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Colégio
farroupilha
Ser educador
2009

E
Encontro do dia 24 de março de 2009
Pontos que foram abordados no
planejamento:
1. Organização pessoal;
2. Ensino de qualidade;
3. Relações harmoniosas;
4. Organização do Espaço;
5. Formação Profissional.

E
Encontro do dia 24 de março de 2009:
- O curta - Camaleão e as pautas de
observação;
- O que é uma pauta de observação?;
- Por que adotar a pauta de orientação como
ferramenta de organização de aprendizagem?;
- Como fazer uma pauta de observação?;
- Tipos de pautas de orientação;
- Tipos de Aprendizagem Significativa –
Psicologia da Educação, Michael J. A.Howe;
- Professores do futuro - Veja algumas das
competências que precisarão ter os novos
docentes, Referenciais para Formação de
Professores.
E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
X
RELAÇÕES HARMONIOSAS
Auto-conhecimento

Auto-estima

E
Norman Rockwell
Auto-conhecimento
O quanto você se conhece? Muito?
Pouco? A maior parte das pessoas
acredita que se conhece, mas na
verdade se conhece muito pouco.
•
•

É fundamental para desenvolver o
amor por si mesmo e fortalecer a autoestima.
É muito difícil alguém se conhecer
interiormente quando a busca está
sempre no externo.

Auto-estima
O que é Auto-estima?
É a capacidade de sentirmos a vida,
estando de bem com ela. É a confiança
em nosso modo de pensar e enfrentar
os problemas e o direito de ser feliz.
Precisamos ter a sensação de que
somos
merecedores
de
nossas
necessidades, desejos e desfrutar de
nossos esforços.

E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
X
RELAÇÕES HARMONIOSAS
“O

tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a
sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver
a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é
aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário,
e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra
muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de
cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra,
portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais
continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo.
Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro”.

E
RELAÇÕES INTERPESSOAIS
X
RELAÇÕES HARMONIOSAS

“O frescobol se parece muito com o

tênis: dois jogadores, duas
raquetes e uma bola. Só que,
para o jogo ser bom, é preciso
que nenhum dos dois perca. Se a
bola veio meio torta, a gente
sabe que não foi de propósito e
faz o maior esforço do mundo
para devolvê-la gostosa, no lugar
certo, para que o outro possa
pegá-la. Não existe adversário
porque não há ninguém a ser
derrotado. Aqui ou os dois
ganham ou ninguém ganha. E
ninguém fica feliz quando o
outro erra - pois o que se deseja
é que ninguém erre”.
(Rubem Alves - Tênis X Frescobol)
E
A contemporaneidade...
O avanço das tecnologias, os sistemas de globalização
garantem um poder nas mãos do homem:

- Ele conhece espaços, fatos
e tempos diferentes.
- Utiliza-se do conhecimento
das ciências para obter
domínio e poder.
- Desenvolvimento da
contracepção

E
Obra de Escher
E, como Consequências...
Ascensão do “EU”:
a subjetividade em
evidência
(autoconhecimento e
autoestima nunca foram
tão mencionados)

E
E, como
Consequências...
Os dogmas são
relativizados:
a fé torna-se uma
experiência
emocional
imediata.
Quando uma pessoa aceita um dogma,
não pode testar se ele é de fato
verdadeiro. Isso é se algemar a uma
verdade.
Como nasce um dogma? ...

E
E, como Consequências...

A família:
a realização é
individualizada (eterno
enquanto dure – para Mim)

E
O conhecimento das ciências é
utilizado a serviço de quem tem
o poder (Foucault, 1997):
– Na mídia, a exploração das
“individualidades: “Você é
importante”... “Tudo o que quiser
você consegue”.
– Conhecer-se significa tornar-se
público : perde-se o limite à
intimidade (Big Brother, chats, blogs...)
– O conhecimento da personalidade
é utilizado para alcançar objetivos.
Ex.: dinâmicas de grupo;
emocionômetros

– Nos governos: “A subjetividade se
tornou um recurso na
administração dos problemas da
nação” (Rose, 1998, p.35)

E
Com medo dos alunos
Provocado pela indisciplina na sala de
aula, um distúrbio psicológico se alastra
entre os professores: a fobia escolar

A geração é outra.
A roupa é a mesma
Olhe a foto e compare as roupas.
A mãe é a que aparece à esquerda

E, como Consequências...

Nilde Maria Negrini, 49 anos,
professora de português
Geração vaidade
A maioria dos jovens brasileiros acha
que "pessoas bonitas têm mais
chances
na vida". Um bom pretexto para gastar
cada vez mais com roupas, acessórios
e tratamentos de beleza

E
E, como Consequências...
Limites. Ainda dá tempo?
Os erros de educação cometidos na
infância
produzem efeitos danosos na
adolescência
Os pais de adolescentes convivem com um eterno
desafio, que é impor limites aos filhos. "É um fenômeno
da alternância de gerações", teoriza o psiquiatra paulista
Içami Tiba. "Os pais dos jovens de hoje foram educados
de forma autoritária e, com medo de repetir o erro com
os próprios filhos, acabaram caindo no extremo oposto,
que é a permissividade."
Rubiana Peixoto

E
• Da rigidez ao vale-tudo
• Como mudaram os critérios na educação
dos adolescentes
Até meados dos ano 60
ERA DA REPRESSÃO
Até meados dos ano 60 até o fim dos 70
ERA DA LIBERALIZAÇÃO

Dos anos 80 até hoje
A ERA DOS EXCESSOS

E
Impelidos, por um lado, para o trabalho em função
da queda progressiva dos salários e, por outros
massacrados pelos meios de comunicação, os pais
acabam caindo no círculo vicioso:
desejo de consumo

busca de recurso

mais trabalho

menos tempo de convivência

com os filhos

culpa

liberação para consumo
recursos...

menos limites
mais necessidade de

E, como Consequências...

E
Enquanto isso...Na escola...

E
Enquanto isso...Na escola...
• O aluno e seu desinteresse, decorrente da
tecnologia a que tem acesso fora da
escola;
• O distanciamento dos campos de estudo
– conteúdos disciplinares;
• - Os meios de comunicação - influência
negativa;
• A família, não cumprindo seu papel;
• A escola, que muitas vezes não apóia o
professor;
E
• A sociedade, sua ( des) organização
Existe, certamente, uma instituição chamada escola que
está implicada neste mundo no sentido mais profundo, no
sentido mais íntimo, no sentido até de estabelecer o que é
este mundo”.
(Veiga-Neto, 2003, p. 113)

E
Há um processo de “desinstitucionalização” da
escola (Dubet, 1997, p.27)
Numa instituição: o indivíduo se identifica primeiro
com os outros, os adultos, depois com os valores nos
quais os outros acreditam e têm regras e proibições
que as impedem de agir contrariamente à ordem
estabelecida.
A escola, por um bom tempo correspondeu a essa
demanda. Mas não o faz mais e entra em crise...

E
A “crise da escola”...

E
Há um “movimento de modernidade” : obriga os
sujeitos “a serem livres e construírem os sentidos
de suas experiências” (Dubet, 1997).
Entrevistados, 77% dos professores declararam
ser o desinteresse do aluno a razão de sua
repetência. Apenas 5% identificam a má
qualidade do ensino como causa do fracasso.
(INEP, 2007)

E
A “escola da crise”

E
A “escola da crise”

Geisy Arruda, 20, posa
com vestido que provocou
polêmica que a expulsou
da Uniban.

Inscrição foi vista na manhã desta
segunda em São Bernardo do Campo.
Aluna que causou alvoroço com vestido
curto foi expulsa da universidade.

E
Quarta-feira – dia 10 de novembro de 2009
estadao.com.br Reitor da Uniban revoga expulsão de Geisy Arruda
Decisão do reitor derruba determinação do Conselho Universitário
de desligar a estudante
SÃO PAULO - O reitor da Universidade Bandeirante, Heitor Pinto,
determinou a revogação da expulsão da estudante de Turismo Geisy
Arruda, 20. O desligamento de Geisy da Uniban havia sido publicado
em anúncio em jornais paulistas neste domingo, 8, e definido como
ato do Conselho Universitário. O assessor jurídico da reitoria da
instituição, Décio Lencioni Machado, informou que a decisão de
invalidar a expulsão foi tomada pelo "reitor, como pessoa física".
Na nota, além de anunciar a expulsão, a instituição responsabilizava
exclusivamente a aluna pelo episódio ocorrido no último dia 22,
quando estudantes formaram uma multidão que a ameaçou de
linchamento por causa da roupa que ela usava. "Foi constatada
E
atitude provocativa da aluna, que buscou chamar a atenção para si
por conta de gestos e modos de se expressar", diz a nota da Uniban.
A instituição considerou ainda que a atitude dos outros alunos foi
uma "reação coletiva de defesa do ambiente escolar".
Para Refletir – em grupos:
Quando a Uniban revogou a expulsão
da aluna, o reitor disse que a medida
havia deixado de ser disciplinar para
se transformar numa ação educativa.
A expressão “ educativa” teria a
capacidade de redimir arbitrariedades?
E
Fala-se tanto em formar para a autonomia...
Algumas escolas: mais e mais regras do que “não pode ser
feito” . Outras: para seguirem o curso da modernidade “dar
sentido à vida” é preciso não haver proibições (Tognetta & Vinha,
2006).
... mas elas o fazem na “contra-mão da autonomia”: (Ex. as
suspensões pelos palavrões).
...mas não se tem a menor idéia de como proceder. (Ex. Uniban)
“Deve-se haver cursos sobre a violência porque a gente deveria
aprender a responder a isto como se aprende a ensinar as
matemáticas” (Dubet, 1997) mas não há nos cursos de formação
esse “conteúdo”, embora seja esse o problema mais acentuado na
sala de aula...
Fante (2005) em pesquisa realizada em escolas públicas e
particulares: 47% dos professores dedicam entre 21% e 40% do
E
seu dia escolar aos problemas de indisciplina e de conflitos
entre os alunos.
A “escola da crise”
Como fazer para que os alunos construam
esse sentido, se interessem?
A escola não sabe por que não enxerga o
aluno como criança...e assim reproduz a
crise...

E
A “escola da crise”
Quanto à formação especializada do
professor:
1. No Brasil: 47% dos professores até 4ª
série não têm diploma universitário - 658
mil professores de creches (destinadas à
faixa etária de zero a 3 anos), pré-escolas (4
e 5 anos) ou dos primeiros anos do ensino
fundamental (6 a 10 anos) continuam dando
aula apenas com a formação média.
(Unesco – relatório anual – 10/2006)
E
A “escola da crise”
2- O professor não acredita que ele ainda é
autoridade: ele não pode ser “amigo” das
crianças; ele precisa ser “objeto de
identificação das crianças”...
3- ... Mas cobra a obediência à autoridade
e não a um princípio.
Pesquisa (professores de um ambiente
coercitivo: “o que você considera que seja o
melhor que a criança responda?” (ser
solidário ou seguir a ordem de uma
E
autoridade?).
De fato, como homens
heterônomos podem educar
crianças que deverão se tornar
autônomas? Como educadores
encravados em seu cotidiano
podem levar as crianças a
vislumbrar um mundo diferente?
Formar homens iguais àqueles
que já existem é mais fácil que
formar homens diferentes, de
certa forma ‘superiores’ ”

(La Taille,E
2006).
A “escola da crise”
A escola reforça a exposição do “Eu” individual e não
trabalha, portanto, uma “ética da intersubjetividade” (Cortina,
2003): reforço ao individualismo.
A orientação do currículo – trabalhar com o tema “afetividade

na escola” para garantir a subjetividade:
Há uma confusão - sem dados empíricos e fundamentação
teórica: afetividade é entendida como carinho, cuidado, ou
ainda, ser “afetuoso” (como sinônimo de permissividade).
“(...) o afeto pedagógico está solto por aí. Você pode
encontrá-lo em todo canto, desde as secretarias de
educação até as salas de aula, passando pelas livrarias. É
o desgoverno da auto-ajuda pedagógica”.
(Aquino, 2007) E
A escola tem futuro se...

E
A escola tem futuro se...
A escola é por excelência, a maior instância de
relações:
Com os pares
Com a autoridade
(e deveria ser) consigo mesmo.

E
A escola tem futuro se...

Tornar-se “ um laboratório onde se aprenda a analisar o
mundo, e essa capacidade é a que deveriam alcançar
os alunos no maior grau possível ao término de seus
estudos”. (Delval, 2002)
Aproveitar-se das pesquisas nas diferentes ciências
para aprender a“como” ajudar meninos e meninas a
darem sentido à vida.

E
A escola tem futuro se...
... Levar em conta o sentido de Ética :

“É a busca por uma vida boa com e para o
outro em instituições justas”
(Ricoeur, 1993)

E
Enfim...
POR QUE INSISTIR “NA ESCOLA” ?
Pensemos nesses dois adolescentes americanos que, em
1999, metralharam colegas e professores. Eles queriam, por
algum motivo, matar, matar e matar. Mas, por que não
escolheram um supermercado, a rua, um bar, onde há até
mais gente? Eles escolheram a escola. Por quê? Talvez
porque ela não esteja mais dando a seus alunos algo que
eles querem, mas que não sabem formular. Ora, o papel

dos adultos é ajudar as novas gerações a
formularem seus desejos e projetos. E para isso
não basta dizer-lhes “falem”, como se fosse a coisa mais
simples do mundo, como se as idéias brotassem, sem
maiores esforços,no íntimo de cada um. É preciso ensiná-los
a pensar, a refletir, dar-lhes conhecimentos variados para
E
assim, poderem aprender a falar”.
(La Taille, 1999)
O que fazer...
Importância do exemplo, da coerência, do que contempla o
“olhar” do adulto...
Um equívoco: o adulto não é “amigo” e sim “autoridade”.
Pela ação de pessoas significativas (Millello, 2003):
- Que lhes permitam escolhas
- Que reconheçam seus sentimentos
- Que lhes permitam tomar decisões
- Que lhes permitam enxergar a necessidade de uma regra
- Que lhes possibilitem momentos para falar de si e assim se
sentirem valorizados...
- Que se indignem pela ausência do valor da justiça, da
generosidade...
- Que admirem o valor da justiça, do perdão...
- Que lhes possibilitem perceber que a ética é conteúdo
imprescindível da escola (se não garantimos espaços,
E
como queremos que os alunos a vejam como
importante?)
Num ambiente sócio-moral
cooperativo...
Há regras, mas essas partem da necessidade.
Há sanções mas que encorajem a reparação e a
tomada de consciência.
Há trabalhos em grupo pois a coordenação de
perspectivas só se desenvolve no contato com o
outro.
Há um olhar diferenciado sobre como os
conhecimentos são produzidos – a partir da
interação e da ação sobre os objetos.
Há uma autoridade cuja relação é de confiança.

E
Como fazer...
3. Os temas transversais e os projetos interdisciplinares
As questões relativas a valores humanos permeiam
todos os conteúdos curriculares (ex. aulas de Filosofia)
Valores selecionados que são trabalhados e articulados
nas diversas disciplinas
Projetos
“Direitos humanos em sala de aula”
“Ética, consumo e ambiente”
São importantes, mas não SUFICIENTES.

E
Como fazer...
4. Momentos sistematizados para o trabalho com:
os procedimentos da educação moral
os jogos e atividades para falar de si ou seja, oferecer
oportunidades para que haja: a reflexão sobre os
valores, o autoconhecimento e o conhecimento do
outro, a identificação e expressão dos sentimentos, a
aprendizagem de formas mais justas e eficazes de
resolver conflitos...
É preciso viver a moral e discutir as ações

E
Que momentos podem auxiliar na
construção do auto-respeito e do
respeito ao outro?

E
A. Momentos para a apropriação
racional dos valores
O conhecimento cultural (respeito implica
em querer conhecer)
Análise crítica de documentos como: a
Constituição, o Estatuto da Criança e do
Adolescente e a Declaração Universal dos
Direitos da Pessoa Humana e regimento
escolar
Devem ser lidos, analisados por todos os
professores.
E
B. Momentos para a hierarquização de valores
A discussão de dilemas morais.
Propostas para desenvolver a
sensibilidade moral: situações cotidianas
(dilemas reais)
Emprego de filmes, clips, músicas,
dramatizações, gibis, literatura (inclusive
a infantil), etc.
Reflexão sobre os valores morais e não
morais dos personagens, e identificação
com esses valores.
E
C- Momentos para se sentir
“ pertencente” e de fato,
“pensar”
As assembléias;
A resolução de conflitos entre
pares somente com os
envolvidos;
As avaliações do dia.

E
D- Momentos para “falar de si”
As narrativas morais
Jogos para expressão
dos sentimentos

E
Em todos esses momentos...
Há a necessidade de
sistematizar um tipo de
intervenção/linguagem por
parte do educador que
“construa pontes” e não
“muros”.

E
Assembléia
Toda sexta-feira, os alunos tem um momento
para levantamento e discussão de algumas
situações-problema vividas. Os próprios alunos
organizam a assembléia ocupando as funções
de presidente, assistente ou secretário.
O presidente dirige a reunião: calcula o tempo
de cada tópico discutido, faz suas interferências,
“cobra” postura adequada dos participantes, faz
acontecer a votação aberta (caso necessário) e
encerra a assembléia.
Fragmentos do registro da Profª Hélida
Felgueiras

E
Assembléia

O assistente tem como função listar as pessoas
que querem se colocar oralmente e avisar ao
presidente em que ordem elas irão expor suas
idéias.
O secretário tem a função de registrar em Ata, os
tópicos discutidos e as decisões tomadas a partir
do debate de cada tema.
Fragmentos de registro da Profª Hélida Felgueiras

E
Assembléia

E
Assembléia

E
Quatro Pilares da Educação
1. Aprender a conhecer.
2. Aprender a fazer.
3. Aprender a conviver.
4. Aprender a ser.
(Relatório Jacques Delors).

E
Quatro Pilares da Educação
1. Aprender a conhecer. A democratização do livro, a
disseminação de jornais com informações cada vez
mais abrangentes, os meios eletrônicos de
armazenagem e o acesso às informações e à rede
mundial de computadores - a internet - estão permitindo
que se tenha possibilidade de obter a informação de
que se precisa no momento em que se quer. Uma
tarefa importante da escola, hoje, é ensinar aos alunos
como chegar à informação e ao conhecimento. É
impossível estudar tudo na escola, por mais que se
amplie o tempo das aulas e a duração dos cursos. O
conhecimento não cessa de progredir e de
acumular-se. O importante é saber onde encontrálo, como chegar a ele.

E
Quatro Pilares da Educação
2. Aprender a fazer. É o segundo princípio para a
educação no século 21. Ciência e tecnologia se unem
para a mesma finalidade: melhorar as condições de
vida, elevar o padrão de vida das pessoas, trazer
mais bem-estar a todos. Até recentemente se discutia
o dilema da educação geral e da formação para o
trabalho como se fossem dois caminhos separados.
Daqui para a frente, a educação não pode aceitar que se
lhe imponha optar entre o conhecimento e a técnica, o
saber e o fazer. A educação para o ano 2000 tem a
obrigação de ensinar a fazer e, no mesmo processo,
ensinar a conhecer.

E
Quatro Pilares da Educação
3. Aprender a conviver. O terceiro princípio traz a idéia da
interdependência do mundo moderno. Todos dependemos de
todos. Um conflito étnico, uma guerra nacional afeta toda a
humanidade e todos se sentem atingidos. A destruição de
uma floresta interfere nas condições de habitacionalidade
de todo o planeta. Nenhuma empresa, nenhum governo pode
jogar lixo tóxico no mar ou nos rios sem prejudicar seus
vizinhos. Por estarmos todos em comunicação, entendemo-nos
como mais ligados, mais dependentes uns dos outros e,
portanto, responsáveis uns pelos outros. Segundo o Relatório
de Jacques Delors, o que o mundo mais precisa é de
compreensão mútua, de intercâmbios pacíficos e de
harmonia. Daí a necessidade de a educação trabalhar a
aprendizagem da convivência.

E
Quatro Pilares da Educação
4. Aprender a ser. Velho e novo desafio, aprender a ser é
uma tarefa permanente da educação, que a escola assume
como sua. O mundo atual exige de cada pessoa uma
grande capacidade de autonomia e de julgamento que
passa do crescimento da responsabilidade pessoal à
realização do destino coletivo. Nessa missão de
desenvolver integralmente a personalidade do educando,
conforme definido pela LDB, a escola tem como desafio
“não deixar inexplorado nenhum dos talentos que são como
tesouros incrustados no fundo de cada ser humano: a
memória, o raciocínio, a imaginação, a capacidade física, o
sentido de estética, a facilidade de comunicar-se com os
outros, o carisma natural de animador... O que confirma a
necessidade de melhor compreender a si mesmo"
(Relatório Jacques Delors).

E
Aprender a conviver

E
Quem sou eu?
Formação Profissional
Organização pessoal;
Ensino de qualidade;
Relações harmoniosas;
Organização do Espaço;
Formação Profissional.
Referências Bibliográficas
AQUINO, J.; SAYÃO, R. Família: modos de usar. Campinas: Papirus, 2007.
CORTINA, A. O fazer ético. Guia para a Educação Moral. São Paulo: Moderna,
2003.
DELVAL, J. Como hacer una reforma educativa. Madri, Esp., Editorial Ariel,
2002.
DUBET, F. “A formação dos indivíduos: a desinstitucionalização”. Revista
Contemporaneidade e Educação, v.3, 1998, p.27-33.
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying. Como prevenir a violência nas escolas e
educar para a paz. Campinas: Editora Verus, 2005.
FOUCAULT, M. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes,
1987.
PIAGET, J. O juízo moral na criança. São Paulo: Summus Editorial,
1932/1994. 302 p.
LA TAILLE, Y. Autoridade na escola. IN: AQUINO, Julio G. (org). Autoridade e
autonomia na escola – Alternativas Teóricas e Práticas. São Paulo: Summus
Editorial, 1999 p. 9-29.
LA TAILLE, Y. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre:
Artmed, 2006.
E
LEITE, S. A construção da escola pública democrática: Algumas reflexões
sobre a política educacional. souza, Beatriz De Paula (Org.) Orientação à
queixa escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
Referências Bibliográficas
ROSE, N. “Governando a alma: a formação do eu privado”.  IN: SILVA, T.
T. (org.). Liberdades reguladas. Petrópolis: Vozes, 1998, p.30-45.
ROSE, N. “Pensar a escola como uma instituição que pelo menos garanta a
manutenção das conquistas fundamentais da modernidade”. IN: COSTA,
M.V. (org.) A escola tem futuro?  Rio de Janeiro: DP&A, 2003, p.103-126.
TOGNETTA, L.;VINHA, T. Considerações sobre as regras existentes nas
classes democráticas e autocráticas. Revista Educação Unisinos. São
Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, volume 10, número 1, pp.
45 a 56, Janeiro/abril/2006.
TOGNETTA, L.; POLIDORO JOÃO, T. A construção da solidariedade – o
julgamento dos professores. (texto não publicado) 2008.
TOGNETTA, L. VINHA, T. Valores em crise: o que nos causa indignação? LA
TAILLE, Y.(org.) Crise de valores ou valores em crise? Porto Alegre: Artmed,
2008 (no prelo)
VEIGA NETO, A. “Pensar a escola como uma instituição que pelo menos
garanta a manutenção das conquistas fundamentais da modernidade”. IN:
COSTA, M.V. (org.) A escola tem futuro? Rio de Janeiro: DP&A, 2003,
E
p.103-126
Assessoria Pedagógica
Pueri Domus
Escolas Associadas
cassia.gallo@pdea.com.br
www.pdea.com.br
E
2009
E

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Relações interpessoais na escola

  • 2. Encontro do dia 24 de março de 2009 Pontos que foram abordados no planejamento: 1. Organização pessoal; 2. Ensino de qualidade; 3. Relações harmoniosas; 4. Organização do Espaço; 5. Formação Profissional. E
  • 3. Encontro do dia 24 de março de 2009: - O curta - Camaleão e as pautas de observação; - O que é uma pauta de observação?; - Por que adotar a pauta de orientação como ferramenta de organização de aprendizagem?; - Como fazer uma pauta de observação?; - Tipos de pautas de orientação; - Tipos de Aprendizagem Significativa – Psicologia da Educação, Michael J. A.Howe; - Professores do futuro - Veja algumas das competências que precisarão ter os novos docentes, Referenciais para Formação de Professores. E
  • 5. Auto-conhecimento O quanto você se conhece? Muito? Pouco? A maior parte das pessoas acredita que se conhece, mas na verdade se conhece muito pouco. • • É fundamental para desenvolver o amor por si mesmo e fortalecer a autoestima. É muito difícil alguém se conhecer interiormente quando a busca está sempre no externo. Auto-estima O que é Auto-estima? É a capacidade de sentirmos a vida, estando de bem com ela. É a confiança em nosso modo de pensar e enfrentar os problemas e o direito de ser feliz. Precisamos ter a sensação de que somos merecedores de nossas necessidades, desejos e desfrutar de nossos esforços. E
  • 6. RELAÇÕES INTERPESSOAIS X RELAÇÕES HARMONIOSAS “O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada - palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro”. E
  • 7. RELAÇÕES INTERPESSOAIS X RELAÇÕES HARMONIOSAS “O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra - pois o que se deseja é que ninguém erre”. (Rubem Alves - Tênis X Frescobol) E
  • 8. A contemporaneidade... O avanço das tecnologias, os sistemas de globalização garantem um poder nas mãos do homem: - Ele conhece espaços, fatos e tempos diferentes. - Utiliza-se do conhecimento das ciências para obter domínio e poder. - Desenvolvimento da contracepção E Obra de Escher
  • 9. E, como Consequências... Ascensão do “EU”: a subjetividade em evidência (autoconhecimento e autoestima nunca foram tão mencionados) E
  • 10. E, como Consequências... Os dogmas são relativizados: a fé torna-se uma experiência emocional imediata. Quando uma pessoa aceita um dogma, não pode testar se ele é de fato verdadeiro. Isso é se algemar a uma verdade. Como nasce um dogma? ... E
  • 11. E, como Consequências... A família: a realização é individualizada (eterno enquanto dure – para Mim) E
  • 12. O conhecimento das ciências é utilizado a serviço de quem tem o poder (Foucault, 1997): – Na mídia, a exploração das “individualidades: “Você é importante”... “Tudo o que quiser você consegue”. – Conhecer-se significa tornar-se público : perde-se o limite à intimidade (Big Brother, chats, blogs...) – O conhecimento da personalidade é utilizado para alcançar objetivos. Ex.: dinâmicas de grupo; emocionômetros – Nos governos: “A subjetividade se tornou um recurso na administração dos problemas da nação” (Rose, 1998, p.35) E
  • 13. Com medo dos alunos Provocado pela indisciplina na sala de aula, um distúrbio psicológico se alastra entre os professores: a fobia escolar A geração é outra. A roupa é a mesma Olhe a foto e compare as roupas. A mãe é a que aparece à esquerda E, como Consequências... Nilde Maria Negrini, 49 anos, professora de português Geração vaidade A maioria dos jovens brasileiros acha que "pessoas bonitas têm mais chances na vida". Um bom pretexto para gastar cada vez mais com roupas, acessórios e tratamentos de beleza E
  • 14. E, como Consequências... Limites. Ainda dá tempo? Os erros de educação cometidos na infância produzem efeitos danosos na adolescência Os pais de adolescentes convivem com um eterno desafio, que é impor limites aos filhos. "É um fenômeno da alternância de gerações", teoriza o psiquiatra paulista Içami Tiba. "Os pais dos jovens de hoje foram educados de forma autoritária e, com medo de repetir o erro com os próprios filhos, acabaram caindo no extremo oposto, que é a permissividade." Rubiana Peixoto E
  • 15. • Da rigidez ao vale-tudo • Como mudaram os critérios na educação dos adolescentes Até meados dos ano 60 ERA DA REPRESSÃO Até meados dos ano 60 até o fim dos 70 ERA DA LIBERALIZAÇÃO Dos anos 80 até hoje A ERA DOS EXCESSOS E
  • 16. Impelidos, por um lado, para o trabalho em função da queda progressiva dos salários e, por outros massacrados pelos meios de comunicação, os pais acabam caindo no círculo vicioso: desejo de consumo busca de recurso mais trabalho menos tempo de convivência com os filhos culpa liberação para consumo recursos... menos limites mais necessidade de E, como Consequências... E
  • 18. Enquanto isso...Na escola... • O aluno e seu desinteresse, decorrente da tecnologia a que tem acesso fora da escola; • O distanciamento dos campos de estudo – conteúdos disciplinares; • - Os meios de comunicação - influência negativa; • A família, não cumprindo seu papel; • A escola, que muitas vezes não apóia o professor; E • A sociedade, sua ( des) organização
  • 19. Existe, certamente, uma instituição chamada escola que está implicada neste mundo no sentido mais profundo, no sentido mais íntimo, no sentido até de estabelecer o que é este mundo”. (Veiga-Neto, 2003, p. 113) E
  • 20. Há um processo de “desinstitucionalização” da escola (Dubet, 1997, p.27) Numa instituição: o indivíduo se identifica primeiro com os outros, os adultos, depois com os valores nos quais os outros acreditam e têm regras e proibições que as impedem de agir contrariamente à ordem estabelecida. A escola, por um bom tempo correspondeu a essa demanda. Mas não o faz mais e entra em crise... E
  • 21. A “crise da escola”... E
  • 22. Há um “movimento de modernidade” : obriga os sujeitos “a serem livres e construírem os sentidos de suas experiências” (Dubet, 1997). Entrevistados, 77% dos professores declararam ser o desinteresse do aluno a razão de sua repetência. Apenas 5% identificam a má qualidade do ensino como causa do fracasso. (INEP, 2007) E
  • 23. A “escola da crise” E
  • 24. A “escola da crise” Geisy Arruda, 20, posa com vestido que provocou polêmica que a expulsou da Uniban. Inscrição foi vista na manhã desta segunda em São Bernardo do Campo. Aluna que causou alvoroço com vestido curto foi expulsa da universidade. E
  • 25. Quarta-feira – dia 10 de novembro de 2009 estadao.com.br Reitor da Uniban revoga expulsão de Geisy Arruda Decisão do reitor derruba determinação do Conselho Universitário de desligar a estudante SÃO PAULO - O reitor da Universidade Bandeirante, Heitor Pinto, determinou a revogação da expulsão da estudante de Turismo Geisy Arruda, 20. O desligamento de Geisy da Uniban havia sido publicado em anúncio em jornais paulistas neste domingo, 8, e definido como ato do Conselho Universitário. O assessor jurídico da reitoria da instituição, Décio Lencioni Machado, informou que a decisão de invalidar a expulsão foi tomada pelo "reitor, como pessoa física". Na nota, além de anunciar a expulsão, a instituição responsabilizava exclusivamente a aluna pelo episódio ocorrido no último dia 22, quando estudantes formaram uma multidão que a ameaçou de linchamento por causa da roupa que ela usava. "Foi constatada E atitude provocativa da aluna, que buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar", diz a nota da Uniban. A instituição considerou ainda que a atitude dos outros alunos foi uma "reação coletiva de defesa do ambiente escolar".
  • 26. Para Refletir – em grupos: Quando a Uniban revogou a expulsão da aluna, o reitor disse que a medida havia deixado de ser disciplinar para se transformar numa ação educativa. A expressão “ educativa” teria a capacidade de redimir arbitrariedades? E
  • 27. Fala-se tanto em formar para a autonomia... Algumas escolas: mais e mais regras do que “não pode ser feito” . Outras: para seguirem o curso da modernidade “dar sentido à vida” é preciso não haver proibições (Tognetta & Vinha, 2006). ... mas elas o fazem na “contra-mão da autonomia”: (Ex. as suspensões pelos palavrões). ...mas não se tem a menor idéia de como proceder. (Ex. Uniban) “Deve-se haver cursos sobre a violência porque a gente deveria aprender a responder a isto como se aprende a ensinar as matemáticas” (Dubet, 1997) mas não há nos cursos de formação esse “conteúdo”, embora seja esse o problema mais acentuado na sala de aula... Fante (2005) em pesquisa realizada em escolas públicas e particulares: 47% dos professores dedicam entre 21% e 40% do E seu dia escolar aos problemas de indisciplina e de conflitos entre os alunos.
  • 28. A “escola da crise” Como fazer para que os alunos construam esse sentido, se interessem? A escola não sabe por que não enxerga o aluno como criança...e assim reproduz a crise... E
  • 29. A “escola da crise” Quanto à formação especializada do professor: 1. No Brasil: 47% dos professores até 4ª série não têm diploma universitário - 658 mil professores de creches (destinadas à faixa etária de zero a 3 anos), pré-escolas (4 e 5 anos) ou dos primeiros anos do ensino fundamental (6 a 10 anos) continuam dando aula apenas com a formação média. (Unesco – relatório anual – 10/2006) E
  • 30. A “escola da crise” 2- O professor não acredita que ele ainda é autoridade: ele não pode ser “amigo” das crianças; ele precisa ser “objeto de identificação das crianças”... 3- ... Mas cobra a obediência à autoridade e não a um princípio. Pesquisa (professores de um ambiente coercitivo: “o que você considera que seja o melhor que a criança responda?” (ser solidário ou seguir a ordem de uma E autoridade?).
  • 31. De fato, como homens heterônomos podem educar crianças que deverão se tornar autônomas? Como educadores encravados em seu cotidiano podem levar as crianças a vislumbrar um mundo diferente? Formar homens iguais àqueles que já existem é mais fácil que formar homens diferentes, de certa forma ‘superiores’ ” (La Taille,E 2006).
  • 32. A “escola da crise” A escola reforça a exposição do “Eu” individual e não trabalha, portanto, uma “ética da intersubjetividade” (Cortina, 2003): reforço ao individualismo. A orientação do currículo – trabalhar com o tema “afetividade na escola” para garantir a subjetividade: Há uma confusão - sem dados empíricos e fundamentação teórica: afetividade é entendida como carinho, cuidado, ou ainda, ser “afetuoso” (como sinônimo de permissividade). “(...) o afeto pedagógico está solto por aí. Você pode encontrá-lo em todo canto, desde as secretarias de educação até as salas de aula, passando pelas livrarias. É o desgoverno da auto-ajuda pedagógica”. (Aquino, 2007) E
  • 33. A escola tem futuro se... E
  • 34. A escola tem futuro se... A escola é por excelência, a maior instância de relações: Com os pares Com a autoridade (e deveria ser) consigo mesmo. E
  • 35. A escola tem futuro se... Tornar-se “ um laboratório onde se aprenda a analisar o mundo, e essa capacidade é a que deveriam alcançar os alunos no maior grau possível ao término de seus estudos”. (Delval, 2002) Aproveitar-se das pesquisas nas diferentes ciências para aprender a“como” ajudar meninos e meninas a darem sentido à vida. E
  • 36. A escola tem futuro se... ... Levar em conta o sentido de Ética : “É a busca por uma vida boa com e para o outro em instituições justas” (Ricoeur, 1993) E
  • 37. Enfim... POR QUE INSISTIR “NA ESCOLA” ? Pensemos nesses dois adolescentes americanos que, em 1999, metralharam colegas e professores. Eles queriam, por algum motivo, matar, matar e matar. Mas, por que não escolheram um supermercado, a rua, um bar, onde há até mais gente? Eles escolheram a escola. Por quê? Talvez porque ela não esteja mais dando a seus alunos algo que eles querem, mas que não sabem formular. Ora, o papel dos adultos é ajudar as novas gerações a formularem seus desejos e projetos. E para isso não basta dizer-lhes “falem”, como se fosse a coisa mais simples do mundo, como se as idéias brotassem, sem maiores esforços,no íntimo de cada um. É preciso ensiná-los a pensar, a refletir, dar-lhes conhecimentos variados para E assim, poderem aprender a falar”. (La Taille, 1999)
  • 38. O que fazer... Importância do exemplo, da coerência, do que contempla o “olhar” do adulto... Um equívoco: o adulto não é “amigo” e sim “autoridade”. Pela ação de pessoas significativas (Millello, 2003): - Que lhes permitam escolhas - Que reconheçam seus sentimentos - Que lhes permitam tomar decisões - Que lhes permitam enxergar a necessidade de uma regra - Que lhes possibilitem momentos para falar de si e assim se sentirem valorizados... - Que se indignem pela ausência do valor da justiça, da generosidade... - Que admirem o valor da justiça, do perdão... - Que lhes possibilitem perceber que a ética é conteúdo imprescindível da escola (se não garantimos espaços, E como queremos que os alunos a vejam como importante?)
  • 39. Num ambiente sócio-moral cooperativo... Há regras, mas essas partem da necessidade. Há sanções mas que encorajem a reparação e a tomada de consciência. Há trabalhos em grupo pois a coordenação de perspectivas só se desenvolve no contato com o outro. Há um olhar diferenciado sobre como os conhecimentos são produzidos – a partir da interação e da ação sobre os objetos. Há uma autoridade cuja relação é de confiança. E
  • 40. Como fazer... 3. Os temas transversais e os projetos interdisciplinares As questões relativas a valores humanos permeiam todos os conteúdos curriculares (ex. aulas de Filosofia) Valores selecionados que são trabalhados e articulados nas diversas disciplinas Projetos “Direitos humanos em sala de aula” “Ética, consumo e ambiente” São importantes, mas não SUFICIENTES. E
  • 41. Como fazer... 4. Momentos sistematizados para o trabalho com: os procedimentos da educação moral os jogos e atividades para falar de si ou seja, oferecer oportunidades para que haja: a reflexão sobre os valores, o autoconhecimento e o conhecimento do outro, a identificação e expressão dos sentimentos, a aprendizagem de formas mais justas e eficazes de resolver conflitos... É preciso viver a moral e discutir as ações E
  • 42. Que momentos podem auxiliar na construção do auto-respeito e do respeito ao outro? E
  • 43. A. Momentos para a apropriação racional dos valores O conhecimento cultural (respeito implica em querer conhecer) Análise crítica de documentos como: a Constituição, o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Declaração Universal dos Direitos da Pessoa Humana e regimento escolar Devem ser lidos, analisados por todos os professores. E
  • 44. B. Momentos para a hierarquização de valores A discussão de dilemas morais. Propostas para desenvolver a sensibilidade moral: situações cotidianas (dilemas reais) Emprego de filmes, clips, músicas, dramatizações, gibis, literatura (inclusive a infantil), etc. Reflexão sobre os valores morais e não morais dos personagens, e identificação com esses valores. E
  • 45. C- Momentos para se sentir “ pertencente” e de fato, “pensar” As assembléias; A resolução de conflitos entre pares somente com os envolvidos; As avaliações do dia. E
  • 46. D- Momentos para “falar de si” As narrativas morais Jogos para expressão dos sentimentos E
  • 47. Em todos esses momentos... Há a necessidade de sistematizar um tipo de intervenção/linguagem por parte do educador que “construa pontes” e não “muros”. E
  • 48. Assembléia Toda sexta-feira, os alunos tem um momento para levantamento e discussão de algumas situações-problema vividas. Os próprios alunos organizam a assembléia ocupando as funções de presidente, assistente ou secretário. O presidente dirige a reunião: calcula o tempo de cada tópico discutido, faz suas interferências, “cobra” postura adequada dos participantes, faz acontecer a votação aberta (caso necessário) e encerra a assembléia. Fragmentos do registro da Profª Hélida Felgueiras E
  • 49. Assembléia O assistente tem como função listar as pessoas que querem se colocar oralmente e avisar ao presidente em que ordem elas irão expor suas idéias. O secretário tem a função de registrar em Ata, os tópicos discutidos e as decisões tomadas a partir do debate de cada tema. Fragmentos de registro da Profª Hélida Felgueiras E
  • 52. Quatro Pilares da Educação 1. Aprender a conhecer. 2. Aprender a fazer. 3. Aprender a conviver. 4. Aprender a ser. (Relatório Jacques Delors). E
  • 53. Quatro Pilares da Educação 1. Aprender a conhecer. A democratização do livro, a disseminação de jornais com informações cada vez mais abrangentes, os meios eletrônicos de armazenagem e o acesso às informações e à rede mundial de computadores - a internet - estão permitindo que se tenha possibilidade de obter a informação de que se precisa no momento em que se quer. Uma tarefa importante da escola, hoje, é ensinar aos alunos como chegar à informação e ao conhecimento. É impossível estudar tudo na escola, por mais que se amplie o tempo das aulas e a duração dos cursos. O conhecimento não cessa de progredir e de acumular-se. O importante é saber onde encontrálo, como chegar a ele. E
  • 54. Quatro Pilares da Educação 2. Aprender a fazer. É o segundo princípio para a educação no século 21. Ciência e tecnologia se unem para a mesma finalidade: melhorar as condições de vida, elevar o padrão de vida das pessoas, trazer mais bem-estar a todos. Até recentemente se discutia o dilema da educação geral e da formação para o trabalho como se fossem dois caminhos separados. Daqui para a frente, a educação não pode aceitar que se lhe imponha optar entre o conhecimento e a técnica, o saber e o fazer. A educação para o ano 2000 tem a obrigação de ensinar a fazer e, no mesmo processo, ensinar a conhecer. E
  • 55. Quatro Pilares da Educação 3. Aprender a conviver. O terceiro princípio traz a idéia da interdependência do mundo moderno. Todos dependemos de todos. Um conflito étnico, uma guerra nacional afeta toda a humanidade e todos se sentem atingidos. A destruição de uma floresta interfere nas condições de habitacionalidade de todo o planeta. Nenhuma empresa, nenhum governo pode jogar lixo tóxico no mar ou nos rios sem prejudicar seus vizinhos. Por estarmos todos em comunicação, entendemo-nos como mais ligados, mais dependentes uns dos outros e, portanto, responsáveis uns pelos outros. Segundo o Relatório de Jacques Delors, o que o mundo mais precisa é de compreensão mútua, de intercâmbios pacíficos e de harmonia. Daí a necessidade de a educação trabalhar a aprendizagem da convivência. E
  • 56. Quatro Pilares da Educação 4. Aprender a ser. Velho e novo desafio, aprender a ser é uma tarefa permanente da educação, que a escola assume como sua. O mundo atual exige de cada pessoa uma grande capacidade de autonomia e de julgamento que passa do crescimento da responsabilidade pessoal à realização do destino coletivo. Nessa missão de desenvolver integralmente a personalidade do educando, conforme definido pela LDB, a escola tem como desafio “não deixar inexplorado nenhum dos talentos que são como tesouros incrustados no fundo de cada ser humano: a memória, o raciocínio, a imaginação, a capacidade física, o sentido de estética, a facilidade de comunicar-se com os outros, o carisma natural de animador... O que confirma a necessidade de melhor compreender a si mesmo" (Relatório Jacques Delors). E
  • 58. Quem sou eu? Formação Profissional Organização pessoal; Ensino de qualidade; Relações harmoniosas; Organização do Espaço; Formação Profissional.
  • 59. Referências Bibliográficas AQUINO, J.; SAYÃO, R. Família: modos de usar. Campinas: Papirus, 2007. CORTINA, A. O fazer ético. Guia para a Educação Moral. São Paulo: Moderna, 2003. DELVAL, J. Como hacer una reforma educativa. Madri, Esp., Editorial Ariel, 2002. DUBET, F. “A formação dos indivíduos: a desinstitucionalização”. Revista Contemporaneidade e Educação, v.3, 1998, p.27-33. FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying. Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas: Editora Verus, 2005. FOUCAULT, M. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987. PIAGET, J. O juízo moral na criança. São Paulo: Summus Editorial, 1932/1994. 302 p. LA TAILLE, Y. Autoridade na escola. IN: AQUINO, Julio G. (org). Autoridade e autonomia na escola – Alternativas Teóricas e Práticas. São Paulo: Summus Editorial, 1999 p. 9-29. LA TAILLE, Y. Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre: Artmed, 2006. E LEITE, S. A construção da escola pública democrática: Algumas reflexões sobre a política educacional. souza, Beatriz De Paula (Org.) Orientação à queixa escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
  • 60. Referências Bibliográficas ROSE, N. “Governando a alma: a formação do eu privado”.  IN: SILVA, T. T. (org.). Liberdades reguladas. Petrópolis: Vozes, 1998, p.30-45. ROSE, N. “Pensar a escola como uma instituição que pelo menos garanta a manutenção das conquistas fundamentais da modernidade”. IN: COSTA, M.V. (org.) A escola tem futuro?  Rio de Janeiro: DP&A, 2003, p.103-126. TOGNETTA, L.;VINHA, T. Considerações sobre as regras existentes nas classes democráticas e autocráticas. Revista Educação Unisinos. São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, volume 10, número 1, pp. 45 a 56, Janeiro/abril/2006. TOGNETTA, L.; POLIDORO JOÃO, T. A construção da solidariedade – o julgamento dos professores. (texto não publicado) 2008. TOGNETTA, L. VINHA, T. Valores em crise: o que nos causa indignação? LA TAILLE, Y.(org.) Crise de valores ou valores em crise? Porto Alegre: Artmed, 2008 (no prelo) VEIGA NETO, A. “Pensar a escola como uma instituição que pelo menos garanta a manutenção das conquistas fundamentais da modernidade”. IN: COSTA, M.V. (org.) A escola tem futuro? Rio de Janeiro: DP&A, 2003, E p.103-126
  • 61. Assessoria Pedagógica Pueri Domus Escolas Associadas cassia.gallo@pdea.com.br www.pdea.com.br E 2009
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