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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
Curso de Licenciatura em Química 
Disciplina: Metodologia em Ensino de Química 2014.1 
Gaston Bachelard 
Biografia e Pensamento 
NAURY N. OLIVEIRA
Biografia 
Gaston Bachelard, epistemólogo 
francês e filósofo da ciência, nasceu em 
Barsur-Aube. Foi funcionário dos 
serviços postais até 1913, quando 
obteve sua licença em Matemática e 
Ciências e se tornou um professor de 
Física e Química na Faculdade de Bar-sur- 
Aube. Em 1927, Bachelard doutorou-se 
em Letras, e por volta de 1930 se 
tornou professor de Filosofia na 
Universidade de Dijon. De 1940 a 1954 
foi professor na Universidade de 
Sorbonne, em Paris.
Historicamente, vê-se que Bachelard viveu numa época de 
amadurecimento da Ciência, que podemos inferir por Revolução 
Científica do século XX, e por isso pôde presenciar toda a discussão sobre 
o surgimento e as implicações da física relativista. Por esta razão pode 
ser visto em seu trabalho a mesma ruptura trazida pela teoria da 
relatividade, a quebra do empirismo, uma vez que o objeto de estudo 
dependia agora do referencial, e assim não podia ser considerado 
absoluto e passar pelo método empírico único. 
Bachelard expôs um racionalismo dialético, ou o "diálogo" entre razão 
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assimilado a um sistema que muda apenas na medida em que cresce. Ele 
rejeitou o conceito cartesiano de que as verdades científicas são partes 
imutáveis de uma "verdade total", que aos poucos são montadas como 
um quebra-cabeças.
A influência de Bachelard na metodologia 
educacional 
O conhecimento sobre obstáculos epistemológicos é fundamental pois pode ser a chave para o 
sucesso ou a liberação de um entrave em uma pesquisa científica. 
Dentro deste contexto podemos estabelecer relações entre o pensamento epistemológicos de 
Bachelard e o pensamento pedagógico na pesquisa em ensino de ciências atual. Para tal é 
necessário um recorte sobre o cenário da pesquisa em ensino da ciência. 
Nas décadas de setenta e oitenta duas vertentes de estudos sobre a construção do 
conhecimento tomaram destaque. Uma delas ficou conhecida como “movimento de concepções 
alternativas” (MCA). Ela revela o fato de as concepções de crianças e adolescentes 
permanecerem vivas mesmo depois de essas receberem instrução, e que a simples instrução não 
promovia bases fortes, necessitando assim do entendimento das razões desta. Assim com o 
crescente uso da epistemologia na didática de ensino de ciências, houve a necessidade de 
aprofundar-se nas propostas e analisar algumas críticas feitas ao construtivismo. Mathews 
(1994) critica a ideia construtivista do paradigma empirista, na qual a verdade corresponde em 
uma relação objeto e ideia, na qual a ideia vem pela observação do objeto, levando sempre a 
ciência a um empirismo obrigatório e necessário. Bachelard nega o empirismo cego, afirmando 
que os objetos científicos são resultados de uma reflexão teórica prévia.
Nota-se então, uma aproximação entre as idéias vigentes sobre epistemologia do ensino de 
ciências e a visão de Bachelard, O movimento de concepções alternativas trouxe muitas questões 
sobre a relação conteúdo e forma. A partir dessas discussões, Santos (1998) busca aprofundar 
estas discussões estabelecendo o conceito de “tendências do pensar”, que nada mais são do que 
características em comum, ou tendências, no ensino de diversos conteúdos, e como exemplos 
podemos tomar (Santos, 1998, pp104-110): 
A. Pensamento fixado somente em aspectos óbvios do problema (ex.: a água desaparece quando 
evapora) 
B. Coisificação (ex.: associar o calor a um fluido) 
C. Interpretar fenômenos somente a partir de suas características intrínsecas sem considerar o 
sistema (ex.: O peso seria um atributo do corpo) 
D. Explicações egoístas e superficiais (ex.: Os animais servem ao homem) 
E. Tendência para atribuir sentimentos a objetos inertes. (ex.: O fogo “gosta de ar”) 
Essas “tendências do pensar” são elementos de diferentes concepções e que mostram ligações 
nas “formas” de pensamento. Ainda podemos notar que são pessoais, compartilhadas por 
diferentes idades e culturas, possuem certa coerência, são resistentes à mudança, às vezes 
apresentam paralelos com concepções da história da ciência.
Gaston Bachelard e Edgar Morin 
Nas vertentes epistemológicas podemos encontrar cientistas que compartilham de ideias parecidas é 
o caso de Gastón Bachelard e Edgar Morin, onde eles não concordam com a visão determinista e 
simples da ciência clássica e acreditam que a ciência é construída por um pensamento complexo, 
onde se relaciona com a sua função na sociedade atual. 
A ciência clássica trabalhou com uma concepção determinista e separatista do mundo, onde a ideia 
da simplificação dos estudos era primordial, assim ocorreu a divisão das áreas de estudos. Em cima 
dessa visão foi construído o conhecimento científico moderno. 
Desse modo os dois cientistas mostram que o pensamento cientifico deve trabalhar com a realidade 
coletiva, sem desconsiderar as individualidades do objeto de estudo, levando assim a uma ciência 
mais complexa e abrangente.
Conclusão 
Neste trabalho procuramos apontar o contexto científico em que viveu 
Gaston Bachelard e algumas de suas contribuições de seu pensamento 
epistemológico para o pensamento científico e para o ensino de ciências, 
assim como a sua semelhança com alguns autores. A partir da análise de sua 
obra, com atenção especial para os conceitos de “obstáculos 
epistemológicos” e de “novo espírito científico” foi traçado um paralelo 
com outros pensadores de sua época e com pensadores atuais da área de 
ensino de ciências. Por ter tido um pensamento científico radical Bachelard 
acabou sendo considerado extremista e por esta razão ainda é visto com 
ressalvas. Acreditamos que ainda há muitos espaços a serem considerados na 
epistemologia bachelardiana que podem ser vistos em outros autores, 
porém, necessitando de uma ligação para se desenvolver melhor.
Bibliografia: 
- A construção do objeto da história das ciências em Gaston Bachelard. 
Disponível em: <http://cynthia_m_lima.sites.uol.com.br/gaston.htm>. Acesso em: 14/10/2009. 
- A importância de distintas compreensões de problemas ambientais a partir da epistemologia de 
Bachelard. Disponível em: 
<http://www.foco.fae.ufmg.br/conferencia/index.php/enpec/viienpec/paper/viewFile/6 47/316> . 
Acesso em: 23/10/2009. 
- Gaston Bachelard e Edgar Morin: problematizando o pensamento científico através do diálogo 
entre duas vertentes epistemológicas. Disponível em: 
<http://www.ufpel.tche.br/cic/2007/cd/pdf/CH/CH_00626.pdf> . Acesso em: 14/10/2009.

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Bachelard e a influência em ensino de ciências

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Curso de Licenciatura em Química Disciplina: Metodologia em Ensino de Química 2014.1 Gaston Bachelard Biografia e Pensamento NAURY N. OLIVEIRA
  • 2. Biografia Gaston Bachelard, epistemólogo francês e filósofo da ciência, nasceu em Barsur-Aube. Foi funcionário dos serviços postais até 1913, quando obteve sua licença em Matemática e Ciências e se tornou um professor de Física e Química na Faculdade de Bar-sur- Aube. Em 1927, Bachelard doutorou-se em Letras, e por volta de 1930 se tornou professor de Filosofia na Universidade de Dijon. De 1940 a 1954 foi professor na Universidade de Sorbonne, em Paris.
  • 3. Historicamente, vê-se que Bachelard viveu numa época de amadurecimento da Ciência, que podemos inferir por Revolução Científica do século XX, e por isso pôde presenciar toda a discussão sobre o surgimento e as implicações da física relativista. Por esta razão pode ser visto em seu trabalho a mesma ruptura trazida pela teoria da relatividade, a quebra do empirismo, uma vez que o objeto de estudo dependia agora do referencial, e assim não podia ser considerado absoluto e passar pelo método empírico único. Bachelard expôs um racionalismo dialético, ou o "diálogo" entre razão e experiência. Sua filosofia partia do ponto de vista da descoberta racional como um processo pelo qual um conhecimento novo é assimilado a um sistema que muda apenas na medida em que cresce. Ele rejeitou o conceito cartesiano de que as verdades científicas são partes imutáveis de uma "verdade total", que aos poucos são montadas como um quebra-cabeças.
  • 4. A influência de Bachelard na metodologia educacional O conhecimento sobre obstáculos epistemológicos é fundamental pois pode ser a chave para o sucesso ou a liberação de um entrave em uma pesquisa científica. Dentro deste contexto podemos estabelecer relações entre o pensamento epistemológicos de Bachelard e o pensamento pedagógico na pesquisa em ensino de ciências atual. Para tal é necessário um recorte sobre o cenário da pesquisa em ensino da ciência. Nas décadas de setenta e oitenta duas vertentes de estudos sobre a construção do conhecimento tomaram destaque. Uma delas ficou conhecida como “movimento de concepções alternativas” (MCA). Ela revela o fato de as concepções de crianças e adolescentes permanecerem vivas mesmo depois de essas receberem instrução, e que a simples instrução não promovia bases fortes, necessitando assim do entendimento das razões desta. Assim com o crescente uso da epistemologia na didática de ensino de ciências, houve a necessidade de aprofundar-se nas propostas e analisar algumas críticas feitas ao construtivismo. Mathews (1994) critica a ideia construtivista do paradigma empirista, na qual a verdade corresponde em uma relação objeto e ideia, na qual a ideia vem pela observação do objeto, levando sempre a ciência a um empirismo obrigatório e necessário. Bachelard nega o empirismo cego, afirmando que os objetos científicos são resultados de uma reflexão teórica prévia.
  • 5. Nota-se então, uma aproximação entre as idéias vigentes sobre epistemologia do ensino de ciências e a visão de Bachelard, O movimento de concepções alternativas trouxe muitas questões sobre a relação conteúdo e forma. A partir dessas discussões, Santos (1998) busca aprofundar estas discussões estabelecendo o conceito de “tendências do pensar”, que nada mais são do que características em comum, ou tendências, no ensino de diversos conteúdos, e como exemplos podemos tomar (Santos, 1998, pp104-110): A. Pensamento fixado somente em aspectos óbvios do problema (ex.: a água desaparece quando evapora) B. Coisificação (ex.: associar o calor a um fluido) C. Interpretar fenômenos somente a partir de suas características intrínsecas sem considerar o sistema (ex.: O peso seria um atributo do corpo) D. Explicações egoístas e superficiais (ex.: Os animais servem ao homem) E. Tendência para atribuir sentimentos a objetos inertes. (ex.: O fogo “gosta de ar”) Essas “tendências do pensar” são elementos de diferentes concepções e que mostram ligações nas “formas” de pensamento. Ainda podemos notar que são pessoais, compartilhadas por diferentes idades e culturas, possuem certa coerência, são resistentes à mudança, às vezes apresentam paralelos com concepções da história da ciência.
  • 6. Gaston Bachelard e Edgar Morin Nas vertentes epistemológicas podemos encontrar cientistas que compartilham de ideias parecidas é o caso de Gastón Bachelard e Edgar Morin, onde eles não concordam com a visão determinista e simples da ciência clássica e acreditam que a ciência é construída por um pensamento complexo, onde se relaciona com a sua função na sociedade atual. A ciência clássica trabalhou com uma concepção determinista e separatista do mundo, onde a ideia da simplificação dos estudos era primordial, assim ocorreu a divisão das áreas de estudos. Em cima dessa visão foi construído o conhecimento científico moderno. Desse modo os dois cientistas mostram que o pensamento cientifico deve trabalhar com a realidade coletiva, sem desconsiderar as individualidades do objeto de estudo, levando assim a uma ciência mais complexa e abrangente.
  • 7. Conclusão Neste trabalho procuramos apontar o contexto científico em que viveu Gaston Bachelard e algumas de suas contribuições de seu pensamento epistemológico para o pensamento científico e para o ensino de ciências, assim como a sua semelhança com alguns autores. A partir da análise de sua obra, com atenção especial para os conceitos de “obstáculos epistemológicos” e de “novo espírito científico” foi traçado um paralelo com outros pensadores de sua época e com pensadores atuais da área de ensino de ciências. Por ter tido um pensamento científico radical Bachelard acabou sendo considerado extremista e por esta razão ainda é visto com ressalvas. Acreditamos que ainda há muitos espaços a serem considerados na epistemologia bachelardiana que podem ser vistos em outros autores, porém, necessitando de uma ligação para se desenvolver melhor.
  • 8. Bibliografia: - A construção do objeto da história das ciências em Gaston Bachelard. Disponível em: <http://cynthia_m_lima.sites.uol.com.br/gaston.htm>. Acesso em: 14/10/2009. - A importância de distintas compreensões de problemas ambientais a partir da epistemologia de Bachelard. Disponível em: <http://www.foco.fae.ufmg.br/conferencia/index.php/enpec/viienpec/paper/viewFile/6 47/316> . Acesso em: 23/10/2009. - Gaston Bachelard e Edgar Morin: problematizando o pensamento científico através do diálogo entre duas vertentes epistemológicas. Disponível em: <http://www.ufpel.tche.br/cic/2007/cd/pdf/CH/CH_00626.pdf> . Acesso em: 14/10/2009.