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Sobre os limites entre realidade virtual e aumentada
Introdução a
realidade misturada
Fabio Palamedi
O que significa cada termo?
❖ Realidade virtual e realidade aumentada são por muitas
vezes tratadas pela mesma definição;
❖ Realidade aumentada por vezes é tratada por realidade
virtual de forma genérica;
❖ Quais as características que delimitam o espectro de
uma realidade virtual para uma realidade aumentada?
❖ Profusão de termos como hyper-reality, mixed reality,
expanded reality entre outras ajudam a aumentar a
confusão sobre as aplicações sobre cada um
Metodologia de pesquisa
❖ Resgate histórico-bibliográfico sobre:
❖ a necessidade de aumentar / criar uma realidade
❖ as possibilidades comunicacionais em ambientes
sintéticos
❖ o contexto que delimita o surgimento de tais
abordagens;
❖ momento tecnológico de surgimento
Não tão recente assim…
❖ Tecnologia a frente do seu
tempo? (Isaacson, 2014, p.47)
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(Bush, 1945, p.101)
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realidades tecnológicamente
alternativas não são novidades
(Negroponte, 2006, p.116-117)
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conceitualmente incorporar
elementos da outra no projeto
❖ A idéia de Realidade misturada
é vulgarmente usada como
justaposição das duas
propostas
Fonte: http://www.telepresenceoptions.com/images/sensorama.jpg
Ambiente natural e ambiente
alternativo
A expansão da natureza
❖ O homem primitivo buscava descrever, retratar o que
percebida do mundo da sua própria forma;
❖ Ao descrever e representar aquilo que contemplava, o
homem acaba por modificar seu ambiente natural e
criar para si, um ambiente expandido; (Gama,1986, p.30;
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própria natureza, como modifica a percepção que o
homem tem de si (Squirra, 2013, p.86)
A expansão da natureza
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sua própria versão da natureza passa a ser peça
fundamental e estruturante de forma continua e cíclica
(Castells, 2007, p.43)
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dinâmicas comunicacionais, sociais, políticas e
econômicas (Mcluhan, 1980, p.57)
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❖ Avanços tecnológicos + plasticidade em se reinventar (Castells, 2007, p.51) a
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humana (Marvin Minks e John
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2016
O advogado terá ao seu alcance as
opiniões e sentenças de toda a sua
carreira, assim como a de seus amigos e
especialistas no assunto [...] assim, a
ciência pode concretizar os meios em
que o homem produz, armazena e
consulta um acervo da raça humana.
“ (BUSH, 1945, p.107
Wierner (1948) - Cybernetics: Or Control and Communication in the Animal an
the machine
Licklider (1960) - Simbióse Homem-máquina
Engelbart (1962) - Augmenting Human Intellect + Augmented research Center
Sutherland (1968) - Augmented reality, VR, Sword of Damocles
Visualizando imagens, simulando sensações
e o continuum realidade-virtualidade
Sir Charles Wheatstone - estereoscópio
1960
1851
1900
1885 - Irmãos Lumiere e sua clássica exibição do trem
1928 - Edwin A. Link - o primeiro simulador
David Brewster - Caleidoscópio
2016
1960
1962 - Morton Heilig - Sensorama
1968 - Sutherland - the sword of Damocles
Como o contexto histórico
influenciou no contexto científico?
Os conceitos irão variar sutilmente, dependendo do recorte do autor (Kipper e Rampolla,
2013 - Realidade Aumentada, um guia para as emergentes tecnologias de Realidade
Aumentada)
Realidade Aumentada (AR) é uma variação de um Ambiente Virtual
(VE), ou Realidade Virtual (VR) e é assim mais conhecida. Tecnologias
de Realidade Virtual procuram imergir completamente um usuário em
um ambiente sintético e enquanto imerso, o usuário não pode ver o mundo
real ao seu redor. Em contraste, Realidade Aumentada recupera
informação gerada por computador, que podem ser imagens, texto,
áudio, vídeo, ser touch ou provocar sensações hápticas e sobrepor em
uma camada visual o ambiente real em tempo real. A Realidade
Aumentada pode tecnicamente ser utilizada para aprimorar os cinco
sentidos, mas seu uso mais comum nos dias atuais é apenas visual.
Diferente da Realidade Virtual, a Realidade Aumentada permite que o
usuário possa ver o mundo ao seu redor, com objetos virtuais sobre o que
ele vê, criando uma sensação de composição com a realidade. Dessa forma,
a Realidade Aumentada mais suplementa do que substitui
Os conceitos irão variar sutilmente, dependendo do recorte do
autor (Jerald, 2016 - The VR Book)
Um ambiente artificial que é experimentado através
dos estímulos sensoriais (como sons e sinais)
fornecidos por um computador e no qual as ações
(do usuário) são parcialmente determinantes no
ambiente.
Os conceitos irão variar sutilmente, dependendo do recorte do autor (Craig,
2013 - entendendo a realidade Aumentada, Conceitos e Aplicações)
[...] realidade aumentada um meio, em oposição a
uma tecnologia. Por meio, eu entendo que é
responsável por mediar ideias entre homens e
computadores, homens e homens, e computadores e
homens
Os conceitos irão variar sutilmente, dependendo do recorte do
autor (Dertouzos, 1997)
A realidade expandida pressupõe a sobreposição de
imagens virtuais em imagens reais, como no caso do
neurocirurgião. Basta por exemplo, usar o óculo e ver uma
imagem interna da máquina de lavar. Quando se olha para o
interior da máquina real, o sistema sabe para onde a pessoa
está olhando, graças aos sensores de movimento da cabeça,
e por comparar a imagem gerada com a lavadora
propriamente dita. Caso queira fazer um conserto, a tela
mostrará onde posicionar a chave de fenda e a chave de
boca, e quando esta deve ser girada. Basta obedecer, para
resolver magicamente o problema
Sobreposição vs exclusão
Nota-se, portanto, que em alguns casos os conceitos se complementam, outros, se
sobrepõem, e outros, se excluem. A definição usada por Kipper e Rompolla é mais abrangente
e embarca em uma mesma definição, tanto da ideia de Realidade Virtual quanto de Realidade
Aumentada, que vai de encontro com o conceito de Craig que, ao adotar a realidade
aumentada como meio, se afasta das definições (e consequentemente diferenças entre
hardware e software) e se aproximada da ideia de extrapolação. Apesar de Jerald também ter
uma percepção sobre extrapolamento, sua visão se volta completamente a realidade virtual,
embarcando em si a realidade aumentada como subproduto da tecnologia. Já Dertouzos, usa o
termo Realidade Expandida para se referir a Realidade Aumentada por entender que a
aplicação tecnológica de informações sobre o ambiente real se dá de forma bem similar que
Sutherland apontou, dedicando pouca atenção para a realidade virtual.
Continuum realidade-virtualidade (Milgram e Kishino 1994)
Realidade Misturada é a abstração das ideias da extrapolação do ser
humano em qualquer nível. Dessa forma, assume-se que não há de fato uma
distinção conceitual entre Realidade Virtual e Realidade Aumentada,
ambas são a mesma coisa: realidade misturada,
Continuum realidade-virtualidade (Milgram e Kishino 1994)
Fonte da imagem ; https://www.linkedin.com/pulse/mixed-reality-education-collaboration-denis-hurley
Continuum realidade-virtualidade (Milgram e Kishino 1994)
Além de introduzir o conceito de Realidade Misturada, Milgram e Kishino ainda fazem
a distinção entre ambiente real, ambientes sintéticos (virtual) além da característica da
interação (visualização através de) ou imersão (por meio de). Quanto mais uma
solução se aproxima da realidade e mais tangível é, maior o nível de realismo (realidade
aumentada). Quanto mais abstrato e próximo de ambientes sintéticos, gerados inteiramente
por computador, maior é o nível de virtualidade. Entendendo as definições do dicionário
Webster (1989), virtualidade como “ser em essência ou efeito, mas não em fato” e
realidade como “o estado ou a qualidade de ser”, o problema do oximoro realidade-virtual,
resta apenas no uso vulgar para descrever um dispositivo projetado para ambientes
virtuais.
Realidade misturada, comunicação expandida
• Através de um recorte histórico-teórico, os conceitos como a tecnologia para
expandir a realidade do homem (apesar de serem oriundas de diversas práticas
cientificas) sempre objetivaram a comunicação e a interação, tanto do homem com a
máquina, quanto a partir da máquina para o homem.
• Produtos da realidade misturada oferecem desafios semanticamente
comunicacionais, sendo a comunicação o componente fundamental no processo que
irá derivar a interação do usuário com o ambiente (Jerald, 2016, p.10; Craig, 2013, p.2)
• Dialogicidade homem-máquina configura-se como um puro processo de
comunicação (Squirra, 2013, p.86)
Considerações finais
Argumento central - realidade misturada
❖ A realidade misturada e o espectro continuum realidade
virtualidade dão conta de sustentar teoricamente as
aplicações sob uma perspectiva de comunicação expandida;
❖ Os estudos da realidade misturada pelo recorte da
Comunicação são totalmente pertinentes e pouco explorados;
❖ A visão do que é comunicação pelo olhar das Engenharias
(sistemas, Software, Computação) vão de encontro com o que
a cibernética entende como comunicação, portanto, tão
válidos quanto;
Algumas indagações que surgiram nesta reflexão
❖ A comunicação pode ser expandida em toda a sua
amplitude? Ou apenas no lado do homem e da sua
cognição?
❖ Sendo apenas colado do homem, uma comunicação
expandida seria o aumento de informações que
combatem a entropia ou uma tratava mais eficaz da
degeneração da informação?
Referências
BOLAND, D; MCGILL, M. Lost in the rift:Enganging with Mixed Reality in XRDS Cross Roads, v.22. n.1, p.36-37; 2015
CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura. Tradução de Roneide Venâncio
Majer. São Paulo: Paz e Terra. V.1, 2007.
CERF, V.G Augmented Reality. Communictions of ACM, Washington, v.57, n.8, p.6.8, 2014
DERTOUZOS, M. L. O que será: como o novo mundo da informação transformará nossas vidas. São Paulo: Companhia das Letras,
1997
________ A revolução Inacabada. São Paulo: Futura, 2002
GAMA, Ruy. A tecnologia e o trabalho na história. São Paulo: Nobel: Editora da Universidade de São Paulo, 1986.
GLEICK, J. A informação – Uma história, uma teoria, uma enxurrada. São Paulo: Companhia das Letras, 2013
GREGORY, R. L. Eye and Brain: The Psycology of Seeing. 5.Edição. Princeton University Press, Princeton.
ISAACSON, W. Os inovadores: Uma biografia da revolução digital. Tradução de Berilo Vargas, Luciano Vieira Machado e Pedro
Maria Soares. 1.edição, São Paulo. Companhia das Letras, 2014.
JERALD, J. The VR Book: Human-Centered Design for Virtual Reality, Washington, ACM & Morgan & Claypool Publishers, 2014
LOPES, P; ION, A; KOVACS, R. Using your own muscles: realistic physical experiences in VR in XRDS Cross Roads, v.22. n.1, p.
30-35; 2015
KIPPER, G; RAMPOLLA, J. Augmented Reality: An Emerging Technologies Guide to AR Syngress Publishing, 2010.
Referências
MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. Tradução de Décio Pignatari. São Paulo. Cultrix. 2007, p.407
MILGRAM, P.; KISHINO, F. A taxonomy of Mixed Reality Visual Displays. IEICE TRANS. INF & SYST, Vol. E77, n.12, p. 1321–1329, 2012.
MURRAY, J. H. Hamlet no Holodeck: o futuro das narrativas no ciberespaço. São Paulo: Itaú Cultural, Unesp 2003.
NEGROPONTE, N. A vida digital. São Paulo: Companhia das letras, 1995.
PLASENCIA D. M. One step beyond Virtual Reality:Connectong past and future developments in XRDS Cross Roads, v.22. n.1, p.36-37; 2015
PINTO, A. V. O conceito de Tecnologia. Rio de Janeiro; Editora Contraponto, 2005.
SUTHERLAND, Ivan. Augumented Reality: The ultimate display. Out. 1965. Disponivel em: <https://www.wired.com/2009/09/augmented-
reality-the-ultimate display-by-ivan-sutherland-1965/> Acesso em: 25/08/2016
SUTHERLAND, Ivan. A Head-Mounted Three Dimensional Display. In Proceedings of the 1968 Fall Joint Computer Conference AFIPS (Vol.
33, parte 1, p. 757-764). Washington. Thompson Books
SQUIRRA, S. A Icomunicação: da metacomunicação à Ciberlogia .In: Revista IberoAmericana de Ciências de la Comunicación. N.2, p.86-97,
2013
___________. Como as invisíveis tecnologias permeiam a existência e a produção. In: A comunicação de Mercado em redes virtuais. Chapecó:
Argos, p. 89-114, 2015
___________. A Comunicação em displays híbridos, nas redes e em mídias nas nuvens. In: Revista Comunicação & Inovação. Programa de Pós-
Graduação da USCS, v.14, p.28-36, 2013
___________. Engenharia das Comunicações – uma proposta para pesquisas colaborativas e transversais. In: Ciberlegenda. Rio de Janeiro, v.1, p.
71-81, 2011, no. 25.
WIERNER, N. Cibernética e Sociedade – o uso humano de seres humanos. São Paulo: Cultrix, 1954
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Limites entre RV e RA

  • 1. Sobre os limites entre realidade virtual e aumentada Introdução a realidade misturada Fabio Palamedi
  • 2. O que significa cada termo? ❖ Realidade virtual e realidade aumentada são por muitas vezes tratadas pela mesma definição; ❖ Realidade aumentada por vezes é tratada por realidade virtual de forma genérica; ❖ Quais as características que delimitam o espectro de uma realidade virtual para uma realidade aumentada? ❖ Profusão de termos como hyper-reality, mixed reality, expanded reality entre outras ajudam a aumentar a confusão sobre as aplicações sobre cada um
  • 3. Metodologia de pesquisa ❖ Resgate histórico-bibliográfico sobre: ❖ a necessidade de aumentar / criar uma realidade ❖ as possibilidades comunicacionais em ambientes sintéticos ❖ o contexto que delimita o surgimento de tais abordagens; ❖ momento tecnológico de surgimento
  • 4. Não tão recente assim… ❖ Tecnologia a frente do seu tempo? (Isaacson, 2014, p.47) ❖ Hardware não estava pronto? (Bush, 1945, p.101) ❖ Ambientes sintéticos e realidades tecnológicamente alternativas não são novidades (Negroponte, 2006, p.116-117) Fonte: http://www.telepresenceoptions.com/images/sensorama.jpg
  • 5. Ambiguidade de VR/AR ❖ Mesmo objetivo e aplicabilidade tecnológica: projeção de informações em display ❖ As duas tecnologias podem conceitualmente incorporar elementos da outra no projeto ❖ A idéia de Realidade misturada é vulgarmente usada como justaposição das duas propostas Fonte: http://www.telepresenceoptions.com/images/sensorama.jpg
  • 6. Ambiente natural e ambiente alternativo
  • 7. A expansão da natureza ❖ O homem primitivo buscava descrever, retratar o que percebida do mundo da sua própria forma; ❖ Ao descrever e representar aquilo que contemplava, o homem acaba por modificar seu ambiente natural e criar para si, um ambiente expandido; (Gama,1986, p.30; Morais, 1940, p.101) ❖ As intervenções na própria natureza modificam não só a própria natureza, como modifica a percepção que o homem tem de si (Squirra, 2013, p.86)
  • 8. A expansão da natureza ❖ A transformação da realidade natural do homem para sua própria versão da natureza passa a ser peça fundamental e estruturante de forma continua e cíclica (Castells, 2007, p.43) ❖ A introdução de novos elementos alteram e criam novas dinâmicas comunicacionais, sociais, políticas e econômicas (Mcluhan, 1980, p.57)
  • 9. Do material ao bit/dados ❖ Avanços tecnológicos + plasticidade em se reinventar (Castells, 2007, p.51) a informação deixa de estar no objeto para ser modificável.
  • 10. Pensamento computacional e a idéia da extrapolação
  • 11. 1940 2016 o computador pode livrar o homem do trabalho. Como? Máquinas que pudessem aprender sozinhas e reproduzir a cognição humana (Marvin Minks e John McCarthy) Cibernética, relação homem-máquina (Bush, Licklider, Wierner, Engelbart, Sutherland) Inteligência artificial, Machine learning, Sensores, Robótica, etc Máquina/computador como prótese, extensão / expansão humana
  • 12. O aumento das capacidades do homem
  • 13. Bush (1940) 2016 O advogado terá ao seu alcance as opiniões e sentenças de toda a sua carreira, assim como a de seus amigos e especialistas no assunto [...] assim, a ciência pode concretizar os meios em que o homem produz, armazena e consulta um acervo da raça humana. “ (BUSH, 1945, p.107 Wierner (1948) - Cybernetics: Or Control and Communication in the Animal an the machine Licklider (1960) - Simbióse Homem-máquina Engelbart (1962) - Augmenting Human Intellect + Augmented research Center Sutherland (1968) - Augmented reality, VR, Sword of Damocles
  • 14. Visualizando imagens, simulando sensações e o continuum realidade-virtualidade
  • 15. Sir Charles Wheatstone - estereoscópio 1960 1851 1900 1885 - Irmãos Lumiere e sua clássica exibição do trem 1928 - Edwin A. Link - o primeiro simulador David Brewster - Caleidoscópio
  • 16. 2016 1960 1962 - Morton Heilig - Sensorama 1968 - Sutherland - the sword of Damocles
  • 17. Como o contexto histórico influenciou no contexto científico?
  • 18. Os conceitos irão variar sutilmente, dependendo do recorte do autor (Kipper e Rampolla, 2013 - Realidade Aumentada, um guia para as emergentes tecnologias de Realidade Aumentada) Realidade Aumentada (AR) é uma variação de um Ambiente Virtual (VE), ou Realidade Virtual (VR) e é assim mais conhecida. Tecnologias de Realidade Virtual procuram imergir completamente um usuário em um ambiente sintético e enquanto imerso, o usuário não pode ver o mundo real ao seu redor. Em contraste, Realidade Aumentada recupera informação gerada por computador, que podem ser imagens, texto, áudio, vídeo, ser touch ou provocar sensações hápticas e sobrepor em uma camada visual o ambiente real em tempo real. A Realidade Aumentada pode tecnicamente ser utilizada para aprimorar os cinco sentidos, mas seu uso mais comum nos dias atuais é apenas visual. Diferente da Realidade Virtual, a Realidade Aumentada permite que o usuário possa ver o mundo ao seu redor, com objetos virtuais sobre o que ele vê, criando uma sensação de composição com a realidade. Dessa forma, a Realidade Aumentada mais suplementa do que substitui
  • 19. Os conceitos irão variar sutilmente, dependendo do recorte do autor (Jerald, 2016 - The VR Book) Um ambiente artificial que é experimentado através dos estímulos sensoriais (como sons e sinais) fornecidos por um computador e no qual as ações (do usuário) são parcialmente determinantes no ambiente.
  • 20. Os conceitos irão variar sutilmente, dependendo do recorte do autor (Craig, 2013 - entendendo a realidade Aumentada, Conceitos e Aplicações) [...] realidade aumentada um meio, em oposição a uma tecnologia. Por meio, eu entendo que é responsável por mediar ideias entre homens e computadores, homens e homens, e computadores e homens
  • 21. Os conceitos irão variar sutilmente, dependendo do recorte do autor (Dertouzos, 1997) A realidade expandida pressupõe a sobreposição de imagens virtuais em imagens reais, como no caso do neurocirurgião. Basta por exemplo, usar o óculo e ver uma imagem interna da máquina de lavar. Quando se olha para o interior da máquina real, o sistema sabe para onde a pessoa está olhando, graças aos sensores de movimento da cabeça, e por comparar a imagem gerada com a lavadora propriamente dita. Caso queira fazer um conserto, a tela mostrará onde posicionar a chave de fenda e a chave de boca, e quando esta deve ser girada. Basta obedecer, para resolver magicamente o problema
  • 22. Sobreposição vs exclusão Nota-se, portanto, que em alguns casos os conceitos se complementam, outros, se sobrepõem, e outros, se excluem. A definição usada por Kipper e Rompolla é mais abrangente e embarca em uma mesma definição, tanto da ideia de Realidade Virtual quanto de Realidade Aumentada, que vai de encontro com o conceito de Craig que, ao adotar a realidade aumentada como meio, se afasta das definições (e consequentemente diferenças entre hardware e software) e se aproximada da ideia de extrapolação. Apesar de Jerald também ter uma percepção sobre extrapolamento, sua visão se volta completamente a realidade virtual, embarcando em si a realidade aumentada como subproduto da tecnologia. Já Dertouzos, usa o termo Realidade Expandida para se referir a Realidade Aumentada por entender que a aplicação tecnológica de informações sobre o ambiente real se dá de forma bem similar que Sutherland apontou, dedicando pouca atenção para a realidade virtual.
  • 23. Continuum realidade-virtualidade (Milgram e Kishino 1994) Realidade Misturada é a abstração das ideias da extrapolação do ser humano em qualquer nível. Dessa forma, assume-se que não há de fato uma distinção conceitual entre Realidade Virtual e Realidade Aumentada, ambas são a mesma coisa: realidade misturada,
  • 24. Continuum realidade-virtualidade (Milgram e Kishino 1994) Fonte da imagem ; https://www.linkedin.com/pulse/mixed-reality-education-collaboration-denis-hurley
  • 25. Continuum realidade-virtualidade (Milgram e Kishino 1994) Além de introduzir o conceito de Realidade Misturada, Milgram e Kishino ainda fazem a distinção entre ambiente real, ambientes sintéticos (virtual) além da característica da interação (visualização através de) ou imersão (por meio de). Quanto mais uma solução se aproxima da realidade e mais tangível é, maior o nível de realismo (realidade aumentada). Quanto mais abstrato e próximo de ambientes sintéticos, gerados inteiramente por computador, maior é o nível de virtualidade. Entendendo as definições do dicionário Webster (1989), virtualidade como “ser em essência ou efeito, mas não em fato” e realidade como “o estado ou a qualidade de ser”, o problema do oximoro realidade-virtual, resta apenas no uso vulgar para descrever um dispositivo projetado para ambientes virtuais.
  • 26. Realidade misturada, comunicação expandida • Através de um recorte histórico-teórico, os conceitos como a tecnologia para expandir a realidade do homem (apesar de serem oriundas de diversas práticas cientificas) sempre objetivaram a comunicação e a interação, tanto do homem com a máquina, quanto a partir da máquina para o homem. • Produtos da realidade misturada oferecem desafios semanticamente comunicacionais, sendo a comunicação o componente fundamental no processo que irá derivar a interação do usuário com o ambiente (Jerald, 2016, p.10; Craig, 2013, p.2) • Dialogicidade homem-máquina configura-se como um puro processo de comunicação (Squirra, 2013, p.86)
  • 28. Argumento central - realidade misturada ❖ A realidade misturada e o espectro continuum realidade virtualidade dão conta de sustentar teoricamente as aplicações sob uma perspectiva de comunicação expandida; ❖ Os estudos da realidade misturada pelo recorte da Comunicação são totalmente pertinentes e pouco explorados; ❖ A visão do que é comunicação pelo olhar das Engenharias (sistemas, Software, Computação) vão de encontro com o que a cibernética entende como comunicação, portanto, tão válidos quanto;
  • 29. Algumas indagações que surgiram nesta reflexão ❖ A comunicação pode ser expandida em toda a sua amplitude? Ou apenas no lado do homem e da sua cognição? ❖ Sendo apenas colado do homem, uma comunicação expandida seria o aumento de informações que combatem a entropia ou uma tratava mais eficaz da degeneração da informação?
  • 30. Referências BOLAND, D; MCGILL, M. Lost in the rift:Enganging with Mixed Reality in XRDS Cross Roads, v.22. n.1, p.36-37; 2015 CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da informação: economia, sociedade e cultura. Tradução de Roneide Venâncio Majer. São Paulo: Paz e Terra. V.1, 2007. CERF, V.G Augmented Reality. Communictions of ACM, Washington, v.57, n.8, p.6.8, 2014 DERTOUZOS, M. L. O que será: como o novo mundo da informação transformará nossas vidas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997 ________ A revolução Inacabada. São Paulo: Futura, 2002 GAMA, Ruy. A tecnologia e o trabalho na história. São Paulo: Nobel: Editora da Universidade de São Paulo, 1986. GLEICK, J. A informação – Uma história, uma teoria, uma enxurrada. São Paulo: Companhia das Letras, 2013 GREGORY, R. L. Eye and Brain: The Psycology of Seeing. 5.Edição. Princeton University Press, Princeton. ISAACSON, W. Os inovadores: Uma biografia da revolução digital. Tradução de Berilo Vargas, Luciano Vieira Machado e Pedro Maria Soares. 1.edição, São Paulo. Companhia das Letras, 2014. JERALD, J. The VR Book: Human-Centered Design for Virtual Reality, Washington, ACM & Morgan & Claypool Publishers, 2014 LOPES, P; ION, A; KOVACS, R. Using your own muscles: realistic physical experiences in VR in XRDS Cross Roads, v.22. n.1, p. 30-35; 2015 KIPPER, G; RAMPOLLA, J. Augmented Reality: An Emerging Technologies Guide to AR Syngress Publishing, 2010.
  • 31. Referências MCLUHAN, M. Os meios de comunicação como extensões do homem. Tradução de Décio Pignatari. São Paulo. Cultrix. 2007, p.407 MILGRAM, P.; KISHINO, F. A taxonomy of Mixed Reality Visual Displays. IEICE TRANS. INF & SYST, Vol. E77, n.12, p. 1321–1329, 2012. MURRAY, J. H. Hamlet no Holodeck: o futuro das narrativas no ciberespaço. São Paulo: Itaú Cultural, Unesp 2003. NEGROPONTE, N. A vida digital. São Paulo: Companhia das letras, 1995. PLASENCIA D. M. One step beyond Virtual Reality:Connectong past and future developments in XRDS Cross Roads, v.22. n.1, p.36-37; 2015 PINTO, A. V. O conceito de Tecnologia. Rio de Janeiro; Editora Contraponto, 2005. SUTHERLAND, Ivan. Augumented Reality: The ultimate display. Out. 1965. Disponivel em: <https://www.wired.com/2009/09/augmented- reality-the-ultimate display-by-ivan-sutherland-1965/> Acesso em: 25/08/2016 SUTHERLAND, Ivan. A Head-Mounted Three Dimensional Display. In Proceedings of the 1968 Fall Joint Computer Conference AFIPS (Vol. 33, parte 1, p. 757-764). Washington. Thompson Books SQUIRRA, S. A Icomunicação: da metacomunicação à Ciberlogia .In: Revista IberoAmericana de Ciências de la Comunicación. N.2, p.86-97, 2013 ___________. Como as invisíveis tecnologias permeiam a existência e a produção. In: A comunicação de Mercado em redes virtuais. Chapecó: Argos, p. 89-114, 2015 ___________. A Comunicação em displays híbridos, nas redes e em mídias nas nuvens. In: Revista Comunicação & Inovação. Programa de Pós- Graduação da USCS, v.14, p.28-36, 2013 ___________. Engenharia das Comunicações – uma proposta para pesquisas colaborativas e transversais. In: Ciberlegenda. Rio de Janeiro, v.1, p. 71-81, 2011, no. 25. WIERNER, N. Cibernética e Sociedade – o uso humano de seres humanos. São Paulo: Cultrix, 1954