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Filho de professora, Silvio Meira (@srlm)
sabe que o professor não é alguém que
conhece muitas coisas, mas sim alguém
que pergunta muito. Não à toa, em uma
conversa com a liderança da FSB nesta
segunda-feira última, 29 de junho, Sílvio
fez e respondeu muitas perguntas.
Questionado sobre “como será o
mundo pós-pandemia”, citou o
economista britânico Paul Collier, para
quem a melhor resposta é “não sei”.
Perguntar e experimentar parecem ser
os caminhos. Como disse o diplomata
americano Richard Haass, outra
referência trazida para o debate, a
Covid-19 talvez não mude a direção da
história, mas irá acelerá-la, e muito.
Da cesar.school e
cientista-chefe da
The Digital Strategy
Company
Silvio Meira
Silvio Meira é professor extraordinário da cesar.school, cientista-chefe na The
Digital Strategy Company e membro do conselho do Magalu. É um dos nomes
mais importantes do Brasil quando o assunto é inovação, transformação digital
e empreendedorismo. É também professor emérito do centro de informática da
UFPE, em Recife, fundador e presidente do conselho de administração do
Porto Digital (para resumir seu super extenso currículo)
inovação, transformação
digital e empreendedorismo,
Um dos maiores
especialistas do país em
Silvio não se diz exatamente surpreendido pelo vírus, que não
apareceu “tão de repente assim”. Uma publicação do Institute
for the Future, já em 2016, mostrava a ocorrência de uma
pandemia entre os eventos com alta probabilidade de
ocorrência. A pergunta que resta é “que medidas foram
tomadas?”. E a resposta simples é: “nenhuma”.
Desta não ação vem uma consequência prática: nas últimas
12 semanas surgiu, de fato, o Digital First Costumer, um
momento em que os consumidores não chegam por nenhum
outro meio que não o digital. E essas semanas épicas que
estamos vivendo nos mostram que “há décadas em que nada
acontece, e há semanas em que décadas acontecem.”
E o que vem pela frente? Veja abaixo algumas das
respostas possíveis e muitas provocações trazidas por
Meira sobre os novos dilemas da humanidade.
silvio@meira.com
@srlm (Twitter)
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www.linkedin.com/in/silviomeira/
www.estadao.com.br/colunas/silvio-meira
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Linha do tempo
do futuro digital
digital
privado
ecossistemas
digitais
ecossistemas
de plataformas
negócios
em rede
tranformação
digitalprimeiras trocas
de documentos
eletrônicos via redes
digitais privadas
primeiros padrões para
negócios online permitem
iniciativas como
catálogos e vendas online
há décadas em que nada acontece, e há semanas em
que décadas acontecem.” Em nosso mundo
hiperconectado, de repente (mas não tão de repente)
apareceu um problema: a Covid-19, que provocou uma
apocalipse digital. Pessoas e empresas estão sendo
forçadas a aprender em velocidade de crise.
O mundo vive a Década da Transformação Digital.
A próxima deve ser a Década do Ecossistema de
Plataformas, com as maiores organizações do mundo
integradas dentro de plataformas de negócios digitais.
Não se trata de um novo normal. É um
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da internet comercial, há 25 anos.
70 - 90
90 - 00 10 - 20
00 - 10 2020...
primeiras soluções de
serviços compartilhados
para negócios
baseados em nuvem
computacionais
negócios de classe global
integram as maiores
organizações do mundo em
plataformas de negócios
digitais
integração de
grandes organizações
a ecossistemas
digitais através de
novos negócios digitais
inovadores
1995
em
velocidade
de crise
[tudo
ao mesmo
tempo agora!]
Pode ser que não, mas haverá rupturas. E algumas delas
estão muito próximas.
5E
Nesse novo conjunto
de contextos, é fundamental:
E ntender [novos] [contextos]
E ducar [{re, des} aprender] [tudo] [todos]
E xecutar [tudo] [por e para todos]
E scalar [tudo] [pra rede!...]
E voluir [tudo] [digital é um fluxo!...]
os
Será que vamos passar da Internet das Coisas (Internet of Things)
para a Internet dos Corpos (Internet of Bodies), com corpos
conectados e alertas para agir e controlar mudanças no organismo?
Artefatos externos [relógios] e internos [implantes] se
conjugam ao corpo. Se conectam à rede, e nasce a Internet
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touchscreens... e entra
SUA touchscreen?
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on-line, digital?
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papel e entra a
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preparar o prato em 45
segundos. Será que, da
mesma forma, teremos a
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Para resolver questões
como filas, interações e
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colocar em prática políticas
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que universalizem o acesso
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FÍGITAL:
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Para essas transformações é preciso só tecnologia? Não. Vide as
filas do auxílio emergencial. É preciso de uma política estratégica.
O código tem intenção. Ele é gerido por alguém ou tem uma
política por trás. Consequência de códigos não são triviais.
Hoje 80% da capacidade de armazenamento e processamento
está na mão de menos de 20 empresas. Será que devemos passar
o resto da vida prestando homenagem para esses deuses? Será
que outras redes serão possíveis?
Sai a privacidade e entra o rastreamento.
uma grande parte dos
O Fígital (um grande componente dos novos normais)
Mercados estão em transição do físico para uma articulação
do físico, habilitado e estendido para o digital.
novos normais
diGItal
Todo mundo redesenha o negócio
para o novo modo digital.
Mas inovação é a mudança no
comportamento de agentes.
Requer mudança radical no
processo de tomada de decisão.
Será que saem os 200 anos de
escritório e entra o home office?
Empresas sempre enfrentaram
desafios. E agora?
Isso é possível sem mudar o
trabalho? Como mudar essa
mentalidade?
Será que para trabalhar é só
entrar no Zoom ou no Teams?
Hoje o parâmetro para medir
eficiência são pessoas por hora.
É preciso medir missões e
desafios, alinhados a propósito.
Aos desafios existenciais
corporativos do pré-pandemia,
une-se à necessidade da criação
de um novo modelo de trabalho:
de centralizado, e
pós-descentralizado, o trabalho
ser tornará distribuído. Somente
uma estratégia de trabalho
distribuído e descentralizado
resiste aos ataques.
Inovação
Digital
Transformação
Estratégica
Transformação
Digital
Inovação
Estratégica
Qual é sua estratégia? Como mudar as operações?
Não se trata mais de engrenagens e catracas.
Não cabe mais a mentalidade da Revolução Industrial
Como reimaginar seu propósito, sua identidade?
Negócios devem caminhar para o “novo” modo
digital, que já tem um quarto de século.
Caos e aprendizado
Vamos aprender em velocidade de crise. Nunca se
criou conhecimento tão rapidamente.
Um aprendizado baseado no caos. O caos não é um
método, é a licença para aprendeu do SEU jeito.
Com erros e acertos.
Mas, diferentemente do que muitos pensavam, a
mudança rápida em direção ao digital é possível.
Centralizado Descentralizado Distribuído
A demanda por habilidades digitais já era imensa: agora
tornou-se maior, mais complexa e mais urgente
Domínio do ciclo de vida de dados é a chave para mitigar e gerenciar
mudanças rápidas, digitais ou não. E não se pode consultar os dados
sobre clientes, cada vez mais diversos e complexos, uma vez por ano.
Tem que ser diariamente.
Redesenho e automação de processos: efetividade
Experiência [sempre] digital do usuário/cliente
Dados e análises para excelência operacional
#AI, #AR, #VR... como fundações digitais
Novas plataformas digitais [ como serviço?]
operações digitais
Conectividade, visibilidade,
transparência operacional
Reestruturar, em rede, para uma organização digital
Desenvolver, manter e evoluir plataformas digitais
Atrair, manter e evoluir talentos digitais
Dados [de que?] e análises [quais?]
como negócio [pra quem?]
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fundações digitais
novos modelos de negócio
transformação digital em tudo
“Se você não domina seu ciclo
de fidelidade, você estará
completamente perdido”.
Programe ou seja programado.
Organizações não digitais vão ter que se
organizar com base em costumer experience.
Tudo deve ser criado com e para as pessoas,
evoluindo com elas em rede. Empresas
passam a ser plataformas digitais, criando
ecossistema.
E o futuro, o que será?
Paul Collier, economista britânico: “como
viveremos? Não sei. Vamos experimentar.”
Essa é a resposta mais honesta possível.
Ricchard Haass, diplomata americano: “não
mudará tanto a direção da história, mas vai
acelerar e talvez muito.”
PINGUE-PONGUE
“Se a empresa tentar se transformar
em uma startup, vai quebrar mesmo”.
“A empresa que está programada
para não dar errado, está programada
para quebrar também”.
Como deve funcionar essa transformação para
as classes mais vulneráveis?
Precisa ter um componente educacional e isso só é possível com políti-
cas públicas. A China investiu em educação, pesquisa, desenvolvimento
e equidade digital, habilitando todo mundo para isso. Ao fazer isso,
criou-se um universo. Lá, é possível dar esmola digital, por meio de QR
Code. Essa dinâmica depende de equidade em múltiplos níveis.
Como se dá o primeiro passo para transformação digital em um
ambiente consolidado no analógico? Como criar espaço para a
inovação acontecer?
Começar pela borda do negócio, onde se pode brincar, tentar, errar e
aprender. Historicamente, transformar pelo núcleo duro dá errado. O que
costuma dar certo é começar pela borda.
“É o que chamamos de oportunidade periférica crítica – em que o proces-
so de transformação digital não se inicia no núcleo duro da empresa.”
Quem tem 40 anos de alta performance analógica, se virar digital, quebra.
É preciso criar uma organização do lado de fora. É preciso olhar o futuro
com pragmatismo. Não se trata de uma aventura.
.
PINGUE-PONGUE
O que empresas tradicionais precisam fazer dentro desse
contexto de transformação acelerada?
É necessário ser digital first. O mundo vai continuar sendo físico,
mas o acesso aos fundamentos físicos já está no meio digital.
Digital e Social passaram a ditar o mundo físico. Quem não enten-
der, vai ficar fora do mercado.
Como vai ficar a universidade nesse universo?
A universidade como organização remonta à escola de Platão. A
universidade contemporânea, no modelo que conhecemos hoje, foi
fundada em 859 no mundo árabe. É necessário se reinventar drasti-
camente. O problema são os métodos e processos, e não apenas a
simples transferência de ambiente ou plataforma.
.
Como criar um índice de transformação para as empresas?
Transformação digital corresponde a conhecimento, estratégia,
experimentação e coragem. É possível trabalhar em fases: da adap-
tação à evolução e, finalmente, à transformação.
Existem índices, como o ICTD, aplicado em dezenas de empresas.
A mudança cultural deriva de uma nova forma de pensar. Não é
comprar uma startup e colocar dentro de uma empresa. Isso mata a
startup e cria um problema para a empresa.
Esse movimento precisa ser organizado e alinhado com os objetivos
de negócio. A partir da estratégia, se vai atrás da tecnologia.
PINGUE-PONGUE
Veja o caso da agência de viagens inglesa Thomas Cook Group,
fundada em 1930. Tentaram uma estratégia de aquisição digital.
Faliram. Não trocaram os KPIs da empresa. A falta de diversidade
os matou.
Se as sociedades escolhem entrar em colapso, que escolha
fez o Brasil?
Quando não se articula ao redor de desafios, pequenas coisas se
tornam os desafios. Cria um conflito desnecessário para a sobrevi-
vência. Se não se consegue entender quais são as coisas que preci-
sam ser tratadas, porque representam o desafio de existência para
a sociedade, para o coletivo, para as empresas ou qualquer outra
coisa, você degenera nas disputas destrutivas pelo poder sobre
aparentemente tudo que existe. Escolher brigar com todo mundo
dentro não é o caminho. O Brasil está mal encaminhado, com poten-
cial de destruição armazenado.
Organização e edição: Ana Busch, Rizzo Miranda,
Pollyana Miranda, Jennifer Queen, Anne Fadul, Carol Valente,
Maria Izabel Guimarães, Hilan Diener (design)
80% da capacidade de processamento e
armazenamento da internet no mundo
está nas mãos de menos de 20 empresas.
O escritório é uma invenção de 200 anos.
Será que sairá de vez do circuito para dar
lugar definitivamente ao home office?
Nossa mentalidade ainda é da revolução
industrial. Será que, migrar as equipes
para o Zoom ou Teams basta?
Ou será que precisamos de desafios
aliados a propósito?
Uma empresa que não está preparada
para errar, se programa para quebrar.
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Fsb Trocas Silvio Meira

  • 1. trocasfsb Filho de professora, Silvio Meira (@srlm) sabe que o professor não é alguém que conhece muitas coisas, mas sim alguém que pergunta muito. Não à toa, em uma conversa com a liderança da FSB nesta segunda-feira última, 29 de junho, Sílvio fez e respondeu muitas perguntas. Questionado sobre “como será o mundo pós-pandemia”, citou o economista britânico Paul Collier, para quem a melhor resposta é “não sei”. Perguntar e experimentar parecem ser os caminhos. Como disse o diplomata americano Richard Haass, outra referência trazida para o debate, a Covid-19 talvez não mude a direção da história, mas irá acelerá-la, e muito. Da cesar.school e cientista-chefe da The Digital Strategy Company Silvio Meira
  • 2. Silvio Meira é professor extraordinário da cesar.school, cientista-chefe na The Digital Strategy Company e membro do conselho do Magalu. É um dos nomes mais importantes do Brasil quando o assunto é inovação, transformação digital e empreendedorismo. É também professor emérito do centro de informática da UFPE, em Recife, fundador e presidente do conselho de administração do Porto Digital (para resumir seu super extenso currículo) inovação, transformação digital e empreendedorismo, Um dos maiores especialistas do país em Silvio não se diz exatamente surpreendido pelo vírus, que não apareceu “tão de repente assim”. Uma publicação do Institute for the Future, já em 2016, mostrava a ocorrência de uma pandemia entre os eventos com alta probabilidade de ocorrência. A pergunta que resta é “que medidas foram tomadas?”. E a resposta simples é: “nenhuma”. Desta não ação vem uma consequência prática: nas últimas 12 semanas surgiu, de fato, o Digital First Costumer, um momento em que os consumidores não chegam por nenhum outro meio que não o digital. E essas semanas épicas que estamos vivendo nos mostram que “há décadas em que nada acontece, e há semanas em que décadas acontecem.” E o que vem pela frente? Veja abaixo algumas das respostas possíveis e muitas provocações trazidas por Meira sobre os novos dilemas da humanidade. silvio@meira.com @srlm (Twitter) TDS.company www.linkedin.com/in/silviomeira/ www.estadao.com.br/colunas/silvio-meira https://bityli.com/coy8z (podcast)
  • 3. Linha do tempo do futuro digital digital privado ecossistemas digitais ecossistemas de plataformas negócios em rede tranformação digitalprimeiras trocas de documentos eletrônicos via redes digitais privadas primeiros padrões para negócios online permitem iniciativas como catálogos e vendas online há décadas em que nada acontece, e há semanas em que décadas acontecem.” Em nosso mundo hiperconectado, de repente (mas não tão de repente) apareceu um problema: a Covid-19, que provocou uma apocalipse digital. Pessoas e empresas estão sendo forçadas a aprender em velocidade de crise. O mundo vive a Década da Transformação Digital. A próxima deve ser a Década do Ecossistema de Plataformas, com as maiores organizações do mundo integradas dentro de plataformas de negócios digitais. Não se trata de um novo normal. É um conjunto de novos normais que vêm sendo construídos desde o nascimento da internet comercial, há 25 anos. 70 - 90 90 - 00 10 - 20 00 - 10 2020... primeiras soluções de serviços compartilhados para negócios baseados em nuvem computacionais negócios de classe global integram as maiores organizações do mundo em plataformas de negócios digitais integração de grandes organizações a ecossistemas digitais através de novos negócios digitais inovadores 1995
  • 4. em velocidade de crise [tudo ao mesmo tempo agora!] Pode ser que não, mas haverá rupturas. E algumas delas estão muito próximas. 5E Nesse novo conjunto de contextos, é fundamental: E ntender [novos] [contextos] E ducar [{re, des} aprender] [tudo] [todos] E xecutar [tudo] [por e para todos] E scalar [tudo] [pra rede!...] E voluir [tudo] [digital é um fluxo!...] os Será que vamos passar da Internet das Coisas (Internet of Things) para a Internet dos Corpos (Internet of Bodies), com corpos conectados e alertas para agir e controlar mudanças no organismo? Artefatos externos [relógios] e internos [implantes] se conjugam ao corpo. Se conectam à rede, e nasce a Internet of Bodies (IoB), conectando pessoas entre si e com sistemas: a internet dos corpos. Será que vamos criar uma inteligência artificial para a saúde corporal? Quando o corpo é atacado, haverá alerta em uma rede de saúde?
  • 5. Acaba o toque. Saem touchscreens... e entra SUA touchscreen? Saem filas, e entra o on-line, digital? No restaurante, quem vai pegar no cardápio? Sai o papel e entra a touchscreen individual? Cardápios com QR Code. E sairiam os cozinheiros e entram os robôs para preparar a comida? No Japão, máquinas de ramen preparar o prato em 45 segundos. Será que, da mesma forma, teremos a internet das saladas. Para resolver questões como filas, interações e relacionamentos, é preciso mais do que tecnologia e investimento. É preciso colocar em prática políticas de transformação digital que universalizem o acesso da população aos novos meios e tecnologias. Qual o futuro da interação? Aliás, como é que se explica ainda haver filas?
  • 6. A tecnologia basta? E a privacidade? Físico + digital + social: Fígital FÍGITAL: sociAL FÍsico Para essas transformações é preciso só tecnologia? Não. Vide as filas do auxílio emergencial. É preciso de uma política estratégica. O código tem intenção. Ele é gerido por alguém ou tem uma política por trás. Consequência de códigos não são triviais. Hoje 80% da capacidade de armazenamento e processamento está na mão de menos de 20 empresas. Será que devemos passar o resto da vida prestando homenagem para esses deuses? Será que outras redes serão possíveis? Sai a privacidade e entra o rastreamento. uma grande parte dos O Fígital (um grande componente dos novos normais) Mercados estão em transição do físico para uma articulação do físico, habilitado e estendido para o digital. novos normais diGItal
  • 7. Todo mundo redesenha o negócio para o novo modo digital. Mas inovação é a mudança no comportamento de agentes. Requer mudança radical no processo de tomada de decisão. Será que saem os 200 anos de escritório e entra o home office? Empresas sempre enfrentaram desafios. E agora? Isso é possível sem mudar o trabalho? Como mudar essa mentalidade? Será que para trabalhar é só entrar no Zoom ou no Teams? Hoje o parâmetro para medir eficiência são pessoas por hora. É preciso medir missões e desafios, alinhados a propósito. Aos desafios existenciais corporativos do pré-pandemia, une-se à necessidade da criação de um novo modelo de trabalho: de centralizado, e pós-descentralizado, o trabalho ser tornará distribuído. Somente uma estratégia de trabalho distribuído e descentralizado resiste aos ataques. Inovação Digital Transformação Estratégica Transformação Digital Inovação Estratégica Qual é sua estratégia? Como mudar as operações?
  • 8. Não se trata mais de engrenagens e catracas. Não cabe mais a mentalidade da Revolução Industrial Como reimaginar seu propósito, sua identidade? Negócios devem caminhar para o “novo” modo digital, que já tem um quarto de século. Caos e aprendizado Vamos aprender em velocidade de crise. Nunca se criou conhecimento tão rapidamente. Um aprendizado baseado no caos. O caos não é um método, é a licença para aprendeu do SEU jeito. Com erros e acertos. Mas, diferentemente do que muitos pensavam, a mudança rápida em direção ao digital é possível. Centralizado Descentralizado Distribuído
  • 9. A demanda por habilidades digitais já era imensa: agora tornou-se maior, mais complexa e mais urgente Domínio do ciclo de vida de dados é a chave para mitigar e gerenciar mudanças rápidas, digitais ou não. E não se pode consultar os dados sobre clientes, cada vez mais diversos e complexos, uma vez por ano. Tem que ser diariamente. Redesenho e automação de processos: efetividade Experiência [sempre] digital do usuário/cliente Dados e análises para excelência operacional #AI, #AR, #VR... como fundações digitais Novas plataformas digitais [ como serviço?] operações digitais Conectividade, visibilidade, transparência operacional Reestruturar, em rede, para uma organização digital Desenvolver, manter e evoluir plataformas digitais Atrair, manter e evoluir talentos digitais Dados [de que?] e análises [quais?] como negócio [pra quem?] + fundações digitais novos modelos de negócio transformação digital em tudo
  • 10. “Se você não domina seu ciclo de fidelidade, você estará completamente perdido”. Programe ou seja programado. Organizações não digitais vão ter que se organizar com base em costumer experience. Tudo deve ser criado com e para as pessoas, evoluindo com elas em rede. Empresas passam a ser plataformas digitais, criando ecossistema. E o futuro, o que será? Paul Collier, economista britânico: “como viveremos? Não sei. Vamos experimentar.” Essa é a resposta mais honesta possível. Ricchard Haass, diplomata americano: “não mudará tanto a direção da história, mas vai acelerar e talvez muito.”
  • 11. PINGUE-PONGUE “Se a empresa tentar se transformar em uma startup, vai quebrar mesmo”. “A empresa que está programada para não dar errado, está programada para quebrar também”. Como deve funcionar essa transformação para as classes mais vulneráveis? Precisa ter um componente educacional e isso só é possível com políti- cas públicas. A China investiu em educação, pesquisa, desenvolvimento e equidade digital, habilitando todo mundo para isso. Ao fazer isso, criou-se um universo. Lá, é possível dar esmola digital, por meio de QR Code. Essa dinâmica depende de equidade em múltiplos níveis. Como se dá o primeiro passo para transformação digital em um ambiente consolidado no analógico? Como criar espaço para a inovação acontecer? Começar pela borda do negócio, onde se pode brincar, tentar, errar e aprender. Historicamente, transformar pelo núcleo duro dá errado. O que costuma dar certo é começar pela borda. “É o que chamamos de oportunidade periférica crítica – em que o proces- so de transformação digital não se inicia no núcleo duro da empresa.” Quem tem 40 anos de alta performance analógica, se virar digital, quebra. É preciso criar uma organização do lado de fora. É preciso olhar o futuro com pragmatismo. Não se trata de uma aventura. .
  • 12. PINGUE-PONGUE O que empresas tradicionais precisam fazer dentro desse contexto de transformação acelerada? É necessário ser digital first. O mundo vai continuar sendo físico, mas o acesso aos fundamentos físicos já está no meio digital. Digital e Social passaram a ditar o mundo físico. Quem não enten- der, vai ficar fora do mercado. Como vai ficar a universidade nesse universo? A universidade como organização remonta à escola de Platão. A universidade contemporânea, no modelo que conhecemos hoje, foi fundada em 859 no mundo árabe. É necessário se reinventar drasti- camente. O problema são os métodos e processos, e não apenas a simples transferência de ambiente ou plataforma. . Como criar um índice de transformação para as empresas? Transformação digital corresponde a conhecimento, estratégia, experimentação e coragem. É possível trabalhar em fases: da adap- tação à evolução e, finalmente, à transformação. Existem índices, como o ICTD, aplicado em dezenas de empresas. A mudança cultural deriva de uma nova forma de pensar. Não é comprar uma startup e colocar dentro de uma empresa. Isso mata a startup e cria um problema para a empresa. Esse movimento precisa ser organizado e alinhado com os objetivos de negócio. A partir da estratégia, se vai atrás da tecnologia.
  • 13. PINGUE-PONGUE Veja o caso da agência de viagens inglesa Thomas Cook Group, fundada em 1930. Tentaram uma estratégia de aquisição digital. Faliram. Não trocaram os KPIs da empresa. A falta de diversidade os matou. Se as sociedades escolhem entrar em colapso, que escolha fez o Brasil? Quando não se articula ao redor de desafios, pequenas coisas se tornam os desafios. Cria um conflito desnecessário para a sobrevi- vência. Se não se consegue entender quais são as coisas que preci- sam ser tratadas, porque representam o desafio de existência para a sociedade, para o coletivo, para as empresas ou qualquer outra coisa, você degenera nas disputas destrutivas pelo poder sobre aparentemente tudo que existe. Escolher brigar com todo mundo dentro não é o caminho. O Brasil está mal encaminhado, com poten- cial de destruição armazenado.
  • 14. Organização e edição: Ana Busch, Rizzo Miranda, Pollyana Miranda, Jennifer Queen, Anne Fadul, Carol Valente, Maria Izabel Guimarães, Hilan Diener (design) 80% da capacidade de processamento e armazenamento da internet no mundo está nas mãos de menos de 20 empresas. O escritório é uma invenção de 200 anos. Será que sairá de vez do circuito para dar lugar definitivamente ao home office? Nossa mentalidade ainda é da revolução industrial. Será que, migrar as equipes para o Zoom ou Teams basta? Ou será que precisamos de desafios aliados a propósito? Uma empresa que não está preparada para errar, se programa para quebrar. A transformação vem das bordas, não do núcleo central da empresa Nisso Pense