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“EU SEI MAS
NÃO DEVIA"
Clarice Lispector
Eu sei que a gente se
acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar
em apartamentos de fundos e a
não ter outra vista que não as
janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se
acostuma a não olhar para
fora.
E porque não olha para fora,
E porque não abre as cortinas
logo se acostuma a acender
cedo a luz.
E a medida que se acostuma,
esquece o sol, esquece o ar,
esquece a amplidão.
A comer sanduiche
          porque não dá para
                      almoçar.
           A sair do trabalho
            porque já é noite.
         A cochilar no ônibus
         porque está cansado.
               A deitar cedo e
          dormir pesado sem
              ter vivido o dia.


A tomar o café correndo
   porque está atrasado.
A gente se acostuma a
acordar de manhã
sobressaltado porque está
na hora.



A ler o jornal no ônibus porque
não pode perder o tempo da
viagem.
A gente se acostuma a pagar por tudo
o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com
que pagar.
E a pagar mais do que as coisas
valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para
ganhar mais dinheiro, para ter com
que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado
e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz
natural.
Às bactérias de água potável.
A gente se acostuma a coisas demais,
para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não
perceber, vai afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta
acolá.
Se a praia está contaminada, a
gente molha só os pés e sua no
resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente
senta na primeira fila e torce um
pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se
consola pensando no fim de
semana.
E se no fim de semana não há muito
o que fazer, a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem
A gente se acostuma para não se
ralar na aspereza, para preservar a
pele.
Se acostuma para evitar feridas,
sangramentos, para poupar o peito.
 A gente se acostuma para poupar a
                vida.
Que aos poucos se gasta, e que gasta
  de tanto se acostumar, e se perde
           de si mesma.
                     Clarice Lispector
EDUCAÇÃO E PERSPECTIVAS

   Para Giroux, o professor pode ser um
           intelectual transformador,
      comprometido com o ensino como
     prática emancipadora, com a criação
      de escolas como esferas públicas
              democráticas (2000)
Só existe o momento presente. O
presente do presente, o presente
     do passado e o presente do
                          futuro
                      Sto. Agostinho
O PRESENTE DO PASSADO
Há quase 10 anos a situação era a
           seguinte
• 87.5% de crianças nas escola: 12,5 fora da
escola
• 17% de analfabetos na população de 15 anos
ou +
• 25% das crianças do Nordeste fora da escola
• 25% das crianças pobres fora da escola
• 20% das crianças negras fora da escola
• Analfabetismo juvenil (15 – 19 anos)
    • Nordeste 16.3%
No passado a crise de qualidade
       era de exclusão
Pouco mais de 50% dos que iniciavam o
ensino fundamental conseguiam
concluir
Quando conseguiam o tempo médio era
de 12 anos
Por isso não continuavam para o ensino
médio, iam direto para o mercado de
trabalho
Escolaridade média da força de
 trabalho muito baixa – 5,3 anos
 No ensino médio e superior: % de
  atendimento à população era a
metade da observada em países de
desenvolvimento semelhante como
     Argentina, Chile e México
Uma revolução surda e contínua
   vem se processando

   Começa na segunda metade
    do século passado

   Se acelera nos últimos 10
    anos
A chegada dos excluídos no
 sistema educacional ou o
   presente do presente
A Educação Infantil na rede pública
                 cresceu 29% em 3 anos
         85 MIL ESCOLAS / 230 MIL PROFESSORES

                                Evolução das Matrículas
                                                           5,9
                                      5,1       5,3
                          4,5




                         1998       1999      2000        2001
Em milhões de alunos
Fonte: MEC/INEP - 2001
Concluiu-se a universalização do
    Ensino Fundamental
Porcentagem


                                                           99
            97                                             97
                                                           94
            93                                             94
                                                           93

            87

            83


            75

              1992                                       1999
     5º quinto       4º quinto   3º quinto   2º quinto     1º quinto
   20% mais ricos                                        20% mais pobres
E no Ensino Médio os pobres estão
                         chegando pela primeira vez
          19.456 ESCOLAS / 430 MIL PROFESSORES

                                  Evolução das Matrículas

                                                  8,2       8,4
                                      7,7                   1,1
                            6,9       1,2
                                                 1,2

               Privado      1,2




               Público      5,7       6,5        7,0        7,3



                           1998      1999       2000        2001
Em milhões de alunos
Fonte: MEC/INEP - 2001
E continuarão a chegar
                         Projeção de Crescimento de
                                 Matrículas
                              no Ensino Médio




Em milhões de alunos
Fonte: MEC/INEP - 2001
A crise de qualidade da
   inclusão: a chegada dos
   excluídos deixou visível o
despreparo da escola brasileira
 para lidar com a diversidade
“…a massificação da educação
  trouxe para dentro do universo
 escolar um conjunto diferente de
 alunos, sendo certo que a escola
   atual – da maneira como está
  organizada e da maneira como
foram formados os professores –,
 só está preparada para lidar com
 alunos de formato padrão e perfil
               ideal.
A massificação ampliou o
 número de alunos e trouxe um
aluno de perfil diferente daquele
     com o qual escola esta
   preparada para lidar. Isto
acarretou uma desestabilização
da ordem interna histórica. Está
  criado o campo do conflito!
       Alvaro Chrispino
O presente do futuro…
O mundo daqui há 20 anos…
70% das carreiras que serão
importantes ainda não
existem…
Mais da metade dos que
estiverem no final de suas
vidas produtivas terão
passado por pelo menos
duas carreiras antes disso
O conhecimento registrado no
  mundo estará dobrando a
   cada 73 dias (hoje isso
  acontece a cada 05 anos)
 O pensamento sistêmico,
 consagrado pela ecologia,
será tão ou mais importante
que o pensamento analítico,
consagrado pelo paradigma
   científico tradicional
O binômio nacional-internacional
já terá sido substituído pelo pelo
binômio local-global

70% do conteúdo da internet
será em chinês

A maior parte da mão de obra
terá migrado das grandes
corporações para as pequenas e
destas para a empresa-pessoa
A triste divisão entre as
   nações ricas e pobres
poderá ser substituída pela
trágica divisão entre as que
sabem e as que não sabem
Os recursos do presente
para construir o futuro…
Dependem de como vamos
responder algumas perguntas

SE TODOS ESTIVEREM NA
   ESCOLA:
 o que é educar todos para a vida
   quando todos estão na escola?
 de que se constitui a vida de
   todos?
como são as linguagens que
     educam para a vida?
  como são as ciências que
    preparam para a vida?
como são as artes que educam
        para a vida?
A velha e a nova cultura
 Excelência, exclusiva para a elite
 diversidadede oportunidade,
  Igualdade
               de tratamento
 Currículo enciclopédico,
  disciplinarizado, por conteúdos
 por competências contextualizado,
  Currículo enxuto,
Ensinar para a hierarquia
         escolar

   Ensinar para a vida
A velha e a nova cultura


   Aprendizagem e direito de aprender

 Avaliação do aprendido
 Avaliação para aprender
 Seleção de poucos
 Inclusão de todos
A velha e a nova cultura
 Burocrática – cumprimento formal
 de obrigações
 resultado– comprometida com o
   Flexível


 Não presta contas
Homogeneizadora
Acolhedora e utilizadora da
       diversidade


       Excludente
Aproveita a diversidade para
       incluir todos
A LDB: REFORMA PEDAGÓGICA
             E AVALIAÇÃO
Da liberdade de ensino ao
direito de aprender
Da obrigatoriedade ao direito de
cidadania
Educação Básica: trabalho e cidadania

Autonomia da Escola e Projeto
Pedagógico
REFORMA PEDAGÓGICA,
      CURRÍCULO E PACTO
           FEDERATIVO
 Currículo nacional em países
  federativos: campo de tensão
  permanente
 Núcleo comum e parte
   diversificada : a solução
   brasileira ou a teoria do bolo

A LDB: com um pé no passado e
outro no futuro
Diretrizes Curriculares e o
currículo por competências: o CNE
   e o MEC apostam no futuro

  As competências e o currículo
 nacional: solução para a tensão
           federativa?
O ENEM COMO INDUTOR DA
        NOVA CULTURA
Dominar as linguagens para
  construir, entender e expressar
  sentidos
 Construir e utilizar
  conhecimentos para
  compreender fenômenos
 Recorrer aos conhecimentos para
  elaborar propostas de intervenção
  solidária na realidade
Utilizar conhecimento e
informação para tomar decisões


  Relacionar informações e
 conhecimentos para construir
  argumentação consistente
ENEM: o uso formativo da avaliação
            somativa
 Quando a avaliação somativa
  pode ser usada com fins
  somativos
    Currículo e Avaliação
     Somativa com matriz
     pedagógica comum.
Sinergia entre matriz de
competências para avaliação
 e matriz de competências
      para currículo
A organização curricular como
   diretriz da nova cultura

 Linguagens, Códigos e suas
   Tecnologias
 Ciências da Natureza, Matemática e
   suas Tecnologias
 Ciências Humanas e Sociais e suas
   Tecnologias
Transposição didática: do objeto de
conhecimento ao objeto de ensino


Seleção/recorte do conteúdo
Classificação, divisão, do conteúdo
Ordenamento no tempo
Organização, forma de apresentação
O fenômeno da transposição didática
  põe em evidência o fato de que a
             disciplina
   escolar não é o conhecimento
cientifico mas uma parte dele e, além
          disso, modificada.
Por outro lado, é mais do que ele,
        porque abarca também os
  procedimentos para o seu ensino. A
   física escolar, por exemplo, não se
  confunde com a física ciência mas é
uma parte dela, acrescida daquilo que a
física ciência não tem: um pressuposto
   sobre como se ensina e se aprende
                   física.
Interdisciplinaridade
 Descrever, explicar, conhecer um
  fenomeno estudando-o e
  analisando-o do ponto de vista de
  diferentes disciplinas
 Reconstruir um fenômeno a partir
  do conhecimento que dele se tem
  em cada disciplina
Contextualização

Etimologicamente, enraizar uma
referência em um texto, de onde fora
extraída, e longe do qual perde parte
substancial de seu significado...
portanto, é uma estratégia
fundamental para a construção de
significações.
Se pensarmos a informação ou o
conhecimento como uma referência ou
  parte de um texto maior, podemos
         entender o sentido da
    contextualização: (re)enraizar o
 conhecimento ao "texto" original do
 qual foi extraído ou a qualquer outro
contexto que lhe empreste significado
Contextualização


Não há nada no mundo físico, social ou
psíquico que, em princípio, não possa
ser    relacionado    aos    conteúdos
curriculares da educação básica,
porque o próprio currículo é um recorte
representativo da herança
cultural, científica e espiritual de uma
 nação, um grupo, uma comunidade.
   É portanto quase inesgotável a
      quantidade de contextos
Vida e contexto
   Pessoa
      Saúde
      Trabalho
      Convivência
 Mundo e Sociedade
     Meio ambiente
       Economia
        Política
            
Descoberta e construção do
      conhecimento
Uma palavra final de educador

 A única finalidade da vida
 é mais vida

 Se me perguntarem o que é essa
 vida,
 eu lhes direi que é mais liberdade
 e mais felicidade.

 São vagos os termos.
Mas nem por isso
 eles deixam de ter sentido para
         cada um de nós.

À medida que formos mais livres,
       que abrangermos
  em nossos corações e nossa
          inteligência
         mais coisas,
que ganharmos critérios mais finos
        de compreensão,
nessa medida nos sentiremos mais
             felizes.

     A finalidade da educação
 se confunde com a finalidade da
                vida
           Anísio Teixeira, 1934
O QUE É GESTÃO ESCOLAR?

É UMA DIMENSÃO, UM ENFOQUE
 DE ATUAÇÃO, UM MEIO E NÃO
UM FIM EM SI MESMO, UMA VEZ
           QUE O
OBJETIVO FINAL DA GESTÃO É A
   APRENDIZAGEM EFETIVA E
        SIGNIFICATIVA
Gestão pedagógica: é a mais
  significativa da gestão. Cuidar de
gerir a área educativa, propriamente
    dita, da escola e da educação
escolar. Estabelece objetivos para o
ensino. Define as linhas de atuação,
 em função dos objetivos e do perfil
    da comunidade e dos alunos.
GESTÃO ADMINISTRATIVA:
        Responsabiliza-se pela parte física
   e institucional. Suas especificidades
estão enunciadas no plano escolar e no
             regimento escolar
A FILOSOFIA DE GESTÃO ESCOLAR
 FUNDAMENTA-SE NUM CONJUNTO DE
 PRESSUPOSTOS SOCIOEDUCATIVOS E
DE PRINCÍPIOS ORIENTADORES QUE, EM
 SÍNTESE, SE PODERIAM TRADUZIR DO
          SEGUINTE MODO:

 -         LIBERDADE DE APRENDER E DE
ENSINAR, RESPEITANDO A PLURALIDADE
        DE MODELOS E DE MÉTODOS
DEMOCRATICIDADE NA PARTICIPAÇÃO DE
 TODOS OS INTERESSADOS NO PROCESSO
    EDUCATIVO E NA VIDA ESCOLAR

  -         RESPONSABILIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS
 INDIVIDUAUS OU COLETIVOS PELOS SEUS
                ATOS E DECISÕES

    -         INSERÇÃO DA COMUNIDADE NO
DESENVOLVIMENTO CONJUNTO DE PROJETOS
              EDUCATIVOS E CULTURAIS
GESTÃO ESCOLAR: CONCEITOS E
                IMPLICAÇÕES
                          
     Compreendida como ação, sobretudo
 liderada pelo diretor da escola. A gestão é a
  tarefa da qual resulta a unidade de ação do
   estabelecimento de ensino, voltada para a
construção da excelência, em torno dos seus
objetivos. Nesse sentido ela pode revestir-se
            de características como:
PARTICIPATIVA: A gestão participativa
   traz consigo novas tendências em
  relação a administração escolar em
busca de uma escola eficaz: a mudança
   do papel do diretor e a busca pela
           autonomia escolar.
GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO:
   Reivindicada pelos movimentos sociais
    durante o período da ditadura militar,
tornando-se um dos princípios da educação
     na constituição brasileira de 1988.
A GESTÃO DEMOCRÁTICA:

   Restabelece o controle da sociedade civil
     sobre a educação e a escola pública,
introduzindo a eleição de dirigentes escolares
e os conselhos escolares, garante a liberdade
 de expressão, de pensamento, de criação e
 de organização coletiv na escola, e facilita a
luta por condições materiais para aquisição e
  manutenção dos equipamentos escolares,
   bem como por salários dignos a todos os
          profissionais da educação.
GESTÃO DEMOCRÁTICA E
 QUALIDADE DE ENSINO: PODERÁ
CONSTITUIR UM CAMINHO REAL DE
  MELHORIA DA QUALIDADE DE
 ENSINO SE ELA FOR CONCEBIDA,
   EM PROFUNDIDADE, COMO
 MECANISMO CAPAZ DE ALTERAR
   PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.
A GESTÃO DEMOCRÁTICA DEVE SER UM
 INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO
DAS PRÁTICAS ESCOLARES, NÃO A SUA
  REITERAÇÃO. ESTE É O SEU MAIOR
     DESAFIO, POIS ENVOLVERÁ,
NECESSARIAMENTE, A FORMULAÇÃO DE
   UM NOVO PROJETO PEDAGÓGICO.
Quando a escola assume a
     responsabilidade de atuar na
     transformação e na busca do
 desenvolvimento social, seus agentes
devem empenhar-se na elaboração de
uma proposta para a realização desse
  objetivo. Essa proposta ganha força
através da construção democrática de
    um Projeto Político-Pedagógico.
NO ENTANTO, PARA QUE SE CONSTRUA
  UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
  EFICAZ E EFICIENTE, É NECESSÁRIO
  REFLETIRMOS SOBRE OS SEGUINTES
ASPECTOS: PARA QUE SERVE E A QUEM
      SERVE? DIANTE DISTO ESTE
      DOCUMENTO PEDAGÓGICO
 ULTRAPASSA A MERA ELABORAÇÃO DE
               PLANOS.
CONTRIBUINDO COM ESTA ANÁLISE VEIGA
    (1995, PG. 34) AFIRMA QUE: O PROJETO
POLÍTICO-PEDAGÓGICO BUSCA UM RUMO, UMA
DIREÇÃO. É UMA AÇÃO INTENCIONAL, COM UM
 SENTIDO EXPLÍCITO, COM UM COMPROMISSO
 DEFINIDO COLETIVAMENTE. POR ISSO, TODO
     PROJETO PEDAGÓGICO DA ESCOLA É,
 TAMBÉM, UM PROJETO POLÍTICO POR ESTAR
INTIMAMENTE ARTICULADO AO COMPROMISSO
   SÓCIO - POLÍTICO E COM OS INTERESSES
    REAIS E COLETIVOS DA POPULAÇÃO
O QUE É PROJETO POLÍTICO-
        PEDAGÓGICO?

     Onde está situado o PPP?
       SISTEMA EDUCACIONAL

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
          (ESCOLA)


   PRÁTICA DE SALA DE AULA
Como superar o divórcio entre
             o
DESEJO (Projeto) X PRÁTICA
        (cotidiano)?


Consciência da necessidade e
 planejamento participativo
O QUE É O PPP?
"O projeto político-pedagógico é
  o plano global da instituição.
   Pode ser entendido como a
sistematização, nunca definitiva,
        de um processo de
planejamento participativo, que
  se aperfeiçoa e se objetiva na
      caminhada, que define
    claramente o tipo de ação
 educativa que se quer realizar.
Tem que partir de um
posicionamento quanto à sua
 intencionalidade e de uma
    leitura da realidade.
 Trata-se de um importante
caminho para a construção da
  identidade da instituição.
É um instrumento teórico-
     metodológico para a
transformação da realidade.
 Enquanto processo, implica a
    expressão das opções da
instituição, do conhecimento e
 julgamento da realidade, bem
              como
das propostas de ação para
  concretizar o que se propõe a
partir do quem vem sendo; e vai
   além: supõe a colocação em
prática daquilo que foi projetado,
  acompanhado da análise dos
           resultados."
Suas notas características:
a) Abrangência: amplo, integral,
global (guarda-chuva,
constituição da escola)
b) Duração: longa
c) Participação: coletiva,
democrática
d) Concretização: processual
  - "A   boniteza não tem de
estar tanto no     produto, mas
sobretudo no processo" Paulo
             Freire.
 e) "Político": para que não
    seja apenas técnico
Finalidades do PPP:
a)   resgatar a intencionalidade da ação


b) ser instrumento de
transformação da realidade;
resgatar a potência da
coletividade; gerar esperança
c) dar referencial de conjunto
para a caminhada,     aglutinar,
gerar solidariedade, parceria
d) ajudar a construir a
   unidade (que supera a
   uniformidade); superar a
     fragmentação, gerar
   organicidade nas ações e
           projetos
e) propiciar racionalização dos
    esforços e conteúdos
f)   ser canal de participação
             efetiva
 g) diminuir o sofrimento por
    causa das pequenas
         frustrações
 h) fortalecer o grupo para o
enfrentamento dos conflitos e
         contradições
A DINÂMICA DA CONSTRUÇÃO
          DO PPP
   Ponto de partida: desejo de MUDANÇA
      (x inércia do Piloto Automático)

                       Necessidades

                            Proposta de   Ação Transfor-
Referencial   Diagnóstico   ação          madora

                      Possibilidades
“O decisivo a ser apreendido é que o plano
 de ação é filho da tensão dialética entre a
         realidade e a finalidade”
EXIGIDAS PARA A
    CONSTRUÇÃO DO
          PPP
Conceitual – saber exatamente o
que é o PPP

Atitudinal - o desejo e a decisão
de fazer o PPP (sensibilização,
sem queimar etapas)
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO
     PROJETO POLÍTICO-
        PEDAGÓGICO
1. APRESENTAÇÃO


   Identificação:
1.1.                Nome da
Instituição, endereço,
     contatos, fundação, mantenedora
etc.
1.2. Breve histórico:  para que o
professor, aluno ou cooperado que
estão ingressando conheçam o
contexto do nascimento e desenvol-
vimento de sua cooperativa
educacional.
1.3. Projeto Político-Pedagógico:
1.3.1.   O que é? Sua necessidade:
         exigência da LDB ...
 1.3.2.    Justificativa e Objetivo
  1.3.3.   Como foi construído -
             Processo
 1.3.4. Como está constituído -
suas partes e a        integração
            entre elas
2. MARCO REFERENCIAL
- o desejo, o sonho, a intencionalidade


2.1. MARCO REFERENCIAL GERAL
    2.1.1. Visão de Homem, de
Sociedade e de Mundo
(enquanto ideais a serem buscados)
2.1.2.   Grandes princípios e valores
              humanos
2.1.3.   Princípios do cooperativismo
  2.1.4. Lembrar-se dos autores
   mais raros ao cooperativismo
educacional: Freinet e Paulo
               Freire
2.2. MARCO REFERENCIAL ESPECÍFICO
DA EDUCAÇÃO


   2.2.1.   O que se entende por
Educação           (subsídios na LDB,
PCNs...)
   2.2.2.  Como se define a Escola no
              processo Educacional?
Para que a        Escola forma?
2.2.3.   Qual o papel dos pais e
 da               sociedade na
           educação?
    2.2.4. Qual a Teoria da
 Aprendizagem
    adotada pela Escola?
3. DIAGNÓSTICO
- a realidade


3.1. Breve quadro do mundo, do Brasil
e da     Educação na atualidade.
3.2. Um quadro da realidade mais
próxima da escola: o município e o
bairro.
3.3. Os personagens da escola:
  alunos, professores, equipe
  pedagógica, funcionários,
   cooperados, organograma,
    conselhos, tradições etc.
3.4. Dados sobre a infraestrutura
da escola (o que     aponta para
 possibilidades e limites na fase
        de programação)
4. PROGRAMAÇÃO
- as possibilidades


    4.1. Calendário (se o PPP for
revisto todo ano) -         destaque
para os eventos
     4.2. Organização curricular e
ementas das disciplinas,          com
bibliografia básica e complementar
(livro       texto, se for o caso) -
com destaque para a integração e
organicidade na perspectiva da
interdisciplinaridade.
4.3. Divisão dos núcleos dentro da
escola (por ex: Educação Infantil,
1a a 4a, 5a a 8a,Ensino Médio) -
características e identidade de
cada núcleo.
4.4. Projetos Pedagógicos (atividades
 extra- curriculares e de integração
           interdisciplinar)
4.5. Tratamento a ser dado aos
temas transversais.
4.6. Disciplina (regras de
convivência) - geralmente estão
em regimento ou regulamento
anexo, mas        que deve ser
coerente com o PPP, pois este é a
Constituição da Escola.
4.7. Sistema de Avaliação do
Rendimento dos alunos e    controle
   de freqüência (não é demais
    lembrar que     deve haver
 coerência entre este sistema e a
Teoria de Aprendizagem adotada)
5. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO


          5.1. Como será feito o
 acompanhamento da execução do PPP?
       5.2. Como será a Avaliação da
 execução do PPP, nas suas etapas e no
        final do período letivo?
CONSIDERAÇÕES...

O CONCEITO DE PARTICIPAÇÃO, AUTONOMIA,
DEMOCRACIA, LIBERDADE E SUAS FORMAS DE
   OPERACIONALIZAÇÃO PRECISAM SER
 REDISCUTIDAS NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS
   PÚBLICAS COMO TAMBÉM NO ESPAÇO
     ESCOLAR, PARA QUE SE CUMPRA
    EFETIVAMENTE SEU PAPEL DE EIXO
 NORTEADOR NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA
      ESCOLA
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Acostumar-se demais

  • 1. “EU SEI MAS NÃO DEVIA" Clarice Lispector
  • 2. Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora,
  • 3. E porque não abre as cortinas logo se acostuma a acender cedo a luz. E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
  • 4. A comer sanduiche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A tomar o café correndo porque está atrasado.
  • 5. A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
  • 6. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
  • 7. A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias de água potável. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.
  • 8. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem
  • 9. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que gasta de tanto se acostumar, e se perde de si mesma. Clarice Lispector
  • 10. EDUCAÇÃO E PERSPECTIVAS Para Giroux, o professor pode ser um intelectual transformador, comprometido com o ensino como prática emancipadora, com a criação de escolas como esferas públicas democráticas (2000)
  • 11. Só existe o momento presente. O presente do presente, o presente do passado e o presente do futuro Sto. Agostinho
  • 12. O PRESENTE DO PASSADO
  • 13. Há quase 10 anos a situação era a seguinte • 87.5% de crianças nas escola: 12,5 fora da escola • 17% de analfabetos na população de 15 anos ou + • 25% das crianças do Nordeste fora da escola • 25% das crianças pobres fora da escola • 20% das crianças negras fora da escola • Analfabetismo juvenil (15 – 19 anos) • Nordeste 16.3%
  • 14. No passado a crise de qualidade era de exclusão Pouco mais de 50% dos que iniciavam o ensino fundamental conseguiam concluir Quando conseguiam o tempo médio era de 12 anos Por isso não continuavam para o ensino médio, iam direto para o mercado de trabalho
  • 15. Escolaridade média da força de trabalho muito baixa – 5,3 anos No ensino médio e superior: % de atendimento à população era a metade da observada em países de desenvolvimento semelhante como Argentina, Chile e México
  • 16. Uma revolução surda e contínua vem se processando  Começa na segunda metade do século passado  Se acelera nos últimos 10 anos
  • 17. A chegada dos excluídos no sistema educacional ou o presente do presente
  • 18. A Educação Infantil na rede pública cresceu 29% em 3 anos 85 MIL ESCOLAS / 230 MIL PROFESSORES Evolução das Matrículas 5,9 5,1 5,3 4,5 1998 1999 2000 2001 Em milhões de alunos Fonte: MEC/INEP - 2001
  • 19. Concluiu-se a universalização do Ensino Fundamental Porcentagem 99 97 97 94 93 94 93 87 83 75 1992 1999 5º quinto 4º quinto 3º quinto 2º quinto 1º quinto 20% mais ricos 20% mais pobres
  • 20. E no Ensino Médio os pobres estão chegando pela primeira vez 19.456 ESCOLAS / 430 MIL PROFESSORES Evolução das Matrículas 8,2 8,4 7,7 1,1 6,9 1,2 1,2 Privado 1,2 Público 5,7 6,5 7,0 7,3 1998 1999 2000 2001 Em milhões de alunos Fonte: MEC/INEP - 2001
  • 21. E continuarão a chegar Projeção de Crescimento de Matrículas no Ensino Médio Em milhões de alunos Fonte: MEC/INEP - 2001
  • 22. A crise de qualidade da inclusão: a chegada dos excluídos deixou visível o despreparo da escola brasileira para lidar com a diversidade
  • 23. “…a massificação da educação trouxe para dentro do universo escolar um conjunto diferente de alunos, sendo certo que a escola atual – da maneira como está organizada e da maneira como foram formados os professores –, só está preparada para lidar com alunos de formato padrão e perfil ideal.
  • 24. A massificação ampliou o número de alunos e trouxe um aluno de perfil diferente daquele com o qual escola esta preparada para lidar. Isto acarretou uma desestabilização da ordem interna histórica. Está criado o campo do conflito! Alvaro Chrispino
  • 25. O presente do futuro…
  • 26. O mundo daqui há 20 anos… 70% das carreiras que serão importantes ainda não existem… Mais da metade dos que estiverem no final de suas vidas produtivas terão passado por pelo menos duas carreiras antes disso
  • 27. O conhecimento registrado no mundo estará dobrando a cada 73 dias (hoje isso acontece a cada 05 anos) O pensamento sistêmico, consagrado pela ecologia, será tão ou mais importante que o pensamento analítico, consagrado pelo paradigma científico tradicional
  • 28. O binômio nacional-internacional já terá sido substituído pelo pelo binômio local-global 70% do conteúdo da internet será em chinês A maior parte da mão de obra terá migrado das grandes corporações para as pequenas e destas para a empresa-pessoa
  • 29. A triste divisão entre as nações ricas e pobres poderá ser substituída pela trágica divisão entre as que sabem e as que não sabem
  • 30. Os recursos do presente para construir o futuro…
  • 31. Dependem de como vamos responder algumas perguntas SE TODOS ESTIVEREM NA ESCOLA:  o que é educar todos para a vida quando todos estão na escola?  de que se constitui a vida de todos?
  • 32. como são as linguagens que educam para a vida? como são as ciências que preparam para a vida? como são as artes que educam para a vida?
  • 33. A velha e a nova cultura  Excelência, exclusiva para a elite  diversidadede oportunidade, Igualdade de tratamento  Currículo enciclopédico, disciplinarizado, por conteúdos  por competências contextualizado, Currículo enxuto,
  • 34. Ensinar para a hierarquia escolar  Ensinar para a vida
  • 35. A velha e a nova cultura  Aprendizagem e direito de aprender  Avaliação do aprendido  Avaliação para aprender Seleção de poucos  Inclusão de todos
  • 36. A velha e a nova cultura  Burocrática – cumprimento formal de obrigações  resultado– comprometida com o Flexível  Não presta contas
  • 37. Homogeneizadora Acolhedora e utilizadora da diversidade Excludente Aproveita a diversidade para incluir todos
  • 38. A LDB: REFORMA PEDAGÓGICA E AVALIAÇÃO Da liberdade de ensino ao direito de aprender Da obrigatoriedade ao direito de cidadania Educação Básica: trabalho e cidadania Autonomia da Escola e Projeto Pedagógico
  • 39. REFORMA PEDAGÓGICA, CURRÍCULO E PACTO FEDERATIVO  Currículo nacional em países federativos: campo de tensão permanente  Núcleo comum e parte diversificada : a solução brasileira ou a teoria do bolo A LDB: com um pé no passado e outro no futuro
  • 40. Diretrizes Curriculares e o currículo por competências: o CNE e o MEC apostam no futuro As competências e o currículo nacional: solução para a tensão federativa?
  • 41. O ENEM COMO INDUTOR DA NOVA CULTURA Dominar as linguagens para construir, entender e expressar sentidos  Construir e utilizar conhecimentos para compreender fenômenos  Recorrer aos conhecimentos para elaborar propostas de intervenção solidária na realidade
  • 42. Utilizar conhecimento e informação para tomar decisões Relacionar informações e conhecimentos para construir argumentação consistente
  • 43. ENEM: o uso formativo da avaliação somativa  Quando a avaliação somativa pode ser usada com fins somativos Currículo e Avaliação Somativa com matriz pedagógica comum.
  • 44. Sinergia entre matriz de competências para avaliação e matriz de competências para currículo
  • 45. A organização curricular como diretriz da nova cultura  Linguagens, Códigos e suas Tecnologias  Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias  Ciências Humanas e Sociais e suas Tecnologias
  • 46. Transposição didática: do objeto de conhecimento ao objeto de ensino Seleção/recorte do conteúdo Classificação, divisão, do conteúdo Ordenamento no tempo Organização, forma de apresentação
  • 47. O fenômeno da transposição didática põe em evidência o fato de que a disciplina escolar não é o conhecimento cientifico mas uma parte dele e, além disso, modificada.
  • 48. Por outro lado, é mais do que ele, porque abarca também os procedimentos para o seu ensino. A física escolar, por exemplo, não se confunde com a física ciência mas é uma parte dela, acrescida daquilo que a física ciência não tem: um pressuposto sobre como se ensina e se aprende física.
  • 49. Interdisciplinaridade  Descrever, explicar, conhecer um fenomeno estudando-o e analisando-o do ponto de vista de diferentes disciplinas  Reconstruir um fenômeno a partir do conhecimento que dele se tem em cada disciplina
  • 50. Contextualização Etimologicamente, enraizar uma referência em um texto, de onde fora extraída, e longe do qual perde parte substancial de seu significado... portanto, é uma estratégia fundamental para a construção de significações.
  • 51. Se pensarmos a informação ou o conhecimento como uma referência ou parte de um texto maior, podemos entender o sentido da contextualização: (re)enraizar o conhecimento ao "texto" original do qual foi extraído ou a qualquer outro contexto que lhe empreste significado
  • 52. Contextualização Não há nada no mundo físico, social ou psíquico que, em princípio, não possa ser relacionado aos conteúdos curriculares da educação básica, porque o próprio currículo é um recorte representativo da herança
  • 53. cultural, científica e espiritual de uma nação, um grupo, uma comunidade. É portanto quase inesgotável a quantidade de contextos
  • 54. Vida e contexto  Pessoa Saúde Trabalho Convivência
  • 55.  Mundo e Sociedade Meio ambiente Economia Política  Descoberta e construção do conhecimento
  • 56. Uma palavra final de educador A única finalidade da vida é mais vida Se me perguntarem o que é essa vida, eu lhes direi que é mais liberdade e mais felicidade. São vagos os termos.
  • 57. Mas nem por isso eles deixam de ter sentido para cada um de nós. À medida que formos mais livres, que abrangermos em nossos corações e nossa inteligência mais coisas,
  • 58. que ganharmos critérios mais finos de compreensão, nessa medida nos sentiremos mais felizes. A finalidade da educação se confunde com a finalidade da vida Anísio Teixeira, 1934
  • 59.
  • 60. O QUE É GESTÃO ESCOLAR? É UMA DIMENSÃO, UM ENFOQUE DE ATUAÇÃO, UM MEIO E NÃO UM FIM EM SI MESMO, UMA VEZ QUE O OBJETIVO FINAL DA GESTÃO É A APRENDIZAGEM EFETIVA E SIGNIFICATIVA
  • 61. Gestão pedagógica: é a mais significativa da gestão. Cuidar de gerir a área educativa, propriamente dita, da escola e da educação escolar. Estabelece objetivos para o ensino. Define as linhas de atuação, em função dos objetivos e do perfil da comunidade e dos alunos.
  • 62. GESTÃO ADMINISTRATIVA:         Responsabiliza-se pela parte física e institucional. Suas especificidades estão enunciadas no plano escolar e no regimento escolar
  • 63. A FILOSOFIA DE GESTÃO ESCOLAR FUNDAMENTA-SE NUM CONJUNTO DE PRESSUPOSTOS SOCIOEDUCATIVOS E DE PRINCÍPIOS ORIENTADORES QUE, EM SÍNTESE, SE PODERIAM TRADUZIR DO SEGUINTE MODO: -         LIBERDADE DE APRENDER E DE ENSINAR, RESPEITANDO A PLURALIDADE DE MODELOS E DE MÉTODOS
  • 64. DEMOCRATICIDADE NA PARTICIPAÇÃO DE TODOS OS INTERESSADOS NO PROCESSO EDUCATIVO E NA VIDA ESCOLAR -         RESPONSABILIZAÇÃO DOS ÓRGÃOS INDIVIDUAUS OU COLETIVOS PELOS SEUS ATOS E DECISÕES -         INSERÇÃO DA COMUNIDADE NO DESENVOLVIMENTO CONJUNTO DE PROJETOS EDUCATIVOS E CULTURAIS
  • 65. GESTÃO ESCOLAR: CONCEITOS E IMPLICAÇÕES   Compreendida como ação, sobretudo liderada pelo diretor da escola. A gestão é a tarefa da qual resulta a unidade de ação do estabelecimento de ensino, voltada para a construção da excelência, em torno dos seus objetivos. Nesse sentido ela pode revestir-se de características como:
  • 66. PARTICIPATIVA: A gestão participativa traz consigo novas tendências em relação a administração escolar em busca de uma escola eficaz: a mudança do papel do diretor e a busca pela autonomia escolar.
  • 67. GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO: Reivindicada pelos movimentos sociais durante o período da ditadura militar, tornando-se um dos princípios da educação na constituição brasileira de 1988.
  • 68. A GESTÃO DEMOCRÁTICA: Restabelece o controle da sociedade civil sobre a educação e a escola pública, introduzindo a eleição de dirigentes escolares e os conselhos escolares, garante a liberdade de expressão, de pensamento, de criação e de organização coletiv na escola, e facilita a luta por condições materiais para aquisição e manutenção dos equipamentos escolares, bem como por salários dignos a todos os profissionais da educação.
  • 69. GESTÃO DEMOCRÁTICA E QUALIDADE DE ENSINO: PODERÁ CONSTITUIR UM CAMINHO REAL DE MELHORIA DA QUALIDADE DE ENSINO SE ELA FOR CONCEBIDA, EM PROFUNDIDADE, COMO MECANISMO CAPAZ DE ALTERAR PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.
  • 70. A GESTÃO DEMOCRÁTICA DEVE SER UM INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO DAS PRÁTICAS ESCOLARES, NÃO A SUA REITERAÇÃO. ESTE É O SEU MAIOR DESAFIO, POIS ENVOLVERÁ, NECESSARIAMENTE, A FORMULAÇÃO DE UM NOVO PROJETO PEDAGÓGICO.
  • 71. Quando a escola assume a responsabilidade de atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social, seus agentes devem empenhar-se na elaboração de uma proposta para a realização desse objetivo. Essa proposta ganha força através da construção democrática de um Projeto Político-Pedagógico.
  • 72. NO ENTANTO, PARA QUE SE CONSTRUA UM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO EFICAZ E EFICIENTE, É NECESSÁRIO REFLETIRMOS SOBRE OS SEGUINTES ASPECTOS: PARA QUE SERVE E A QUEM SERVE? DIANTE DISTO ESTE DOCUMENTO PEDAGÓGICO ULTRAPASSA A MERA ELABORAÇÃO DE PLANOS.
  • 73. CONTRIBUINDO COM ESTA ANÁLISE VEIGA (1995, PG. 34) AFIRMA QUE: O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO BUSCA UM RUMO, UMA DIREÇÃO. É UMA AÇÃO INTENCIONAL, COM UM SENTIDO EXPLÍCITO, COM UM COMPROMISSO DEFINIDO COLETIVAMENTE. POR ISSO, TODO PROJETO PEDAGÓGICO DA ESCOLA É, TAMBÉM, UM PROJETO POLÍTICO POR ESTAR INTIMAMENTE ARTICULADO AO COMPROMISSO SÓCIO - POLÍTICO E COM OS INTERESSES REAIS E COLETIVOS DA POPULAÇÃO
  • 74. O QUE É PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO? Onde está situado o PPP? SISTEMA EDUCACIONAL PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO (ESCOLA) PRÁTICA DE SALA DE AULA
  • 75. Como superar o divórcio entre o DESEJO (Projeto) X PRÁTICA (cotidiano)? Consciência da necessidade e planejamento participativo
  • 76. O QUE É O PPP? "O projeto político-pedagógico é o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de planejamento participativo, que se aperfeiçoa e se objetiva na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar.
  • 77. Tem que partir de um posicionamento quanto à sua intencionalidade e de uma leitura da realidade. Trata-se de um importante caminho para a construção da identidade da instituição.
  • 78. É um instrumento teórico- metodológico para a transformação da realidade. Enquanto processo, implica a expressão das opções da instituição, do conhecimento e julgamento da realidade, bem como
  • 79. das propostas de ação para concretizar o que se propõe a partir do quem vem sendo; e vai além: supõe a colocação em prática daquilo que foi projetado, acompanhado da análise dos resultados."
  • 80. Suas notas características: a) Abrangência: amplo, integral, global (guarda-chuva, constituição da escola) b) Duração: longa c) Participação: coletiva, democrática
  • 81. d) Concretização: processual - "A boniteza não tem de estar tanto no produto, mas sobretudo no processo" Paulo Freire. e) "Político": para que não seja apenas técnico
  • 82. Finalidades do PPP: a) resgatar a intencionalidade da ação b) ser instrumento de transformação da realidade; resgatar a potência da coletividade; gerar esperança c) dar referencial de conjunto para a caminhada, aglutinar, gerar solidariedade, parceria
  • 83. d) ajudar a construir a unidade (que supera a uniformidade); superar a fragmentação, gerar organicidade nas ações e projetos e) propiciar racionalização dos esforços e conteúdos
  • 84. f) ser canal de participação efetiva g) diminuir o sofrimento por causa das pequenas frustrações h) fortalecer o grupo para o enfrentamento dos conflitos e contradições
  • 85. A DINÂMICA DA CONSTRUÇÃO DO PPP Ponto de partida: desejo de MUDANÇA (x inércia do Piloto Automático) Necessidades Proposta de Ação Transfor- Referencial Diagnóstico ação madora Possibilidades “O decisivo a ser apreendido é que o plano de ação é filho da tensão dialética entre a realidade e a finalidade”
  • 86. EXIGIDAS PARA A CONSTRUÇÃO DO PPP Conceitual – saber exatamente o que é o PPP Atitudinal - o desejo e a decisão de fazer o PPP (sensibilização, sem queimar etapas)
  • 87. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO
  • 88. 1. APRESENTAÇÃO Identificação: 1.1. Nome da Instituição, endereço, contatos, fundação, mantenedora etc. 1.2. Breve histórico: para que o professor, aluno ou cooperado que estão ingressando conheçam o contexto do nascimento e desenvol- vimento de sua cooperativa educacional.
  • 89. 1.3. Projeto Político-Pedagógico: 1.3.1. O que é? Sua necessidade: exigência da LDB ... 1.3.2. Justificativa e Objetivo 1.3.3. Como foi construído - Processo 1.3.4. Como está constituído - suas partes e a integração entre elas
  • 90. 2. MARCO REFERENCIAL - o desejo, o sonho, a intencionalidade 2.1. MARCO REFERENCIAL GERAL 2.1.1. Visão de Homem, de Sociedade e de Mundo (enquanto ideais a serem buscados)
  • 91. 2.1.2. Grandes princípios e valores humanos 2.1.3. Princípios do cooperativismo 2.1.4. Lembrar-se dos autores mais raros ao cooperativismo educacional: Freinet e Paulo Freire
  • 92. 2.2. MARCO REFERENCIAL ESPECÍFICO DA EDUCAÇÃO 2.2.1. O que se entende por Educação (subsídios na LDB, PCNs...) 2.2.2. Como se define a Escola no processo Educacional? Para que a Escola forma?
  • 93. 2.2.3. Qual o papel dos pais e da sociedade na educação? 2.2.4. Qual a Teoria da Aprendizagem adotada pela Escola?
  • 94. 3. DIAGNÓSTICO - a realidade 3.1. Breve quadro do mundo, do Brasil e da Educação na atualidade. 3.2. Um quadro da realidade mais próxima da escola: o município e o bairro.
  • 95. 3.3. Os personagens da escola: alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários, cooperados, organograma, conselhos, tradições etc. 3.4. Dados sobre a infraestrutura da escola (o que aponta para possibilidades e limites na fase de programação)
  • 96. 4. PROGRAMAÇÃO - as possibilidades 4.1. Calendário (se o PPP for revisto todo ano) - destaque para os eventos 4.2. Organização curricular e ementas das disciplinas, com bibliografia básica e complementar (livro texto, se for o caso) -
  • 97. com destaque para a integração e organicidade na perspectiva da interdisciplinaridade. 4.3. Divisão dos núcleos dentro da escola (por ex: Educação Infantil, 1a a 4a, 5a a 8a,Ensino Médio) - características e identidade de cada núcleo.
  • 98. 4.4. Projetos Pedagógicos (atividades extra- curriculares e de integração interdisciplinar)
  • 99. 4.5. Tratamento a ser dado aos temas transversais. 4.6. Disciplina (regras de convivência) - geralmente estão em regimento ou regulamento anexo, mas que deve ser coerente com o PPP, pois este é a Constituição da Escola.
  • 100. 4.7. Sistema de Avaliação do Rendimento dos alunos e controle de freqüência (não é demais lembrar que deve haver coerência entre este sistema e a Teoria de Aprendizagem adotada)
  • 101. 5. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO- PEDAGÓGICO 5.1. Como será feito o acompanhamento da execução do PPP? 5.2. Como será a Avaliação da execução do PPP, nas suas etapas e no final do período letivo?
  • 102. CONSIDERAÇÕES... O CONCEITO DE PARTICIPAÇÃO, AUTONOMIA, DEMOCRACIA, LIBERDADE E SUAS FORMAS DE OPERACIONALIZAÇÃO PRECISAM SER REDISCUTIDAS NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS COMO TAMBÉM NO ESPAÇO ESCOLAR, PARA QUE SE CUMPRA EFETIVAMENTE SEU PAPEL DE EIXO NORTEADOR NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA

Notas do Editor

  1. Passou da área de assistência social para a área da educação Deixou de ser assistencial e virou educação. As crianças começam a ser melhor preparadas . Educação Infantil - Total cresceu de 4. 421.000 para 4.815.000 O maior crescimento na matricula: 8,9% - três vezes maior do que nos últimos 4 anos. Rede publica municipal cresceu 9,4% e atende hoje 68% dos alunos Escolas estaduais: redução de 5,8% e atende hoje 6,6% dos alunos A partir de 2000, as creches e pré-escolas passaram todas para o sistema de ensino. Antes estavam com as primeiras damas e assistência social, entre outros. Isso é positivo porque o cuidado com a criança pequena deve ser junto da família e da comunidade O número de professores de educação infantil tende a aumentar, já que, agora, no sistema do ensino, só podem contratar professores formados. Todas as prefeituras do país estão com programas de capacitação, certificação, inclusive para aproveitar os que já trabalhavam sem habilitação.
  2. Algo deve mudar no país com 5 milhões de pessoas terminando anualmente o nível médio e entrando para o mercado de trabalho O perfil educacional da população vai mudar para melhor Os filhos dos nossos filhos vão viver em um pais onde todo mundo tem secundário De 1996/2001: +46,7% NE: +10,3% N: + 9,3% CO: +2,5% SE: - 0,9% S: - 0,4% Escolas Públicas: 86,8% (83% nas estaduais - cresceu 4,8%; 2,7% nas municipais - perdeu 11,6%; federais 1%) Escolas Privadas: 13,2% (queda de 3,6%)
  3. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  4. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  5. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  6. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  7. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  8. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  9. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  10. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  11. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  12. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.
  13. A principal causa da mudança do professor é o avanço na implementação da reforma da educação básica que está começando a chegar no chão da escola.