3. HETERÔNIMO
“Outro nome, de pessoa imaginária, a quem um
escritor atribui a autoria de certas obras suas,
obras com características e tendências próprias,
diversas das do autor verdadeiro: os
heterônimos de Fernando Pessoa”.
(dicionário online de português)
4. A QUESTÃO DOS HETERÔNIMOS
• Os heterônimos de Fernando Pessoa são uma
questão importante no estudo de sua obra.
• A bipolaridade de Camões e Antero de Quental
precede Pessoa.
• O diferencial de Fernando Pessoa “é a
multiplicação de personalidade” (MOISÉS,p.83)
5. “Cada heterônimo é uma entidade
autônoma, com caráter próprio,
vida própria, e uma visão pessoal
do mundo, não obstante se
completarem entre si e mais o seu
criador, numa unidade na
diversidade”(MOISÉS,p. 84)
6. HIPÓTESES SOBRE A GÊNESE DOS
HETERÔNIMOS
A carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro
Histeroneurastênico
“ o poeta é um fingidor”(MOISÉS, p.85)
7.
8. OUTRAS HIPÓTESES...
João Gaspar Simões
Causas sexuais( homossexualismo)
Eduardo Lourenço
Causas Psicanalíticas (Ausência do Pai)
9. Principais Heterônimos de Fernando
Pessoa
• Alberto Caeiro (filosófico)
• Ricardo Reis (Clássico)
• Álvaro de Campos (Futurista)
10. “ limitando-nos a essas duas interpretações
do fenômeno dos heterônimos, podemos
assentar que não convence o reduzir a
imensa complexidade psicológica e poética
de Pessoa a um jogo de inconsciente
frustrado e desvios de natureza sexual”.
(MOISÉS, P. 90)
11. • A modernidade de Fernando Pessoa.
• Crise de valores.
• Ausência de Deus.
12. • “ A obra pessoana inscreve-se, assim no
perímetro do conhecimento. Não No
sentido geral, apenas, segundo o qual
todo texto literário guarda uma forma de
acesso à realidade a ao saber, tão valida
quanto as outras, incluindo as ciências
exatas”.( MOISÉS, P.92)
13. • “ É dessa incomum faculdade que Pessoa
tem de mudar o ângulo de análise e
assumir novas perspectivas dialéticas, que
brotam os heterônimos”. ( MOISÉS, p.93)
14. • “ Enfim, era preciso ser todos sem deixar
de ser o que se é, e ao mesmo tempo ser
todos como se se deixasse de ser o que se
é. Ser Alberto Caeiro, Álvaro de Campos,
Ricardo Reis, Bernardo Soares e outros,
sem deixar de ser Fernando
Pessoa.(MOISÉS, p. 94)
15. • “Pessoa criou os heterônimos para se livremente,
autorizadamente, contraditório. Mas assim,
inventando-se outros, que extraía do próprio
“eu”, deixava de ser contraditório, uma vez que
não é contraditório o fato de cada heterônimo
pensar por conta própria, diferentemente dos
outros, como se fossem personalidades vivas e
autônomas”.(MOISÉS, P.95)
17. “Redundante, sem dúvida, mas
sempre novo, portanto sua
obra/personalidade é um
caleidoscópio que nos obriga a
mudar sempre o ângulo de visão se
desejamos abarcar algumas de suas
facetas e reverberações”.
(MOISÉS,p.97)
18. “Ao multiplicar-se em heterônimos, pessoa
brinca, é claro, mas brinca com contensão
grave, messiânica, que punha no seu
literário:
“Gato que brincas na rua,
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama”.
( MOISÉS, p. 99)
19. “ Portanto, menos do que copiar ou
adaptar, como tinha sido vezo no
curso dos séculos, impunha-se criar
algo novo, ainda que equivalente á
onda de modernidade que
repassava na Europa”.
(MOISÉS, p. 101)
20. “Era, como se vê, uma quadra de
grandes descobertas,uma espécie de
nova Renascença”.(MOISÉS, p. 102)
21. Heterônimos e arquétipos constituem
ideias permutáveis:
Os heterônimos são projeções arquetípicas
do inconsciente(coletivo) de Pessoa;(MOISÉS,
P. 104)
Os arquétipos podem ser considerados
heterônimos, imagens coletivas/ “pessoas”
que falam de um “outro” no inconsciente de
cada um. ;(MOISÉS, P. 105)
22. “Os heterônimos podem ser entendidos como
produto de uma fantasia fáustica: por meio deles,
Pessoa se habilitava a um conhecimento infinito do
Universo, em troca da despersonalização, desse
modo pagando com a própria alma o sabor
demoníaco que lhe facultaria o desenvolvimento em
mil seres, prototipificados nos heterônimos.”
(MOISÉS,p.106)
23. Conclusão
• Massaud Moisés argumenta que há uma lógica
por trás dos heterônimos. Entretanto, o autor
afirma que, se analisamos sua esquizofrenia
como divisão intelectual, entenderemos por que
a loucura jamais o dominaria: “sua
multiplicação se realiza entre seres como se
fosse entre ideias, conceitos, visões de mundo.”
Essa é a argumentação feita pelo autor no
capítulo específico sobre os heterônimos.
24. Referências
• MOISÉS, Massaud. Fernando Pessoa: o espelho e a esfinge. São
Paulo, Cultrix, EDUSP, 1988.
• http://www.insite.com.br/ Acesso em 20/06/2014
• http://www.brasilescola.com/ Acesso em 20/06/2014
• kdfrases.com Acesso em 25/06/2014
• http://lagash.blogs.sapo.pt Acesso em 25/06/2014
• http://www.dicio.com.br/ 25/06/2014