O documento descreve as principais características dos platelmintos, incluindo que possuem corpo achatado e alongado, existem espécies parasitas e de vida livre, e apresentam sistemas como nervoso, digestivo e reprodutor. Também aborda doenças causadas por platelmintos como esquistossomose e teníase.
2. O filo Platyhelminthes (do grego: platús =
chato; hélmins = verme) reúne animais
invertebrados com corpo alongado e
achatado. Ocorrem nos mares, na água doce e
em ambientes terrestres úmidos e são chamados
vulgarmente de planárias.
Dentre os platelmintos existem espécies de
vida livre, predadoras ou que se alimentam de
animais mortos. Há também espécies
parasitas de outros animais, inclusive do ser
humano.
3. Sistema Nervoso: presente. Apresentam um par
de glândulas vegetais ligados a dois cordões
nervosos longitudinais.
Sistema Digestório: incompleto com digestão
intra e extracelular (intestino muito ramificado).
Sistema Reprodutor: certas planárias têm
reprodução assexuada por fragmentação. Algumas
espécies são monoicas, com desenvolvimento
direto, sem estágio larval; e
outras são dioicas, com diversos
platelmintos parasitas
possuindo estágios larvais.
4. Sistema Excretor: presente, existindo uma
rede de protonefrídeos com células-flama ou
solenócitos, comunicantes através de poros
excretores na superfície dorsal do corpo,
eliminando os rejeitos.
Sistema Sensorial: presente. Órgão
especializado na captação de estímulos
luminosos, mecânicos e químicos, denominado
ocelos.
Sistema Circulatório: ausente, sendo o
alimento distribuído pelo intestino ramificado a
todas as células do corpo.
Sistema Respiratório: ausente. As trocas
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6. Classe Turbellaria (turbelários / planárias):
composta por organismos de vida livre e
hermafroditas, cuja autofecundação normalmente é
rara. Durante a cópula os animais pareiam seus
poros genitais e trocam células espermáticas que
irão fecundar cada óvulo, formando vários zigotos.
Uma cápsula é
então sintetizada ao redor de
cada zigoto, conferindo-lhes
proteção, para que desse
momento em diante possam
ser depositados junto ao
substrato onde habitam.
7. As planárias
também podem se
reproduzir
assexuadamente por
fissão transversal,
além de
apresentarem grande
poder de
regeneração. Se o
corpo de uma
planária for cortado,
ela regenera a parte
perdida.
8. Classe Trematoda (trematódeos / Schistossoma):
podem ser tanto endoparasitas como ectoparasitas,
com ventosas circundando a boca e outra na região
ventral, utilizadas na fixação do parasita ao hospedeiro.
Existem espécies hermafroditas (Fasciola hepatica,
parasitas do fígado de carneiro e também humano) e
espécies de sexos separados (Schistosoma mansoni,
parasitas de vasos intestinais e veias do fígado humano).
9. Classe Cestoda (cestoides): são parasitas
intestinais de animais vertebrados,
representados principalmente pelas tênias.
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11. A esquistossomose ou barriga d’água é uma doença muito
comum no Brasil, causada pela infestação de vermes platelmintos
trematódeos do gênero Schistosoma, parasitando as veias do
fígado e intestino no ser humano. O ciclo de vida deste
invertebrado passa por dois hospedeiros: um intermediário e o
outro definitivo.
Inicialmente o ovo contido nas fezes de uma pessoa contamina,
depositado em ambientes aquáticos, se transforma em uma larva
aquática ciliada denominada miracídio. Essa se instala
temporariamente em um tipo específico de caramujo planorbídeo
(gênero Biomphalaria), modificando-se em uma larva chamada de
cercária.
As cercárias penetram ativamente através da epiderme, quando
as pessoas (principalmente os ribeirinhos) usufruem de cursos
d’água contaminados. Após a penetração, as larvas atingem a
corrente sanguínea, por onde são transportadas até o intestino e
fígado, fixando-se aí por meio de ventosas, e reproduzindo-se
sexuadamente.
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13. SINTOMAS
Na fase aguda: coceiras, dermatites, febre, tosse,
diarreia, enjôos, vômitos e emagrecimento.
Na fase crônica: diarréia, aumento do fígado
(hepatomegalia), aumento do baço (esplenomegalia),
hemorragias, abdômen com aspecto dilatado.
MEDIDAS PROFILÁTICAS
Evitar tomar banhos em locais desconhecidos, lagos e
córregos de regiões com histórico evidente, onde seja
comprovado o grande número de casos da doença;
Promover o controle da população de caramujos
planorbídeos;
Tratar os doentes e fornecer saneamento básico,
garantindo condições básicas de higiene
14. A teníase é uma doença causada pela fase adulta de
um verme chamado tênia (Taenia solium e Taenia
saginata) quando esta se aloja no intestino humano
através da ingestão de derivados de porco e boi mal
cozidos que contenham cistos do verme. Estes cistos
formam a popular solitária que pode chegar a três
metros de comprimento dentro do organismo humano.
Seu corpo é formado por anéis e
estes podem armazenar até
80.000 ovos cada um. Os
ovos liberados pelas fezes
contaminam o solo e a água
que transmite aos animais e
esses passam para o homem.
15. Sintomas: A verminose por muitas vezes não se
manifesta, porém pode apresentar alterações do apetite,
diarreia, enjôo, insônia, perda de peso, irritação, dor
abdominal, fadiga e fraqueza.
Tratamento: O tratamento consiste na ingestão de um
anti-helmíntico associado ou não a vermicidas. Para o
tratamento caseiro utiliza-se até hoje o chá de sementes
de abóbora.
Prevenção: Para prevenir esta verminose é
importante que se lave bem as mãos ao utilizar o
banheiro, ao preparar carnes, ao preparar as carnes e
congelá-las (-15º por 3 dias) antes do consumo para que
se por acaso houver o verme nesta, ele possa ser
morto.
16. A espécie Taenia solium pode causar outra
parasitose no ser humano, chamada
cisticercose, doença grave, de difícil cura e, em
alguns casos, fatal.
É adquirida através da ingestão de alimentos e
água contaminados com os ovos do verme. O
único hospedeiro definitivo da Taenia é o ser
humano. No intestino os ovos do verme são
transformados em larvas, podendo se descolar
para várias partes do corpo como músculos,
cérebro, pulmões, olhos e coração. Pode
ocasionar convulsões, distúrbios mentais e
cegueira.
17. A tênia se instala no intestino delgado após três meses
de infecção, onde começa a soltar anéis com ovos. Cada
anel tem de 40 a 80 mil ovos. Os anéis são eliminados
com as fezes ou rompidos no intestino, onde podem
permanecer vivos por até 300 dias, dependendo do
organismo. Os hospedeiros intermediários são suínos,
coelhos, lebres, gatos, cães, carneiros e bovinos.
18. Os sintomas iniciais são dores de cabeça, convulsões,
vômitos. O período de incubação da doença pode variar
de 15 dias a muitos anos após a infecção.
O diagnóstico é obtido através da observação dos ovos
em amostras fecais, realizada em microscópio óptico,
análise de amostra de líquido cefalorraquiano, por
tomografia computadorizada e ressonância magnética. Os
medicamentos utilizados são os corticoides e o
praziquantel.
Os cuidados higiênicos são importantes para evitar a
transmissão da doença, como usar água filtrada ou
fervida, lavar bem as verduras, lavar as mãos antes das
refeições.