1. JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Joaçaba (SC) –
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.294 – Florianópolis (SC) – terça-feira , 10 de janeiro de 2017
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrValdemar Sansão – Bom dia, Bom Ano! (Maçonaria em Gotas XIV)
Bloco 3-IrAnestor Porfírio da Silva – Herói sem medalha
Bloco 4-IrRonald Ventura – Da Singularidade a Estrela Flamígera
Bloco 5-IrDiógenes de Sínope – Pontes para o Sagrado
Bloco 6-IrRogério Vaz de Oliveira – Enfim, chegaram as férias!
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 10 de janeiro e versos do Irmão e Poeta
Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
2. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 2/30
10 de janeiro
Busto de Júlio Cesar Torre de Belém (Lisboa)
49 a.C. — Júlio César atravessa o Rubicão, iniciando a guerra civil que opôs as suas forças às de Pompeu.
Foi neste dia que ele pronunciou uma frase em grego que Suetónio traduziu como alea jacta est (a sorte está
lançada, literalmente 'que os dados sejam lançados').
236 — Eleito o Papa Fabiano, 20º papa.
1403 — Jean de Bettencourt recebe dos reis de Espanha o senhorio das ilhas Canárias, auto-intitulando-se
rei.
1794 — O bispo de Blois, Henri Grégoire, relata aspectos do comportamento do exército republicano,
usando o termo vandalismo pela primeira vez.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 10º dia do Calendário Gregoriano.
Faltam 355 dias para terminar o ano de 2017
- Lua Quarto Crescente -
É o 128º ano da Proclamçaõ da República;
195º da Independência do Brasil e
517º ano do Descobrimento do Brasil
Hoje é o dia da da criação do SENAC
Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço
eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
3. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 3/30
1855 — A Itália se alia à França e à Inglaterra com o propósito de lhes conceder ajuda na Guerra da
Crimeia.
1861 — Guerra Civil Americana: a Flórida anunciou oficialmente sua secessão da União, logo juntando-se
à Confederação.
1863 — Inauguração pública da primeira secção do Metropolitano de Londres.
1875 — Fundação do Partido Socialista Português.
1877 — É estabelecido na Espanha o serviço militar obrigatório.
1907 — A Torre de Belém é classificada como Monumento Nacional em Portugal.
1912 — Bombardeio da cidade de Salvador na Bahia.
1920
Entra em vigor o Tratado de Versalhes para solucionar os problemas surgidos na guerra 1914–1918.
Foi instituída a Liga das Nações, órgão internacional que durou até 1946, quando foi substituída
pela Organização das Nações Unidas.
1921 — É anistiado o tenente Vogel, autor da morte a tiros de Rosa Luxemburgo.
1923 — É ordenada a retirada das tropas dos Estados Unidos das províncias renanas, na Alemanha.
1927 — O filme Metropolis, do alemão Fritz Lang, estreou nos cinemas. O cineasta é considerado o criador
do gênero ficção científica.
1928 — Leon Trotski e mais 30 membros da Oposição de Esquerda são expulsos da Rússia.
1929 — O jornal belga Vingtième Siècle publicou pela primeira vez uma tirinha com o menino-detetive Tintin,
personagem criado pelo cartunista Hergé.
1937 — Guerra civil espanhola, a Junta Nacional ordena a evacuação de Madri da população civil sob uma
intensa ofensiva das tropas militares.
1939 — Criação do Parque Nacional do Iguaçu.
1941
Batalha naval entre britânicos e italianos no estreito da Sicília, no sul da Itália.
Firmado em Berlim o pacto germano-soviético que delimita as novas fronteiras entre os dois países.
1945 — O Rei Jorge VI inaugura em Londres os trabalhos preparatórios da Organização das Nações
Unidas (ONU).
1946
As forças comunistas de Mao Tsé-Tung e as de Chiang Kai-shek fazem uma parada na China contra a
proposta mediadora do presidente dos Estados Unidos, Harry Truman.
Celebra-se em Londres a primeira Assembleia Geral das Nações Unidas.
Criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).
Americanos enviaram pela primeira vez um sinal de radar à Lua, recebendo um eco como resposta três
segundos depois. O fato é considerado um prenúncio das comunicações por satélite.
1955 — O jornalista Assis Chateaubriand foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
1960 — Instalado oficialmente o município de Diadema.
1962 — Uma sequência de erupções no monte Huascarán, no Peru, matou cerca de 3.500 pessoas e
destruiu sete vilas.
1966 — Índia e Paquistão assinam um acordo de paz. Os países disputavam a região da Caxemira, havendo
até ameaça de ataque nuclear no auge da guerra.
1969 — A Suécia é o primeiro país ocidental a estabelecer relações com o Vietnã do Norte.
1975 — Michelle Bachelet e sua mãe são presas pelo regime militar chileno.
1983 — Astrônomos britânicos descobrem um novo astro com uma capacidade energética maior que a
do Sol.
1984
O ex-presidente argentino Reynaldo Bignone é preso pelos crimes cometidos durante a ditadura militar
entre 1976 e 1983, em que desapareceram 10 mil pessoas.
O Vaticano e os Estados Unidos reatam as relações diplomáticas.
Um incêndio destruiu o Mercado Modelo, uma das principais atrações turísticas de Salvador.
1985 — Daniel Ortega, da Frente Sandinista de Libertação Nacional, tomou posse como presidente
da Nicarágua. Os Estados Unidos não reconheceram o novo governo e decretaram embargo total ao país.
1990 — A China anuncia o fim da lei marcial, e alega que ter impedido demonstrações democráticas
salvando o país do abismo da miséria.
1994
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Criação da União Económica e Monetária Oeste-Africana (UEMOA).
O presidente Bill Clinton anuncia que a Ucrânia concordou em abrir mão de seu arsenal nuclear, o
terceiro maior do mundo.
2003 — Entra em vigor o novo Código Civil brasileiro aprovado pelo Congresso em setembro de 2001.
2007 — Daniel Ortega é empossado como presidente da Nicarágua pela segunda vez.
2013 — Hugo Chávez, eleito para um novo mandato presidencial na Venezuela, não assume o cargo por
problemas de saúde.
Culturais e de Média/Mídia[editar | editar código-fonte]
1929 — Primeira aparição de Tintim, famoso personagem de histórias em quadrinhos de Hergé.
1932 — Surge a grande criação de Walt Disney, o ratinho Mickey, é registrado e publicado pela primeira vez.
2000 — A America Online compra o gigante da mídia Time Warner por US$ 162 bilhões. É a maior fusão
corporativa da história.
2001 — Nupedia, antecessora da Wikipédia, é lançada publicamente
2003 — Lançamento do jogo SimCity 4.
1744 Carta Régia, desta data, autorizou a instituição, na vila de Nossa Senhora do Desterro, da Ordem
Terceira de São Francisco e nomeou seu primeiro comissário o frei Alexandre de Santa Cruz.
1883 Instalado, nesta data, o município de Blumenau, criado pela Lei nº 860, de 4 de fevereiro de 1880.
1884 Instalado o município de São Bento do Sul, criado pela Lei nº 1030, de 21 de maio de 1883.
1891 Decreto nº 40, desta data, criou o 4º distrito no município de São José.
1926 Instalado o município de Porto Belo, restabelecido pela Lei nº 1496, de 1º de setembro de 1925.
1743 O Faulkner’s Dublin Journal noticia que a Loja Youghall nº 21 celebrou o dia de São João com
uma parada, em que o “Real Arco foi levado por dois excelentes Maçons”.
1754 Thomas Dunckerley feito Maçom na Loja The Three Turns, em Plymouth. Filho ilegítimo do Rei
George II, foi um dos grandes promotores da Maçonaria.
1904 Nasce Lamartine Babo () poeta e famoso compositor popular membro da Loja “Estrela do Rio”.
1918 Fundação da Loja Maçônica Branca Dias nr. 01, de João Pessoa - PB
1956 Regularização da Loja Maçônica Aurora de Goiás nr. 1393, de Goiânia (GOB/GO)
Fatos históricos de santa Catarina
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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6. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 6/30
MENSAGEM DO DIA - MAÇONARIA EM GOTAS (XIV)
Valdemar Sansão
Dia 08 de janeiro
BOM DIA, BOM ANO!
Glória a Deus nas alturas, paz aos homens na terra!
Caríssimos Irmãos Amigos - Para melhor
pressentirmos o futuro precisamos antes ouvir as
grandes vozes do passado:
“Justo é aquele que vive em perfeita harmonia
consigo mesmo, com seus semelhantes e com a
Ordem do Universo” ( Platão).
“Ninguém poderá ser chamado verdadeiro crente
se não desejar a seu irmão o que para si deseja”
(Maomé, o Profeta).
“Procurai a verdade, praticai a Justiça e amai o
próximo como a vós mesmos, tal será o caminho do
Dever, a única estrada da Salvação, o resto vos
será dado em abundância” (Jesus de Nazareth).
Louvada seja a Maçonaria que nos fez Irmãos! - Se o ano que se passou nas asas do tempo
não foi propício à todas nossas realizações, as experiências que vivenciamos nos farão mais
firmes à frente, concorrendo para que, este ano, possamos realizar nossas justas aspirações!
Durante o restante destas férias em que a maioria das Lojas Maçônicas suspendem seus
trabalhos, nos dias da semana a eles destinados onde quer que estejamos, paremos,
recolhamo-nos a um aposento fechando a porta, onde possamos orar por alguns minutos ao
Pai que “não está aqui nem lá estando dentro de nós” e, figurando uma CADEIA DE UNIÃO
MENTAL, simbolizando um rito de glória, elevemos o pensamento ao SENHOR da nossa vida,
e através da prece, pois, Ele mesmo afirmou: “Tende fé em Deus; Oremos a Ele que nos
ensinou o – “PAI NOSSO”!
Nova etapa - “Por isso vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-
vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca, encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á” (
Lucas 11:9 e 10). As experiências adquiridas, o incentivo com que começaremos a nova etapa
de atividades, com o desejo de concórdia, de solidariedade, de união de todos e dos Maçons
Internautas, num ideal comum dos homens de boa vontade, que se unem para fazer o bem, de
uma vida mais feliz, de uma pátria mais amada, de um lugar melhor para se viver, com Saúde,
Força e União. Nos períodos de bonança e de euforia é que se deve precaver, preparar o
terreno para os tempos mais difíceis que podem chegar. E quando forem apresentadas em
suas horas de indecisões e de desespero, feridas da ingratidão e da incompreensão, que ELE
crie em nossa alma a força da coragem, da desculpa e do perdão.
Manifestemos o amor por nossa Loja, mesmo sabendo que muito se exige para
mantermos a harmonia. Realimentemos a vontade de ajudar as pessoas, mesmo sabendo que
2 – Bom dia, Bom Ano! (Maçonaria em Gotas XIV)
Valdemar Sansão
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muitas delas são incapazes de ver, sentir, entender ou utilizar esta ajuda. Mantenhamos nosso
equilíbrio, mesmo sabendo que os desafios são inúmeros ao longo do caminho. Acalentemos a
vontade de ser grandes, mesmo sabendo que nossa parcela de contribuição no mundo é
pequena. As mudanças não ocorrem por grandes feitos de alguns e, sim, nas pequenas
parcelas cotidianas de todos nós.
Que os canhões silenciem, que as bombas sejam destruídas ou fiquem eternamente
guardadas nos arsenais. Que quanto mais conheçamos as coisas singulares, mais
conheçamos Deus, já que tudo é em Deus, e já que Deus é tudo... Ouçamos os anjos cantarem
Glória a Deus no mais alto dos Céus. Que na Terra, os dirigentes reencontrem o equilíbrio, o
rumo certo e que sejam extintas as contendas políticas e jurídicas, internas e externas e que
todos se conscientizem que somos Irmãos, filhos do mesmo Pai.
Hoje, para mim, todos são iguais e é difícil dizer quem é o mais carente. Estamos todos,
em permanente aprendizado. Como instrumentos para o progresso conjunto, temos que nos
convencer que enquanto houver lágrimas nos olhos de um único ser da Terra, todos nós
estaremos chorando.
Paz - Nesta hora em que entramos em união com o SENHOR, através da prece sincera,
estaremos em Cadeia de União Mental, renovando a nossa súplica de continuar permutando
vibrações de Paz, o abraço sincero, o nosso beijo fraterno.
Atualmente, há uma movimentação muito intensa em busca da paz. Existe a semana da
paz e diversos encontros e movimentos pela paz. Mas afinal, o que é a paz? Ela existe? Se
não, como criá-la? Se sim, onde encontrá-la? Cada pessoa terá uma resposta diferente para
estas perguntas. Há um dito sobre a paz: “É preciso lutar pela paz”. Lutar pela paz? Como
conseguir a paz utilizando um comportamento (lutar) que nos remete à guerra? Onde se inicia
a paz? Será que ela deve começar pelo outro, pelo externo, pela sociedade, pela nação? Ou
será que inicia no interior de cada indivíduo que a deseja? Será que impondo a paz no outro,
estaremos promovendo-a?
A paz já existe. Ela é tão real quanto as batidas do coração. Alcançável por qualquer
pessoa aberta e corajosa o bastante para encontrá-la e vivenciá-la. Corajosa porque a paz se
encontra por trás de todos os preconceitos, julgamentos, padrões de comportamento,
pensamentos e crenças que repudiamos nos outros, mas que estão em nós mesmos. E para
aqueles que querem realmente acessar a paz é necessário se enfrentar (no sentido de estar de
frente para) e integrar ao básico que já temos, estes pensamentos, Deus, Crenças, Valores e
Amizades.
Caridade - Que vejamos em cada criatura um Irmão a quem devemos dar as mãos, porque
somos iguais, pois ninguém é mais forte ou mais fraco do que o outro. Unamos todas as forças
que forem permitidas recebermos da Divina Fonte que possam encorajar e atapetar de flores o
nosso novo ciclo anual de vida terrena, junto aos pobres para socorrê-los; junto aos
prepotentes, para moderar seu orgulho e aprendermos que devemos ser humildes junto aos
enfermos, para minorar suas dores; junto aos duros de coração para que aprendamos a dar o
perdão; junto aos desanimados, para que aprendam a vencer qualquer obstáculo; junto aos
nossos familiares, para estreitarmos os laços que nos unem; junto aos nossos Irmãos para
que, mais profundamente, nos conheçamos; e, finalmente, frente ao espelho de nossa
consciência, entoemos nosso cântico de alegria: Huzzé! Huzzé! Huzzé!”, por ELE ter
depositado em nosso íntimo uma centelha de Sua Luz Imortal. No entanto, saibamos que a
Verdade sem a Caridade não é Deus. Mas também saibamos que a Caridade sem a Verdade
não passa de uma mentira entre outras, e não é Caridade.
8. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 8/30
Humildade – Trata-se de um comportamento social e de uma virtude maçônica. No meio
social a humildade significa repulsa aos falsos elogios que visam a deturpação do
comportamento, como a lisonja estudada, no sentido de ludibriar a boa-fé.
O envaidecimento é o oposto da humildade e gera males sem conta, pois mascara a
verdade. O homem humilde encanta e a todos agrada. Todos admiram o sábio humilde que se
envaidece apenas pelo saber e não pela vaidade. O vaidoso é antipatizado, o humilde é
amado.
Humildade não significa servilismo. Uma demonstração de humildade é dada em nossas
Lojas, quando após a Venerabilidade e, em seguida um ano de Mestre Instalado (como
Venerável mais moderno) o Irmão passa a ocupar um cargo no Ocidente como Guarda do
Templo, uma função hierarquicamente inferior, embora deva ser experiente e como
encarregado da segurança dos trabalhos internos, conhecedor dos assuntos maçônicos. O 11º
Landmark diz: “A necessidade de estar uma Loja a coberto, quando reunida, é um importante
Landmark que não deve ser descurado”. É dever do Guarda do Templo velar para que o lugar
esteja absolutamente vedado.
A pessoa só é humilde, nas raríssimas ocasiões em que é – no absoluto anonimato.
Quando a luz dos refletores se acende sobre a humildade, a mesma vai “pro brejo”.
Concluindo - Desde já, seja a nossa súplica ao Pai e Criador, para que seja o NOVO ANO
um despertar diário de nossas almas para as realidades divinas, imaginando nosso coração
somente a Taça repleta com o líquido doce de nossa Compreensão, da Paz, da Concórdia que
erguemos numa fervorosa oração, para que afaste de nós e da Terra a Taça da amargura.
Que Deus nos ajude que consigamos aplicar em nós um pouco do discurso que
oferecemos aos outros. Que ELE permaneça sempre conosco, como expresso em Seu desejo,
quando disse cheio de Amor e Bondade: “Estarei sempre convosco até a consumação dos
séculos”.
P.S. – 2016 foi um ano atípico. Claro que enjerimos a bebida doce da Taça Sagrada, recordando as
lições de sabedoria, otimismo, desprendimento, abnegação, apoio, amizade e vibrações de amor, de
força e coragem recebidas de valorosos Irmãos e de Lojas Coirmãs; todavia, jamais esqueceremos
o gosto amargo da bebida que entornamos, ante a inércia, a indiferença e o desdém de alguns
outros que cruzaram os braços e faltaram à solidariedade.
9. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 9/30
Anestor Porfírio da Silva
M.I. e membro ativo da Loja Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Brasil/Goiás
anestorporfirio@gmail.com
HERÓI SEM MEDALHA
Meu irmão, você como maçom já deve ter ouvido de outro irmão maçom a lenda do
beija-flor que, sozinho, tentava apagar o incêndio de uma grande floresta transportando água em
seu bico? Todos sabiam da destruição que aquele incêndio poderia causar se nada fosse feito.
Mas nenhum outro animal manifestou o desejo de ajudá-lo por entender que a solução daquele
problema era algo além da capacidade de todos.
A quem, desanimado, aconselhou-o a desistir, a pequenina ave respondeu: “Não me
interessa saber o que os outros bichos e aves estão fazendo. O incêndio precisa ser apagado.
Estou cuidando de fazer a minha parte”.
Para uma ave sozinha apagar um incêndio, ainda que de pequenas proporções, seria
impossível. Mas se todos os animais e aves a ajudassem, a situação aflitiva poderia ser resolvida.
O fato, como já se disse, é apenas uma ficção, isto é, não aconteceu. Mas como lenda,
o que dela podemos extrair como exemplo é o fundo moral que ela contém, isto é, numa
comunidade em que se presume serem todos responsáveis, cada um deve fazer o que lhe
compete sem observar o comportamento de quem deveria estar fazendo o mesmo. Do contrário,
se eu decidir parar de fazer o que estou fazendo e condicionar minha volta ao trabalho somente
se quem está do meu lado também trabalhar, é uma atitude maléfica à superação de qualquer
dificuldade por mais insignificante que ela seja.
Quinta-feira, cinco e meia da manhã, o alvor daquele dia, um dos primeiros do mês de
agosto de 2007, já reluzia no horizonte quando Lucas se pôs de pé após noite de insônia. Estava
inquieto como alguém que busca ar para respirar e nada encontra. A cidade ainda dormia.
Desejoso de que o dia acabasse de amanhecer logo, esfregava as mãos e andava pela casa de
um lugar para outro, sempre pensativo tentando encontrar uma saída que viabilizasse a urgente
solução dos problemas que o afligiam naquele momento.
3 – Herói sem medalha
Anestor Porfírio da Silva
10. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 10/30
Lentamente, os minutos se passavam. Já fazia mais de uma hora que Lucas tinha se
levantado e ele continuava vivendo a mesma ansiedade, tenso, inquieto, sequioso de que a
cidade acordasse logo para que pudesse ir a um rápido encontro com alguns irmãos na
Secretaria da Loja, conforme haviam combinado, oportunidade em que iria ser melhor informado
sobre a real situação financeira da mesma e do seu quadro de obreiros.
Uma certeza ele tinha: acabara de assumir o encargo de dirigir uma instituição cujas
finanças em ruina ser-lhe-iam um enorme desafio, para não dizer a maior das dificuldades de sua
gestão.
Na cozinha, a mesa com quatro assentos era o lugar aconchegante onde Lucas tomava
o café da manhã sempre ao lado de sua esposa, mas naquele dia isso não aconteceu, nem seria
possível, por um motivo: Lucas estava emocionalmente tenso e na excitação da forte pressão
psíquica que estava vivendo, própria das pessoas preocupadas quanto ao fiel cumprimento dos
deveres e das obrigações assumidas, quebrar o jejum naquele estado de ansiedade seria um ato
dificílimo. Sua mente se encontrava povoada de questões que careciam de soluções inadiáveis,
pois o conjunto das circunstâncias era demasiadamente delicado, embaraçoso e demandaria
tempo para ser resolvido. O quadro sombrio em que já se achava mergulhada a maçonaria local,
estava a exigir de Lucas muita habilidade até mesmo para dar o primeiro passo adiante, visto que
tudo deveria ser feito com paciência e serenidade, sob pena de se incorrer no erro de agravar
ainda mais a situação.
As perturbações que naquele momento inquietavam Lucas decorriam de fatos dos quais
tomou conhecimento na noite do dia anterior, quando comandou a primeira sessão da Loja
Maçônica de sua cidade, após ter sido eleito seu Venerável. E o que o levou a alcançar o referido
posto foram seus vinte e seis anos de iniciado, sua posição respeitosa como um dos irmãos mais
experientes, o decano, o de opiniões incontroversas, o conselheiro e pacificador, o habilidoso
interlocutor entre a Loja e o seu Poder Central, enfim, o que se apresentava como melhor opção
para conduzir os destinos da maçonaria local nos dois anos seguintes. Porém, antes de decidir
pela sua entrada nesse jogo, Lucas não sabia que a loja a que pertencia passava por dificuldades
decorrentes de séria crise financeira.
Assim que foi eleito, veio o recesso das atividades maçônicas, o que durou por um mês.
Nesse período, Lucas se mostrava estar vivendo momentos de felicidade, com o apoio de sua
esposa e com vários planos a serem realizados em sua administração, todos voltados à prática
da beneficência, da filantropia e ao progresso da maçonaria principalmente em sua cidade. Mas
agora, decorridos pouco mais de trinta dias de sua posse, eis que Lucas é, repentinamente,
levado a alterar seus planos ao tomar conhecimento de todo o drama financeiro que sua loja
vinha enfrentando e das dificuldades administrativas, algumas quase insanáveis, que também
tinham de ser superadas.
Enfim, a hora tão esperada chegou e Lucas saiu de casa, célere, rumo ao local de
encontro previamente agendado com alguns de seus irmãos. Eles eram membros da nova da
administração e o esperavam na Secretaria da Loja com um monte de papéis, pastas e livros de
registros dos atos daquela oficina nos últimos vinte e quatro meses.
Com o irmão Tesoureiro estava o controle de caixa, onde os registros apontavam que
uma fração acima de sessenta por cento dos membros da Loja se achava em débito, alguns
casos com mais de ano de inadimplência; o saldo da conta corrente bancária estava negativo; o
caixa da Loja não tinha saldo algum; dívidas em mora contraídas junto ao comércio e instituições
financeiras locais etc.
Com o irmão Chanceler estava o Livro de Controle de Presença e uma demonstração
detalhada, nominal, onde se via o baixo índice de frequência, acontecimento esse que, em certas
ocasiões, não atingiu sequer o número mínimo de presenças exigido para que a sessão pudesse
ser realizada.
11. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 11/30
Diante do que viu e ouviu naquele encontro, Lucas voltou para casa ainda mais
cabisbaixo.
Uma janela, porém, já se abria e esta era por onde a dignidade máxima da Loja deveria
começar, ou seja, agir logo, sem perda de tempo, pois para colocar tudo em seu devido lugar,
Lucas só dispunha de vinte e quatro meses. Naquele mesmo dia foi ao encontro dos fatos
decidido a saná-los, um a um.
À frente da direção daquela oficina estava Lucas, um empresário e empreendedor
experiente, ousado, que conseguiu, à custa de muito esforço e dedicação ao trabalho, sair do
nada para, em tempo razoável, tornar-se dono de uma indústria de médio porte com mais de
sessenta empregados e um faturamento mensal invejado por muitos de seus concorrentes.
A primeira providência foi reunir-se com todos os membros da diretoria da Loja e traçar
rumos para a sua administração mediante elaboração de programa com definição de metas e um
correto plano de ação para atingi-las. Os trabalhos iniciais tiveram a atenção voltada para a
solução de questões inadiáveis como a liquidação das dívidas em mora, o resgate da motivação
do grupo e a restauração da ordem financeira daquela oficina, ficando relegado a segundo plano
o restante do que, rotineiramente, compete a uma loja maçônica realizar dentro dos princípios,
fundamentos e normas da Ordem.
Um encontro com os credores foi necessário para obtenção de novos prazos para
liquidação dos encargos vencidos. Outro desafio foi encontrar uma maneira de captação de
recursos extras sem que tal medida viesse a aumentar o ônus financeiro com o qual já vinha
arcando cada obreiro da Loja. Pensando assim, a conclusão a que se chegou foi a de que
somente eventos sociais poderiam se transformar em fonte de renda adicional.
Em Loja, o Venerável comentou a grave situação financeira que estava por ser
administrada e, em seguida, expôs suas ideias e seus planos. A palavra circulou pelas Colunas e
ninguém se manifestou. Isto porque a apatia, a descrença e a desmotivação tomavam conta de
quase todos. Somente Lucas e mais alguns poucos irmãos ainda relutavam e não se davam por
vencidos.
A primavera daquele ano já se avizinhava. Era a estação de realização da semana dos
festejos em homenagem ao Santo padroeiro da localidade e esse evento, que tinha como
tradição atrações gastronômicas e lúdicas que despertavam interesse em muita gente, até
mesmo de municípios vizinhos, era também marcado por animadas noites de dança.
Naquele evento anual com duração de uma semana, que se constituía basicamente de
muitas barraquinhas oferecendo comidas típicas regionais, era também possível encontrar
pessoas vendendo bebidas, roupas feitas, artesanatos, bijuterias, maçã do amor, além de bancas
de jogos, tiro ao alvo e muitas outras atrações.
Diante da movimentação e dos preparativos para o início do grande festejo, Lucas,
embalado pelo clima de animação que já alterava a rotina dos moradores do lugar, num breve
lance de pensamentos em relação às possíveis e até então conjecturais fontes extras de recursos
financeiros, decidiu engajar-se como um dos participantes do evento, levando adiante alguma
ação que beneficiasse a maçonaria.
Foi essa a sua melhor opção e decisiva cartada. Ele, no entanto, tinha certeza de que
não iria encontrar respaldo de muitos dos seus irmãos quanto à execução de qualquer plano
extra, pois já sabia do desânimo em que se encontrava a maioria deles. Mas pôde contar com o
patrocínio financeiro de sua empresa no custeio de todas as despesas, fator esse primordial sem
o qual não haveria possibilidade de se levar adiante plano alvissareiro como o que Lucas tinha
em mente, até porque dele não poderia haver retrocesso por causa dos compromissos em mora
da loja. Estava disposto a qualquer sacrifício para não deixar que seu mandato fracassasse,
embora ciente das dificuldades que iria enfrentar, mas animado e otimista quanto ao êxito no final
da jornada.
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E isso, de fato, aconteceu. Depois de uma semana de intensos trabalhos sob uma
tenda de aproximadamente quarenta metros quadrados, onde a atração ficou por conta do arroz
com pequi, arroz carreteiro, galinhada, frango caipira com pequi e outras tantas delícias
gastronômicas, sob a responsabilidade inicial de oito irmãos, o resultado financeiro alcançado foi
muito além das expectativas.
A alta rotatividade de consumidores registrada desde o primeiro dia, aos poucos foi
chegando ao conhecimento dos irmãos que, há princípio, não cederam seus préstimos como
auxílio à execução de toda a programação preestabelecida por não acreditarem no que se
supunha ser apenas mais um milagre, agora com outro ânimo, contagiados pelo entusiasmo dos
que tomaram a iniciativa de pôr em prática aquele evento, acabaram decidindo por suas
participações, indo ao sacrifício com suas respectivas esposas e sobrinhos, fazendo com que, ao
final, o grupo inteiro se tornasse responsável pelo alívio da situação financeira da Loja, o qual foi
colocado definitivamente em dia no mesmo evento do ano seguinte.
Para a satisfação de todos e um desencargo de consciência para Lucas, no último dia
de seu mandato, a Loja nada devia.
Esse herói merecia uma medalha!
Anestor Porfírio da Silva
M.I. e Membro da ARLS Adelino Ferreira Machado
Or. de Hidrolândia-GO
Conselheiro do Grande Oriente do Estado de Goiás.
Nota: Lucas é nome fictício.
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Ir Ronald Ventura
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Florianópolis – SC
rcventurap@terra.com.br
Da Singularidade a Estrela Flamígera.
(texto e vídeo)
Introdução:
Nossa viajem se inicia com uma gigantesca explosão, momento imediatamente seguinte a
singularidade composta por massa e densidade infinitas.
Uma viajem que convido a todos refazerem, sim refazerem porque todos nós já a fizemos
um dia.
Numa explosão germinativa, concorremos com uma imensa quantidade de participantes.
Rumo a uma vida significativa, vamos aos poucos, nos templos de nossa existência traçando
uma linha em direção a estrela flamígera.
Partimos então, da singularidade, do um, o ponto sem dimensões , com massa e energia
intensa e infinita.
De uma explosão singular passamos a nos expandir, dividindo-nos e somando-nos rumo a
forma justa e perfeita.
Nossa massa, inicialmente disforme e bruta modela-se gradativamente rumo à sua
manifestação perfeita e cúbica.
Maço e cinzel à mão operam nosso desbastar, inseridos em nosso primeiro templo, o útero
materno.
Nossa viajem iniciou-se do caos em uma frenética disputa.
4 –Da Singularidade a Estrela Flamígera
Ronald Ventura
14. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 14/30
Uma corrida com cerca de trezentos milhões de participantes.
Cada um de nós, vencedores desta intensa caminhada fomos merecedores desta verdadeira e
única medalha de ouro, o premio supremo, a vida!
Ao movimentarmo-nos deixamos nosso ponto, o um , e traçamos uma linha, o dois.
Do nada que contem o todo, com sua potencia interior, assim como o criador, principio
anterior a toda manifestação, passamos então a obreiro, nos expandindo e irradiando-nos
com nosso trabalho, sempre à partir do meio dia.
E, utilizando dos instrumentos de que dispomos, com sabedoria devemos aprender a
dominar a lei que governa todas as ações e todas as regras necessárias à pratica de toda a
arte.
Neste momento se faz presente o três, o plano aonde se manifestam as intenções que
traçamos e que, no momento em que se realizam, nos revelam a arte, o trabalho, o obreiro,
surgindo assim, a pedra cubica, o quatro.
E assim vamos construindo nossa jornada como companheiro, tendo o quatro como ponto
de partida.
O ser dos seres, o ser em si, representado pelo tetragrama que forma a palavra sagrada à
qual não posso pronunciar, insere em seus quatro ideogramas o principio gerador
masculino.
Com a aparência de uma virgula, assim como o esperma, engendra com a semelhança do
fogo realizador, manifestando-se através do artista, o obreiro, operador, gerador ou , o
criador.
Ao recebermos a luz pela primeira vez em nosso nascimento, temos uma expressiva e nítida
mensagem do criador, o fato de que Ele investiu Sua vontade e energia em nossa criação e
portanto, nada a ver com o acaso.
Tudo tem a ver com uma missão específica em nosso templo terreno, assim como um
compositor dispõe cada nota musical em sua pauta.
Tire uma nota sequer e a composição inteira é afetada.
Em nosso templo terreno, temos a missão de transformar o mundo material num vinculo de
expressão espiritual e de divindade.
Tudo tem a ver com nosso crescimento, desenvolvimento e a realização de nosso potencial.
A vida em plenitude só existe se nossa alma, nossa luz interior, estiver em harmonia e realize
sua missão.
De um sopro animador emana-se a vida que, como a luz, propaga-se através do espaço sob a
forma de uma vital irradiação.
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No universo tudo age, tudo se movimenta e, portanto tudo existe.
E, em existindo, está em permanente trabalho.
Nossas escolhas podem nos transformar em seres menos ou mais elevados, com uma vida
mais ou menos significativa.
Conclusão:
Nesta caminhada, rumo a estrela flamígera devemos extrapolar, ir além das forças oriundas
do caos, ir além do ar, da terra, do fogo e da água.
Assim sendo, galgaremos então o segundo degrau, aquele que nos eleva da condição material
a condição espiritual, simbolizada pelo brilho estrelar.
Em uma redenção, uma libertação das trevas internas o humano se resplandece como uma
estrela flamígera.
Visualize abaixo a maravilha da produção do vídeo produzida pelo Irmão Ronald Ventura, em
seu trabalho apresentado na Loja Templários da Nova Era.
Da Singularidade a Estrela
Flamigera.mp4
Visualizar
vídeo
Bibliografia:
- A Bíblia sagrada.
-Do meio dia a meia noite (João Ivo Girardi)
-Templo maçônico(Helvécio de Rezende Urbano Jr)
-Rumo a uma vida significativa(Menachen Mendell Schienerson)
-Quarta instrução de C:.M:. e seu complemento único.
16. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 16/30
Irmão Diógenes de Sínope
MM da Loja Salvador Allende
Lisboa - Portugal
PONTES PARA O SAGRADO
Segundo J. Habermas o conundrum da filosofia moderna, depois da velhíssima
oposição/tensão entre o Ideal e o Real, consiste na transformação da razão pura em razão
situada ou contextualizada, vale dizer…quando e como se desvanecem os traços da razão
transcendental nas areias do contextualismo…?
Ora, pegando nesta reflexão de Habermas resolvi entrar nos corredores da análise
psíquica, à qual Carl Gustave Jung se dedicou sem um propósito ou contexto marcadamente
maçónico. E faço-o porquê? Porque não conheço mente tão esclarecida a dissecar as avenidas
do espiritualismo e do seu correlato que é a evidência física. Essencialmente, fui buscar auxílio
a uma magnífica obra literária de Jean-Luc Maxence que se intitula: “Jung est L’Avenir de la
Franc-Maçonerie”
Traduzir numa Prancha o pensamento de um dos maiores vultos da Psicologia Analítica
do Séc. XIX/XX é tarefa arriscada, quer pelo muito que vai ficar de fora quer porque quando se
resume deforma-se, porém, quão aliciante é expressar pistas que posteriormente os
MM.’.QQ.’.IIr.’. poderão aprofundar. E, compará-lo à praxis maçónica ainda será mais
complicado pois C. Jung nunca se adornou com um avental embora seu Avô e Pai tenham sido
maçons confirmados (uma história curiosa revelada pela imprensa dos mexericos sociais da
época foi que Jung seria neto bastardo de Goethe-também maçon- que teve uma relação extra
conjugal com a Avó de Jung). O que é certo e documentado é que este excepcional profano,
embora nunca o tivesse citado expressamente, foi buscar à metodologia maçónica, alquímica e
hermética muitos dos fundamentos da sua obra como fundador da Psicologia Analítica.
Com efeito, vou aqui expor-vos o quão idênticos são o seu Processo de Individuação e
a Iniciação Maçónica, ou seja, ambos vão às profundezas do Si-mesmo para melhor
compreenderem os Outros e o Universo.
A prática do individualismo levou C. Jung a um conceito mais alargado pois considerava
que o egocentrismo tornava consciente o inconsciente com animosidade pensando ele que
todo este processo deveria acontecer em harmonia e por etapas. Para tal estudo começou por
utilizar as principais ferramentas da maçonaria indo aos mitos, ritos e símbolos considerando-
os os arquétipos arcaicos do pensamento humano e sendo os modos de expressão mais
comuns em toda a humanidade.
Como Psiquiatra cedo descobriu que muitos dos comportamentos ditos anormais
revelavam, quando analisados, esconder uma significação simbólica e isso levou-o a pesquisar
o inconsciente colectivo seguindo o mesmo caminho da interpretação das ferramentas
simbólicas pois considerava que libertarmos os demónios de nós próprios conduziria a um
bem-estar colectivo. Considerava ele que era estreita a passagem do interior para o exterior ou
do essencial para a aparência. Para ele, cada homem deseja ardentemente renascer para
estar pronto e preparado para outro mundo, ou seja, todos temos um pouco de Osíris
acreditando que somos capazes de reunir o que está esparso, e o ciclo calvário-morte-
5 – Pontes para o Sagrado
Diógenes de Sínope
17. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 17/30
ressurreição será doravante a base do seu Processo de Individuação, aliás e exactamente o
percurso de qualquer um que tenha batido à porta da maçonaria para se Iniciar.
Partindo do princípio que o real supera sempre a ficção chegou à conclusão que explorar
o que fervilha no inconsciente poderia ser a bússola para a existência constituindo este
processo uma espécie de ponte levadiça em direcção ao sagrado, quer o litúrgico quer o laico,
isto é, conhecendo a face obscura da sua própria alma seria o melhor treino para se relacionar
com as outras almas e assim chegar à compreensão do universo no seu todo. Ora, é irresistível
estabelecer a comparação entre este método e o que define o Iniciático que procura
exactamente o mesmo. E para reunir o que está esparso não se deve fazê-lo a eito, antes se
deve procurar um itinerário onde se consiga obter a resposta sobre se a existência pré-existe à
nossa vinda ao mundo ou se a nossa pulsão de vida é o resultado da nossa interacção com
esse mesmo mundo, ou seja, será deus o Si-mesmo escondido que nos criou ou somos nós os
criadores do nosso Si-mesmo a partir dos outros? Além da interpretação dos símbolos Jung
recorreu à noção essencial da alquimia na qual a verdadeira intenção da pedra filosofal não era
transformar os metais em ouro mas o de aproximarmo-nos da chave explicativa do cosmos
purificando-nos e regenerando-nos. Foi também ao hermetismo estudar e compreender a teoria
das correspondências e dos sincronismos tendo como intuito, numa sequência própria, lógica,
de graus e qualidades, obter a transformação espiritual e simbólica-exactamente como
pretende qualquer Iniciado.
Jean de La Croix, místico e tenebroso, deixou escrito: se queremos chegar a onde não
sabemos, é necessário passarmos por onde não conhecemos. Foi o que C. Jung fez na
procura holística da interioridade propondo-nos partir à descoberta da nossa própria alma.
Sabia ele que os símbolos colectivos (imagens religiosas por exemplo) são
representações que emanaram dos sonhos e da imaginação dos primevos unindo os contrários
para criarem uma comunicação de modo a que as gerações sucessivas se tornassem
inseparáveis, e ao convidar-nos a aproximarmo-nos do Si-mesmo fez o mesmo que nas
aventuras iniciáticas, segundo Mirceia Eliade, em que se pretendia uma mutação ontológica do
regímen existencial. Sim, aquele que nasce deve morrer para renascer, e todo este processo
só será compreendido na plenitude se, por um lado acendermos a lanterna no lado escuro da
nossa alma pesquizando o inconsciente, e por outro permanecermos na sabedoria do eterno
aprendiz que procura a luz até ao último suspiro.
Mirceia Eliade tinha razão quando postulou que os 3 Mestres do Reducionismo deram
uma grande machadada na ideia do sagrado pois tanto S. Freud (ao reduzir as raízes múltiplas
da humanidade à sexualidade infantil), como C. Marx (ao reduzir as origens da humanidade a
um plano económico) ou como F. Nietzsche (ao decidir-se pelo anúncio imperativo da morte de
deus) levaram a que C. Jung se decidisse por uma nova via progressiva da transformação do
Si-mesmo em relação ao Outro, e se o analisado mergulha no inconsciente é na Iniciação que
o profano se torna aprendiz para dominar o manejo das ferramentas que transfiguram a pedra
bruta (o si-mesmo) em pedra filosofal (o sagrado).
Se a Iniciação permite uma união sagrada com o cosmos, vale dizer que os filhos da luz
com os seus ritos e símbolos abrem ao neófito um longo processo de transformação individual
(que começa pela introspecção do Si-mesmo), então, somos levados a pensar que o Processo
de Individuação de C. Jung permite uma aproximação lógica aos mistérios e ritos arcaicos do
Si-mesmo pesquizando no inconsciente os arquétipos expressados nos pensamentos
mitológicos comuns a toda a humanidade, quer dizer, um grande número de imagens
primordiais respondem, correspondem e são derivadas das observações muitas vezes
repetidas encerrando os temas da humanidade (e um desses temas mais significativos é,
precisamente, o do nascimento-morte-ressurreição).
Para o filósofo invisível (pronuncia-se René Guénon) toda a postura iniciática visa um
melhor conhecimento de Si-mesmo tentando-se revelar o sentido oculto do mundo e dos seus
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ciclos que poderá ser interpretado como uma espécie de libertação metafisica da humanidade
cabendo à Individuação ser o processo pelo qual um Ser se torna num indivíduo psicológico,
isto é, uma unidade autónoma e singular, melhor dizendo, a unicidade mais íntima que não é o
mesmo que a tomada de consciência do Eu (este resulta no egocentrismo ou auto-erotismo por
não incluir a relação com os Outros e o universo).
Cada indivíduo tem dois elos com o mundo que são a percepção e a projecção, e é o
Processo de Individuação que permite ter uma visão de grande angular do seu potencial
evolutivo, e esta visão ajuda a discernir o fio oculto a ligar o real, o imaginário e o simbólico que
por sua vez contam com as percepções e projecções passadas e futuras. Já a Via iniciática
permite o acesso ao conhecimento através de um caminho balizado por símbolos, ou seja,
ambos são uma espécie de viagem ao deserto do Si-mesmo.
Se o Si-mesmo é o arquétipo da ordem interna que coordena os vários componentes
psíquicos não estaremos muito longe da verdade se o compararmos ao G.’.A.’.D.’.U.’.?
Vejamos: o templo iniciático com todos os símbolos e seus pares contrários busca, por etapas,
um elo que os una e se torne compreensível aos Outros e ao Cosmos, ora, é muito diferente
desse centro intuitivo da personalidade que tudo relaciona e ordena para nos tornarmos no que
realmente somos? G.’A.’.D.’.U.’. e Si-mesmo- que reflexão!!!
Na verdade não se trata de saber se a Individuação é uma Iniciação ou se esta é um
Processo de Individuação, trata-se apenas de reconhecer que estas duas posturas evocam um
método de regeneração do indivíduo a partir de uma tomada de consciência dos seus
comportamentos pulsionais e sociais para que a renovação e a conversão do Ser seja
constante.
O que acontece é que quando o profano pede para ser iniciado ou o indivíduo para se
conhecer a si próprio estão a fazê-lo em nome de um sentimento de incompletude e de
inacabado diante do esconderijo que é estar no mundo. Reconhecendo aquilo que se vive por
meio daquilo que se entrega é mesmo uma superação pois ao conhecermos o nosso Si-mesmo
pela conjugação dos opostos tornamo-nos numa pedra sólida da construção social.
Para C. Jung, as bases da exploração espiritual em busca de um sentido integral da vida
são o Processo de Individuação, a Vida Iniciática e a Alquimia que têm em comum serem
experiências específicas para a transformação da pessoa, melhor dizendo, o 1ª rebuscando o
inconsciente colectivo, a 2ª desvendando ferramentas simbólicas e a última reconciliando a
dualidade. Todos eles não conseguem exprimir estas transformações em língua profana, logo,
tendo que se aprender um novo tipo de comunicação seguindo ritos, símbolos figurativos e
enigmas que são os herdeiros de mais de 30 Séculos da praxis em busca da eternidade.
Com efeito, o grande segredo é que não existe segredo depois de abertas as portas do
templo que delimita o sagrado e assim, reflectir não é uma profissão de fé nem um manifesto
partidário mas apenas uma espécie de panaceia para a desorientação da visão do mundo.
Tornarmo-nos no que somos como propõem C. Jung e a Via Iniciática. E se somos
maus devemos superar-nos ou rectificar o que tem que ser, que pode ser, no caso do Neófito,
despojar-se dos metais e na Individuação que se deixe de lado a máscara sociocultural
(persona-per sonare-porta-voz). É bom não esquecer que persona é a nossa identidade
aparente tornando-se um reflexo falso ou escudo social do verdadeiro Si-mesmo, ou seja, uma
construção de superfície que resulta do compromisso entre a sociedade e o indivíduo e que,
em cuja constituição participam bem mais os outros que o próprio. É de salientar que o
Processo de Individuação não tem como missão destruir esta máscara nem nega-la, mas
apenas tomar consciência dela rectificando-a para se renascer mais verdadeiro e mais ele
próprio, tal e qual o Iniciado que chega à porta do Templo e procura a Luz.
Abrirmo-nos a uma verdade bem maior do que nós próprios é uma profunda necessidade
em que a reconciliação dos contrários (baseada no inconsciente, no estudo dos símbolos ou
nos veículos universais dos ensinamentos e sabedoria) incentiva as transformações com o fim
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de se reunir, não só o que está disperso mas também o que é oposto. É esta a definição da
unidade primordial contra a destruição do Eu.
Todas as pontes do espirito em direcção ao sagrado (bem expressas na epopeia de
Gilgamesh, Tao, Upnishadas, Vedas, Evangelhos, Epístolas, Dante ou Fausto) são a
experiência do Si-mesmo que é capaz de tudo (inclusive vender a alma ao mafarrico) para
atingir a gnose absoluta. A confrontação entre Fausto e Mefistófeles está representada em
cada um de nós como uma sombra que envenena o homem no caminho para Si-mesmo, logo,
todo o profano que vem ao Templo pedir a Luz tem tanto de um como do outro (bem evidente
neste pavimento mosaico que pisamos) e esta odisseia que vai do esfacelamento à unidade ou
do Eu ao Si-mesmo tem como objectivo abrir em si espaços interiores para que sejamos livres
e em harmonia com os Outros e o Universo permitindo que o retorno à origem seja seguido de
um renascimento que não seja em vão.
Hesitação do consciente até a tingir a Luz, espiritualização da matéria, dar relevo ao
mundo invisível que nos rodeia, separação, passagem, interacção, continuum da existência-
sejam quais forem os nomes do ternário da existência (que só as sociedades ditas secretas
salvaguardaram sob a forma de mistérios, ritos e símbolos) apenas podemos saber que do divã
ao Templo só iluminando-nos saímos das trevas.
Animus/Anima, Sol/Lua, Yin/Yan, Eros/Logos, Dia/Noite ou Vida/Morte serão sempre
dualismos em que a sombra é uma linguagem figurada pelas suas mentiras e a luz
esclarecedora, mas nunca irreconciliáveis pois devolver o inconsciente ao consciente
(Individuação) ou revelar a dimensão simbólica (Iniciação) são acções difíceis mas exequíveis.
C. Jung considerava um fracasso toda a busca iniciática do tipo maçónico por a
considerar redutora, mas o que ele não conseguiu ocultar foi que a raiz do seu Processo de
Individuação foi buscá-la ao Caminho Iniciático (significação dos números, conjugação dos
contrários, matéria/espirito, desmembramento/dissolução/regeneração. Façamos o que
podemos fazer que é interpretar os símbolos e que é o mesmo que dizer analisemos o
inconsciente para reunir em vez de dissociar. Não nos enganemos com a aparente diferença
entre epistemologia e mitos fundadores pois ambos representam as pontes para o sagrado
(laico ou religiosos, tanto faz).
A necessidade imperativa do inconsciente colectivo não está longe das cerimónias
iniciáticas das civilizações antigas, só é preciso sincronizá-las porque como muito bem
escreveu Luiz Vaz de Camões: todo o mundo é composto de mudança, ou seja, tornarmo-nos
naquilo que somos começando por deixar de ser o que somos como bem marcou Mestre
Eckart.
Ir.’. Diógenes de Sínope M.’.M.’.
R.’.L.’. Salvador Allende
G.’.O.’.L.’.
Bibliographia
-Jean-Luc Maxence – « Jung est L’Avenir de la Franc-Maçonnerie »
-René Guénon – « Consideraciones sobre la Iniciación »
-Jules Boucher – “La Symbolique Maçonnique”
-Marie Delclos, Jean-Luc Caradeau – « Les Symboles Maçonniques Éclairés par Leurs Sources Anciennes »
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Ir Rogério Vaz de Oliveira
MM da Loja Estrela do Sul, nr. 84 –
Bagé-GOB/RS
Comunicador Social e Historiador
rvazbr@hotmail.com
www.facebook.com/rogerio.vazdeoliveira.1
Enfim, chegaram às férias!
No princípio, Deus criou os céus e a terra e nos seis dias seguintes teve muito trabalho para
criar o nosso mundo. Tendo tudo feito no sétimo dia, descansou! Se até Deus descansou, que
sobra a nós, reles mortais? As férias!
Curiosamente a palavra férias, em português, e vacation, em inglês originam-se do latim,
porém as palavras de que derivam são diferentes. Os Romanos tinham a feriae que eram os dias
em que não trabalhavam por razões religiosas e era nessas ocasiões que as pessoas aproveitavam
6 – Enfim, chegaram as férias!
Rogério Vaz de Oliveira
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para fazer negócios (iam à feira). Vacation vem de vacationem que significa lazer ou folga do
trabalho, que por sua vez deriva de vacare = vazio, livre.
Assim como hoje, naquela época (século III), os dias da semana eram sete e tinham a
palavra “feria” acompanhada do seu nome: “Prima feria, Secunda feria, Tertia feria, Quarta
feria, Quinta feria, Sexta feria e Septima feria”.
Mais tarde, “Prima feria” recebeu o nome de “Dominiciues dies”, ou seja, Dia do Senhor,
o nosso conhecido Domingo, e “Septima feria” transformou-se em “Shabat”, significa
"descanso," "cessação," ou "interrupção", e é o sétimo dia da semana dedicado à oração e ao
descanso, pois segundo a tradição hebraica Deus descansou no sétimo dia após completar a
criação do universo (Gênesis 2:1-3), para nós o Sábado, do futebol, do churrasco e da cerveja!
Tirar umas férias é o desejo de todo o trabalhador, que durante um ano suou, enfrentou
crises, desafios, metas e mudanças, e depois de toda esta tempestade laborativa, enfim o merecido
descanso.
Há quem almeje férias eternas, a beira do mar ou no local de seus sonhos, seja campo ou
cidade! Claramente uma utopia, nascemos seres inquietos e logo teremos novas rotinas; para mim
basta uma semana, que o não trabalhar, o não fazer algo já se tornam uma verdadeira tortura. Sou
adepto do Ócio Produtivo, onde Domenico de Masi teorizou:
"Aquele que é mestre na arte de viver faz pouca distinção entre o
seu trabalho e o tempo livre, e distingue uma coisa da outra com
dificuldade. Almeja, simplesmente, a excelência em qualquer coisa
que faça, deixando aos demais a tarefa de decidir se está
trabalhando ou se divertindo."
Na Maçonaria fala-se em férias maçônicas, mas é possível suspender por determinado
tempo nossa ânsia em erguer templos à virtude, praticar a fraternidade, sermos solidários com
todos que nos cercam? No meu entender, não há como simplesmente acionar um botão, On
(Maçom Ativo) – Off (Maçom em férias).
Este texto é uma prova da minha inquietude como maçom, mesmo estando em “férias”, não
deixo de ler, de entender ou aprender Maçonaria, é uma prática constante. Como irei tirar férias de
algo que gosto e me dá prazer?
Outro dia, em uma roda de bate papo com irmãos de minha Loja, fizeram-me a seguinte
pergunta: - Que tempo eu dedicava aos estudos da maçonaria. Respondi que era diário, pois creio
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que ser maçom é vigiar nossos atos e comportamentos, é buscar a prática do bem, cultivar a
verdade e conhecer a importância das virtudes.
E para que possa entender tudo isso, adquiri o hábito da leitura; sou leitor de tudo que
estiver ao alcance do olhar, de bula de remédio à um tratado de filosofia, é o meu prazer diário,
tanto que minha inspiração vem do pensamento de André Maurois - “leitura de um bom livro é
um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde”.
Voltando sobre a interrupção dos trabalhos maçônicos. A constituição do Grande Oriente
do Brasil, em seu Art. 135, explicita que as férias maçônicas ocorrem no período de vinte e um de
dezembro a vinte de janeiro do ano seguinte e optativamente, a critério das Lojas, no mês de junho
ou julho.
Esta prática é bem recente, lendo um artigo do Irmão José Castellani, ele cita o caso da Loja
Loja Amizade, de São Paulo, onde dois padres, Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade e José
Joaquim dos Quadros Leite, foram iniciados a 25 de dezembro de 1832 e no dia 30 de dezembro
outro padre foi iniciado. Para ilustrar que não havia interrupções nos trabalhos das Lojas, ainda do
artigo do Castellani, diz que no dia 31 de dezembro de 1914, a Loja Monte Líbano, de São Paulo,
realizava uma sessão magna para iniciação de Júlio dos Santos Martins, português, agente
comercial.
Ainda sobre o artigo, o Ir Castellani discorda desta prática que considerava esdrúxula,
porque o trabalho maçônico é constante e ininterrupto, como o de outras entidades filosóficas,
iniciáticas, assistenciais e de aperfeiçoamento do homem (seria, realmente, cômico, se a Igreja,
por exemplo, entrasse em férias).
A evolução da humanidade foi marcada por quebras de paradigmas, causando rupturas e
cisões; a maçonaria como uma Instituição que congrega em seu meio pessoas que representam o
pensamento de diversas correntes, não poderia ocorrer de forma diferente, ela vai modificando e
se adaptando as novas formas de viver. Ao primeiro momento são assustadoras e causam grande
furor, mas com o tempo a poeira vai baixando e a normalidade retorna.
Ainda veremos muitas modificações e evoluções. Enquanto elas não chegam...desejo boas
férias.
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville
26/01/1983 Humânitas Joinville
31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e
Fraternidade do Mercosul Ir
Hamilton Savi nr. 70
Florianópolis (só trabalha no
recesso maçônico)
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá
18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mêses de janeiro e fevereiro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis
14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
Associação de Médicos Maçons
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INVITO INSTALLAZIONE E 50°
FONDAZIONE
Recebido do
Carissimo Fratello Matteo Maglia,
Maestro Venerabile
RL Acacia, 669
Roma:
A:.G:.D:.G:.A:.D:.U:.
Massoneria Universale
Comunione Italiana
Grande Oriente d'Italia
Palazzo Giustiniani
Fratello carissimo,
nel quadro degli eventi celebrativi previsti per la ricorrenza del
Cinquantesimo Anniversario della fondazione della R:. Loggia Acacia n.
669 Or:. Roma,
ho l'onore ed il piacere di trasmetterTi - in allegato - l'invito alla
Cerimonia d'Installazione delle Cariche per l'A:.M:. 2017 E:.V:.,
che avrà luogo domenica 15 gennaio 2017 alle ore 11:00 presso il
Tempio di Casa Nathan.
Sarò assai lieto di riceverTi in tale circostanza e dell'eventuale Tua
estensione discrezionale del presente invito anche ad altri Ffrr:.
Col mio triplice saluto rituale,
Fr:. Matteo Maglia
Maestro Venerabile
R:.L:. Acacia 669 Or:. Roma
Invito Install Light 2017.pdf
26. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 26/30
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 10 de janeiro:
O Fogo
O fogo é a prova mais difícil que um candidato enfrenta durante a sua iniciação.
Símbolo de purificação, oposto ao da água, o fogo destrói, suprime e aniquila,
reduzindo tudo a cinzas.
Embora constitua uma prova simbólica, o iniciando passa "muito perto" do calor e da
luz emanados pelo fogo.
Em nosso quotidiano, luta-se constantemente pela sobrevivência enfrentando
obstáculos.
Inexiste uma classificação a respeito dos obstáculos, mas cada maçom sabe,
perfeitamente, quais os mais ingentes, os mais simples e os quase intransponíveis.
A iniciação objetiva a preparação para esse enfrentamento permanente; somente os
privilegiados de berço de destino ou de prêmio é que não são atingidos pelos
elementos da natureza.
Os maçons, seres comuns, são perseguidos pelo infortúnio, uma vez que o "tentador"
os seleciona para, como sucedeu a Jó, prová-los.
A prova de fogo premia o vencedor com a incolumidade vitoriosa e isso nos serve de
alerta; o maçom vencerá todos os obstáculos, uma vez que deu prova disso na
iniciação.
Não se esqueça de que já foi provado e considerado limpo e puro.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 29.
27. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 27/30
This is a beautiful hand-made set of Masonic Officer Station Gavels. They are made of rosewood and inlaid
with ash depicting the symbols of each office... Worshipful Master, Senior Warden and Junior Warden.
Foto de uma Loja em New Jersey e jogo de malhetes feito à mão.
28. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 28/30
(pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos - fontes: Google)
1 – AM Fotos e história...
AM-Fotos_e_historia-Brasil-Sao_Paulo-1889-1976-deAntigamente.ppsx
2 – As Sete Maravilhas do Mundo:
AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO.pps
3 – Cidades Perdidas:
Ciudades Perdidas.pps
4 – Coral Superm:
Coral Superm.mp4
5 – Fotos antigas dos Estados Unidos:
Fotos antigas nos Estados Unidos.pps
6 – Itália linda!:
Itália linda.ppsx
7 - Filme do dia: “Charlie Chaplin” –
https://www.youtube.com/watch?v=QCtOnlUjd_k
29. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 29/30
Ir Raimundo Augusto Corado - CIM 183.481
MI e Deputado Federal pela Loja Templo de Salomão nº 2737
Membro das Lojas União e Trabalho Mimosense nr. 3.170 e
Irmão Paulo Roberto Machado nr. 3.182
Barreiras – GOB/BA. – escreve às terças e quintas
raimundoaugusto.corado@gmail.com
A IRA1
“algo que exige provocação”.
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 05 de dezembro de 2012.
A raiva nos tira o equilíbrio;
Leva consigo a noção de tudo;
Deixa a sensação de ter perdido;
E os traços é de um desnudo.
A raiva nos conduz à loucura;
Ao desatino e aos crimes;
É algo que nos invade e nos tortura;
Que agride, pressiona e comprime.
1
Este soneto serve para lembrar que os piores acontecimentos em nossas vidas aconteceram nos momentos de Raiva ou
mesmo Ira, o que, de certa forma acaba servindo de retrovisor e refletindo sobres nós mesmos, que no vão pensamento de
estar atingindo a alguém, a algum dos nossos desafetos, ainda que momentâneos, estamos na verdade causando mal a nós
mesmos, a ponto de ter sofrimento duradouro ou mesmo intermináveis. A experiência nos mostra isso com clareza. Por tudo
isso, procure não se zangar, mesmo que isso custe algumas perdas.
30. JB News – Informativo nr. 2.294 – Florianópolis (SC), terça-feira, 10 de janeiro de 2017 Pág. 30/30
É sentimento perverso;
Que às vezes sinto confesso;
E não consigo controlar.
Quisera eu oh! Santo Deus;
Obedecer aos preceitos Teus;
E ser capaz de não me zangar.