1) O Rio Tietê, apesar de ser o maior rio de São Paulo, está altamente poluído e considerado "morto" na região metropolitana devido ao despejo de esgoto. 2) O Projeto Tietê foi criado em 1992 para limpar o rio, mas já custou R$8,1 bilhões e ainda faltam R$4 bilhões para conclusão. 3) Mesmo com investimentos, o rio continua poluído e é preciso mais ações de saneamento básico e conscientização da população para sua revitalização
A intenção deste manual é divulgar
dicas para atravessar da melhor
forma possível situações difíceis
que podem ocorrer devido à falta
de água nas cidades.
1
A solução para a crise hídrica mais perto do que se imagina 20% da água entregue é utilizada para consumo, o que fazer com o restante dela é a questão.
Se ousarmos imaginar o que as gerações vindouras poderão pensar de nós, logo que entrarem em vigor os cenários de escassez projetados em relação ao recurso água potável, ficamos de imediato conscientes do modo pouco sustentável como gerimos atualmente este recurso: enquanto carregamos no botão de descarga da sanita e a água libertada for potável, sabemos que temos ainda muito por melhorar no ciclo de vida da água.
Não cabe apenas às instituições governamentais, nem tão pouco à Comissão Europeia, introduzir a mudança necessária de paradigma. Por este motivo, a Construção Sustentável® dinamiza a abordagem deste tema através da concepção de sistemas de água que permitem recorrer a água adequada para cada uso utilizando, sempre que possível recursos locais de água renovável (reciclada ou da chuva).
Beneficios dos Sistemas Naturais em Sistemas de Manejo Integrado de AguaFluxus Design Ecológico
Palestra oferecida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) em 23/Ago, por ocasiao da realizacao do XII SIGA - Seminario para Interacao em Gestao Ambiental.
Recomendo baixar o arquivo em formato powerpoint. Todos os slides acompanham uma descricao do seu conteudo.
Palestra apresentada durante o primeiro curso de saneamento básico rural, na Embrapa Instrumentação, São Carlos - SP, outubro de 2013
Disponível em : http://saneamento.cnpdia.embrapa.br/programacao.html
A intenção deste manual é divulgar
dicas para atravessar da melhor
forma possível situações difíceis
que podem ocorrer devido à falta
de água nas cidades.
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A solução para a crise hídrica mais perto do que se imagina 20% da água entregue é utilizada para consumo, o que fazer com o restante dela é a questão.
Se ousarmos imaginar o que as gerações vindouras poderão pensar de nós, logo que entrarem em vigor os cenários de escassez projetados em relação ao recurso água potável, ficamos de imediato conscientes do modo pouco sustentável como gerimos atualmente este recurso: enquanto carregamos no botão de descarga da sanita e a água libertada for potável, sabemos que temos ainda muito por melhorar no ciclo de vida da água.
Não cabe apenas às instituições governamentais, nem tão pouco à Comissão Europeia, introduzir a mudança necessária de paradigma. Por este motivo, a Construção Sustentável® dinamiza a abordagem deste tema através da concepção de sistemas de água que permitem recorrer a água adequada para cada uso utilizando, sempre que possível recursos locais de água renovável (reciclada ou da chuva).
Beneficios dos Sistemas Naturais em Sistemas de Manejo Integrado de AguaFluxus Design Ecológico
Palestra oferecida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) em 23/Ago, por ocasiao da realizacao do XII SIGA - Seminario para Interacao em Gestao Ambiental.
Recomendo baixar o arquivo em formato powerpoint. Todos os slides acompanham uma descricao do seu conteudo.
Palestra apresentada durante o primeiro curso de saneamento básico rural, na Embrapa Instrumentação, São Carlos - SP, outubro de 2013
Disponível em : http://saneamento.cnpdia.embrapa.br/programacao.html
Na história de São Paulo, a urbanização e a industrialização aceleradas são indissociáveis da poluição do rio Tietê e seus afluentes. Hoje grande parte das indústrias já deixou a cidade, mas seus rios continuam a degradar a paisagem urbana.
Cidades europeias enfrentaram com sucesso o mesmo problema. O rio Tâmisa era conhecido como "The Great Stink" (O Grande Fedor) em meados do século 19 e foi considerado biologicamente morto um século depois. Hoje é habitat propício a 125 diferentes espécies de peixe e fonte de transporte, beleza e lazer para os habitantes e visitantes de Londres.
A despoluição do Pinheiros se tornou uma prioridade do atual governo de São Paulo. Desta vez será para valer? O que é necessário para tanto? Qual o papel do governo, qual o papel da sociedade? O que um rio limpo pode vir a significar para a qualidade de vida na cidade?
Benedito Braga - Presidente da SABESP
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1. “VIDA, MORTE E REVITALIZAÇÃO DO NOSSO RIO TIETÊ! ”
Informativo Mensal - Volume 32
DIA 22 DE SETEMBRO, DIA DO RIO TIETÊ, NÃO TEMOS
O QUE COMEMORAR!
Desde 2005, o INSP – Instituto Navega São Paulo acompanha a lenta
evolução, do Projeto Tietê. Tudo começou para o instituto quando a
criação da calha do Rio tietê, na região metropolitana estava sendo
finalizada e a população demonstrou interesse em aproximar-se do
esquecido rio, e assim o INSP, disponibilizou a navegação com monitores
para pequenos grupos de professores, estudantes, pesquisadores,
imprensa e demais interessados em saber um pouco mais sobre o Rio
Verdadeiro. Mas infelizmente, de lá para os dias de hoje, não temos
muito a comemorar no dia do nosso generoso Rio.
RETROSPECTIVA
O Tietê, com seus 1.150 km de extensão, é o maior rio do estado de São
Paulo. Mas, na região metropolitana, é um dos mais poluídos do mundo
e está completamente morto. O que causou tanto estrago foi a expansão
desordenada da cidade e o consequente despejo de esgotos residenciais,
industriais diretamente no rio e a poluição difusa que por incrível que
pareça ainda ocorre impunimente.
Para limpar a bacia hidrográfica que corta a cidade paulistana, seria
necessário melhorar o sistema de canalização da região. Com esse
objetivo, em 1992, foi criado o Projeto Tietê, administrado pela
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
A VOZ DO TIETÊ
Desde 2005 o Instituto Navega
São Paulo tem o objetivo de
atrair a atenção da população
para o rio Tietê a partir do seu
trecho mais degradado que é a
região metropolitana de São
Paulo. Conseguimos atingir
nosso proposito por meio das
navegações monitoradas na
embarcação Almirante do Lago,
entre as pontes dos Remédios e
das Bandeiras. Agora nossa
proposta com este informativo
mensal é atrair sua atenção,
levando até você informações
sobre o nosso Tietê para que
juntos identifiquemos o que
fazer para revitalizar tão
precioso patrimônio ambiental.
DIA DO TIETÊ 22.09.2011 – PTE. DAS BANDEIRAS
2. Durante a primeira etapa do programa, que se estendeu até 2000, foram
construídas três estações de tratamento de água (que se somaram às
duas já existentes), além de tubulações para a coleta e o transporte de
dejetos. Segundo a Sabesp, com o fim dessa primeira fase de
despoluição, o índice de coleta de esgotos na região metropolitana de
São Paulo passou de 63% para 80% e o índice de tratamento aumentou
de 20% para 62%.
Entre 2002 e 2009, na segunda etapa do projeto, houve um aumento da
rede de coletores (tubos que recolhem o esgoto) e interceptores
(tubulações que ficam na margem dos rios e impedem que o lixo seja
despejado nele). Hoje, a região metropolitana tem 84% do esgoto
coletado e, desses, 70% é tratado.
DESPOLUIÇÃO DO TIETÊ JÁ CUSTOU R$ 8,1 BILHÕES E ESTÁ LONGE DE ACABAR...
Governo ainda terá que gastar R$ 4 bilhões nos próximos anos para limpar o maior rio de São Paulo; água poderia
ser usada contra seca.
O projeto de despoluição do Rio Tietê, que corta quase todo o estado de São Paulo, começou há 24 anos e já
consumiu US$ 2,65 bilhões (o equivalente a R$ 8,1 bilhões, em valores atuais), entre investimentos do governo do
estado e de organismos internacionais. Para que o rio deixe de ser considerado morto em um trecho que atravessa a
capital paulista e parte da Grande São Paulo ainda serão necessários 10 anos de obras e um investimento de cerca
de R$ 4 bilhões.
Inicialmente, o projeto de despoluição terminaria em 2022, mas o prazo foi estendido em três anos. Em setembro de
2012, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) chegou a anunciar que o rio estaria sem cheiro e seria habitado por
algumas espécies de peixes em 2015. Mas basta uma volta de carro pela congestionada Marginal Tietê para concluir
que isso não aconteceu: o rio continua sujo e, em alguns trechos com cheiro forte.
Especialistas dizem que projetos de despoluição de rios costumam mesmo demorar décadas, embora reconheçam
que há atrasos no cronograma paulista. Destacamos que o projeto é importante, principalmente para que o estado
enfrente a crise de falta d’água que começou ano passado. Se o Tietê estivesse limpo, sua água poderia ser
bombeada pelo Rio Pinheiros, também poluído, para a Represa Billings.
Mudou a lógica da sociedade em relação à década de 1990, quando o projeto começou. Antes, era uma questão de
deixar de ter vergonha do rio. Depois, passou a ser de ter integração do rio com a cidade. E agora é algo à frente: São
Paulo precisa da água do Tietê para beber. Não dá para dizer que São Paulo não tem água. São Paulo não tem água
de qualidade.
3. Entendemos que para alcançar sucesso, os responsáveis pelo projeto precisam articular suas ações com projetos de
coleta de lixo e tratamento de esgoto de diferentes municípios da Grande São Paulo. Até hoje, indústrias e
residências da Grande São Paulo jogam seus esgotos sem tratamento direto no Tietê.
A degradação do rio começou na década de 1940,
devido ao crescimento populacional de São Paulo e
da instalação de indústrias que não tratavam esgoto
na Zona Norte da capital e em municípios da Região
Metropolitana. A utilização do rio como um espaço
de lazer e disputa de regatas perdeu espaço
definitivamente após 1957, quando foram
inauguradas as avenidas marginais.
A primeira fase do projeto Tietê, entre 1992 e 1998,
consumiu US$ 1,1 bilhão. A segunda etapa, entre
2000 e 2008, custou outros US$ 500 milhões. A fase
seguinte, de 2009 a 2015, foi orçada em US$ 1,05
bilhão. O objetivo desta etapa é elevar a coleta de
esgotos na região metropolitana de 85% para 87% e
ampliar o serviço de tratamento de esgotos de 78% para 84%. A quarta fase é orçada em R$ 4 bilhões e deve acabar
em 2025, segundo a Sabesp.
Mas efetivamente, não há previsão para que 100% do esgoto produzido na metrópole seja tratado, já que nem
mesmo nos países mais desenvolvidos isso acontece. No Reino Unido, por exemplo, o índice está em 92%. Também
é um erro comparar o projeto de despoluição do Tietê ao que ocorreu em rios como o Sena (na França) e o Tâmisa
(na Inglaterra). "O projeto de limpeza do Sena durou mais de 70 anos. Também tem que se levar em conta que a
população da cidade de São Paulo é de 19 milhões de habitantes, contra os 8 milhões de Paris. Além disso, os dois
rios são muito diferentes. A vasão do francês é de 50 mil litros por segundo e o do Tietê é de apenas 34". Explica
Carlos Eduardo Carrela, superintendente de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp. A vazão é o volume de água que
4. corre pelo rio a cada segundo e, quanto maior, mais fácil seu processo de auto-limpeza. Por causa de todos esses
fatores, é impossível prever se um dia será possível ver peixes na parte do Tietê que corta a cidade de São Paulo. "O
problema é que há muitas ligações clandestinas de esgoto, que não passam pelos coletores e vão direto para o rio
ou para as galerias pluviais. É preciso que a população se conscientize do seu papel", afirma Carlos Eduardo Carrela.
O superintendente ainda explica que, se o rio parar de receber sujeira, a despoluição acontece naturalmente, por
meio do mecanismo de auto-limpeza, que dissolve os poluentes e oxigena a água. Apesar da dificuldade em
despoluir a região metropolitana, no interior do estado ela já pode ser percebida.
Antes do início do Projeto Tietê, o rio estava morto até na região de Barra Bonita, a cerca de 250 km da capital.
Depois do fim da primeira etapa de limpeza, a mancha de poluição recuou 120 km e peixes voltaram a aparecer na
barragem da cidade. "Com o fim da segunda fase, esperamos que daqui a um ou dois anos a mancha recue mais 40
km, até a região de Salto, a 100 km da capital", está é a previsão, mas na realidade, o Tietê estava "morto" por 71
km, entre as cidades de Guarulhos e Pirapora do Bom Jesus, antes da grave estiagem que atingiu São Paulo. A falta
de água, que dificulta a diluição do esgoto que chega ao rio, fez mais do que dobrar a área contaminada.
A
mancha de poluição do rio Tietê recuou um pouco depois do fim da crise hídrica, mas segue muito maior do que
entre 2013 e 2014 –quando foi atingida a melhor marca do programa de despoluição.
5. Com isso, entre 2014 e 2015, 154,7 km do rio estavam sem oxigênio para a sobrevivência das espécies, área que se
estendia de Mogi das Cruzes (Grande SP) a Cabreúva.
Agora, segundo monitoramento da ONG SOS Mata Atlântica que será divulgado nesta quinta (22), a mancha de
poluição recuou 11,5% –tem 137 km de extensão, de Itaquaquecetuba (Grande SP) a Cabreúva, no interior.
Entendemos que o saneamento básico não resolve, sozinho, o problema de poluição do rio Tietê. Precisamos
desenvolver uma gestão integrada, que, além do saneamento, envolva restauração florestal, retirada de moradias
irregulares e o engajamento de todos os segmentos da sociedade.
Carta da Terra – Princípios
Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a
ampla aplicação do conhecimento adquirido.
Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada a
sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em
desenvolvimento.