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Estudo da Literatura Portuguesa
do
Modernismo as Tendências
Contemporâneas
A QUESTÃO DOS HETERÔNIMOS
HETERÔNIMO
“Outro nome, de pessoa imaginária, a quem um
escritor atribui a autoria de certas obras suas,
obras com características e tendências próprias,
diversas das do autor verdadeiro: os
heterônimos de Fernando Pessoa”.
(dicionário online de português)
A QUESTÃO DOS HETERÔNIMOS
• Os heterônimos de Fernando Pessoa são uma
questão importante no estudo de sua obra.
• A bipolaridade de Camões e Antero de Quental
precede Pessoa.
• O diferencial de Fernando Pessoa “é a
multiplicação de personalidade” (MOISÉS,p.83)
“Cada heterônimo é uma entidade
autônoma, com caráter próprio,
vida própria, e uma visão pessoal
do mundo, não obstante se
completarem entre si e mais o seu
criador, numa unidade na
diversidade”(MOISÉS,p. 84)
HIPÓTESES SOBRE A GÊNESE DOS
HETERÔNIMOS
A carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro
Histeroneurastênico
“ o poeta é um fingidor”(MOISÉS, p.85)
OUTRAS HIPÓTESES...
João Gaspar Simões
Causas sexuais( homossexualismo)
Eduardo Lourenço
Causas Psicanalíticas (Ausência do Pai)
Principais Heterônimos de Fernando
Pessoa
• Alberto Caeiro (filosófico)
• Ricardo Reis (Clássico)
• Álvaro de Campos (Futurista)
“ limitando-nos a essas duas interpretações
do fenômeno dos heterônimos, podemos
assentar que não convence o reduzir a
imensa complexidade psicológica e poética
de Pessoa a um jogo de inconsciente
frustrado e desvios de natureza sexual”.
(MOISÉS, P. 90)
• A modernidade de Fernando Pessoa.
• Crise de valores.
• Ausência de Deus.
• “ A obra pessoana inscreve-se, assim no
perímetro do conhecimento. Não No
sentido geral, apenas, segundo o qual
todo texto literário guarda uma forma de
acesso à realidade a ao saber, tão valida
quanto as outras, incluindo as ciências
exatas”.( MOISÉS, P.92)
• “ É dessa incomum faculdade que Pessoa
tem de mudar o ângulo de análise e
assumir novas perspectivas dialéticas, que
brotam os heterônimos”. ( MOISÉS, p.93)
• “ Enfim, era preciso ser todos sem deixar
de ser o que se é, e ao mesmo tempo ser
todos como se se deixasse de ser o que se
é. Ser Alberto Caeiro, Álvaro de Campos,
Ricardo Reis, Bernardo Soares e outros,
sem deixar de ser Fernando
Pessoa.(MOISÉS, p. 94)
• “Pessoa criou os heterônimos para se livremente,
autorizadamente, contraditório. Mas assim,
inventando-se outros, que extraía do próprio
“eu”, deixava de ser contraditório, uma vez que
não é contraditório o fato de cada heterônimo
pensar por conta própria, diferentemente dos
outros, como se fossem personalidades vivas e
autônomas”.(MOISÉS, P.95)
Ainda a questão dos heterônimos
“Redundante, sem dúvida, mas
sempre novo, portanto sua
obra/personalidade é um
caleidoscópio que nos obriga a
mudar sempre o ângulo de visão se
desejamos abarcar algumas de suas
facetas e reverberações”.
(MOISÉS,p.97)
“Ao multiplicar-se em heterônimos, pessoa
brinca, é claro, mas brinca com contensão
grave, messiânica, que punha no seu
literário:
“Gato que brincas na rua,
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama”.
( MOISÉS, p. 99)
“ Portanto, menos do que copiar ou
adaptar, como tinha sido vezo no
curso dos séculos, impunha-se criar
algo novo, ainda que equivalente á
onda de modernidade que
repassava na Europa”.
(MOISÉS, p. 101)
“Era, como se vê, uma quadra de
grandes descobertas,uma espécie de
nova Renascença”.(MOISÉS, p. 102)
Heterônimos e arquétipos constituem
ideias permutáveis:
 Os heterônimos são projeções arquetípicas
do inconsciente(coletivo) de Pessoa;(MOISÉS,
P. 104)
 Os arquétipos podem ser considerados
heterônimos, imagens coletivas/ “pessoas”
que falam de um “outro” no inconsciente de
cada um. ;(MOISÉS, P. 105)
“Os heterônimos podem ser entendidos como
produto de uma fantasia fáustica: por meio deles,
Pessoa se habilitava a um conhecimento infinito do
Universo, em troca da despersonalização, desse
modo pagando com a própria alma o sabor
demoníaco que lhe facultaria o desenvolvimento em
mil seres, prototipificados nos heterônimos.”
(MOISÉS,p.106)
Conclusão
• Massaud Moisés argumenta que há uma lógica
por trás dos heterônimos. Entretanto, o autor
afirma que, se analisamos sua esquizofrenia
como divisão intelectual, entenderemos por que
a loucura jamais o dominaria: “sua
multiplicação se realiza entre seres como se
fosse entre ideias, conceitos, visões de mundo.”
Essa é a argumentação feita pelo autor no
capítulo específico sobre os heterônimos.
Referências
• MOISÉS, Massaud. Fernando Pessoa: o espelho e a esfinge. São
Paulo, Cultrix, EDUSP, 1988.
• http://www.insite.com.br/ Acesso em 20/06/2014
• http://www.brasilescola.com/ Acesso em 20/06/2014
• kdfrases.com Acesso em 25/06/2014
• http://lagash.blogs.sapo.pt Acesso em 25/06/2014
• http://www.dicio.com.br/ 25/06/2014

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Os Heterônimos de Fernando Pessoa

  • 1. Estudo da Literatura Portuguesa do Modernismo as Tendências Contemporâneas
  • 2. A QUESTÃO DOS HETERÔNIMOS
  • 3. HETERÔNIMO “Outro nome, de pessoa imaginária, a quem um escritor atribui a autoria de certas obras suas, obras com características e tendências próprias, diversas das do autor verdadeiro: os heterônimos de Fernando Pessoa”. (dicionário online de português)
  • 4. A QUESTÃO DOS HETERÔNIMOS • Os heterônimos de Fernando Pessoa são uma questão importante no estudo de sua obra. • A bipolaridade de Camões e Antero de Quental precede Pessoa. • O diferencial de Fernando Pessoa “é a multiplicação de personalidade” (MOISÉS,p.83)
  • 5. “Cada heterônimo é uma entidade autônoma, com caráter próprio, vida própria, e uma visão pessoal do mundo, não obstante se completarem entre si e mais o seu criador, numa unidade na diversidade”(MOISÉS,p. 84)
  • 6. HIPÓTESES SOBRE A GÊNESE DOS HETERÔNIMOS A carta de Fernando Pessoa a Adolfo Casais Monteiro Histeroneurastênico “ o poeta é um fingidor”(MOISÉS, p.85)
  • 7.
  • 8. OUTRAS HIPÓTESES... João Gaspar Simões Causas sexuais( homossexualismo) Eduardo Lourenço Causas Psicanalíticas (Ausência do Pai)
  • 9. Principais Heterônimos de Fernando Pessoa • Alberto Caeiro (filosófico) • Ricardo Reis (Clássico) • Álvaro de Campos (Futurista)
  • 10. “ limitando-nos a essas duas interpretações do fenômeno dos heterônimos, podemos assentar que não convence o reduzir a imensa complexidade psicológica e poética de Pessoa a um jogo de inconsciente frustrado e desvios de natureza sexual”. (MOISÉS, P. 90)
  • 11. • A modernidade de Fernando Pessoa. • Crise de valores. • Ausência de Deus.
  • 12. • “ A obra pessoana inscreve-se, assim no perímetro do conhecimento. Não No sentido geral, apenas, segundo o qual todo texto literário guarda uma forma de acesso à realidade a ao saber, tão valida quanto as outras, incluindo as ciências exatas”.( MOISÉS, P.92)
  • 13. • “ É dessa incomum faculdade que Pessoa tem de mudar o ângulo de análise e assumir novas perspectivas dialéticas, que brotam os heterônimos”. ( MOISÉS, p.93)
  • 14. • “ Enfim, era preciso ser todos sem deixar de ser o que se é, e ao mesmo tempo ser todos como se se deixasse de ser o que se é. Ser Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Bernardo Soares e outros, sem deixar de ser Fernando Pessoa.(MOISÉS, p. 94)
  • 15. • “Pessoa criou os heterônimos para se livremente, autorizadamente, contraditório. Mas assim, inventando-se outros, que extraía do próprio “eu”, deixava de ser contraditório, uma vez que não é contraditório o fato de cada heterônimo pensar por conta própria, diferentemente dos outros, como se fossem personalidades vivas e autônomas”.(MOISÉS, P.95)
  • 16. Ainda a questão dos heterônimos
  • 17. “Redundante, sem dúvida, mas sempre novo, portanto sua obra/personalidade é um caleidoscópio que nos obriga a mudar sempre o ângulo de visão se desejamos abarcar algumas de suas facetas e reverberações”. (MOISÉS,p.97)
  • 18. “Ao multiplicar-se em heterônimos, pessoa brinca, é claro, mas brinca com contensão grave, messiânica, que punha no seu literário: “Gato que brincas na rua, Como se fosse na cama, Invejo a sorte que é tua Porque nem sorte se chama”. ( MOISÉS, p. 99)
  • 19. “ Portanto, menos do que copiar ou adaptar, como tinha sido vezo no curso dos séculos, impunha-se criar algo novo, ainda que equivalente á onda de modernidade que repassava na Europa”. (MOISÉS, p. 101)
  • 20. “Era, como se vê, uma quadra de grandes descobertas,uma espécie de nova Renascença”.(MOISÉS, p. 102)
  • 21. Heterônimos e arquétipos constituem ideias permutáveis:  Os heterônimos são projeções arquetípicas do inconsciente(coletivo) de Pessoa;(MOISÉS, P. 104)  Os arquétipos podem ser considerados heterônimos, imagens coletivas/ “pessoas” que falam de um “outro” no inconsciente de cada um. ;(MOISÉS, P. 105)
  • 22. “Os heterônimos podem ser entendidos como produto de uma fantasia fáustica: por meio deles, Pessoa se habilitava a um conhecimento infinito do Universo, em troca da despersonalização, desse modo pagando com a própria alma o sabor demoníaco que lhe facultaria o desenvolvimento em mil seres, prototipificados nos heterônimos.” (MOISÉS,p.106)
  • 23. Conclusão • Massaud Moisés argumenta que há uma lógica por trás dos heterônimos. Entretanto, o autor afirma que, se analisamos sua esquizofrenia como divisão intelectual, entenderemos por que a loucura jamais o dominaria: “sua multiplicação se realiza entre seres como se fosse entre ideias, conceitos, visões de mundo.” Essa é a argumentação feita pelo autor no capítulo específico sobre os heterônimos.
  • 24. Referências • MOISÉS, Massaud. Fernando Pessoa: o espelho e a esfinge. São Paulo, Cultrix, EDUSP, 1988. • http://www.insite.com.br/ Acesso em 20/06/2014 • http://www.brasilescola.com/ Acesso em 20/06/2014 • kdfrases.com Acesso em 25/06/2014 • http://lagash.blogs.sapo.pt Acesso em 25/06/2014 • http://www.dicio.com.br/ 25/06/2014