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Estética
Aula interdisciplinar:
Arte (Conceito estético do feio e do bonito)
Educação Física (Estética e os Abusos dos Padrões de Beleza )
CEEJA Donizete Romualdo da Silva
Espigão do Oeste –RO
Professores: Haviany Oliveira Bitencourt (Arte)
Alessandro (Educação Física)
Setembro / 2016
Arte
Conceito estético
do feio e do bonito
Associação entre o FEIO e o MAU
•As personagens más das
estórias infantis são feias tais
como as bruxas, por exemplo,
enquanto as heroínas são
formosas.
• Satanás é representado em formas monstruosas
nas catedrais góticas e sua feiúra tem por
finalidade colocar o fiel no caminho da virtude
através do medo.
Gárgulas
• Na idade média, elas eram vistas como figuras
monstruosas, animalescas ou humanas que estavam
sempre presentes na arquitetura de estilo gótico.
Segundo crenças antigas, as gárgulas eram colocadas nas
Catedrais Medievais para simbolizar que o demônio
jamais dormia e estava sempre de olho, exigindo a
atenção redobrada das pessoas, mesmo estando em solo
sagrado.
A moral do belo e do feio
• A origem (não intencional) da associação do feio ao
mal foram as teorias de Platão , as quais associavam
o belo ao bom e ao verdadeiro. Para Platão, o belo
seria a manifestação do bem.
• Se o belo é a exposição da verdade em nosso mundo,
então, por conseqüência, o feio só poderia ser a
manifestação do mal. Platão não disse isso, mas é
um corolário aceitável. A imensa disseminação das
teorias de Platão sobre o belo, em toda a filosofia
posterior, carregou consigo o feio como a um
inimigo subliminar, porém indissociável.
• O potencial da beleza de "desvirtuar as almas" já ficou
claro no pensamento teológico durante a própria Idade
Média. A denominada guerra Iconoclasta no século VIII,
por exemplo, foi uma guerra entre:
• A) os que defendiam a decoração dos templos cristãos e
• B) os que defendiam que esta decoração poderia se
tornar uma fonte de distração, de prazeres e pecado.
• Os mosaicos coloridos, os ícones dos santos, os vitrais
luminosos, etc., tudo isso poderia levar o fiel, segundo os
teólogos medievais iconoclastas, a buscar não o paraíso
mas, sim, o prazer terreno da apreciação estética.
• Sendo assim, podemos afirmar que a beleza nem sempre
é a manifestação do bem ou da divindade.
O potencial sedutor da beleza
• A própria mitologia grega já apresenta inúmeras
passagens onde o belo é usado como uma fonte ou
instrumento de desgraça e de morte. Ulisses, por
exemplo, quando retorna para a Ática, depois da
guerra de Tróia, passa pela terrível provação de ter
de resistir ao belíssimo e apaixonante canto
das sereias. Estes seres mitológicos atraíam os
marinheiros para a morte. Os que ouviam o seu belo
canto enlouqueciam e pulavam na água, morrendo
afogados, ou então naufragavam os barcos, tentando
chegar até a ilha dos monstros.
A lenda conta que a linda sereia,
costuma atrair os homens com seu
canto, até o fundo dos rios, local de
onde nunca mais voltam.
Consegue se transformar num lindo, alto e forte jovem.
Ele usa um chapéu branco para encobrir o rosto e
disfarçar o nariz grande. Vai a festas e bailes noturnos ,
aproxima-se das jovens desacompanhadas, seduzindo-
as para um passeio no fundo do rio, local onde costuma
engravidá-las.
O feio é o diferente
• Além da definição do feio enquanto
uma característica formal percebida
nas coisas, há uma segunda
conceituação acerca da feiúra. Trata-
se de uma definição que poderíamos
intitular de narcísica.
• Narciso era um herói grego de
extraordinária beleza. Por isso, atraía
o amor de todos, mas a todos
desprezava. Depois da ninfa Eco
morrer de amores por ele, para dar
uma lição ao rapaz, a deusa Afrodite
faz com que ele se apaixone pelo
próprio reflexo em uma lagoa.
Incapaz de retirar-se de defronte de
sua própria imagem refletida na
água, Narciso definha e morre.
Conceitos:
• Feio: o feio é tudo aquilo que é, formalmente,
desordenado, assimétrico ou desproporcional.
Assim o feio é a deterioração ou a
desorganização da forma. Em outras
palavras, o feio é tudo aquilo que não é
formalmente perfeito.
• Bonito:é a manifestação formal da ordem, da
simetria e da proporção.
• Simetria: é definida como tudo aquilo que
pode ser dividido em partes, sendo que
ambas as partes devem coincidir
perfeitamente quando sobrepostas.
• De acordo com esta teoria, nossa percepção
procura, a um nível inconsciente, pela
forma organizada. Isto é, nós tendemos a buscar
semelhanças e proximidades entre os fenômenos
visuais, por exemplo, como uma maneira de
compreender o mundo, dar-lhe significado.
Qual dos quadrados está com o ponto
fora do centro?
Resposta:
É fácil percebermos quando um quadro
está desalinhado na parede...
O que seria um rosto perfeito?
Alguns exemplos do feio formal em cabeças desenhadas
por Leonardo da Vinci .Podemos perceber claramente
nestes desenhos a evidente desproporção e assimetria dos
rostos.
A desproporção no formato
do queixo desta figura é um
exemplo do feio formal.
Leonardo da Vinci, "Perfil
grotesco", c. 1487-90,
desenho.
fonte: Wikipedia.
Rosto assimétrico e
desproporcional.
Leonardo da Vinci, "Cabeça
grotesca", c. 1480-1510,
carvão vermelho sobre papel,
17,2 x 14,3 cm.,
Biblioteca Real do Castelo de
Windsor,
fonte: Wikipedia.
Leonardo da Vinci, "Cinco caricaturas de
cabeças", após 1490, pena e tinta sobre
papel, 18 x 12 cm.
Accademia de Veneza, Itália,
fonte: Wikipedia.
Leonardo da Vinci, "Cinco cabeças
grotescas", c. 1494, pena e tinta sobre
papel, 261 x 206 cm.
Biblioteca Real, Castelo de Windsor,
Inglaterra,
fonte: Wikipedia.
Em todos os seres vivos também ocorrem alterações
genéticas, as quais podem ser consideradas feias porque
são formalmente diferentes do padrão morfológico
daquela espécie.
Gostar do feio
• A assunção da arte moderna, no início do
século XX, - a qual mudou o panorama da
arte contemporânea mundial - surgiu, em
parte, como uma revolta contra o belo
clássico.
• Dentre os muitos aspectos conceituais
ligados à esta revolta cultural, um, em
particular, nos interessa: a valorização do
feio enquanto produto cultural
intencionalmente buscado.
• O sucesso das chamadas vanguardas foi
tão retumbante nesta empreitada que
hoje é quase uma heresia colocar em uma
mesma frase o nome de Van Gogh e a
palavra "feio". Entretanto, parte do que
motivou a rejeição dos contemporâneos
de Van Gogh à sua arte foi, justamente,
esta inconformidade do pintor holandês
para com os padrões estéticos da beleza
formal, simétrica e proporcional. A
pintura de Van Gogh é, formal e
intencionalmente, feia.
Doze girassóis numa jarra (1889) - Um
dos mais conhecidos quadros da série de
girassóis que van Gogh começou a
pintar em Arles.
• Entretanto, nesta recusa da beleza clássica reside
seu maior valor. Através da feiúra, Van Gogh nos
mostrou que existem outros valores possíveis na
arte, além da beleza. Muitas vezes, um artista
deforma o objeto de sua pintura, para que esta
pintura expresse mais intensamente a emoção que o
artista está sentindo. Isto é, o artista moderno
trocou a beleza pela expressividade.
• Esta atitude criativa teve muitas conseqüências e
desdobramentos culturais. Uma destas
conseqüências é que, hoje em dia, nós, apreciadores
contemporâneos, aprendemos a gostar do que é
feio. Isto é, a partir dos vanguardistas, nós
aprendemos a aceitar, em arte, aquilo que não é
belo, clássico. Nós aprendemos a buscar outros
valores artísticos, para além da beleza.
O feio e a cultura atual
• A indústria dos cosméticos, da cirurgia plástica e das
academias de ginástica prolifera como cogumelos depois
da chuva. Assim, embora nós evitemos usar palavras tais
como "gordo" ou "velho", por exemplo, para nos
referirmos às outras pessoas, por outro lado, gastamos,
anualmente, milhões de dólares em produtos para reduzir
a barriguinha proeminente ou as rugas em nossa face.
• Em nossa cultura atual, gostemos ou não, há uma grande
pressão social em prol das formas que são
anatomicamente mais próximas de um determinado
padrão morfológico do corpo humano, qual seja, magro e
jovem.
Leonardo Da Vinci Fernando Botero
• Podemos e devemos discordar deste padrão
cultural atual de beleza e de feiúra. Podemos e
devemos trabalhar culturalmente para diminuir
o seu impacto social, mas não podemos negar
que este padrão existe, e que impera em nossa
sociedade.
Fonte:
• http://www.auladearte.com.br/estetica/feio.htm
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Estética

  • 1. Estética Aula interdisciplinar: Arte (Conceito estético do feio e do bonito) Educação Física (Estética e os Abusos dos Padrões de Beleza )
  • 2. CEEJA Donizete Romualdo da Silva Espigão do Oeste –RO Professores: Haviany Oliveira Bitencourt (Arte) Alessandro (Educação Física) Setembro / 2016
  • 4. Associação entre o FEIO e o MAU •As personagens más das estórias infantis são feias tais como as bruxas, por exemplo, enquanto as heroínas são formosas.
  • 5. • Satanás é representado em formas monstruosas nas catedrais góticas e sua feiúra tem por finalidade colocar o fiel no caminho da virtude através do medo.
  • 6. Gárgulas • Na idade média, elas eram vistas como figuras monstruosas, animalescas ou humanas que estavam sempre presentes na arquitetura de estilo gótico. Segundo crenças antigas, as gárgulas eram colocadas nas Catedrais Medievais para simbolizar que o demônio jamais dormia e estava sempre de olho, exigindo a atenção redobrada das pessoas, mesmo estando em solo sagrado.
  • 7. A moral do belo e do feio • A origem (não intencional) da associação do feio ao mal foram as teorias de Platão , as quais associavam o belo ao bom e ao verdadeiro. Para Platão, o belo seria a manifestação do bem. • Se o belo é a exposição da verdade em nosso mundo, então, por conseqüência, o feio só poderia ser a manifestação do mal. Platão não disse isso, mas é um corolário aceitável. A imensa disseminação das teorias de Platão sobre o belo, em toda a filosofia posterior, carregou consigo o feio como a um inimigo subliminar, porém indissociável.
  • 8. • O potencial da beleza de "desvirtuar as almas" já ficou claro no pensamento teológico durante a própria Idade Média. A denominada guerra Iconoclasta no século VIII, por exemplo, foi uma guerra entre: • A) os que defendiam a decoração dos templos cristãos e • B) os que defendiam que esta decoração poderia se tornar uma fonte de distração, de prazeres e pecado. • Os mosaicos coloridos, os ícones dos santos, os vitrais luminosos, etc., tudo isso poderia levar o fiel, segundo os teólogos medievais iconoclastas, a buscar não o paraíso mas, sim, o prazer terreno da apreciação estética. • Sendo assim, podemos afirmar que a beleza nem sempre é a manifestação do bem ou da divindade. O potencial sedutor da beleza
  • 9.
  • 10. • A própria mitologia grega já apresenta inúmeras passagens onde o belo é usado como uma fonte ou instrumento de desgraça e de morte. Ulisses, por exemplo, quando retorna para a Ática, depois da guerra de Tróia, passa pela terrível provação de ter de resistir ao belíssimo e apaixonante canto das sereias. Estes seres mitológicos atraíam os marinheiros para a morte. Os que ouviam o seu belo canto enlouqueciam e pulavam na água, morrendo afogados, ou então naufragavam os barcos, tentando chegar até a ilha dos monstros.
  • 11. A lenda conta que a linda sereia, costuma atrair os homens com seu canto, até o fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Consegue se transformar num lindo, alto e forte jovem. Ele usa um chapéu branco para encobrir o rosto e disfarçar o nariz grande. Vai a festas e bailes noturnos , aproxima-se das jovens desacompanhadas, seduzindo- as para um passeio no fundo do rio, local onde costuma engravidá-las.
  • 12. O feio é o diferente • Além da definição do feio enquanto uma característica formal percebida nas coisas, há uma segunda conceituação acerca da feiúra. Trata- se de uma definição que poderíamos intitular de narcísica. • Narciso era um herói grego de extraordinária beleza. Por isso, atraía o amor de todos, mas a todos desprezava. Depois da ninfa Eco morrer de amores por ele, para dar uma lição ao rapaz, a deusa Afrodite faz com que ele se apaixone pelo próprio reflexo em uma lagoa. Incapaz de retirar-se de defronte de sua própria imagem refletida na água, Narciso definha e morre.
  • 13. Conceitos: • Feio: o feio é tudo aquilo que é, formalmente, desordenado, assimétrico ou desproporcional. Assim o feio é a deterioração ou a desorganização da forma. Em outras palavras, o feio é tudo aquilo que não é formalmente perfeito. • Bonito:é a manifestação formal da ordem, da simetria e da proporção.
  • 14. • Simetria: é definida como tudo aquilo que pode ser dividido em partes, sendo que ambas as partes devem coincidir perfeitamente quando sobrepostas. • De acordo com esta teoria, nossa percepção procura, a um nível inconsciente, pela forma organizada. Isto é, nós tendemos a buscar semelhanças e proximidades entre os fenômenos visuais, por exemplo, como uma maneira de compreender o mundo, dar-lhe significado.
  • 15. Qual dos quadrados está com o ponto fora do centro?
  • 17. É fácil percebermos quando um quadro está desalinhado na parede...
  • 18. O que seria um rosto perfeito?
  • 19. Alguns exemplos do feio formal em cabeças desenhadas por Leonardo da Vinci .Podemos perceber claramente nestes desenhos a evidente desproporção e assimetria dos rostos. A desproporção no formato do queixo desta figura é um exemplo do feio formal. Leonardo da Vinci, "Perfil grotesco", c. 1487-90, desenho. fonte: Wikipedia. Rosto assimétrico e desproporcional. Leonardo da Vinci, "Cabeça grotesca", c. 1480-1510, carvão vermelho sobre papel, 17,2 x 14,3 cm., Biblioteca Real do Castelo de Windsor, fonte: Wikipedia.
  • 20. Leonardo da Vinci, "Cinco caricaturas de cabeças", após 1490, pena e tinta sobre papel, 18 x 12 cm. Accademia de Veneza, Itália, fonte: Wikipedia. Leonardo da Vinci, "Cinco cabeças grotescas", c. 1494, pena e tinta sobre papel, 261 x 206 cm. Biblioteca Real, Castelo de Windsor, Inglaterra, fonte: Wikipedia.
  • 21. Em todos os seres vivos também ocorrem alterações genéticas, as quais podem ser consideradas feias porque são formalmente diferentes do padrão morfológico daquela espécie.
  • 22. Gostar do feio • A assunção da arte moderna, no início do século XX, - a qual mudou o panorama da arte contemporânea mundial - surgiu, em parte, como uma revolta contra o belo clássico. • Dentre os muitos aspectos conceituais ligados à esta revolta cultural, um, em particular, nos interessa: a valorização do feio enquanto produto cultural intencionalmente buscado. • O sucesso das chamadas vanguardas foi tão retumbante nesta empreitada que hoje é quase uma heresia colocar em uma mesma frase o nome de Van Gogh e a palavra "feio". Entretanto, parte do que motivou a rejeição dos contemporâneos de Van Gogh à sua arte foi, justamente, esta inconformidade do pintor holandês para com os padrões estéticos da beleza formal, simétrica e proporcional. A pintura de Van Gogh é, formal e intencionalmente, feia. Doze girassóis numa jarra (1889) - Um dos mais conhecidos quadros da série de girassóis que van Gogh começou a pintar em Arles.
  • 23. • Entretanto, nesta recusa da beleza clássica reside seu maior valor. Através da feiúra, Van Gogh nos mostrou que existem outros valores possíveis na arte, além da beleza. Muitas vezes, um artista deforma o objeto de sua pintura, para que esta pintura expresse mais intensamente a emoção que o artista está sentindo. Isto é, o artista moderno trocou a beleza pela expressividade. • Esta atitude criativa teve muitas conseqüências e desdobramentos culturais. Uma destas conseqüências é que, hoje em dia, nós, apreciadores contemporâneos, aprendemos a gostar do que é feio. Isto é, a partir dos vanguardistas, nós aprendemos a aceitar, em arte, aquilo que não é belo, clássico. Nós aprendemos a buscar outros valores artísticos, para além da beleza.
  • 24. O feio e a cultura atual • A indústria dos cosméticos, da cirurgia plástica e das academias de ginástica prolifera como cogumelos depois da chuva. Assim, embora nós evitemos usar palavras tais como "gordo" ou "velho", por exemplo, para nos referirmos às outras pessoas, por outro lado, gastamos, anualmente, milhões de dólares em produtos para reduzir a barriguinha proeminente ou as rugas em nossa face. • Em nossa cultura atual, gostemos ou não, há uma grande pressão social em prol das formas que são anatomicamente mais próximas de um determinado padrão morfológico do corpo humano, qual seja, magro e jovem.
  • 25.
  • 26. Leonardo Da Vinci Fernando Botero
  • 27. • Podemos e devemos discordar deste padrão cultural atual de beleza e de feiúra. Podemos e devemos trabalhar culturalmente para diminuir o seu impacto social, mas não podemos negar que este padrão existe, e que impera em nossa sociedade.