1) O documento discute as transformações nas sociedades capitalistas nas últimas décadas e como isso afetou a economia, política e cultura.
2) Essas mudanças levaram ao surgimento de novas teorias sociais para explicar fenômenos sociais resultantes das transformações.
3) O marxismo também se renovou teoricamente para criticar essas transformações no capitalismo contemporâneo.
Mov sociais a nova rebelião da classe media eesne_sup2012Elisio Estanque
Este artigo discute os movimentos sociais recentes, particularmente os protestos de 2011, e como eles refletem a insatisfação crescente de segmentos da classe média. Analisa como os movimentos dos anos 1960 influenciaram as sociedades ocidentais e como os novos movimentos sociais enfrentam desafios como identidades difusas e adversários abstratos. Também discute como a classe média portuguesa foi afetada nessa época e como os protestos atuais unem estudantes e trabalhadores precários.
A logica cultural do capitalismo contemporâneo a partir da obra de Fredric Ja...Nina Endo
O artigo apresenta as interfaces entre cultura e economia na atual fase do capitalismo sob a
perspectiva de Fredric Jameson, crítico marxista norte-americano que afirma ser o pós-modernismo a
lógica cultural do capitalismo contemporâneo. Além de contextualizar a emergência histórica do pósmodernismo,
o artigo caracteriza a cultura como elemento constitutivo determinante do modo de
vida contemporâneo, marcado pelo individualismo e pelo consumismo. Demonstra de que maneira a
lógica cultural expressa pelo pós-modernismo contribuiu para a consolidação do regime de
acumulação flexível e fortaleceu o capitalismo em sua fase de financeirização.
Este documento discute as condições de existência do sindicalismo e como a estrutura dos modos de produção pré-capitalistas e capitalista influenciam as formas de resistência dos trabalhadores. Argumenta-se que nos modos pré-capitalistas, os trabalhadores oscilavam entre desorganização e revoltas esporádicas, enquanto no capitalismo surgiu um movimento sindical organizado e estável, devido aos elementos que permitem a negociação nas relações de produção.
Este documento discute as principais mudanças sofridas pelos movimentos sociais em Portugal, comparando dois períodos: entre 1974-1976, marcado por fortes movimentos após o 25 de Abril; e o período atual, marcado por movimentos que combatem a crise econômica e social, como os protestos "Geração à Rasca" e "Que se lixe a Troika". Também questiona o potencial da internet em despertar uma maior mobilização social.
O documento discute como os movimentos sociais refletem as contradições da estrutura social capitalista através da luta de classes. Analisa como a consciência de classe dos trabalhadores se desenvolveu ao longo da história, especialmente durante a Revolução Industrial, quando as condições de trabalho degradantes levaram à organização de sindicatos e outros movimentos. Também examina como esses movimentos sociais historicamente lutaram pela ampliação dos direitos dos trabalhadores.
Transformação social, democracia e cultura de empresaElisio Estanque
1) O texto discute as transformações recentes do capitalismo global e seu impacto no trabalho, incluindo a fragmentação e precarização do trabalho.
2) Analisa como diferentes regimes de regulação econômica (mercado, estado, comunidade) dominaram ao longo dos séculos 19 e 20, e como atualmente o mercado tem se sobreposto ao estado e políticas sociais.
3) Discute como as dinâmicas do capitalismo financeiro globalizado levam a um retrocesso das conquistas dos direitos sociais e trabalhistas do século 20.
(1) O documento discute o surgimento do movimento operário e sindicalismo na Europa do século XIX, impulsionado pelas duras condições de trabalho na Revolução Industrial. (2) Também aborda o surgimento de novos movimentos sociais na década de 1960 em resposta a questões como a guerra do Vietnã e a crise do Estado de bem-estar social. (3) Por fim, analisa como as políticas sociais e a terciarização da economia enfraqueceram o sindicalismo clássico ao longo do século XX.
Rebelião de classe média? Precariedade de movimentos sociais em Portugal e no Brasil (2011-2013).
Texto académico publicado na Revista Critica de Ciências Sociais, nº 103 - 2014
Mov sociais a nova rebelião da classe media eesne_sup2012Elisio Estanque
Este artigo discute os movimentos sociais recentes, particularmente os protestos de 2011, e como eles refletem a insatisfação crescente de segmentos da classe média. Analisa como os movimentos dos anos 1960 influenciaram as sociedades ocidentais e como os novos movimentos sociais enfrentam desafios como identidades difusas e adversários abstratos. Também discute como a classe média portuguesa foi afetada nessa época e como os protestos atuais unem estudantes e trabalhadores precários.
A logica cultural do capitalismo contemporâneo a partir da obra de Fredric Ja...Nina Endo
O artigo apresenta as interfaces entre cultura e economia na atual fase do capitalismo sob a
perspectiva de Fredric Jameson, crítico marxista norte-americano que afirma ser o pós-modernismo a
lógica cultural do capitalismo contemporâneo. Além de contextualizar a emergência histórica do pósmodernismo,
o artigo caracteriza a cultura como elemento constitutivo determinante do modo de
vida contemporâneo, marcado pelo individualismo e pelo consumismo. Demonstra de que maneira a
lógica cultural expressa pelo pós-modernismo contribuiu para a consolidação do regime de
acumulação flexível e fortaleceu o capitalismo em sua fase de financeirização.
Este documento discute as condições de existência do sindicalismo e como a estrutura dos modos de produção pré-capitalistas e capitalista influenciam as formas de resistência dos trabalhadores. Argumenta-se que nos modos pré-capitalistas, os trabalhadores oscilavam entre desorganização e revoltas esporádicas, enquanto no capitalismo surgiu um movimento sindical organizado e estável, devido aos elementos que permitem a negociação nas relações de produção.
Este documento discute as principais mudanças sofridas pelos movimentos sociais em Portugal, comparando dois períodos: entre 1974-1976, marcado por fortes movimentos após o 25 de Abril; e o período atual, marcado por movimentos que combatem a crise econômica e social, como os protestos "Geração à Rasca" e "Que se lixe a Troika". Também questiona o potencial da internet em despertar uma maior mobilização social.
O documento discute como os movimentos sociais refletem as contradições da estrutura social capitalista através da luta de classes. Analisa como a consciência de classe dos trabalhadores se desenvolveu ao longo da história, especialmente durante a Revolução Industrial, quando as condições de trabalho degradantes levaram à organização de sindicatos e outros movimentos. Também examina como esses movimentos sociais historicamente lutaram pela ampliação dos direitos dos trabalhadores.
Transformação social, democracia e cultura de empresaElisio Estanque
1) O texto discute as transformações recentes do capitalismo global e seu impacto no trabalho, incluindo a fragmentação e precarização do trabalho.
2) Analisa como diferentes regimes de regulação econômica (mercado, estado, comunidade) dominaram ao longo dos séculos 19 e 20, e como atualmente o mercado tem se sobreposto ao estado e políticas sociais.
3) Discute como as dinâmicas do capitalismo financeiro globalizado levam a um retrocesso das conquistas dos direitos sociais e trabalhistas do século 20.
(1) O documento discute o surgimento do movimento operário e sindicalismo na Europa do século XIX, impulsionado pelas duras condições de trabalho na Revolução Industrial. (2) Também aborda o surgimento de novos movimentos sociais na década de 1960 em resposta a questões como a guerra do Vietnã e a crise do Estado de bem-estar social. (3) Por fim, analisa como as políticas sociais e a terciarização da economia enfraqueceram o sindicalismo clássico ao longo do século XX.
Rebelião de classe média? Precariedade de movimentos sociais em Portugal e no Brasil (2011-2013).
Texto académico publicado na Revista Critica de Ciências Sociais, nº 103 - 2014
A politica social no capitalismo contemporaneoPatricia Silva
O documento discute a política social no capitalismo contemporâneo à luz da teoria crítica de Marx sobre a sociedade capitalista moderna. Argumenta-se que as políticas sociais do Estado refletem as contradições inerentes ao sistema capitalista entre estruturas e conjunturas históricas. Sugere-se que para interpretar criticamente as tendências e desafios das políticas sociais é necessário reconceituar o capitalismo com base na teoria de Marx, levando em conta sua natureza dinâmica e contraditória.
Este documento discute a contribuição dos movimentos sociais como fonte de transformação na educação. Apresenta a trajetória histórica dos movimentos sociais no Brasil desde a década de 1960, destacando o movimento estudantil e como os movimentos sociais evoluíram nas décadas seguintes, contribuindo para a formação, educação e conquista de direitos. Aborda também como a educação pode ser promovida por meio da participação nos movimentos sociais.
Este documento discute como o marxismo analisa os movimentos sociais contemporâneos e como se diferencia de outras perspectivas teóricas. Apresenta brevemente as críticas de autores como Touraine e Melucci às análises marxistas, antes de descrever elementos-chave de uma abordagem marxista, como enfatizar a luta de classes e não separar movimentos sociais de processos de exploração e dominação capitalistas.
O texto discute as transformações sociais em Portugal no contexto da crise européia, focando na cultura organizacional da empresa Autoeuropa como um exemplo de conciliar produtividade e valores democráticos. Analisa como o capitalismo global levou à fragmentação e precariedade do trabalho e como a mudança organizacional e inovação tecnológica afetaram as sociedades e empresas portuguesas.
O texto procura contribuir para uma reflexão sobre o diálogo, a mudança e a coesão social nas sociedades abertas, discutindo as transformações do capitalismo e seu impacto no trabalho. Aborda a cultura organizacional portuguesa, citando o caso da fábrica Autoeuropa como exemplo de conciliação entre produtividade, valores democráticos e diálogo social.
O documento discute duas perspectivas sobre a natureza do Serviço Social: a Perspectiva Endógena vê a profissão como evolução da caridade e filantropia, enquanto a Perspectiva Histórico-Crítica a vê como subproduto das relações de classe na sociedade capitalista. Embora distintas, estas perspectivas coexistiram e atores delas se uniram contra o conservadorismo do Serviço Social, mostrando divergências internas na profissão.
Capitalismo, Comunismo, Socialismo, Marxismo, Anarquismo e LiberismoInês Oliveira
O documento discute vários sistemas políticos e econômicos como capitalismo, socialismo, comunismo, marxismo, liberalismo e anarquismo. O capitalismo é baseado na propriedade privada e livre mercado, enquanto o socialismo busca uma distribuição mais equitativa de riquezas. O comunismo prega a abolição da propriedade privada e do estado. O marxismo é influenciado pelas ideias de Karl Marx e critica o capitalismo. O liberalismo defende liberdades individuais e o anarquismo busca o fim do
1. O documento discute a Teoria Geral do Serviço Social, abordando conceitos como questão social, trabalho e divisão social do trabalho.
2. A questão social surge com as desigualdades geradas pelo capitalismo e se expressa através de problemas como pobreza e exclusão social. Sua raiz está na exploração do trabalho pelo capital.
3. O serviço social emerge no contexto das transformações trazidas pela revolução industrial, tendo o objetivo inicial de lidar com os problemas sociais decorrentes da industrialização e urbanização.
Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social unipArte de Lorena
O assistencialismo surgiu como uma forma inicial de responder às expressões de pobreza e desigualdade social, tendo caráter filantrópico e paternalista. Com o tempo, passou a ser visto como uma prática sem profissionalização que criava dependência. A Revolução Industrial trouxe novos impactos sociais, exigindo respostas além do mero assistencialismo. O contexto histórico influencia o sistema econômico capitalista e como este organiza a sociedade, também influenciando a história do serviço social.
O documento discute os conceitos de socialismo e comunismo segundo Karl Marx e Friedrich Engels, incluindo a distinção entre socialismo utópico e científico. Apresenta também a Revolução Russa de 1917 e os modelos de socialismo leninista e stalinista.
O documento apresenta uma biografia e as ideias centrais do sociólogo Karl Polanyi sobre economia. Polanyi criticou a visão de economia como um processo mecânico de trocas e defendeu que a economia está "imersa" em instituições sociais. Ele também argumentou que diferentes sociedades utilizaram múltiplas formas de integração econômica, como redistribuição e reciprocidade, não apenas a troca de mercado.
1. O documento discute o papel do movimento estudantil no processo revolucionário, analisando a relação entre a intelectualidade e as classes sociais.
2. A intelectualidade não constitui uma classe em si mesma, mas vincula-se às classes dominantes ou ao proletariado. Há atração da burguesia, repulsão da burguesia e atração do proletariado sobre a intelectualidade.
3. O movimento estudantil representa um setor da intelectualidade e desempenha importante papel na revolução através da luta ide
1. O documento descreve o processo de erosão do "Serviço Social tradicional" no Brasil nas décadas de 1950 e 1960, com a ascensão da abordagem comunitária.
2. Vários fatores contribuíram para esta erosão, incluindo novas demandas sociais, influência de outras disciplinas e do movimento estudantil.
3. O II Congresso Brasileiro de Serviço Social em 1961 consagrou a abordagem comunitária, mas diferentes vertentes interpretavam-na de forma distinta.
As novas configuracões do Estado e da Sociedade Civil no contexto da crise do...MacDannie
1) O documento discute as novas configurações do Estado e da sociedade civil no contexto da crise do capitalismo.
2) A ofensiva neoliberal desde os anos 1980 visou a recuperação das taxas de lucro através da reestruturação produtiva, mundialização do capital e contra-reforma do Estado.
3) Isso levou a uma maior subordinação dos Estados nacionais aos interesses do capital globalizado e uma ênfase na atratividade, adaptação, flexibilidade e competitividade para atrair investimentos.
1) O documento discute as origens do Serviço Social como profissão no contexto do capitalismo monopolista no final do século XIX.
2) Neste período, o Estado passou a desempenhar um papel maior na economia para garantir os lucros dos monopólios e administrar questões sociais decorrentes da industrialização e urbanização.
3) A intervenção estatal na "questão social" tornou-se sistemática para atender demandas dos trabalhadores e manter a ordem, articulando funções econômicas e políticas do Estado.
1) A sociologia rural surgiu no século XIX como um campo de estudo da sociologia geral para aplicar métodos sociológicos ao estudo da vida rural.
2) Seus principais campos de estudo incluem a população rural, a organização de comunidades rurais e a dinâmica social no meio rural.
3) Recentemente, novas áreas como a sociologia agrária emergiram, integrando aspectos econômicos e jurídicos ao estudo da sociedade rural.
O documento discute o socialismo, suas origens na Revolução Russa de 1917 e sua implementação em países como a antiga União Soviética. Também aborda os países que ainda mantêm regimes socialistas hoje em dia e as diferenças entre o socialismo do passado e o atual.
Este documento discute as relações entre trabalho, cultura e lazer no contexto das transformações sociais. Primeiro, analisa como o lazer foi reorientado com a industrialização, passando de atividade das elites para algo ligado ao trabalho. Depois, discute como as novas tecnologias alteraram a percepção do trabalho e aumentaram os tempos livres, embora sem necessariamente democratizar o lazer. Por fim, reflete sobre como trabalho e lazer se tornaram esferas cada vez mais autônomas, embora ainda interdependentes e permeáveis.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 08 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo modelo será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
O documento discute a Escola de Frankfurt, um grupo de cientistas sociais alemães que aplicaram ideias marxistas ao estudo da comunicação. Eles viam os meios de comunicação de massa como instrumentos ideológicos que manipulavam as pessoas e limitavam a consciência crítica sob o capitalismo. Embora tenham reconhecido alguns aspectos positivos, criticaram principalmente como a indústria cultural transformou a cultura em mercadoria.
A politica social no capitalismo contemporaneoPatricia Silva
O documento discute a política social no capitalismo contemporâneo à luz da teoria crítica de Marx sobre a sociedade capitalista moderna. Argumenta-se que as políticas sociais do Estado refletem as contradições inerentes ao sistema capitalista entre estruturas e conjunturas históricas. Sugere-se que para interpretar criticamente as tendências e desafios das políticas sociais é necessário reconceituar o capitalismo com base na teoria de Marx, levando em conta sua natureza dinâmica e contraditória.
Este documento discute a contribuição dos movimentos sociais como fonte de transformação na educação. Apresenta a trajetória histórica dos movimentos sociais no Brasil desde a década de 1960, destacando o movimento estudantil e como os movimentos sociais evoluíram nas décadas seguintes, contribuindo para a formação, educação e conquista de direitos. Aborda também como a educação pode ser promovida por meio da participação nos movimentos sociais.
Este documento discute como o marxismo analisa os movimentos sociais contemporâneos e como se diferencia de outras perspectivas teóricas. Apresenta brevemente as críticas de autores como Touraine e Melucci às análises marxistas, antes de descrever elementos-chave de uma abordagem marxista, como enfatizar a luta de classes e não separar movimentos sociais de processos de exploração e dominação capitalistas.
O texto discute as transformações sociais em Portugal no contexto da crise européia, focando na cultura organizacional da empresa Autoeuropa como um exemplo de conciliar produtividade e valores democráticos. Analisa como o capitalismo global levou à fragmentação e precariedade do trabalho e como a mudança organizacional e inovação tecnológica afetaram as sociedades e empresas portuguesas.
O texto procura contribuir para uma reflexão sobre o diálogo, a mudança e a coesão social nas sociedades abertas, discutindo as transformações do capitalismo e seu impacto no trabalho. Aborda a cultura organizacional portuguesa, citando o caso da fábrica Autoeuropa como exemplo de conciliação entre produtividade, valores democráticos e diálogo social.
O documento discute duas perspectivas sobre a natureza do Serviço Social: a Perspectiva Endógena vê a profissão como evolução da caridade e filantropia, enquanto a Perspectiva Histórico-Crítica a vê como subproduto das relações de classe na sociedade capitalista. Embora distintas, estas perspectivas coexistiram e atores delas se uniram contra o conservadorismo do Serviço Social, mostrando divergências internas na profissão.
Capitalismo, Comunismo, Socialismo, Marxismo, Anarquismo e LiberismoInês Oliveira
O documento discute vários sistemas políticos e econômicos como capitalismo, socialismo, comunismo, marxismo, liberalismo e anarquismo. O capitalismo é baseado na propriedade privada e livre mercado, enquanto o socialismo busca uma distribuição mais equitativa de riquezas. O comunismo prega a abolição da propriedade privada e do estado. O marxismo é influenciado pelas ideias de Karl Marx e critica o capitalismo. O liberalismo defende liberdades individuais e o anarquismo busca o fim do
1. O documento discute a Teoria Geral do Serviço Social, abordando conceitos como questão social, trabalho e divisão social do trabalho.
2. A questão social surge com as desigualdades geradas pelo capitalismo e se expressa através de problemas como pobreza e exclusão social. Sua raiz está na exploração do trabalho pelo capital.
3. O serviço social emerge no contexto das transformações trazidas pela revolução industrial, tendo o objetivo inicial de lidar com os problemas sociais decorrentes da industrialização e urbanização.
Fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social unipArte de Lorena
O assistencialismo surgiu como uma forma inicial de responder às expressões de pobreza e desigualdade social, tendo caráter filantrópico e paternalista. Com o tempo, passou a ser visto como uma prática sem profissionalização que criava dependência. A Revolução Industrial trouxe novos impactos sociais, exigindo respostas além do mero assistencialismo. O contexto histórico influencia o sistema econômico capitalista e como este organiza a sociedade, também influenciando a história do serviço social.
O documento discute os conceitos de socialismo e comunismo segundo Karl Marx e Friedrich Engels, incluindo a distinção entre socialismo utópico e científico. Apresenta também a Revolução Russa de 1917 e os modelos de socialismo leninista e stalinista.
O documento apresenta uma biografia e as ideias centrais do sociólogo Karl Polanyi sobre economia. Polanyi criticou a visão de economia como um processo mecânico de trocas e defendeu que a economia está "imersa" em instituições sociais. Ele também argumentou que diferentes sociedades utilizaram múltiplas formas de integração econômica, como redistribuição e reciprocidade, não apenas a troca de mercado.
1. O documento discute o papel do movimento estudantil no processo revolucionário, analisando a relação entre a intelectualidade e as classes sociais.
2. A intelectualidade não constitui uma classe em si mesma, mas vincula-se às classes dominantes ou ao proletariado. Há atração da burguesia, repulsão da burguesia e atração do proletariado sobre a intelectualidade.
3. O movimento estudantil representa um setor da intelectualidade e desempenha importante papel na revolução através da luta ide
1. O documento descreve o processo de erosão do "Serviço Social tradicional" no Brasil nas décadas de 1950 e 1960, com a ascensão da abordagem comunitária.
2. Vários fatores contribuíram para esta erosão, incluindo novas demandas sociais, influência de outras disciplinas e do movimento estudantil.
3. O II Congresso Brasileiro de Serviço Social em 1961 consagrou a abordagem comunitária, mas diferentes vertentes interpretavam-na de forma distinta.
As novas configuracões do Estado e da Sociedade Civil no contexto da crise do...MacDannie
1) O documento discute as novas configurações do Estado e da sociedade civil no contexto da crise do capitalismo.
2) A ofensiva neoliberal desde os anos 1980 visou a recuperação das taxas de lucro através da reestruturação produtiva, mundialização do capital e contra-reforma do Estado.
3) Isso levou a uma maior subordinação dos Estados nacionais aos interesses do capital globalizado e uma ênfase na atratividade, adaptação, flexibilidade e competitividade para atrair investimentos.
1) O documento discute as origens do Serviço Social como profissão no contexto do capitalismo monopolista no final do século XIX.
2) Neste período, o Estado passou a desempenhar um papel maior na economia para garantir os lucros dos monopólios e administrar questões sociais decorrentes da industrialização e urbanização.
3) A intervenção estatal na "questão social" tornou-se sistemática para atender demandas dos trabalhadores e manter a ordem, articulando funções econômicas e políticas do Estado.
1) A sociologia rural surgiu no século XIX como um campo de estudo da sociologia geral para aplicar métodos sociológicos ao estudo da vida rural.
2) Seus principais campos de estudo incluem a população rural, a organização de comunidades rurais e a dinâmica social no meio rural.
3) Recentemente, novas áreas como a sociologia agrária emergiram, integrando aspectos econômicos e jurídicos ao estudo da sociedade rural.
O documento discute o socialismo, suas origens na Revolução Russa de 1917 e sua implementação em países como a antiga União Soviética. Também aborda os países que ainda mantêm regimes socialistas hoje em dia e as diferenças entre o socialismo do passado e o atual.
Este documento discute as relações entre trabalho, cultura e lazer no contexto das transformações sociais. Primeiro, analisa como o lazer foi reorientado com a industrialização, passando de atividade das elites para algo ligado ao trabalho. Depois, discute como as novas tecnologias alteraram a percepção do trabalho e aumentaram os tempos livres, embora sem necessariamente democratizar o lazer. Por fim, reflete sobre como trabalho e lazer se tornaram esferas cada vez mais autônomas, embora ainda interdependentes e permeáveis.
Slide livro Sociologia ensino médio capitulo 08 do Tomazipascoalnaib
Slide do capítulo 08 do livro "Sociologia para o Ensino Médio" de Nelson Dácio Tomazi. Material de apoio para ser utilizado na sala de aula. Créditos by Tiago Lacerda.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo modelo será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
O documento discute a Escola de Frankfurt, um grupo de cientistas sociais alemães que aplicaram ideias marxistas ao estudo da comunicação. Eles viam os meios de comunicação de massa como instrumentos ideológicos que manipulavam as pessoas e limitavam a consciência crítica sob o capitalismo. Embora tenham reconhecido alguns aspectos positivos, criticaram principalmente como a indústria cultural transformou a cultura em mercadoria.
Este documento resume os principais conceitos do marxismo, incluindo classe social, luta de classes, alienação, ideologia, estrutura (infraestrutura e superestrutura), e relação de determinação. Explica que as classes sociais surgem das relações de produção e são divididas entre proprietários dos meios de produção e trabalhadores. Também descreve a luta de classes como o confronto entre burguesia e proletariado, e como a ideologia serve para legitimar a estrutura de classe dominante.
Karl Marx desenvolveu o conceito de alienação, onde as pessoas veem como externas coisas que são intrínsecas a elas próprias, como seu trabalho. Marx acreditava que a propriedade privada e o controle da produção por uma elite causavam o trabalho alienado, tirando a humanidade das pessoas. Ele também viu o dinheiro como a essência alienada do trabalho e da vida humana.
O documento resume os principais pontos sobre a disciplina de Economia Política no curso de Direito da FCAT. Apresenta uma introdução sobre o objeto de estudo da Economia Política e sua abordagem teórica. Também descreve a evolução histórica do pensamento econômico, desde a Antiguidade até as escolas clássicas e neoclássicas.
El documento describe las cuatro etapas históricas del funcionalismo en psicología, desde la filosofía moral y mental en el siglo XVIII hasta el funcionalismo estadounidense moderno. Explica que el funcionalismo buscó entender la mente estudiando cómo sus propiedades y características permiten al individuo funcionar en su entorno.
O documento resume as origens e ideias centrais do marxismo, incluindo: (1) Marx desenvolveu o materialismo histórico e dialético a partir das ideias de Hegel e outros pensadores; (2) Ele acreditava que as classes sociais e a propriedade privada deveriam ser abolidas para criar uma sociedade comunista igualitária; (3) No entanto, os estados socialistas reais não eliminaram totalmente as classes sociais e o Estado, contrariando as ideias de Marx.
Este documento resume a teoria de Karl Marx sobre a organização da sociedade e as classes sociais. 1) Marx acreditava que a estrutura social é dividida em infraestrutura e superestrutura, sendo a infraestrutura formada pelas relações de produção. 2) Na sociedade capitalista, as classes sociais são divididas entre proletariado e burguesia com base na propriedade dos meios de produção. 3) Marx via a história humana como a história da luta de classes entre esses grupos com interesses opostos.
O documento descreve os principais aspectos do funcionalismo, a primeira corrente psicológica americana. O funcionalismo enfatizava os processos mentais e sua utilidade para a adaptação do organismo ao meio, estudando a mente por sua função e não por sua natureza. Privilegiava métodos como introspecção e comparação e influenciou o desenvolvimento da psicologia aplicada nos EUA.
A Pós-Modernidade representa uma época pós-queda do Muro de Berlim caracterizada por mudanças constantes e pela obsolescência do conceito de progresso. Ela trouxe inovações nas artes, arquitetura e computação e questiona aspectos do Iluminismo.
O documento discute a teoria funcionalista da comunicação de massa, que se desenvolveu entre os anos 1940 e 1970. Ela se concentra nas funções dos meios de comunicação na sociedade ao invés dos efeitos diretos sobre os indivíduos. A teoria funcionalista vê os meios de comunicação como um subsistema social que ajuda a sociedade a se manter harmoniosa através de funções como reforçar normas sociais.
El documento resume la vida y obra de Karl Marx. Explica que Marx nació en 1818 y estudió derecho y filosofía. Sus principales obras incluyen Manuscritos económico-filosóficos, La ideología alemana, El manifiesto comunista y El capital. El documento también describe la visión de Marx sobre la explotación de los trabajadores bajo el capitalismo y su creencia de que el comunismo podría liberar a los hombres de esta explotación restaurando su humanidad.
Karl Marx nació en 1818 en Alemania. Fue un filósofo, economista y teórico político que desarrolló el marxismo. Marx analizó la industrialización y el capitalismo en su libro El Capital, donde explicó conceptos como la plusvalía y el trabajo enajenado.
El documento describe la vida y el pensamiento de Karl Marx. Señala que Marx se vio influenciado por filósofos como Hegel y Feuerbach, y por economistas como Adam Smith y David Ricardo. Marx desarrolló el materialismo histórico y dialéctico, enfoques que sostienen que las contradicciones económicas impulsan el cambio social y la historia. El documento también resume las principales obras de Marx como El Capital y El Manifiesto Comunista.
Karl Marx fue un filósofo, economista y sociólogo alemán que desarrolló la teoría del materialismo histórico y dialéctico. Marx argumentó que la historia y la sociedad son impulsadas por conflictos de clases y que las sociedades siempre pasan por etapas de tesis, antítesis y síntesis. Marx creía que el capitalismo llevaría inevitablemente al socialismo a través de la lucha de clases y la revolución proletaria. Marx también analizó formas en que las personas se alienan bajo el capitalismo a
Karl Marx fue un filósofo y economista alemán que desarrolló el marxismo. Sus principales ideas incluyen que la lucha de clases entre proletarios y burgueses es el motor de la historia, que el capitalismo explota a los trabajadores y que el comunismo eventualmente reemplazará al capitalismo. Escribió obras influyentes como El manifiesto comunista y El capital. Su materialismo dialéctico y materialismo histórico analizan la sociedad y la historia desde una perspectiva económica.
El documento resume la teoría marxista sobre la generación de riqueza y valor a través del trabajo. Explica que las mercancías tienen un valor de uso y valor de cambio determinado por el tiempo de trabajo necesario para producirlas. El capitalista se apropia de parte del valor creado por el obrero en forma de plusvalía. Esto genera una explotación del proletariado y contradicciones que llevan a crisis económicas. Marx divide la sociedad en clases antagónicas como proletariado, burguesía y pequeña burguesía.
Mov sociais a nova rebelião da classe media eesne_sup2012Elisio Estanque
1) O documento discute os movimentos sociais recentes, particularmente os que ocorreram em 2011, e como eles refletem a insatisfação das classes médias.
2) Analisa como os movimentos sociais dos anos 1960 influenciaram as sociedades ocidentais e promoveram mudanças culturais, apesar de terem sido inicialmente derrotados.
3) Discutem como os movimentos atuais envolvem uma ampla gama de segmentos sociais precários, não apenas estudantes, e buscam novas formas de ativismo.
As consequências políticas da pós modernidade e do neoliberalismoFernando Alcoforado
Dois fatores foram decisivos para que a globalização produtiva, comercial e financeira se impusesse no mundo para promover a expansão do sistema capitalista mundial: 1) o fracasso do Keynesianismo como política econômica capaz de alavancar o desenvolvimento dos países capitalistas centrais e periféricos a partir da década de 1970, após o “boom” do capitalismo dos “anos gloriosos” das décadas de 1950 e 1960; e, 2) a crise que levou ao fim da União Soviética e do sistema socialista do Leste Europeu no final da década de 1980. Eles desencadearam o fim definitivo da Modernidade que nasceu com a Revolução Industrial na Inglaterra no século XVIII e o advento da Pós-Modernidade.
O que é Sociologia - Coleção Primeiros Passos..pdfIsis Bugia
O documento apresenta uma introdução sobre o surgimento da sociologia no século XVIII na Europa. A revolução industrial criou novas realidades sociais que precisavam ser investigadas, enquanto pensadores como Owen, Thompson e Bentham buscavam compreender e influenciar a sociedade em transformação. O método científico também influenciou o estudo da sociedade, com Bacon propondo aplicá-lo para descobrir leis sociais.
1) O documento discute o surgimento da sociologia como resposta às transformações da Revolução Industrial e da consolidação da sociedade capitalista.
2) A sociologia emergiu do trabalho de vários pensadores que buscavam compreender as novas situações sociais criadas pela sociedade capitalista nascente, como a situação dos trabalhadores e as cidades industriais.
3) O documento também discute como o Iluminismo contribuiu para o desenvolvimento da sociologia ao popularizar o método científico e questionar a autoridade da tradição.
A revolução industrial e o surgimento das ciências sociais no século XVIII. A revolução industrial transformou profundamente a sociedade com a industrialização e urbanização, criando problemas sociais que impulsionaram o desenvolvimento da sociologia para analisá-los. Augusto Comte foi um pensador importante nesse processo, sendo considerado o criador da sociologia.
O documento apresenta um resumo de atividades avaliativas realizadas por Willianne de Deus Oliveira sobre os fundamentos históricos, teóricos e metodológicos do serviço social no Polo 577 da Universidade Anhanguera em outubro de 2011.
Este documento discute como combater o totalitarismo moderno em quatro passos: 1) denunciar a ideologia neoliberal global, 2) apresentar um modelo alternativo ao capitalismo, 3) caracterizar inimigos locais e globais, e 4) estabelecer alianças contra o totalitarismo.
O documento descreve os sistemas capitalista e socialista, comparando suas diferenças. O socialismo propõe a apropriação pública dos meios de produção e a supressão das classes sociais, enquanto o capitalismo favorece a propriedade privada e a livre iniciativa. A Guerra Fria representou o conflito entre esses sistemas, terminando com a vitória do capitalismo nos anos 1990.
O documento discute as origens e teorias do socialismo, desde os socialistas utópicos do século 18 até as diferentes abordagens modernas. Apresenta os principais pensadores socialistas como Marx, Engels e Lenin e descreve o socialismo real implementado na União Soviética sob Stalin como uma ditadura sangrenta.
Marx, karl. contribuição à crítica da economia políticaSara Leal
Este documento apresenta a segunda edição traduzida para o português da obra "Contribuição à Crítica da Economia Política" de Karl Marx. A tradução foi realizada por Florestan Fernandes a partir de versões em inglês, francês e espanhol. O texto contém a apresentação, introdução e os primeiros capítulos da obra, além de anexos com comentários de Engels e notas do editor.
Marx, Karl. Contribuicao para a critica da economia politicaAndré Santos Luigi
O documento apresenta o livro "Contribuição à crítica da economia política" de Karl Marx, traduzido e introduzido por Florestan Fernandes. O livro contém uma introdução do tradutor, o prefácio e os dois primeiros capítulos da obra de Marx, além de anexos com textos complementares.
Marx karl.-contribuição-à-crítica-da-economia-políticaMayara Dos Santos
Este documento é a segunda edição da tradução para o português da obra "Contribuição à Crítica da Economia Política", de Karl Marx, feita por Florestan Fernandes. Apresenta o prefácio e o capítulo 1, que discute o conceito de mercadoria, além de anexos com textos introdutórios sobre a obra de Marx.
MARX, Karl. Contribuição para a critica da economia política. São Paulo: Expr...André Santos Luigi
Este documento apresenta a segunda edição traduzida para o português da obra "Contribuição à Crítica da Economia Política" de Karl Marx. A tradução foi realizada por Florestan Fernandes a partir de versões em inglês, francês e espanhol. O texto contém a apresentação, introdução e os primeiros capítulos da obra, além de anexos com comentários de Engels e notas do editor.
O documento discute a história e desenvolvimento da sociologia. Começa com o surgimento da sociologia no século XVII como resultado das revoluções industrial e francesa. Discute pensadores fundamentais como Comte, Durkheim, Marx e Weber e como suas ideias influenciaram a formação da sociologia como disciplina acadêmica.
Ricardo Cesar Costa - Usos e abusos da exclusão social como conceito explicativoRicardo Costa
1) O documento discute o contexto histórico e teórico do conceito de exclusão social no capitalismo mundial desde as crises de 1970.
2) A crise levou à mundialização financeira, flexibilização do trabalho e destruição do Estado de bem-estar social, aumentando o desemprego e a pobreza.
3) Isso configurou um quadro de "barbárie" no século 21 com conflitos, desigualdades e ameaças ambientais.
O documento discute a formação da sociologia no contexto da Revolução Industrial e da Revolução Francesa. A sociologia surgiu para compreender as mudanças nas relações sociais causadas pela transição para a sociedade capitalista moderna. Inicialmente, sociólogos tinham esperanças sobre a democratização trazida pelo capitalismo, mas eventos históricos posteriores tornaram essas esperanças problemáticas. A sociologia precisa se libertar da influência burguesa para servir como instrumento de transformação social.
1. O documento discute o surgimento da sociologia como ciência no século XVIII na Europa, em resposta às transformações políticas, econômicas e sociais causadas pela Revolução Industrial e pelo Iluminismo.
2. A sociologia surgiu com o objetivo de interpretar e compreender os problemas da nova sociedade urbano-industrial, tendo um arcabouço teórico, método específico e objeto de estudo definido.
3. O texto também apresenta Augusto Comte como um dos primeiros pensadores a usar o termo "sociologia" e
A sociologia surgiu no século XIX como resposta às transformações sociais causadas pela Revolução Industrial e pela Revolução Francesa. Essas revoluções trouxeram novas estruturas sociais e problemas, levando pensadores a sistematizar o estudo da sociedade em busca de compreensão e soluções. Auguste Comte estabeleceu as bases iniciais da sociologia como ciência que estudaria os fenômenos sociais de forma objetiva e racional.
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O documento discute as teorias clássicas de mudança social na Sociologia. 1) Marx via as revoluções como resultado dos conflitos de classes, com o proletariado tendo papel transformador. 2) Durkheim observou a evolução da solidariedade mecânica para a orgânica. 3) Weber analisou a influência da ética protestante no surgimento do capitalismo.
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Teoria social e pós modernismo a resposta do marxismo
1. Teoria social e pós-modernismo: a resposta do marxismo aos enigmas teóricos contemporâneos
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Teoria social e pós-modernismo: a resposta do marxismo
aos enigmas teóricos contemporâneos
João Emanuel Evangelista – UFRN
RESUMO AS MUDANÇAS SOCIAIS CONTEMPORÂNEAS
As sociedades capitalistas passaram por uma grande Nas últimas décadas, muito se tem debatido
transformação sistêmica nas últimas décadas que afeta- sobre as mudanças sofridas pelas sociedades capita-
ram sua economia, sua política e sua cultura, redefinin- listas modernas no mundo ocidental. A partir dos
do os processos sociais que configuram a vida cotidiana.
A reestruturação produtiva e os novos padrões flexíveis
anos 1960, foram-se acumulando evidências de alte-
de acumulação foram mimetizados em suas formas supe- rações significativas na sociabilidade dos indivíduos
restruturais no neoliberalismo e no pós-modernismo. A que viviam, sobretudo, nos grandes centros urba-
teoria social tornou-se um campo de investigações ino- nos das sociedades capitalistas desenvolvidas. Em
vadoras em busca de explicações para uma variada gama grande medida, tais fenômenos eram os efeitos mais
de fenômenos sociais resultantes dessas transformações imediatos da onda longa expansiva que o capitalis-
societárias. Na contracorrente das formas intelectuais mo vivera depois da Segunda Guerra Mundial. Nos
hegemônicas, o marxismo experimentou uma surpreen-
anos 1950, depois da reconstrução do mundo oci-
dente renovação teórica, recuperando seu lugar proemi-
nente na crítica social ao discutir essas transformações do dental com plano Marshall, as populações dos países
sistema capitalista contemporâneo. capitalistas industrializados (EUA, Europa e Japão)
experimentaram um crescimento extraordinário no
Palavras-chave: Teoria social. Capitalismo contemporâ-
neo. Pós-modernismo. Marxismo. seu padrão de vida cotidiana. O processo de urbani-
zação acelerado trouxe a difusão de novos hábitos de
ABSTRACT consumo e novos valores socioculturais foram ado-
tados e difundidos socialmente. Esse foi o cenário
Capitalist societies have undergone deep and systemic
que fez surgir os movimentos de contestação social
changes in the last decades. These changes have affec-
ted their economies, politics and culture, re-defining the
às formas de poder vigentes e aos valores morais há
social processes which embody the daily life. The pro- muito estabelecidos, representados por movimentos
ductive restructuring and the new flexible accumulation como a contracultura e o feminismo ou as lutas con-
patterns have been replicated in their super-structural tra a discriminação racial e contra as guerras impe-
forms in liberalism and post-modernism. Social theory rialistas. A culminação desses movimentos e lutas
turned out to be a field for innovative researches which progressistas deu-se no final dos anos 1960, cujo
try to explain a number of social phenomena resulting of ápice está representado simbolicamente, sobretudo,
these societal changes. In opposition to these hegemonic
pelos acontecimentos de maio de 1968 na França.
intellectual forms, marxism underwent an outstanding
theoretical renewal, recovering its prominent place in A crise geral do capitalismo em meados da
social criticism as it discusses these changes inside the década de 1970 encerrou a onda longa expansiva
contemporary capitalist system. iniciada no pós-guerra. Os anos 1970 vivenciaram,
Keywords: Social theory. Contemporary capitalism. Post- ao mesmo tempo, o refluxo dos movimentos sociais
modernism. Marxism. contestatórios e a ofensiva do capital para criar me-
Cronos, Natal-RN, v. 7, n. 2, p. 271-281, jul./dez. 2006
2. João Emanuel Evangelista
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canismos que propiciassem novas possibilidades de A isso se acrescentou, nos anos 1980, a crise
valorização e reprodução ampliadas para o capital. do chamado socialismo real, comandado pela antiga
Dois fatos foram da maior significação para a con- União Soviética, que não mais conseguia garantir o
figuração do capitalismo mundial nos anos seguin- abastecimento de alimentos e bens de consumo às
tes. De um lado, empresas japonesas introduziram suas populações. Numa tentativa derradeira, bus-
inovações na organização do processo de trabalho cou-se a reforma política e econômica do socialis-
fabril, com a flexibilização do modelo taylorista-for- mo soviético. A restauração das liberdades políticas,
dista e a adoção daquilo que se tornou conhecido ao contrário de levar à reestruturação produtiva do
como toyotismo, substituindo as formas despóticas sistema soviético, conduziu à contestação radical do
e rigidamente hierarquizadas adotadas na produção sistema político pelas massas populares, lideradas
industrial. Por outro lado, um conjunto de inovações por forças políticas interessadas na implementação
tecnológicas, tendo à frente as novas tecnologias in- de uma economia de mercado capitalista.
formacionais que possibilitaram a incorporação de Assim, estavam criadas as condições propícias
comandos digitais nos sistemas de máquinas indus- para que os ideólogos conservadores pudessem de-
triais. Essas novas tecnologias permitiram também monstrar a inviabilidade prática da intervenção es-
uma verdadeira revolução nos processos comuni- tatal na economia. A crise do Estado de Bem-Estar
cacionais, com a constituição de redes de satélites Social no Ocidente e a crise do socialismo real com-
conectadas mundialmente, que tornaram possível a provavam, ao mesmo tempo, a inadequação e os
comunicação em tempo real em qualquer parte do efeitos perniciosos que a intervenção do Estado po-
nosso planeta. A conjunção dessas transformações deria provocar na organização do sistema de produ-
tecnológicas ao processo produtivo garantiu as con- ção e satisfação de necessidades humanas. Os fatos
dições técnicas para a retomada, em novas bases, do pareciam revelar o fracasso das experiências de regu-
movimento da acumulação capitalista em âmbito lação estatal numa economia capitalista de mercado
mundial. e das tentativas de construção do socialismo como
No plano político e ideológico, vieram somar- alternativa societária superior. Estavam criadas as
se novos ingredientes à ofensiva do capital. A eclo- condições para a hegemonia do pensamento úni-
são da crise geral do capitalismo nos anos 1970 co através da sacralização do mercado a ser imposta
apresentava as características clássicas das crises de na esteira do processo de mundialização capitalista.
superprodução do sistema capitalista. A retração das A ofensiva ideológica contra toda e qualquer inge-
atividades econômicas, as dificuldades financeiras de rência do Estado nas relações entre capital e traba-
muitas empresas, o desemprego dos trabalhadores, lho no processo de produção de mercadorias visava a
o ressurgimento do fenômeno inflacionário, dentre implementação de um suposto Estado mínimo. Em
outros aspectos, levaram a uma profunda crise fiscal sua essência, pretendia-se um Estado mínimo para
do Estado de Bem-Estar Social vigente nos países os trabalhadores e um Estado máximo para o capital
capitalistas desenvolvidos (ANDERSON, 1995). A (PAULO NETTO, 1993).
experiência de conjugar a ampliação da democracia Esse conjunto de transformações ocorridas nas
e dos direitos sociais com crescimento econômico últimas décadas passou a ser conhecido pelos termos
continuado nas sociedades capitalistas, através do globalização e neoliberalismo. Na verdade, esses
Estado de Bem-Estar Social, passou a ser o alvo pre- fenômenos constituem os aspectos mais visíveis de
ferencial da crítica dos ideólogos mais conservadores uma transformação sistêmica na estruturação do
do capital como algo a ser definitivamente banido capitalismo contemporâneo, que configuram o sur-
como alternativa política e econômica. gimento de um novo bloco histórico (GRAMSCI,
2000). A partir dos anos 1980, a vocação histórica
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3. Teoria social e pós-modernismo: a resposta do marxismo aos enigmas teóricos contemporâneos
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do sistema de produção de mercadorias expandir a lavam em caráter permanente fluxos de informação
sua lógica em escala mundial tornou-se, pela pri- e de capital, instaurando-se uma nova percepção da
meira vez na história moderna, uma realidade con- relação espaço-tempo. Na modernidade, até então,
creta. Sob a ação política dos organismos financeiros o tempo subordinara o espaço. A contemporaneida-
internacionais, foram criadas novas áreas e fronteiras de, contudo, impôs a inversão dessas relações com a
para o processo de valorização do capital, através da supremacia da espacialidade sobre a temporalidade.
flexibilização dos direitos sociais, da mercadificação Tais mutações nas relações espaço-tempo levaram a
dos serviços públicos, da privatização de empresas drásticas alterações nas formas do homem contem-
estatais e da abertura dos mercados nacionais dos porâneo representar o mundo, a si mesmo e a sua
países periféricos à movimentação de capitais e ser- inserção sócio-histórica. Ao lado disso, a cultura so-
viços provenientes dos países capitalistas centrais. freu um processo de ampliação da sua ambiência,
As mudanças não ficaram circunscritas às esfe- objetivando-se de fato como uma segunda natureza:
ras política e socioeconômica. Poucas vezes em sua a tudo recobre e deixa a sua marca.
história, as sociedades modernas sofreram transfor- A mundialização do capitalismo fez-se acom-
mações tão rápidas e profundas. Em situações de panhar por forças antinômicas de largo espectro,
normalidade histórica, geralmente os vetores da que se manifestam, simultaneamente, como ten-
permanência sobrepõem-se aos vetores da mudança dências centrífugas e centrípetas em processos de
ou há um relativo equilíbrio entre ambos. As trans- homogeneização e heterogeneização, de padroniza-
formações em curso levaram a um brusco desequi- ção e segmentação, de globalismo e localismo, de
líbrio em favor dos aspectos pertinentes à inovação desterritorialização e reterritorialização etc. A cultu-
sociocultural. Não vivemos, todavia, um cenário de ra mundial apresenta-se como um grande e irrepre-
revolução social. Muito pelo contrário. As mudan- sentável caleidoscópio (ORTIZ, 1996), ao mesmo
ças que se processaram em lógica quase metastática, tempo, fascinante e aterrorizante. Se por um lado é
atingindo todas as dimensões da vida social, ocor- evidente a imposição do estilo de vida e da cultura
reram dentro de um ambiente político e ideológico americana aos povos de todos os recantos mundiais,
profundamente conservador. Com o fim da experi- isso não significa a supressão das manifestações cul-
ência do socialismo real, pareceu a muitos que não turais locais. É verdade que cada vez mais pesso-
restaria alternativa ao capitalismo vitorioso. Não as ouvem, vêem, vestem, falam, usam e comem as
haveria escapatória às idéias ultraliberais hegemôni- mesmas coisas em qualquer parte do mundo. Seria
cas e à economia de mercado capitalista. ingenuidade não reconhecer os efeitos perversos da
Aos quatro cantos, acumulavam-se também os massificação e padronização ideológica e cultural.
indicadores de mudanças na política e na cultura. No entanto, em sentido dialético, vemos a multi-
Ao longo da modernidade, as sociedades humanas plicação de novas formas de resistência cultural que
foram organizadas em termos dos limites territo- enfatizam o local, o próximo, o tradicional, o eterno.
riais do Estado nacional. Agora, essas estruturas so- São muitas também as demonstrações da capacida-
ciais foram adquirindo uma nova morfologia social, de de ressignificação dos povos de diferentes matri-
sendo recobertas por uma inusitada forma de rede zes étnico-culturais. Algumas modalidades culturais
mundial, esboroando as antigas clivagens políticas e dominantes nos centros capitalistas adquirem um
culturais1. O mundo assumiu, aos poucos, o formato sentido disruptivo e transgressor na periferia do
de um sistema descentrado, através do qual circu- capitalismo. Abundam formas inusitadas de hibri-
dização cultural (CANCLINI, 1998). Essa nova
1 Jameson (1996) e Castells (1999) apresentam enfoques diferen- heterogeneidade cultural, como é óbvio, processa-
ciados na análise e nas implicações políticas da estrutura da so- se sob os influxos dos mecanismos tradicionais do
ciedade contemporânea como uma rede mundial descentrada.
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poder político e da dominação de classe, vigentes Por fim, o pós-modernismo requer, como compo-
historicamente nas sociedades burguesas modernas, nente político fundamental, um sentimento de de-
que assumem novas e complexas mediações. salento, de impotência e de apatia coletivos, frutos
em geral de uma derrota estratégica das forças po-
O NOVO PARADIGMA PÓS-MODERNO líticas e ideológicas empenhadas em transformações
Essas transformações incidiram diretamente sociais radicais.
sobre as formas através das quais os homens sentiam O pós-modernismo pode se manifestar como
e representavam para si mesmos o mundo existente. cultura pós-moderna e/ou como pensamento pós-
Há uma sensação cada vez mais disseminada de ir- moderno. A cultura pós-moderna surge como uma
realidade, de vazio e de confusão. A razão humana é reação crítica ao alto modernismo que, depois da
desafiada pelo avanço de processos “imateriais” e pela II Guerra Mundial, tornara-se o cânone cultural e
constituição de novas esferas de existência virtuais, passara a representar o establishment em termos de
que se sobrepõem à realidade objetiva. A velocidade arte, literatura e arquitetura nas sociedades ociden-
dos fluxos de imagens e informações e o processo de tais. Na efervescência dos anos 1960, a contracul-
desterritorialização que lhes acompanham abalam tura criou o ambiente para a recusa dos valores da
os mecanismos cognitivos, axiológicos e estéticos de- racionalidade técnico-burocrática e científica então
senvolvidos pela modernidade no Ocidente. Houve hegemônica que inspiravam a crença no progresso
uma alteração brusca nas relações espaço-temporais histórico linear, em verdades absolutas e nas poten-
que sustentam as formas de representação estética cialidades do planejamento racional dos processos
e apreensão lógica da realidade (HARVEY, 1992). sociais e da produção material. No primeiro mo-
Tudo parece sofrer a influência da efemeridade, da mento, em meados da década de 70, o pós-moder-
fragmentação, da indeterminação, da descontinui- nismo surgiu como uma contestação à monotonia
dade, do ecletismo e da heterogeneidade. estilística predominante no International Style da ar-
O pós-modernismo é a expressão mais típica quitetura moderna.
dessa sensibilidade emergente e afirma-se como um A multiplicação de novas práticas culturais
novo padrão cultural dominante nas sociedades do será, a posteriori, objeto de uma reflexão filosófica
capitalismo tardio. Seu florescer exige a existência pouco sistemática que terá no ensaísmo o seu forma-
de uma indústria cultural desenvolvida, tendo à to privilegiado. O questionamento do autoritarismo
frente os meios eletrônicos audiovisuais, responsá- das estruturas hierárquicas e dos valores da cultura
veis pela midiatização da cultura (THOMPSON, tradicional ensejou uma nova política de esquerda,
1995). Tem como sua base societária um significa- dirigida para a crítica das relações de dominação que
tivo contingente de novos intermediários culturais, infestavam a vida cotidiana. A revolta artística, polí-
dotados de formação cultural e / ou profissional tica e cultural voltou-se contra o modernismo estéti-
universitária, que estejam inseridos no circuito da co e as formas dominantes do pensamento moderno.
produção e consumo de bens culturais – como a mí- A contracultura e a contestação dos movimentos so-
dia, a publicidade, a moda, o design, e profissões de ciais do final dos anos 1960 foram os precursores
aconselhamento, terapêuticas e educacionais (FEA- políticos e culturais do pós-modernismo (HARVEY,
THERSTONE, 1994). Depende também da difu- 1992).
são de novas tecnologias de comunicação e novas Um impulso iconoclasta, talvez um último
formas de produção cultural baseadas na simulação resquício vanguardista, anima o pensamento pós-
de imagens e na telemática, que erodem o sentido moderno. Recusa as denominadas metanarrativas
de orientação e localização e modificam a capacida- do pensamento moderno, que se afirmavam como
de de representação e discernimento dos indivíduos. modelos explicativos totalizantes de aplicação e va-
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5. Teoria social e pós-modernismo: a resposta do marxismo aos enigmas teóricos contemporâneos
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lidade universais. Insurge-se contra o que chamam rentes e implicariam alteridade em termos políticos,
os valores absolutos e os fundamentos metafísicos da étnicos e sexuais (EVANGELISTA, 2001b).
modernidade. Relativiza a razão moderna em suas
promessas emancipatórias e desconstrói as suas an- A REVIVESCÊNCIA DA CRÍTICA MARXISTA2
tinomias, relevando-lhe suas limitações e cegueiras
Apesar da algaravia em torno do pós-moderno,
positivistas, deterministas e etnocêntricas. A ciên-
é possível detectar algo em comum aos seus maio-
cia é tida como uma simples narrativa entre outras
res expoentes na literatura, na arquitetura e na filo-
tantas igualmente legítimas, num cenário em que
sofia. A recusa genérica da metanarrativas esconde
predomina a agonística dos jogos de linguagem. Põe
o real adversário dos pensadores pós-modernos. O
à prova categorias, até então universalmente acei-
alvo da crítica pós-moderna é, em última análise,
tas, que são distintivas do pensamento moderno e
o marxismo e a esquerda socialista (ANDERSON,
dariam suporte às pretensões cognitivas de uma ra-
1999). Por exemplo, Ihab Hassan insurge-se con-
zão onipotente. Subverte as certezas que embalam a
tra a “raiva ideológica” e a “prepotência dos dog-
ciência moderna e afirma o relativismo como valor
máticos” dos críticos marxistas em sua submissão ao
cultural e epistemologia. A busca de causas explica-
“jugo de ferro da ideologia”, ao “determinismo so-
tivas é substituída pela descrição tópica feita através
cial” e ao preconceito e desconfiança em relação ao
de relatos de fenômenos particulares. A intuição ga-
“prazer estético”. Advoga, ainda, que termos como
nha primazia sobre a racionalidade, atribuindo-se à
esquerda e direita, base e superestrutura, produção
arte o estatuto de paradigma de representação do
e reprodução, materialismo e idealismo, perderam
real. Difunde suspeitas sobre a existência de iden-
qualquer significação e são “quase inúteis”. Por sua
tidades fixas e de sujeitos monádicos, portadores
vez, Robert Venturi e Charles Jencks irão recusar o
de alguma vocação redentora previamente definida
caráter progressista, revolucionário, utópico e pu-
(LYOTARD, 1993; EVANGELISTA, 2001b).
rista da “arquitetura ortodoxa moderna”, em seu
O pós-modernismo busca legitimar-se através
questionamento das condições vigentes na socieda-
da rejeição das formas intelectuais modernas, em
de capitalista. De modo mais direto, Jencks festeja o
que algumas categorias – tais como sujeito, razão,
pós-moderno em sua tolerância pluralística e abun-
ciência, verdade, história, etc. – ocupam uma posi-
dante num contexto sócio-histórico em que perdera
ção axial. O impulso contestador pós-moderno põe
sentido polaridades como “esquerda e direita”, “ca-
na berlinda a razão e a ciência modernas, em suas
pitalista e classe operária”, pois não mais havia “ini-
pretensões de produzir um conhecimento verdadei-
migo a derrotar”.
ro sobre a realidade que poderia ser apropriado pelo
Essas tendências ganharão nitidez paradigmá-
homem, como sujeito individual e/ou coletivo, e diri-
tica em Lyotard (1993). A sua trajetória política e
gido contra todas as modalidades de exploração, do-
intelectual é marcada por um anticomunismo persis-
minação e tutela que impedem a sua emancipação,
tente. Lyotard está convencido que o pós-moderno
abrindo a possibilidade de objetivação de uma orga-
é a expressão cultural do surgimento da sociedade
nização social racional na história. A desconstrução
pós-industrial, na qual o conhecimento tornou-se a
do pensamento moderno revela que tais categorias
principal força produtiva. O proletariado integrou-
não passariam de construtos sociais. A ciência cons-
se ao capitalismo e perdeu a condição de agente re-
tituiria apenas uma narrativa, entre tantas outras
volucionário. A economia política deveria dar lugar
existentes e igualmente legítimas, que está subordi-
à economia libidinal, que explicaria porque a própria
nada a uma lógica de dominação ocidental, elidindo
modos e práticas socioculturais que lhes são concor-
2 As idéias aqui apresentadas são uma síntese da análise desen-
volvida em Evangelista (2000).
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6. João Emanuel Evangelista
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exploração era desejada e sofrida com gozo erótico passou a ser uma referência obrigatória na aborda-
pelos operários industriais. Não é possível superar gem do pós-modernismo. Favorecido pelo distan-
o capitalismo, resultado de um processo de seleção ciamento temporal, Harvey (1992) coligiu a análise
natural de comutação de formas de energia, que an- mais sistemática das mutações em curso nas socieda-
tecede a própria vida humana. Diante das denúncias des capitalistas desenvolvidas, articulando os novos
sobre o Gulag, ficaria evidente que o socialismo é arranjos socioculturais às transformações tecnológi-
idêntico ao capitalismo. Revela-se a verdadeira “me- cas que sustentam um novo padrão de acumulação
tanarrativa” que cabe recusar: o marxismo e o socia- na história do capitalismo. E, por fim, as análises
lismo clássico (ANDERSON, 1999). do crítico inglês Eagleton (1998) sobre as ambi-
O campo pós-moderno demonstra, assim, uma güidades do pós-modernismo são de grande valia
inusitada coerência ideológica: “Não podia haver na apreensão desse fenômeno – ao mesmo tempo,
nada mais que o capitalismo. O pós-moderno foi transgressor em termos culturais e conservador em
uma sentença contra as ilusões alternativas” (AN- termos econômicos – em todas as suas complexas
DERSON, 1999, p. 54). Oblitera-se que o triun- dimensões. De alvo preferencial das críticas teóricas
fo neoliberal nos anos 1980, longe de destruir as do pós-modernismo, o marxismo demonstrou vita-
“grandes narrativas”, significou que “pela primeira lidade intelectual suficiente para virar a mesa. Assu-
vez na história o mundo caía sob o domínio da mais miu o pós-modernismo como objeto da sua reflexão
grandiosa de todas” (ANDERSON, 1999, p. 39) – a crítica, tomando-o como o ponto arquimediano para
grande narrativa do pensamento único e da vitória pensar a contemporaneidade capitalista.
global do mercado. Em instigante abordagem teórica que supera
Como objeto implícito das críticas pós-moder- certos limites da análise frankfurtiana da indústria
nas, o marxismo abandonou a posição inicial de saco cultural, mesmo tendo-a como premissa, Jame-
de pancadas teóricas e ideológicas e retomou a sua son (1996) destaca-se intelectualmente no cenário
tradição crítica. Em chave interpretativa radicalmen- contemporâneo por considerar o pós-modernismo
te diversa, o marxismo revelou-se um instrumental como a lógica cultural do capitalismo avançado
heurístico altamente percuciente das transforma- ou tardio. A produção cultural foi assimilada pela
ções societárias contemporâneas. Surpreendendo produção de mercadorias em geral, na qual a ino-
aos obituaristas ideológicos de plantão, o marxismo vação e a experimentação estéticas passaram a ter
mostrou que ainda é capaz de propiciar, a despeito uma função estrutural essencial diante da necessi-
das inelutáveis tendências fragmentadoras do capi- dade frenética de produzir uma infinidade de no-
talismo tardio, uma análise teórica abrangente das vos bens com uma aparência cada vez mais nova. A
mudanças socioculturais que dominaram o cenário cultura, mais do que nunca, passou a ser uma esfera
mundial nas duas últimas décadas, ao mesmo tem- central do processo de reprodução social, invadin-
po em que municia as armas da crítica política e cul- do e recobrindo todos os espaços da sociabilidade.
tural da ordem capitalista triunfante. Tal é o que se Na condição pós-moderna, houve a transformação
pode depreender da produção teórica de intelectuais da cultura em economia e da economia em cultu-
marxistas3 como o crítico norte-americano Jameson ra. As antigas fronteiras existentes entre a produção
(1996), cuja intervenção no debate internacional econômica e a vida cultural desapareceram (EVAN-
GELISTA, 2001a).
3 Cabe registrar a contribuição de outros autores para a crítica A expansão do capital não somente “atingiu”
do pós-modernismo, em particular ver os lúcidos argumentos
de Callinicos (1995) quanto à avaliação hiperbólica dos traços
a dimensão cultural, mas as imagens, as represen-
definidores da contemporaneidade e ao contexto de decadên- tações e as formas culturais se tornaram uma área
cia ideológica experimentados pelos próceres da contracultura e de atuação fundamental do mercado capitalista. Os
dos movimentos de contestação do final dos anos 1960.
Cronos, Natal-RN, v. 7, n. 2, p. 271-281, jul./dez. 2006
7. Teoria social e pós-modernismo: a resposta do marxismo aos enigmas teóricos contemporâneos
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componentes da esfera cultural foram convertidos perspectiva de crítica radical e de transformação da
plenamente em mercadorias. Com a expansão das ordem societária (JAMESON, 1996; EVANGELIS-
novas tecnologias informacionais, a produção e a TA, 2001a).
circulação de informação passaram a ser uma das Por sua vez, Harvey (1992) encara as mudan-
mercadorias mais importantes no capitalismo tardio ças culturais contemporâneas como o resultado de
ou multinacional. Assim, os conflitos e as contradi- um complexo processo de transformações na estru-
ções, antes relacionados principalmente à produção turação das sociedades capitalistas. As crises cícli-
material, espalham-se e invadem também a produ- cas do modo de produção capitalista desencadeiam
ção cultural. E tudo isso se faz acompanhar de uma revoluções científico-tecnológicas que ensejam mo-
profunda mudança nos hábitos e atitudes de con- dificações fundamentais no sistema produtivo e per-
sumo e nas relações intersubjetivas que ocorrem no mitem a retomada em novas bases da acumulação
mundo cotidiano (JAMESON, 1996; EVANGELIS- de capital. A incorporação dessas inovações tecnoló-
TA, 2001a). gicas ao sistema de produção de mercadorias acar-
Jameson (1996) define alguns traços constitu- reta uma redução do tempo de rotação do capital e
tivos que são peculiares à cultura pós-moderna. O a necessidade de expansão geográfica da lógica ca-
pós-modernismo inaugura uma nova superficiali- pitalista. Disso resulta a compressão na relação es-
dade, na qual o mundo objetivo é convertido em paço-tempo, proveniente da simultânea aceleração
um conjunto de textos e simulacros e as coisas são do tempo e redução do espaço nas novas condições
reduzidas à imagem de suas superfícies externas. criadas pela reestruturação sistêmica do capitalismo.
Há, também, um enfraquecimento da historici- Surgem, então, novas formas de sensibilidade e de
dade, em que o passado é tomado como uma vasta representação do mundo que incidem diretamente
coleção de imagens aleatórias, que são combinadas sobre a cultura e as múltiplas formas de consciên-
de múltiplas formas a partir do presente. Essa pre- cia social, com o esgotamento de cânones até então
sentificação do passado e do futuro funda um discur- estabelecidos e a transição para novas modalidades
so “esquizofrênico” sobre a história. Assim, não por de racionalidade e novos padrões artístico-culturais
acaso, no pós-modernismo, as categorias espaciais e ideológicos. Essas são as matrizes a partir das quais
substituem as categorias temporais, cuja dominân- pode ser pensada criticamente a modernidade e a
cia são uma das maiores características do moder- atual condição pós-moderna.
nismo. Surge, também, uma nova experiência do As ambigüidades características do pós-mo-
espaço, em que a configuração de um hiperespaço, dernismo derivam, em larga medida, da semelhan-
com a constituição de redes mundiais de comuni- ça com que reproduz o movimento social da forma
cação, possibilitadas pela descoberta e difusão das mercadoria. A lógica mercantil é “transgressiva,
novas tecnologias informacionais, transcende a an- promíscua, polimorfa” em sua “paixão niveladora”
terior capacidade de localização pelo indivíduo e tor- pela troca entre mercadorias. A forma mercadoria
nam evidentes as dificuldades de representação do “continuamente nivela e iguala identidades para po-
real pelas atuais categorias mentais. Isso terá como der permutá-las de novos fantasticamente novos”.
rebatimento estético, o desaparecimento do sujeito A forma mercadoria tende a destruir as identida-
como produtor artístico-cultural autêntico e origi- des distintivas, pois “transforma a realidade social
nal e o fim da busca por um estilo pessoal. Emer- numa selva de espelhos, cada objeto contemplando
ge, enfim, uma nova sensibilidade, marcada pela especularmente no outro a essência abstrata de si
intensidade emocional, que celebra o advento do mesmo”. Com indiferença olímpica, são esmaecidas
pastiche – colagem de estilos passados – como nova as divisões de classe, sexo, raça, alto e baixo, passado
solução estética descompromissada com qualquer e presente. A mercadoria “aparece como uma força
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anárquica e iconoclasta, que zomba das classifica- [espírito do tempo] correspondente à chamada glo-
ções obsessivas da cultura tradicional, mesmo que balização. O pós-modernismo opera como uma in-
[...] dependa delas para assegurar condições estáveis terface cultural que possui uma afinidade estrutural
para suas próprias operações” (EAGLETON, 1993, com a hegemonia neoliberal na economia e na polí-
p. 270). tica do capitalismo mundializado (EVANGELISTA,
Para Eagleton, um dos traços mais marcantes 2001b; HARVEY, 1993).
das sociedades capitalistas avançadas estaria no fato
de serem “tanto libertárias como autoritárias, tanto CONCLUSÃO
hedonistas como repressoras, tanto múltiplas como A análise das transformações sistêmicas ocor-
monolíticas”. A lógica do mercado e do consumismo ridas nas sociedades contemporâneas exige uma
necessita “de prazer e pluralidade, do efêmero e des- abordagem analítica que vá além das aparências
contínuo, de uma grande rede descentrada de desejo imediatas. A magnitude das mudanças societárias,
da qual os indivíduos surgem como meros reflexos expressas nos múltiplos fenômenos emergentes já
passageiros” (EAGLETON, 1998, p.127-128). Não referidos, não caracterizam, contudo, uma ruptura
pode prescindir da coexistência de duas formas dis- histórica radical com a modernidade capitalista e a
tintas de subjetivação. De um lado, o sujeito centra- instauração de uma nova lógica de estruturação e
do e autônomo significa uma necessidade ideológica reprodução social. Essas mudanças sociais, que se
em termos éticos, jurídicos e políticos na cultura tra- desdobram nos interstícios da cotidianidade con-
dicional, representando o “ideal oficial do sistema”. temporânea, são o resultado da generalização e do
Por outro, o império da mídia e dos shoppings centers aprofundamento da lógica de produção de merca-
criam um modo de vida baseado na pluralidade, no dorias e de acumulação de capital que adquiriu uma
desejo, na fragmentação. A vigência do capitalismo inédita dimensão mundializada. A reestruturação
tardio supõe a proliferação de um sujeito pós-mo- produtiva e o padrão flexível de acumulação capi-
derno, constituído como uma “rede difusa de laços talista encontraram sua mimese superestrutural no
libidinais passageiros”, dotado de uma subjetivida- pós-modernismo e no neoliberalismo. Essas rede-
de fugidia e polissêmica o suficiente para atender finições estruturais são os elementos constitutivos
aos chamamentos do hedonismo e do consumo (EA- de um novo bloco histórico mundial (GRAMSCI,
GLETON, 1993, p. 272). 2000), com implicações na economia, na política e
O reconhecimento da mediação necessária do na cultura das sociedades contemporâneas.
mercado é o ponto de convergência mais evidente No capitalismo contemporâneo, a cultura é
entre o pós-modernismo e outras modalidades do submetida plenamente ao movimento do capital e
pensamento conservador contemporâneo. Suas rela- à reprodução capitalista, constituindo-se em lugar
ções não são fortuitas. O pós-modernismo mantém estratégico de expansão da produção de mercadorias
uma relação ontológica com o mercado, constituin- e de acumulação capitalista, com a hipostasia das
do uma forma de consciência social que lhe é perfei- repercussões do fenômeno da reificação, que tam-
tamente funcional. Corresponde à lógica cultural do bém ocupa a esfera da cultura e generaliza os seus
sistema capitalista contemporâneo cuja objetivação efeitos sobre os signos e as imagens que se objetivam
assumiu as feições de uma rede mundialmente des- na nossa vida cotidiana. O pós-modernismo, assim,
centrada e fragmentada que dificulta a sua adequa- não pode ser adequadamente analisado se aborda-
da representação mental. A aceitação celebratória do como simples epifenômeno passageiro ou como
da lógica do mercado e dos seus efeitos sociocultu- mero modismo intelectual com farta difusão midiá-
rais indica que o pós-modernismo e o neoliberalismo tica. O pós-modernismo, nunca é demais reafirmar,
são componentes importantes do mesmo Zeitgeist
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9. Teoria social e pós-modernismo: a resposta do marxismo aos enigmas teóricos contemporâneos
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exprime a lógica cultural adquirida pelo capitalismo A postura celebratória e/ou apologética do ad-
contemporâneo (JAMESON, 1996). vento da pós-modernidade apenas torna-se possí-
O pós-modernismo é a expressão cultural de vel se forem ignorados os fenômenos sociais, com
uma nova sensibilidade que produziu uma nova suas respectivas categorias intelectivas, derivados
agenda intelectual, que não pode ser ignorada. O e distintivos do sistema capitalista de produção de
moderno pensamento crítico-radical tematizou e mercadorias, tais como a valorização do capital, a
denunciou muitas formas de dominação e de explo- exploração capitalista do trabalho, a reprodução ca-
ração trazidas com o desenvolvimento da sociedade pitalista ampliada, o fetichismo da mercadoria e rei-
capitalista. Todavia, o pós-modernismo, apesar de ficação. Essa é a condição para não compreender e
todos os impasses políticos e ideológicos derivados decifrar a cultura e a sociabilidade contemporânea,
de sua transgressão de caráter conformista, pode ser em que efetivamente ocorre a inversão nas relações
um excelente ponto de partida para se pensar os li- e nas conexões entre o signo e o referente e entre o
mites e as insuficiências do pensamento tradicional significante e o significado, produzindo a autono-
da esquerda socialista e revolucionária. Os proble- mização dos signos e, posteriormente, dos signifi-
mas relacionados às diferenças e/ou aos modos de cantes. Só assim a realidade pode ser subsumida à
opressão de gênero, sexo e raça, além das questões imagem, que aparentemente assume o estatuto de
ambientais, não podem mais ser ignorados. Essas elemento fundante de todo o real. Tal prestidigi-
novas problemáticas podem e devem ser incorpora- tação intelectual explica a representação teórica da
das à crítica da exploração e da dominação capita- vida social, da cultura e da política como um mun-
lista, propiciando uma oportunidade histórica para do governado por simulacros que instauram a pura
catalizar e impulsionar as novas formas de contes- especularidade e espectralidade (BAUDRILLARD,
tação e protesto social numa perspectiva emancipa- 1996; HARVEY, 1992).
tória e igualitária (EAGLETON, 1998; WOOD; O confronto teórico com o pensamento pós-
FOSTER, 1999; WOOD, 2003). moderno propiciou ao marxismo pensar a realidade
A fragmentação, a efemeridade e a indeter- contemporânea a partir de uma perspectiva inte-
minação, propostas e/ou aceitas como premissas lectual que combina a análise crítica da cultura e
teóricas pelo pensamento pós-moderno, são a ma- a crítica da economia política. Para refletir sobre a
nifestação fenomênica da aparência necessária do ser desafiadora centralidade da cultura nas sociedades
social do capitalismo mundializado contemporâneo. capitalistas desenvolvidas e no sistema capitalista
Com a mundialização do capitalismo, a forma mer- globalizado, foi imprescindível a recuperação inova-
cadoria e a lógica capitalista ganharam uma univer- dora das idéias formuladas por Marx que rompes-
salidade nunca vista. Esse desenvolvimento recente se com o reducionismo e com o economicismo. As
do capitalismo contemporâneo acarreta a radicaliza- novas problemáticas que emergiram socialmente
ção dos efeitos da reificação sobre as relações sociais fizeram despertar o interesse por autores marxis-
entre os seres humanos, nas suas instituições sociais tas, como Lukács e Gramsci, que sempre fizeram
e nas suas experiências cotidianas, com óbvias impli- da cultura uma temática fundamental no conjun-
cações e conseqüências em suas formas de represen- to das suas principais preocupações teóricas e polí-
tação social. Assim, a compreensão da natureza dos ticas. Esses rearranjos societários estão também na
fenômenos socioculturais contemporâneos não pode origem da revitalização do prestígio dos mais desta-
prescindir do aporte marxista que reitera uma angu- cados intelectuais da chamada Escola de Frankfurt,
lação teórica assentada na ontologia materialista do como Adorno, Horkheimer e Marcuse, que tiveram
ser social e na perspectiva da totalidade (LUKÁCS, nas idéias marxianas uma das suas motivações semi-
1974; KOSIK, 1976; EVANGELISTA, 2002).
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10. João Emanuel Evangelista
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nais para a renovação teórica do pensamento crítico EVANGELISTA, João E. Política e cultura pós-moderna:
ocidental. um estudo dos cadernos culturais do Jornal Folha de São Paulo.
Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – Universidade
Numa angulação teórica similar, as reflexões
de São Paulo. Programa de Pós-Graduação da Escola de
de autores marxistas contemporâneas, tais como, Comunicações e Artes, São Paulo, 2000.
dentre outros, Jameson, Harvey, Eagleton e Wood,
devolveram ao marxismo a condição de fonte inspi- ______. Elementos para uma Crítica da Cultura Pós-moderna.
radora, entre vertentes políticas e ideológicas diver- Revista Novos Rumos, São Paulo, ano 15, n. 34, 2001.
sas, para as forças sociais e políticas empenhadas na
______. Neoliberalismo e pós-modernismo: algumas rela-
luta contra a exploração capitalista e pela emancipa- ções nem sempre óbvias. In: GICO, Vania de Vasconcelos;
ção humana. Apesar de ainda vivermos sob os efeitos LINDOSO, José Antonio Spinelli; COSTA SOBRINHO,
da última longa hegemonia conservadora, o marxis- Pedro Vicente (Org.). As ciências sociais: desafios do milê-
mo apresenta-se como um incontornável e necessá- nio. Natal: EDUFRN, 2001. p. 718-733.
rio ponto de partida para a realização de uma crítica
FEATHERSTONE, Mike. Para uma sociologia da cultura pós-
teórica da cultura pós-moderna e da emergência da
moderna. Revista Brasileira de Ciências Sociais, ano 9, n.
“pós-modernidade” nas sociedades contemporâneas, 25, p.12, jun. 1994.
recuperando sua potencialidade heurística de expli-
car criticamente e propor caminhos de superação HARVEY, David. A condição pós-moderna: uma pesqui-
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