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Fósforo (P):
Dinâmica
Solo-Planta
Sumário
INTRODUÇÃO FÓSFORO NO
SOLO
FENÔMENO DA
ADSORÇAO
PRECIPITAÇÃO DO
FÓSFORO
FORMAÇÃO DO
FÓSFORO NÃO
LÁBIL
FONTES MINERAIS
DE FÓSFORO
FÓSFORO
ORGÂNICO
ABSORÇÃO DO
FÓSFORO PELAS
PLANTAS
TRANSPORTE DO
FÓSFORO PELAS
PLANTAS
ASSIMILAÇÃO DO
FÓSFORO PELAS
PLANTAS
FUNÇÕES DO
FÓSFORO PELAS
PLANTAS
ADUBAÇÃO DO
FÓSFORO PELAS
PLANTAS
FORMAS DE
ADUBÇÃO DO
FOSFORO NOS
CULTIVO
SINTOMAS DE
DEFICIÊNCIA E
TOXIDEZ
INTRODUÇÃO
• O fósforo (como fosfato, PO43–) é um componente
integral de compostos importantes nas células
vegetais, incluindo os açúcares fosfato,
intermediários da respiração e da fotossíntese,
bem como os fosfolipídios que compõem as
membranas vegetais.
• Ele também é um componente de nucleotídeos
utilizados no metabolismo energético das plantas
(como ATP) e no DNA e no RNA.
Mundo: 5 bilhões de hectares com
concentração de fosforo abaixo do
ideal para sustentar o potencial
produtivo das culturas agrícolas
(HINSINGER,2001)
Fonte: Embrapa https://ruralpecuaria.com.br/tecnologia-e-manejo/agricultura/custeio-das-lavouras-
pode-ser-reduzido-com-manejo-adequado-da-adubacao-fosfatada.html
INTRODUÇÃO
O uso total anual de fertilizantes
fosfatados no Brasil aumentou de uma
média de 0,04 Tg em 1960 para 2,2 Tg
em 2016
Cerca de 60% do fertilizante
inorgânico de P usado na
agricultura brasileira é
importado!
Do total de P já
aplicado até 2016,
quase 70% do
fertilizante fosfatado
(US$ 40 bilhões)
permanece no solo.
Grande parte
indisponível as
plantas
Para suprir a demanda agrícola são,
frequentemente, usados como fonte
de P os fosfatos solúveis, que são
fontes em que o P está prontamente
disponível para as plantas.
Adubar mais é a solução?
Uma planta com boa nutrição em fósforo
tem como caraterísticas:
 Mais energia: Vigor de planta, vigor
de semente, maior sistema radicular,
maior desenvolvimento da parte
aérea.
 Maturação uniforme
 Maior tolerância a stress
 Maior POTENCIAL PRODUTIVO
Fonte: Djalma Martinhão em:
https://revistacampoenegocios.com.br/deficiencia-em-fosforo-
limita-produtividade/
• O elemento fósforo do solo é proveniente do seu material de origem, no qual é
encontrado, principalmente, como minerais apatíticos, ou fosfatos de cálcio
• Em ecossistemas onde ocorrem solos jovens ou pouco intemperizados, o fósforo
encontra-se predominantemente em minerais primários, principalmente como
fluorapatita.
• Nos solos moderadamente intemperizados, a maior parte do fósforo encontra-se na
forma orgânica e adsorvido fracamente aos minerais secundários.
• Já em solos altamente intemperizados, predominam as formas inorgânicas ligadas
com alta energia à fração mineral e formas orgânicas estabilizadas física e
quimicamente
Fósforo no Solo
• O fósforo é um elemento de mobilidade muito baixa no solo e por esse aspecto, sua
disponibilidade para as plantas é muito baixa (0,1 ppm) (RAIJ,1989)
• Em solos ácidos, a maior proporção do elemento está fixada em formas não
assimiláveis diretamente pelas plantas, como fosfatos de ferro e alumínio
• Já em solos com pH > 7, o fósforo forma complexos insolúveis com o cálcio e
magnésio
• Há uma fração considerável do elemento fósforo nas formas orgânicas do solo,
correspondendo a aproximadamente metade do P total (30 a 70% do solo esta na
forma orgânica, em florestas o teor pode ser maior.
• Logo após o fosfato chegar ao solo, ocorre o fenômeno da adsorção pelos oxidróxidos por
meio de troca de ligantes, como OH- e OH2+, da superfície dos óxidos pelo fosfato da
solução do solo.
• É uma ligação predominantemente COVALENTE
• Com aumento do pH, a carga do solo torna-se mais negativo, aumentando a repulsão entre
o fosfato e superfície adsorvente (menor potencial de adsorção), porém esse fato é
contrabalanceado com aumento da forma bivalente de fosfato (H2PO4
2-) que é mais
facilmente adsorvida
Fenômeno da Adsorção
Fenômeno da Adsorção
• Quando se aplica uma fonte solúvel de P
num solo nunca manejado, geralmente
90% é adsorvido na primeira hora de
contato com o solo
• A fração que é formada pelo fosfato fixado
que não se encontra em equilíbrio com o P
em solução (em curto prazo) é
denominado Não-Lábil
• Essa formação decorre de duas ligações
formadas com a superfície adsorvente.
• Devido a magnitude e a velocidade da
formação do P não lábil, a fosfatagem
deve ser criteriosa
FORMAÇÃO DO FÓSFORO NÃO LÁBIL
• O solo pode adsorver ácidos orgânicos com grande energia, competindo com os
sítios de adsorção de P, portando aumentando a disponibilidade desse elemento
para as plantas
• A estrutura desses ácidos definem o seu poder de adsorção, sendo aqueles com
maiores grupamentos OH e COOH (EX: ácido málico) mais efetivos em reduzir a
adsorção de P do solo que outros com menor número (ácido acético).
• A aplicação de adubação orgânica, exsudação das raízes e o metabolismo
microbiano como fontes naturais desses ácidos mantêm esse processo de
bloqueio de sítios de adsorção de P de maneira mais contínua e efetiva.
• É a reação do P as formas iônicas de Al e Fe em solos ácidos ou a Ca2+ em solos
neutros ou calcários, formando compostos pouco solúveis.
• Particularmente importante na dissolução dos grânulos do fertilizante fosfatado
• O alumínio em solução também pode causar a precipitação de fosfatos no solo, por isso
uma maneira de evitar essa reação seria precipitar esse elemento via calagem anterior
a fosfatagem. Em casos de supercalagem, pode haver precipitação de fosfatos com
reação do Ca trocável.
PRECIPITAÇÃO DO FÓSFORO
• Pela necessidade dos nossos solos e a existência de grandes jazidas de fosfato
naturais em nosso país, tem crescido o interesse do uso dos fosfatos in natura,
porém é sabido que em sua maioria são de baixa reatividade e de lenta
liberação, sendo por vezes insuficientes para a demanda da planta.
• Em certos casos é possível o uso de FN’s de forma corretiva, contando que se
coloque uma fonte mais solúvel na cova/linha da cultura de interesse para trazer
resposta satisfatória as plantas. (Baixa eficiência pode ser compensada com o
baixo custo?)
FONTES MINERAIS DE FÓSFORO
A utilização eficiente de FN está diretamente ligada ao meio onde será adicionado.
Para os mais insolúveis e menos reativos, é necessário o suprimento de acidez
para iniciar o processo de dissolução, sendo que isso pode ocorrer:
• na indústria pela adição de ácido sulfúrico (H2SO4) produzindo superfosfato
simples (SS) ou ácido fosfórico( H3PO4) produzindo superfosfato triplo (ST);
• Solos com acidez
• Plantas e microrganismos rizosféricos
De forma geral, não se consegue modificar muito o poder de adsorção dos solos
com a calagem, adição de MO, ou silicatos, sendo a solução mais prática a adição
de fontes solúveis com SS e ST.
FONTES MINERAIS DE FÓSFORO
• Cerca de 30-70% do P total do solo encontra-se na forma Orgânica, sendo que
em solos de floresta essa fração pode ser até maior.
• As formas de Po terão que ser transformadas em Pi para que se tornem
disponíveis para as plantas
• A hidrólise que proporciona essa reação é catalisada por enzimas conhecidas
como fosfatases, que dependendo do pH do meio são classificadas em:
Fostafatases ácidas: produzidas por plantas e microorganismos
Fosfatases alcalinas: produzidas por microrganismos
FÓSFORO ORGÂNICO
• As fosfatases ácidas são enzimas adaptativas, influenciadas pela demanda de P
das plantas, com atividade inversamente relacionada com a disponibilidade de
Pi.
• Esse fato acaba por reduzir a uma importância em cultivos com alta tecnologia e
grandes aportes de P solúvel.
• Porém tem se encontrado correlações positivas da atividade das fosfatases com
o C orgânico.
FÓSFORO ORGÂNICO
Pi Alta
Energia
Pi
Rápido
Pi Lento
PO Lento
PO
RÁPIDO
[H2PO4
-]
Fonte: o autor
Resumo do Po e Pi no solo
< 0,1%
Mineralização Solubilização
Imóvel no
Solo
• A forma preferencialmente absorvível do elemento no solo é na forma do ânion
H2PO4
-
• Como a concentração de fósforo no suco celular das raízes chega a ser 100 a
1000 vezes maior que a encontrada no solo, esse fato demonstra que o fósforo é
absorvido por um processo ativo (gasto de energia)
ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
• No fator temperatura, o seu aumento afeta a cadeia do processo respiratório e
suprimento energético, aumentando a velocidade de absorção do elemento.
• Abaixo da temperatura de 10ºC, há a inibição da elongação da raiz, o que pode
limitar o contato raiz/solo, diminuindo a absorção.
• Os glicídios são os substratos mais utilizados pelas raízes para a respiração, os
quais provem da fotossíntese realizadas nas folhas chegando através da
circulação simplástica
• Qualquer limitação em suprimento de açúcares da folha a raiz irá causar
diminuição na absorção dos íons.
• A inter-relação entre a disponibilidade de luz, fotossíntese, suprimento de
glicídios para a raiz, respiração radicular e absorção de íons pelas raízes tem
particular importância em cultivos densos e com incidência de luz limitada
ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
Tratamentos Peso seco de
raízes (g/planta)
Respiração da
raiz (ulO2/gMS)
Absorção de
fósforo/gMS de
raiz *
Controle 2,46 0,174 100
Sombreamento
das folhas
1,70 0,062 32
Efeito do sombreamento
de folhas basais de plantas
de arroz, sobre o peso
seco, respiração e
absorção de fósforo pelas
raizes(adaptado de
MARSCHNER,1986)
*dados representam
valores relativos
• A absorção de fósforo é fortemente influenciada pela concentração de magnésio
(efeito sinérgico) e a presença de micorrizas, que aumentam a superfície de
contato com o solo.
• Um bom sistema radicular, volumoso e profundo também facilita o processo de
absorção.
• O processo ativo de absorção contra um gradiente de concentração requer o
suprimento de energia obtida pela atividade respiratória das raízes
ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
• A eficiência no processo de absorção também depende de fatores como teor de
oxigênio no solo, temperatura, luz e suprimento de glicídios.
• Para Marschner (1986), quando as tensões do oxigênio decrescem, a absorção
do fosfato diminui, mostrando que a falta de aeração no solo é um dos fatores
responsáveis pela deficiência desse nutriente!
ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
Pressão parcial de oxigênio (%) Absorção de Fósforo*
20 100
5 56
0,5 30
Efeito da pressão
parcial de oxigênio ao
redor da raiz sobre a
absorção de fósforo
em plantas de cevada.
(adaptado de
MARSCHNER,1986)
*dados representam
valores relativos
• O transporte do fosfato para a parte aérea ocorre via xilema, principalmente
como H2PO4
-, podendo ainda ser encontrado como fosforil-colina e ésteres de
glicídios.
• Ao contrário que no solo, na planta o elemento é relativamente móvel, tanto no
xilema quanto no floema, podendo ser redistribuído entre os órgãos
• Na redistribuição, a principal forma do fosfato é a fosforil colina, sendo
redistribuído via floema aos mais diversos órgãos. Pode também circular como
P-inorgânico.
TRANSPORTE DO FÓSFORO PELAS
PLANTAS
• O transporte do fosfato para a parte aérea ocorre via xilema, principalmente
como H2PO4
-, podendo ainda ser encontrado como fosforil-colina e ésteres de
glicídios.
• Ao contrário que no solo, na planta o elemento é relativamente móvel, tanto no
xilema quanto no floema, podendo ser redistribuído entre os órgãos
• Na redistribuição, a principal forma do fosfato é a fosforil colina, sendo
redistribuído via floema aos mais diversos órgãos. Pode também circular como
P-inorgânico.
TRANSPORTE DO FÓSFORO PELAS
PLANTAS
• O íon fosfato não necessita ser reduzido para ser assimilado, sendo rapidamente
envolvido em reações metabólicas, podendo em cerca de 10 minutos após a sua
absorção, 80% do elemento absorvido estar assimilado e formando compostos
orgânicos.
• As taxas de Inter conversão entre fosforo orgânico e inorgânico são altas, assim
após o processo de formação de compostos orgânicos é feito em curtos períodos
de tempo e o elemento é liberado no xilema novamente na forma inorgânica
(H2PO4
-)
ASSIMILAÇÃO DO FÓSFORO PELAS
PLANTAS
• As principais funções fisiológicas do fósforo nas plantas estão concentradas na
estrutura e transferência. Com destaque na formação do DNA e RNA (ácidos
nucleicos), onde os radicais fosfatos formam a ponte entre os nucleotídeos na
cadeia
• Parte das funções é desempenhada já na raiz, sendo ativo nas trocas
energéticas (ATP/ADP/AMP), respiração, divisão dos meristemas radiculares
(formação de DNA e RNA) e como constituinte de membranas e organoides
celulares na forma de fosfolipídeos.
FUNÇÕES DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
• A taxa de renovação interna de fósforo é muito alta, sendo que estima-se, por
exemplo, que em 1 g de ápice de raiz metabolicamente ativa, sejam sintetizados
5 g de ATP por dia.
• Nas células do vacúolo se encontram o maior reservatório de fosfato,
principalmente a fração do fósforo inorgânico. Numa planta adequadamente
nutrida, cerca de 85-95% do P total estão nos vacúolos.
FUNÇÕES DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
• O adequado suprimento em fosforo é também importante para um bom
desenvolvimento radicular. Embora poucos experimentos tenham o objetivo de
quantificar qual o seu real efeito sobre o sistema radicular, somente.
• Para alguns pesquisadores, as raízes não parecem ter nenhum requerimento
específico por fosforo, sendo deu efeito pronunciado de aumento pelo estímulo
geral do crescimento da planta
FUNÇÕES DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
• Devido ao material de origem
e o alto intemperismo em
nossos solos, para uma boa
produção agrícola, na maioria
dos casos é necessária uma
adubação fosfatada corretiva
inicialmente, atentando-se ao
fato do poder alto de fixação
dos nossos solos e a sua
acidez natural.
ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
Extrator ácido;
HNO3; HCl;H2SO4
As soluções ácidas mais utilizadas,
com pH na faixa de 2 e 3, promovem
a solubilização dos precipitados de
fosfatos de cálcio, alumínio e ferro.
P-Ca > P-Al > P-Fe.
MEHLICH 1 GOIÁS
MEHLICH
Resina de troca aniônica;
Resina mista (catiônica +
aniônica).
“Imitar o processo natural de
extração de P”.
Muito usado no Estado de SP.
RESINA
Diferentes locais dentro do Brasil usam recomendações diferentes
para a determinação das doses
• As fontes mais utilizadas n Brasil estão descritas
na tabela abaixo.
• Para as adubações iniciais, que utilizam uma
maior quantidade de adubação e tem o objetivo
de correção, a recomendação é que seja
realizada uma incorporação desse fósforo na
camada arável, atentando-se ao fato que a
grande maioria do adubo adicionado será fixado
pela grande número de sítios de adsorção livres.
ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
Fertilizante Garantia Mínima
Fosfato
Diamônico (DAP)
45% de P2O5
16% de N
Fosfato
Monoamônico
(MAP)
48% de P2O5
9% de N
Super Fosfato
Simples
18% de P2O5
18% de Ca
10 % de S
Super Fosfato
Triplo
41% de P2O5
12% de Ca
• Em todas as tabelas de recomendação, a dose é relacionada a P2O5, devendo-
se corrigir a quantidade de adubação em kg.ha¹ de acordo com a fonte e a sua
concentração. Abaixo a tabela de interpretação mais comum para a região do
cerrado, com base em P extraído por Mehlich-1
ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
Interpretação dos
resultados de fósforo
extraível para o solo
para as pricipais
culturas do RS E SC
(Adaptado de
COMISSÃO..., 2004)
Exemplo de diferentes manuais de
interpretação:
Solo com 55% de argila, pelo manual do RS
e SC o limite entre o teor médio-alto é 12
mg.dm³
O mesmo solo na interpretação no cerrado
teria o limite de 14 mg.dm³
ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
Interpretação dos
resultados da
análise de fósforo
pelo método da
resina (adaptado
de RAIJ et al.,
1997)
• A lanço na superfície (com ou sem
incorporação): com incorporação, ocorre
uma uniformização nas concentrações
devido à lavração e gradagem.
• Em solos com baixa disponibilidade de
fósforo, a incorporação cria uma camada de
0 a 20 cm com bastante fósforo,
proporcionando maior desenvolvimento
radicular, resultando em maior absorção de
água e nutrientes e maior desenvolvimento
da planta. Aumenta-se também a
resistência da planta à secas, devido ao
maior desenvolvimento radicular.
FORMAS DE ADUBAÇÃO DO FÓSFORO
• No sulco de plantio: é aplicado ao lado da
semente e abaixo, ou junto à semente
(cuidar muito a dosagem neste caso). A
dosagem deve ser menor do que 100 kg de
P2O5 por hectare (80 kg para algumas
culturas).
• A vantagem deste método de aplicação é a
praticidade de operação conjunta com a
semeadura. Se o solo possui uma
adequada disponibilidade de fósforo, o
modo de aplicação é indiferente, porém
algumas culturas se beneficiam com uma
pequena quantidade na linha, resultando no
efeito “starter”.
FORMAS DE ADUBAÇÃO DO FÓSFORO
ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DO FÓSFORO NO SOLO EM FUNÇÃO DOS
MODOS DE APLICAÇÃO
(BARBOSA, et al., 2015)
O P localizado em maior proporção nesta
região pode representar algumas (0,0 –
2,5 cm ) desvantagens, tais como a perda
por erosão menor disponibilidade de
nutrientes em veranicos e também
ocasionar uma concentração superficial de
raízes, tornando a planta mais susceptível
a períodos de déficit hídrico.
• O fósforo é apenas um elemento, devendo-se analisar todos os demais
componentes da nutrição nas tomadas de decisões (Lei do Mínimo)
PONTOS A SEREM CONSIDERADOS
• Em virtude da boa mobilidade do fósforo na planta, a deficiência normalmente aparece
nas folhas mais velhas, manifestando-se por uma coloração verde-azulada ou arroxeada
(principalmente em gramíneas pela síntese de antocianina)
• Nas culturas do trigo, centeio, triticale e aveia, a deficiência provoca diminuição no peso
do hectolitro, o que é parâmetro qualitativo na comercialização
SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA/TOXIDEZ
• A literatura é escassa com relação a sua toxidez, porém o excesso de fósforo em linha
pode induzir a deficiência de Zinco, por um efeito antagônico que pode ser ainda mais
grave se acompanhado de calagem.
• Por esse motivo, dosagens maiores eu 60 a 80 kg de P2O5 /há não devem ser totalmente
colocadas na linha de plantio
SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA/TOXIDEZ
Muito Obrigado pela Atenção
Gustavo Henrique dos Santos
Eng. Agrônomo
(55) 997080536
gustavo.santos@discente.ufj.edu.br

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  • 2. Sumário INTRODUÇÃO FÓSFORO NO SOLO FENÔMENO DA ADSORÇAO PRECIPITAÇÃO DO FÓSFORO FORMAÇÃO DO FÓSFORO NÃO LÁBIL FONTES MINERAIS DE FÓSFORO FÓSFORO ORGÂNICO ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS TRANSPORTE DO FÓSFORO PELAS PLANTAS ASSIMILAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS FUNÇÕES DO FÓSFORO PELAS PLANTAS ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS FORMAS DE ADUBÇÃO DO FOSFORO NOS CULTIVO SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA E TOXIDEZ
  • 4. • O fósforo (como fosfato, PO43–) é um componente integral de compostos importantes nas células vegetais, incluindo os açúcares fosfato, intermediários da respiração e da fotossíntese, bem como os fosfolipídios que compõem as membranas vegetais. • Ele também é um componente de nucleotídeos utilizados no metabolismo energético das plantas (como ATP) e no DNA e no RNA. Mundo: 5 bilhões de hectares com concentração de fosforo abaixo do ideal para sustentar o potencial produtivo das culturas agrícolas (HINSINGER,2001) Fonte: Embrapa https://ruralpecuaria.com.br/tecnologia-e-manejo/agricultura/custeio-das-lavouras- pode-ser-reduzido-com-manejo-adequado-da-adubacao-fosfatada.html INTRODUÇÃO
  • 5. O uso total anual de fertilizantes fosfatados no Brasil aumentou de uma média de 0,04 Tg em 1960 para 2,2 Tg em 2016 Cerca de 60% do fertilizante inorgânico de P usado na agricultura brasileira é importado! Do total de P já aplicado até 2016, quase 70% do fertilizante fosfatado (US$ 40 bilhões) permanece no solo. Grande parte indisponível as plantas Para suprir a demanda agrícola são, frequentemente, usados como fonte de P os fosfatos solúveis, que são fontes em que o P está prontamente disponível para as plantas. Adubar mais é a solução?
  • 6. Uma planta com boa nutrição em fósforo tem como caraterísticas:  Mais energia: Vigor de planta, vigor de semente, maior sistema radicular, maior desenvolvimento da parte aérea.  Maturação uniforme  Maior tolerância a stress  Maior POTENCIAL PRODUTIVO Fonte: Djalma Martinhão em: https://revistacampoenegocios.com.br/deficiencia-em-fosforo- limita-produtividade/
  • 7. • O elemento fósforo do solo é proveniente do seu material de origem, no qual é encontrado, principalmente, como minerais apatíticos, ou fosfatos de cálcio • Em ecossistemas onde ocorrem solos jovens ou pouco intemperizados, o fósforo encontra-se predominantemente em minerais primários, principalmente como fluorapatita. • Nos solos moderadamente intemperizados, a maior parte do fósforo encontra-se na forma orgânica e adsorvido fracamente aos minerais secundários. • Já em solos altamente intemperizados, predominam as formas inorgânicas ligadas com alta energia à fração mineral e formas orgânicas estabilizadas física e quimicamente Fósforo no Solo
  • 8. • O fósforo é um elemento de mobilidade muito baixa no solo e por esse aspecto, sua disponibilidade para as plantas é muito baixa (0,1 ppm) (RAIJ,1989) • Em solos ácidos, a maior proporção do elemento está fixada em formas não assimiláveis diretamente pelas plantas, como fosfatos de ferro e alumínio • Já em solos com pH > 7, o fósforo forma complexos insolúveis com o cálcio e magnésio • Há uma fração considerável do elemento fósforo nas formas orgânicas do solo, correspondendo a aproximadamente metade do P total (30 a 70% do solo esta na forma orgânica, em florestas o teor pode ser maior.
  • 9. • Logo após o fosfato chegar ao solo, ocorre o fenômeno da adsorção pelos oxidróxidos por meio de troca de ligantes, como OH- e OH2+, da superfície dos óxidos pelo fosfato da solução do solo. • É uma ligação predominantemente COVALENTE • Com aumento do pH, a carga do solo torna-se mais negativo, aumentando a repulsão entre o fosfato e superfície adsorvente (menor potencial de adsorção), porém esse fato é contrabalanceado com aumento da forma bivalente de fosfato (H2PO4 2-) que é mais facilmente adsorvida Fenômeno da Adsorção
  • 11. • Quando se aplica uma fonte solúvel de P num solo nunca manejado, geralmente 90% é adsorvido na primeira hora de contato com o solo • A fração que é formada pelo fosfato fixado que não se encontra em equilíbrio com o P em solução (em curto prazo) é denominado Não-Lábil • Essa formação decorre de duas ligações formadas com a superfície adsorvente. • Devido a magnitude e a velocidade da formação do P não lábil, a fosfatagem deve ser criteriosa FORMAÇÃO DO FÓSFORO NÃO LÁBIL
  • 12. • O solo pode adsorver ácidos orgânicos com grande energia, competindo com os sítios de adsorção de P, portando aumentando a disponibilidade desse elemento para as plantas • A estrutura desses ácidos definem o seu poder de adsorção, sendo aqueles com maiores grupamentos OH e COOH (EX: ácido málico) mais efetivos em reduzir a adsorção de P do solo que outros com menor número (ácido acético). • A aplicação de adubação orgânica, exsudação das raízes e o metabolismo microbiano como fontes naturais desses ácidos mantêm esse processo de bloqueio de sítios de adsorção de P de maneira mais contínua e efetiva.
  • 13. • É a reação do P as formas iônicas de Al e Fe em solos ácidos ou a Ca2+ em solos neutros ou calcários, formando compostos pouco solúveis. • Particularmente importante na dissolução dos grânulos do fertilizante fosfatado • O alumínio em solução também pode causar a precipitação de fosfatos no solo, por isso uma maneira de evitar essa reação seria precipitar esse elemento via calagem anterior a fosfatagem. Em casos de supercalagem, pode haver precipitação de fosfatos com reação do Ca trocável. PRECIPITAÇÃO DO FÓSFORO
  • 14. • Pela necessidade dos nossos solos e a existência de grandes jazidas de fosfato naturais em nosso país, tem crescido o interesse do uso dos fosfatos in natura, porém é sabido que em sua maioria são de baixa reatividade e de lenta liberação, sendo por vezes insuficientes para a demanda da planta. • Em certos casos é possível o uso de FN’s de forma corretiva, contando que se coloque uma fonte mais solúvel na cova/linha da cultura de interesse para trazer resposta satisfatória as plantas. (Baixa eficiência pode ser compensada com o baixo custo?) FONTES MINERAIS DE FÓSFORO
  • 15. A utilização eficiente de FN está diretamente ligada ao meio onde será adicionado. Para os mais insolúveis e menos reativos, é necessário o suprimento de acidez para iniciar o processo de dissolução, sendo que isso pode ocorrer: • na indústria pela adição de ácido sulfúrico (H2SO4) produzindo superfosfato simples (SS) ou ácido fosfórico( H3PO4) produzindo superfosfato triplo (ST); • Solos com acidez • Plantas e microrganismos rizosféricos De forma geral, não se consegue modificar muito o poder de adsorção dos solos com a calagem, adição de MO, ou silicatos, sendo a solução mais prática a adição de fontes solúveis com SS e ST. FONTES MINERAIS DE FÓSFORO
  • 16. • Cerca de 30-70% do P total do solo encontra-se na forma Orgânica, sendo que em solos de floresta essa fração pode ser até maior. • As formas de Po terão que ser transformadas em Pi para que se tornem disponíveis para as plantas • A hidrólise que proporciona essa reação é catalisada por enzimas conhecidas como fosfatases, que dependendo do pH do meio são classificadas em: Fostafatases ácidas: produzidas por plantas e microorganismos Fosfatases alcalinas: produzidas por microrganismos FÓSFORO ORGÂNICO
  • 17. • As fosfatases ácidas são enzimas adaptativas, influenciadas pela demanda de P das plantas, com atividade inversamente relacionada com a disponibilidade de Pi. • Esse fato acaba por reduzir a uma importância em cultivos com alta tecnologia e grandes aportes de P solúvel. • Porém tem se encontrado correlações positivas da atividade das fosfatases com o C orgânico. FÓSFORO ORGÂNICO
  • 18. Pi Alta Energia Pi Rápido Pi Lento PO Lento PO RÁPIDO [H2PO4 -] Fonte: o autor Resumo do Po e Pi no solo < 0,1% Mineralização Solubilização Imóvel no Solo
  • 19. • A forma preferencialmente absorvível do elemento no solo é na forma do ânion H2PO4 - • Como a concentração de fósforo no suco celular das raízes chega a ser 100 a 1000 vezes maior que a encontrada no solo, esse fato demonstra que o fósforo é absorvido por um processo ativo (gasto de energia) ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 20. ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS • No fator temperatura, o seu aumento afeta a cadeia do processo respiratório e suprimento energético, aumentando a velocidade de absorção do elemento. • Abaixo da temperatura de 10ºC, há a inibição da elongação da raiz, o que pode limitar o contato raiz/solo, diminuindo a absorção. • Os glicídios são os substratos mais utilizados pelas raízes para a respiração, os quais provem da fotossíntese realizadas nas folhas chegando através da circulação simplástica • Qualquer limitação em suprimento de açúcares da folha a raiz irá causar diminuição na absorção dos íons.
  • 21. • A inter-relação entre a disponibilidade de luz, fotossíntese, suprimento de glicídios para a raiz, respiração radicular e absorção de íons pelas raízes tem particular importância em cultivos densos e com incidência de luz limitada ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS Tratamentos Peso seco de raízes (g/planta) Respiração da raiz (ulO2/gMS) Absorção de fósforo/gMS de raiz * Controle 2,46 0,174 100 Sombreamento das folhas 1,70 0,062 32 Efeito do sombreamento de folhas basais de plantas de arroz, sobre o peso seco, respiração e absorção de fósforo pelas raizes(adaptado de MARSCHNER,1986) *dados representam valores relativos
  • 22. • A absorção de fósforo é fortemente influenciada pela concentração de magnésio (efeito sinérgico) e a presença de micorrizas, que aumentam a superfície de contato com o solo. • Um bom sistema radicular, volumoso e profundo também facilita o processo de absorção. • O processo ativo de absorção contra um gradiente de concentração requer o suprimento de energia obtida pela atividade respiratória das raízes ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 23. • A eficiência no processo de absorção também depende de fatores como teor de oxigênio no solo, temperatura, luz e suprimento de glicídios. • Para Marschner (1986), quando as tensões do oxigênio decrescem, a absorção do fosfato diminui, mostrando que a falta de aeração no solo é um dos fatores responsáveis pela deficiência desse nutriente! ABSORÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS Pressão parcial de oxigênio (%) Absorção de Fósforo* 20 100 5 56 0,5 30 Efeito da pressão parcial de oxigênio ao redor da raiz sobre a absorção de fósforo em plantas de cevada. (adaptado de MARSCHNER,1986) *dados representam valores relativos
  • 24. • O transporte do fosfato para a parte aérea ocorre via xilema, principalmente como H2PO4 -, podendo ainda ser encontrado como fosforil-colina e ésteres de glicídios. • Ao contrário que no solo, na planta o elemento é relativamente móvel, tanto no xilema quanto no floema, podendo ser redistribuído entre os órgãos • Na redistribuição, a principal forma do fosfato é a fosforil colina, sendo redistribuído via floema aos mais diversos órgãos. Pode também circular como P-inorgânico. TRANSPORTE DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 25. • O transporte do fosfato para a parte aérea ocorre via xilema, principalmente como H2PO4 -, podendo ainda ser encontrado como fosforil-colina e ésteres de glicídios. • Ao contrário que no solo, na planta o elemento é relativamente móvel, tanto no xilema quanto no floema, podendo ser redistribuído entre os órgãos • Na redistribuição, a principal forma do fosfato é a fosforil colina, sendo redistribuído via floema aos mais diversos órgãos. Pode também circular como P-inorgânico. TRANSPORTE DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 26. • O íon fosfato não necessita ser reduzido para ser assimilado, sendo rapidamente envolvido em reações metabólicas, podendo em cerca de 10 minutos após a sua absorção, 80% do elemento absorvido estar assimilado e formando compostos orgânicos. • As taxas de Inter conversão entre fosforo orgânico e inorgânico são altas, assim após o processo de formação de compostos orgânicos é feito em curtos períodos de tempo e o elemento é liberado no xilema novamente na forma inorgânica (H2PO4 -) ASSIMILAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 27. • As principais funções fisiológicas do fósforo nas plantas estão concentradas na estrutura e transferência. Com destaque na formação do DNA e RNA (ácidos nucleicos), onde os radicais fosfatos formam a ponte entre os nucleotídeos na cadeia • Parte das funções é desempenhada já na raiz, sendo ativo nas trocas energéticas (ATP/ADP/AMP), respiração, divisão dos meristemas radiculares (formação de DNA e RNA) e como constituinte de membranas e organoides celulares na forma de fosfolipídeos. FUNÇÕES DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 28. • A taxa de renovação interna de fósforo é muito alta, sendo que estima-se, por exemplo, que em 1 g de ápice de raiz metabolicamente ativa, sejam sintetizados 5 g de ATP por dia. • Nas células do vacúolo se encontram o maior reservatório de fosfato, principalmente a fração do fósforo inorgânico. Numa planta adequadamente nutrida, cerca de 85-95% do P total estão nos vacúolos. FUNÇÕES DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 29. • O adequado suprimento em fosforo é também importante para um bom desenvolvimento radicular. Embora poucos experimentos tenham o objetivo de quantificar qual o seu real efeito sobre o sistema radicular, somente. • Para alguns pesquisadores, as raízes não parecem ter nenhum requerimento específico por fosforo, sendo deu efeito pronunciado de aumento pelo estímulo geral do crescimento da planta FUNÇÕES DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 30. • Devido ao material de origem e o alto intemperismo em nossos solos, para uma boa produção agrícola, na maioria dos casos é necessária uma adubação fosfatada corretiva inicialmente, atentando-se ao fato do poder alto de fixação dos nossos solos e a sua acidez natural. ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 31. ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS Extrator ácido; HNO3; HCl;H2SO4 As soluções ácidas mais utilizadas, com pH na faixa de 2 e 3, promovem a solubilização dos precipitados de fosfatos de cálcio, alumínio e ferro. P-Ca > P-Al > P-Fe. MEHLICH 1 GOIÁS MEHLICH Resina de troca aniônica; Resina mista (catiônica + aniônica). “Imitar o processo natural de extração de P”. Muito usado no Estado de SP. RESINA Diferentes locais dentro do Brasil usam recomendações diferentes para a determinação das doses
  • 32. • As fontes mais utilizadas n Brasil estão descritas na tabela abaixo. • Para as adubações iniciais, que utilizam uma maior quantidade de adubação e tem o objetivo de correção, a recomendação é que seja realizada uma incorporação desse fósforo na camada arável, atentando-se ao fato que a grande maioria do adubo adicionado será fixado pela grande número de sítios de adsorção livres. ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS Fertilizante Garantia Mínima Fosfato Diamônico (DAP) 45% de P2O5 16% de N Fosfato Monoamônico (MAP) 48% de P2O5 9% de N Super Fosfato Simples 18% de P2O5 18% de Ca 10 % de S Super Fosfato Triplo 41% de P2O5 12% de Ca
  • 33. • Em todas as tabelas de recomendação, a dose é relacionada a P2O5, devendo- se corrigir a quantidade de adubação em kg.ha¹ de acordo com a fonte e a sua concentração. Abaixo a tabela de interpretação mais comum para a região do cerrado, com base em P extraído por Mehlich-1 ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS
  • 34. Interpretação dos resultados de fósforo extraível para o solo para as pricipais culturas do RS E SC (Adaptado de COMISSÃO..., 2004) Exemplo de diferentes manuais de interpretação: Solo com 55% de argila, pelo manual do RS e SC o limite entre o teor médio-alto é 12 mg.dm³ O mesmo solo na interpretação no cerrado teria o limite de 14 mg.dm³
  • 35. ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS Interpretação dos resultados da análise de fósforo pelo método da resina (adaptado de RAIJ et al., 1997)
  • 36. • A lanço na superfície (com ou sem incorporação): com incorporação, ocorre uma uniformização nas concentrações devido à lavração e gradagem. • Em solos com baixa disponibilidade de fósforo, a incorporação cria uma camada de 0 a 20 cm com bastante fósforo, proporcionando maior desenvolvimento radicular, resultando em maior absorção de água e nutrientes e maior desenvolvimento da planta. Aumenta-se também a resistência da planta à secas, devido ao maior desenvolvimento radicular. FORMAS DE ADUBAÇÃO DO FÓSFORO
  • 37. • No sulco de plantio: é aplicado ao lado da semente e abaixo, ou junto à semente (cuidar muito a dosagem neste caso). A dosagem deve ser menor do que 100 kg de P2O5 por hectare (80 kg para algumas culturas). • A vantagem deste método de aplicação é a praticidade de operação conjunta com a semeadura. Se o solo possui uma adequada disponibilidade de fósforo, o modo de aplicação é indiferente, porém algumas culturas se beneficiam com uma pequena quantidade na linha, resultando no efeito “starter”. FORMAS DE ADUBAÇÃO DO FÓSFORO
  • 38. ADUBAÇÃO DO FÓSFORO PELAS PLANTAS DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DO FÓSFORO NO SOLO EM FUNÇÃO DOS MODOS DE APLICAÇÃO (BARBOSA, et al., 2015) O P localizado em maior proporção nesta região pode representar algumas (0,0 – 2,5 cm ) desvantagens, tais como a perda por erosão menor disponibilidade de nutrientes em veranicos e também ocasionar uma concentração superficial de raízes, tornando a planta mais susceptível a períodos de déficit hídrico.
  • 39. • O fósforo é apenas um elemento, devendo-se analisar todos os demais componentes da nutrição nas tomadas de decisões (Lei do Mínimo) PONTOS A SEREM CONSIDERADOS
  • 40. • Em virtude da boa mobilidade do fósforo na planta, a deficiência normalmente aparece nas folhas mais velhas, manifestando-se por uma coloração verde-azulada ou arroxeada (principalmente em gramíneas pela síntese de antocianina) • Nas culturas do trigo, centeio, triticale e aveia, a deficiência provoca diminuição no peso do hectolitro, o que é parâmetro qualitativo na comercialização SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA/TOXIDEZ
  • 41. • A literatura é escassa com relação a sua toxidez, porém o excesso de fósforo em linha pode induzir a deficiência de Zinco, por um efeito antagônico que pode ser ainda mais grave se acompanhado de calagem. • Por esse motivo, dosagens maiores eu 60 a 80 kg de P2O5 /há não devem ser totalmente colocadas na linha de plantio SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA/TOXIDEZ
  • 42. Muito Obrigado pela Atenção Gustavo Henrique dos Santos Eng. Agrônomo (55) 997080536 gustavo.santos@discente.ufj.edu.br