O documento discute a influência da cultura árabe e islâmica na cultura brasileira de acordo com o historiador e folclorista Luís da Câmara Cascudo. Algumas das influências apontadas incluem costumes alimentares, arquitetônicos e linguísticos incorporados no cotidiano brasileiro através dos séculos de contato entre as culturas. O texto também reflete sobre a cobertura da mídia sobre ataques terroristas e a necessidade de uma abordagem mais equilibrada dos aspectos culturais envolvidos.
1. Folhetim
do estudante
Núm. X
1ª quinzena - outubro/2012 que o cristianismo levou ao
absolutismo papal”.
O marxismo é a chave para Hobsbawm se localiza entre
Folhetim do estudante é uma o entendimento e eventual aqueles que veem Marx como um
publicação de cunho cultural e
educacional com artigos e textos
superação do capitalismo, mapa do caminho para a revolução e
avalia historiador. os que o encaram simplesmente
exclusivos de Professores, alunos como teoria. Mostra a ruptura dele
e membros da comunidade da com os socialistas utópicos, mas
Não há nenhum deus além
“E.E. Miguel Maluhy”.
de Karl Marx, e Eric Hobsbawm é deixa claro o tributo que Marx lhes
seu profeta. Maior historiador paga na forma da ideia de que é
Acesse o BLOG do folhetim “inevitável” mudança não apenas de
http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br marxista ainda em atividade, aos 94
anos, o inglês Hobsbawm dedica sua regime de governo, mas de todo o
Sugestões e textos para: última obra – Como Mudar o Mundo modo de vida sobre a Terra. Nos
vogvirtual@gmail.com – Marx e o Marxismo – a mostrar últimos 130 anos, diz o historiador,
que o filósofo alemão, tido como Marx foi o tema central da paisagem
soterrado pelos escombros do Muro intelectual e, graças à sua capacidade
de Berlim, continua a ser a chave de mobilizar forças sociais, foi uma
LUTO
Morreu Eric Hobsbawm,
para o entendimento do capitalismo e
para sua superação, agora em tempos
de aquecimento global.
Já em seu livro A Era dos
presença crucial na história. No
entanto, o desgaste provocado pelo
colapso da URSS expôs, nas palavras
de Hobsbawm, o “fracasso das
Extremos, Hobsbawm colocou a predições” das teorias marxistas.
hoje, 01/10/2012, aos 95 Revolução Bolchevique como o De tempos em tempos,
anos, um dos maiores principal evento do “breve século anuncia-se que o capitalismo está no
20″ – que em sua visão acaba, fim. Como a história mostra, porém,
pensadores da história do justamente, na implosão da URSS. o moribundo arruma um jeito de se
tempo presente, para o “O mundo que se esfacelou no fim recuperar, entre outras razões porque
qual prestamos uma da década de 1980 foi o mundo a classe trabalhadora, que seria o
formado pelo impacto da Revolução esteio da revolução, sofreu mudanças
homenagem nesse número
Russa de 1917″, escreveu ele, para dramáticas no último meio século, ao
reproduzindo artigo recen- elaborar a teoria segundo a qual ponto de se tornar irreconhecível
te sobre sua produção. todos os processos históricos do como “proletariado”. Mas
Um minuto de silêncio ao período – das alianças diplomáticas Hobsbawm, em meio à crise global
aos desdobramentos econômicos deflagrada em 2008, não resistiu à
grande mestre na “arte” de
globais – tiveram como eixo a tentação e escreveu que, desta vez,
pensar a sociedade e instalação do comunismo na Rússia. vai: “Não podemos prever as
compreender seus paradig- Trata-se, obviamente, de um soluções dos problemas com que se
mas. exagero. Mas o Marx que defronta o mundo no século 21, mas
Hobsbawm tenta resgatar em seu quem quiser solucioná-los deverá
____ novo livro não é o de Lenin e de fazer as perguntas de Marx, mesmo
Stalin, nem o dos marxistas que não queira aceitar as respostas
contemporâneos, e sim a essência de dadas por seus vários discípulos”.
seu pensamento. Para ele, o futuro do marxismo e da
Em Como Mudar o Mundo, humanidade estão intimamente
reedição de textos escritos entre vinculados.
1956 e 2009, Hobsbawm trata de No entanto, convém relevar
diferenciar Marx do marxismo e de o entusiasmo de Hobsbawm. A
sua aplicação extrema, o comunismo história mostra que é prudente ler
– o que é conveniente, ao se observar Marx mais como uma forma de
as atrocidades cometidas em nome entender o mundo do que de mudá-
_________ da igualdade. Para ele, dizer que o lo.
marxismo é responsável por essas Marcos Guterman – O Estado de
_______________________
tragédias “é o mesmo que afirmar S. Paulo
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2. folhetim do estudante outubro/2012
assinalou que a existência do gaúcho A mulher no cavalo, montada de
debate transcorre asiaticamente à maneira do árabe
e do beduíno, “entre a correria das algaras e
lado, é invenção moura. Nossas amazonas
guerreiras não usavam saias. Do mulherio
o repouso das cabanas”. mouro temos os leques, os guarda-sóis, os
Para o Brasil inteiro, o melhor véus para o rosto, além de tinta para as
documento do lastro árabe-sarraceno é o sobrancelhas e líquidos que dão brilho aos
velho Luís da Câmara Cascudo com os seus olhos.
150 livros de consulta obrigatória. O aboio é canto oriental na
Em Prelúdio e Fuga do Real, ele pastorícia brasileira. O pandeiro é mouro,
chama Luís de Camões de mouro assim como o tamborim e o adufe.
indispensável. “ Mouros! Mouras! Juntos Os mouros foram os fanáticos pelo
estivemos 336 anos, e nunca ficamos açúcar, tal qual o brasileiro que não
distanciados do seu fascínio.” dispensa de adoçar a boca depois da
O cuscuz do Nordeste é árabe e refeição. “Onde estiver o mouro, o árabe, aí
também o arroz-doce. estará, infalivelmente, a doçaria” sentencia
O mouro do Algarve em Portugal o mestre inigualável do folclore brasileiro.
Ocidente X Oriente viajou para o Brasil na memória do Os mouros plantaram canaviais no sul da
colonizador. A memória moura ficou sendo Espanha, século 15. A cana-de-açúcar foi
Estamos ferrados neste mundo a marca essencial da cultura popular nosso primeiro sabor de engenho: “cana
regido pela dialética yanque de jogar míssil brasileira. para mastigação e não para o sorvo”. Quem
e cesta básica. Falam por nós os Brasis Nós somos das Arábias e o nome chupa cana tem bons dentes ? dirá o
mouros e yslâmicos diante dos ataques da preferido é o do mouro no adágio brasileiro. esculápio Silva Mello antes da voga do
mídia. Bresill, Brasilly, Braxilis, Brasilium, Força de mouro. Cara de mouro. Trabalho smile roliudiano no cinema e TV! Sorria,
Presill, Pressilli. de mouro. meu bem.
Lastimável cobertura facciosa da O auto-popular Chegança. Mouros
TV sobre o atentado à ilha de Manhatan. É e Cristãos. Vestido azul. Duelos de espadas.
deplorável a vídeo-demonização racista da É “o está escrito” no Alcorão. O fanatismo
cultura árabe-muçulmana-islâmica- religioso do destino no jogo do bicho. A
sarracena. mouromania. A ciganada. A parlenda para
Nossos autores clássicos já as crianças: bão-balalão, senhor capitão, em
sublinharam os traços culturais islâmicos, a terras de mouro, morreu seu irmão.
exemplo de Casa Grande & Senzala de A mulher botando pano na cabeça
Gilberto Freyre evocando as mães-d´água e é costume mouro. Idem, a usança de
a moura encantada no Nordeste. turbante nos penteados femininos. Também
O processo da miscigenação foi os pés dos brasileiros com alpercata de
realizado entre nós pelo amoroso método rabicho. Escreve Dom Cascudo: “Lembro a
árabe, fato esse que deixou deveras alparcata, alpargat, como escrevia o padre Não vamos esquecer que azeite e
impressionado o antropólogo alemão Franz Antônio Vieira, alpercata, apragata, para o azeitona são vocábulos árabes. De origem
Boas radicado nos Estados Unidos: ele nordestino, do árabe al-parcat, o mais árabe é o hábito de beijar o pão quando este
ficou atônito perante a cópula metarracial. antigo calçado dos climas tropicais”. cai no chão antes de apanhá-lo.
Na arquitetura, o xará de Apipucos O mouro mágico, sabedor das Leitor do Alcorão, Cascudo cita
foi entusiasta do pátio mourisco, esplêndido manhas e segredos, “seduz para o amor e a Allah-U-Akbar, ou seja, o “Deus é grande”
recurso ecológico adaptado aos trópicos. vida farta e feliz”. que está na boca do povo e escrito nos pára-
Sobre as influências muçulmanas Foram os mouros que construíram choques dos caminhões “ só Deus sabe ou
na arquitetura brasileira, Luís da Câmara a igreja de Notre-Dame em Paris. O sabe Deus...
Cascudo, como sempre, dá um banho de folclorista Francisco Vasconça aponta as Digo e aviso que é mouro nosso
informação e sabedoria: “Reixas, semelhanças entre Afeganistão e Canudos costume de rogar praga a torto e a direito.
muxarabiês, torres de igrejas, dentéis, de Antônio Conselheiro e Deus e o Diabo Imprecação. Peste. Desgraceira. Maldição.
molduras de janelas e portas interiores. na Terra do Sol de Glauber Rocha. O sertão Sobretudo nas horas abertas. Praga ao
Recordo, na mobília tradicional, os sofás árabe. Afeganisertão. meio-dia esquenta água fria.
amplos e baixos, escabelos, estrados, Não espanta se por lá aparecer o Homem de Deus. Criatura de
palanques”. mote do Bom Jesus Antônio Conselheiro: Deus. Filho de Deus. Embora Alá não
No sul do país, Manoelito Ornellas “O Afeganisertão vai virar mar”. pudesse ter filhos. Na África, o negro
publicou o magnífico Gaúchos e Beduínos, Herdamos da mouraria o jeito de mandingueiro já estava islamizado antes de
livro no qual mostra o quanto a cultura do comer refeição no chão limpo, os pratos no vir para o Brasil com seus orixás trazidos
Rio Grande do Sul é devedora da influência solo, a toalha de algodão, assim como o pelas vozes dos canaviais.
árabe: o gaúcho é o beduíno dos verdes beber depois de comer e não durante a Outra permanência moura: a
pampas. Que se alimenta, tal qual última refeição. Fala Cascudo: humilhação que é apanhar de chinela. Há
árvore em montanha, do orvalho da noite” “Sentar-se sobre as pernas dobradas era também a evocação paradisíaca,
no dizer do tarimbado campeador Leonel jeito mouro. De cócoras era indígena. encontradiça no Alcorão e no dia-a-dia.
Brizola. Pernas cruzadas, mulher fazendo renda, é Lembro minha mãe, dona Adelaide
Outro autor clássico da modo japonês e chino.” Felisberto, professora primária em Santa
extremidade sulina, Rubens de Barcellos, Adélia, minha primeira professora, interior
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3. folhetim do estudante outubro/2012
de São Paulo: “Esse menino quer é sombra civilização da biomassa úmida das RIO
e água fresca!” florestas.
Os usos e costumes brasileiros Hasta cuando? O Filme retrata as tristes
revelados pela etnografia cascudiana realidades brasileiras tais como:
atestam a presença do Oriente no cotidiano. Gilberto Felisberto Vasconcellos contrabando de animais silvestres,
Dançamos a alegoria moura com lundum e
batukada, pedimos bênção com a mão na abandono infantil, crianças usadas pelo
cabeça, respeitando o cadáver, temendo lua
nova, relâmpago, trovão, estrela cadente,
RESENHAS crime, pobreza e uma visão deturpada
que os estrangeiros tem do Brasil além
anjo mau, água parada. de também mostrar as diferenças
sociais e o preconceito. Nesse caso o
preconceito fica aparente na cena em
que o garoto negro oferece ajuda ao
cientista e à estrangeira, a desconfiança
do cientista surge pelo fato do garoto
ser pobre e não ter família. O filme
mostra a ideia que os estrangeiros tem
RIO do país e que eles podem fazer o que
quiserem por aqui.
O grande mistério, posto em O filme RIO conta a estória de
evidência pelo mestre Câmara Cascudo em Blue, um filhote de Arara Azul, que
seu Geografia do Brasil Holandês, é que o
vivia na floresta e que foi
batavo esteve no Nordeste décadas e não
deixou no vocabulário popular brasileiro contrabandeado para o exterior. Ele foi
senão o pão “brote”. Exceto o nome folk- criado por uma menina nos Estados
lore, criado por arqueólogo inglês, pouca Unidos com hábitos e costumes de lá.
coisa ficou no espírito popular brasileiro da Para salvar sua espécie que estava em
inglesia colonialis que nos vampirizou extinção precisava vir ao Brasil se
desde o Tratado de Methuem até 1930. encontrar com uma fêmea da mesma
Gilberto Freyre gostava do anglo, fazia espécie.
elogios ao terno branco legado pelos Esse filme apresenta que Blue
ingleses no Brasil. Eu, por mim, passo a era muito diferente dos pássaros de sua
bola. Fui conhecer a Inglaterra, passei lá Por outro lado retrata também
espécie que viviam no Brasil, ele era
dois dias e saí correndo.
um pássaro domesticado com uma a importância da liberdade do animais
Da influência norte-americana no
cotidiano do povo brasileiro o que ficou “ cultura diferente, Blue não sabia voar, e dos pássaros, mostra também a
pelo menos até a década de 1960, era um pássaro criado dentro de uma beleza do Brasil e a felicidade do povo
registrado cientificamante pelo folclore “ gaiola. A fêmea da mesma espécie, no carnaval. Mostra ainda que existem
foi apenas o gesto do sinal positivo dado Jade, era uma ave livre. Quando Blue pessoas que se importam com a
com o dedão erguido da mão, aprendido chegou ao Brasil para conhecer sua natureza e com os animais.
pela caboclada em Panamerim Fields, espécie ocorreram muitos problemas e
durante a Segunda Guerra, assistindo ao eles foram capturados por um Patrick Ferreira – 8ªD
movimento dos aviões no aeroporto de
contrabandista de aves.
Natal.
Esse filme aponta uma crítica Resenhas do filme “RIO”
sobre a desigualdade social já que em Direção: Carlos Saldanha
uma parte do filme mostra-se um Brasil -2011
menino tentando ajudar, mas por sua
posição social de morar na favela, um
menino que não tem família, acaba
ocorrendo uma certa desconfiança da
sociedade em geral em relação a isso.
No Rio de Janeiro há muita
pobreza, desigualdade, crimes, isso
O Alá pós-petróleo muda a leitura tudo é muito comum por lá. Em minha
e o significado do Alcorão, que descreve o opinião o filme mostrou uma
paraíso como sendo formado por uma série representação da realidade que existe
de jardins dos trópicos onde correm muitos no Rio de Janeiro.
rios e água cristalina.
O problema é que Maomé aboliu a Poliana Batista – 8ªD
birita. E o Brasil ainda não acordou para a
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4. folhetim do estudante outubro/2012
concluir que essa vida não lhe trazia tempestade e o corpo de Quincas cai
RESENHAS nenhuma felicidade, já sua vida de do barco e fica no mar para sempre
“vagabundo” lhe rendeu muitos como um espírito livre, a última
A morte e a morte de Quincas amigos e muita alegria, ou seja, ele
Berro D´água realmente começou a viver quando vontade de Quincas. Por isso ele
morreu para essa sociedade de largou a vida como Joaquim, o
aparências. comendador, jogou-se no mar para
Se você reprime seus desejos não ficar preso a sete palmos abaixo
carnais, você nega a própria da terra para sempre.
humanidade. O instinto é mais O filme é uma paródia da
confiável do que a razão. obra literária. Ele possui alguns
elementos do livro, mas não é fiel, já
que cortaram passagens e
adicionaram outras situações que não
A obra literária convertida
aparecem no livro. Uma das partes
em filme transmite uma ideia de que Romário Oliveira – 2ºF
cortadas é a briga pelas roupas de
a vida monótona baseada em um ______________________________
Quincas e se ele vai ser enterrado ou
cotidiano que a sociedade impõe,
não com roupas novas além de
pressiona tanto o ser humano que El
A morte de uma adicionarem uma situação sobre o
começa a ter a necessidade de uma
suposto filho bastardo de Quincas
válvula de escape, o que é bem Bahiano que eu não observei em minha leitura
normal já que todos que levam uma
da obra.
vida assim tem um “happy hour”, Logo no início do filme já Quincas Berro D´Água é um
entretanto no caso de Quincas, em aparece o protagonista contando suas ótimo livro e o filme é muito
um dia de estresse, ele decide mortes, ai começa contando sobre a engraçado. Quando foi sugerida a
abandonar a vida de cidadão casado primeira morte que seria a “morte leitura fiquei com o “pé atrás”, mas
e respeitável na sociedade para se social” de Joaquim, o Comendador, quando você começa a ler você
entregar a uma vida de “vagabundo”, que era um pessoa bem sucedida na percebe o quanto essa estória é
realizando seus desejos carnais e se vida, tinha mulher, uma filha e de empolgante e engraçada, mas como
apegando aos vícios. uma hora para outra ele decide largar sempre o livro é melhor, acredito, eu.
Mesmo a família de Quincas tudo o que ele conquistou ao longo Vou explicar!
já o tendo como morto, para seus dos anos de trabalho e vira um Pelo fato de ter lido primeiro
amigos de farra Quincas estava vivo, vagabundo, cachaceiro que seria e depois ter visto o filme acho que
e não compartilhando com a conhecido como Quincas Berro seu tivesse visto o filme primeiro
perspectiva da família, durante o D´Água. Quincas foi tentar ser dar minha opinião seria diferente da que
velório, pegaram o corpo de Quincas bem mas não deu certo. Ao ver uma tenho hoje, já que o filme sugere
e partiram para uma noite de garrafa cristalina e achou que era Quincas como um “modelo” de vida,
aventuras bem ao estilo do notório cachaça mas quando bebeu ele pois quando ele vira cachaceiro, ele
“vagabundo”. percebeu que era água e gritou – aparenta ter se tornado mais humano
Após algumas aventuras com Águaaaaaaaa. Quincas morreu do ajudando outras pessoas. Já no livro
o defunto pela noite baiana, seus jeito que ele gostava, bebendo e é ressaltado o valor da amizade e que
amigos junto como o corpo de festejando com seus amigos mesmo morto, ele e os amigos vão
Quincas, saíram a navegar e já com o inseparáveis e ao verem que ele tomar umas e a vida segue. Isso é
barco em alto mar se depararam com estava morto, mas não acreditando Quincas Berro D´Água.
uma tempestade e ali testemunharam nisso, conseguem “dar um perdido”
a partida de Quincas quando o corpo, nos familiares e como era dia de seu Matheus Nascimento – 2ºF
em função da violência das ondas, aniversário decidem festejar indo a
cai no mar e logo assumiram que ele vários lugares com o defunto.
decidiu tirar a própria vida por não Resenhas do filme “A morte e a
Vão ao candomblé, ao
querer ser enterrado em um caixão, morte de Quincas Berro
Cabaré, tudo para dar a Quincas uma
sendo essa sua segunda morte pois a demonstração de amizade e que eles d´água” adaptação da obra de
família já o tinha considerado morto. eram realmente amigos e a morte não Jorge Amado
Observando como Quincas mudaria isso. Direção: Sérgio Machado
viveu após ter abandonado sai vida Decidem ir ao porto e num Brasil -2010
de cidadão respeitável, pode-se barco vão para o mar, enfrentam uma
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5. folhetim do estudante outubro/2012
continuidade a outras seis
crônicas, todas sobre uma terra
mágica chamada Nárnia.
PROVOCAÇÕES “O Sobrinho do Mago” se
resume na criação de Nárnia,
Descobrindo a Cultura criada por um enorme leão que
tem poderes mágicos,
Árabe
aparentemente sua magia vem
através de sua voz, já que Nárnia
Aos que querem se surge com uma linda canção que
informar, pesquisem, pois a vinha da grande boca do leão,
cultura árabe é maravilhosa. E aos criando o céu, o mar, as estrelas, o
que teimam, ainda, em não sol, os animais e até os seres
acreditar eu rezo, para que um dia mágicos.
possam se emancipar. O leão então, pede para o
garoto Digory(que chegou a
Nárnia através da magia dos anéis
que seu tio possuía) em um lugar
Luiz Henrique – 3ºG além de Nárnia que vá atrás do
Ao visitar a Mesquita
fruto da vida, e o garoto o
Islâmica em Santo Amaro com
um dos grupos de alunos do VARIEDADES encontra (um fruto proibido que
lembra vagamente o mito de Adão
PLCA – Programa de Língua e
e Eva, o que faz sentido já que o
Cultura Árabe, fiquei maravilhado
leão chama os humanos de filhos
com à diversidade cultural que me
de Adão) e entrega para
deparei. Ao contrário do que diz à
Aslam(como era conhecido o
mídia os mulçumanos não se
leão) e assim foi plantado o fruto
restringem apenas a "homens
na margem do rio de Nárnia. A
bombas", Denominação pejorativa
árvore que cresceu ali nasceu para
àqueles que criticam por
proteger Nárnia do mau que lá
conhecimento limitado.
habitava, o mau descrito por
No dia, 18/08/2012, foi
Aslam nessa crônica.
minha primeira visita, tive a
É um outro ponto de vista,
oportunidade de ver o desjejum
para quem gosta de estórias de
do Hamadam, onde os
magia e ficção e gostaria de ter
mulçumanos ficam 30 dias sem
uma outra opinião, de como o
comer enquanto há sol; e também
mundo foi criado. Eu recomendo
os visitei no dia 26/08 quando me
e acredito que vão adorar este
maravilhei com a diversidade
livro cheio de aventuras e muita
cultural. Havia homens e
magia.
mulheres dançando, "churrascada"
para todos, esporte para a
As Crônicas de Nárnia:
Michael David Rocha – 1ºJ
garotada, músicas típicas entre O Sobrinho do Mago
outras. Assim podemos ver que Autor : C. S. Lewis
não podemos nos adentrar na
alienação dada pela televisão, e, As crônicas de Nárnia são
sim, procurar por onde uma série de sete livros criados
argumentar sobre um assunto, pelo autor irlandês C. S. Lewis,
assim você poderá discutir por que começou escrevendo a
uma determinada cultura. crônica “O Leão, a feiticeira e o
guarda-roupa”, depois dando
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6. folhetim do estudante outubro/2012
trabalhismo o leva a estudar as
POÉTICAS ESPECIAL revoluções burguesas do século XIX.
Nascia a preciosa série dividida em
ROJO
(homenagem a Eric Hobsbawm) O fim de uma era eras: Revoluções (1789-1948),
Capital (1848-1975), Impérios
Morre o historiador Eric (1875-1914). Bibliografia obrigatória
Oh vieja España Hobsbawm, aos 95 anos, em dos cursos de História de todo
Cuando en su conciencia Londres. Autor de ‘Era das mundo, seus trabalhos sobre o
Quisera olvidar Revoluções’ e ‘Era dos extremos’ período ainda foram acrescidos de
deixa mulher, filhos, netos, bisnetos dois livros fundamentais sobre
De la poesia de Lorca e milhares de leitores e admiradores.
De las pinturas de Dali História Moderna: A Invenção das
y Picasso por supuesto
Morreu na manhã desta Tradições (1983) e Nações e
De los fotogramas de Buñuel segunda (1) o historiador marxista Nacionalismo desde 1780 (1991).
Eric Hobsbawm, britânico de origem Seu trabalho mais marcante,
De la violetera judaica, em Londres, aos 95 anos. no entanto, viria com “A Era dos
De las paellas valencianas Hobsbawm estava com pneumonia e Extremos” de 1991. Coincidindo
De la guitarra de Paco não resistiu ao tratamento. com boa parte do seu tempo de vida,
y de las toradas en Madrid De acordo com comunicado o historiador se coloca no papel de
divulgado por sua família, testemunha do mais interessante e
Terra del sangre rojo
Hobsbawm deixa "não só sua mulher sangrento século da história, como
De los Quixotes de Cervantes
Derrotados en la guerra civil
dos últimos 50 anos, Marlene, seus costumava dizer. Ele divide o
três filhos, sete netos e um bisneto, período em três eras. A primeira, a
Adaptação incidental da canção “Velha mas também seus milhares de da catástrofe, marca as duas grandes
Espanha” de Sérgio Lara e Tio Santos, leitores e pesquisadores no mundo guerra, o surgimento da União
inspiradora de um artigo que escrevi com todo". Autor de Era dos Impérios,
forte influência de Hobsbawm e que retorna Soviética, a crise econômica de 1929
nesse momento de grande pesar...
Era das Revoluções, Era dos e o aparecimento dos fascismos. A
Prof. Valter Gomes Extremos e Globalização, Democra- segunda, nas décadas de 50 e 60,
cia e Terrorismo – entre muitos chamada de anos dourados, período
outros –Hobsbawm revolucionou – de grande expansão econômica do
AGENDA de fato – a historiografia e a
interpretação da História sobre o
capitalismo. Por fim, entre 1970 e
1991, o desmoronamento final,
Cine-Pipoca: “O Caçador de Pipas” nosso tempo. quando os sistemas ideológicos e
11/10/2012, sala 17- noturno Relevante e fundamental institucionais caem por terra.
Poucos historiadores tiveram Hobsbawm viveu muito, mas
o privilégio e a lucidez de refletir parece pouco frente à magnitude de
sobre sua própria época. Britânico, sua obra. Foram mais de 30 livros,
nascido em Alexandria, no Egito em alguns sobre paixões pessoais, como
1917, Hobsbawm passou seus “A História Social do Jazz” (1989),
primeiros anos em Viena, nas ruínas outros como reafirmação de sua
do último grande império europeu, o coerência ideológica, como seu
Habsburgo. Ainda criança se muda último, “Como mudar o mundo:
para Berlim, onde permanece até Marx e o Marxismo” (2011). Nos
vitória do partido nazista em 1933. últimos anos, permaneceu ativo e
Quando a Segunda Guerra Mundial publicando muito. Em 2002 lançou
teve inicio - já historiador e membro sua autobiografia, “Tempos
do Partido Comunista Britânico - Interessantes”. Cinco anos depois,
colaborou com os serviços de alguns ensaios que incluíam análises
inteligência e integrou o Royal Army pontuais sobre o mundo pós 11 de
Educational Corps, uma divisão setembro. Sua morte, aos 95 anos,
responsável pela instrução e deixa gerações de historiadores órfãs
educação dentro do exército. de um dos historiadores mais lidos e
Na década de 60, se influentes do último século.
relaciona com a privilegiada geração Bruno Garcia – Revista de
de historiadores marxistas ingleses, História
como Christopher Hill e Edward 1/10/2012
Thompson. Seu interesse pelo
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