Este documento descreve análises espaciais realizadas sobre o setor do comércio na cidade de Lisboa usando ferramentas SIG. Foram analisadas as variações no retalho e restauração entre 1995-2009, identificados "hot spots" e aplicado kriging. Os resultados mostram perda de densidade no retalho mas ganhos na restauração, com destaque para áreas empresariais e centros comerciais.
Análise espacial do setor do comércio em Lisboa usando SIG
1.
2. Aplicação de ferramentas de
análise espacial e de estatística espacial
Retrato do Sector Estratégico do
Comércio na cidade de Lisboa
Orientador: Prof. José Tenedório (FCSH)
Co-orientador: Prof. Jorge Rocha (IGOT)
Orientador de Estágio: Ana Teresa Tomé (CML)
Elaborado por:
Pedro Dias
3. Nota Introdutória
– No âmbito do estágio curricular, do Mestrado Gestão do Território Detecção Remota e Sistemas de Informação Geográfica, realizado na
Câmara Municipal de Lisboa (CML), Direcção Municipal de Economia
e
Inovação
(DMEI),
elaboraram-se
várias
análises
espaciais
representadas em mapas ilustrativos, com recurso ao software de Sistemas
de Informação Geográfica (SIG) ArcGIS v.10, especificamente a partir das
extensões Spatial Analyst Tools e Spatial Statistics Tools.
– Nesta apresentação são apresentadas as metodologias e análises aplicadas
ao sector estratégico do comércio na cidade de Lisboa de forma a
visualizar qual o retrato deste sector na cidade. Para tal são utilizadas
ferramentas específicas de forma a obter análises também específicas que
são apresentadas seguidamente.
4. Metodologia
– A informação para este trabalho tem por base o recenseamento comercial
dos estabelecimentos de comércio de retalho e restauração e
bebidas, dos anos 1995, 2000 e 2009. Nestes recenseamentos existe
também informação complementar que permite fazer outro tipo de análises
com outra perspectiva, sendo esta o “nº de pessoal ao serviço” e a
“superfície de cliente” / “superfície de exposição de venda”.
– Foi utilizado como suporte de trabalho a aplicação Model Builder, que
permitiu uma melhor organização da informação.
– A Metodologia resume-se em 3 grandes pontos:
• 1º - Modelo físico para a “Variação do Retalho” e “Variação da
Restauração” (Model Builder);
• 2º - Modelo físico da análise de Hot Spot para o Retalho e Restauração
do ano 2009 (Model Builder);
• 3º - Procedimentos da utilização da ferramenta Kriging – Extensão
Geostatistical Analyst.
5. 1º - Modelo físico para a “Variação do Retalho”
e “Variação da Restauração” (Model Builder)
Estabelecimentos de comércio de retalho – Superfície de Exposição de Venda (SV)
Estabelecimentos de comércio de restauração e bebidas – Superfície de Cliente (SC)
6. 2º - Modelo físico da análise de Hot Spot para o
Retalho e Restauração do ano 2009 (Model Builder)
•
Funciona
Cira umanum contexto ondevizinhança.
nova .shp
de
identifica
Um ponto com um estatisticamenagrupamentos espaciaisvalor alto não
significa que é um
te significativos de valoreshot spot
elevados
estatisticamente significativo. Para
(hot spots) e valores baixos (cold
ser um hot spot estatisticamente
spots).
significativo, um ponto tem que ter
um valor alto e ser “rodeado” por
outros pontos com valores também
altos. A soma local para um ponto e os
seus vizinhos é comparada proporcionalmente à soma de todos os
pontos, quando a soma local é muito
diferente da soma local esperada, e
essa
diferença
é
demasiado
grande,
resulta
num
valor
z
estatisticamente significativo.
7. 2º - Modelo físico da análise de Hot Spot para o
Retalho e Restauração do ano 2009 (Model Builder)
8. 2º - Modelo físico da análise de Hot Spot para o
Retalho e Restauração do ano 2009 (Model Builder)
9. 3º - Procedimentos da utilização da
ferramenta Kriging – Extensão Geostatistical Analyst
10. 3º - Procedimentos da utilização da
ferramenta Kriging – Extensão Geostatistical Analyst
11. 3º - Procedimentos da utilização da
ferramenta Kriging – Extensão Geostatistical Analyst
12. 3º - Procedimentos da utilização da
ferramenta Kriging – Extensão Geostatistical Analyst
13. 3º - Procedimentos da utilização da
ferramenta Kriging – Extensão Geostatistical Analyst
14. 3º - Procedimentos da utilização da
ferramenta Kriging – Extensão Geostatistical Analyst
15. 3º - Procedimentos da utilização da
ferramenta Kriging – Extensão Geostatistical Analyst
16. Resultados
1995
2000
2009
Densidade
Retalho
Sup. de Exp.
de Venda
1995
2000
2009
Densidade
Restauração
1995
2000
2009
Densidade
Restauração
Sup. Cliente
Fonte: Elaboração Própria, 2013.
1995
Variação de densidade
2000
2009
Restauração – de Exp. de Venda
Retalho – Sup. Sup. de Cliente
1995Densidade
– 2009
Retalho
17. Resultados
Fonte: Elaboração Própria, 2013.
HotSpot
HotSpot
Retalho 2009
Restauração 2009
Nº dede exposição
Nº de pessoal
Sup. pessoal
Sup. de cliente
ao serviço
ao serviço
de venda
19. Considerações finais
Na análise da variação
considerações finais:
de
densidade
destacam-se
as
seguintes
– Retalho: perda acentuada de densidade do número de estabelecimentos no global da cidade; os ganhos ocorreram em áreas específicas
e, na maior parte dos casos, em centros comerciais (p.ex.: Centro
Comercial Colombo e Vasco da Gama), sobretudo na “superfície de
exposição de venda”;
– Restauração: aumento generalizado das densidades do número de
estabelecimentos, da “superfície de cliente” e do “nº de pessoal ao
serviço”, com destaque para a área "empresarial" (Avenidas
Novas, Campo Pequeno, Parque das Nações), tal como nos centros
comerciais identificados anteriormente; Importa também salientar que o
fecho da Feira Popular de Lisboa, representa a maior perda da cidade
durante o período em análise.
20. Considerações finais
Na análise dos resultados do Hot Spots e do Kriging destacam-se as
seguintes considerações finais:
– Retalho: verifica-se que o El Corte Inglês é um dos grandes
influenciadores de ponto quente, tanto em “nº de pessoal ao serviço”
como “superfície de exposição de venda”, uma vez que se trata de
uma grande superfície com valores elevados que é “rodeada” por um
conjunto de pontos vizinhos também eles elevados. Outra observação, no
que diz respeito ao “nº de pessoal ao serviço” a zona envolvente da
Baixa é considerada como “fria”; por outro lado, no que diz respeito à
“superfície de cliente” a Baixa é considerada como “fria” e a
envolvente já não é.
– Restauração: verifica-se que o contraste entre “quente” e “frio” é
bastante superior em relação ao Retalho, contudo é no “nº de pessoal
ao serviço” em que este é elevado. No “nº de pessoal ao serviço” as
áreas consideradas como “quentes” coincidem com as áreas onde existe
um maior “ganho” de densidade da Restauração, por outro lado as áreas
consideradas como “frias” coincidem com as áreas de “perda”.