem nação pelos caminhos da paz e da liberdade. 3.2.- Os maçons são perseguidos Mas o crescimento da Maçonaria especulativa não foi sem percalços. Seu caráter secreto e o fato de que todos reconheciam que a Maçonaria estava constituída por homens capazes, com muitos privilégios outorgados por príncipes e grandes senhores, já nos tempos da Maçonaria Operativa, originava invejas e inclusive ataques realizados traiçoeiramente. Os pedreiros, porém, durante a Idade Média, moviam-se dentro dos limites do cristianismo. E por isso, não foram atacados e, em geral, tiveram o apoio da igreja
  • 26. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 26/43 católica. Agora, a situação era diferente. A nascente Maçonaria especulativa surgia defendendo a razão humana como veículo de libertação do homem das superstições. E uma destas superstições, para algumas Lojas, estava representada pelo catolicismo tradicional. A perseguição sistemática da Maçonaria especulativa pelo mundo católico iniciou-se na Holanda. Em 1734, o clero católico começou a mostrar os maçons como força diabólica. Esta pregação deu excelentes resultados nas camadas supersticiosas da população. Essa gente ignorante, estimulada do púlpito pelos servidores de Cristo, atacaram aos maçons tumultuando a ordem pública. Isto obrigou ao governo dos Estados Gerais a decretar a proibição do exercício da Maçonaria no território nacional holandês. A irracional medida do governo teve curta vida. Encontrou, porém, repercussões na Alemanha e França. Em Florença, a Santa Inquisição sepultou nos cárceres muitos maçons. A perseguição da Maçonaria se generalizou. O clero, querendo terminar com esse poder que se apoiava na razão, estimulou ao Papa Clemente XII a lançar a bula contra a Ordem, de excomunhão, a 28 de abril de 1738 (RMCH, n.27, 1925- 26, Ano III, p.959-963). Um bispo decretou que qualquer católico que se relacionasse com um maçom de alguma maneira, ainda que seja levemente, teria todos seus bens confiscados. Para justificar a bula da excomunhão, o clero católico iniciou uma intensa campanha para divulgar os princípios, ritos, cerimônias e práticas dos maçons. Essa operação dos católicos, porém, produziu o contrário do que a bula desejava. A Maçonaria teve uma divulgação gratuita ao grande público do que ela era realmente, apesar das distorções com que foi apresentada. E as pessoas descobriram que a Maçonaria estava integrada por pessoas que elas conheciam e as quais respeitavam e que seus princípios apontavam para a fraternidade, a tolerância a eliminação de preconceitos e de noções supersticiosas da realidade, do homem e da vida. Na Espanha, o ódio contra os maçons foi muito maior. Em 1740, foi interrompida uma cerimônia que realizava uma Loja em seu templo, e todos os maçons que estavam aí reunidos foram levados ao cárcere e cruelmente torturados pela Inquisição. O Papa Clemente XII foi substituído por Benedito XIV, sendo este muito mais fanático que seu antecessor. Este Papa conseguiu do Rei Fernando VI, a 2 de julho de 1751, um decreto mediante o qual se proibia a existência da Maçonaria na Espanha. Durante os séculos XVIII e XIX, os espanhóis perseguiram sem trégua aos que praticavam a Maçonaria. A existência clandestina dos maçons não privou a muitos destes do cárcere e das torturas. A perseguição dos maçons se estendeu a todos os lugares onde as forças católicas tinham algum poder. Foi grave o tempo que viveram os maçons em Portugal, Rússia, Polônia e Itália. Na Bélgica se realizou uma luta aberta entre os maçons e os católicos, da qual os pedreiros livres saíram fortes e respeitados. Muito diferente foi o panorama dos maçons na França. Neste país, berço do iluminismo, pedra básica da Maçonaria, esta cresceu e adquiriu tal poder que muitos dos princípios da revolução francesa de 1789 nasceram ou foram vividos nos templos maçônicos. A Maçonaria inglesa e francesa semeou o espírito livre de dogmas nos jovens latino-americanos que chegaram a Paris ou Londres. E aí, ao mesmo tempo que se embebiam esses sul-americanos de explicações racionais do universo, apoiavam a influência da Inglaterra e da França nas terras descobertas por Cristóvão Colombo, em prejuízo do dogmático poder espanhol. 4. - CONCLUSÃO: 4.1 - Breve visão da relação da Maçonaria como o Símbolo: Todos os seres vivos, de natureza animal, têm uma linguagem para comunicar-se entre si. Esta linguagem pode ter diferentes formas: gestos, expressões corporais, sons e a linguagem chamada de articulada, que é própria do ser humano. Esta linguagem, entendida dessa maneira geral, toma no homem formas orais e escritas que constituem o que denominamos idioma ou língua. É possível que cada grupo de seres vivos animais, além do homem, tenha também seu próprio "idioma". Assim compreendido, a língua que se fala e que muitas vezes também se escreve é limitante. Ninguém seria capaz de, entre os seres humanos, dominar todas as línguas e dialetos que existem no mundo. O sonho do homem se concretizou e se concretiza na busca de uma língua que todos dominem. Desta maneira, surgiu o Esperanto, uma espécie de idioma universal para todos os homens. Ocorre, porém, que o nascimento de qualquer idioma ou dialeto é resultado das condições sócio-culturais e históricas nas quais está inserido esse homem. Noutras palavras, as línguas não nascem num vazio social. Por isso, por
  • 27. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 27/43 exemplo, o fracasso do Latim que depois de quatorze séculos de existir como língua oficial do domínio romano, em diferentes países, viu surgir formas de idiomas que se pareciam ao Latim, mas que não eram o Latim. E em dadas condições históricas e culturais nasceram os idiomas Espanhol, Português, Francês, etc. Por isso, o Esperanto como língua única para todos homens, seguirá sendo um sonho. Por outro lado, o mundo dos romanos é muito diferente ao mundo atual. Os meios de comunicação de massa e de transporte, têm tornado cada vez mais pequeno o mundo. É possível que esse mundo gigante para os romanos se transforme numa aldeia para nós. E aí então, todos poderíamos ter e viver um mesmo e semelhante espaço vital. E então, iniciativas que busquem um meio de comunicação comum para todos, como o Esperanto, podem talvez, ter êxito. Frente à impossibilidade de encontrar uma linguagem capaz de unir na compreensão das coisas a todos ou a grupos de homens de diferentes línguas, nasceu o símbolo, que é uma forma de linguagem. Para chegar ao símbolo, porém, precisa-se ser "iniciado" na compreensão do mesmo. Por exemplo, NaCl (sal) é um símbolo. Para entender esse símbolo é necessário ser "iniciado" em Química. O mesmo ocorre com os símbolos matemáticos. A pessoa que deseja entender os símbolos matemáticos tem que ser "iniciada " em Matemática. A linguagem da Maçonaria é essencialmente simbólica, para captar a medula da Maçonaria, o sujeito deve ser "iniciado" no conhecimento dos símbolos. O símbolo, que é uma expressão lingüística simples, permite que o maçom, sem dominar a língua que se pratique numa Oficina, se desempenhe adequadamente nas práticas e rituais maçônicos. Mas a educação do maçom não se realiza exclusivamente através do símbolo. A Maçonaria para educar a seus membros necessita também da linguagem quotidiana. O símbolo, na Maçonaria, está muito mais dirigido a despertar os sentimentos, as emoções mais profundas, que o jogo da análise fria, do intelecto, do iniciado. O símbolo pode ser interpretado de diferentes maneiras pelos iniciados. Para um maçom norte-americano o mosaico de peças brancas e negras, pode significar a igualdade entre homens negros e brancos. Para nós, esse símbolo pode estar relacionado com o próprio significado da vida, onde há momentos tristes e alegres ou com o mundo que apresenta a luz e a escuridão. Ambas interpretações são válidas, por que no fundo dos símbolos estão os princípios da ordem maçônica. O importante no símbolo reside em que ele não é um fim, mas apenas um meio para materializar no possível os princípios maçônicos. (RMCH, 3-10, 1972, XLIX, p.72-74, Vega de la). Erich Fromm, um ensaísta alemão, nascido em Frankfurt, em 1900, define o símbolo da seguinte maneira: "A linguagem simbólica é uma linguagem em que as experiências internas, os sentimentos e pensamentos são expressados como se fossem experiências sensoriais, acontecimentos do mundo exterior. É uma linguagem que tem uma lógica diferente do idioma convencional que falamos todos os dias, uma lógica na qual não são o tempo e o espaço as categorias dominantes, mas a intensidade e a associação. É a única linguagem universal que elaborou a Humanidade, igual para todas as culturas e para toda a História". O caminho do maçom, no ritual que se desenvolve no Templo e na vida quotidiana, está traçado pelo corpo de símbolos que constituem a Maçonaria. A simbologia, porém, não é consumida de uma só vez. O maçom caminha avançando por degraus. O Aprendiz tem seu conjunto de símbolos, como também os têm o Companheiro e o Mestre. Se o pedreiro livre não sabe manejar o compasso ou o esquadro, sua obra humana como profissional terá as deficiências do construtor que não domina a sua arte. Se o maçom considera a luz simplesmente como um fenômeno físico e mecânico e não percebe a simbologia que se esconde em sua chama, irá pelo mundo indiferente às verdades que o aperfeiçoariam e o fariam mais humano, mais perfeito, mais fraternal. Como poderia ser possível chegar a dominar os símbolos que guiavam a construção das colunas de um Templo, com a mesma segurança que um aprendiz ou companheiro da Maçonaria Operativa, agora na Maçonaria Simbólica, para levantar homens, para fazer maçons justos, fraternais, tolerantes e perfeitos? Somente a intensidade do estudo da simbologia que se realiza principalmente nas Lojas maçônicas nos podem transformar em homens que constroem a si mesmos e que, ao mesmo tempo, ajudam a construir a outros homens nos princípios da fraternidade universal.
  • 28. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 28/43 Ao concluir nossa modesta contribuição ao desenvolvimento do programa de docência da Loja “Concordia et Humanitas” N 56, sentimos a necessidade, uma vez mais, de recomendar, especialmente para os Aprendizes, o estudo aprofundado do Simbolismo da Ordem Maçônica, como um dos veículos que tem o maçom de penetrar na medula do espírito de aperfeiçoamento e de emancipação humana que pretende a Franco-Maçonaria Universal. BIBLIOGRAFIA: 01.- CAMINO, Rizzardo da. - Simbolismo do Primeiro Grau, Aprendiz. Rio de Janeiro, Editora Aurora, s/d. 213p. 02.- CASTELLANI, Jose. - Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom. São Paulo, Gazeta Maçônica. s/d. 215p. 03.- GRAN LOGIA DE CHILE. - Cuadernos Docentes: Primer Grado (4, 5, 6). Segundo Grado (1). Tercer Grado (6, 7). Santiago de Chile, Editorial Universitaria, 1991. 04.- GRAN LOGIA DE CHILE. - Oscar Ortega. Cámaras de Instrucción para el Segundo Grado Simbólico. Santiago de Chile, Ed. Princípios da Fraternidade Universal. 05.- GRAN LOGIA DE CHILE. - Coleción de la Gran Logia, 1980.201p. 06.- GRAN LOGIA DE CHILE. - René Garcia Valenzuela. La Francmasonería Simbólica, base granítica de la Francmasoneria Universal. 2 ed., Santiago de Chile, 1982.29p. 07.----------------- Eugenio Goblet D`Alviella. - El Origen del Grado de Maestro. Santiago de Chile, 1982.54p. 08.----------------- Revista Masónica de Chile. Santiago de Chile, Editorial Universitaria, 1989. 68p.Año LXVI. N.5-10. 08.- BÉDARRIDE, Armand. - Desbastando a Pedra Bruta. Juiz de Fora (MG), Instituto Maria Departamento Editorial, 90p. 09.- GRANDE LOGIA DE CHILE. - Revista Masónica de Chile (RMCH) Año III.N.24, 1925.p.80-811. 10.---------------------. RMCH. Año III, 1925-26. p. 959-963. 11.--------------------- RMCH. Año XVIII, N.4.1941. p.119-127. 12.--------------------- RMCH. Año XXI, N.1, 1944.p.15-16. 13.---------------------- RMCH. Año XXIX, N.3-8.1952. p.207-210. 14.---------------------- RMCH. Año XXXI, N.7-8.1954. p.225-226. 15.---------------------- RMCH. Año XXXIV, N.5-6.1957. p.171-172 e 250-252. 16.---------------------- RMCH. Año XXXV, N.3 e 4.1958.p.257. 17.---------------------- RMCH. Año XLIX. 3-10, 1972.p.72-79. 18. - GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO RS - O Vigilante. Ano XXVI. N. 1 (1994) e N. 2 e 3 (1995). 19.- GRANDE ORIENTE DO PARANÁ - O Pelicano. Set./out. e Out./nov. 1993. 20.- ASSOCIAÇÃO FILANTRÓPICA CULTURAL ACÁCIA. - Acácia. Ano IV, N. 25, julho - agosto 1994.36p. 21.- MACHADO, José Pedro. - Dicionário etimológico da língua Portuguesa. Lisboa, Editorial Confluência, 1956. Vol. 1 p.880.; Vol. 2 (1959), p.1607 e 1990. Nota do editor e revisor*: Ir. Prof. Dr. Augusto Nibaldo Silva Triviños, M.M. Membro Benemérito e Remido da nossa Oficina desde 01/01/2006, com inestimáveis serviços prestados à Loja, em particular e à Maçonaria, em geral, Especialmente por sua dedicação à área de Docência Maçônica, tendo sido o introdutor do programa de Instrução em nossa Oficina e participando ativamente do mesmo principalmente entre os anos de 1985 e 1995. Tendo realizado seu Doutoramento na Alemanha, lá visitou diversas vezes as Lojas do Rito Schröder, incluindo a ABSALOM Nr. 1, o que o fez procurar o Respeitab. Ir. Kurt Max Hauser, então G.M., que o trouxe para a nossa Loja. Partiu para o Or. Et. em 25/11/2014, com mais 58 (cinquenta e oito) anos de vida Maçônica, iniciado em 09/08/1956 na Grande Loja do Chile; e mais de 35 (trinta e cinco) anos de filiação à nossa Aug. Oficina, desde 04/10/1979, logo depois de chegar ao Or. de Porto Alegre para trabalhar na UFRGS. *Ir. Rui Jung Neto, ex-V.M., com muita honra um dos Aprendizes que tiveram como Mestre o saudoso Ir. Triviños.
  • 29. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 29/43 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 05/03/2005 Aurora Florianópolis 10/03/1972 Templários da Justiça Lages 15/03/1998 Estrela do Sul Lages 18/03/1998 Jacy Daussen São José 18/03/2011 Monteiro Lobato Itajaí 19/03/1993 III Milênio Curitibanos 19/03/1994 Renascer da Luz Criciúma 20/03/1949 Januário Corte Florianópolis 23/03/1996 Pedra Cintilante Itapema 24/03/1998 Fiel Amizade Florianópolis 30/03/1998 Amigos para Sempre Joinville 30/03/1999 Círculo da Luz Joinville 31/03/1975 Estrela do Mar Balneário Camboriú 31/03/2011 Colunas do Arquiteto Ituporanga Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Março 7 – Destaques JB Resenha Final
  • 30. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 30/43 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 03.03.2012 Guardiões das Virtudes - 4198 Biguaçú 14.03.1981 Estrela do Planalto -2119 Canoinhas 16.03.1899 União III Luz E Trab. 664 Porto União 16.03.2005 Cavaleiros da Luz - 3657 Florianópolis 19.03.2004 Quintessência - 3572 Bombinhas 21.03.1990 Luz da Acácia - 2586 Jaraguá do Sul 21.03.2009 Acácia de Balneário - 3978 Baln. Camboriú 29.03.1973 Acácia Joinvilense - 1937 Joinville 29.03.1973 Gênesis - 2701 Tubarão 29.03.2012 União Palhocense - 4236 Palhoça 30.03.2006 Luz da Porta do Vale - 3764 Itajaí GLSC - http://www.mrglsc.org.br Data Nome da Loja Oriente 11.03.2003 Fraternidade Itajaiense nr. 85 Itajaí 17.03.2010 Fonte de Luz nr. 102 Chapecó 18.03.1989 Tríplice Fraternidade nr. 48 Dionísio Cerqueira 20.03.2009 Acácia Itajaiense II nr. 100 Itajaí 21.03.1940 Cruzeiro do Sul nr. 05 Joaçaba 24.03.2010 Loja do Sol nr. 103 Blumenau 28.03.1970 Pitágoras nr. 15 Florianópolis 30.03.1995 Leão de Judá nr. 62 Florianópolis
  • 31. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 31/43 CONVOCAÇÃO e CONVITE ATENÇÃO MUDANÇA de LOCAL ! O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para a 39ª Sessão da Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, dia 15 DE MARÇO, TERÇA-FEIRA, com palestra do Ir. Hélio Ferenhof, Mestre Maçom da Alvorada da Sabedoria, com o tema: “O Rito Sueco” no Templo Maçônico situado à rua Mal Cândido Rondon, 48, esquina da rua Pintor Eduardo Dias, Bairro Jardim Atlântico, São José. A rua Pintor Eduardo Dias é a 2ª paralela à avenida Atlântico. O estacionamento da Loja tem entrada nesta rua. O Ir Hélio morou algum tempo na Suécia onde participou de Lojas que trabalham no Rito Sueco. Programação: 20:15 h: encontro no átrio do Templo; 20:30 h: início da sessão. Traje: maçônico completo. Após a sessão, será oferecido um ágape com um bom whisky. Ir.’. Weber Franco Moraes Secretário Wisdom Dawn Lodge
  • 32. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 32/43
  • 33. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 33/43 Maçonaria presente nas Manifestações de Florianópolis A Maçonaria compareceu aos protestos por todo o País Em Florianópolis não foi diferente, acorrendo principalmente na Avenida Beira-Mar Norte. Abaixo, alguns registros enviados via e-mail, produzidos pelo Irmão Borbinha (correspondente JB News). O JB News recebeu centenas de fotos de irmãos, cunhadas e familiares de todo o Brasil. Lamentavelmente faltaria espaço suficiente para publicar todo esse colossal número de participantes aos protestos. Assim, por favor, compreendam, porque vamos publicar somente alguns registros da capital catarinense. O importante foi a participação maciça de todos neste significativo 13 de maço de 2016.
  • 34. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 34/43
  • 35. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 35/43
  • 36. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 36/43 Trecho da Beira-Mar Norte
  • 37. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 37/43 O pequeno Vincent, nascido há 15 dias em Melbourne aderiu ao protesto em sua cidade. Veja os demais registros: https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/PasseataProtestoFlorianopolis13De MarcoDe2016?authkey=Gv1sRgCKPSsdeqqdL1MQ
  • 38. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 38/43 13 DE MARÇO Os versos do Irmão Adilson Zotovici, Loja Chequer Nassif-169 de São Bernardo do Campo – estão presentes no “13 de Março”! adilsonzotovici@gmail.com Gigantesco mar de gente Invade por todos cantos Tal qual ondas na enchente As ruas, por desencantos ! Silente, povo aos prantos Aos poucos , ainda cético Vai entoando seus cantos Em uníssono, frenético !
  • 39. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 39/43 Até mesmo poético Seria tanta emoção Se não fosse patético, Torpe motivo a razão ! Um basta à corrupção ! Bradava com entusiasmo Que reina nesta Nação Vindicando o fim do marasmo O povo até mesmo pasmo Com as peitas da autocracia Por todo esse sarcasmo Que chamam... democracia ! Tornaram pois utopia ! Os anseios da sociedade Que vive em grande agonia Clamando por seriedade ! Ora...escondem a verdade Com desmedida arrogância Sob o manto da iniquidade Pelo poder, pela ganância ! Mas há o alerta com instância ! Ao governante que exorbitou Está no fim a tolerância!... O Brasileiro acordou !!!
  • 40. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 40/43 Esquina das ruas Venerável com Vigilante – Gramado RS. (Foto JB News novembro de 2012)
  • 41. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 41/43 Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News. 1 – Mar Del Plata: Mar del Plata.pps 2 – Gourmet: Eu Gourmet-Quero e viver.pps 3 – Chitarra Romana: Chitarra_romana .pps 4 – Fotos com mais de 100 anos: Fotos com mais de 100 anos.pps 5 – MAPER - Documentário sobre as ESTRELAS https://www.youtube.com/watch?v=jUoi-3OeWvA&feature=player_embedded 6 - Vale Europeu é a região do Brasil campeã em qualidade de vida: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2016/02/vale-europeu-e-regiao-do-brasil- campea-em-qualidade-de-vida.html 7 – Filme do dia: (O Terceiro Olho -2ºMelhor Filme de Suspense- dublado) https://www.youtube.com/watch?v=55QjAGvfmco
  • 42. JB News – Informativo nr. 1.991 – Florianópolis (SC) terça-feira, 15 de março de 2016 Pág. 42/43 Ir Raimundo Augusto Corado MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737 Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182 Barreiras – GOB/BA. Escreve às terças e quintas-feiras raimundoaugusto.corado@gmail.com O DISCURSO E A AÇÃO. Autor: Raimundo A. Corado Barreiras, 08 de junho de 2004 Fala-se muito em Justiça; E na busca da Verdade; Na União como premissa; Ancorados na Fraternidade. Por fora corre a cobiça; O Orgulho e a vaidade; Que como areia movediça;