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FACULDADE DE TECNOLOGIA E ENGENHARIA SÃO JUDAS TADEU
ENGENHARIA MECÂNICA
INTRODUÇÃO A ENGENHARIA
FELIPE DE L. COSTA
IVANILDO PASSOS
JEAN C. DA SILVA
JORGE P. C. SOBRINHO
LEANDRO L. DE GOIS
LUCAS SERRA
MÁRCIO R. DA SILVA
RENATO DOS SANTOS
GUGLIELMO MARCONI – O PAI DO RÁDIO
SÃO PAULO
2012
FELIPE DE L. COSTA
IVANILDO PASSOS
JEAN C. DA SILVA
JORGE P. C. SOBRINHO
LEANDRO L. DE GOIS
LUCAS SERRA
MÁRCIO R. DA SILVA
RENATO DOS SANTOS
GUGLIELMO MARCONI – O PAI DO RÁDIO
Monografia apresentada a Faculdade de
Tecnologia e Engenharia São Judas Tadeu -
São Paulo, dentro do Curso de Engenharia
Mecânica como requisito da disciplina de
Introdução à Engenharia.
Orientador: Selmo Bernardo Torquetto
SÃO PAULO
2012
¶
ERRATA
Folha Linha Onde se lê Leia-se
Aos membros do grupo
pela dedicação e a Marconi
que nunca desistiu de seu objetivo.
AGRADECIMENTOS
¶
¶
Aos que colaboraram na elaboração deste trabalho, às dificuldades que
virão e nos tornarão mais fortes neste processo e acima de tudo aos que não
desistem perante as dificuldades.
“Eppur si muove! – No entanto ela se move”.
Galileo Galilei
RESUMO
Era uma época de grande excitação e grandes descobertas. A eletricidade
começava a ganhar forma nas garrafas de Leiden em 1745. Sete anos depois
Benjamin Franklin consegue demonstrar que a eletricidade está relacionada com os
relâmpagos, apenas com uma chave, uma linha e uma pipa. Em pouco templo Volta
inventa a bateria elétrica, quase que simultaneamente na Dinamarca, Oersted
descobre que a eletricidade e o magnetismo estão intimamente relacionados, sendo
seu trabalho posteriormente desenvolvido por Ampere. Em 1825 Sir. Willian
Sturgeon descobre o eletromagnetismo, desenvolvido nos EUA por Joseph Henry,
em 1831 Michael Faraday descobre o eletromagnetismo, através do conhecimento
de que o magnetismo também produz eletricidade, assim inventa a bobina de
indução. Em 1837, a partir das descobertas de Oersted, Charles Wheatstone e
Willian Cooke criam o telégrafo elétrico, movido a agulha, o quem possibilita que em
1943 Samuel Morse utilizando um eletromagneto transmita a primeira mensagem
através de um fio de telégrafo. Em 1866, o cabo que atravessa o Atlântico do novo
mundo a Inglaterra é finalmente completado, em 1973 James Clark Maxwell com as
teorias de Faraday, prova matematicamente a existência de ondas elétricas, que
assumem a forma de uma vibração invisível e se movimentam a velocidade da luz,
essas ondas são futuramente chamadas de “ondas hertzianas”. Em 25 de abril de
1874, nasce Guglielmo Marconi, na cidade de Bolonha, Itália, o qual encerra no fim
da sua vida a época de ouro dos grandes descobridores, e que falaremos um pouco
neste trabalho.
Palavras-chave: eletromagnetismo, eletricidade, ondas hertzianas
SUMÁRIO
¶
INTRODUÇÃO 10
1. A INFÂNCIA DE GUGLIELMO MARCONI 11
2 A INICIAÇÃO DE GUGLIELMO 13
3 LIÇÕES SOBRE ELETRICIDADE 14
4. GUGLIELMO E A UNIVERSIDADE 16
5. O INÍCIO DA COMUNICAÇÃO 17
6 DESCOBRINDO O CÓDIGO MORSE E AS ONDAS HERTZIANAS 18
7. UMA INTRODUÇÃO AO ELETROMAGNETISMO E A FARADAY 20
8. UTILIZANDO OS EXPERIMENTOS DE HERTZ 22
9 O COMEÇO DA EXPERIMENTAÇÃO 23
10 NASCE A RADIOTELEGRAFIA 27
11. GUGLIELMO DEMONSTRA O SEU EXPERIMENTO 28
12. O RÁDIO TRANSFORMA O MUNDO 30
13. A SEMENTE DE MARCONI 33
CONCLUSÃO 34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35
ANEXOS 36
10
INTRODUÇÃO
¶
¶
Neste trabalho apresentaremos a história de vida de Guglielmo Marconi.
Demonstraremos as influências que o levou a seguir o caminho da descoberta do
rádio, as dificuldades que encontrou na infância, seus amores, quem foram às
pessoas e descobertas que o inspiraram e como demonstrou que a observação,
persistência e dedicação fizeram um garoto desacreditado por todos se tornar,
Guglielmo Marconi, o pai do rádio.
¶
11
1. A INFÂNCIA DE GUGLIELMO MARCONI
Guglielmo Marconi nasceu em 25 de abril de 1874, de mãe irlandesa e pai
italiano, na cidade de Bolonha.
Mas foi criado na propriedade rural de seu pai nas montanhas, a 17
quilômetros de Bolonha. Ali, na casa conhecida como Villa Griffone, ele iniciou o que
viria a ser o trabalho de sua vida.
O pai de Guglielmo, Giuseppe, herdara a Vila Griffone e a propriedade onde
ela estava localizada de seu pai.
Já estava com 50 anos quando Guglielmo nasceu. A casa ficava no alto de
uma colina que dominava o vilarejo de Pontecchio.
Campos desciam pelos flancos da montanha até uma planície fértil, além da
qual se erguiam as escarpas dos montes Apeninos, que percorrem a Itália de cima a
baixo como uma coluna dorsal. Atrás da casa, do outro lado da montanha,
estendiam-se os vinhedos.
A mãe de Guglielmo, Annie, dezessete anos mais nova que o marido,
inquietava-se quando se via obrigada a passar o ano inteiro na propriedade e
aproveitava qualquer oportunidade para viajar. Grande parte da sua infância
Guglielmo passou viajando com a mãe.
Durante o inverno, Annie sempre levava Guglielmo e seu irmão Alfonso, nove
anos mais velho, para o sul.
Annie gostava particularmente do porto de Livorno, na costa oeste da Itália.
Livorno era o principal porto da Itália central. Ali estava instalada uma academia da
Marinha real italiana, a Regia Marina.
O amor de Guglielmo pelo mar o acompanhou por toda a sua vida: o mar se
tornaria seu maior laboratório de radiotelegrafia e seu ultimo refúgio. Descobrir um
meio de comunicação para os homens do mar tornou-se sua maior ambição.
O pai de Guglielmo, Giuseppe, queria que o filho estudasse para entrar na
Academia Naval e se tornasse oficial da Marinha. Chegou a comprar para Guglielmo
um pequeno bote - um dinheiro muito bem empregado. O menino aprendeu a
navegar no pequeno barco, e adorava exibi-lo no porto.
12
Mas a ambição do pai ver o filho na Academia Naval foi frustrada por um lado
da natureza de Guglielmo.
Tanto quanto amava o mar, Marconi odiava os trabalhos escolares. Nunca
perdeu tempo com coisas que não o interessassem.
Guglielmo recebeu sua educação primária em casa, na Villa Griffone, em
Livorno e em Florença. Seu pai contratou um mestre-escola para lhe dar uma boa
educação durante as infindáveis viagens entre Villa Griffone e a estação balneária
onde a família passava o inverno, era um aluno difícil, não gostava de fazer as
tarefas que o professor lhe passava e constantemente se desligava das lições,
absorto em coisas que julgavam mais importantes.
Sua primeira experiência com a escola formal, aos 12 anos, não foi melhor.
Foi em Florença. Os outros garotos o achavam reservado e sentiam-se
constrangidos diante de suas maneiras de estrangeiro. Os professores o julgavam
atrasado nos estudos e inacessível: ele vivia com dificuldades por causa de seu mau
desempenho escolar.
No entanto, foi em Florença que Guglielmo fez a amizade mais importante de
sua vida. Luigi Solari era um dos alunos mais velhos. A amizade dos dois garotos
duraria a vida toda. Luigi Solare ajudaria Marconi durante as várias fases críticas de
seu trabalho e estaria ao lado dele, cinqüenta anos depois, por ocasião de sua morte.
13
2 A INICIAÇÃO DE GUGLIELMO
Apesar de estar sempre atrasado na escola, nunca faltou ao jovem Marconi
interesse pelas coisas que julgava importantes. Desde muito pequeno, gostava de
se refugiar na biblioteca do pai, onde se deixava levar pelos livros, fascinado pela
história da Grécia antiga e por seus mitos.
Quando cresceu, as histórias e lições dos cientistas atraíram toda sua
atenção. Desde criança, quando tentava consertar seus primeiros brinquedos,
Guglielmo Marconi sempre tivera curiosidade de descobrir como as coisas se
encaixam. Até os 10 anos, vivia tentando montar algum aparelho sobre o qual tinha
lido.
Pouco tempo depois, em Livorno, Guglielmo e um amigo ergueram uma
engenhoca de zinco de forma pontiaguda no telhado e a ligaram a uma campainha
elétrica que havia dentro da casa. A idéia era captar na "lança" a eletricidade de uma
tempestade, que então correria pelo fio e faria soar a campainha. Dias de desespero
se passaram, com os dois meninos rezando por um dia de mau tempo. E, quando
finalmente um raio cortou o céu, a campainha soou.
No inverno de 1887 entrou no Instituto Técnico de Livorno. Mas, no Instituto
Técnico, entrou em contato com um mundo que acabaria por seduzi-lo, estimulando
sua inteligência inquieta e curiosa.
Ali ele começou a estudar Física e Química. Em poucos dias, estava
totalmente mergulhado no assunto. Ali encontrou o foco que lhe faltara em todos
aqueles anos de brincadeiras científicas. Ali, estudando o mundo natural - do que
era feito e que forças atuavam nele - as lições no instituto não eram suficientes para
satisfazer a curiosidade do filho.
14
3 LIÇÕES SOBRE ELETRICIDADE
A princípio Guglielmo lia tudo o que pudesse encontrar sobre a nova ciência
da eletricidade. Em grandes compêndios, estudava os conhecimentos dos
primórdios da ciência: como os gregos descobriram que o âmbar, quando friccionado
com uma pele, atraía objetos leves. Eles acreditavam que isso acontecia por que o
âmbar produzia um fluido invisivel. Davam ao âmbar o nome de elektron - de onde
se originou a palavra "eletricidade".
Os antigos tinham feito outras observações, cujos primeiros registros datam
do ano 2600 a.C., na China. Eles conheciam, por exemplo, magnetos naturais -
fragmentos de minério capazes de atrair outros metais.
O fato mais intrigante era que, se não houvesse interferência, eles sempre
assumiam uma posição que apontava para o norte. Por isso os ingleses lhe deram o
nome de lodestone (imã), que significa leading stone (pedra-guia). Através de
leituras, ele ficou sabendo como os antigos aplicaram esse conhecimento nas
bússolas usadas para a navegação e tomou conhecimento das sistemáticas
pesquisas realizadas nos ultimos trezentos anos. Um a um, fatos importantes tinham
sido descobertos por diferentes pesquisadores.
Folheando aqueles livros, Marconi acompanhou a trajetória do conhecimento
através dos séculos, maravilhado com a engenhosidade daqueles cientistas que, de
observação em observação, de experiência em experiência, tinham construido o
conhecimento desde o início dos tempos.
Esses pesquisadores descobriram que existiam muitas substancias que,
friccionadas, tinham a capacidade de atrair objetos leves. Pedras, vidro, resinas,
fósseis - bastava esfregá-los com um pedaço de pele ou tecido e eles atraíam
penas, papel...
O mais fascinante era que essa força miteriosa podia passar de um objeto
para outro. Às vezes, ela saltava no ar como uma faísca. Conseguia passar
facilmente através de alguma substância, como metal ou água, mas não de outras,
como a seda, o vidro ou o ar. No começo do século 18, um cientista conseguiu
conduzir a eletricidadeem volta de seu jardim, usando fios trançados cobertos por
uma tira de seda.
15
Mais tarde, em 1752, o herói de Guglielmo Marconi, Benjamin Franklin,
mostrou que essa eletricidade era apenas uma pequena parte da violenta descarga
dos raios que cortavam o céu.
Com grande entusiasmo, Guglielmo Marconi descobriu que o salto seguinte
no conhecimento científico tinha acontecido graças ao trabalho de dois de seus
conterrâneos. Em 1800, um cientista italiano, Alessandor Volta, tinha inventado
a bateria elétrica. Tudo começou em 1786, quando Luigi Galvani, um cientosta da
Universidade de Bolonha, percebeu que a perna de uma rã morta tremia quando
tocada ao mesmo tempo por dois fios - um de cobre e outro de zinco.
Alguns anos se passaram antes que Volta percebesse o que isso realmente
significava - que dois metais diferentes, separados por qualquer substância úmida,
produziam um fluxo contínuo de energia, que chamamos "corrente elétrica".
A princípio, Volta utilizou uma folha de papel molhada presa entre duas
placas de metal. Em seguida desenvolveu baterias constituídas por uma série de
cavidades contendo solução química em contato com metais diferentes - geralmente
placas de cobre e zinco em uma solução ácida. Quanto maior o número de
cavidades reunidas, maior a força da bateria.
Sua invenção causou sensação em todo o mundo científico. Em pouco
tempo, estava sendo usada para abrir novos caminhos para o conhecimento. Assim
que os cientistas descobriram como produzir um fluxo contínuo de eletricidade,
iniciaram uma série de experimentos que levariam a eletricidade às indústrias e aos
lares.
Tudo isso Marconi aprendeu com prazer. Aos 16 anos, já tinha construído
uma máquina de gerar e transmitir eletricidade.
16
4. GUGLIELMO E A UNIVERSIDADE
Mais uma vez, ele teria que enfrentar uma grande decepção. Chegada a
época, não foi aprovado no exame de admissão à Universidade de Bolonha.
Por sorte, um dos professores da universidade vivia perto da Villa Grifone.
Por mais um golpe de sorte, esse professor era Augusto Righi, internacionalmente
famoso pela qualidade de suas pesquisas e por suas brilhantes conferências sobre o
assunto que fascinava Guglielmo - a física.
Havia poucas evidências do talento do jovem Marconi no campo da física
para mostrar a Righi. Mas o mestre deve ter sido persuadido pelo entusiasmo da
mãe, porque logo permitiu que o garoto frequentasse seu próprio laboratórioe a
biblioteca da universidade.
Marconi não perdeu tempo. Mergulhou nos estudos e passou a ler tudo o
que pudesse encontrar sobre o uso da eletricidade.
17
5. O INÍCIO DA COMUNICAÇÃO
Por volta da década de 1890, os fios do telégrafo, subterrâneos ou
estendidos de poste em poste, já cruzavam a Europa e os Estados Unidos. Essas
duas grandes redes estavam ligadas ao cabo que cruzava o Atlântico. Marconi leu
sobre a luta que fora instalar essa rede - as muitas tentativas fracassadas e os
muitos anos de esforço até que o objetivo fosse alcançado, em 1866.
Todos esses fios e cabos precisavam ser conservados e reparados, e novos
cabos eram necessários para ampliar as linhas.
Os primeiros telégrafos usavam uma agulhas magnética, movida por uma
corrente elétrica, que apontava as letras do alfabeto em um disco. Mas agora, na
década de 1890, já se utilizava o código Morse.
18
6 DESCOBRINDO O CÓDIGO MORSE E AS ONDAS HERTZIANAS
O interesse de Marconi pelo método Morse de telegrafia aumentou quando
ele fez amizade com um velho, Nello Marchetti, que tinha sido operador do telégrafo
elétrico em Livorno.
Assim que Marchetti descobriu o fascínio do jovem pelo telégrafo, tratou de
ensinar-lhe o código Morse. Explicou-lhe como pressionar a pequena alavanca(a
chave Morse), que fazia a corrente elétrica correr ao longo de um fio, esses impulsos
elétricos eram traduzidos em estalos longos ou curtos,em sons de cigarra, ou
impressos numa impressora Morse na forma de pontos e traços.
Nas montanhas de Belize, nos Alpes italianos, na região da Lombardia,
folheando uma revista sobre eletricidade, ele deparou com um artigo escrito por seu
amigo bolonhês, o professor Righi.
Falava do trabalho de um cientista alemão chamado Heinrich Hertz, que
havia morrido em janeiro daquele ano. De acordo com o artigo, Hertz tinha provado,
sete anos antes, que eram elétricas as ondas que irradiavam de um ponto a outro no
espaço. Elas vibravam através do ar.
A teoria provada por Hertz não era nova. na verdade, a idéia que ele testou
já havia sido prevista pelo cientista escocês James Clerk-Maxwell. Usando a
matemática, Clerk-Maxwell tinha provado que a luz e o calor eram formas diferentes
da combinação de duas forças, a eletricidade e o magnetismo.
Segundo ele, essa mesma combinação de forças chamada
eletromagnetismo existia sob uma forma diferente, uma vibração invisível que se
movia em ondas (como o som audível e a luz visível). A essa nova forma de
vibração ele chamou onda eletromagnética.
Matematicamente, ele calculou que essa ondas eletromagnéticas se
movimentariam e se comportariam de uma maneira muito semelhante à das ondas
do mar ou as ondas sonoras, mas viajariam a velocidade da luz-300 mil quilômetros
por segundo. Ele também havia previsto que as ondas eletromagnéticas seriam
capazes de passar através de substâncias sólidas, liquidas ou gasosas e de
atravessar facilmente o vácuo- um espaço do qual o ar foi totalmente removido.
19
James Clerk-Maxwell chegara as suas conclusões através de cálculos
matemáticos que intrigaram e fizeram pensar a maioria dos cientistas, que os
julgavam verdadeiros... mas impossíveis de serem comprovados.
Vinte cinco anos mais tarde, e oito depois da morte de Maxwell, em 1887,
portanto, Heinrich Hertz concebeu um experimento que comprovou as afirmações de
Clerk-Maxwell. As ondas eletromagnéticas existiam.
20
7. UMA INTRODUÇÃO AO ELETROMAGNETISMO E A FARADAY
Desde o momento em que Guglielmo Marconi leu sobre o trabalho de Hertz,
uma única pergunta tomou conta de sua mente. poderiam essas ondas
eletromagneticas ser usadas para telegrafar sem fios? Se era verdade que elas
podiam atravesar o ar, a experiencia de Hertz poderia ser desenvolvida de modo a
fazer com que as ondas pudessem atravessar não apenas uma sala, mas cidades,
continentes...e voar por sobre os oceanos?
Poderiam elas ser usadas para transmitir sinais de um lugar a outro- sinais
capazes de serem recebidos e entendidos? A bordo de um navio, por exemplo,
longe da terra e fora do alcance da vista?
Foi no inverno de 1819-1820 que o cientista dinamarques Hans Christian
Oersted demonstrou isso. Ele simplesmente provou que,se uma agulha magnetica
for colocada junto a um fio carregado de eletricidade, mas sem que eles se toquem,
a corrente eletrica fara a agulha magnetica girar.
Ele publicou suas descobertas em meados de 1820, e em semanas sua
trilha era seguida por outros. nas décadas seguintes, cientistas na frança, nos
estados unidos e na inglaterra ampliaram a compreensão desse simples fenomeno-
vital para as descobertas posteriores:a eletricidade causa o magnetismo. Agora os
cientistas tinham um versatil e poderoso instrumento nas mãos e não perderam
tempo para colocá-lo em pratica.
A partir desse conhecimento,por exemplo,surgio o telegrafo eletrico movido
a agulha. eles tambem descobriram que, enrolando de uma certa maneira um fio em
volta de uma barra de ferro e fazendo a eletricidade passar através dele,seria
possivel transformar a barra num forte magneto. e mais, poder-se-ia interromper o
magnetismo simplesmente cortando o fluxo de eletricidade.eles poderiam criar uma
força consideravel a qualquer momento que o desejassem, e destrui-la com a
mesma facilidade!
esse invento,conhecido como eletromagneto, foi o centro da maioria das
invenções ocorridas naqueles primeiros anos.entre elas, estavam a compainha
eletrica e o telegrafo Morse: em ambos,um fluxo de eletricidade ativava os
21
eletromagnetos, para movimentar movimentar os martelos que faziam a campainha
soar ou as pequenas alavancas que imprimiam o codigo Morse.
Se foram necessarios 24 anos paara provar a existencia dessa ondas
(eletromagneticas),foi porque os cientistas encaravam sua possivel existencia
meramente como um fenomeno interessante e em geral não perceberam que, se
elas existiam, deveriam ser postas em pratica. consequentemente, não quiseram
perder muito tempo estudando a materia.
Em seguida, descobriu-se que o contrario tambem é verdade: o magnetismo
produz eletricidade. assim como era possivel transformar uma barra de ferro num
magneto aproximando dela uma corrente eletrica, poder-se-ia gerar um fluxo de
eletricidade num fio movendo um magneto de um lado para o outro, proximo a ele.
Foi essa a grande descoberta feita pelo cientista inglês Michael faraday em
1831. Ele descobriu um elo fundamental para a compreensão do fenomeno,o que o
levou,entre as outras coisas,à invenção de um aparelho capaz de reforçar a energia
eletrica gerada.agora,era possivel aproveitar as forças combinadas do magnetismo e
da eletricidade,usando uma para gerar e reforçar a carga da outra.
As ideias de Faraday lavaram à conclusão de que a eletricidade e o
magnetismo não estavam apenas ligados,mas eram diferentes aspectos de um
mesmo fenomeno;que muitos fenomenos naturais conhecidos,como por exemplo a
luz e o calor,eram formas diferentes desse fenomeno,o eletromagnetismo. por essa
abrangente ideia, faraday é conhecido como o pai do eletromagnetismo.Isso lançou
os cientistas numa corrida em busca de novas aplicações para a eletricidade,a uma
velocidade cada vez maior à medidaque o século 19 se aproximava do final.
Foram essas ideias de Faraday que James Clerk-Maxwell se propos a
investigar matematicamente em 1873,o que o levou a afirmar a existencia de ondas
eletricas invisiveis, e ainda não detectadas,que tinham a mesma natureza da luz-
apenas uma outra forma de eletromagnetismo.
Hertz entrou em ação para provar que elas existiam,e as ondas que
detectou-hoje sabemos que eram ondas de radio-entraram para historia como ondas
hertizianas.
22
8. UTILIZANDO OS EXPERIMENTOS DE HERTZ
O que Hertz tinha feito era procurar uma maneira de produzir uma faísca
elétrica no ar e depois verificar se era possível detectá-la a certa distancia.
Hertz sabia por outras pesquisas que, se uma faísca fosse lançada no
espaço compreendido entre duas peças de metal, a eletricidade oscilava entre uma
extremidade e outra. Esse movimento era tão rápido que não se podiam ver-cerca
de 500milhões de vezes por segundo. Hertz esperava que uma faísca como essa -
uma faísca que oscilava-causasse no ar vibrações suficientemente fortes para serem
detectadas.E pretendia também mostrar que essas vibrações eram as ondas
eletromagnéticas de Clerk-Maxwell.
Então hertz planejou sua experiência: algo capaz de produzir a faísca e algo
capaz de detectar qualquer vibração no ar.
De um lado, colocou uma garrafa de Leiden, ligada por dois fios a dois
grandes pratos de cobre, deixando um espaço entre eles. quando descarregou a
garrafa de Leiden, a eletricidade correu pelos fios e atravessou o espaço entre dois
pratos de bronze,produzindo uma faísca elétrica oscilante de cerca de 5
centímetros.tudo isso constituía o seu "transmissor".
alguns metros de distancia, colocou um fio de cobre fechado em circulo,com
apenas uma pequena abertura.isso deixava um espaço muito menor para a
oscilação da faísca- era seu "detector"ou "receptor".
Então, fez a corrente elétrica passar através de seu transmissor. assim que
a grande faísca começou a oscilar entre os pratos de bronze do transmissor,uma
minúscula centelha de menos de 1 milímetro de comprimento se acendeu na
pequena abertura do circulo de cobre.
Agora ele não tinha mais duvidas de que uma parte da eletricidade que
passava pelo transmissor era irradiada, na forma de uma onda invisível, alcançando
o transmissor situado a vários metros de distancia e provocando o surgimento de
uma faísca na abertura do circulo de cobre.
.
23
9 O COMEÇO DA EXPERIMENTAÇÃO
O ultimo andar Villa Griffone, conhecido como "o sótão”. ali, Marconi reuniu
seu equipamento,abriu algum espaço entre as bancadas de casulos de bicho-da-
seda e iniciou as experiências que haveriam de levar a descoberta do radio.
Primeiro, uma bateria, para fornecer eletricidade. depois,algo para aumentar
a força da corrente elétrica, uma bobina de indução.essa fora uma das maiores
invenções criadas a partir do trabalho de Faraday, tão simples, tão versátil e
poderosa.uma barra de ferro,na qual o fio era enrolado firmemente, um tipo de
eletromagneto.
Por cima era enrolado um outro fio.quando uma corrente elétrica intermitente
era transmitida ao primeiro fio- o "primário",como era chamado-,causava ou "induzia"
uma força elétrica muito maior no segundo fio- o "secundário".essa força podia ser
aproveitada quando ligada a outro aparelho.
Fio de cobre, lâminas de zinco e de cobre, tubos de filamentos de metal...
uma a uma,Marconi foi reunindo suas ferramentas.pretendia repetir a experiência
que Hertz realizara,mas com algumas mudanças. professor Righi lhe falara sobre o
seu trabalho e lhe emprestara alguns aparelhos.
Righi havia melhorado o transmissor de Hertz: mudara ligeiramente a
abertura do transmissor e com isso conseguira que as ondas chegassem mais
longe. alem disso, colocara uma peça curva de metal atrás da abertura,para refletir
as ondas em direção ao "receptor".
Marconi também não usaria o circulo de cobre com uma pequena abertura
como receptor. Nos últimos anos,cientistas que haviam estudado as ondas
hertzianas tinham descoberto uma maneira muito melhor de detectá-las.
Essa descoberta resultara do esforço de muitos pesquisadores.um havia
descoberto que filamentos de zinco e de prata colavam-se quando atravessados por
uma corrente elétrica.Essa coesão permitia que a eletricidade passasse mais
facilmente pelos filamentos,ou seja,eles se tornavam um bom condutor
Em 1890, um professor de física francês, Edouard Branly, construiu um tubo
de vidro que continha filamentos de metal e conectou um fio a cada uma de suas
24
extremidades. Isso possibilitou que a corrente elétrica passasse facilmente pelo
tubo.
Seu instrumento ficou conhecido pelo nome de "coesor”, porque as
partículas de metal se colocavam ou entravam em "coesão”. Na Inglaterra,o cientista
Oliver Longe, um dos principais pesquisadores das ondas hertzianas,usou o coesor
para detectá-las e obteve sucesso.o aparelho funcionou muito melhor que o circulo
de cobre de hertz.
O que acontecia era o seguinte: quando a eletricidade passava pelo
transmissor, as ondas eletromagnéticas se irradiavam no espaço e atingiam o
coesor. os filamentos de metal que existiam dentro dele entravam em coesão.
Então, como a eletricidade passava facilmente por ele, o coesor constituiria
o elo final necessário para a formação do circuito - um padrão continuo que
permitiria a corrente elétrica acionar a bateria. a bateria começaria a funcionar e
poderia acionar uma campainha.
Se ele estivesse certo, o que aconteceria seria o seguinte: quando a chave
do telegrafo fosse pressionada, a corrente elétrica seria enviada a bateria e a bobina
de indução, correria pelo fio e atravessaria o espaço entre as bolas de metal,
produzindo uma grande faísca oscilatória. as vibrações elétricas assim produzidas
seria emitidas em todas as direções, em ondas.uma parte delas alcançaria o coesor
situado a alguns metros de distancias.
Com sorte e uma boa noção de tudo isso, ele conseguiria que o coesor
funcionasse, a bateria fosse acionada e a campainha tocasse.
Marconi pressionou a chave. Imediatamente a campainha soou!
Entusiasmado, ele checou os instrumentos. Então pressionou novamente a
chave, e novamente a campainha soou. Repetiu a experiência varias vezes, só para
ter certeza que sempre funcionaria.
Estimulado pelo sucesso, ele foi em frente. Agora partiria para a outra tarefa:
afastar mais o receptor e verificar se as ondas eletromagnéticas seriam capazes de
alcançá-lo.
25
Não conseguiu. Mudou a disposição do aparelho. testou diferentes tipos de
fio-mais grossos,mais finos,mais compridos,mais curtos-,tentando encontrar um
condutor ideal para a eletricidade.
Mudou varias vezes a posição das bolas, criando diferentes aberturas para a
oscilação da faísca. como o ar é um mau condutor de eletricidade,a abertura não
poderia ser nem muito grande nem muito pequena,senão não produziria o tipo de
faísca oscilatória necessária para gerar vibrações no ar.fez mudanças na bobina de
indução,tentando aumentar a força elétrica enviada para o transmissor.
Os resultados foram quase nulos. semanas se passaram.ele trabalhava o
dia inteiro e a noite toda.a mãe desistiu de tentar convencê-lo a sair do sótão e
resolveu levar-lhe as refeições numa bandeja.
Então, decidiu modificar um pouco o transmissor. conectou placas de metal
as bolas entre as quais se produzia a faísca e fez o mesmo em cada extremidade do
coesor.De repente,os sinais se tornaram tão fortes e claros que podiam ser enviados
de uma ponta a outra do sótão.
Não é que ele não tivesse idéia de uma coisa ser muito melhor que outra.
Mas tentava todas, com a maior paciência, observando e registrando seus feitos,
aproveitando aquelas que funcionavam e descartando as que não serviam. e
ganhou maior pericia:suas mãos adquiriram mais precisão na manipulação dos
instrumentos,por menores que fossem.A medida que obtinha sucesso, Marconi
adquiria maior confiança em suas idéias.
Foi em frente,testando,modificando e melhorando seu equipamento.
Precisava receber o sinal a distancias cada vez maiores.
Marconi voltara a trabalhar no coesor. Todas as vezes que os filamentos
grudavam, era preciso separá-los de modo a deixá-los prontos para captar a onda
que partia do transmissor. Era frustrante ter que atravessar a sala e fazer isso com
as próprias mãos. Ele precisava conseguir que isso acontecesse automaticamente.
Mais uma vez, a notável invenção do eletromagneto entrou em ação. Ele
acrescentou um ímã ao aparelho receptor. agora,sempre que a corrente elétrica
passava pelo coesor,atraia uma pequena barra de ferro à qual estava acoplado um
minúsculo martelo.o martelo batia no tubo coesor e separava os filamentos.
26
Esse mecanismo, ele chamou descoesor. embora muito pequena, a
mudança tinha sido da maior importância.agora, depois de cada impulso elétrico,o
aparelho preparava-se automaticamente para o proxímo.com isso podia-se enviar
impulsos separados e claramente definidos numa rápida sucessão,e eles seriam
acuradamente detectados pelo coesor.portanto, isso significava que poderia enviar e
receber sinais em código Morse.
27
10 NASCE A RADIOTELEGRAFIA
A partir daí o progresso foi rápido: ele experimentou elevar a placa - a
antena - a alturas cada vez maiores e, num teste posterior, enterrou no solo a outra
placa - o fio terra. Substituiu a placa de metal aérea por um fio de cobre esticado no
ar e enterrou no chão uma peça de cobre. Em seguida, ligou-os ao transmissor
situado no sótão por meio de um fio de cobre.
Com a ajuda da mãe e o financiamento do pai, Marconi, apresentou o seu
experimento ao governo Italiano, que o recusou inúmeras vezes, a única saída que
tivera foi levar o seu aparelho, a Inglaterra, país que sempre o acolhera, mais
especificamente ao departamento de telégrafos, local onde por providência possuía
conhecidos.
Preece que na época estava com 60 anos, tinha sido um dos primeiros
engenheiros telegráficos da Inglaterra. Doze anos antes, tinha iniciado uma pesquisa
sobre a ''indução'' de uma corrente elétrica de um fio para outro, sem nenhum fio de
conexão entre eles.
Tinha enviado sinais pela água e, em 1892, conseguira transmitir-los a uma
distância de 4 quilômetros sob o canal de Bristol.
Também havia usado seu sistema de indução na Escócia, entre o continente
e a ilha de Mull, quando o cabo do telégrafo submarino se rompeu. Mas Preece
sabia que o sistema de indução estava restrito a pequenas distâncias e dependia de
longos fios que corressem paralelos de uma margem a outra.
O Atlântico era um enorme desafio. Muitos cientistas acreditavam que as
ondas eletromagnéticas não seriam capazes de acompanhar a curvatura da terra,
porque se moviam numa linha reta, como um feixe luminoso. Entre Unidos e a
Inglaterra, a curvatura do Atlântico atingia uma altura de mais de 240 quilômetros.
28
11. GUGLIELMO DEMONSTRA O SEU EXPERIMENTO
Em setembro de 1901. o novo equipamento, especialmente planejado, foi
instalado em Poldhu - um transmissor muito mais poderoso e um grande círculo de
mastros, que se elevava 61 metros acima do rochedo, e tinha outros 61 metros de
diâmetros. Em Cape Cod, nos Estados Unidos, a estação estava quase pronta.
Então veio o desastre. A 15 de setembro, uma tempestade atingiu Poldhu e
reduziu o anel de mastros e antenas a um emaranhado de ferros e fios. Graças ao
esforço da equipe, em uma semana o local estava limpo e eles iniciaram os testes
com antenas mais simples.
Em novembro, a antena de Cape Cod virou do avesso. Marconi perdeu as
esperanças de trocar sinais entre as duas poderosas estações.
Decidiu enviar e receber sinais nos Estados Unidos e tentar apenas recebê-
los de Poldhu.
Por estar de frente para a Inglaterra, do outro lado do atlântico, a terra nova
(Newfoundland), na costa leste do Canadá, parecia um ótimo lugar. No fim de
novembro a equipe embarcou: era formada por Marconi, George Kemp e Paget.
Munidos de balões e pipas, para levar as antenas o mais alto possível, eles
desembarcam em St. John’s na terra nova, em 6 de dezembro de 1901. Na terça-
feira seguinte, estavam prontos para a primeira tentativa coma as pipas. Antes,
enviaram um cabo para Poldhu, pedindo que todas as tardes um sinal fosse enviado
de lá durante certo período. Os sinais combinados eram os três pontos que
traduziam a letra S no código Morse.
Em seguida, eles lançaram uma segunda pipa. Ele oscilava na subida e na
descida, puxando violentamente as amarras e a cada mergulho mudava a altura da
antena, transformando sua capacidade de receber os sinais. Desta forma Guglielmo
Marconi ouviu os três pontos enviados do outro lado do Atlântico.
Eles queriam ir mais longe e fixaram as antenas e o mastro em uma
distância maior. Então a equipe se mudou para Nova Escócia, no Canadá, iniciando
uma construção da nova estação transatlântica na baía Glace.
29
Em cada viagem marítima, os novos testes traziam novas conclusões. Por
exemplo: os sinais eram mais claros a noite do que durante o dia. O raio de alcance
noturno chegava a ser três vezes maior que o diurno. Isso lhes forneceu indícios de
um problema que deveria ocupá-los durante os próximos anos – caráter errático,
imprevisível, incontrolável dos resultados, que só seria explicado na década de 20,
quando finalmente os cientistas entenderam a ionosfera.
As partículas carregadas de eletricidade ficam suspensas em várias
camadas da atmosfera. Resultantes da radiação solar, elas refletem as ondas
eletromagnéticas, mandando-as de volta a superfície da Terra. Era por esta razão
que as ondas de rádio não se perdiam no espaço. E era esta também a razão das
diferenças reveladas na transmissão do sol durante do dia e a noite. Mas só 24 anos
depois do primeiro sinal transatlântico de Marconi os cientistas entender a ionosfera
suficientemente bem para poder controlar os sinais de rádio.
30
12. O RÁDIO TRANSFORMA O MUNDO
A radio telegrafia tinha percorrido um longo caminho desde o sótão da Villa
Griffone. Em todo o mundo, o trabalho incansável de muitas pessoas alcançara
progressos técnicos significativos: um controle mais rígido dos comprimentos de
onda e maiores raios de alcance para a mesma força elétrica. Estava aberto o
caminho para a radiotelefonia – as palavras eram enviadas verbalmente não em
código Morse. Agora que o rádio era capaz de transmitir a palavra falada, faltava um
pequeno passo para o inicio das transmissões radiofônicas – música e teatro
transmitido pelo rádio e, mais tarde pela televisão. Nas décadas seguintes, a
invenção de um novo tipo de detector, a válvula termiônica, descoberta por Ambrose
Fleming, provocava uma explosão de novas conquistas tecnológicas.
Em 1909, um navio que cruzava o atlântico colidiu com outro. Destruídos e
com suprimentos de eletricidade cortados, os navios atingidos pelo desastre
estavam prestes a afundar nas águas cobertas pelo nevoeiro. Mas o rádio de um
dos navios tinha permanecido intacto.
O jovem operador de rádio, Jack Binns, ligou imediatamente as baterias de
emergência e enviou um pedido de socorro. O apelo foi ouvido na costa, a 48
quilômetros de distância. Um grande nevoeiro impedia que os navios de resgate
encontrassem os navios avariados, no entanto o rádio os guiou.
Finalmente, um navio os encontrou, conseguindo salvar quase 1,7 mil
pessoas.
No dia 15 de abril de 1912, o maior e mais luxuoso navio transatlântico
jamais construído, afundou nas águas geladas do oceano, matando 1,5 mil pessoas,
sendo os sobreviventes salvos devido os sinais enviados para o rádio.
Era a viagem inaugural do Titanic, realizada com enorme publicidade: frutos
da mais moderna das tecnologias nele viajaram ricos e famosos. As 23h40 do
domingo, 14 de abril, ele se chocou contra um iceberg. Duas horas e quarenta
minutos depois, afundava nas águas mais profundas do Atlântico Norte. O Carpathia
ouvira o sinal de socorro lançados pelo radio do Titanic. Mas estava a 100
quilômetros de distância.
31
A tragédia provou mais uma vez o que já se sabia um ano antes, quando o
rádio salvara 1,7 mil pessoas. Ele provocou mudanças nas medidas de segurança
no mar: não só seria preciso instalar aparelhos de rádio na maioria dos navios, mas
também ter o número proporcional de operadores para mantê-los funcionando 24
horas por dia. O ano de 1912 também trouxe desastre pessoal para Guglielmo. Num
acidente rodoviário na Itália, seu olho direito ficara gravemente ferido. Acreditando
que o ferimento punha em risco o outro olho, os médicos removeram o olho
danificado. Ele teve uma recuperação meses para se recuperar. Em 1916, cada vez
mais interessado nas ondas curtas, decidiu investigá-las.
Na época, estava no hospital em Gênova, por causa de uma inflamação na
garganta. Como sempre não perdendo tempo em voltar ao trabalho. Pediu que
construíssem uma antena especial, pequena, e a trouxessem ao hospital. Ao longo
do corredor, onde era ajudado pelo seu amigo Luigi Solari, iniciou os experimentos
com as ondas ultracurtas. Mas observando o que havia ocorrido com as ondas
longas anos antes, precisava testá-las exaustivamente em longas distâncias.
“Elettra”
Encontrou a solução para o problema e ao mesmo tempo satisfez um antigo
desejo. Comprou um navio, que chamou de Elettra. Tinha 61 metros de
comprimento, uma tripulação de trinta marinheiros.
O navio foi seu laboratório flutuante para pesquisas de ondas curtas.
Ondas curtas e longas
Dos diferentes comprimentos de ondas eletromagnéticas, surgiram
diferentes sistemas. As ondas tinham centenas de metros de comprimento: a
transmissão exigia enormes antenas apontadas na direção correta da estação como
as de Poldhu, com força suficiente para enviar o sinal milhares de quilômetros.
As ondas curtas tinham apenas dezenas de metros de comprimento,
portanto as antenas podiam se muito menores e rigorosamente focalizadas numa
direção, como um raio. Era possível estabelecer comunicação a longas distâncias
com apenas uma fração da energia necessária ao sistema de ondas longas. As
ondas ultracurtas, eram medidas em metros e exigiam antenas ainda menores. No
decorrer de 1922 e 1923, Guglielmo Marconi concentrou-se nas pesquisas de ondas
curtas. Sua empresa montou o novo Imperial Wireless Scheme (esquema de rádio
32
imperial), destinado a instalar ondas curtas em todo império britânico. Quatro anos
depois conquistou seu objetivo, as estações de ondas curtas entraram em operação
na África do Sul, Índia, América do Sul, Austrália e Estados Unidos.
O sonho torna-se realidade
O sonho de uma comunicação mundial acalentado 32 anos antes na Vila
Griffone se tornou realidade. Aos 52 anos, Marconi começou a afastar-se das
preocupações que o tinha motivado desde o 20 anos.
Ao final de sua vida, voltou a Itália e passou a viver lá a maior parte do
tempo.
Depois de uma sucessão de ataques cardíacos minou as energias de
Marconi, que só pode voltar plenamente às pesquisas na década de 30. Nos últimos
anos de sua vida, seu interesse se voltou para ondas de rádio ainda mais curtas, de
menos de 1 metro de comprimento: micro-ondas.
33
13. A SEMENTE DE MARCONI
Guglielmo Marconi morreu nas primeiras horas do dia 20 de julho de 1937.
Estava com 63 anos. A noticia de sua morte foi transmitida pelo rádio ao mundo
todo. Em toda parte, as estações saíram do ar, lembrando dois minutos de silêncio.
É impossível imaginar o mundo sem a instantânea que hoje une os
continentes. Onde quer que as pessoas precisem entrar em contato – nos locais
mais remotos ou em transito -, em missões de salvamento, segurança ou em troca
de informações, o rádio desempenha um papel insubstituível. Ambulâncias,
bombeiros, policia e o exercito, realizam missões de socorro em terra, mar e ar.
O entretenimento que é possibilitado pelo rádio é interativo, noticias em
tempo, negociações são disponibilizadas em tempo real, devido a tal descoberta.
34
CONCLUSÃO
O quanto o rádio modificou o mundo, modificou o mundo do tamanho do
pensamento que Marconi possuía. Através de sua descoberta, Marconi mostrou ao
mundo, mesmo que isso não tenha ficado claro para muitos ainda hoje, que um
grande cientista não é aquele que através de arrogância e prepotência, subjuga
outros experimentos além de seus próprios, considera a sua teoria como única e
imutável. Marconi foi aquele que soube utilizar de grandes descobertas e grandes
idéias para um grande resultado, não foi um plagiador como muitos acreditam,
apenas preservou e continuou aquilo que havia conseguido reunir e transmitir de
forma prática e usual.
Na época, os grandes cientistas, aboliam o uso de suas descobertas para
uso em meios comerciais, mas Marconi, diferente de todos utilizou-se do artifício do
comércio para se tornar o homem m ais admirável na época, em pouco tempo o seu
experimento se tornou acessível a todos, o fim justificou os meios. Marconi foi
respeitado e admirado por muitos, mas nunca deixou de ser o eterno físico prático,
soube fazer o que muitos tentaram e não conseguiram administrar as suas
descobertas e transformá-las em um império.
Por fim demonstrou ao mundo que uma pessoa que persiste, dedica-se e
acredita no seu sonho, mesmo com todos os obstáculos que virão, consegue
encontrar uma saída em um corredor sem porta e se sobressai perante a multidão.
Esse foi Guglielmo Marconi, admirado ainda hoje não pelo que foi, mas pelo que
representa e por seus resultados que ainda hoje ecoam nas ondas de rádio.
35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Garozzo, Filippo. (1974). “Guglielmo Marconi”. Rio de Janeiro, Editora Três, 1974.
Bolton, Sarah K. (1944). “Guglielmo Marconi”. São Paulo, Editora Universal, 1944.
36
ANEXOS
37
IMAGENS
38
Marconi e sua mãe – Annie Jameson
39
Vila Griffone – local de sua primeira transmissão experimental
40
Marconi e o sistema de recepção e transmissão de rádios
41
O sistema de transmissão e recebimento de ondas de rádio
42
Inauguração do Cristo redentor
43
Salvamento dos náufragos do Titanic
44
O homem que inspirou Marconi – Benjamin Franklin
91

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Inventor guglielmo marconi e o rádio

  • 1. FACULDADE DE TECNOLOGIA E ENGENHARIA SÃO JUDAS TADEU ENGENHARIA MECÂNICA INTRODUÇÃO A ENGENHARIA FELIPE DE L. COSTA IVANILDO PASSOS JEAN C. DA SILVA JORGE P. C. SOBRINHO LEANDRO L. DE GOIS LUCAS SERRA MÁRCIO R. DA SILVA RENATO DOS SANTOS GUGLIELMO MARCONI – O PAI DO RÁDIO SÃO PAULO 2012
  • 2. FELIPE DE L. COSTA IVANILDO PASSOS JEAN C. DA SILVA JORGE P. C. SOBRINHO LEANDRO L. DE GOIS LUCAS SERRA MÁRCIO R. DA SILVA RENATO DOS SANTOS GUGLIELMO MARCONI – O PAI DO RÁDIO Monografia apresentada a Faculdade de Tecnologia e Engenharia São Judas Tadeu - São Paulo, dentro do Curso de Engenharia Mecânica como requisito da disciplina de Introdução à Engenharia. Orientador: Selmo Bernardo Torquetto SÃO PAULO 2012
  • 3. ¶ ERRATA Folha Linha Onde se lê Leia-se
  • 4. Aos membros do grupo pela dedicação e a Marconi que nunca desistiu de seu objetivo.
  • 5. AGRADECIMENTOS ¶ ¶ Aos que colaboraram na elaboração deste trabalho, às dificuldades que virão e nos tornarão mais fortes neste processo e acima de tudo aos que não desistem perante as dificuldades.
  • 6. “Eppur si muove! – No entanto ela se move”. Galileo Galilei
  • 7. RESUMO Era uma época de grande excitação e grandes descobertas. A eletricidade começava a ganhar forma nas garrafas de Leiden em 1745. Sete anos depois Benjamin Franklin consegue demonstrar que a eletricidade está relacionada com os relâmpagos, apenas com uma chave, uma linha e uma pipa. Em pouco templo Volta inventa a bateria elétrica, quase que simultaneamente na Dinamarca, Oersted descobre que a eletricidade e o magnetismo estão intimamente relacionados, sendo seu trabalho posteriormente desenvolvido por Ampere. Em 1825 Sir. Willian Sturgeon descobre o eletromagnetismo, desenvolvido nos EUA por Joseph Henry, em 1831 Michael Faraday descobre o eletromagnetismo, através do conhecimento de que o magnetismo também produz eletricidade, assim inventa a bobina de indução. Em 1837, a partir das descobertas de Oersted, Charles Wheatstone e Willian Cooke criam o telégrafo elétrico, movido a agulha, o quem possibilita que em 1943 Samuel Morse utilizando um eletromagneto transmita a primeira mensagem através de um fio de telégrafo. Em 1866, o cabo que atravessa o Atlântico do novo mundo a Inglaterra é finalmente completado, em 1973 James Clark Maxwell com as teorias de Faraday, prova matematicamente a existência de ondas elétricas, que assumem a forma de uma vibração invisível e se movimentam a velocidade da luz, essas ondas são futuramente chamadas de “ondas hertzianas”. Em 25 de abril de 1874, nasce Guglielmo Marconi, na cidade de Bolonha, Itália, o qual encerra no fim da sua vida a época de ouro dos grandes descobridores, e que falaremos um pouco neste trabalho. Palavras-chave: eletromagnetismo, eletricidade, ondas hertzianas
  • 8. SUMÁRIO ¶ INTRODUÇÃO 10 1. A INFÂNCIA DE GUGLIELMO MARCONI 11 2 A INICIAÇÃO DE GUGLIELMO 13 3 LIÇÕES SOBRE ELETRICIDADE 14 4. GUGLIELMO E A UNIVERSIDADE 16 5. O INÍCIO DA COMUNICAÇÃO 17 6 DESCOBRINDO O CÓDIGO MORSE E AS ONDAS HERTZIANAS 18 7. UMA INTRODUÇÃO AO ELETROMAGNETISMO E A FARADAY 20 8. UTILIZANDO OS EXPERIMENTOS DE HERTZ 22 9 O COMEÇO DA EXPERIMENTAÇÃO 23 10 NASCE A RADIOTELEGRAFIA 27 11. GUGLIELMO DEMONSTRA O SEU EXPERIMENTO 28 12. O RÁDIO TRANSFORMA O MUNDO 30 13. A SEMENTE DE MARCONI 33 CONCLUSÃO 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35 ANEXOS 36
  • 9. 10 INTRODUÇÃO ¶ ¶ Neste trabalho apresentaremos a história de vida de Guglielmo Marconi. Demonstraremos as influências que o levou a seguir o caminho da descoberta do rádio, as dificuldades que encontrou na infância, seus amores, quem foram às pessoas e descobertas que o inspiraram e como demonstrou que a observação, persistência e dedicação fizeram um garoto desacreditado por todos se tornar, Guglielmo Marconi, o pai do rádio. ¶
  • 10. 11 1. A INFÂNCIA DE GUGLIELMO MARCONI Guglielmo Marconi nasceu em 25 de abril de 1874, de mãe irlandesa e pai italiano, na cidade de Bolonha. Mas foi criado na propriedade rural de seu pai nas montanhas, a 17 quilômetros de Bolonha. Ali, na casa conhecida como Villa Griffone, ele iniciou o que viria a ser o trabalho de sua vida. O pai de Guglielmo, Giuseppe, herdara a Vila Griffone e a propriedade onde ela estava localizada de seu pai. Já estava com 50 anos quando Guglielmo nasceu. A casa ficava no alto de uma colina que dominava o vilarejo de Pontecchio. Campos desciam pelos flancos da montanha até uma planície fértil, além da qual se erguiam as escarpas dos montes Apeninos, que percorrem a Itália de cima a baixo como uma coluna dorsal. Atrás da casa, do outro lado da montanha, estendiam-se os vinhedos. A mãe de Guglielmo, Annie, dezessete anos mais nova que o marido, inquietava-se quando se via obrigada a passar o ano inteiro na propriedade e aproveitava qualquer oportunidade para viajar. Grande parte da sua infância Guglielmo passou viajando com a mãe. Durante o inverno, Annie sempre levava Guglielmo e seu irmão Alfonso, nove anos mais velho, para o sul. Annie gostava particularmente do porto de Livorno, na costa oeste da Itália. Livorno era o principal porto da Itália central. Ali estava instalada uma academia da Marinha real italiana, a Regia Marina. O amor de Guglielmo pelo mar o acompanhou por toda a sua vida: o mar se tornaria seu maior laboratório de radiotelegrafia e seu ultimo refúgio. Descobrir um meio de comunicação para os homens do mar tornou-se sua maior ambição. O pai de Guglielmo, Giuseppe, queria que o filho estudasse para entrar na Academia Naval e se tornasse oficial da Marinha. Chegou a comprar para Guglielmo um pequeno bote - um dinheiro muito bem empregado. O menino aprendeu a navegar no pequeno barco, e adorava exibi-lo no porto.
  • 11. 12 Mas a ambição do pai ver o filho na Academia Naval foi frustrada por um lado da natureza de Guglielmo. Tanto quanto amava o mar, Marconi odiava os trabalhos escolares. Nunca perdeu tempo com coisas que não o interessassem. Guglielmo recebeu sua educação primária em casa, na Villa Griffone, em Livorno e em Florença. Seu pai contratou um mestre-escola para lhe dar uma boa educação durante as infindáveis viagens entre Villa Griffone e a estação balneária onde a família passava o inverno, era um aluno difícil, não gostava de fazer as tarefas que o professor lhe passava e constantemente se desligava das lições, absorto em coisas que julgavam mais importantes. Sua primeira experiência com a escola formal, aos 12 anos, não foi melhor. Foi em Florença. Os outros garotos o achavam reservado e sentiam-se constrangidos diante de suas maneiras de estrangeiro. Os professores o julgavam atrasado nos estudos e inacessível: ele vivia com dificuldades por causa de seu mau desempenho escolar. No entanto, foi em Florença que Guglielmo fez a amizade mais importante de sua vida. Luigi Solari era um dos alunos mais velhos. A amizade dos dois garotos duraria a vida toda. Luigi Solare ajudaria Marconi durante as várias fases críticas de seu trabalho e estaria ao lado dele, cinqüenta anos depois, por ocasião de sua morte.
  • 12. 13 2 A INICIAÇÃO DE GUGLIELMO Apesar de estar sempre atrasado na escola, nunca faltou ao jovem Marconi interesse pelas coisas que julgava importantes. Desde muito pequeno, gostava de se refugiar na biblioteca do pai, onde se deixava levar pelos livros, fascinado pela história da Grécia antiga e por seus mitos. Quando cresceu, as histórias e lições dos cientistas atraíram toda sua atenção. Desde criança, quando tentava consertar seus primeiros brinquedos, Guglielmo Marconi sempre tivera curiosidade de descobrir como as coisas se encaixam. Até os 10 anos, vivia tentando montar algum aparelho sobre o qual tinha lido. Pouco tempo depois, em Livorno, Guglielmo e um amigo ergueram uma engenhoca de zinco de forma pontiaguda no telhado e a ligaram a uma campainha elétrica que havia dentro da casa. A idéia era captar na "lança" a eletricidade de uma tempestade, que então correria pelo fio e faria soar a campainha. Dias de desespero se passaram, com os dois meninos rezando por um dia de mau tempo. E, quando finalmente um raio cortou o céu, a campainha soou. No inverno de 1887 entrou no Instituto Técnico de Livorno. Mas, no Instituto Técnico, entrou em contato com um mundo que acabaria por seduzi-lo, estimulando sua inteligência inquieta e curiosa. Ali ele começou a estudar Física e Química. Em poucos dias, estava totalmente mergulhado no assunto. Ali encontrou o foco que lhe faltara em todos aqueles anos de brincadeiras científicas. Ali, estudando o mundo natural - do que era feito e que forças atuavam nele - as lições no instituto não eram suficientes para satisfazer a curiosidade do filho.
  • 13. 14 3 LIÇÕES SOBRE ELETRICIDADE A princípio Guglielmo lia tudo o que pudesse encontrar sobre a nova ciência da eletricidade. Em grandes compêndios, estudava os conhecimentos dos primórdios da ciência: como os gregos descobriram que o âmbar, quando friccionado com uma pele, atraía objetos leves. Eles acreditavam que isso acontecia por que o âmbar produzia um fluido invisivel. Davam ao âmbar o nome de elektron - de onde se originou a palavra "eletricidade". Os antigos tinham feito outras observações, cujos primeiros registros datam do ano 2600 a.C., na China. Eles conheciam, por exemplo, magnetos naturais - fragmentos de minério capazes de atrair outros metais. O fato mais intrigante era que, se não houvesse interferência, eles sempre assumiam uma posição que apontava para o norte. Por isso os ingleses lhe deram o nome de lodestone (imã), que significa leading stone (pedra-guia). Através de leituras, ele ficou sabendo como os antigos aplicaram esse conhecimento nas bússolas usadas para a navegação e tomou conhecimento das sistemáticas pesquisas realizadas nos ultimos trezentos anos. Um a um, fatos importantes tinham sido descobertos por diferentes pesquisadores. Folheando aqueles livros, Marconi acompanhou a trajetória do conhecimento através dos séculos, maravilhado com a engenhosidade daqueles cientistas que, de observação em observação, de experiência em experiência, tinham construido o conhecimento desde o início dos tempos. Esses pesquisadores descobriram que existiam muitas substancias que, friccionadas, tinham a capacidade de atrair objetos leves. Pedras, vidro, resinas, fósseis - bastava esfregá-los com um pedaço de pele ou tecido e eles atraíam penas, papel... O mais fascinante era que essa força miteriosa podia passar de um objeto para outro. Às vezes, ela saltava no ar como uma faísca. Conseguia passar facilmente através de alguma substância, como metal ou água, mas não de outras, como a seda, o vidro ou o ar. No começo do século 18, um cientista conseguiu conduzir a eletricidadeem volta de seu jardim, usando fios trançados cobertos por uma tira de seda.
  • 14. 15 Mais tarde, em 1752, o herói de Guglielmo Marconi, Benjamin Franklin, mostrou que essa eletricidade era apenas uma pequena parte da violenta descarga dos raios que cortavam o céu. Com grande entusiasmo, Guglielmo Marconi descobriu que o salto seguinte no conhecimento científico tinha acontecido graças ao trabalho de dois de seus conterrâneos. Em 1800, um cientista italiano, Alessandor Volta, tinha inventado a bateria elétrica. Tudo começou em 1786, quando Luigi Galvani, um cientosta da Universidade de Bolonha, percebeu que a perna de uma rã morta tremia quando tocada ao mesmo tempo por dois fios - um de cobre e outro de zinco. Alguns anos se passaram antes que Volta percebesse o que isso realmente significava - que dois metais diferentes, separados por qualquer substância úmida, produziam um fluxo contínuo de energia, que chamamos "corrente elétrica". A princípio, Volta utilizou uma folha de papel molhada presa entre duas placas de metal. Em seguida desenvolveu baterias constituídas por uma série de cavidades contendo solução química em contato com metais diferentes - geralmente placas de cobre e zinco em uma solução ácida. Quanto maior o número de cavidades reunidas, maior a força da bateria. Sua invenção causou sensação em todo o mundo científico. Em pouco tempo, estava sendo usada para abrir novos caminhos para o conhecimento. Assim que os cientistas descobriram como produzir um fluxo contínuo de eletricidade, iniciaram uma série de experimentos que levariam a eletricidade às indústrias e aos lares. Tudo isso Marconi aprendeu com prazer. Aos 16 anos, já tinha construído uma máquina de gerar e transmitir eletricidade.
  • 15. 16 4. GUGLIELMO E A UNIVERSIDADE Mais uma vez, ele teria que enfrentar uma grande decepção. Chegada a época, não foi aprovado no exame de admissão à Universidade de Bolonha. Por sorte, um dos professores da universidade vivia perto da Villa Grifone. Por mais um golpe de sorte, esse professor era Augusto Righi, internacionalmente famoso pela qualidade de suas pesquisas e por suas brilhantes conferências sobre o assunto que fascinava Guglielmo - a física. Havia poucas evidências do talento do jovem Marconi no campo da física para mostrar a Righi. Mas o mestre deve ter sido persuadido pelo entusiasmo da mãe, porque logo permitiu que o garoto frequentasse seu próprio laboratórioe a biblioteca da universidade. Marconi não perdeu tempo. Mergulhou nos estudos e passou a ler tudo o que pudesse encontrar sobre o uso da eletricidade.
  • 16. 17 5. O INÍCIO DA COMUNICAÇÃO Por volta da década de 1890, os fios do telégrafo, subterrâneos ou estendidos de poste em poste, já cruzavam a Europa e os Estados Unidos. Essas duas grandes redes estavam ligadas ao cabo que cruzava o Atlântico. Marconi leu sobre a luta que fora instalar essa rede - as muitas tentativas fracassadas e os muitos anos de esforço até que o objetivo fosse alcançado, em 1866. Todos esses fios e cabos precisavam ser conservados e reparados, e novos cabos eram necessários para ampliar as linhas. Os primeiros telégrafos usavam uma agulhas magnética, movida por uma corrente elétrica, que apontava as letras do alfabeto em um disco. Mas agora, na década de 1890, já se utilizava o código Morse.
  • 17. 18 6 DESCOBRINDO O CÓDIGO MORSE E AS ONDAS HERTZIANAS O interesse de Marconi pelo método Morse de telegrafia aumentou quando ele fez amizade com um velho, Nello Marchetti, que tinha sido operador do telégrafo elétrico em Livorno. Assim que Marchetti descobriu o fascínio do jovem pelo telégrafo, tratou de ensinar-lhe o código Morse. Explicou-lhe como pressionar a pequena alavanca(a chave Morse), que fazia a corrente elétrica correr ao longo de um fio, esses impulsos elétricos eram traduzidos em estalos longos ou curtos,em sons de cigarra, ou impressos numa impressora Morse na forma de pontos e traços. Nas montanhas de Belize, nos Alpes italianos, na região da Lombardia, folheando uma revista sobre eletricidade, ele deparou com um artigo escrito por seu amigo bolonhês, o professor Righi. Falava do trabalho de um cientista alemão chamado Heinrich Hertz, que havia morrido em janeiro daquele ano. De acordo com o artigo, Hertz tinha provado, sete anos antes, que eram elétricas as ondas que irradiavam de um ponto a outro no espaço. Elas vibravam através do ar. A teoria provada por Hertz não era nova. na verdade, a idéia que ele testou já havia sido prevista pelo cientista escocês James Clerk-Maxwell. Usando a matemática, Clerk-Maxwell tinha provado que a luz e o calor eram formas diferentes da combinação de duas forças, a eletricidade e o magnetismo. Segundo ele, essa mesma combinação de forças chamada eletromagnetismo existia sob uma forma diferente, uma vibração invisível que se movia em ondas (como o som audível e a luz visível). A essa nova forma de vibração ele chamou onda eletromagnética. Matematicamente, ele calculou que essa ondas eletromagnéticas se movimentariam e se comportariam de uma maneira muito semelhante à das ondas do mar ou as ondas sonoras, mas viajariam a velocidade da luz-300 mil quilômetros por segundo. Ele também havia previsto que as ondas eletromagnéticas seriam capazes de passar através de substâncias sólidas, liquidas ou gasosas e de atravessar facilmente o vácuo- um espaço do qual o ar foi totalmente removido.
  • 18. 19 James Clerk-Maxwell chegara as suas conclusões através de cálculos matemáticos que intrigaram e fizeram pensar a maioria dos cientistas, que os julgavam verdadeiros... mas impossíveis de serem comprovados. Vinte cinco anos mais tarde, e oito depois da morte de Maxwell, em 1887, portanto, Heinrich Hertz concebeu um experimento que comprovou as afirmações de Clerk-Maxwell. As ondas eletromagnéticas existiam.
  • 19. 20 7. UMA INTRODUÇÃO AO ELETROMAGNETISMO E A FARADAY Desde o momento em que Guglielmo Marconi leu sobre o trabalho de Hertz, uma única pergunta tomou conta de sua mente. poderiam essas ondas eletromagneticas ser usadas para telegrafar sem fios? Se era verdade que elas podiam atravesar o ar, a experiencia de Hertz poderia ser desenvolvida de modo a fazer com que as ondas pudessem atravessar não apenas uma sala, mas cidades, continentes...e voar por sobre os oceanos? Poderiam elas ser usadas para transmitir sinais de um lugar a outro- sinais capazes de serem recebidos e entendidos? A bordo de um navio, por exemplo, longe da terra e fora do alcance da vista? Foi no inverno de 1819-1820 que o cientista dinamarques Hans Christian Oersted demonstrou isso. Ele simplesmente provou que,se uma agulha magnetica for colocada junto a um fio carregado de eletricidade, mas sem que eles se toquem, a corrente eletrica fara a agulha magnetica girar. Ele publicou suas descobertas em meados de 1820, e em semanas sua trilha era seguida por outros. nas décadas seguintes, cientistas na frança, nos estados unidos e na inglaterra ampliaram a compreensão desse simples fenomeno- vital para as descobertas posteriores:a eletricidade causa o magnetismo. Agora os cientistas tinham um versatil e poderoso instrumento nas mãos e não perderam tempo para colocá-lo em pratica. A partir desse conhecimento,por exemplo,surgio o telegrafo eletrico movido a agulha. eles tambem descobriram que, enrolando de uma certa maneira um fio em volta de uma barra de ferro e fazendo a eletricidade passar através dele,seria possivel transformar a barra num forte magneto. e mais, poder-se-ia interromper o magnetismo simplesmente cortando o fluxo de eletricidade.eles poderiam criar uma força consideravel a qualquer momento que o desejassem, e destrui-la com a mesma facilidade! esse invento,conhecido como eletromagneto, foi o centro da maioria das invenções ocorridas naqueles primeiros anos.entre elas, estavam a compainha eletrica e o telegrafo Morse: em ambos,um fluxo de eletricidade ativava os
  • 20. 21 eletromagnetos, para movimentar movimentar os martelos que faziam a campainha soar ou as pequenas alavancas que imprimiam o codigo Morse. Se foram necessarios 24 anos paara provar a existencia dessa ondas (eletromagneticas),foi porque os cientistas encaravam sua possivel existencia meramente como um fenomeno interessante e em geral não perceberam que, se elas existiam, deveriam ser postas em pratica. consequentemente, não quiseram perder muito tempo estudando a materia. Em seguida, descobriu-se que o contrario tambem é verdade: o magnetismo produz eletricidade. assim como era possivel transformar uma barra de ferro num magneto aproximando dela uma corrente eletrica, poder-se-ia gerar um fluxo de eletricidade num fio movendo um magneto de um lado para o outro, proximo a ele. Foi essa a grande descoberta feita pelo cientista inglês Michael faraday em 1831. Ele descobriu um elo fundamental para a compreensão do fenomeno,o que o levou,entre as outras coisas,à invenção de um aparelho capaz de reforçar a energia eletrica gerada.agora,era possivel aproveitar as forças combinadas do magnetismo e da eletricidade,usando uma para gerar e reforçar a carga da outra. As ideias de Faraday lavaram à conclusão de que a eletricidade e o magnetismo não estavam apenas ligados,mas eram diferentes aspectos de um mesmo fenomeno;que muitos fenomenos naturais conhecidos,como por exemplo a luz e o calor,eram formas diferentes desse fenomeno,o eletromagnetismo. por essa abrangente ideia, faraday é conhecido como o pai do eletromagnetismo.Isso lançou os cientistas numa corrida em busca de novas aplicações para a eletricidade,a uma velocidade cada vez maior à medidaque o século 19 se aproximava do final. Foram essas ideias de Faraday que James Clerk-Maxwell se propos a investigar matematicamente em 1873,o que o levou a afirmar a existencia de ondas eletricas invisiveis, e ainda não detectadas,que tinham a mesma natureza da luz- apenas uma outra forma de eletromagnetismo. Hertz entrou em ação para provar que elas existiam,e as ondas que detectou-hoje sabemos que eram ondas de radio-entraram para historia como ondas hertizianas.
  • 21. 22 8. UTILIZANDO OS EXPERIMENTOS DE HERTZ O que Hertz tinha feito era procurar uma maneira de produzir uma faísca elétrica no ar e depois verificar se era possível detectá-la a certa distancia. Hertz sabia por outras pesquisas que, se uma faísca fosse lançada no espaço compreendido entre duas peças de metal, a eletricidade oscilava entre uma extremidade e outra. Esse movimento era tão rápido que não se podiam ver-cerca de 500milhões de vezes por segundo. Hertz esperava que uma faísca como essa - uma faísca que oscilava-causasse no ar vibrações suficientemente fortes para serem detectadas.E pretendia também mostrar que essas vibrações eram as ondas eletromagnéticas de Clerk-Maxwell. Então hertz planejou sua experiência: algo capaz de produzir a faísca e algo capaz de detectar qualquer vibração no ar. De um lado, colocou uma garrafa de Leiden, ligada por dois fios a dois grandes pratos de cobre, deixando um espaço entre eles. quando descarregou a garrafa de Leiden, a eletricidade correu pelos fios e atravessou o espaço entre dois pratos de bronze,produzindo uma faísca elétrica oscilante de cerca de 5 centímetros.tudo isso constituía o seu "transmissor". alguns metros de distancia, colocou um fio de cobre fechado em circulo,com apenas uma pequena abertura.isso deixava um espaço muito menor para a oscilação da faísca- era seu "detector"ou "receptor". Então, fez a corrente elétrica passar através de seu transmissor. assim que a grande faísca começou a oscilar entre os pratos de bronze do transmissor,uma minúscula centelha de menos de 1 milímetro de comprimento se acendeu na pequena abertura do circulo de cobre. Agora ele não tinha mais duvidas de que uma parte da eletricidade que passava pelo transmissor era irradiada, na forma de uma onda invisível, alcançando o transmissor situado a vários metros de distancia e provocando o surgimento de uma faísca na abertura do circulo de cobre. .
  • 22. 23 9 O COMEÇO DA EXPERIMENTAÇÃO O ultimo andar Villa Griffone, conhecido como "o sótão”. ali, Marconi reuniu seu equipamento,abriu algum espaço entre as bancadas de casulos de bicho-da- seda e iniciou as experiências que haveriam de levar a descoberta do radio. Primeiro, uma bateria, para fornecer eletricidade. depois,algo para aumentar a força da corrente elétrica, uma bobina de indução.essa fora uma das maiores invenções criadas a partir do trabalho de Faraday, tão simples, tão versátil e poderosa.uma barra de ferro,na qual o fio era enrolado firmemente, um tipo de eletromagneto. Por cima era enrolado um outro fio.quando uma corrente elétrica intermitente era transmitida ao primeiro fio- o "primário",como era chamado-,causava ou "induzia" uma força elétrica muito maior no segundo fio- o "secundário".essa força podia ser aproveitada quando ligada a outro aparelho. Fio de cobre, lâminas de zinco e de cobre, tubos de filamentos de metal... uma a uma,Marconi foi reunindo suas ferramentas.pretendia repetir a experiência que Hertz realizara,mas com algumas mudanças. professor Righi lhe falara sobre o seu trabalho e lhe emprestara alguns aparelhos. Righi havia melhorado o transmissor de Hertz: mudara ligeiramente a abertura do transmissor e com isso conseguira que as ondas chegassem mais longe. alem disso, colocara uma peça curva de metal atrás da abertura,para refletir as ondas em direção ao "receptor". Marconi também não usaria o circulo de cobre com uma pequena abertura como receptor. Nos últimos anos,cientistas que haviam estudado as ondas hertzianas tinham descoberto uma maneira muito melhor de detectá-las. Essa descoberta resultara do esforço de muitos pesquisadores.um havia descoberto que filamentos de zinco e de prata colavam-se quando atravessados por uma corrente elétrica.Essa coesão permitia que a eletricidade passasse mais facilmente pelos filamentos,ou seja,eles se tornavam um bom condutor Em 1890, um professor de física francês, Edouard Branly, construiu um tubo de vidro que continha filamentos de metal e conectou um fio a cada uma de suas
  • 23. 24 extremidades. Isso possibilitou que a corrente elétrica passasse facilmente pelo tubo. Seu instrumento ficou conhecido pelo nome de "coesor”, porque as partículas de metal se colocavam ou entravam em "coesão”. Na Inglaterra,o cientista Oliver Longe, um dos principais pesquisadores das ondas hertzianas,usou o coesor para detectá-las e obteve sucesso.o aparelho funcionou muito melhor que o circulo de cobre de hertz. O que acontecia era o seguinte: quando a eletricidade passava pelo transmissor, as ondas eletromagnéticas se irradiavam no espaço e atingiam o coesor. os filamentos de metal que existiam dentro dele entravam em coesão. Então, como a eletricidade passava facilmente por ele, o coesor constituiria o elo final necessário para a formação do circuito - um padrão continuo que permitiria a corrente elétrica acionar a bateria. a bateria começaria a funcionar e poderia acionar uma campainha. Se ele estivesse certo, o que aconteceria seria o seguinte: quando a chave do telegrafo fosse pressionada, a corrente elétrica seria enviada a bateria e a bobina de indução, correria pelo fio e atravessaria o espaço entre as bolas de metal, produzindo uma grande faísca oscilatória. as vibrações elétricas assim produzidas seria emitidas em todas as direções, em ondas.uma parte delas alcançaria o coesor situado a alguns metros de distancias. Com sorte e uma boa noção de tudo isso, ele conseguiria que o coesor funcionasse, a bateria fosse acionada e a campainha tocasse. Marconi pressionou a chave. Imediatamente a campainha soou! Entusiasmado, ele checou os instrumentos. Então pressionou novamente a chave, e novamente a campainha soou. Repetiu a experiência varias vezes, só para ter certeza que sempre funcionaria. Estimulado pelo sucesso, ele foi em frente. Agora partiria para a outra tarefa: afastar mais o receptor e verificar se as ondas eletromagnéticas seriam capazes de alcançá-lo.
  • 24. 25 Não conseguiu. Mudou a disposição do aparelho. testou diferentes tipos de fio-mais grossos,mais finos,mais compridos,mais curtos-,tentando encontrar um condutor ideal para a eletricidade. Mudou varias vezes a posição das bolas, criando diferentes aberturas para a oscilação da faísca. como o ar é um mau condutor de eletricidade,a abertura não poderia ser nem muito grande nem muito pequena,senão não produziria o tipo de faísca oscilatória necessária para gerar vibrações no ar.fez mudanças na bobina de indução,tentando aumentar a força elétrica enviada para o transmissor. Os resultados foram quase nulos. semanas se passaram.ele trabalhava o dia inteiro e a noite toda.a mãe desistiu de tentar convencê-lo a sair do sótão e resolveu levar-lhe as refeições numa bandeja. Então, decidiu modificar um pouco o transmissor. conectou placas de metal as bolas entre as quais se produzia a faísca e fez o mesmo em cada extremidade do coesor.De repente,os sinais se tornaram tão fortes e claros que podiam ser enviados de uma ponta a outra do sótão. Não é que ele não tivesse idéia de uma coisa ser muito melhor que outra. Mas tentava todas, com a maior paciência, observando e registrando seus feitos, aproveitando aquelas que funcionavam e descartando as que não serviam. e ganhou maior pericia:suas mãos adquiriram mais precisão na manipulação dos instrumentos,por menores que fossem.A medida que obtinha sucesso, Marconi adquiria maior confiança em suas idéias. Foi em frente,testando,modificando e melhorando seu equipamento. Precisava receber o sinal a distancias cada vez maiores. Marconi voltara a trabalhar no coesor. Todas as vezes que os filamentos grudavam, era preciso separá-los de modo a deixá-los prontos para captar a onda que partia do transmissor. Era frustrante ter que atravessar a sala e fazer isso com as próprias mãos. Ele precisava conseguir que isso acontecesse automaticamente. Mais uma vez, a notável invenção do eletromagneto entrou em ação. Ele acrescentou um ímã ao aparelho receptor. agora,sempre que a corrente elétrica passava pelo coesor,atraia uma pequena barra de ferro à qual estava acoplado um minúsculo martelo.o martelo batia no tubo coesor e separava os filamentos.
  • 25. 26 Esse mecanismo, ele chamou descoesor. embora muito pequena, a mudança tinha sido da maior importância.agora, depois de cada impulso elétrico,o aparelho preparava-se automaticamente para o proxímo.com isso podia-se enviar impulsos separados e claramente definidos numa rápida sucessão,e eles seriam acuradamente detectados pelo coesor.portanto, isso significava que poderia enviar e receber sinais em código Morse.
  • 26. 27 10 NASCE A RADIOTELEGRAFIA A partir daí o progresso foi rápido: ele experimentou elevar a placa - a antena - a alturas cada vez maiores e, num teste posterior, enterrou no solo a outra placa - o fio terra. Substituiu a placa de metal aérea por um fio de cobre esticado no ar e enterrou no chão uma peça de cobre. Em seguida, ligou-os ao transmissor situado no sótão por meio de um fio de cobre. Com a ajuda da mãe e o financiamento do pai, Marconi, apresentou o seu experimento ao governo Italiano, que o recusou inúmeras vezes, a única saída que tivera foi levar o seu aparelho, a Inglaterra, país que sempre o acolhera, mais especificamente ao departamento de telégrafos, local onde por providência possuía conhecidos. Preece que na época estava com 60 anos, tinha sido um dos primeiros engenheiros telegráficos da Inglaterra. Doze anos antes, tinha iniciado uma pesquisa sobre a ''indução'' de uma corrente elétrica de um fio para outro, sem nenhum fio de conexão entre eles. Tinha enviado sinais pela água e, em 1892, conseguira transmitir-los a uma distância de 4 quilômetros sob o canal de Bristol. Também havia usado seu sistema de indução na Escócia, entre o continente e a ilha de Mull, quando o cabo do telégrafo submarino se rompeu. Mas Preece sabia que o sistema de indução estava restrito a pequenas distâncias e dependia de longos fios que corressem paralelos de uma margem a outra. O Atlântico era um enorme desafio. Muitos cientistas acreditavam que as ondas eletromagnéticas não seriam capazes de acompanhar a curvatura da terra, porque se moviam numa linha reta, como um feixe luminoso. Entre Unidos e a Inglaterra, a curvatura do Atlântico atingia uma altura de mais de 240 quilômetros.
  • 27. 28 11. GUGLIELMO DEMONSTRA O SEU EXPERIMENTO Em setembro de 1901. o novo equipamento, especialmente planejado, foi instalado em Poldhu - um transmissor muito mais poderoso e um grande círculo de mastros, que se elevava 61 metros acima do rochedo, e tinha outros 61 metros de diâmetros. Em Cape Cod, nos Estados Unidos, a estação estava quase pronta. Então veio o desastre. A 15 de setembro, uma tempestade atingiu Poldhu e reduziu o anel de mastros e antenas a um emaranhado de ferros e fios. Graças ao esforço da equipe, em uma semana o local estava limpo e eles iniciaram os testes com antenas mais simples. Em novembro, a antena de Cape Cod virou do avesso. Marconi perdeu as esperanças de trocar sinais entre as duas poderosas estações. Decidiu enviar e receber sinais nos Estados Unidos e tentar apenas recebê- los de Poldhu. Por estar de frente para a Inglaterra, do outro lado do atlântico, a terra nova (Newfoundland), na costa leste do Canadá, parecia um ótimo lugar. No fim de novembro a equipe embarcou: era formada por Marconi, George Kemp e Paget. Munidos de balões e pipas, para levar as antenas o mais alto possível, eles desembarcam em St. John’s na terra nova, em 6 de dezembro de 1901. Na terça- feira seguinte, estavam prontos para a primeira tentativa coma as pipas. Antes, enviaram um cabo para Poldhu, pedindo que todas as tardes um sinal fosse enviado de lá durante certo período. Os sinais combinados eram os três pontos que traduziam a letra S no código Morse. Em seguida, eles lançaram uma segunda pipa. Ele oscilava na subida e na descida, puxando violentamente as amarras e a cada mergulho mudava a altura da antena, transformando sua capacidade de receber os sinais. Desta forma Guglielmo Marconi ouviu os três pontos enviados do outro lado do Atlântico. Eles queriam ir mais longe e fixaram as antenas e o mastro em uma distância maior. Então a equipe se mudou para Nova Escócia, no Canadá, iniciando uma construção da nova estação transatlântica na baía Glace.
  • 28. 29 Em cada viagem marítima, os novos testes traziam novas conclusões. Por exemplo: os sinais eram mais claros a noite do que durante o dia. O raio de alcance noturno chegava a ser três vezes maior que o diurno. Isso lhes forneceu indícios de um problema que deveria ocupá-los durante os próximos anos – caráter errático, imprevisível, incontrolável dos resultados, que só seria explicado na década de 20, quando finalmente os cientistas entenderam a ionosfera. As partículas carregadas de eletricidade ficam suspensas em várias camadas da atmosfera. Resultantes da radiação solar, elas refletem as ondas eletromagnéticas, mandando-as de volta a superfície da Terra. Era por esta razão que as ondas de rádio não se perdiam no espaço. E era esta também a razão das diferenças reveladas na transmissão do sol durante do dia e a noite. Mas só 24 anos depois do primeiro sinal transatlântico de Marconi os cientistas entender a ionosfera suficientemente bem para poder controlar os sinais de rádio.
  • 29. 30 12. O RÁDIO TRANSFORMA O MUNDO A radio telegrafia tinha percorrido um longo caminho desde o sótão da Villa Griffone. Em todo o mundo, o trabalho incansável de muitas pessoas alcançara progressos técnicos significativos: um controle mais rígido dos comprimentos de onda e maiores raios de alcance para a mesma força elétrica. Estava aberto o caminho para a radiotelefonia – as palavras eram enviadas verbalmente não em código Morse. Agora que o rádio era capaz de transmitir a palavra falada, faltava um pequeno passo para o inicio das transmissões radiofônicas – música e teatro transmitido pelo rádio e, mais tarde pela televisão. Nas décadas seguintes, a invenção de um novo tipo de detector, a válvula termiônica, descoberta por Ambrose Fleming, provocava uma explosão de novas conquistas tecnológicas. Em 1909, um navio que cruzava o atlântico colidiu com outro. Destruídos e com suprimentos de eletricidade cortados, os navios atingidos pelo desastre estavam prestes a afundar nas águas cobertas pelo nevoeiro. Mas o rádio de um dos navios tinha permanecido intacto. O jovem operador de rádio, Jack Binns, ligou imediatamente as baterias de emergência e enviou um pedido de socorro. O apelo foi ouvido na costa, a 48 quilômetros de distância. Um grande nevoeiro impedia que os navios de resgate encontrassem os navios avariados, no entanto o rádio os guiou. Finalmente, um navio os encontrou, conseguindo salvar quase 1,7 mil pessoas. No dia 15 de abril de 1912, o maior e mais luxuoso navio transatlântico jamais construído, afundou nas águas geladas do oceano, matando 1,5 mil pessoas, sendo os sobreviventes salvos devido os sinais enviados para o rádio. Era a viagem inaugural do Titanic, realizada com enorme publicidade: frutos da mais moderna das tecnologias nele viajaram ricos e famosos. As 23h40 do domingo, 14 de abril, ele se chocou contra um iceberg. Duas horas e quarenta minutos depois, afundava nas águas mais profundas do Atlântico Norte. O Carpathia ouvira o sinal de socorro lançados pelo radio do Titanic. Mas estava a 100 quilômetros de distância.
  • 30. 31 A tragédia provou mais uma vez o que já se sabia um ano antes, quando o rádio salvara 1,7 mil pessoas. Ele provocou mudanças nas medidas de segurança no mar: não só seria preciso instalar aparelhos de rádio na maioria dos navios, mas também ter o número proporcional de operadores para mantê-los funcionando 24 horas por dia. O ano de 1912 também trouxe desastre pessoal para Guglielmo. Num acidente rodoviário na Itália, seu olho direito ficara gravemente ferido. Acreditando que o ferimento punha em risco o outro olho, os médicos removeram o olho danificado. Ele teve uma recuperação meses para se recuperar. Em 1916, cada vez mais interessado nas ondas curtas, decidiu investigá-las. Na época, estava no hospital em Gênova, por causa de uma inflamação na garganta. Como sempre não perdendo tempo em voltar ao trabalho. Pediu que construíssem uma antena especial, pequena, e a trouxessem ao hospital. Ao longo do corredor, onde era ajudado pelo seu amigo Luigi Solari, iniciou os experimentos com as ondas ultracurtas. Mas observando o que havia ocorrido com as ondas longas anos antes, precisava testá-las exaustivamente em longas distâncias. “Elettra” Encontrou a solução para o problema e ao mesmo tempo satisfez um antigo desejo. Comprou um navio, que chamou de Elettra. Tinha 61 metros de comprimento, uma tripulação de trinta marinheiros. O navio foi seu laboratório flutuante para pesquisas de ondas curtas. Ondas curtas e longas Dos diferentes comprimentos de ondas eletromagnéticas, surgiram diferentes sistemas. As ondas tinham centenas de metros de comprimento: a transmissão exigia enormes antenas apontadas na direção correta da estação como as de Poldhu, com força suficiente para enviar o sinal milhares de quilômetros. As ondas curtas tinham apenas dezenas de metros de comprimento, portanto as antenas podiam se muito menores e rigorosamente focalizadas numa direção, como um raio. Era possível estabelecer comunicação a longas distâncias com apenas uma fração da energia necessária ao sistema de ondas longas. As ondas ultracurtas, eram medidas em metros e exigiam antenas ainda menores. No decorrer de 1922 e 1923, Guglielmo Marconi concentrou-se nas pesquisas de ondas curtas. Sua empresa montou o novo Imperial Wireless Scheme (esquema de rádio
  • 31. 32 imperial), destinado a instalar ondas curtas em todo império britânico. Quatro anos depois conquistou seu objetivo, as estações de ondas curtas entraram em operação na África do Sul, Índia, América do Sul, Austrália e Estados Unidos. O sonho torna-se realidade O sonho de uma comunicação mundial acalentado 32 anos antes na Vila Griffone se tornou realidade. Aos 52 anos, Marconi começou a afastar-se das preocupações que o tinha motivado desde o 20 anos. Ao final de sua vida, voltou a Itália e passou a viver lá a maior parte do tempo. Depois de uma sucessão de ataques cardíacos minou as energias de Marconi, que só pode voltar plenamente às pesquisas na década de 30. Nos últimos anos de sua vida, seu interesse se voltou para ondas de rádio ainda mais curtas, de menos de 1 metro de comprimento: micro-ondas.
  • 32. 33 13. A SEMENTE DE MARCONI Guglielmo Marconi morreu nas primeiras horas do dia 20 de julho de 1937. Estava com 63 anos. A noticia de sua morte foi transmitida pelo rádio ao mundo todo. Em toda parte, as estações saíram do ar, lembrando dois minutos de silêncio. É impossível imaginar o mundo sem a instantânea que hoje une os continentes. Onde quer que as pessoas precisem entrar em contato – nos locais mais remotos ou em transito -, em missões de salvamento, segurança ou em troca de informações, o rádio desempenha um papel insubstituível. Ambulâncias, bombeiros, policia e o exercito, realizam missões de socorro em terra, mar e ar. O entretenimento que é possibilitado pelo rádio é interativo, noticias em tempo, negociações são disponibilizadas em tempo real, devido a tal descoberta.
  • 33. 34 CONCLUSÃO O quanto o rádio modificou o mundo, modificou o mundo do tamanho do pensamento que Marconi possuía. Através de sua descoberta, Marconi mostrou ao mundo, mesmo que isso não tenha ficado claro para muitos ainda hoje, que um grande cientista não é aquele que através de arrogância e prepotência, subjuga outros experimentos além de seus próprios, considera a sua teoria como única e imutável. Marconi foi aquele que soube utilizar de grandes descobertas e grandes idéias para um grande resultado, não foi um plagiador como muitos acreditam, apenas preservou e continuou aquilo que havia conseguido reunir e transmitir de forma prática e usual. Na época, os grandes cientistas, aboliam o uso de suas descobertas para uso em meios comerciais, mas Marconi, diferente de todos utilizou-se do artifício do comércio para se tornar o homem m ais admirável na época, em pouco tempo o seu experimento se tornou acessível a todos, o fim justificou os meios. Marconi foi respeitado e admirado por muitos, mas nunca deixou de ser o eterno físico prático, soube fazer o que muitos tentaram e não conseguiram administrar as suas descobertas e transformá-las em um império. Por fim demonstrou ao mundo que uma pessoa que persiste, dedica-se e acredita no seu sonho, mesmo com todos os obstáculos que virão, consegue encontrar uma saída em um corredor sem porta e se sobressai perante a multidão. Esse foi Guglielmo Marconi, admirado ainda hoje não pelo que foi, mas pelo que representa e por seus resultados que ainda hoje ecoam nas ondas de rádio.
  • 34. 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Garozzo, Filippo. (1974). “Guglielmo Marconi”. Rio de Janeiro, Editora Três, 1974. Bolton, Sarah K. (1944). “Guglielmo Marconi”. São Paulo, Editora Universal, 1944.
  • 37. 38 Marconi e sua mãe – Annie Jameson
  • 38. 39 Vila Griffone – local de sua primeira transmissão experimental
  • 39. 40 Marconi e o sistema de recepção e transmissão de rádios
  • 40. 41 O sistema de transmissão e recebimento de ondas de rádio
  • 43. 44 O homem que inspirou Marconi – Benjamin Franklin
  • 44. 91