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Introdução
Cada organismo possui um património genético que o torna único: o seu DNA. Esta molécula
biológica é o suporte da informação genética que coordena todas as atividades celulares e é
transmitida a todas as células-filhas. Desta forma, a molécula de DNA (ácido
desoxirribonucleico), pode ser comparada a uma longa escada de corda enrolada em torno de
um eixo imaginário, isto é, formada por uma dupla hélice. As "cordas" das escadas são
formadas pela alternância regular da desoxirribose e de um grupo fosfato. As duas longas fitas
de DNA enrolam-se, estando nucleótidos presentes em ambas as fitas da dupla hélice. Os
"degraus" são formados por um par de bases azotadas, com quatro variantes possíveis (A-T, T-
A, G-C, C-G) que se ligam entre si através de pontes de hidrogénio. Estas bases pertencem a
duas famílias moleculares - a adenina (A) e a guanina (G) são as bases púricas, a citosina (C) e a
timina (T) são bases pirimídicas.
O DNA controla toda as funções possíveis das células e é essencial para a existência da vida,
fornecendo instruções para milhões de processos celulares. E para estudar como estas
instruções chegam às células é necessário isolar o DNA e estudar as suas interações com as
proteínas e com o RNA. Neste trabalho laboratorial tínhamos como objetivo separar o DNA
dos outros constituintes celulares do quivi, de modo a conseguir observar "novelos" de DNA,
que são bem visíveis a olho nu. Com isso ficou-se a conhecer técnicas de extração de DNA das
células e compreender o processo necessário para o fazer.
Procedimento
1. Descascou-se e cortou-se o quivi em pequenos fragmentos e colocou-se no almofariz.
2. Deitou-se o sal e o detergente num gobelé com água destilada, e de seguida agitou-se
suavemente a mistura.
3. Colocou-se a mistura obtida no almofariz e triturou-se.
4. Filtrou-se o produto obtido através de papel de filtro, e depois por algodão hidrófilo.
5. Fez-se escorrer lentamente o álcool refrigerado em quantidade aproximadamente igual à do
filtrado ao longo da parede da proveta. Esperou-se algum tempo e procurou-se observar a
formação de duas fases: a alcoólica (superior) e a aquosa (inferior).
Discussão
Para extrair e visualizar o DNA, são necessários vários componentes - entre eles o sal, o
detergente e o álcool refrigerado - cada um deles utilizado para um fim específico. Também se
utiliza o almofariz e filtra-se com o papel de filtro seguido do algodão hidrófilo, que têm todos
também um papel importante nesta atividade laboratorial.
O almofariz serviu para esmagar o quivi e assim conseguir romper as paredes celulares e as
membranas citoplasmáticas, libertando o conteúdo celular, mas sem conseguir romper os
núcleos celulares (que é onde se localiza o DNA) por serem demasiado pequenos.
O sal é utilizado para ajudar a manter as proteínas dissolvidas no líquido extraído, impedindo
que elas precipitem com o DNA. Este também dá um ambiente favorável ao DNA. O grupo
fosfato, um dos componentes do DNA, apresenta elevado número de cargas negativas, o que
significa que estas cargas têm tendência para se repelirem entre elas. O sal irá contribuir com
iões positivos (Na+) que neutralizam a carga negativa impedindo que haja repulsão elétrica
entre as moléculas de DNA, estabilizando-as, e assim permitindo a sua agregação de modo a
formar filamentos mais espessos e compridos que são visíveis mais facilmente.
O detergente tem como principal função dissolver as gorduras, logo irá também dissolver as
membranas nucleares, que são constituídas pela camada fosfolipídica, tornando-se então
possível obter o DNA (que se encontra no núcleo).
De seguida filtra-se a mistura de quivi, detergente, sal e água destilada com papel de filtro e
algodão hidrófilo, com esta filtração sucessiva é possível separar as paredes celulares e as
membranas citoplasmáticas do restante conteúdo celular, nomeadamente dos núcleos.
Seguido da filtração, foi utilizado o álcool refrigerado, possibilitando assim a separação do
DNA, e desta forma estas moléculas dos filamentos de DNA ascendem para fase alcoólica e
surgem mais próximas da superfície. Isto acontece porque o DNA é menos denso que a água e
que a mistura, e o álcool é menos denso que a água, fazendo assim com que o DNA se mova
lentamente para a superfície, em direção ao álcool, e assim deixando aparecer os pequenos
filamentos. Foi utilizado o álcool refrigerado porque quanto mais gelado o álcool estiver,
menos solúvel vai estar o DNA.
Depois deste processo conseguimos visualizar a olho nu milhões de cadeias de moléculas de
DNA aglomeradas, o que só é possível quando vistas desta maneira, porque moléculas
individuais possuem um tamanho microscópico.
Conclusão
Este trabalho laboratorial teve como objetivo extrair o DNA de um quivi a partir de alguns
processos, que resultaram com sucesso.
Depois de seguir o procedimento experimental, conseguiu-se obter o DNA do quivi num tubo
de ensaio sobre a forma de um "novelo" a olho nu, enquanto estava suspenso em álcool. Com
isto pôde-se concluir que a molécula de DNA é pouco solúvel, pouco densa e que as suas
ligações de pontes de hidrogénio são fracas energeticamente.
No fim da atividade o objetivo principal pretendido foi cumprido, isto é, extrair e visualizar
moléculas de DNA a olho nu, e ficar a conhecer processos para o fazer.

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  • 1. Introdução Cada organismo possui um património genético que o torna único: o seu DNA. Esta molécula biológica é o suporte da informação genética que coordena todas as atividades celulares e é transmitida a todas as células-filhas. Desta forma, a molécula de DNA (ácido desoxirribonucleico), pode ser comparada a uma longa escada de corda enrolada em torno de um eixo imaginário, isto é, formada por uma dupla hélice. As "cordas" das escadas são formadas pela alternância regular da desoxirribose e de um grupo fosfato. As duas longas fitas de DNA enrolam-se, estando nucleótidos presentes em ambas as fitas da dupla hélice. Os "degraus" são formados por um par de bases azotadas, com quatro variantes possíveis (A-T, T- A, G-C, C-G) que se ligam entre si através de pontes de hidrogénio. Estas bases pertencem a duas famílias moleculares - a adenina (A) e a guanina (G) são as bases púricas, a citosina (C) e a timina (T) são bases pirimídicas. O DNA controla toda as funções possíveis das células e é essencial para a existência da vida, fornecendo instruções para milhões de processos celulares. E para estudar como estas instruções chegam às células é necessário isolar o DNA e estudar as suas interações com as proteínas e com o RNA. Neste trabalho laboratorial tínhamos como objetivo separar o DNA dos outros constituintes celulares do quivi, de modo a conseguir observar "novelos" de DNA, que são bem visíveis a olho nu. Com isso ficou-se a conhecer técnicas de extração de DNA das células e compreender o processo necessário para o fazer. Procedimento 1. Descascou-se e cortou-se o quivi em pequenos fragmentos e colocou-se no almofariz. 2. Deitou-se o sal e o detergente num gobelé com água destilada, e de seguida agitou-se suavemente a mistura. 3. Colocou-se a mistura obtida no almofariz e triturou-se. 4. Filtrou-se o produto obtido através de papel de filtro, e depois por algodão hidrófilo. 5. Fez-se escorrer lentamente o álcool refrigerado em quantidade aproximadamente igual à do filtrado ao longo da parede da proveta. Esperou-se algum tempo e procurou-se observar a formação de duas fases: a alcoólica (superior) e a aquosa (inferior). Discussão Para extrair e visualizar o DNA, são necessários vários componentes - entre eles o sal, o detergente e o álcool refrigerado - cada um deles utilizado para um fim específico. Também se utiliza o almofariz e filtra-se com o papel de filtro seguido do algodão hidrófilo, que têm todos também um papel importante nesta atividade laboratorial. O almofariz serviu para esmagar o quivi e assim conseguir romper as paredes celulares e as membranas citoplasmáticas, libertando o conteúdo celular, mas sem conseguir romper os núcleos celulares (que é onde se localiza o DNA) por serem demasiado pequenos. O sal é utilizado para ajudar a manter as proteínas dissolvidas no líquido extraído, impedindo que elas precipitem com o DNA. Este também dá um ambiente favorável ao DNA. O grupo fosfato, um dos componentes do DNA, apresenta elevado número de cargas negativas, o que significa que estas cargas têm tendência para se repelirem entre elas. O sal irá contribuir com iões positivos (Na+) que neutralizam a carga negativa impedindo que haja repulsão elétrica
  • 2. entre as moléculas de DNA, estabilizando-as, e assim permitindo a sua agregação de modo a formar filamentos mais espessos e compridos que são visíveis mais facilmente. O detergente tem como principal função dissolver as gorduras, logo irá também dissolver as membranas nucleares, que são constituídas pela camada fosfolipídica, tornando-se então possível obter o DNA (que se encontra no núcleo). De seguida filtra-se a mistura de quivi, detergente, sal e água destilada com papel de filtro e algodão hidrófilo, com esta filtração sucessiva é possível separar as paredes celulares e as membranas citoplasmáticas do restante conteúdo celular, nomeadamente dos núcleos. Seguido da filtração, foi utilizado o álcool refrigerado, possibilitando assim a separação do DNA, e desta forma estas moléculas dos filamentos de DNA ascendem para fase alcoólica e surgem mais próximas da superfície. Isto acontece porque o DNA é menos denso que a água e que a mistura, e o álcool é menos denso que a água, fazendo assim com que o DNA se mova lentamente para a superfície, em direção ao álcool, e assim deixando aparecer os pequenos filamentos. Foi utilizado o álcool refrigerado porque quanto mais gelado o álcool estiver, menos solúvel vai estar o DNA. Depois deste processo conseguimos visualizar a olho nu milhões de cadeias de moléculas de DNA aglomeradas, o que só é possível quando vistas desta maneira, porque moléculas individuais possuem um tamanho microscópico. Conclusão Este trabalho laboratorial teve como objetivo extrair o DNA de um quivi a partir de alguns processos, que resultaram com sucesso. Depois de seguir o procedimento experimental, conseguiu-se obter o DNA do quivi num tubo de ensaio sobre a forma de um "novelo" a olho nu, enquanto estava suspenso em álcool. Com isto pôde-se concluir que a molécula de DNA é pouco solúvel, pouco densa e que as suas ligações de pontes de hidrogénio são fracas energeticamente. No fim da atividade o objetivo principal pretendido foi cumprido, isto é, extrair e visualizar moléculas de DNA a olho nu, e ficar a conhecer processos para o fazer.